A árvore dos desejos: Esta parábola nos mostra como sabotamos nossas vidas

A árvore dos desejos: Esta parábola nos mostra como sabotamos nossas vidas

Um homem caminhou pela floresta pensando em suas preocupações, pensando em seus muitos problemas. Exausto, ele parou para descansar na sombra de uma árvore, mas era uma árvore mágica que instantaneamente concedia todos os desejos de qualquer um que encostasse nela.

O homem estava com sede, então ele pensou que gostaria de ter água fresca. Instantaneamente, um copo de água fria apareceu em sua mão. Surpreso, ele olhou para a água e bebeu. Quando ele saciou sua sede, percebeu que estava com fome e desejou ter algo para comer. Um prato de comida apareceu diante dele.

“Meus desejos se realizam”, pensou o homem, incrédulo.

“Se realmente é assim, eu quero ter uma bela casa”, disse ele em voz alta.

A casa apareceu no prado que se estendia à sua frente. Um grande sorriso cruzou seu rosto enquanto ele desejava que os servos se encarregassem daquela maravilhosa casa. Quando eles apareceram, ele percebeu que de alguma forma tinha sido abençoado com um poder incrível e desejou ter uma mulher bonita, amorosa e inteligente com quem compartilhar sua boa sorte.

Quando a mulher apareceu diante de seus olhos, o homem disse: “Espere um minuto, isso é ridículo. Eu nunca fui tão sortudo na vida. Isso não acontece fácil comigo.”

Ele não terminou de dizer essas palavras quando tudo desapareceu.

Resignado, o homem disse para si mesmo: “Eu sabia, algo tão maravilhoso não aconteceria comigo”. E ele foi embora, aborrecido, pensando em seus muitos problemas.

Para muitas pessoas, como o homem da história, coisas maravilhosas acontecem com elas, e depois desaparecem como que por mágica, simplesmente porque pensam que não as merecem. Essa parábola nos convida a refletir sobre o que esperamos da vida e o que acreditamos que podemos alcançar.

Para conseguir o que você quer, você deve primeiro acreditar que merece

Nós tendemos a pensar que o nosso mundo é construído sobre fatos. Mas os fatos são apenas uma variável em uma equação muito mais complexa. Interpretamos constantemente esses fatos e, ao fazê-lo, damos a eles um significado de acordo com nossa concepção de vida e a imagem que temos de nós mesmos. Então nossas certezas entram em jogo, que originalmente eram apenas suposições.

Uma presunção implica dar algo de certo a partir de certas indicações, a ponto de depois se tornar uma certeza. Quando essa presunção se tornar uma certeza, acabará influenciando nossa maneira de interpretar os eventos que nos ocorrem. Como o homem da história, quando temos a certeza de que não merecemos algo, mais cedo ou mais tarde vamos perdê-lo.

Quando acreditamos que não somos valiosos o suficiente para alcançar certos objetivos, um mecanismo será ativado dentro de nós para confirmar essa presunção, transformando-a em uma certeza. Então começamos nos sabotar, geralmente no nível inconsciente.

Isso é porque odiamos a dissonância cognitiva. Ou seja, uma vez que tenhamos formado uma ideia sobre nós mesmos, tudo o que a refuta ou a faz vacilar se torna uma dissonância cognitiva. Em nosso interior, um tipo de alarme é ativado para garantir que esse “eu” permaneça estável. O problema é que às vezes esse mecanismo de autoproteção nos impede de crescer e, como o homem na história, nos impede de alcançar objetivos mais ambiciosos.

Portanto, se acreditarmos que não merecemos algo, encontraremos uma maneira de nos impedir de alcançá-lo. Esse mecanismo pode ser visto em um relacionamento, quando encontramos uma pessoa tão fantástica que acreditamos que tudo é bom demais para ser verdade e acabamos sabotando o relacionamento, talvez com ciúme ou desconfiança.

Também pode acontecer no local de trabalho, quando eles nos dão uma oportunidade tão boa que não damos crédito e o medo de cometer erros e insegurança acabam nos fazendo perder essa chance. Assim fechamos um círculo vicioso no qual acabamos dizendo: “foi bom demais para mim”.

O problema é que, quando aceitamos essas mudanças, também nos forçamos a mudar a imagem que temos de nós mesmos. E esse é um processo complicado que nem todo mundo está disposto a assumir. Muitos preferem ficar em sua zona de conforto, reclamando de sua “má sorte”, sem perceber que muitas vezes eles mesmos contribuem para os eventos que tomam esse rumo negativo.

Sentir-se indigno gera uma resistência à mudança positiva. Assim, nos condenaremos a uma vida medíocre na qual apenas as profecias negativas que fizemos sobre o nosso futuro serão cumpridas.

Deixar de se tornar o seu obstáculo principal: Como quebrar esse círculo vicioso?

“Ignoramos nossa verdadeira altura até nos levantarmos”, disse a poeta Emily Dickinson. O engraçado é que geralmente a educação que recebemos, a sociedade e as pessoas mais próximas a nós são aqueles que preferem que permaneçamos sentados. Isso é mais confortável para todos.

Portanto, o primeiro passo para alcançar o que você sonha é se livrar das “certezas” que o limitam. Aquelas coisas que você assume como verdades inabaláveis são, na verdade, pressupostos cuja origem provavelmente pode ser rastreada até seu passado. A sensação de não ser suficientemente capaz ou indigno geralmente vem de experiências durante a infância ou adolescência. É até provável que essas “certezas” sejam palavras que foram repetidas para você por seus pais, professores ou outras pessoas importantes em sua vida.

Com suas palavras, eles ajudaram a moldar a imagem que você tem de si mesmo. No entanto, você deve perceber que um “eu” estático é um “eu” que não cresce. A dissonância cognitiva não é uma coisa negativa a qual deve ser temida, mas na verdade é um sinal de que você pensa, evolui e muda.

Enquanto você trabalha para perdoar a si mesmo por aqueles pensamentos arraigados que o impedem de alcançar seus sonhos, você descobrirá que começa a se sentir melhor, mais leve e aliviado. Pouco a pouco, você estará se preparando para aproveitar ao máximo as boas oportunidades que surgem em sua vida, em vez de sabotá-las e ficar chorando sobre o leite derramado.

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Artigo publicado originalmente em nossa página parceira Psicologias do Brasil.

A rejeição é a ferida emocional mais profunda

A rejeição é a ferida emocional mais profunda

Por Gema Coelho

Há feridas que não são vistas, mas que podem se alojar profundamente em nossa alma e conviver conosco pelo resto das nossas vidas. São as feridas emocionais, as marcas dos problemas vividos na infância e que determinam, muitas vezes, como será nossa qualidade de vida quando adultos.

Uma das feridas emocionais mais profundas é a da rejeição, porque quem sofre com ela se sente rejeitado internamente, interpretando tudo o que acontece ao seu redor através do filtro da sua ferida, se sentindo rejeitado em situações em que, na verdade, não é.

Vejamos com mais detalhes no que consiste esta ferida.

 

Origem da ferida emocional da rejeição

Rejeitar significa resistir, desprezar ou recusar, o que podemos traduzir em “não amar” algo ou alguém. Essa ferida nasce da rejeição dos pais para com seus filhos ou, às vezes, por se sentirem rejeitados por seus progenitores, mas sem realmente haver intenção por parte deles.

Diante das primeiras experiências de rejeição, a pessoa começa a criar uma máscara para se proteger deste sentimento tão comovente, que está ligado à desvalorização de si mesmo e que se caracteriza por uma personalidade tímida, segundo as pesquisas realizadas por Lise Bourbeau. Assim, a primeira reação da pessoa que se sente rejeitada será fugir, por isso não é de se surpreender que crianças que se sintam rejeitadas inventem um mundo imaginário.

Nos casos de superproteção, além da faceta superficial mascarada de amor, a criança pensa que é rejeitada por não ser aceita como é. A mensagem que chega a ela é de que suas capacidades não são válidas e por isso ela precisa ser protegida.

Como é a pessoa que tem uma ferida de rejeição

Parte da nossa personalidade é formada a partir das feridas emocionais sofridas na infância. Por essa razão, a pessoa que sofre da ferida da rejeição se caracteriza por se desvalorizar e buscar a perfeição a todo custo. Esta situação vai levar a pessoa a uma busca constante de reconhecimento pelos outros, desejo que vai demorar a ser saciado.

De acordo com Lisa Bourbeau, a ferida é causada pelo progenitor do mesmo sexo e, diante disso, a busca de amor e reconhecimento será mais intensa, sendo muito sensível a qualquer comentário que proceda dele.

As palavras “nada”, “inexistente” ou “desaparecer” fazem parte de seu vocabulário habitual, confirmando a crença e a sensação de rejeição que está tão impregnada. Dessa maneira, é normal que a pessoa prefira a solidão, porque se ela receber muita atenção, existirão mais possibilidades de ser desprezada. Se tiver que compartilhar experiências com mais pessoas, tentará passar despercebida, sob a capa que constrói para si mesma, sem falar muito – isso se falar -, apenas para diminuir seu valor diante de si mesma.

Além disso, vive em uma ambivalência constante porque quando é escolhida, não acredita e rejeita a si mesma, chegando até mesmo a sabotar a situação; e quando não é escolhida, se sente rejeitada pelos demais. Com o passar do tempo, a pessoa que sofre desta ferida e que não a cura pode se tornar rancorosa e passar a sentir muito ódio, fruto do intenso sofrimento vivido por ela.

Quanto maior a profundidade da ferida, maior a probabilidade de ser rejeitada ou de rejeitar os demais. 

Curar a ferida emocional da rejeição

A origem de qualquer ferida emocional provém da incapacidade de perdoar aquilo que os demais fizeram conosco, ou que nós mesmos fizemos.

Quanto mais profunda for a ferida da rejeição, maior será a rejeição de si mesmo ou dos demais, o que pode ser escondido através da vergonha. Além disso, haverá uma maior tendência à fuga, mas isso é apenas uma máscara para se proteger do sofrimento gerado pela ferida.

A ferida da rejeição pode ser curada prestando uma atenção especial à autoestima, começando a se valorizar e a reconhecer por si mesmo, sem precisar da aprovação dos demais. Para isso:

  • Um passo fundamental é aceitar a ferida como parte de si mesmo para poder liberar todos os sentimentos presos a ela. Se negarmos a presença do nosso sofrimento, não poderemos trabalhar para curá-lo.
  • Uma vez aceita, o passo seguinte é perdoar para se libertar do passado. Em primeiro lugar, a nós pela forma como tratamos a nós mesmos, e em segundo lugar, aos demais, porque as pessoas que nos feriram provavelmente também sofriam de alguma dor ou experiência profunda de dor.
  • Começar a se tratar com amor e se priorizar. Prestar atenção a nós mesmos e dar amor a si próprio. O valor que merecemos é uma necessidade emocional imprescindível para continuar crescendo.

 

Embora não podemos apagar o sofrimento vivido no passado, sempre podemos aliviar nossas feridas e ajudá-las a cicatrizar para que sua dor desapareça ou, pelo menos, se alivie. Porque, de acordo com o que Nelson Mandela disse, de alguma forma somos capitães da nossa alma.

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Photo by Andrew Neel on Unsplash

TEXTO ORIGINAL DE A MENTE É MARAVILHOSA

Quanto mais você mexe na merda, mais ela fede!

Quanto mais você mexe na merda, mais ela fede!

Perdão pelo linguajar, mas, tenho certeza, que você se lembrará de alguma situação que fará você se identificar com essa frase.

Não aprendi ouvindo. A vida me ensinou de uma forma não tão carinhosa, que, quanto mais a gente insiste em algo que no fundo sabemos que não vai dar certo, mais chance temos de nos machucar.

Ao escrever esse texto, lembrei-me de uma situação que passei.

Quando era mais nova, me apaixonei por um cara que dizia sentir o mesmo por mim. Mas sabe como é mãe, né? Logo no início, ela percebeu que era furada. Eu estava tão boba, que fui minha própria inimiga.

Confirme os dias foram passando, minha mãe ia me alertando. Mas vendei meus olhos, e pus um tampão nos meus ouvidos. Apostei todas as minhas fichas nessa paixão.

Quanto mais o tempo passava, mais eu me afundava em um mar de ilusões.

Não é que minha mãe tinha razão? A única que saiu machucada nessa história foi eu. Queria fazer o jogo virar, quando no fundo, sabia que nada do que eu fizesse poderia reverter a situação. Aquela paixão estava indisponível, e tive que aceitar da maneira mais dolorosa possível. Criei expectativas onde não deveria.

A vida não pega leve quando precisa nos ensinar uma lição. De início, é difícil processar a dor, mas, quando as feridas são cicatrizadas, passamos a entender o que a vida queria nos ensinar.

Minha mãe sempre foi minha melhor amiga. Quando ela disse isso, queria me ver bem. Teimosa, não quis acreditar. Dizia a ela que sua afirmação era muito negativa. No fundo, eu sempre soube que a chance de sair machucada, era grande. Mas sabe como é, a gente quer pagar pra ver. E certas situações saem caras demais.

Lição número um: Independente de sua idade, quando sua mãe lhe disser algo, ouça. Mãe sempre sabe o que diz.

Lição número dois: Quando certas coisas são para acontecer, elas acontecem naturalmente. Você não precisa forçar a barra para conquistar alguém. Se a pessoa lhe corresponder genuinamente, e estiver preparada para se abrir, você a ganhará sem esforço algum.

Lição número três: Se a pessoa disser que lhe corresponde, mas, mostra-se indisponível, não insista. Não basta os sentimentos existirem. A vontade de ficar junto deve ser maior.

E por fim, lição de número quatro: Seu cérebro deve estar em sintonia com seu coração. Não deixe que as emoções do momento falem mais alto.

Se alguém lhe disser que vai dar merda, ouça.

O bullying que ninguém comenta: a intromissão dos pais na escola

O bullying que ninguém comenta: a intromissão dos pais na escola

Atualmente o bullying está se tornando cada vez mais visível graças a vozes corajosas, olhares que se recusam a ser passivos e vítimas deste grande problema social que estão compreendendo que as pessoas que sofrem bullying não têm motivos para se sentirem envergonhadas ou estigmatizadas.

É muito difícil combater o bullying em uma estrutura socioeconômica que encoraja valores disfuncionais e prejudiciais: valores que são um álibi perfeito para o assediador. É só dar uma olhada na seção de esportes, entretenimento, programas de TV, videogames ou seriados, para entender porque esse problema acontece e se tornou crônico na nossa sociedade. Mas já existe um sinal de que isto está mudando: as pessoas estão discutindo sobre isso.

As partes envolvidas: um todo que reflete a nossa sociedade

O perseguidor é justificado por certas qualidades que lembram o sucesso e o carisma; o assediado é estigmatizado e isolado pela sua peculiaridade, ou simplesmente porque cumpre o papel de bode expiatório que isenta os outros da agressão.

Os expectadores, que são a maioria, se recusam a se envolver em um conflito que não sentem como seu porque a sociedade lhes ensinou que isso não é “rentável”; “pragmático” e até mesmo contraproducente.

Se queremos que o assédio moral seja detectado e corrigido, não podemos ficar passivos, como simples espectadores ou como destinatários das queixas de todo tipo de assédio. O assédio e o abuso vão muito mais além do que bater ou provocar.

Às vezes o agressor é um verdadeiro reflexo do que é incentivado na nossa sociedade: a rejeição da excelência, a anulação da diversidade e a exclusão de originalidade. Um alvo vulnerável é escolhido, sem privilégios. Além disso, ele não é apenas o alvo da ira, mas a consequência óbvia de uma falha de todos ao seu redor que não conseguiram perceber o que está acontecendo.

A pretensão e o falso conceito de sucesso como origem do bullying atualmente

O bullying, como o entendemos hoje, tem sido um tabu durante anos. A nova psicologia e a pedagogia incentivam a competição.

>Ensinam as crianças a falarem várias línguas não pela riqueza cultural, mas pela riqueza material que terão no futuro. Aprofundam cada vez menos disciplinas como a filosofia. As crianças são ensinadas e estão preparadas para ganhar, quando nem sequer aprenderam a conviver.

Não ensinam outras realidades para as crianças e muito menos a empatia, o que poderia evitar muitos casos de assédio. Isto não é pintar uma realidade muito escura, é perceber que o avanço dos recursos não caminha ao lado dos grandes avanços educacionais.  Não adianta tirar um 10 na lição de casa se você tem um 0 em educação.

Se não queremos assédio, se queremos igualdade e educação, podemos conseguir tudo isso. Uma condição indispensável para chegarmos a uma realidade cordial e conveniente é trabalhar dia após dia. Não existe uma varinha mágica: a escola e a sociedade precisam trabalhar em conjunto. É preciso conscientizar as pessoas e não agir com indiferença.

Pais que se intrometem no espaço escolar: um bullying atual que ninguém comenta

Precisamos ser capazes de detectar quais são os pontos em comum entre os vários tipos de assédio, mas eles podem se camuflar entre os novos comportamentos, incluindo pais, professores e alunos. Nos últimos tempos, a superproteção ou mesmo a delegação absoluta para as escolas de uma instrução que compete aos pais está causando sérios problemas de disciplina nas salas de aula.

Existe uma confusão entre os papéis e os desejos em muitos pais modernos. Por um lado, eles querem que seus filhos fiquem mais tempo fazendo atividades fora de casa. Por outro lado, pretendem ter uma autoridade absoluta sobre todos os profissionais que trabalham com os seus filhos.

O problema da educação atual é que não houve uma transição gradual e suave entre os antigos modelos educacionais, obsoletos e autoritários, para outros modelos mais cooperativos e democráticos que não tirem a autoridade dos profissionais da educação.

Isso afeta a educação em geral, mas particularmente o problema do bullying. Como os professores ou psicólogos podem denunciar uma situação abusiva quando a sua autoridade e competência são sistematicamente questionadas pelos pais e pelos próprios alunos?

Atualmente, existe uma certa distorção no desenvolvimento de muitas crianças em idade escolar, que dificulta detectar os casos de bullying. Cada vez mais são introduzidas no ambiente escolar atividades como comemorações e festas de aniversário, que deveriam contar com a participação de todos, mas algumas crianças são excluídas por uma decisão dos pais de outros alunos.

As brigas entre adultos são projetadas para um espaço comum. Alguns pais são espectadores, mas se recusam a tomar partido. Os professores não têm apoio e dados confiáveis para mudar a dinâmica da situação. Por sua vez, as crianças aprendem que comportamentos como a exclusão são normais. Com essa atitude, os pais incentivam a intimidação das crianças em sala de aula.

Muitos adultos se comportam como crianças: desafiam sistematicamente os professores e negam qualquer comportamento errado dos seus filhos. Eles estigmatizam o comportamento de outras crianças, amplificam e incentivam qualquer briga entre duas crianças ao invés de optar por um diálogo. Isto também é um bullying silencioso, do qual ninguém fala.

Não podemos deixar que o bullying adote novas formas

Mas já existe algo de bom: o antigo bullying foi detectado e agora estamos tentando nos conscientizar a respeito dele e erradicá-lo. Não podemos deixar que ele adquira novas formas e se alimente de novas raízes.

Precisamos detectar antecipadamente esse novo tipo de bullying; não é porque está silenciado que causa menos desconforto. Não podemos transformar as nossas crianças em bonecos quebrados das nossas frustrações, colocando-lhes rótulos que podem causar nos adultos que lidam com eles o conhecido “efeito Pigmalião“.

Deixe os seus filhos cometerem erros e acertos antes de fazer um juízo sobre o seu comportamento e personalidade que condicione os outros na sua forma de se relacionar com eles. Não podemos nos transformar em simples espectadores, mas acima de tudo, não podemos incentivar com as nossas atitudes o bullying entre as crianças.

TEXTO ORIGINAL DE A MENTE E MARAVILHOSA

Imagem de capa: Shutterstock/Karpova

As 10 melhores bebidas para tomar a noite, perder peso, reduzir a ansiedade e melhorar o sono

As 10 melhores bebidas para tomar a noite, perder peso, reduzir a ansiedade e melhorar o sono

Você deve reservar um tempo para si mesmo no final do dia para relaxar e descontrair. A maioria das pessoas de sucesso tem rituais para dormir, para ajudá-las a aliviar o estresse acumulado.

A maioria das pessoas acredita que você deve evitar comer e beber antes de dormir, e sim, isso é correto até certo ponto.

No entanto, existem bebidas que podem realmente torná-lo mais saudável. Bebê-las antes de dormir pode reduzir seu estresse, ansiedade, depressão e, de fato, promover a perda de peso.

Algumas dessas bebidas você ouviu falar, outras não. E outras você não pensou em juntar em uma bebida.

Mas escolher uma dessas para adicionar ao seu hábito antes de dormir pode aumentar muito a qualidade de sua vida.

As 10 melhores bebidas para consumir antes de dormir:

  1. Suco de uva

Um copo de suco de uva puro contém antioxidantes que convertem a armazenagem de gordura branca em armazenagem de gordura marrom, induzindo o processo de perda de peso. Além disso, tomá-lo antes de dormir também é imperativo para o sono sadio.

  1. Cacau quente

Comer cacau cru é bom para o cérebro e o sistema nervoso. É rico em vitaminas e nutrientes. Mas fazer água quente com cacau e beber antes de dormir é uma das melhores coisas que você pode fazer para relaxar e descontrair do estresse diário.

  1. Kefir

Kefir é feito de leite fermentado e contém dióxido de carbono. Com seus altos níveis de probióticos, tem um efeito positivo na saúde intestinal e ativa o seu metabolismo. Um copo desta bebida láctea à noite pode estimular o seu desempenho em exercícios.

  1. Mel e vinagre de maçã

Você não precisa beber muito vinagre de maçã para obter seus benefícios de perda de peso. Basta misturar 2 colheres de chá de vinagre de maçã em um copo de água e beber a mistura. Esta bebida é um hábito secreto na hora de dormir de Tim Ferriss.

  1. Chá de camomila

Este chá é benéfico para reduzir o peso, tratar doenças e melhorar a saúde geral. Tem propriedades desintoxicantes naturais que ajudam a liberar as toxinas e reduz o peso corporal e alivia o inchaço. O chá de camomila também ajuda a reduzir o apetite.

  1. Água morna com limão

Esta bebida, mesmo que não pareça, vai ser uma das delícias mais saborosas que você pode beber antes de dormir. É calmante e relaxante. O limão na água também estimula o metabolismo a funcionar melhor.

  1. Chá verde

O chá verde é conhecido por seus inúmeros benefícios para a saúde. Existem mais de 700 compostos que foram identificados, mas acredita-se que os benefícios à saúde sejam devidos à L-teanina, uma substância que ajuda a melhorar o foco e reduzir o estresse.

  1. Leite de soja

A melhor alternativa ao leite é possivelmente o leite de soja. Além disso, o consumo de leite de soja antes de dormir reduz a fome e induz a taxa metabólica do corpo. Neste processo, o excesso de gordura armazenada no corpo é queimado, e uma pessoa pode ter seus desejos físicos.

  1. Valeriana

Esta erva medicinal, muitas vezes encontrada em misturas de chá para dormir, foi creditada com a redução do nervosismo, ansiedade e insônia. Você pode prepará-la como um chá, fervendo em água e deixar a erva dentro por alguns minutos antes de beber.

  1. Açafrão

De acordo com a prática da medicina tradicional, ervas como o açafrão podem fazer maravilhas pela ansiedade, depressão e insônia. Adicione alguns fios a uma bebida de leite de amêndoa, sutilmente temperada e sinta-se como uma pessoa totalmente nova pela manhã.

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Conteúdo com objetivo informativo. Para informações adequadas sobre a melhor dieta para cada pessoa, procure um nutricionista.

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Tradução CONTI outra. Do original: The 10 Best Bedtime Drinks For Weight Loss, Reducing Anxiety And Better Sleep

Como ter sorte no amor

Como ter sorte no amor

Ter sorte no amor não é como ser atingido por um raio – é muito menos aleatório (e doloroso). O psicólogo Barry Schwartz e a antropóloga biológica Helen Fisher compartilham suas opiniões sobre o assunto.

“Um relacionamento de sorte é criado, não descoberto”, disse Barry Schwartz quando Barnaby e eu ligamos para ele certa manhã.

Professor de longa data da Swarthmore, Schwartz tornou-se conhecido nacionalmente por sua surpreendente pesquisa sobre escolha (TED Talk: The paradox of choice). Ele mostrou que, embora pensemos que ter muitas escolhas nos deixará mais felizes, elas nos deixam menos satisfeitos. Quando você tem muitas opções, está sempre pensando nas alternativas que rejeitou. Schwartz brincou sobre o quão feliz ele costumava ser anos atrás, quando sua loja local oferecia apenas um tipo de jeans. Então vieram opções como ajuste fino, ajuste fácil, ajuste descontraído…   e assim por diante. Quando ele sai da loja, o jeans se encaixa muito melhor, mas ele se sente muito pior. Adicionar opções aumenta as expectativas, o que, segundo ele, “produz menos satisfação com os resultados, mesmo quando são bons resultados”.

O que é verdade para jeans é igualmente verdade para os cônjuges. “Se você está procurando o melhor, nunca vai dedicar tempo e esforço para fazer o que tem de melhor”, ele nos disse. “É o efeito Tinder. Por que investir o tempo e o comprometimento necessários para fazer um relacionamento crescer, quando outra opção está a um deslizar de dedos de distância?”

Casado há mais de cinquenta anos, Schwartz investe há muito tempo em seu próprio casamento. “Nos conhecemos há muito mais tempo do que isso – ela era minha melhor amiga na oitava série. Então ela não gosta quando eu falo em encontrar um cônjuge que seja ‘bom o suficiente’”, ele disse com uma risada. “Mas realmente, é o que você quer.”

A sorte de seu casamento não foi estabelecida no dia em que se conheceram, ou no dia do casamento – esse foi apenas o começo da história.

Ninguém gosta da ideia de “se acomodar” com um cônjuge, mas Schwartz aponta que geralmente somos péssimos em saber como avaliar parceiros em potencial. Depois de todos esses anos, ele sabe que sua esposa é gentil, compreensiva e inteligente, e tem um consolidada base moral – além de ser uma excelente primeira leitora de tudo o que escreve. Mas ele não se concentrou em nada disso quando se conheceram. “Eu me senti atraído por ela porque foi a primeira garota que conheci que amava beisebol – mais especificamente, o New York Yankees. Gostar do maldito Yankees – que tipo de base é essa para um relacionamento?

Mas a sorte do casamento não foi feita no dia em que se conheceram, nem no dia da cerimônia de casamento. Estes foram, na verdade, o começo da história, não o fim. O relacionamento de verdade se desenvolveu nos anos seguintes, quando eles confiaram um no outro e se voltaram para apoio e amor. “Você sempre ouve as pessoas dizerem: ‘Ah, elas têm tanta sorte de terem se encontrado.’ Mas não. Realmente, eles encontraram um ao outro e se transformaram em algo que os outros queriam. Essa sorte acontece com muito mais frequência do que imagina”, disse Schwartz.

Quando você se concentra apenas nos dias que antecederam o casamento, se esquece de pensar sobre o que acontece depois. É nesse “depois” que o casamento – e a verdadeira sorte do amor – entra em cena. Um financista bem-sucedido, que chamarei de Troy, achava que era o cara mais sortudo do mundo quando começou a namorar uma modelo. Seus amigos estavam apropriadamente de olhos arregalados e ciumentos. A sorte continuou, ou assim parecia, culminando em um casamento muito compartilhado nas mídias sociais.

Mas então a vida aconteceu. É uma boa aposta que um cara que namora uma bela modelo (a chamamos de Helen) é do tipo A, um tipo de testosterona alta que gosta de ser o centro das atenções. Quando eles saíram em público, Troy se viu empurrado para o fundo. Os fotógrafos queriam tirar fotos de Helen no tapete vermelho – e ele poderia por favor se afastar? Havia sempre uma enxurrada quando entravam em um restaurante, mas todos os olhos estavam voltados para ela, não para ele. A sorte terminou com um divórcio muito caro.

Se você é solteiro, encontrar a pessoa certa para se casar pode parecer um campo minado sem fim. Helen Fisher, a antropóloga biológica que se tornou uma das especialistas mundiais em amor (TED Talk: Why we love, why we cheat), encontrou Barnaby e eu em uma manhã, para conversar sobre namoro e ter muita sorte no amor. Mesmo depois de todos os anos de pesquisa, ela ainda está animada pelo amor. “Você está tentando ganhar o maior prêmio da vida – que é um parceiro de vida e uma chance de enviar seu DNA para o futuro”, disse ela. “Mas sair em encontros pode parecer demais e dá trabalho. Você tem que se vestir, ser charmosa e ter cabelos limpos.”

Fisher é pesquisadora do Instituto Kinsey e tem uma indicação acadêmica na Universidade Rutgers – mas ela também recebe muita atenção por ser a principal assessora científica do site Match.com. Todo mundo que fala com ela quer saber como a tecnologia mudou o amor. E enquanto ela diz que 40% dos solteiros namoraram alguém que conheceu online, ela está convencida de que a tecnologia não pode mudar o amor.

Fisher aconselha que você busque cinco a nove pessoas em um site de namoro online, depois pare e conheça um deles.

“O cérebro é poderosamente construído para encontrar o amor e os estudos antropológicos nos dizem que 90% de qualquer interação é não-verbal. Quando você está com alguém, o antigo cérebro humano vai clicar e dizer se está certo”, disse ela.

Fisher compartilha a posição de Schwartz de que muitas escolhas podem minar o amor. Fique online por muito tempo e ficará sobrecarregado. (Há sempre alguém a alguns cliques de distância!) Ela aconselha que busque entre cinco e nove pessoas no Match.com ou em qualquer outro site de namoro online, depois pare e conheça uma delas. “Saia e seja entusiasmada e interessada. Quanto mais você conhece alguém, mais gosta dele”, ela disse.

Se você quiser ter sorte, talvez seja necessário expandir sua visão do que acha que deseja. Por exemplo, Fisher descobriu que as pessoas em sites de namoro geralmente dão detalhes muito específicos das características de que precisam em um parceiro – e então se conectam com pessoas que têm características completamente diferentes. É um pouco como afirmar que você quer assistir a documentários da BBC e depois assistir dez episódios de Friends. Tem certeza de que sabe o que vai fazer você feliz? Os algoritmos em alguns dos aplicativos de namoro agora levam em consideração o que você faz e o que diz.

Quando perguntado sobre pessoas que se queixam de como é difícil encontrar alguém especial, o Dr. Fisher suspirou. “Nós fazemos nossa própria sorte indo a lugares onde a sorte pode acontecer. Se você gosta de ópera, vá a eventos de ópera. Se você gosta de arte, vá a eventos no museu. Se você se importa com dinheiro, vá onde os ricos ficam. Oitenta e sete por cento dos americanos acabarão se casando, mas você não chega lá ficando em casa assistindo Westworld.”

A própria Fisher casou-se uma vez quando era jovem, mas abandonou essa relação rapidamente e nunca mais se casou. Ela passou trinta anos em um relacionamento próximo e amoroso com um homem consideravelmente mais velho do que ela, e depois de sua morte, ela teve vários outros envolvimentos. Agora ela está ligada a um novo homem e descobrindo se é o par perfeito. Ela gosta muito dele, mas eles não compartilham os mesmos interesses. O problema foi a gota d’água, ou apenas uma daquelas coisas que você precisa administrar para um relacionamento feliz?

Como todo mundo, Fisher está tentando descobrir o que a faria se sentir sortuda no amor. Ela afirma que evoluímos com três tipos de amor: desejo sexual, amor romântico e apego a um parceiro. Todos têm uma base biológica. A razão evolucionária para um impulso sexual é óbvia, já que a evolução não pode acontecer sem ela. Dr. Fisher disse que o apego também é um impulso inato “que evoluiu para que você possa tolerar um ao outro por tempo suficiente para criar um filho”.

Mas e o amor romântico, o material do mito e da lenda e as melhores peças de Shakespeare? Fisher diz que também é uma unidade básica. Ela e dois colegas fizeram uma experiência em que colocaram pessoas que estavam intensamente apaixonadas, em scanners de ressonância magnética para estudar sua função cerebral. Eles concluíram que a dopamina neuroquímica está intimamente ligada ao amor romântico. “Há uma pequena fábrica na base do cérebro que produz dopamina, e fica ao lado das regiões que regulam a sede e a fome. Esses são impulsos muito básicos – você não se livra deles”, disse Fisher.

O amor romântico pode ser um impulso ainda mais poderoso que o sex0 ou o apego. Como Fisher ressalta, você não se mata porque alguém não tem relações com você – mas o fim de um grande romance pode levar a raiva, ira e até mesmo suicídio. Chame de Síndrome de Romeu e Julieta – “assim, com um beijo eu morro”.

Nas torturas do amor romântico, você prontamente ignora as falhas de seu parceiro porque o cérebro cria um borrão feliz de ilusão positiva. Quando o romance diminui, você percebe mais, e às vezes é quando você para de se sentir tão sortudo. Fisher acha que manter algumas dessas ilusões positivas – ou pelo menos focar no que você gosta mais da pessoa do que daquilo que você não gosta – é parte do que faz você se sentir sortudo no estágio de apego.

Quando pensamos em sorte, a maioria de nós está focada no tipo aberto. Você ganha na loteria! Você chega ao cruzamento assim que o sinal fica verde! Uma árvore cai em uma tempestade e desvia da sua casa! Esses eventos se anunciam como sendo boa sorte – e é difícil não perceber. Mas a maior parte da sorte chega de forma mais sutil. E uma das chaves para ter sorte no amor pode ser entender que todas as escolhas são compensações.

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Extraído do novo livro How Luck Happens: Using the Science of Luck to Transform Work, Love and Life, de Janice Kaplan and Barnaby Marsh. Publicado por Dutton, uma marca e divisão da Penguin Random House LLC, Nova York. Copyright © 2018 por Janice Kaplan e Barnaby Marsh.

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Tradução CONTI outra. Do original: How to be lucky in love

Photo by Jordan Bauer on Unsplash

Por que um carinho na cabeça, um beijinho na testa e um abraço em público incomoda muitas pessoas

Por que um carinho na cabeça, um beijinho na testa e um abraço em público incomoda muitas pessoas

Infelizmente, existem sujeitos que se incomodam com as demonstrações públicas de afetos e têm aqueles que as encaram como atos pecaminosos, que devem ser proibidas em público. Eles acreditam que isso é “feio”, porque suas histórias de vidas e crenças são limitantes e não aceitam a exposição de afetos.

Estamos falando de demonstrações de afetos como uma forma de expressar um carinho. É explicitar o afeto através de um gesto gentil, que pode ser um carinho na cabeça, um beijinho na testa, um abraço, entre outros afagos discretos.

Mas os incômodos, que muitas pessoas sentem diante desses gestos, podem ter a sua origem em uma norma social aprendida e no conflito psíquico. Uma repressão que exerce sobre elas, que está inserida de modo simbólico na estrutura social, que coíbe as manifestações de afetos, sobretudo, em público.

Os incômodos crescem ainda mais quando alguém enfrenta a vigilância dos pensamentos e dos afetos, pois os afagos assustam e fazem os seres humanos refletirem sobre como lidam com sua afetividade. Aliás, começam a questionar como a coerção entrou na mente e como anseios pela censura dominam o corpo.

Um exemplo intrigante: grandes amigos se reuniram para um longo e afetuoso abraço em vias públicas de várias cidades, como São Paulo, Rio de Janeiro, Nova York e Beijing. Porém, quem assistia essa troca de carinho em público mostrou expressão de espanto, acanhamento e admiração.

Foi o que registrou o ensaio do fotógrafo Calé Azad, publicado em livro. Calé ficou impressionado como um abraço pode gerar constrangimentos. A resposta pode estar em nossas relações de poder e de violência simbólica, que impõem aos indivíduos que abraçar em público não é “certo”.

Observamos nessas fotos, que as manifestações de afetos produzem mais ameaça do que os atos de violência urbana, tão banais em nosso cotidiano. Demonstrando que as pessoas estão desacostumadas com os gestos de carinho.

O que também é assustador perceber que têm indivíduos que não toleram ver um casal homoafetivo de mãos dadas em público, onde surgem olhares de reprovação e xingamentos, podendo vir à tona atitudes violentas.

O “entulho” que restou da nossa cultura patriarcal insiste em moldar comportamentos para reprimir as pessoas, sejam remediadas ou abastadas, que manifestam sua afetividade em escolas, universidades, igrejas, centros comerciais, repartições, bares e demais lugares de frequência pública.

No entanto, a repressão física e psicológica contra as demonstrações de afetos pode ser desconstruída, através da cura do preconceito culturalmente adquirido. Assim, a tolerância ou respeito aos gestos de afetos expressam uma multiplicação natural disso e ajuda a criar um mundo mais fraterno, evoluindo em nossos corações a cordialidade, que permitirá a expansão das conexões sadias de afetos.

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Imagem de capa: Calé Azad

Médico prescreve um animal de estimação a senhor que sofreu dois AVC´s e o resultado é emocionante.

Médico prescreve um animal de estimação a senhor que sofreu dois AVC´s e o resultado é emocionante.

José Ribeiro da Silva sempre foi um homem ativo. Começou a trabalhar jovem, como muitas vezes acontecia em sua época, formou-se em Engenharia Mecânica, casou-se, constituiu família e, 30 anos depois, aposentou-se na mesma empresa do ramo de fios onde trabalhava como Supervisor Mecânico das Máquinas de Linhas.

O destino, porém, nem sempre nos parece justo e , logo após a sua aposentadoria, o sr. José Ribeiro ficou viúvo e, alguns anos depois, em 2002, sofreu o primeiro AVC, quadro que se repetiu em 2007.

No início, o sr José Ribeiro, ficou totalmente paralisado, mas com o apoio e aceitação incondicional da filha caçula, a compradora Viviane Ribeiro, tratamentos médicos e fisioterápicos, ele teve muitas melhoras. Entretanto, a época do segundo AVC mais uma vez foi muito difícil e, dentre os sintomas, o sr. José Ribeiro tinha insônia. Para tentar ajudar, Viviane o levou para consulta em um neurologista chamado Dr. Ricardo Zanetti, médico que o acompanha até hoje, mas que, na ocasião, teve a sensibilidade de indicar um animal de estimação de forma terapêutica, umas vez que todas as necessidades de medicação do sr. José já estavam atendidas.

O Dr Ricardo Zanetti, então, perguntou: – Mas de que bicho ele gosta? E o sr. José Ribeiro, mais do que rápido e mesmo com a fala ainda enrolada, respondeu para seu médico: – Gato!

Pai e filha, que tinham deixado de morar em casa e haviam se mudado para apartamento, embora sempre tivessem tido animais, no momento não tinham nenhum bichinho com eles.

Depois da indicação do Dr Zanetti,  nasceu o Vovô Zé, o responsável pela escovação e alimentação da gatinha Tica.

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Vovô Zé escovando Tica
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Vovô Zé alimentando Tica

Além do vínculo afetivo e de todos os benefícios para saúde que todos os gateiros conhecem bem, a participação de Tica na vida do vovô Zé funcionou como complemento afetivo e estímulo cognitivo e motor, uma vez que ele precisava de muita fisioterapia por conta de sequelas na mão e perna esquerda.

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Tica dormindo na caixa de leite.

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“Esse ron-ron em seu peito não é doença, é carinho”  Ferreira Gullar, poema musicado por Adriana Calcanhoto

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Hoje, ele e a filha Viviane moram em um apartamento em São Paulo, no bairro Sacoman. Junto deles, além de Tica, também está na família a gatinha branca “Faísca Nina Nineza”, personagem de difícil resgate que inspirou Viviane a criar a página do Facebook RonRon de gato, espaço destinado a conscientização da adoção e posse responsável de gatos, mas que também é um cantinho onde um pouco do cotidiano da família humana e felina de Viviane aparecem de forma pontual. Ah, a página ainda traz sempre uma figura masculina na capa tanto para fazer o trocadinho com o nome “RonRon do gato” quanto para o aumento da aceitação de que homens também podem e devem gostar de gatos, diminuindo o esteriótipo de que gatos são animais de mulheres velhas e solteironas.

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Hora da soneca de Vovô Zé, dessa vez acompanhado por Faísca.

A Carta

Recentemente, ao voltar para casa, Vovô Zé contou para Viviane que tinha escrito uma carta para Tica, mais uma ação que, além deixar claro o amor que ele nutre pela gata, mostra o estímulo que vovô Zé sente a ponto de, apesar de todas as sequelas decorrentes dos AVC´s,  sentar-se e, muito lentamente e mesmo com erros, escrever sobre sua querida netinha felina.

Muito emocionada, Viviane a transcreveu em sua página do Facebook para que ficasse mais clara para os leitores:

“RonRons… Ontem cheguei em casa e o Vovô Zé disse que tinha feito uma “carta” pra Tica que chama de Tatica. Ao ler me emocionei muito. Embora a letra confusa, sem regras gramaticais e a falta de coordenação de quem tem sequelas de 2 AVCs é a coisa mais linda que vi e li até hoje.
Ainda deixou espaços em branco pra eu preencher porque teve lapso de memória.
Mais tarde eu transcrevo a “carta”… ( Já digitalizei).
Tenho muito orgulho de ser filha do seu Zé. Meu Amor ❤?
*Digitalizada na ìntegra*
Ela não chama Tatica tem outro nome Sophia Kyara Ribeiro. Ela dorme no sofá, tabua de passar roupa, cadeira, no chão, na cama da mãe dela no “raqui”, estante. A Viviane deixou um osso de frango em um prato jogar fora e ela pegou levou para cama. A Viviane foi deitar e começou machuca as costas dela era ossos que a Tatica tinha deixado no lençol. Ela gosta de danone na colher, sentada na cadeira. Ela levanta 1/2 dia come bebe vai no banheiro dela e depois vai arranhar o pneu da minha cadeira pra avisar que ela já levantou. Ela ronca muito quando esta dormindo. Ela gosta muito de comer. Quando ela está animada vai sentada no banco do passageiro olhando para todo lado como uma Madame. A Tatica passa muito tempo na janela da sala. Primeiro ela sobe na tabua de passar roupa, entra numa caixa que fica sempre para ela deitar. É uma caixa pequena mas ela dá um “geito” de caber dentro para ela dormir com o pescoço e rabo pra fora.
Ela sobe na tabua de passar roupa e passa para o lado de fora da janela entre o vitro e a tela. Ela fica olhando o passarinho vendo a portaria. O apartamento fica 8 metros da rua e lá fica muito carro estacionado motos e ela fica tomando sol e se distrai tanto com o movimento ela deita e dorme na Janela.”

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Apesar das limitações, seu José Ribeiro segue feliz ao lado da família. Quando não está em casa, passeia pelo condomínio com a sua cadeira motorizada em velocidade além da permitida, acreditem se quiserem!

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Para saber mais das peripécias do vovô Zé, acompanhe a página RonRon do Gato.

Você ainda será tão amado (a) ao ponto de perdoar quem o fez duvidar do amor.

Você ainda será tão amado (a) ao ponto de perdoar quem o fez duvidar do amor.

Quero falar de um amor que coopera para o resgate da nossa identidade. Sim, ele existe, sou testemunha disso. Estou falando daquela pessoa que chega em nossas vidas e nos mostra que não há nada de errado em nosso jeito de ser. Essas pessoas que têm um abraço gostoso, com cheiro de roupa limpa e seca ao sol.

Quando falo sobre resgatar a nossa identidade, falo das circunstâncias em que temos muitos ferimentos oriundos de outros relacionamentos. É que há casos em que um relacionamento foi tão nocivo ao ponto de fazer uma pessoa sentir-se indigna de ser amada por alguém um dia. Um parceiro tóxico tem esse poder de fazer uma pessoa rejeitar a própria essência, sentindo-se inadequada em sua própria identidade.

É sério isso, acontece de alguém reprimir aquele traço da própria personalidade que é muito encantador nele, por ter sido muito criticado num relacionamento abusivo. Quer um exemplo? Uma mulher muito sorridente e espontânea foi tão ridicularizada em função disso, pelo ex parceiro, que acabou sentindo-se inadequada. Daí, um dia, ela encontra um homem que sente-se extremamente encantado pela espontaneidade dela. Diante disso, ela percebe que não há nada de errado em ser quem ela é. Inadequado foi aquele relacionamento que a deixou doente, insegura, machucada e sem liberdade para sorrir. Nessa percepção, há uma cura e um resgate de si mesma, compreendeu?

Não se trata de uma mulher depender de alguém para afirmar como ela deve ser, falo de ela perceber que pode ser amada como ela é, na plenitude da sua essência. Ocorre que, diante de alguém que nos aceita e nos ama como somos, percebemos que o amor não impõe condições para nos abraçar. Não faz sentido e nunca será saudável reprimirmos algo que pulsa forte em nós para cabermos no mundo de alguém. Aos olhos de quem, realmente, se interessa por nós, somos incríveis e, isso incluem as nossas imperfeições também.

Eu acredito, piamente, que, para cada pessoa que nos feriu, existe uma ´para nos curar. Contudo, precisamos estar disponíveis e interessados nesse resgate. Isso inclui descartar algumas crenças aniquiladoras. Sabe, por mais machucado(a) que você esteja, é preciso insistir na crença de que você merece ser feliz. Aquele relacionamento com alguém que não enxergou o seu valor e que ainda o fez duvidar que você o possua, não pode ser a bússola do seu destino. Acredite, existem muitas pessoas maravilhosas desejando uma relação bacana, e uma delas pode cruzar o seu caminho.

E, chegarão os dias em que você vai estar sorrindo por aí, com a boca, com os olhos e com a alma. Nesses dias, você vai pedir desculpas a Deus e ao Universo por ter duvidado que o amor ainda existisse. Você vai receber tanto carinho, tanto amor e tanto afeto que seu coração vai transbordar. Você vai se sentir inteiro novamente, e vai perceber que os seus ferimentos emocionais estão cicatrizados. Você vai liberar perdão a quem o feriu no passado, porque em seu coração não haverá mais espaço para mágoas, isso porque a gratidão e o contentamento vão inundar a sua alma.

Talvez você demore um tempo para se acostumar com esse amor, pois será tão bom que você vai achar que a esmola é grande demais para o santo. Mas, com o passar dos dias, você vai se agasalhar nele direitinho e, vai perceber que esse amor é o seu número, feito sob medida para você. Você vai experimentar a indescritível sensação de sentir-se abraçada(o) por inteiro, com tudo o que você possui e carrega em sua bagagem de vida. Esse amor vai resgatá-lo(a) desse lugar de inadequação que aquele relacionamento doentio o levou. Confie…acredite!

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Photo by John Schnobrich on Unsplash

Não só a tristeza indica depressão, a irritabilidade também

Não só a tristeza indica depressão, a irritabilidade também

Por Raquel Brito

Não apenas a tristeza contínua e intensa ou, melhor dizendo, o estado de ânimo sem esperanças, desanimado ou “no fundo do poço” é indicativo de depressão. De fato, a tristeza como sintoma pode não se manifestar em uma pessoa deprimida, sendo a sua prima irmã a irritabilidade.

Sim. Por mais estranha que esta afirmação pareça, uma pessoa deprimida pode não se mostrar triste mas se manifestar de forma irritada, instável ou frustrada. As queixas somáticas, o mau humor, os incômodos, as dores físicas, as montanhas russas emocionais, etc. Tudo isso pode substituir a tristeza como sintoma de um problema emocional como a depressão.

Portanto, poderíamos dizer que as manifestações de raiva, como a insensibilidade, a irritabilidade, a agressividade, e o comportamento “autoritário” são, às vezes, gritos que pedem para sair do buraco de escuridão no qual a depressão sufoca.

A irritabilidade como critério diagnóstico de depressão

Segundo critérios tanto do Manual Diagnóstico dos Transtornos mentais na última versão (DSM-5) como na Classificação Internacional de Doenças (CIE-10), um diagnóstico clínico de depressão pode ser realizado se a pessoa mostrar, entre outras condições, irritabilidade em vez de tristeza.

Isto é, se uma pessoa constantemente mal-humorada mostra uma ira persistente, uma tendência a responder aos acontecimentos com ataques de ira, insultando aos outros ou com um sentimento exagerado de frustração por coisas sem importância, pode estar afundada em um estado de ânimo depressivo patológico.

Em crianças e adolescentes pode se manifestar um estado de humor irritadiço ou instável mais que um estado de ânimo triste e desanimado. Isto precisa ser diferenciado do que se considera um padrão de “menino mimado”, com irritabilidade frente às frustrações.

Contudo, cabe ressaltar que do mesmo jeito que a tristeza por si só não é um critério suficiente de depressão e precisa de outras conotações para ser considerada patológica, o mesmo acontece com a irritabilidade.

Concretamente, para fazer um diagnóstico de depressão segundo os sistemas classificatórios citados, estas duas condições em separado são necessárias, mas não suficientes. Portanto, não se pode interpretar que basta estar triste ou irritado para estar deprimido.

A tristeza e a irritabilidade, por si sós, são estados emocionais saudáveis, pois pretendem nos informar de que existe algo que nos incomoda e que está nos prejudicando. Eles somente se transformam em patológicos quando distorcem as nossas vidas e deterioram demasiadamente as nossas esferas sociais e profissionais durante muito tempo.

Em geral, é preciso ter cuidado com a irritabilidade porque ela pode nos levar a fazer qualquer coisa sem que consideremos as consequências negativas. Portanto, um estado persistente tingido desta instabilidade característica pode chegar a ser devastador.

Perder a linha com facilidade, fazer comentários desagradáveis, ser pouco tolerante, demonstrar impaciência, sentir nervosismo, manifestar agitação, ter reações inadequadas, começar a se afastar de certas pessoas por serem desagradáveis, etc. Tudo isso indica que alguma coisa não está bem na própria vida e que é preciso tomar medidas.

Portanto, a ira ou a irritabilidade que se manifestam quando padecemos de uma depressão é uma forma de externalizar o que se sente e não está sendo expressado. Podemos dizer que a pessoa deprimida tem a sensação de estar oprimida, de levar no pescoço um cachecol que pesa toneladas.

Isto a faz se sentir afundada, vulnerável, com a impressão de que esse cachecol não a deixa caminhar, dificultando a sua vida e descompensando o seu ânimo. Isto causa a instabilidade e a dificuldade que essas pessoas têm de realizar suas atividades no dia a dia.

Portanto, com a pouca força que esse tenebroso cachecol lhes permite ter, conseguem, quando muito, comer alguma coisa e dormir. Este é o peso da angústia, a qual se traduz em uma realidade asfixiante de tristeza ou irritação dependendo da pessoa e, obviamente, do momento.

TEXTO ORIGINAL DE A MENTE É MARAVILHOSA

Sou mãe, não escrava das tarefas domésticas”: a carta viral de uma mulher australiana

Sou mãe, não escrava das tarefas domésticas”: a carta viral de uma mulher australiana

“Ser mãe não me transforma em escrava do lar nem das tarefas domésticas”. Esta frase se tornou viral recentemente, vinda de uma interessante carta que uma mulher australiana de 32 anos escreveu em seu perfil no Facebook.

Constance Hall é uma jovem muito ativa nas redes sociais que tem o seu próprio blog, no qual exibe um estilo de vida muito ativa com seus bebês. Ela não hesita em mostrar as estrias de suas gestações ou a importância de manter suas relações sociais, seus interesses, suas paixões.

Faz um tempo que ela publicou uma carta que, mais do que uma opinião, tornou-se quase um apelo de que a mulher demanda espaço na sociedade e tem direito de seguir cuidando do seu crescimento pessoal, ao mesmo tempo em que integra as responsabilidades de criação.

Hoje, em nosso espaço, queremos convidá-los a refletir sobre isso.

Sou mãe, sou mulher: a carta de Constance Hall

Constance Hall é uma destas mulheres que não hesita em levar seus filhos a quase qualquer lugar. Ela os carrega nos braços e passa horas na praia, em encontros com outras crianças e suas amigas, ou saindo para fazer compras com os pequenos.

Ela não quer renunciar a nada, e por isso estabeleceu algumas prioridades muito firmes em sua vida: seus filhos e ela.

Cansada pelo fato de que muitas de suas amigas se definiram como “donas de casa” antes de “mães”, e de que algumas delas caíram em estados depressivos ao sentirem-se sozinhas, ela decidiu publicar estas linhas interessantes que reproduzimos abaixo:

 

“Escrevo para a mulher que está no parque, olhando seu telefone sem dar muita atenção aos seus filhos. Eu a cumprimento.”

Em vez de estar presa à tela dos seus aparelhos eletrônicos, você deveria se conectar um pouco mais com o mundo, com seus filhos, e não com estes grupos de mães que só se falam através das redes sociais.

Porque você deve lembrar de que não há motivo para se importar com absolutamente nada do que pensa este “grupinho de mães”. Saia para brincar com os seus filhos.

A mulher que tem um monte de pratos para lavar na sua cozinha e, ainda assim, é capaz de sair com seus filhos e ir tomar um café com seus amigos.

Eu a cumprimento. Ser uma boa mãe ou esposa ou um bom ser humano não significa passar a eternidade limpando a sua casa. Se você ficar obcecada demais com isso, seus amigos vão começar a seguir sua vida, mas sem você.

À mulher que, depois do parto, aguarda que seu médico lhe receite antidepressivos, eu a cumprimento. Ainda que você não acredite, seguirá lutando contra as suas tristezas quando seus filhos crescerem, não confunda a depressão com lutar, e saiba que não há problema se em algum momento você se atrever a pedir ajuda. Vale a pena!

Não se preocupe, não há problema nenhum. Porque ser mãe é um novo trabalho que requer a sua atenção 24 horas por dia, mas pelo qual você não vai receber nada.

De fato, é um trabalho que não vai terminar nunca. Assim, não hesite em comer aquele doce se quiser. Seu corpo depois do parto não é um assunto público, por isso, esqueça os comentários que forem feitos sobre o seu corpo: isso não é da conta de ninguém.

A importância de estabelecer prioridades em nossa vida

Cada um de nós pode concordar ou não com as palavras de Constante Hall.Uma mulher pode ter a casa sempre limpa e os pratos no lugar, para depois ter todo o tempo do mundo para seus filhos.

No entanto, as ideias que ela nos deixa vão muito além disso.

Ser mãe não significa ter que renunciar da noite para o dia à nossa vida de antes, a nossas amizades, nossos sonhos ou projetos profissionais. Não se renuncia, você cresce, porque avança como pessoa
Temos claro que nosso dia a dia não vai mais ser igual, que surgirão desafios, complicações, e que em algum momento iremos nos desesperar. No entanto, viver, educar e ser mãe implica ser forte, flexível, e lutar todos os dias pelo que mais amamos.

É necessário estabelecer prioridades: lembre-se de que se você não for feliz, não poderá fazer aqueles que você ama felizes.

Assim, se em algum momento o desespero a alcançar, não hesite em sair de casa com seus amigos, tomar um sol, falar com outras mães, rodear-se de pessoas que, sem dar lugar a dúvidas, irão lembrá-la do quão maravilhosa é a vida e a criação de nossos filhos.

TEXTO ORIGINAL DE MELHOR COM SAÚDE

“Os homens querem uma mulher que não existe” por Arnaldo Jabor

“Os homens querem uma mulher que não existe” por Arnaldo Jabor

Abaixo, um vídeo apresentado pelo canal Provocações Filosóficas, apresenta, em pouco mais de 2 minutos, a opinião de Arnaldo Jabor sobre a ilusão masculina com relação ao que seria “A mulher perfeita”

Confiram:

 

Mais do que orar, sinta!

Mais do que orar, sinta!

Seja lá qual for o nome que você dê à força superior geradora de tudo: Deus, Universo, Criador, Grande Espírito, Pai, Energia, Divindade , mas, uma vez que você ore, seja de forma for – com as suas palavras , com canções, com orações pontas, com meditação -, o mais importante é SENTIR.

Quantas pessoas vemos repetindo freneticamente “Pais Nossos” e “Ave Marias” por aí, ou entoando cantos, muitas vezes dentro de igrejas, mas que estão com a cabeça lá longe, que estão no modo automático, fazendo por pura obrigação, que muitas vezes se autoimpuseram.

Não que não tenha valor, mas quando SENTIMOS a coisa, tudo muda. Tudo fica mais intenso, mais verdadeiro, mais palpável. Mais necessário, inclusive. É estabelecer uma CONEXÃO. Você não se sente mais falando com as paredes, com um ser que está longe (“lá no céu”, possivelmente) e que “pode”, eventualmente, estar te ouvindo.

É por isso que rezos impostos são complicados. Porque a pessoa tem que QUERER estabelecer a conexão, a pessoa tem que SENTIR, e por ela mesma.

Quando rezamos sentindo o que estamos fazendo, a conexão ocorre naturalmente. E cada um tem o seu modo de percebê-la, podendo ser sentindo calores, calafrios, luzes ou, simplesmente, PAZ. Uma profunda e sincera paz que demonstra que não estamos sozinhos, que somos amparados, que podemos confiar e nos entregar.

Sem necessidade de tempos prolongados, sem ter que deslocar a um lugar específico, sem obrigação com textos prontos, sem quantidade, mas com qualidade.

Faz toda a diferença, pode experimentar!

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Photo by Steve Halama on Unsplash

Como um diário de gratidão e afirmações positivas podem mudar sua vida

Como um diário de gratidão e afirmações positivas podem mudar sua vida

Imagine passar pelo dia a dia cheio de todas as responsabilidades e desafios usuais, você provavelmente terá muito ressentimento acumulado em sua mente.

E se eu disser que há uma maneira simples de fazer você mais feliz a cada dia? Não é possível, você vai dizer?

Acontece que há de fato uma prática simples que pode deixar você mais feliz, mesmo quando as circunstâncias ainda são as mesmas.

Esta prática de que estou falando é começar um diário de gratidão.

Isso pode soar bobo para você, mas na verdade não é.

Continue lendo para ver todas as evidências convincentes que mostram como a prática da gratidão pode mudar sua vida para melhor.

ÍNDICE

  1. Por que a gratidão é importante para você
  2. Como a gratidão te faz mais feliz
  3. Começando um diário de gratidão
    • Dicas iniciais simples
    • Técnicas básicas
    • Técnicas mais avançadas
  4. A gratidão é a atitude

Por que a gratidão é importante para você?

“Sempre que há um momento de gratidão, eu anoto. Eu sei, com certeza, que apreciar o que aparecer para você na vida muda sua vibração pessoal. Você irradia e gera mais bondade para si mesmo quando está consciente de tudo o que tem e não se concentra no que não tem”. — Oprah

Uma pesquisa mundial mostrou que 85% das pessoas relataram estar desengajadas em seus empregos.[1] Muitas delas odeiam seus empregos e especialmente seus chefes.

Além disso, 1 em cada 6 americanos estão sob alguma forma de medicação psiquiátrica.[2] Os antidepressivos são o tipo mais comum, seguido por medicamentos antiansiedade.

Não há como negar que as pessoas estão infelizes.

Você pode estar se perguntando como pode se sentir grato, especialmente quando sua situação pode ser legitimamente ruim. Pode não ser fácil, mas não perca a esperança porque é definitivamente possível.

Aqui está a boa notícia:

A gratidão é uma habilidade que qualquer um pode desenvolver.

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Photo by gabrielle cole on Unsplash

Tudo o que é preciso é um pouco de prática diária.

É a única coisa que vai ajudá-lo a se tornar mais feliz, mesmo se as circunstâncias ruins que você possa estar ainda não tenham mudado.

O monge e estudioso inter-religioso, David Steindl-Rast, diz o seguinte sobre gratidão em seu TED Talk:

“São as pessoas felizes que são gratas? Todos nós conhecemos um grande número de pessoas que têm tudo o que é preciso para serem felizes, e não são felizes, porque querem outra coisa ou querem mais do mesmo. E todos nós conhecemos pessoas que têm muitos infortúnios, infortúnios que nós mesmos não queremos ter e são profundamente felizes. Elas irradiam felicidade. Você fica surpreso. Por quê? Porque elas são gratas. Se você acha que é a felicidade que faz você grato, pense novamente. É gratidão que te faz feliz.”

Como a gratidão te faz mais feliz

A neurociência mostrou que o ato de ser grato libera dopamina e serotonina no cérebro. [3]

A dopamina é o que faz você se sentir bem e faz com que você queira mais, então simplesmente começar a prática da gratidão o ajudará a desenvolver o hábito de fazê-lo.

A serotonina é um neurotransmissor que ativa o centro de felicidade de seu cérebro, que é semelhante à forma como os antidepressivos funcionam. Então você pode basicamente considerar a gratidão como um antidepressivo natural e alguns argumentam que é ainda melhor do que as drogas.

Seu cérebro não pode se concentrar em coisas positivas e negativas ao mesmo tempo. Essa é uma das principais razões do por que a prática da gratidão pode ajudá-lo a mudar seu foco de tristeza pelas coisas que você não tem em sua vida para ficar contente com as coisas que você tem.

Começando um diário de gratidão

Você pode usar qualquer coisa para começar a registrar coisas pelas quais você é grato.

Seja em um diário regular, um caderno ou apenas um pedaço de papel, qualquer coisa pode ser usada para simplesmente observar as coisas pelas quais você é grato. A chave é apenas fazê-lo intencionalmente e de forma consistente.

Conheça também o pote da gratidão.

Dicas iniciais simples

  1. Mantenha seu diário de gratidão em um local que você verá regularmente. Sua mesa de cabeceira é um bom lugar, onde é a primeira coisa que verá quando acordar e a última coisa quando vai para a cama. Pessoalmente, eu gosto de manter o meu no balcão do banheiro, para que seja a primeira coisa que eu faça quando estou me preparando para começar o meu dia.
  2. Você não precisa encontrar as respostas certas. Comece mantendo as coisas simples e escreva qualquer coisa que lhe venha à mente. Você pode ser grato por coisas como uma refeição que acabou de comer, um filme que acabou de assistir ou um amigo com quem passou algum tempo.
  3. Desenvolva consistência. Tente criar o hábito de levar algum tempo regularmente para desacelerar e apenas refletir sobre as coisas pelas quais você é grato. Gastar apenas cinco minutos por dia mostrou ser eficaz. Se você perder um dia, está tudo bem.

É importante escrever tudo, porque o registro em diário mostrou ativar o hemisfério direito do cérebro, que é a parte do cérebro que processa emoções e sentimentos.

Quando você começar a acompanhar as coisas pelas quais você é grato, começará a se sentir mais feliz por causa do fato de que o hemisfério direito do seu cérebro está se conectando com aquelas emoções boas, associadas à gratidão.

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Um dos maiores especialistas do mundo na ciência da gratidão, Robert Emmons apontou para pesquisas mostrando que expressar seus pensamentos escrevendo tem mais vantagens do que se apenas pensasse. Isso torna você mais consciente deles e pode aprofundar o impacto emocional que tem sobre você.

Técnicas básicas

Jason Marsh, da revista Greater Good, na Universidade da Califórnia em Berkeley, entrevistou Emmons para pedir dicas sobre como aproveitar ao máximo o seu diário de gratidão[4] e aqui estão algumas das dicas abaixo.

  1. Não basta apenas passar pelas emoções. É importante ser intencional sobre por que você está fazendo este exercício. Em vez de fazer isso porque alguém está dizendo para você, pense sobre o que está esperando ganhar com esse exercício. Aproveite o tempo para reconhecer que está fazendo isso porque cultivar mais felicidade em sua vida é importante para você. “A motivação para se tornar mais feliz desempenha um papel na eficácia do registro em diário”, diz Emmons.
  2. Prefira a profundidade em vez da abrangência. Depois de desenvolver um hábito de diário de gratidão, será útil se tornar mais específico com as coisas pelas quais você é grato. Ser capaz de expressar uma coisa pela qual você é profundamente grato é muito mais significativo do que agradecer por um monte de coisas superficiais.
  3. Seja pessoal. Ter tempo para se concentrar nas pessoas que você é grato tem mais impacto do que focar nas coisas pelas quais você é grato.
  4. Tente subtração, não apenas adição. Se você está tendo problemas para encontrar as coisas pelas quais você é grato, um truque simples para despertar alguma gratidão é começar a pensar em como seria sua vida se você não tivesse algumas das coisas que você tem agora.
  5. Saboreie surpresas. Esteja ciente de surpresas agradáveis ​​ou inesperadas, pois essas são ótimas coisas para refletir quando você tem uma chance. Você pode acabar descobrindo que refletir sobre esses momentos pode trazer sentimentos mais fortes de gratidão.

Emmons continua dizendo que ele recomenda que as pessoas vejam cada item em seus diários de gratidão como um presente e que todo o processo não seja uma tarefa a ser feita apenas por fazer. Em vez disso, deve ser algo em que você se envolve ativamente para se conectar com as coisas pelas quais você é genuinamente grato.

“Em outras palavras, dizemos a eles para não se apressarem com este exercício, como se fosse apenas outro item em sua lista de tarefas. Dessa forma, o diário de gratidão é realmente diferente de apenas listar um monte de coisas agradáveis ​​na vida de alguém”.

Técnicas mais avançadas

Apesar de ser provado que ter um diário de gratidão é útil, ele se torna mais impactante quando você não apenas guarda para si mesmo.

Ao contrário de ter um diário pessoal, onde ele deve ficar trancado em um espaço secreto, um diário de gratidão tem o poder de não apenas mudar positivamente você, mas também as pessoas ao seu redor.

Aqui estão algumas técnicas avançadas que você pode usar em seu diário de gratidão para maximizar sua eficácia:

  1. Use seu diário de gratidão para fornecer tópicos para conversas

É fácil entrar em conversas que envolvem fofoca, negatividade e pessimismo, porque na verdade é a maneira de o cérebro tentar se sentir melhor. Infelizmente, esses tipos de conversas tendem a ser improdutivas e vazias.

Dirigir suas conversas sobre coisas pelas quais você é grato pode elevar seu próprio espírito, assim como das pessoas com quem você está falando.

O que fazer?

Da próxima vez que falar com alguém, insira coisas pelas quais você é grato na conversa. Algumas ideias incluem apontar quão bom é o clima, quão deliciosa é sua refeição ou o quanto você gostou de passar um tempo com seu amigo.

contioutra.com - Como um diário de gratidão e afirmações positivas podem mudar sua vida
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  1. Diga a quem você ama porque você é grato por eles

Você pode ser grato por algo que seus amigos ou seu parceiro faz por você, mas a gratidão será muito mais poderosa quando você for grato pelo caráter deles.

Por exemplo, você pode ser grato que seu parceiro tire o lixo, mas você é ainda mais grato porque ele/ela faz isso apenas porque ele/ela é atencioso o suficiente para saber que você odeia fazer isso.

No final das contas, ser grato pelas pessoas em sua vida inicia um ciclo de generosidade. Isso faz com que você esteja disposto a fazer mais por eles e isso provavelmente os leva a responder com gratidão, fazendo mais por você.

O que fazer?

Escreva coisas específicas sobre o caráter de alguém que você é grato e mantenha seu diário à mão. Quando você passar um tempo com essa pessoa, reserve um momento para compartilhar o que escreveu sobre ela.

  1. Use seu diário de gratidão para escrever notas de agradecimento

O Journal of Happiness publicou um estudo onde 219 homens e mulheres participantes escreveram três cartas de gratidão durante um período de três semanas.[5] Os resultados mostraram que escrever cartas de gratidão aumentou sua felicidade e satisfação com a diminuição dos sintomas depressivos.

Reservar tempo para escrever notas de agradecimento é uma maneira extremamente simples e fácil de escrever o que você está grato e dar afirmações positivas para outra pessoa no processo.

Eu comprei uma caixa grande de cartões de agradecimento simples e guardei em casa para escrever notas de agradecimento sempre que tenho uma chance e enviá-las. Isso sempre levou a experiências positivas.

O que fazer?

Compre um conjunto de cartões de agradecimento ou crie o seu próprio. Uma vez por semana, examine seu diário de gratidão para encontrar algo que você escreveu sobre alguém pelo qual você é grato e use o que você escreveu para escrever um cartão de agradecimento e enviá-lo para ele.

  1. Deixe que a gratidão ajude a transformar as circunstâncias negativas em positivas

Eu conheci uma mulher chamada Penny na Tailândia, que administrava um orfanato com crianças que foram afetadas pelo vírus da Aids. Ela sozinha me mostrou o poder de praticar gratidão através de sua própria vida e isso mudou minha vida.

Ela estava cuidando de todas essas crianças doentes que não eram dela, mas também havia um grande obstáculo:

Ela tinha câncer.

Mas ela não deixou que isso a impedisse.

Em vez de ver a doença como algo que estava arruinando sua vida, ela compartilhou isso comigo.

“É como uma sentença de morte quando o médico diz que ‘você é HIV positivo’ ou ‘você tem câncer’ e isso me dá a capacidade de me identificar com essas crianças que são HIV positivas, então sou grata pelo câncer por causa disso, se nada mais.”

Ela é um exemplo vivo de que podemos encontrar algo para agradecer mesmo nas situações mais difíceis. Eu mantenho isso em mente especialmente quando estou passando por alguns dos meus próprios desafios difíceis.

O que fazer?

Pense em um momento da sua vida que foi uma experiência muito difícil ou triste. Reserve um momento para refletir em seu diário, para ver se consegue encontrar algo pelo qual seja grato como resultado dessa experiência.

A experiência negativa o ajudou a crescer de alguma forma? Ou talvez tenha ajudado você a entender ou confortar alguém que está passando pela mesma experiência?

A gratidão é a atitude

Dizem que as pessoas se sentem mais felizes durante o período de Ação de Graças por causa de toda a serotonina que produz triptofano que existe na comida, mas isso é, na verdade, um mito. A comida não contém quantidade significativa de triptofano para ter um efeito tão grande no seu humor.

Então, por que as pessoas se sentem muito mais felizes durante esse período?

A resposta está no nome do feriado em si – Ação de Graças.

É por causa de algo que não é nada além de gratidão.

Portanto, antes de prosseguir e se convencer de que não tem muito a agradecer, tente começar um diário de gratidão.

Você pode descobrir que você mesmo está desenvolvendo uma habilidade que pode ser aprendida para se tornar mais feliz e realizado.

Você não se encontrará mais limitado e definido pela sua situação atual, mas poderá encontrar alegria independentemente de suas circunstâncias.

Então, por que não tentar hoje?

Referência

[1] ^ Gallup: The World’s Broken Workplace
[2] ^ Scientific American: 1 in 6 Americans Takes a Psychiatric Drug
[3] ^ Wharton Health Care: The Neuroscience of Gratitude
[4] ^ Greater Good Magazine: Tips for Keeping a Gratitude Journal
[5] ^ Journal of Happiness: Letters of gratitude: Further evidence for author benefits.

 

Tradução CONTI outra. Do original How a Gratitude Journal and Positive Affirmations Can Change Your Life, de Eugene K. Choi

Imagem de capa: Photo by Giulia Bertelli on Unsplash

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