A vida vai te dar a chance de encontrar essa pessoa em outras pessoas

A vida vai te dar a chance de encontrar essa pessoa em outras pessoas

Eu sempre gostei de imaginar, após o término de algum relacionamento, o que eu faria se pudesse voltar no tempo e encontrar aquela pessoa novamente. Munida com a percepção completa de quem ela realmente é, logicamente. Pensei inúmeras vezes no que diria quando ouvisse algumas mentiras sabendo das verdades. Como me comportaria virando de costas para quem um dia me machucou, para virar de frente para mim.

Eu sempre gostei de sentar em um banco e ficar olhando a vida com a esperança de ter a chance de fazer diferente. Ontem, a vida me deu essa chance, e eu entendi que ela vai sempre colocar em nossos caminhos pessoas boas e pessoas exatamente iguais àquelas que nos causaram algum mal-estar no passado.

Por mais arrepiante que pareça, um certo dia você encontrará alguém idêntico àquela pessoa que tanto te decepcionou. Com as mesmas ideias, com o mesmo jeito, com a mesma aura. Algumas vezes essa pessoa nova terá, surpreendentemente, até o mesmo timbre de voz, a mesma altura e trejeitos.

Ontem, eu vivi aquela cena do filme “Comer, Rezar, Amar” na qual Elisabeth encontra na praia de Bali um rapaz bem mais jovem e ao ser convidada para nadar nega o convite dizendo: “Não, eu já te encontrei há alguns anos”.

Lembrei através de outro do meu primeiro namorado. De como ele foi desajeitado para mim até mesmo no abraço. Lembrei de como ele parecia ser sensível, sem o ser. Lembrei que ele não era para mim.

Ontem, eu entendi perfeitamente o que a personagem do filme quis dizer. Ela tinha crescido e se tornado mais sensata e carinhosa consigo mesma. Tinha aprendido com a dor e a vida lhe deu a chance de fazer diferente. A vida lhe deu a chance de trancar algumas portas antes que se escancarassem deixando o coração ventilado o suficiente para morrer de frio.

Ontem, a vida colocou em meu caminho uma pessoa em outra pessoa. A vida retornou aquilo que não foi bem resolvido. A vida deu-me a chance, libertadora, de fazer tudo diferente.

Acompanhe a autora em sua página no Facebook: Vanelli Doratioto – Alcova Moderna.

Atribuição da imagem: pixabay.com – CC0 Public Domain

“A mulher tem que saber a hora exata de sair de cena. Mesmo que essa hora seja muito dolorosa”

“A mulher tem que saber a hora exata de sair de cena. Mesmo que essa hora seja muito dolorosa”

Coco Chanel era uma mulher muito elegante, não somente na forma de se vestir, mas também no comportamento. De origem pobre, órfã de mãe na infância, iniciou sua carreira com uma pequena chapelaria e posteriormente conquistou o mundo da moda com seu estilo clássico, inovador e muito sofisticado. Porém, muito além de ser um ícone da alta costura, essa mulher cheia de atitude revolucionou os costumes da época, e se tornou símbolo de coragem, resistência e liberdade feminina. Pesquisando sobre essa grande mulher, me deparei com uma das frases atribuídas a ela, e me encantei profundamente, pois exprime sua personalidade independente e muito refinada: “A mulher tem que saber a hora exata de sair de cena. Mesmo que essa hora seja muito dolorosa”.

Saber a hora de sair de cena é um dos conhecimentos mais importantes que se pode ter, e demonstra bom senso, amor próprio, coragem, independência, liberdade e autonomia. Nem sempre é fácil ou óbvio perceber que nosso tempo chegou ao fim. Nem sempre conseguimos assimilar ou acreditar que aquilo que queríamos tanto não está reservado pra gente. Nem sempre conseguimos abrir mão de nossos sonhos, planos, desejos e expectativas numa boa, mesmo que nossa hora tenha passado. Não é fácil entender que nem tudo o que a gente quer, nos servirá. E saber sair de cena, mesmo que isso cause muita dor, é algo que não nos ensinam, mas que precisamos aprender.

É preciso aprender a parar de insistir naquilo que não é pra gente. É preciso aprender a aceitar que desejar muito alguma coisa não garante que ela seja nossa. É preciso aprender a sair de cena quando tudo já foi dito, esclarecido, colocado em pratos limpos e não há mais lugar pra gente naquela história. É preciso aprender a aceitar as frustrações, os desejos desfeitos, a necessidade de fazer as malas e de tirar a mesa.

Ser elegante no comportamento é ter bom senso. Bom senso na hora de falar, de calar, de nos expressar com extroversão ou discrição. Mas, principalmente, bom senso na hora de perceber onde estamos sobrando. Bom senso de sairmos à francesa de lugares onde não cabemos mais.

Sair de cena quando tudo o que a gente queria é que a história não tivesse fim é uma das decisões mais difíceis e dolorosas que existem. Mesmo assim, mais vale a dor advinda de um distanciamento sadio que a falsa e humilhada alegria de permanecer num lugar onde não somos bem vindos.

Temos que entender que merecemos um amor recíproco, inteiro, companheiro, verdadeiro. Quem se submete a amores menores e unilaterais acreditou que é merecedor de pouca coisa, de afetos rasos e parciais. Por isso é tão importante discernir onde se deve ou não permanecer. Por isso é essencial descobrir a hora de fazer as malas e deixar de prorrogar nossa presença onde não somos mais considerados convidados especiais.

Quem lhe quer, o trata como convidado especial. Quem o deseja, acolhe-o com alegria e satisfação. Quem o admira, tem brilho nos olhos quando o vê chegar. Pequenos gestos nos dão pistas de onde devemos ou não permanecer. Pequenas atitudes nos ajudam a discernir se é chegada a hora de partir. Pois como diz a letra da música “You’ve got to learn”, de Nina Simone, “Você tem de aprender a sair da mesa quando o amor já não está sendo servido…” 

10+ Provérbios da sabedoria hindu que serão válidos na sua vida

10+ Provérbios da sabedoria hindu que serão válidos na sua vida

Toda cultura que existe no mundo contribui com algo para a nossa vida e, portanto, devemos sempre estar abertos para novos ensinamentos, incluindo os que nos chegam através de provérbios.

Da sabedoria hindu devemos aprender muitas coisas, uma vez que vai além de uma religião, mas é uma sabedoria muito importante que tem uma concepção do universo onde o respeito pelos outros e pela natureza é a base da vida e da vida. a felicidade.

1. Objetos externos são incapazes de dar plena felicidade ao coração do homem.

2. Quanto mais adversas forem as circunstâncias que cercam você, melhor o seu poder interior se manifestará.

3. A velhice começa quando as lembranças pesam mais do que as esperanças.

4. Aquele que não duvida nada sabe.

5. Antes de julgar uma pessoa, ande três luas com seus sapatos.

6. A terra não é uma herança de nossos pais, mas um empréstimo de nossos filhos.

7. Os rios profundos correm em silêncio, as correntes são barulhentas.

8. A árvore não nega sua sombra nem ao lenhador.

9. Se você quer ser feliz, você tem que querer ver os outros felizes também.

10. O bem que fizemos no dia anterior é aquele que nos traz felicidade de manhã.

11. Não há árvore que o vento não tenha sacudido.

12. No caminho da vida, você pode percorrer o caminho da sabedoria. Se você sair convencido de não saber de nada, aprendeu muito.

13. Um livro aberto é um cérebro que fala; fechado, um amigo que espera; esquecido, uma alma que perdoa; destruído, um coração que chora.

14. Um homem só possui o que ele não pode perder em um naufrágio.

15. O coração em paz vê uma celebração em todas as aldeias.

16. Aquele que plantou uma árvore antes da sua morte, não viveu em vão.

17. Acreditar que um inimigo fraco não pode nos prejudicar é acreditar que uma faísca não pode causar um incêndio.

18. Quando tudo está perdido ainda há esperança.

19. A caminhada mais longa começa com um passo.

20. O que o cego vê mesmo se uma lâmpada é colocada em sua mão?

Com informações de gutenberg

Estas perguntas podem salvar a vida do seu filho!

Estas perguntas podem salvar a vida do seu filho!

A segurança das crianças é sempre uma grande preocupação para os pais.

Há orientações básicas, como não falar ou aceitar guloseimas de estranhos, nunca se afastar dos adultos em locais públicos, não fornecer endereço ou particularidades da família por telefone.

No entanto, há situações que, por serem menos óbvias podem sim colocar nossos pequenos em perigo.

Aqui, daremos uma ideia de atividade para que você, de forma leve e divertida, passe às crianças procedimentos importantes que podem salvá-los de algumas situações de risco.

Como fazer!

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I – Escreva es perguntas em papeizinhos e dobre-os, como se fosse fazer um sorteio.

II – Coloque os papeizinhos em uma saquinho ou caixinha, para que as crianças vão retirando um a um.

III – A criança abre um papelzinho e lê pergunta – ou você lê para ela, se ela for bem pequena.

IV – Observe que tipo de resposta será dada pela criança.

V – Para cada resposta acertada, ou seja, que corresponde a um comportamento seguro, a criança marca um ponto.

VI- Para cada resposta inadequada, cujo teor revele que a sua criança ficaria em perigo, quem marca ponto é você. Então você orienta a criança sobre como deveria proceder e pergunta outra vez, até que ela marque o ponto.

VII – Combine uma premiação para o final da brincadeira, como uma sessão de desenhos com direito a pipoca, ou um passeio na pracinha.

VIII – Depois, aproveite as perguntas e faça um cartaz caprichado com a garotada. Deixe o cartaz numa parede de destaque da casa.

Por meio dessa brincadeira, você ensina seus filhos a adotarem comportamentos seguros, sem assustá-los desnecessariamente.

Aqui vão as perguntas:

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1 – Se um adulto que você não conhece lhe pedisse ajuda, o que você faria?

2 – Você está sozinho em casa e a tomada da TV ou do computador começa a soltar faíscas. O que você faz?

3 – Se um cão desconhecido o ameaçasse, como você reagiria?

4 – O que você faria se começasse a sentir cheiro de gás dentro de casa?

5 – Se uma criança mais ou menos da sua idade convidasse você para ir brincar na casa dela, você iria?

6 – O que você faria se percebesse que se perdeu dos seus pais no meio de um lugar público?

7 – Se alguém o importunasse, ofendesse ou ameaçasse pela Internet, o que você faria?

8 – Você está esperando o elevador, chega um estranho para usar o elevador também. Você entra no elevador com esse estranho?

9 – Se você sentir alguma dor ou desconforto e seus pais não estiverem em casa, você pode usar um remédio da caixinha de primeiros socorros?

10 – Para quem você pode abrir a porta da sua casa, sem nenhuma preocupação?

Estas são as respostas corretas:

1 – Dizer “NÃO” e sair de perto. Um adulto em perigo deve pedir ajuda a outro adulto, nunca a uma criança.

2 – Sair de casa imediatamente e pedir ajuda a um vizinho, ao zelador ou a um adulto conhecido para chamar os bombeiros. Nunca tentar apagar as faíscas. Nunca tirar o aparelho da tomada.

3 – Nunca sair correndo. Não olhar o cão nos olhos. Se possível jogar um objeto para longe (um brinquedo, algo que esteja segurando), para distrair o animal e sair de perto dele o mais calmamente possível.

4 – Cheiro de gás é sinal de perigo. Neste caso, deve-se sair de casa e pedir a um adulto para chamar os bombeiros.

5 – Nunca aceitar convites, nem de outra criança, sem pedir a permissão dos pais.

6 – Procurar um funcionário (eles usam crachás ou uniformes com o nome da loja); procurar uma família com crianças, se estiver num parque, praça ou na praia e procurar um jeito de entrar em contato com os pais.

7 – Avisar a família imediatamente, ou tão logo os pais cheguem em casa. Sair do ambiente online na mesma hora. Nunca responder ou tentar resolver por conta própria.

8 – É melhor não usar elevadores com pessoas que você não conhece. Saia daquele lugar, busque um porteiro, zelador, faxineiro e espere para usar o elevador depois.

9 – A caixinha de remédios é da responsabilidade dos adultos. Nunca se deve usar remédios sem que os adultos tenham autorizado.

10 – Nunca se deve abrir a porta da casa para ninguém que não seja da família e que os pais não tenham avisado que viria; mesmo que seja algum amigo ou amiga dos pais, não se deve abrir a porta.

Estas são orientações simples, que fazem toda a diferença para garantir a segurança dos pequenos!

Prevenir é mesmo muito melhor do que remediar!

***

Você está precisando de ajuda? Considere procurar orientações com uma psicóloga.

Você precisa de coragem para enxergar a criança

Você precisa de coragem para enxergar a criança

Por Luzinete R. C. Carvalho ( Psicanalista )

Você precisa olhar para a criança, escutar o choro dela, escutar o que o choro quer dizer para você.

Precisa compreender a criança, legitimar seus sentimentos, valorizar seus desejos e acolher seus medos.

Você vai precisar conseguir fazer isso, olhar para a criança e aceita-la, sem críticas, sem ressalvas nem expectativas.

Vai precisar olhar para a criança e acha-la bonita, mesmo quando foi dito que ela era feia, acha-la inteligente mesmo quando disseram que não era, e ao fazerem isso, não pensaram nas marcas que deixariam em sua auto estima.

Vai precisar olhar para a criança e acha-la esperta, sabida, mesmo quando foi comparada com outras e disseram que as outras eram mais espertas, mais sabidas.

Você vai precisar olhar para a criança e dizer que não, ela não é tímida, bicho do mato, ou raivosa, nem ciumenta, nervosa ou mal educada, nem frágil, lenta ou rápida, nem acima ou abaixo da média; que isso tudo foram rótulos que soltaram sem pensar no mal que causariam para a criança.

Você vai precisar olhar para a criança e confiar nela, mesmo quando os pais disseram que ela não conseguiria, mesmo quando os professores duvidaram, mesmo quando todos desacreditaram, mexendo para sempre com sua auto confiança.

Você vai precisar ter coragem para olhar para a criança e compreender que as palmadas, as surras, os castigos físicos e psicológicos não fizeram nenhum bem. Mas deixaram humilhação, solidão e tristeza como herança.

Você vai precisar de muita coragem para olhar para a criança e enxerga-la sozinha, sem olhar atento, sem colo amoroso, sem beijo carinhoso, sem toque, sem sensações.

Vai precisar de muita coragem para olhar para a criança e enxerga-la assustada, com medo, com lágrimas, desejando um abraço e recebendo olhares bravos ou indiferentes.

Você vai precisar de muita força e muita coragem!

Pegue uma foto sua de quando era criança.

Pois é desta criança que estou falando.

Estou falando da criança que você foi um dia!

Pode olhar para o espelho, e buscar dentro de você os resquícios da criança que você foi.

Da criança que não recebeu o que precisava, da criança que ainda hoje tem medo de pedir mais do que tem, da criança que até hoje tenta se contentar ou se conformar com o que recebe, como se isso fosse o máximo que a Vida pode oferecer para uma criança feia, pouco inteligente, tímida, raivosa, ciumenta, manipuladora.

Da criança que até hoje tenta corresponder as expectativas dos outros, tentado ser ainda a melhor, a mais rápida, a que consegue fazer mais coisas ao mesmo tempo, anulando a si mesma e vivendo sob terrível pressão.

Você vai precisar de muita coragem para lembrar de verdade sobre algumas coisas do seu passado, da sua infância, da criança que você um dia foi.

Vai precisar ser forte, para conseguir lidar com a dura verdade de que grande parte do que você pensa sobre si mesmo, está ligado ao que os outros pensaram sobre você desde a infância.

Vai precisar ser muito forte, para descobrir que a maneira como você SE enxerga está relacionado a maneira como os outros o enxergaram.

Vai precisar de muita coragem para legitimar seu sofrimento infantil e lidar com o medo de sentir raiva dos seus pais, dos seus tios, dos seus parentes, dos seus educadores.

Vai precisar de muita coragem para lidar com os sentimentos que experimentou e com a mágoa que descobrirá dentro de você, que tem raízes na infância.

Você vai precisar ser forte para olhar para a criança que você foi, e compreender que na infância foram lançadas as sementes dos seus medos atuais, da sua falta de jeito em se relacionar, das suas más escolhas na vida amorosa, da sua insegurança na vida profissional.

Você poderá descobrir que talvez também tenha sido na sua infância que lançaram as sementes da sua dificuldade em lidar com seus próprios filhos do jeito que você gostaria, do jeito que você racionalmente sabe que é o melhor jeito, mas que na prática parece inatingível.

Você precisa olhar para a criança que você foi.

Abraça-la, acarinha-la, dar para ela a compreensão que ninguém nunca foi capaz de dar.

Vai precisar dar colo para esta criança.

Você vai precisar ser capaz disso, de fazer as pazes com a criança que você foi. Com a criança que ainda está dentro de você, e continua com medo de desafiar, de decepcionar, de magoar, de errar, e por isso não tenta, não ousa, não evolui, não cresce, não se liberta e não é feliz…

Se você conseguir olhar e enxergar a criança que você foi, em tudo que recebeu, mas também em tudo que faltou, talvez você consiga oferecer para ela aquilo que ainda falta, e talvez hoje, sua auto estima se fortaleça, para que a partir de hoje, você seja capaz de ousar, de seguir em frente, para que você seja capaz de amar.

Para que hoje, você seja capaz de estar com seu filho oferecendo para ele tudo aquilo que você mesmo não recebeu e precisava, evitando os erros que marcaram sua vida, mas o mais importante: conseguindo olhar verdadeiramente para seu filho e ser capaz de oferecer o que ELE precisa!

E ao ser capaz de oferecer o que seu filho realmente precisa, você finalmente estará sendo o pai ou a mãe que gostaria de ser.

Se você conseguir isso, talvez consiga pegar seu filho pela mão e chama-lo para brincar, junto com a criança que você foi um dia, mas que agora encontrou quem você é hoje.

E nesta absoluta e consciente integração, poderão juntos encontrar os caminhos para uma vida feliz.

Mas você vai precisar ler este texto mais uma vez, e ter a coragem de olhar para a criança que você foi e que ainda sussurra dentro de você, esperando apenas ser ouvida e desejando receber só um pouco de carinho…

PS.: convém dizer que este texto não serve para todo mundo! Só serve para quem sentir, intuir que a infância que viveu interfere, de alguma forma, em aspectos da vida atual. Se não serve para você, simplesmente ignore, mas saiba que ele pode servir para muitas pessoas, e merece respeito, tanto quanto as pessoas que estão tendo a coragem de olhar para a criança que foram, buscando respostas, buscando a redenção, para se sentirem livres e fortes, e então viverem a vida plena e feliz que merecem.

5 elogios que vão fazer seus filhos crescerem como boas pessoas

5 elogios que vão fazer seus filhos crescerem como boas pessoas

Com essa vida corrida, muitas vezes ficamos tão preocupados com as tarefas e obrigações do dia-a-dia que deixamos passar oportunidades de estreitar laços afetivos.

A educação das crianças depende de uma relação de confiança, autoridade amorosa e acolhimento por parte dos pais ou quem quer que tenha assumido a responsabilidade por elas.

É preciso corrigi-las e orientá-las quando cometem erros. E é preciso elogiá-las quando merecem, para que desenvolvam senso de justiça e equidade.

1 – Tenho muito orgulho de ver você…

jogando bola, dançando, desenhando, brincando com seus irmãos! O elogio pelo esforço, pela tentativa ou por uma boa ação são muito mais importantes que os elogios pelo sucesso! Eles fazem com que a criança perceba que o seu esforço tem valor e que ela não precisa ser perfeita para ser reconhecida.

2 – É muito bom quando estamos juntos para…

comer, brincar, estudar, passear, ver um filme! Expresse sua alegria por estar em companhia de seus filhos, ainda que não haja nenhuma ocasião especial, apenas pelo fato de estarem juntos. Assim, a criança sente que é bem-vinda, que você faz questão de sua presença e que presa sua companhia.

3 – Você fica ainda mais bonito quando…

é gentil com seus avós, ajuda a mamãe e o papai nas tarefas de casa, guarda seus brinquedos, faz direitinho a lição de casa. É preciso ensinar que a beleza e muito mais do que ter uma boa aparência e que à medida que somos agradáveis e corretos ficamos mais bonitos aos olhos daqueles que convivem conosco.

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4 – Eu fico feliz quando seus amigos vêm aqui em casa

Quando as crianças crescerem e se tornarem adolescentes, a opinião dos amigos será muito decisiva na conduta delas. Por isso, é muito importante conviver com os amigos e amigas de seu filho; convidá-los para vir à sua casa; observar como se relacionam; propor brincadeiras; intervir se for necessário. Assim, você terá familiaridade com aqueles de quem seu filho fala e poderá orientá-lo. Quanto mais você participar de forma saudável da vida de seus filhos, mais proximidade terá com eles e mais fortes serão os laços de confiança.

5 – Sou muito grato por ser seu pai/sua mãe

Demonstrar gratidão por ter recebido um filho em nossas vidas é ensinar aos pequenos que pessoas são muito mais importantes do que qualquer coisa que se possa conquistar, por mais valiosa que seja. Declarações de afeto e amor alegram o coração das crianças e aqueles que se sentem acolhidos, serão capazes de acolher no futuro.

É nas pequeninas coisas dos nossos dias que residem o verdadeiro valor da vida! Eduque com amor, que o amor há de voltar em dobro pra você e toda sua família!

Vem, que a minha imperfeição estava justamente esperando pela sua!

Vem, que a minha imperfeição estava justamente esperando pela sua!

No fundo, no fundo a gente morre de medo de não caber nas expectativas do outro, sobretudo quando esse outro parece caber justinho nos nossos mais inconfessáveis sonhos.

Todos nós sonhamos com uma história bonita de vida amorosa, com silêncios confortáveis, com o encanto de sorrir à toa apenas diante da lembrança daquele sorriso.

É o sorriso que limpa a alma da gente da poeira da solidão e varre para longe os receios e manda para o espaço a vergonha de parecer ridículo.

O amor é ridículo. E, exatamente por isso, pode tudo. Absolutamente tudo. Pode ter música brega de tema, pode ter cenários inusitados, pode ter segredos compartilhados.

O segredo do amor que dura é aprender a ver na imperfeição do outro uma licença poética de revelar sem medo as nossas próprias imperfeições; é se permitir revelar os lados escuros e escusos, ainda que seja aos poucos, devagarinho, só para garantir que o outro não corra de nós, não se assuste, não nos rejeite justamente por nos termos arriscado a revelar nosso lado mais inteiro e verdadeiro.

E como é difícil aceitar que a nossa parte inteira é uma colagem atemporal de bonitezas e feiuras que vão formando um desenho surpresa de nós mesmos.

É isso que somos. Uma soma de caquinhos desiguais formando nosso mosaico de vida. Somos pedacinhos da mais rica e preciosa porcelana, mas também somos o vidro barato daquele copinho que serve tragos e cafezinhos em qualquer esquina.

Somos o pó que se acumula na sola dos nossos pés, testemunhando o nosso vasto caminho pelos cantos, curvas e paisagens deste vasto mundo.

E, de repente, nos damos conta de que esse rastro de dois pés quer demais acreditar que é possível acrescentar duas pegadas a este solitário caminhar.

E com a alma desarmada e sem travas haveremos de abrir os braços a quem se dispuser a nos olhar de perto e a nos receber, apesar de nossas inúmeras falhas, tropeços e espinhos.

Haveremos de ter coragem para dizer “Vem, que a minha imperfeição estava justamente esperando pela sua”.

5 sinais que denunciam uma pessoa tóxica

5 sinais que denunciam uma pessoa tóxica

Ninguém vem com selo de qualidade, certo?

Mais ou menos… Porque quando a pessoa é maldosa, mesmo sem querer, ela vai acabar deixando escapar atitudes que devem deixar você em alerta.

E, se você detectar ao menos três desses cinco sinais, mantenha distância dessa criatura.

Se ela ainda não aprontou com você, vai aprontar!

1 – Elas usam o que você diz para te prejudicar

Gente mau caráter pega uma informação inofensiva sua, vira do avesso, distorce e faz você parecer alguém em quem não se pode confiar. Também podem usar aspectos mais vulneráveis da sua personalidade para explorar você e tirar vantagem.

Por isso, bico calado! Fale o mínimo necessário, preserve sua vida pessoal, não conte suas ideias, planos ou problemas.

2 – Elas nunca falam a verdade

Essa gente ruim é incapaz de ser verdadeira. Ainda que a essência do que digam seja real, elas vão modificar, aumentar, torcer, de forma que a história as coloque como especiais, importantes, mais inteligentes ou espertas.

Portanto, deixe que falem sozinhas. Ligue o ouvido automático e abstraia.

3 – Nunca assumem a responsabilidade pelo que fazem

Essa gente oportunista é lisa feito um peixe ensaboado! Mesmo que sejam confrontadas com evidências inquestionáveis, vão negar e tentar escapar da culpa, ou pior, jogar a culpa para outra pessoa. Sua capacidade de inventar desculpas e argumentos em favor de si mesmas é assombroso! E são tão sedutoras e manipuladoras que chega uma hora que você começa a si sentir um crápula por ter duvidado dela.

Sendo assim, fique firme. Se você descobriu um mal feito dessa pessoa e tem certeza de que foi ela a causadora, ignore seus argumentos, corte a conversa e tome distância.

4 – Nunca vão se arrepender do que fazem

Essas pessoas tóxicas sabem perfeitamente o estrago que causaram na vida dos mais desavisados por uma simples razão: fazem tudo de caso pensado! E, nunca, jamais, em tempo algum, serão capazes de se compadecer da dor do outro. O outro é irrelevante para elas; são completamente frias e egoístas. Desde que se deem bem, o resto é resto!

Por isso, nunca crie expectativas. Não se iluda pela ideia de que “todos são capazes de mudar”. Esse tipo de pessoa, além de não mudar, piora com o tempo.

5 – Elas se alegram com a desgraça alheia

Um mau caráter tem prazer em ver os outros perderem, sentem-se protegidos por terem sido afetados pela perda e, se puderem, vão poluir a sua cabeça com ideias negativas, fofocas, sentimentos pessimistas e tudo o mais que seja útil para manter você numa situação vulnerável. Às vezes podem até se fingir de amigos e ficar ao seu lado numa situação catastrófica, pois são verdadeiros urubus.

Amigos verdadeiros estão sempre por perto e, sobretudo são capazes de ficar felizes com nossa felicidade e com nosso sucesso. Cuidado com os “amigos” que só se aproximam quando você está por baixo!

A inimizade e a amizade fraturadas por divergências políticas- Milan Kundera

A inimizade e a amizade fraturadas por divergências políticas- Milan Kundera

Em momentos como o que ora vivenciamos, com muito acirramento no debate político e notória radicalização nos diálogos, têm sido cada vez mais frequentes as rupturas de amizades, que se observam até mesmo entre pessoas da mesma família ou com amigos de longa data, por conta das suas “convicções pessoais”. É uma constatação que, para dizer o mínimo, não constrói e traz incômodos.

A esse respeito, vem como uma luva o mais do que pertinente – e oportuno – pensamento do escritor checo Milan Kundera, trazido no ensaio “A Inimizade e a Amizade”, que consta do seu livro UM ENCONTRO, lançado no Brasil em 2013 (pg. 112). Ele argumenta, com sabedoria, que sacrificar amizade pela política não passa de uma grande tolice!

Leia e compartilhe esta mensagem lúcida, que fará bem (a seguir):

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Fonte imagem: Pinterest, via O Bem Viver

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Seu filho está mentindo? Descubra com estas 6 dicas!

Seu filho está mentindo? Descubra com estas 6 dicas!

Bem que a gente podia ter uma maquininha da verdade para detectar quando os danadinhos estão tentando nos passar a perna, não é mesmo?

E, dizem, que as mães são seres impossíveis de serem enganados… Será mesmo?

O fato é que sejam crianças, adolescentes ou jovens, às vezes nossos filhos nos enganam e a gente não percebe.

É claro que a criança muito pequena tem poucos recursos para criar mentiras complexas… são mais fáceis de pegar!

Mas, à medida que crescem, parece que eles vão se especializando!

Veja aqui 6 dicas para ajudar pais e mães confusos a detectar as mentiras de seus filhos:

1 – Se eles desatarem a falar sem parar, mais rápido que o normal, ou ficarem “engasgando” nas palavras, ou repetindo muito “é…”; “aí…”; fique esperto! Essa história aí que você está ouvindo está mais para fake news do que para a realidade mesmo!

2 – Em vez de responder, eles repetem a pergunta que você fez. Você pergunta: “Você fez todas as lições de casa assim que chegou da escola, antes de ir jogar videogame?”; e ele responde “Se eu fiz as lições?” ou “Como assim?”… Chiiiiii… sinto lhe informar que você está sendo enrolado.

3 – A criaturinha parece um daqueles bonecos infláveis de porta de borracharia. Mexe no cabelo, retorce as mãos, fica saltitando no lugar, cruza e descruza os braços… Tá na cara que essa versão aí dos fatos não corresponde à cena do crime.

4 – Os olhos não param quietos ou parecem vidrados? Pode ser mentira – ou melhor… há uns 80% de chance de ser mentira. O contato visual tranquilo requer que se esteja dizendo a verdade. Ao mentir, crianças bem pequenas olham para o além; crianças um pouco maiores arregalam os olhos e adolescentes piscam mais que o normal.

5 – Os gestos entregam uma mentira: tocar o nariz enquanto fala, cutucar os lábios, coçar as orelhas, enrolar os cabelos… podem ser sinais de que você está entrando no mundo paralelo da não verdade. Observe! Aliás… observe-se! A gente faz igualzinho!

6 – A história não tem pé nem cabeça? Começa no corredor da sala de aula e acaba na viagem de férias do ano passado… Muitas vezes, as crianças e mesmo os adolescentes acreditam que quanto mais detalhes acrescentarem à narrativa, mais chance terão de serem bem-sucedidos na enganação. Só que eles acabam se enrolando. Basta uma pergunta bem objetiva para ligar uma coisa na outra e “Pronto!”, o discurso não se sustenta.

Pequenas mentiras fazem parte da natureza humana. Atire a primeira pedra quem nunca inventou uma desculpa para não comparecer a uma festa ou compromisso ao qual não queria ir, ou que não concordou com alguém só para ter paz…

A criança é igual!

No entanto, é preciso ficar atento. Se a mentira vira um hábito, pode trazer grandes prejuízos ao desenvolvimento emocional, social e moral da criança. É preciso fazê-la enxergar que quando mente rouba de si mesma a confiança de seus pais. Portanto, não seja muito rígido ou ofensivo quando estiver tentando pegar alguma molecagem. Com jeitinho, a gente consegue obter a história real e orientar quando os comportamentos não estiverem adequados.

Contra a mentira a receita infalível é: paciência com recheio de firmeza, mais cobertura de coerência!

“De repente, sessenta!”, por Silvana Duailibe

“De repente, sessenta!”, por Silvana Duailibe

Mudou o mundo e mudei eu… Muito! E tão repentinamente, apesar de terem se passado tantos anos !…

Quando completei quarenta anos, achei que a velhice estava chegando… Ela não veio.

Quando fiz cinquenta, ela, a velhice, me pareceu chegar, com força total… Como num piscar de olhos, ela foi embora e eu vivi uma década ágil, dinâmica, agitada e nada tediosa.

Agora, faço sessenta anos, idade encarada como o início da terceira parte dos três terços de uma vida, a chamada terceira idade, que rima com “idoso”, que rima com “velhice”… Olho ao redor, procuro onde ela está (a velhice) e, juro, não a encontro!
O que mudou, então?

Mudei, mudaram as circunstâncias, as ferramentas, mas, sobretudo, mudaram as prioridades. O silêncio é mais importante. O humor é mais importante. A saúde é mais importante. A aceitação é mais importante. Entretanto, apesar de retirados alguns pedaços, eu me vejo caminhando para esse prometido encontro com a velhice, inteira.

Certos limites impostos pelos desgastes do tempo não podem ter soberania sobre a minha vontade. Assim, atendendo aos apelos dos joelhos, troco, de bom grado, os saltos altíssimos e finos por plataformas médias, a tinta que maltrata os meus cabelos, deixando-os mais finos ainda, pelos naturais fios grisalhos, que, gradativamente, livres da química, podem respirar e recuperam o antigo viço e brilho. Meus olhos cansados perderam em nitidez o que meu olhar sobre as coisas ganhou em amplitude e alcance.

Faz tempo que parei de inventar razões para viver. Estamos sempre inventando justificativas para mil e uma coisas que queremos ou não queremos, mas viver não tem justificativas, ponto. Também não há meios termos. Há acordos.

Lá pelo final dos quarenta anos, eu fiz acordos com a vida e comigo mesma… Vocês sabem, acordos são tratos, são compromissos e têm que ser levados a sério.
Eu me comprometi a viver apaziguada – com o tempo, com as perdas, com as mudanças, com as diferenças, com os limites, comigo mesma – e a curtir cada pedacinho do muito que tenho – das pessoas que permaneceram, da família construída, do patrimônio que consegui juntar, da saúde que ainda me resta, do amor que chegou para mim.

Outro trato, que é também um desafio: fracionar o tempo, para poder curtir o mosaico desse todo, que é o meu viver. Tudo à sua hora. Como uma pizza enorme, muitas fatias, todas deliciosas: lamber infinitamente meus netos, num chamego que esquece o relógio, conversar e, principalmente, ouvir as pessoas, aprendendo, todo dia, mais um pouquinho, abraçar, beijar, me entregar, alimentando meus nichos de afeto… E continuar a regar minha alma com música, leitura e com a aspiração profunda dos cheiros da minha casa, das minhas crias, do meu amor e da brisa da praia, todas as manhãs.

Meus sessenta anos foram azeitados pelos inúmeros recomeços, que me brindaram com paciência e coragem.

Tenho um profundo orgulho dos meus tropeços, pois foram eles que me ensinaram e tive a sorte de reconhecer muitos erros como degraus de crescimento, ainda a tempo de acertar meu passo e de aprumar a minha coluna. Como eu teria tudo isso se não tivesse vivido tanto?

Hoje, aos sessenta anos, eu me misturo à multidão, sou cada vez mais “ninguém” e gosto muito disso. É uma sensação libertadora, quando nos percebermos fugazes e finitos, nesse vasto universo de sucessões e renovações.

Estou viva, adequando-me, rebelando-me, atenta. Sinto-me como Cora Coralina, “com mais estrada no coração do que medo na cabeça.”

Eu já me dou por presenteada e me darei muito mais se alguns poucos guardarem de mim, um dia, um pouco mais do que apenas um pálido retrato, num canto qualquer da sala.

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Abaixo, a publicação original.

Imagem de capa- reproduções Facebook

O monge e o sorvete de chocolate, um conto budista sobre o ego

O monge e o sorvete de chocolate, um conto budista sobre o ego

Um teste para o ego com sabor a chocolate

Joel havia chegado já fazia três anos a uma das comunidades budistas mais antigas do Tibete, e ali almejava ser treinado para se transformar em um monge exemplar.

Todos os dias, na hora do jantar, perguntava ao seu mestre se no dia seguinte aconteceria a cerimônia da sua ordenação. “Você ainda não está pronto, primeiro precisa trabalhar a humildade e dominar o seu ego”, respondia o seu mentor.

Ego? O jovem não entendia por que o mestre se referia a seu ego. Achava que merecia ascender no seu caminho espiritual já que meditava sem cessar e lia diariamente os ensinamentos de Buda.

Um dia, o mestre imaginou um jeito de demonstrar aos seu discípulo que ele ainda não estava pronto. Antes de iniciar a sessão de meditação anunciou: “Quem meditar melhor terá como prêmio um sorvete”. De chocolate”, acrescentou o ancião.

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Logo após um breve alvoroço, os jovens da comunidade começaram a meditar. Joel queria ser o melhor a meditar dentre todos os seus colegas. “Dessa forma, mostrarei ao mestre que estou preparado para a cerimônia. E poderei tomar o sorvete”, concluiu o discípulo.

O jovem budista tenta meditar

Joel conseguiu se concentrar na sua respiração, mas ao mesmo tempo visualizava um grande sorvete de chocolate que ia e vinha como se estivesse em um balanço.

“Não é possível, preciso parar de pensar no sorvete ou outra pessoa vai ganhá-lo”, repetia para si mesmo.

Com muito esforço, Joel conseguia meditar por alguns minutos nos quais simplesmente seguia o compasso da sua respiração, mas logo em seguida imaginava um dos monges tomando o sorvete de chocolate. “Droga! Sou eu que preciso conseguir esse sorvete!”, pensava o jovem angustiado.

Quando a sessão acabou, o mestre explicou que todos tinham feito bem a tarefa, exceto alguém que havia pensado demais no sorvete, isto é, no futuro. Joel se recompôs antes de falar:

– Mestre, eu pensei no sorvete. Eu admito. Mas como você pode saber que fui eu quem pensou demais?

O ego se revela

– Não tenho como saber. Mas posso ver que você se sentiu tão afetado a ponto de se levantar e tentar se colocar por cima dos seus colegas. Assim, querido Joel, é que age o ego: sente-se atacado, questionado, ofendido… e quer ter sempre razão no jogo de ser superior aos outros.

Naquele dia, Joel aprendeu que ainda tinha um longo caminho a percorrer. Trabalhou a sua humildade e os impulsos do ego. Viveu no presente e procurou não ficar por cima dos outros. Também entendeu que não lhe convinha se identificar com suas conquistas.

Assim, com trabalho e paciência, chegou o grande dia. Foi aquele no qual o mestre bateu à sua porta para lhe anunciar que finalmente estava preparado para o que tanto havia almejado.

Quando chegou no templo não encontrou ninguém ali. Apenas uma pequena plataforma e sobre ela… um sorvete de chocolate. Joel pôde apreciar o sorvete agradecido, sem se sentir decepcionado. E em seguida, foi ordenado monge.

A humildade tem seu prêmio

Cada pessoa tem o seu próprio sorvete de chocolate: aquilo que almeja alcançar. O problema está em ter a mente posto nele, nos impedindo de desfrutar o presente.

*Conto original de Mar Pastor, via A Mente é Maravilhosa

“O silêncio está tão repleto de sabedoria e de espírito em potência como o mármore não talhado é rico em escultura.”

“O silêncio está tão repleto de sabedoria e de espírito em potência como o mármore não talhado é rico em escultura.”

Na vida diária estamos expostos ao barulho permanente e nos ajustamos de tal modo, que acreditamos que ficar em silêncio é uma coisa estranha. Em casa ligamos o rádio ou a televisão e no trabalho ou na rua estamos “plugados” no celular e nos ruídos em nossa volta, pois não suportamos ficar em silêncio.

Vamos a locais barulhentos porque a ausência de chiados nos entedia. A gente não se dá conta, mas fugimos do silêncio, com medo da solidão. Para alguns o silêncio relembra a tristeza e para outros é a agonia da possibilidade de estar perto de pessoas ardilosas, que se aproveitam da calmaria para dar uma “rasteira”.

Vivemos em uma época que briga contra o silêncio. Uma verborragia, que nos impulsiona a falar muito, sobretudo, pelas redes sociais e na “balbúrdia” dos entretenimentos. Assim, impera a negação do silêncio, que significa uma tensão psicológica para armazenar cada vez mais informações e sons, de qualidade duvidosa.

A origem disso encontra-se na conversação ruidosa, que eliminou as formas de diálogo. Nas cidades – já faz parte às rotinas avessas – ao silêncio, que são comandadas pelos caos no trânsito e por diversas fontes de poluição sonora.

Mas, por isso, é necessário entender o silêncio como signo de sabedoria. O silêncio é completo de significados terapêuticos e espirituais. Quando estamos imersos nele, ouvimos melhor a nós mesmos e entendemos melhor os sinais do mundo.

Além disso, o silêncio é a conexão que nos permite cultivar o nosso espaço interior, onde é possível buscar as respostas para sentido da vida. O segredo do silêncio é que ele nos permite apreciar uma refeição, degustar os sabores, inspirar o aroma dos perfumes e sentir a formosura emanada da natureza. O silêncio é a afirmação generosa e singular dos eventos indescritíveis.

A espiritualidade cristã nos indica que o caminho do silêncio é revelador da presença de Deus. O livro de Eclesiastes descreve que temos o tempo de falar e o tempo de silenciar. Segundo o Evangelho de Mateus: Jesus guardava silêncio, no seu julgamento, diante do sumo sacerdote de Israel. O chefe religioso provocava, mas Cristo ficava calado, como forma de resistência contra a opressão.

O budismo afirma que a mente humana deve ser mais temida que cobras venenosas e assaltantes vingadores. Por isso, há o caminho do silêncio, para aquietar as oscilações mentais. Nessas tradições espirituais, o silêncio é momento sagrado de nos recolher em nós mesmos, que nos leva a serenar a mente e o coração, de sentir a suavidade de nos aquietar na presença amorosa do Ser Divino, sem precisar dizer nada.

Enfim, a busca do silêncio potencializa o nosso crescimento mental e espiritual. É como disse Aldous Leonard Huxley, o notável escritor britânico: “O silêncio está tão repleto de sabedoria e de espírito em potência como o mármore não talhado é rico em escultura”.

O seu novo parceiro não tem culpa se você não foi valorizada.

O seu novo parceiro não tem culpa se você não foi valorizada.

Eu tenho certeza de que você já disse ou já ouviu alguém dizer a seguinte frase: “daqui pra frente, vou deixar de ser trouxa, não vou ser bobo(a) como fui nos meus relacionamentos anteriores”. Esse é uma espécie de mantra muito comum na boca de quem sai de um relacionamento com aquela sensação de ter dado muito mais do que recebeu. Sabe quando a ficha cai e a pessoa percebe que não foi valorizada naquele relacionamento? Então, as pessoas nessas circunstâncias, geralmente, carregam uma densa carga de ressentimento e frustração oriunda de um ou vários relacionamentos frustrados.

Até aí, tudo certo. Entretanto, a situação fica complexa quando esssa pessoa sai completamente frustrada de uma relação e já inicia outra, sem sequer dar uma pausa para respirar e olhar para próprios sentimentos. Daí, com a nova companhia, ela resolve fazer tudo diferente do que fazia anteriormente. O comportamento muda da água para o vinho, e o que é pior, ela radicaliza. Ela sai de uma posição completamente submissa e solícita para uma posição de total aspereza e resistência. Na compreensão dela, seus relacionamentos anteriores fracassaram porque ela foi boazinha demais, sendo assim, ela decide fazer tudo ao contrário com os novos vínculos.

Dessa forma, o novo parceiro amoroso vai se deparar com a pior versão dessa pessoa que, no passado, foi um verdadeiro capacho nos relacionamentos. E aqui entra um agravante, esse novo par acaba tomando conhecimento de como esse tão ríspido agia com o(a) ex. Não tem como ocultar essas informações, sempre vai ter alguém interessado em revelar tal mudança de comportamento. Imagine como essa pessoa vai se sentir? Completamente desapontada, com toda a razão. Ela vai se dar conta de que, o namorado bancava todas as despesas da ex namorada ou esposa, por exemplo, porém, com ela, o sujeito faz questão de dividir até um pastel na feira. Ou o moço vai descobrir que a namorada era um docinho e se desdobrava para agradar o ex, porém, com ele, ela nunca cede em nada. Complicado, não é mesmo?

A grande questão nesse contexto é a ausência de discernimento, ou seja, a pessoa cheia de mágoas de relações anteriores vai querer descontar todas as suas frustrações nesse novo parceiro. Ela vai se comportar sempre na defensiva, sempre armado e se preocupando em não ser o bonzinho que se deu mal no passado. Ela vai sempre dizer “não” ao novo par, entendendo que isso é se impor na relação, não percebendo o estrago que ele está fazendo no emocional e na autoestima dessa pessoa. A pessoa vai sai do 8 e vai para o 80, ela vai sair de um extremo para o outro.

Lógico que faz parte do comportamento de qualquer um essa questão de reavaliar a própria postura dentro de um relacionamento. É perfeitamente normal, a gente rever algumas atitudes, optar por não permitir mais certas atitudes etc. Contudo, no contexto em questão, a pessoa apenas decidiu que vai ser o oposto de tudo o que ela foi. E é justamente aí que mora o problema, no passado, ela foi extremamente compreensiva, disponível, mão aberta, etc, mas agora, ela não quer equilibrar, ela vai radicalizar. Aí te pergunto: essa relação vai prosperar? Tá na cara que não! De cara o novo parceiro vai se deparar com o fantasma da comparação dela com o(a) ex que conviveu com a melhor versão do seu parceiro, enquanto ela está recebendo migalhas e sendo tratada com total falta de acolhimento. Se ela tiver um pouquinho de amor próprio, ela não fica na relação, afinal, que motivação ela vai ter para se manter nela?

É necessário muita cautela para não meter os pés pelas mãos. É preciso ter cuidado com os extremos. É fundamental o equilíbrio entre o que permitir e o que aceitar numa relação. Contudo, não é sensato agir com essa imaturidade. Se o outro não valorizou o que você ofertou de melhor, o problema foi dele, não faz sentido você fingir ser uma pessoa que não é na tentativa de se proteger. Cuidado, pois você estar estragando um relacionamento que teria tudo para deslanchar por falta de equilíbrio. Fica a dica!

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