“O pior estranho é aquele com quem já convivemos”

“O pior estranho é aquele com quem já convivemos”

Li, um dia desses, numa rede social, a seguinte mensagem: “ O pior estranho é aquele que um dia conviveu com a gente”. Me peguei pensando muito sobre isso e decidi transformar o pensamento nesse texto.

De verdade, penso que deveria existir uma lei, uma força maior que proibisse que o amor fosse transformado em ódio. Tudo bem, já sei que alguém pode discordar de mim e dizer que o amor verdadeiro jamais acaba. Então, vamos por outro caminho. Deveria ser proibido que um relacionamento, que foi tão gostoso por algum tempo, se transformasse em dor ou ferida na vida de alguém.

Gente, acredito que um dos piores lutos é aquele em que a gente tem que matar alguém que vive dentro da gente. Sabe, é aquela briga feia entre o coração e o cérebro. De um lado, a razão toda imperativa, elencando todas as razões para excluirmos aquela pessoa dos nossos pensamentos. De outro lado, o nosso coração, chorando feito uma criança que teve o seu brinquedo tomado à força. Fica aquela queda de braço insuportável.

De uma hora para outra, o coração recebe uma intimação do cérebro para se posicionar contra, justamente, alguém que é o motivo de ele bater mais acelerado, feliz e eufórico. Ah, com é doloroso esse esforço para desgostar de quem amamos. Que tarefa árdua essa de tentar mostrar ao coração que abusaram da boa fé dele. Com diz no popular: é muita judiação!

É dolorosa demais essa missão de transformar encanto em ressentimento. Eu estou falando dos amores que acabam em dores porque alguém se machucou profundamente. Seja porque faltou lealdade, seja porque faltou respeito, seja porque faltou consideração, seja porque faltou responsabilidade ou qualquer outra postura que evitasse esse rombo nas emoções de quem acreditou e se jogou numa relação. E não me venha dizer que errado é quem se apegou. Calma aí! Se a pessoa está numa relação na qual ela é alimentada o tempo todo de forma a acreditar que está vivendo algo verdadeiro, ela está, sim, no direito de criar apego. Pessoas não são máquinas com botões de liga e desliga, sentimentos são construídos em cima de reforçamentos que o parceiro oferece. Até porque não faz sentido se relacionar com o freio de mão puxado o tempo inteiro.

Então, dependendo do tipo de ruptura que um relacionamento teve, sairão dele, dois inimigos, ou, na melhor das hipóteses, dois estranhos. Dois estranhos que um dia se entregaram e se conheceram em suas versões mais encantadoras. Dois estranhos que conhecem as fragilidades um do outro. Dois estranhos que um dia se pertenceram sem reservas e, que hoje, se resumem em contatos bloqueados nas redes sociais um do outro.

A diferença entre empatia e simpatia

A diferença entre empatia e simpatia

Existem duas palavras muito parecidas, porém, com significados completamente diferentes, EMPATIA e SIMPATIA. Outro dia eu assisti a um vídeo bem curtinho que falava sobre essa diferença com maestria, ao final desse texto vou deixar o link para que você o assista.

A empatia é bem mais profunda que a simpatia. Ser empático é olhar para o sofrimento do outro e se colocar no lugar desta pessoa, imaginar a dor e o sofrimento que ela está sentindo como se fosse com a gente.

Há um detalhe muito importante aqui! A pessoa empática de verdade desenvolve pouco a pouco a ARTE DE OUVIR, algo tão raro no mundo de hoje. Todos querem falar, falar e falar, mas poucos se mostram abertos para simplesmente ouvir sem ficar “dando pitaco” o tempo todo!

As pessoas simpáticas são assim, e acho engraçado que eu já fui essa pessoa simpática. Elas têm dificuldade de se colocar no lugar dos outros e desta maneira, não criam essa conexão que faz tão bem. Existe um distanciamento, sabe? Muitas pessoas simpáticas são agradáveis, têm boa índole, mas normalmente elas ficam fechadas nos seus mundos e não criam conexões mais profundas com as outras pessoas.

Essas são as pessoas simpáticas, agora as empáticas têm mais sensibilidade para ouvir com atenção as dores alheias, sem ficarem dizendo “faça isso!”, “faça aquilo outro!”. Elas dizem: “Não sei o que dizer! Posso te dar um abraço?”.Percebe a diferença? Essa atitude é terapêutica! Gera conexão e amor, além disso, gera elos de confiança.

Ao ser empático, a probabilidade de se fazer amigos sinceros e que durem por anos ou mesmo uma vida inteira, é muito maior, porque houve essa CONEXÃO DE AMOR, que acontece pela união de corações com sentimentos parecidos, que vivenciaram dores parecidas e entendem o outro não como alguém distante, que vive num mundo separado. Não! A empatia nos leva a concluir que a dor do outro quase sempre também foi vivida por nós e isso nos põe em pé de igualdade, entende? Tira de nós esse orgulho de se achar melhor. Essa compreensão é incrível e transformadora.

Se quiser ler um pouco mais sobre isso, compartilho outro texto no qual aprofundei esse tema da EMPATIA. Vale a pena a sua leitura! E não deixe de assistir a esse vídeo logo abaixo, porque além de claro e objetivo, ainda é super engraçado…

A prática da empatia

Algumas pessoas a gente não precisa seguir, nem no face, nem na vida

Algumas pessoas a gente não precisa seguir, nem no face, nem na vida

Se chegarmos ao final do dia e fizermos um balanço do tempo que perdemos com pessoas desnecessárias, ficaremos chocados. Temos tantas atribulações e compromissos a se cumprirem, tanta coisa a ser enfrentada vida afora, que deveria ser proibido parar para passar nervoso com gente desagradável. Deveria existir um modo automático na gente para isso, mas não. Cabe a nós dar importância ao que realmente importa.

Sempre acontecem coisas boas ao longo do dia, como um sorriso acolhedor, palavras de carinho, um vento suave sob o sol. Há pessoas boas por aí e perto de nós, que ajudam, aconselham, gostam de verdade, sem se negarem à reciprocidade. Pequenas bênçãos nos são concedidas, cotidianamente, desde o momento em que abrimos os olhos com saúde, de manhã, até durante nosso sono tranquilo pela madrugada.

Por outro lado, existem pessoas amargas, revoltadas, violentas e maldosas. Uma coisa é sua vida ser dura, você ficar de mau humor, mas tentar se resolver, outra coisa é ficar culpando o mundo pelas próprias misérias e agredir a quem quer que seja. Uma coisa é opinar e defender uma causa, outra coisa é ofender qualquer um que pensa de forma diferente. Muitos indivíduos perderam a noção mínima de respeito e ultrapassam quaisquer limites, para impor seu ponto de vista.

Frequentemente, vem alguém nos ofender, em nossas postagens virtuais, gratuitamente, simplesmente porque discordam do que escrevemos. É assim também nas conversas por aí, quando somos confrontados agressivamente quanto ao que pensamos, quanto aos valores que possuímos. Devemos entender que, caso não estejamos incluídos nas escolhas do outro, elas não são da nossa conta. Sem contar esse povo maldoso que, vira e mexe, fofoca e tenta derrubar o outro, sem razão plausível.

Passar raiva será inevitável, pois o mundo é diversificado e múltiplo, e acabamos nos deparando com o que não nos agrada. Portanto, necessitamos evitar, ao máximo, procurar dissabores e situações desagradáveis, pois já existe chatice gratuita o suficiente por aí. Para deixar de seguir pessoas que não nos agradam, nas redes virtuais, basta um clique. Na vida, é do mesmo jeito, basta um clique dentro da gente, limpando nosso coração e nossa alma, para seguirmos com menos peso, com menos atraso e com mais chances de alcançar a felicidade.

E aí, qual é o seu vício? Não temos todos nossas próprias “drogas”?

E aí, qual é o seu vício? Não temos todos nossas próprias “drogas”?

Quando se fala de vício, há sempre muita gente criticando QUEM USA DROGAS, uma crítica que faz sentido, pois realmente o uso de drogas pode ser algo sério, principalmente quando se perde o controle da coisa. O que me incomoda é que parece que há um problema de definição do que significa USAR DROGAS.

Consumir maconha é usar droga, mas beber álcool também.

Consumir cocaína ou heroína é usar droga, fumar cigarros (ou charutos/cachimbo) também.

Consumir crack é usar droga, se entupir de analgésicos quando sente qualquer dorzinha também.

Consumir LSD é usar droga, tomar psicofármacos sem a devida indicação e sem acompanhamento médico também.

Mas penso que o uso de drogas em si nem é o x da questão. O problema não está no uso, mas na dependência/no vício que esse uso pode causar.

O ser humano se vicia em alguma droga (ou em alguma coisa) porque seu uso ativa “centros de recompensa” no cérebro, o que faz com que a pessoa queira viver sempre de novo tal satisfação, repetindo (e aumentando) as doses até ficar dependente física e/ou psiquicamente. Com o tempo, essa satisfação artificial termina virando rotina e passa a fazer parte do dia-a-dia da pessoa, sem que ela perceba que tudo isso é simplesmente uma fuga (já que a vida não é feita somente de satisfações!).

Ou se usa drogas para se anestesiar e esquecer as dificuldades que se passa na vida, o que, no final, dá no mesmo: pode terminar em vício!

Pois bem, se a dependência é o problema, não vejo (na base) tanta diferença entre fumar um baseado, encher a cara de cerveja ou se entupir de chocolate todos os dias. Também o chocolate (e muitos outros alimentos!) vicia, cria dependência e termina fazendo mal tanto para o corpo como para a mente.

Açúcar e gordura são duas das “drogas” que mais viciam e representam um dos vícios mais perigosos, já que nem é visto como tal.

Sinceramente, acho que o problema da dependência/do vício atinge muito mais gente do que se acredita. Até questiono se não somos todos viciados em alguma coisa, se todos nós não temos nossas próprias “drogas”.

Tem gente, por exemplo, que transforma seu trabalho em droga, se viciando nele, trabalhando demais, se entorpecendo com o que faz para fugir da realidade (de dentro de casa, por exemplo?). Já outros são completamente viciados em internet e não saem da frente do computador/do telefone! Gente, até sapato pode ser uma “droga”, pois tem muita gente viciada em comprar sapatos e já tem inúmeros pares em casa, apesar de ter somente dois pés para calçar.

Não, não quero dizer que todas as “drogas” sejam igualmente perigosas e que tudo seria a mesma coisa. Só acredito que deveríamos ser mais cuidadosos com nosso julgamento e que deveríamos questionar menos as “drogas” dos outros e refletir mais sobre as nossas próprias 😉

Imagem de capa: Albina Glisic/shutterstock

E eu fui me soltando da necessidade de querer ser amada

E eu fui me soltando da necessidade de querer ser amada

E eu fui me soltando da necessidade de querer ser amada. Fui entendendo a distância que me separava e fui medindo meu tamanho com o tempo.

Quando me reconheci gigante entendi que não eram as pessoas que me diminuíam, era eu mesma que me colocava em lugares que não me cabiam.

Eu fui vivendo diversos tamanhos até que permiti minha existência apenas ser na sua totalidade. Sem apegos, carências e expectativas.

Me libertei delas! No momento, estou neste lugar.

Não foi fácil me soltar dessas armadilhas!
Sempre achei que precisava de alguém para me amar, para então eu me sentir amada.

Achava que a não atenção era um problema meu e procurava meus defeitos em meio a tantas qualidades.

Ainda bem que fui percebendo que o amor que julgava ser essencial e completo não era nada além de uma provocação para o meu reencontro.

Me fez virar a esquina e voltar para meu centro.

Me fez ver que posso estar completa sem precisa depender das gotas de atenção.

Não é necessário forçar, é preciso saber fluir.
Se tem necessidade de ser é porque já não é mais;

E então, alguns amores foram me ensinando que não preciso deles…
Amores que me ensinaram a não ser como eles e reconhecer minhas faltas comigo mesma.

Soltei…

Permiti fluir! Sem pressão nem imaginação.
Bloqueei pensamentos loucos e me afastei dos sentimentos insanos.

Fui percebendo que tudo era cocriação.

Fui encontrando um refugio quente e caloroso em meu ser.
Permitindo me aconchegar nos meu recônditos. Me abrigar.
E nesse lugar, fui apenas observando: pensamentos, sentimentos, respiração, olhares, novos olhares…
Fui vendo que estava limitada… Limitando meu ser
gigantesco a uma ideia condicionada! A um amor fracassado.

Fui respirando, ampliando, expandindo…

Hoje me vejo gigante frente a um passado tão pequeno e ranzinzo. Tão teimoso e cheio de mania.

Confesso que por vezes minha mente brilhante e sabotadora quer me levar para aquele lugar inóspito, mas então eu olho bem para esse mente e expresso “aqui não mais, quem manda é meu coração. sossega Leão!”

E é assim que vamos domando pensamentos e emoções. Colocando cada um no seu lugar com amor.
Compreendendo que somos um banco de memórias ambulantes, trocando experiências.

Sou intensa e amorosa, mas não presto mais para corações rasos e mesquinhos.
Quanta covardia encontrei em corações egoístas. Talvez eles ainda não tenham se dado conta da profundidade do amor.

O valor dos que são modestos

O valor dos que são modestos

Nesse texto, falarei sobre um tema que chega a incomodar muita gente, exatamente porque fomos educados aqui no Brasil que falar sobre isso é coisa de gente arrogante, vaidosa, orgulhosa… O tema da modéstia.

A modéstia e a arrogância sempre aparecem juntas, mas logicamente que elas são bem diferentes. Para entender isso melhor, compartilho um pequeno texto do professor universitário, investidor e consultor de Educação, Saúde e Desenvolvimento Humano Nelson S Lima. Leia com bastante atenção…

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O valor dos que são modestos

As pessoas modestas costumam ser pacientes. E aí reside uma das suas forças. E há mais: as pessoas naturalmente modestas (não as fingidas) aprendem a confiar em mais do que um modo de ver as coisas.

É que elas, ao longo da vida, agem como que peregrinos em busca de saberes essenciais. Têm consciência dos seus limites e por isso abrem a mente a novas fontes do conhecimento.

Com a idade a avançar tornam-se pessoas sábias, maduras, pacientes, tolerantes e observadoras. Apreciam os seus próprios silêncios. E, por vezes, tornam-se grandes líderes pacifistas.

Elas seguem o velho provérbio japonês que diz: “Não estude uma coisa; habitue-se a ela” (veja o alcance deste pensamento ancestral; magnífico).

Nelson S Lima

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Ele foi muito feliz em suas palavras. Eu penso exatamente desta forma e, acima de tudo, busco colocar na prática essas palavras.

Quem me conhece pessoalmente percebe que eu tenho boa parte destas características descritas por ele nesse texto. Tá vendo como esse tema é delicado? Para algumas pessoas, tenho certeza que ao lerem isso vão pensar que sou arrogante e prepotente. Não! Isso é modéstia. Esse conceito é muito sutil. Modéstia é você reconhecer a verdade, sem rodeios, sem acrescentar e sem retirar nada. Aprendi isso com o grande terapeuta Luiz Gasparetto ouvindo uma de suas palestras na internet.

Por exemplo. Se você é um excelente profissional da área da computação. Ser modesto significa você provar aos outros que é bom nisso, nisso e naquilo outro, porém, ainda precisa aprender muito mais em algumas áreas específicas.

Entende? Ser modesto é você dizer e provar aos outros que tem conhecimentos em determinadas áreas, mas que precisa de ajuda em outras. Sabendo disso, cresce de forma mútua com os amigos.

Não é fantástico? Eu, por exemplo, ensino Matemática e Física para Ensino Médio e Superior. Eu posso dizer que tenho experiência nessas disciplinas e posso ensiná-las com qualidade. Agora não posso dizer o mesmo de Sociologia, de Inglês, de Química etc.

Tá começando a compreender o que é modéstia?

As pessoas modestas sabem que tem certo conhecimento, mas nunca se saciam completamente com eles. Estão sempre buscando coisas novas, estão sempre aprendendo e compartilhando. Isso é magnífico. Este blog é exemplo disso! Aqui eu compartilho muitas coisas que já aprendi e que continuo aprendendo. Quanto mais eu compartilho minhas experiências de vida e conhecimento, mais ele tende a crescer naturalmente. Parece um passe de mágica, mas não há mágica nenhuma nisso, é apenas a lei universal do DAR E RECEBER acontecendo.

Tudo aquilo que a gente dá de coração e despretensiosamente, volta pra gente de uma forma ou de outra. Com relação a esse blog, muitas vezes aprendo com meus próprios leitores, que comentam indicando um livro para ler, um filme para assistir, um link de um texto bacana, uma experiência de vida inspiradora etc. etc.

Nestes comentários eu cresço, os leitores crescem e todos que de alguma maneira cruzam meu caminho e o dos leitores também crescem. É uma verdadeira CORRENTE DO BEM que se forma. E essa corrente do bem surge dessa modéstia que começou comigo e com os leitores. Percebe a maravilha disso tudo?

Isso pode ser estendido para todos os ramos e áreas da vida. A modéstia é uma virtude que leva ao CRESCIMENTO COLETIVO. Esse é o resumo da ópera…

No texto, ele fala sobre os pacifistas. É verdade! Muitos se tornam líderes pacifistas. E nessa hora, é impossível não me lembrar do querido Mahatma Gandhi, um homem espetacular, humilde, simples, sincero, meigo, desapegado, sagaz e tantas outras virtudes reunidas em um único homem.

Se você já leu sobre ele, sabe que ele era advogado e tinha muito conhecimento sobre política, sobre as religiões, sobre as sociedades do mundo todo, mas não se vangloriava de ter tanto conhecimento. São assim as pessoas modestas! Eu me miro no Gandhi e em tantos outros homens inteligentíssimos que se tornaram mártires, como Nelson Mandela, Madre Teresa, São João da Cruz, Santa Teresa de Ávila, Martin Luther King e tantos outros. Seres humanos que fizeram diferença nesse planeta e deixaram um LEGADO que jamais se apagará da memória coletiva.

A modéstia pode nos levar a atingir patamares tão altos quanto destes incríveis seres humanos que acabei de citar. O que acha de caminharmos juntos nessa direção?

E você? Se considera uma pessoa modesta? Reflita sobre isso e leve essa reflexão para os seus amigos, para as pessoas mais próximas a você. A modéstia nunca começa com algo grande. Ela sempre começa nas pequenas coisas. Eu me considero uma pessoa modesta exatamente porque faço isso no meu dia a dia nas pequenas coisas. Esse texto não passa de palavras organizadas e decodificadas. Se elas fazem algum sentido para você, é porque bem antes de estarem aqui, elas foram e são verdade na minha vida.

Cresçamos juntos! Paz e luz…

Cada coração tem um tempo.

Cada coração tem um tempo.

Rompimentos, perdas, decepções. Existem dores que não podem ser evitadas. Elas precisam encontrar o seu espaço e o seu tempo para cicatrizarem dentro da gente. E cada coração tem o seu tempo. Cada coração sabe, mesmo que não no exato momento em que aconteça, o quanto consegue aguentar de certas dores.

É por isso que é importante e saudável ao nosso coração, que a gente não insista ou force para que ele cure o mais rápido possível. Querer apressá-lo a melhorar é jogar contra ele. É impedi-lo de aprender com essas emoções e, com o tempo, de ganhar o amadurecimento necessário para não mais sangrar como antes. Mesmo sendo horrível sentir algumas dores, é direito delas terem esse fôlego para curarem.

Quando não negamos a convivência com essas inseguranças, com essas quedas pelas quais passamos, desenvolvemos um sentimento chave para a nossa melhora: a resiliência. Sem marcas emocionais, sem desamores e sem conflitos internos, pouco temos a crescer. E assumir essas coisas não quer dizer que a gente tenha a obrigação de passar por tantos tropeços. Ou mesmo significa que a gente deva esconder os nossos sentimentos do mundo. Mas quando a gente encara uma dor muito forte, uma da dor que faz o coração da gente perder o equilíbrio, muitas lições são valorizadas.

O medo da solidão passa a incomodar menos, por exemplo. Ela passa a ter outro sentido, na verdade. A gente lida com ela como um ponto de partida para somar novas experiências. Para enxergar a vida com mais calma, com mais gentileza, com olhos mais de calmaria do que de tempestade. O nosso interior também ganha novos formatos, expandindo relacionamentos mais profundos e sinceros com quem amamos. Além disso, também criamos essa janela na qual deixamos ir o que/quem não nos preenche mais.

Cada coração tem um tempo. Nunca é em vão respeitá-lo. O coração às vezes é uma roda gigante que pouco a pouco encontra o seu motivo e a sua melhor vista para seguir sentindo.

Nem todos preferem as rosas

Nem todos preferem as rosas

“Eu sou um girassol, meio esquisita
Se eu fosse uma rosa, talvez você me quisesse…”

A frase acima faz parte da música “Sunflower”, do ótimo filme “Sierra Burgess é uma Loser”, comédia romântica adolescente lançada recentemente no Netflix. Assisti ao filme ao lado do meu menino, adolescentinho de doze anos que ainda está descobrindo um bocado sobre a vida e suas imperfeições, amor-próprio e auto-aceitação, insegurança e superação. O filme é lindo, cheio de mensagens importantes, alguns deslizes de nossa heroína imperfeita (sim, o “catfish” foi injusto!), e um final bonitinho. Porém, o que mais me cativou em toda a história foi ver retratado ali o quanto nossa auto estima e auto imagem pode ficar abalada quando estamos apaixonados, ou mesmo só interessados, em alguém. O quanto esse alguém vale pra gente colocar em risco tudo o que levamos anos para fortalecer: nosso amor próprio.

Uma grande amiga conheceu um carinha pelo Tinder. Conversaram por mensagens, telefonaram um para o outro, marcaram um encontro. Depois do encontro, perceberam (ambos) que não havia rolado química. Porém, ao se dirigir para casa, ela foi gradativamente se diminuindo, se amaldiçoando, se sentindo a última das mulheres. Aquele encontro, que tinha cinquenta por cento de chance de dar certo ou não, foi capaz de abalar a auto estima da minha amiga a ponto dela achar que não daria certo com mais ninguém. Um desconhecido, que por um acaso cruzou o seu caminho, tinha sido capaz de fazer vir à tona anos de auto depreciações e percepções equivocadas acerca de si mesma que tinham ficado lá atrás. Porém, a culpa não era dele. Ele tinha sido gentil, educado, cortês. Mas não tinha rolado. Para ambos. Porém, ela se sentia péssima, completamente derrotada. Era como se ela retornasse para casa com um certificado de fracassada.

No início da música que citei, Sierra canta: “Meninas como rosas em vasos de vidro; corpos perfeitos, rostos perfeitos… Se eu pudesse, mudaria durante a noite e me transformaria em algo que você gostaria…” Me comovi demais com a letra e a melodia da música, e acredito que só aqueles que alguma vez já se sentiram no fundo do poço do amor-próprio irão entender Sierra Burgess. Pois às vezes não basta termos consciência de nosso valor. Queremos que o outro, principalmente aquele em que temos interesse, também tenha. Desejamos ser aceitos, mais do que simplesmente nos aceitar. Aspiramos pelo amor do outro, muitas vezes mais do que naturalmente nos amar.

Unanimidade não existe. Em alguns momentos, você terá que aceitar que o fato de alguém não te achar incrível não determina que você não seja realmente incrível. Ele só não reconheceu isso, e tudo bem. A opinião dele é a opinião dele, e você não pode desconstruir a auto imagem positiva que você levou anos para desenvolver só porque levou um fora ou não foi escolhida.

Não é desejando ser rosas dentro de vasos de vidro que seremos perfeitas para alguém. Não é deixando de lado quem somos de verdade, abrindo mão de nossa espontaneidade, que estaremos à altura de alguém. Não é nos colocando à prova e duvidando de todas as nossas qualidades que conseguiremos nos relacionar verdadeiramente com alguém.

Sierra Burgess não tinha o físico perfeito, mas se amava. Se amava muito, e não estava nem aí para o fato de não ser notada, de não ser popular, de não ser da equipe de torcida. Porém, quando se apaixonou, as coisas mudaram. Ela queria ser correspondida, e para isso acabou indo longe demais.

Até onde você iria para ser “aprovado” por alguém? Até onde você se empenharia para ser aceito? Você rastejaria, como se o amor do outro fosse vital? Você fingiria ser outra pessoa? Você abandonaria sua família, seus antigos amigos? Você viveria ansioso, celebrando cada migalha de afeto e atenção? Alguém valeria tudo isso? Alguém teria o poder de te desestabilizar por completo?

Nem sempre seremos correspondidos ou amados como gostaríamos, e vamos ter que aceitar, mesmo que isso nos cause muita dor. Não somos perfeitos, mas agradamos a alguns e são esses que importam.

Siga o seu padrão, ande no seu tempo, respeite suas limitações, aceite suas imperfeições. Ouça sua voz, faça as pazes com suas curvas, seja leve com seu autojulgamento. Nem todos preferem as rosas, nem todos desistem dos cactos, mas quando você descobre a sua melhor versão e se ama assim, você ensina aos outros como quer ser amada. E isso basta…

https://youtu.be/6f9gE6J_gwQ

7 sinais de que você está pecando por excesso de generosidade

7 sinais de que você está pecando por excesso de generosidade

Ser generoso é uma das características mais maravilhosas que uma pessoa pode ter, mas, às vezes, a generosidade pode ser cansativa, principalmente se ela está destinada àqueles que não a merecem.

Quando você realmente se importa com a felicidade dos outros, é fácil perder de vista sua própria felicidade. Então acontece algo que é conhecido que é o doar-se demais. Você pode ter boas intenções, mas se não for cuidadoso, acabará se perdendo sendo excessivamente  generoso para os outros.

Aqui estão alguns sinais claros que podem revelar que estamos dando muito, ora porque isso nos prejudica, ora porque prejudica quem queremos ajudar ou até mesmo porque podemos estar sendo vítimas de manipulação de pessoas que se aproveitam de nossas boas intenções.

1. Você se sente como se estivesse sendo manipulado

Se você suspeitar que está sendo manipulado, provavelmente você está. Alguém que está manipulando você pode dizer coisas para ativar sua culpa, a fim de obter o que deseja.

2. Sua ajuda é insustentável

Se o seu “dar e dar” chegou ao ponto em que você não tem mais recursos suficientes para você, há um problema sério. Se a sua própria saúde física ou mental, auto-estima ou bem-estar financeiro estão sofrendo e estão sendo afetados, você está dando demais e deve parar antes que seja tarde.

3. Seus relacionamentos são afetados

Embora a generosidade saudável possa permitir que os relacionamentos prosperem, doar demais é uma das causas da deterioração dos relacionamentos. Quando não há equilíbrio entre dar e receber, um ou ambos podem ter sentimentos de ressentimento, culpa ou arrependimento que podem causar conflitos e danos no relacionamento.

4. Você está mantendo totalmente alguém

Se a sua atitude de dar chegou ao ponto de permitir que alguém “viva nas suas costas”, como é popularmente dito, é hora de dar um passo para trás. Permitir que alguém permaneça fisicamente insalubre, irresponsável ou totalmente dependente de você não fará bem a ninguém a longo prazo.

5. Esteja ciente de que você está sendo usado

Alguém que usa sua gentileza e generosidade para seu benefício pessoal não é alguém que devo permanecer em sua vida.

6. A sua oferta única tornou-se uma obrigação a longo prazo

Ser generoso uma vez pode levar a um círculo vicioso para aqueles que querem abusar de sua gentileza. Se a sua oferta útil de uma só vez se tornou uma obrigação de longo prazo, e você não tinha a intenção de mantê-la, lembre-se de que você não se comprometeu com nada a longo prazo e que tem todo o direito de parar quando quiser.

7. Você sempre sacrifica alguma coisa

Se você está constantemente sacrificando sua própria felicidade para os outros serem felizes, você está dando demais. Cuidar de outras pessoas é algo maravilhoso. Mas cuidar de si mesmo é tão importante quanto isso, até mesmo o principal.

Se você tem conhecimento de que alguns desses pontos descritos se encaixam na sua vida, é hora de avaliar o que o leva a querer dar mais do que você deseja dar.

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Tradução da adaptada CONTI outra. Do original:  Señales de que estás dando demasiado

Doe 15 minutos do seu dia para andar com seu cão e tenha uma memória melhor

Doe 15 minutos do seu dia para andar com seu cão e tenha uma memória melhor

O exercício físico pode melhorar a cognição (por exemplo, aprendizado e memória)? Se sim, quando alguém deve se exercitar: antes, durante ou depois de uma tarefa de aprendizado? De acordo com uma nova pesquisa de Haynes e colegas da Universidade do Mississippi, um curto período de exercício antes do aprendizado melhora a memória de curto e longo prazo.1

Pesquisas anteriores mostraram que a atividade física aumenta não só a saúde, mas também a cognição. Por exemplo, uma análise sistemática de 2010 envolvendo adultos mais velhos descobriu que 71% dos estudos examinados mostraram uma relação positiva entre atividade física e cognição (incluindo menor probabilidade de desenvolvimento de demência).2 E uma análise de 2013 descobriu que o exercício cardiovascular estava associado a melhorias na memória.3

O estudo

Com base em pesquisas anteriores sobre os efeitos temporais do exercício, Haynes e seus colegas tentaram determinar quando (em relação à tarefa de aprendizagem) o exercício pode melhorar a memória.1

Os pesquisadores utilizaram um projeto contrabalançado dentro do assunto. Neste projeto, os participantes estão expostos a todas as condições de pesquisa; no entanto, a ordem em que as condições são experimentadas é diferente para diferentes participantes. Isso é feito para reduzir o viés potencial.

A amostra foi composta por 24 estudantes universitários (idades de 18 a 35 anos, média de 21 anos; 67% de mulheres; 79% de hispânicos brancos). Potenciais participantes eram eliminados se fossem fumantes, grávidas, tiveram uma concussão recente, fossem diagnosticados com transtorno de déficit de atenção ou dificuldade de aprendizado, ou estivessem tomando medicações psiquiátricas; eles também eram excluídos se tivessem feito exercício, bebido café ou consumido maconha recentemente (ou outras drogas ilegais).

Os alunos foram convidados a completar quatro visitas de uma hora ao laboratório. Estas incluíram uma sessão de controle, em que nenhuma atividade física ocorreu; e três sessões de exercício: antes, durante e depois da codificação da memória.

A manipulação experimental consistiu em andar em uma esteira por 15 minutos. Os participantes selecionaram o ritmo depois de serem informados “Por favor, escolha um ritmo semelhante ao que você escolheria se estivesse atrasado para a aula. Assim, não será um passeio vagaroso. Nem será uma corrida”. Cada pessoa andou no mesmo ritmo durante 15 minutos. A velocidade escolhida, em média, foi de 5,4 km/h.

A condição de controle não envolveu exercício, mas um descanso de 5 minutos antes da conclusão da tarefa de memória.

Nas três condições de exercício, os participantes realizavam a tarefa de aprendizagem antes do exercício em esteira, na esteira ou depois. A tarefa de aprendizagem utilizada foi o Teste de Aprendizagem Auditivo-Verbal de Rey (RAVLT, sigla em inglês), que é um teste de memória de curto e longo prazo, composto por duas listas (Lista A / B) de 15 palavras que são lidas (várias vezes) ao participante, que então tenta lembrar tantas palavras quanto possível.

Em todas as visitas, depois de concluir o RAVLT, os alunos passaram 20 minutos assistindo a um episódio do The Office (que serviu como distração). Posteriormente, tentaram lembrar as palavras da Lista A do RAVLT.

Os resultados mostraram que a aprendizagem melhorou durante os testes; este efeito foi mais forte para a condição em que a caminhada na esteira ocorreu antes da tarefa de aprendizagem. Essa condição também foi associada ao melhor desempenho de memória de longo prazo.

Essas descobertas concordam com pesquisas anteriores dos mesmos autores (usando um desenho de estudo diferente), que mostraram que a atividade física moderada e de alta intensidade antes (em comparação com durante/após) de completar uma tarefa cognitiva era mais benéfica para a aprendizagem.

Conclusões potenciais

Da próxima vez que você precisar estudar para um teste, aprender novas informações relevantes para o seu trabalho ou simplesmente memorizar as letras de uma música favorita, primeiro passe 15 minutos fazendo atividades físicas de intensidade moderada, como passear com o cachorro ou cortar a grama.

Isso não só será benéfico para sua saúde e bem-estar geral, mas também resultará em melhor aprendizado e melhor memória.

Referências

1. Haynes IV, J. T., Frith, E., Sng, E., & Loprinzi, P. D. (2018). Experimental effects of acute exercise on episodic memory function: Considerations for the timing of exercise. Psychological Reports. Doi: : 10.1177/0033294118786688
2. Paterson, D. H., & Warburton, D. E. (2010). Physical activity and functional limitations in older adults: A systematic review related to Canada’s physical activity guidelines. International Journal of Behavioral Nutrition and Physical Activity, 7, 38.
3. Roig, M., Nordbrandt, S., Geertsen, S. S., & Nielsen, J. B. (2013). The effects of cardiovascular exercise on human memory: A review with meta-analysis. Neuroscience and Biobehavioral Reviews, 37(8), 1645–1666.

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Tradução adaptada CONTI outra. Do original: How to Improve Your Memory in Less than 15 Minutes

Starbucks inaugura loja operada por pessoas da terceira idade

Starbucks inaugura loja operada por pessoas da terceira idade

A Starbucks resolveu ir além das discussões sobre a importância da inclusão social de pessoas mais velhas.

A empresa acaba de inaugurar uma loja no México totalmente operada por pessoas entre 60 e 65 anos de idade.

Essa uma oportunidade de inclusão social para quem está fora do mercado há algum tempo, mas quer manter sua cabeça ocupada e ganhar uma renda para complementar a aposentadoria.

O projeto surgiu através de uma parceria com o Instituto Nacional para Pessoas Idosas (INAPAM) do país – a Starbucks assinou um contrato de vínculo empregatício com o Instituto em 2013.

A loja situada no distrito de Coyoacan, na Cidade do México,  além dos benefícios regulares, os 14 funcionários – entre baristas, supervisores e especialistas em café, ou “coffee masters” – recebem benefícios adicionais: aumento no seguro médico total, dias extras de folga e um turno de trabalho de seis horas e meia.

“Levamos dois anos para chegar ao melhor modelo para contribuir com a comunidade de idosos no México. Abrir as portas de nossas lojas para baristas seniores não foi uma meta, foi um ato de congruência com a filosofia de inclusão da Starbucks”, disse Christian Gurria, diretor da Starbucks México.

contioutra.com - Starbucks inaugura loja operada por pessoas da terceira idade

A Starbucks México pretende empregar 120 idosos até o final de 2019. Segundo a empresa, essa força de trabalho traz vantagens para o grupo de colaboradores como um todo: ajuda no desenvolvimento das equipes com sua experiência e também diminui a rotatividade do quadro de funcionários.

E aqui no Brasil?

Por aqui, a rede ainda não tem planos de abrir uma loja operada apenas por funcionários acima dos 60 anos de idade. Porém, a Starbucks Brasil disse em um comunicado para o Instituto Longevidade “seu compromisso de criar uma cultura que valorize e respeite a diversidade e a inclusão de seus ‘partners’, como chamamos os funcionários”.

Informações:
Instituto Geral Aegon

Via Bem Mais Mulher

7 tipos de amigos falsos que devemos reconhecer

7 tipos de amigos falsos que devemos reconhecer

Existem vários tipos de amigos falsos que são como o lado sombrio da Lua. No começo nos deslumbram com seus encantamentos e suas amáveis atenções, mas pouco a pouco vamos percebendo esse outro lado, no qual habitam as cavidades de um caráter interesseiro. Essa afetividade árida e desolada que, quase sem percebermos, nos rouba o ânimo. São perfis que, sem dúvida, devemos saber identificar o mais rápido possível, principalmente em prol da nossa saúde emocional.

Costuma-se dizer que a amizade é o melhor ingrediente da vida. O amor também é, disso não há dúvidas. Mas o que um bom amigo proporciona transcende, às vezes, os vínculos das relações afetivas e familiares. Assim, esse tecido construído à base de cumplicidades, experiências comuns e de uma confiança intensa é o que nos traz uma fonte de energia eterna e, principalmente, qualidade de vida.

“Aqueles que se acham bons e serviçais são os mesmo que, por inveja, desejam todos os males a você.”
-Lucca Capiotto-

No entanto, é inevitável não encontrar, de vez em quando, um desses espécimes tão comuns nos nossos contextos sociais, no qual o interesse e o egoísmo se camuflam sob o revestimento da mais brilhante amizade. E nós caímos, é claro que caímos. Porque na nossa inocência natural sempre pensamos que o propósito principal de toda boa amizade é trazer felicidade, apoio e bem-estar.

Até que finalmente acontece. Surgem as decepções, as pequenas mentiras, os desprezos constantes e as mais impressionantes manipulações. Queiramos ou não, estamos perante um desses tipos de amigos falsos que não vimos chegar, mas que devemos deixar ir o mais rápido possível pelo bem da nossa saúde e da nossa dignidade…

1. Tipos de amigos falsos: o alpinista social

Um dos primeiros tipos de amigos falsos que costumamos encontrar bem cedo na nossa vida é o “alpinista social”. Encontramos esses amigos no ensino fundamental, no ensino médio, na universidade e, certamente, nos ambientes de trabalho.

São aquelas pessoas que constroem laços de amizade com um único objetivo: ganhar posições no contexto social. Assim, é comum que na fase escolar essas pessoas busquem uma aproximação com os alunos mais populares ou com aqueles tiram as melhores notas. Mais tarde, no contexto profissional, não vão hesitar em humilhar e manipular em qualquer situação para ganhar posições.

2. O amigo que está nos bons momentos e some nos ruins

A maioria das pessoas vai se lembrar de algum caso desse tipo de falsa amizade. Falamos de pessoas que sempre estão próximas nos dias de tranquilidade e bem-estar, quando fazem parte de qualquer plano, qualquer festa ou qualquer proposta de última hora. No entanto, quando surge algum problema ou alguma situação na qual agradeceríamos seu apoio e interesse, desaparecem como o vento após fechar uma janela…

3. O buscador de erros, aquele que julga

Se existe uma coisa que caracteriza uma amizade saudável é aquele amigo que procura proporcionar bem-estar em todos os momentos. Isso nos faz sentir coisas boas com sua presença, sentir a segurança de que não seremos julgados nem criticados e de que, após algumas horas com essa pessoa, sairemos melhor do que antes.

No entanto, isso não acontece com os amigos falsos. Com eles é comum voltarmos para casa pior do que estávamos antes. Na verdade, um tipo de amizade falsa muito comum é aquela que tem como passatempo buscar erros, chamar a atenção para cada erro que cometemos e julgar um dia sim e no outro também. Esse tipo de dinâmica cria um desgaste emocional significativo.

4. O amigo que inveja em silêncio ou descaradamente

“Você faz tudo certo”, “Essas coisas não acontecem com você como acontecem comigo”, “Você sempre tem muita sorte”… É esse tipo de frase que os amigos falsos que nos invejam dentro do seu ser costumam repetir.

No entanto, a verdade é que eles têm baixa autoestima, o que os leva a esse tipo de interação pouco saudável para ambas as partes.

5. O que quer que as coisas deem certo para você, mas não melhor do que para ele

Essa característica da falsa amizade é tão curiosa quanto comum ao mesmo tempo. Ela se manifesta do seguinte modo: temos pessoas que nos incentivam a superar a nós mesmos, a conquistar as coisas, mas quando isso acontece, longe de se sentirem felizes por nós, elas se afastam ou se mostram incomodadas.

Por trás desse tipo de situação existe, mais uma vez, uma clara baixa autoestima. Essas pessoas sempre se sentirão mais à vontade conosco enquanto estivermos no mesmo patamar, nas mesmas condições. No entanto, qualquer centelha de sucesso ou de superação as coloca em evidência, as afunda na contradição e no desconforto.

6. O rival disfarçado de “melhor amigo”

Se você comprar um celular, não duvide, um dos seus amigos falsos vai querer comprar um muito melhor. Se você começa a fazer academia, cuidado, ele ou ela também vai começar para superar seus progressos. O objetivo: ser melhor do que você em qualquer coisa que você fizer, em qualquer propósito ou em qualquer conquista.

Esses tipos de amigos falsos agem como inimigos, uma sombra perseguidora e vingativa que vai tentar ser melhor que nós em qualquer âmbito da nossa vida.

7. O que manipula

O amigo manipulador é aquele tipo discreto, mas implacável que, quase sem percebermos, prende os fios da marionete para nos manipular de acordo com seu desejo durante algum tempo. Ele vai se utilizar do vitimismo às vezes, outras da chantagem emocional e outras da mentira, além de tantas outras estratégias maquiavélicas para nos ter nas palmas das mãos e, assim, conseguir o que deseja em todos os momentos.

Assim, o tempo que vamos permitir esse tipo de ação do manipulador vai depender do afeto que temos em relação a essa pessoa, do fato de se é um amigo de longa data, um amigo de infância com quem já vivemos tantos momentos… Como acabar com esse vínculo emocional que nos acompanhou por tantos anos? Pode ser difícil, mas poucas coisas são tão destrutivas quanto carregar a influência de alguém que, na verdade, não gosta de nós e quer o nosso mal.

Para concluir, como já pudemos perceber, há muitos tipos de amigos falsos: o que critica, o que trai, o que faz fofocas… Poderíamos descrever inúmeros tipos. No entanto, o mais importante de tudo isso é, além de identificar, saber lidar com essas pessoas.

Às vezes, não é preciso recorrer obrigatoriamente à quebra desse laço. Às vezes, basta deixar as coisas claras, colocar limites e, até mesmo, estimular o crescimento pessoal e a autoestima desse amigo para que ele seja capaz de criar relações mais saudáveis.

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Fonte indicada: A Mente é Maravilhosa

25 frases duras e realistas que te farão mais forte

25 frases duras e realistas que te farão mais forte

1- “A mais lamentável de todas as perdas é a perda do tempo”. Philip Chesterfield

2- “Realidade é aquilo que, mesmo quando você deixa de acreditar, continua a existir e não desaparece.”- Philip K. Dick

3- “A maior parte das pessoas fica feliz com a inferioridade dos seus melhores amigos.” -Philip Chesterfield

4- “Podemos fugir da realidade, mas não podemos fugir das consequências de fugir da realidade” – Ayn Rand

5. “A catástrofe que tanto o preocupa é menos horrível na realidade do que na imaginação” Wayne W. Dyer

6- “A dura verdade é que quanto mais você fica preso na sua história se culpando pelas circunstâncias, mais você vai repetir essa história e mais se apegará a ela” – Andrea Owen

7- “É necessário cuidar da ética para não anestesiarmos a nossa consciência e começarmos a achar que tudo é normal.” Mário Sérgio Cortella

8- “As pessoas dizem que você está indo no caminho errado, quando este é simplesmente seu próprio caminho.” Angelina Jolie

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9- “Cuide do seu coração… você está apodrecendo vivo. (Cem anos de solidão).”- Gabriel Garcia Márquez

10- “Se um homem não descobriu nada pelo qual morreria, não está pronto para viver.” Martin Luther King

11-“Eu aprendi que você não pode voltar atrás, que a essência da vida está indo para a frente. A vida, na realidade, é uma via de mão única “- Agatha Christie

12-Incerteza é a única certeza que existe. Aprender a viver com insegurança é a única segurança que podemos alcançar “- John Allen Paulos

13-“Se você não gosta de onde você está, mova-se, você não é uma árvore” – Jim John

14-“Você não está no mundo para satisfazer as expectativas dos outros, mas também não deve esperar que o mundo satisfaça as suas” – Fritz Perls

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15-“Não importa o quão ruim as coisas fiquem, você sempre pode piorá-las” – Randy Pausch

16-“Toda vez que você escolhe a segurança, você está reforçando um medo” – Cheri Huber

17- “Preocupe-se mais com seu carater do que com sua reputação, porque seu carater é o que você é, enquanto a reputação é apenas o que os outros pensam que você é” – John Wooden

18-“A razão pela qual as pessoas acham tão difícil ser feliz é porque elas sempre se lembram melhor do passado do que eram, veem o presente pior do que é e acham que o futuro é mais complicado do que será” – Marcel Pagnol

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19- “Nunca é tarde para se tornar a pessoa que você quer ser”- George Eliot

20-O maior problema da traição é que ela é uma decisão unilateral.”- Josie Conti

21-“Se algum desejo seu não for atendido, não se surpreenda. Nós chamamos isso de vida.” Anna Freud

22- “Não podemos mudar, não podemos nos afastar do que somos, enquanto não aceitarmos profundamente o que somos”
Carl Rogers

23- “Olhe para dentro, para as suas profundezas, aprenda primeiro a se conhecer.” Sigmund Freud

24- “Você nunca conhece realmente as pessoas. O ser humano é mesmo o mais imprevisível dos animais. Das criaturas.” Hilda Hilst

25- “Que monstruosas coisas é capaz de gerar o cérebro…” José Saramago

Há pessoas que acham que o mundo gira ao seu redor

Há pessoas que acham que o mundo gira ao seu redor

Há pessoas que parecem não saber que a terra gira em torno do Sol, e não em torno delas. Não entendem que a vida não gira só ao seu redor, que seu umbigo não é o centro do mundo nem das pessoas que o rodeiam. Por isso se autoproclamam importantíssimos, gerando com seus comportamentos uma fortíssima rejeição social.

Como consequência, mantêm comportamentos egocêntricos e enchem nossos ouvidos de mensagens e comportamentos que chamam a gritos por atenção. Gritos que são tão ensurdecedores que nos saturam e esgotam com facilidade.

Lidar com uma pessoa que tem comportamentos egocêntricos é cansativo por muitas razões. Analisemos algumas delas a seguir…

O egocentrismo, o excessivo culto ao “eu”

Acreditar que você mesmo é o centro do mundo e sentir-se mais importante que todas as outras pessoas é desastroso para uma boa evolução de nossas relações sociais. Não gostamos que ninguém tente impor suas opiniões, pensamentos e interesses: de fato, é fácil saber com razão e um bom discernimento que uma pessoa que não se acha melhor que ninguém tenta chegar a um equilíbrio e garante o bem comum.

A arrogância não se importa com o bem-estar dos demais, não sabe que este é tão importante quanto o bem-estar pessoal. Elas, as pessoas egocêntricas, estão certas de que são especiais, e mais, de que sua personalidade é absolutamente encantadora.

No entanto, quando algo não segue o caminho que o egocêntrico deseja, então ele se converte em ogro, déspota que só quer fazer com que as coisas caminhem do seu modo, ainda que para isso tenha que se aproveitar e manipular as pessoas em volta.

Pode ser que eles se justifiquem dizendo a famosa frase “é que eu tenho um gênio muito forte”, uma variante do estilo “eu não tenho defeitos, nós dois que não encaixamos”. Com certeza lembramos de muitas pessoas que em algum momento fizeram ou fazem parte de nossas vidas hoje com essas frases.

Eles se autopromovem e se consideram especiais e infalíveis, superiores aos outros. Isso, sem dúvida, tem como consequência a criação de problemas na hora de fazer amizades e mantê-las, pois ninguém tem nenhum benefício por estar ao lado de pessoas que só conseguem pensar em si mesmas.

A autoestima, no entanto, não tem nada a ver com o egocentrismo: a autoestima é um sentimento saudável e tolerante, o egocentrismo é um modo de ser vazio, irreflexivo, excessivo e intolerante.

As pessoas egocêntricas não gostam realmente de si mesmas, na verdade usam como escudo essa proclamação excessiva de seu amor próprio como modo de distorcer o autoconceito negativo que realmente escondem. Esse é o motivo pelo qual precisam se sentir tão adulados e admirados.

Caminhava com meu pai quando ele se deteve em uma curva e, depois de um pequeno silêncio, me perguntou:

-Você escuta alguma coisa além do cantar dos pássaros?

Agucei meus ouvidos e alguns segundos depois respondi:

-Estou ouvindo o barulho de uma carroça.

-Esse barulho – disse meu pai – é de uma carroça vazia.

-Como você sabe que é uma carroça vazia se ainda não a estamos vendo? – perguntei ao meu pai.

-É muito fácil saber quando uma carroça está vazia por causa do ruído. Quanto mais vazia a carroça, maior é o ruído que faz – me respondeu.

Virei um adulto e até hoje quando vejo uma pessoa falando muito, interrompendo a conversa de todo mundo, sendo inoportuna ou violenta, presumindo as coisas para favorecer a si mesmo, mostrando-se prepotente e falando mal das outras pessoas, tenho a impressão de ouvir a voz do meu pai dizendo:

“Quanto mais vazia a carroça, maior o barulho que faz”

A humildade consiste em calar nossas virtudes e permitir aos outros que as descubram. E lembre-se de que existem pessoas tão pobres que o único que têm é dinheiro. E ninguém está mais vazio que aquele que está cheio de si mesmo.

Tipos de egocentrismo ou tipos de carroças vazias

Da história da humanidade e da cultura popular podemos extrair vários tipos de pessoas que excessivamente exaltam a si mesmos:

Estrelas: são aquelas pessoas que buscam admiração e contemplação de si.

Nero: são aquelas pessoas que costumam dominar e submeter os outros, ou seja, afirmar seu poder através da máxima “nunca confie em ninguém”.

Cinderela: são os vitimistas que fazem de seu cotidiano um sofrimento eterno, uma arma para conseguir a atenção dos outros.

Sozinho: basicamente faz de seu mundo um lugar de reprovação e crítica, acreditando que ninguém, além dele próprio, merece nada.

Além desses, há tantos tipos de egocentrismo como pessoas que pecam sendo egocêntricas. Muitos de nós já fomos assim em algum momento de nossas vidas, ou vamos ainda ser um dia. Antes de tudo é essencial termos consciência e frear os comportamentos egoístas, já que causam um enorme dano aos outros e a nós mesmos.

O importante é não dar crédito e atenção aos comportamentos que alimentam o ego, pois se o alimentarmos só contribuiremos para que essas pessoas sigam se considerando o centro do mundo e, como já sabemos, o centro do universo não é um lugar que está ocupado por ninguém.

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Fonte indicada: A Mente é Maravilhosa

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