Eu aprendi a ver beleza em minhas cicatrizes

Eu aprendi a ver beleza em minhas cicatrizes

As minhas cicatrizes são tatuagens sagradas, elas me fazem lembrar que fui capaz de superar dores inconfessáveis. Aprendi a olhar as marcas da minha alma com amor e empatia, abandonei a revolta. Só eu e Deus sabemos de cada lágrima que derramei, de cada nó na garganta, de cada aperto no peito e, de cada sensação de desamparo que experimentei.

Já levei golpes tão duros que pensei que não fosse mais possível ficar de pé. Já engoli lágrimas que tinham gosto de sangue. Já me fiz de forte, com as emoções estraçalhadas. Já disse “estou bem” torcendo para que o outro dissesse “sei que você está mal, deixe eu te dar um abraço”. Já experimentei dores que jamais terei coragem de revelar, tive que lidar com elas até que o tempo as diluísse.

Já enfrentei batalhas cambaleando,  escorregando em minhas próprias lágrimas, com a visão nublada, sem enxergar previsão de um dia ensolarado. Em muitos momentos, dobrava os meus joelhos e apenas chorava. Entre um soluço e outro eu dizia: Senhor, tá doendo muito, socorro. Já abri a janela da minha casa e vi um sol brilhando lá fora, mas aqui dentro de mim, estava tudo nublado, com nuvens negras e densas. Hoje, eu entendo que quando estamos iluminados por dentro, nenhuma escuridão nos assombra. Em contrapartida, não existe dia ensolarado para quem está com a alma no escuro.

Olho para trás e fico perplexa, me deparo com uma mulher que foi guerreira e resiliente desde criança. Das certezas que tenho, apenas uma: nunca  guerreio sozinha, eu tenho um Anjo que Deus escalou para cuidar de mim. Quando a tempestade passa, Ele me olha e diz: “Sua boba, por que duvidou que fosse capaz de superar aquilo? Estou aqui contigo e vou te proteger sempre”. Então, sorrimos e minha alma se enche de fé e gratidão.

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Photo by Joe Robles on Unsplash

Lifelong Learning: mais do que um conceito, um novo estilo de vida que você precisa conhecer

Lifelong Learning: mais do que um conceito, um novo estilo de vida que você precisa conhecer

*Artigo de Celso Braga – sócio-diretor do Grupo Bridge

É preciso ter um certo prazer no “vir a ser”, pois quem acha que “já é”, sofrerá muito mais no processo de mudança que estamos vivenciando.

Todo dia, acordamos para o novo, lidamos com o nosso novo modo de ser e de pensar a cada aprendizado. Só ao ser humano foi dado o dom de utilizar seu potencial criativo, transformador e pensador. Deveríamos ter o prazer em sempre vir a “ser” sem, de fato, nunca estarmos prontos. Porém, de muitas maneiras tentamos repetir e reafirmar um modo que demonstra aos outros o que já “somos”.

Lifelong Learning é o conceito que nos coloca a frente da maior necessidade de abandonar as certezas de quem somos para abraçar a beleza do potencial de “vir a ser”, aquele vai e vem, que embala o aprender. O saber é uma base que está sendo constantemente ampliada, é quando ao aprender sinto que ainda posso aprender mais. É um impulso de querer aprender para a vida e não apenas para uma utilidade imediata.

O Lifelong Learning, ou aprendizado ao longo da vida, é um processo que tem como perspectiva a inclusão da pessoa dentro de um universo de possibilidades, e o learner é uma pessoa flexível, capaz de ser incluído em diferentes posições por ter fácil adaptação.

Quanto mais conversamos sobre como podemos ser learner’s – pessoas que abraçam o modo Lifelong Learning – maior é a percepção de que por algum motivo abandonamos o prazer de aprender para ter prazer em provar o que somos agora. Neste tempo, de rápidas transformações tecnológicas, culturais, sociais, relacionais e pessoais, nada é mais importante do que retomar nossa capacidade de aprender. Pois, o aprender é necessário, mas não se faz sozinho, envolve os outros, aprendemos no ato de conversar e de estimular nossa busca por tudo que possa ser novo.

A sociedade futura pode e será muito melhor, cabe a nós sermos melhores à medida que nosso “ser” tenha maior importância que o nosso “ter”, por isso, as pessoas ao adotarem o Lifelong Learning como modo de vida devem ser mais felizes e se sentirem menos pressionadas a mostrarem o que são. Estarão prontas para tudo o que ainda está por vir, pois, se sentirão preparadas para o novo. Lifelong Learning é Inovação, uma inspiração para toda uma vida.

O conceito, se faz tão presente nos dias atuais que tem se tornado referência não só no âmbito pessoal, quanto social e corporativo. O que motivou o IBEX 2018 a trazer a temática: Lifelong Learning: ‘O Futuro do Aprendizado e Crescimento para a Vida’. O fórum de inovação em desenvolvimento humano que está em sua segunda edição, realizado pelo Grupo Bridge, trará, entre outras atrações, novas perspectivas sobre o Lifelong Learning e como cada um pode trazer para si o seu desenvolvimento, não só através de conhecimento, mas também para as relações e emoções, transformando o lugar onde trabalha e onde vive.

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Sobre o autor:

Celso Braga, sócio-diretor do Grupo Bridge, é Psicológico e Mestre em Educação, pós-graduado em Psicodrama Sócio Educacional pela ABPS. É qualificado como professor supervisor pela FEBRAP, fundador e diretor do Grupo Bridge. Possui 25 anos de experiência em desenvolvimento humano e projetos de conexões entre projetos educacionais e inovação. Palestrante internacional com atuação em conferências e universidades, é realizador do evento IBEX (Innovation Bridge Experience) e autor de livros como ‘A Jornada Ôntica – Uma perspectiva sustentável para o mundo através das organizações’,  2013; ‘Educação para excelência’, 2014;  ‘O Hólon da liderança – Um novo jeito para liderar’, 2015; ‘Inovação: diálogos sobre a prática’, 2016; ‘Inovação: diálogos sobre colaboração produtiva’, 2017.

Sobre o Grupo Bridge

Com 22 anos de atuação, o Grupo Bridge é uma empresa de soluções em desenvolvimento humano que atua fortemente na prestação de serviços de consultoria para empresas de diferentes segmentos utilizando metodologia autoral pautada por três principais autores: Jacob Levy Moreno, Paulo Freire e Humberto Maturana. Fruto de uma parceria entre Celso Braga e Sérgio Cruz, ambos psicólogos e especialistas no comportamento humano, o Grupo Bridge apresenta como principal atuação o desenvolvimento de lideranças, das relações entre as pessoas e da cultura das organizações. Em 2018 a empresa reposicionou o seu negócio através de quatro submarcas: Bridge (consultoria para empresas, que existe desde 1995), X.Five (desenvolvimento de pessoas), Bridge 36,5°(responsabilidade social), e IBEX- Innovation Bridge Experience (experiências, eventos e publicações de inovação).

A organização conta com mais de 30 colaboradores e atende empresas como Bradesco, Bosch, Bayer, Cielo, Epson do Brasil, Raízen, Arcor, Hospital Beneficência Portuguesa, entre outras.

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Não existe o que não podemos discutir, mas existem pessoas com quem não devemos discutir

Não existe o que não podemos discutir, mas existem pessoas com quem não devemos discutir

Não há quem não sinta dificuldade em conversar sobre assuntos vários, sem que seja contrariado de forma agressiva ou sarcástica. Isso tanto em rodas de amigos quanto nas redes sociais. Muitas pessoas querem defender suas opiniões a qualquer custo, qualquer mesmo, não se importando minimamente com os sentimentos alheios, ou com a fundamentação que utilizam para sustentar o que pregam.

Opinar sobre determinadas questões requer um conhecimento mínimo do assunto. O setor educacional, por exemplo, é bombardeado por recomendações e críticas de pessoas que nunca leram um texto pedagógico na vida. Lembremos o que recentes questionamentos à necessidade de vacinação provocaram, entre muitos outros exemplos de intromissão desnecessária em questões importantes. Opiniões leigas são admissíveis em conversas de botequim; na vida real e prática, podem ser um perigo.

Além disso, é preciso ter a consciência de que, quando se emitem pontos de vista, eles nunca serão unanimidade e, por isso mesmo, encontrarão discordâncias pelo caminho. A discordância é saudável, afinal, quando conhecemos outros lados, outras visões de mundo, poderemos ampliar e melhorar ainda mais nosso entendimento, reelaborando o que sentimos e como sentimos a vida. É no confronto que crescemos, deixando de lado o que não serve e abraçando o novo, o mais coerente.

No entanto, mesmo que seja difícil haver discussões sem alguma manifestação mais efusiva, pois o calor das emoções se eleva muito nessas horas, o respeito, sobretudo, deverá permanecer. Não podemos levar para o lado pessoal questões que tratam de assuntos lá de fora, tampouco deveremos nos sentir ofendidos por discordarem de nós. A forma como reagimos quando somos contrariados e a forma como o outro reage quando discorda de nós revelam a educação – e, muitas vezes, o caráter – de ambas as partes.

Cabe-nos, enfim, evitar entrar em discussões sem serventia, com pessoas que não ouvem ninguém além de si próprias. Nosso tempo é precioso demais para gastá-lo com o que não acrescenta, não enriquece, não leva a lugar algum. Tempo não se acha no lixo. Portanto, não existem assuntos que não podem ser discutidos, mas existem pessoas com quem não devemos discutir. Jamais.

Quando não aprendemos com o amor dos pais, somos obrigados a aprender com a dureza da vida

Quando não aprendemos com o amor dos pais, somos obrigados a aprender com a dureza da vida

Meu primeiro aniversário como órfão, sem a presença de meu pai e de minha mãe, trouxe-me, além de um vazio imenso, reflexões sobre a importância de cada um deles em minha vida. Eles continuam em mim, em muitos aspectos, como espelhos, remédio, cura, salvação e, sobretudo, aprendizado. Pais são eternos porque o amor deles continua nos empurrando, mesmo quando já se foram dessa vida.

Hoje, posso compreender tudo o que deles me aborrecia, posso aceitar tudo o que foram e são para mim, sem mágoa, sem rancor – e isso ninguém deveria viver sem se permitir. Continuar requer levar consigo somente o que é bom, refletindo sobre o que foi ruim, para digerir tudo e deixar para trás o que não tem serventia. Temos que perdoar os nossos pais, pois fizeram aquilo que podiam, com o que tinham, e é assim que a gente se perdoa também e continua nesse entendimento de mundo que nos torna melhores a cada dia.

Minha mãe era o sonho, meu pai era a realidade. Ela, ternura e aceitação; ele, força e movimento. Ela me via perfeito e exaltava todas as minhas qualidades, até as que eu só tinha em seu coração. Ele me chamava à realidade, empurrando-me para encarar a crueza que a vida carrega em si. Ambos essenciais, tanto no alento de um, quanto no olhar do outro. Meus erros se acalmavam no colo terno de minha mãe, enquanto me lembravam das consequências nas palavras de meu pai. A leveza dela e a firmeza dele uniam-se perfeitamente como lição de vida e motivação.

E eu sabia que me amavam. Eu demorei um pouco para aceitar que eles não eram perfeitos, mas que viviam para mim, por mim, porém, amadureci por conta dessas dúvidas, dos questionamentos, dos enfrentamentos que me levaram a respeitá-los e a ser por eles respeitado. É no confronto que se firmam laços duradouros, porque, então, a gente se desnuda e se enxerga no que verdadeiramente existe dentro de cada um. E saímos todos mais vivos, mais fortes, mais gente de verdade.

Tudo o que os pais querem é ver seus filhos felizes e talvez aí resida sua maior fraqueza. Muitas vezes, os pais erram por excesso de amor, por não querer machucar, por evitar ver os filhos sofrerem. Infelizmente, a gente precisa de limites, de dor, de frustração. A gente necessita se machucar para aprender a se curar. A gente precisa cair, para saber como se levantar. Infelizmente, nem todas as consequências os pais nos permitem colher, porque nem o amor é perfeito. Nada é. Meus pais me protegiam de muita coisa ruim do mundo, mas nunca, nenhum pai e nenhuma mãe conseguirão nos proteger tudo, tampouco de nós mesmos. E um brinde a isso, pois lidar com nossas próprias escuridões nos salva de um perder-se sem volta, salvando-nos da vida, em vida.

Hoje, eu consigo ser grato pelos pais que tive, por tudo o que me ofereceram, material e espiritualmente, sendo exemplos de carinho, afeição, rudeza e imperfeição, tudo o que é do amor, na medida exata de meu coração. Fica sempre uma sensação de que eu poderia ter feito mais, ter estado mais, ter falado mais, aprendido mais com eles. Mas eu os amei também como pude, com o que eu tinha, e amei muito. E eles sabiam, os pais sempre sabem.

Os pais não conseguem nos ensinar tudo, pois há muito amor envolvido, e aprender, às vezes, requer ausência de amor. Mesmo assim, uma famigerada lição, a que ninguém foge, sempre acompanhará os filhos que ficam: tudo o que não aprendemos com o amor dos nossos pais, seremos obrigados a aprender com a dureza da vida. Como eu sempre digo, é assim que a gente continua.

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Photo by Danielle MacInnes on Unsplash

É mais corajoso aquele que abandona tudo e vai viver seu sonho? Ou corajoso é aquele que fica e enfrenta a realidade?

É mais corajoso aquele que abandona tudo e vai viver seu sonho? Ou corajoso é aquele que fica e enfrenta a realidade?

Há alguns anos, durante o divórcio de uma amiga, me deparei com uma situação confusa, que me levou a grandes reflexões na época. O marido dela, decidido a romper a relação, usou um poema de Martha Medeiros para justificar o momento que ele vivia. O poema em questão era aquele que diz: “Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o preto no branco e os pingos nos is a um turbilhão de emoções indomáveis, justamente as que resgatam brilho nos olhos, sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos. Morre lentamente quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho, quem não se permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos…” 

Minha amiga estava fragilizada, magoada e inconformada. Ela considerava o marido um covarde. Ele se achava corajoso. Porém, qual dos dois estaria certo?

Tudo depende da perspectiva de cada um. Porém, um pouco mais amadurecida, me deparei com uma análise belíssima que uma prima querida fez do filme “Na Natureza Selvagem”. Ao contrário da maioria dos fãs do filme, ela não achou a jornada do “super andarilho” Chris corajosa. Numa das partes de sua análise, minha prima diz: “Tive muita pena do quanto ele era covarde e precisou inventar uma odisseia desse tamanho, tão monumental, para esconder, em proporção, o que ele não tinha: coragem!”  E ela continuava, dizendo que como o personagem do filme, que foge para o Alasca com a fantasia de que lá encontraria uma vida mais plena, cheia de coisas fantásticas, e de que lá seria uma pessoa melhor, mais corajosa e cheia de vida, muitos de nós imaginam que fugindo para seus “Alascas” poderão ter aquilo que nunca tiveram: paz de espírito, cura de suas dores, cura de seus vazios.

Após essa análise, voltei a questionar o episódio do divórcio de minha amiga. Será que o ex marido havia encontrado um estado permanente de brilho nos olhos e coração aos tropeços? Ou, passado o tempo da euforia, da troca do certo pelo incerto, ele havia se dado conta de que a coragem de virar a própria mesa, em alguns casos, pode ser pura ilusão?

Há uma reflexão do filósofo Luiz Felipe Pondé que diz o seguinte: “Você precisa de muito mais coragem para abrir mão de uma paixão romântica em nome de um relacionamento longo, do que optar pela paixão”. Isso quer dizer que, embora pareça mais corajoso chutar tudo para o alto e ir viver nossas paixões ou nossos “Alascas”, é mais corajoso resistir e encontrar alento na realidade.

É claro que existem casos e casos. Porém, há um consenso no que diz respeito à forma como interagimos com a vida. Podemos interagir nos protegendo ou nos arriscando. É unanime afirmar que é uma forma de covardia com nós mesmos não interagirmos de uma maneira mais intensa com a vida, deixando de explorar nosso potencial criativo, nossa inteligência, nossa sensibilidade, preferindo nos refugiar numa vida segura, protegida… e mediana.

Talvez o que Martha Medeiros quisesse dizer com seu texto é que devemos nos esforçar para não viver uma vida mediana. E tenho que concordar, pois é preciso coragem para deixar de lado o instinto de autoproteção e interagir de uma maneira mais intensa com a vida. Porém, o ex marido de minha amiga interpretou de acordo com seus interesses. Ele provavelmente achou que encarar a vida cotidiana, com suas obrigações e responsabilidades, é que seria uma vida mediana. Mas não precisa ser assim. Podemos acomodar os sonhos, o brilho no olhar e a ousadia lado a lado com as obrigações e responsabilidades. Conseguir conciliar duas ideias aparentemente contraditórias nos torna mais completos, maduros e realizados.

Não é preciso fugir para o Alasca, empreender uma jornada enorme para encontrar sentido. Os desejos se acomodam e convivem juntos. Posso ser dentista, mãe, esposa, escrever dois livros, ter um blog e um canal no Youtube — quem disse que não?

Viver com coragem é viver empenhado na busca por aquilo que faz nossos olhos brilharem. Mas para que essa jornada seja autêntica, é preciso distinguir “busca” de “fuga”. Pois há muita confusão por aí. Coragem é arcar com a aridez e o brilho da vida, entendendo que nem sempre será só ruim, nem sempre será só bom, mas não abandonar tudo só porque as coisas estão mais difíceis no momento.

Talvez o ex marido de minha amiga tenha sido corajoso. Talvez tenha sido covarde. Não cabe a mim julgar ou dar um veredicto. O que posso afirmar é que é necessário uma grande dose de coragem para mergulhar fundo em nós mesmos. E que nem sempre é necessário sair numa jornada monumental para avançarmos em nosso próprio território. Às vezes não precisamos mais que o silencio de nossos próprios quartos. Porém, a despeito desse autoconhecimento e descoberta da felicidade genuína, muitas pessoas viverão de buscas, de enganos e cabeçadas, inquietas e insatisfeitas, acreditando piamente que encontrarão um estado permanente de graça longe de si mesmas. Talvez um dia descubram que corajoso é aquele que se encara de frente, se enfrenta, se conhece e se aceita, e principalmente, que aprende a se amar.

*Se inscreva no meu canal no YouTube:

https://youtu.be/Z7UyU3vTzuI

Casa arrumada

Casa arrumada

Estava olhando um desses sites de decoração com uma amiga e ela comentou como achava lindas aquelas casas das fotos, sempre impecavelmente arrumadas – Nossa, Cris, eu acho essas fotos super tristes, sabia? É quase como se essas casas não fossem feitas para abrigar felicidades – ela sorriu, pensativa.

Casa bonita pra mim precisa ser levemente bagunçada. Providas de um desleixo intencional e cínico em nome de um bem maior que os bens.

Pias de louça altas contam sobre jantares a dois ou sobre refazer aquela comida da sua infância só pra você, com sua mãe passando a receita por telefone.

Camas preguiçosamente por fazer trazem um cheiro de cumplicidade de uma noite a dois ou de domingos auto dedicados amasiados nos lençóis colocando as séries em dia.

E os rastros de uma vida cheia vão ficando na mesa pós jantar com os amigos que não ligam para seus pratos multicoloridos quando você decidiu desistir de fazer conjuntos. Nas almofadas discordantes que te abraçam enquanto você se afunda no sofá pra ler seu novo livro preferido de pijama.

O afeto deixa rastros. Nos móveis mordiscados pelos bichanos, nas paredes que ostentam toda a criatividade dos desenhos das crianças, na toalha adotiva que a sua melhor amiga esqueceu na última visita e que jamais combinará com as suas. Benzadeus.

Casa com alma não orna com impecabilidade. A gente esbarra quando ri alto, derruba coisas quando dança, mancha o assoalho com os melhores molhos, a gente deixa cheiros, barulhos, células, pelos, pistas, memórias, saudade. A gente bota tudo em ordem pra embaralhar de novo. Casa bonita mesmo é o lugar onde a felicidade da gente se sente à vontade pra ficar.

Ter um firme propósito amplia nosso tempo de vida

Ter um firme propósito amplia nosso tempo de vida

Esses dias estava ouvindo um dos diversos podcasts que acompanho, que é o da Ordem Rosacruz AMORC, no qual o tema eram os “Florais de Bach”, que são essências naturais provenientes de diversas flores e tem um imenso potencial de cura de doenças e promoção de equilíbrio energético.

No podcast [link aqui], a moça que foi entrevistada contou um pouquinho da história dos Florais de Bach, que é fascinante. É tão bonita que me inspirou a escrever esse texto que você está lendo.

Ela conta que o Dr. Edward Bach, que era um médico britânico do final do século XIX, em determinado momento da sua vida, teve uma doença muito grave. Ele teve que passar por uma cirurgia delicada, na qual os cirurgiões lhe estimaram apenas um tempo de vida de 3 meses.

Porém, nessa época ele estava desenvolvendo uma série de estudos super impactantes sobre bacteriologia e imunologia e ele sabia internamente que tinha um PROPÓSITO. Dessa forma, não poderia suportar a ideia de morrer antes que ele fosse cumprido. Ele sabia que seria algo que poderia ajudar milhares e milhares de pessoas.

Quando voltou para casa ele se enfurnou no seu laboratório dia e noite. Inclusive seus amigos brincavam que seu laboratório era uma espécie de “luz eterna”, porque a luz nunca ficava apagada. Ele trabalhou freneticamente porque imaginava que morreria em 3 meses…

O resumo da história é que depois desses 3 meses a sua saúde estava incrível e ele ainda viveu surpreendentes 19 anos após a previsão dos médicos.

Hoje existem terapeutas de florais espalhados pelos 4 cantos do mundo. Na minha própria família tenho uma tia que trabalha com eles e vem ajudando diversas pessoas com essas essências maravilhosas que estão tão perto de nós e num preço bem menor do que os remédios cheios de efeitos colaterais da indústria farmacêutica.

Quero deixar claro que esse texto não é para falar sobre os florais, até porque sou quase um analfabeto nesse assunto. Quero falar sobre PROPÓSITO.

Como eu sou apaixonado por etimologia, quero lhe contar algo interessante, veja só!  A palavra propósito é sinônima de “objetivo” ou de “finalidade”.

Por outro lado, objetivo significa “mira” ou “alvo”. E finalidade representa o fim de alguma coisa.

Se eu tenho um propósito firme na minha vida, eu miro com toda atenção para um determinado alvo, treinando dia e noite para que o dardo lançado atinja o centro desse alvo, dando a máxima pontuação possível. Já parou pra pensar no quanto essa analogia é incrível?

O interessante é perceber que o Dr. Edward Bach sentia internamente que sua missão ainda não havia terminado.

Nessa hora acabo lembrando de um escritor muito bom, que por coincidência também se chama Bach. Richard Bach, escritor norte-americano que ainda está vivo, com 82 anos na presente data. Uma de suas mais conhecidas frases diz o seguinte:

“Eis um teste para saber se você terminou a sua missão na terra: se você está vivo, não terminou”. – Richard Bach

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Eu lembro todos os dias dessa frase e levo para a minha vida como uma espécie de mola propulsora. Estou vivo, muito vivo, e tenho a consciência de que minha missão de vida na terra ainda não chegou ao fim. Já disse em diversos textos que não tem como prevermos quando será a nossa morte e que ela pode vir a qualquer momento. Ter essa consciência é fundamental para que não percamos tempo, porque ele é muito curto.

Por isso a importância de ter um firme propósito. Escrever de coração, colocando minhas melhores energias, é parte desse meu propósito de vida, que graças a Deus, cedo eu descobri (comecei a escrever com 23 anos…).

Antes de concluir quero citar outro exemplo magnífico de propósito. O músico Ludwig van Beethoven.

Provavelmente você sabe que ele foi perdendo a audição ao longo da vida e nos últimos dias de vida estava completamente surdo. Ele ficou muito triste, obviamente, pois o cerne do seu propósito estava relacionado com a audição.

Mas ele era tão firme no seu propósito que sabia que sua missão como compositor ainda não havia terminado. Ele criou diversas sinfonias com a audição extremamente comprometida. Em relação a ele podemos dizer com todas as letras que sua música vinha da sua alma, a alma de um verdadeiro gênio.

Ele morreu com 56 anos e já aos 46 anos estava praticamente surdo. Você imagina se ele tivesse desistido da vida aos 46 anos? Muitas de suas obras eternas jamais teriam sido compostas! Por isso que enfatizo tanto sua superação! Ele é um exemplo para todos nós. Sua mais famosa sinfonia, a de número 9. Foi composta nesse tempo! Deixo o link aqui em baixo para ser apreciada…

Esses exemplos servem para comprovar o quanto a força de um propósito amplia nosso tempo de vida e acima de tudo, faz com que ela tenha um significado muito mais profundo.

Mire em algo grandioso! Que seu alvo (objetivo) seja belo, e que ele contribua para ajudar o máximo de pessoas que você puder. Dessa forma, a possibilidade de uma vida mais longeva e saudável será infinitamente maior…

3 motivos para não se comparar aos outros

3 motivos para não se comparar aos outros

Com a popularização das redes sociais, ficou mais fácil termos conhecimento sobre o que as outras pessoas estão fazendo, onde estão frequentando, o que andam comendo e por onde estão viajando. Se antes mal sabíamos o que os nossos vizinhos faziam em suas férias, hoje sabemos o que uma infinidade de pessoas fazem não somente em suas férias, mas durante o ano todo. A interação virtual é natural e cada vez mais comum, porém com isso vemos acentuar a tendência de comparar nossas vidas com a vida alheia. Às vezes fazemos essa comparação sem mesmo perceber. Aqui vou listar três argumentos que me fazem crer que as comparações mais atrapalham do que ajudam.

1- Cada um tem uma realidade particular

Cada um está inserido em um contexto muito individual então comparar duas realidades distintas é tolice e ainda pode nos deixar pra baixo. Os últimos cinco anos da minha vida foi lidando com a doença grave da minha mãe e posteriormente com a sua perda. Vivi tempos no hospital, vivi noites em claro trocando fraldas ou com medo de que eu a perdesse. Era óbvio que eu não tinha mais a mesma disponibilidade de tempo ou estrutura emocional que eu tinha antes. Era óbvio que nesses anos eu não tinha a mesma garra das outras pessoas para tentar ir atrás dos sonhos e objetivos. Cada um tem uma batalha e algumas, em determinados momentos, são mais difíceis e exigem mais de nós. O que as outros estão vivendo é diferente do que você está vivendo. Além disso, cada um tem a sua personalidade e modo de lidar com as situações.

2. Cada um tem seus sonhos e preferências

Se formos entrar na pilha e tentar fazer igual ao que nosso vizinho está fazendo, muito provavelmente acabaremos lutando por um sonho que não é o nosso. Isso quase aconteceu comigo quando decidi juntar dinheiro para comprar um carro. Então percebi que eu não tinha necessidade nem mesmo o sonho de ter um carro nesse momento e que o dinheiro desse investimento poderia me ser muito mais útil se aplicado em outros investimentos que eu realmente queria e necessitava. Olhar para si mesmo e para onde quer chegar é muito mais efetivo do que olhar para a grama ao lado. Lute pelo que você quer, os sonhos dos outros são diferentes. E quanto mais você se compara, mais você se distancia de si mesmo e da sua essência.

3. O ato de se comparar é enganoso

É enganoso porque sempre tendemos a comparar o nosso fracasso com a vitória alheia. Assim, estimamos o outro e nos subestimamos. Olhamos o acerto do outro e olhamos o nosso erro. Isso é cruel, não serve de balança. Esquecemos que o outro também já fracassou e que nós também já tivemos vitórias. Se comparar com quem está melhor, aliás, com quem parece estar melhor é só mais uma forma de martirizar. Reconheça mais seus feitos, as suas conquistas, mesmo que pequenas. Reconheça também o que pode melhorar, independentemente da outra pessoa. Permita que apenas uma pessoa ocupe o centro da sua vida: você.

Bônus: Não se compare, se inspire!

Identifique uma pessoa que você admira. Alguém que realizou um sonho parecido com o seu, alguém que conseguiu passar naquele concurso que você quer muito ou até mesmo aquele profissional referência na área em que você deseja se aperfeiçoar. Não se compare com eles. Se inspire neles. Mande um e-mail, fale da sua admiração e peça dicas. Talvez as ideias trocadas com essas pessoas, que já estiveram no mesmo degrau em que você está agora, possam ajudar a nortear melhor o caminho que te levará aonde você quer chegar. Enquanto a comparação te faz estacionar, a inspiração… Ah, a inspiração pode te levar além!

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Photo by Daiga Ellaby on Unsplash

Cuida de mim, mesmo que eu às vezes pareça não precisar

Cuida de mim, mesmo que eu às vezes pareça não precisar

Cuida um pouquinho de mim, mesmo que eu pareça não precisar. Eu tenho esse jeito de quem dá conta de tudo. E dou conta de muita coisa mesmo. Só que não é de tudo, não. E muita coisa eu até posso dar conta, mas careço de algum gesto de carinho na alma. Porque tenho sido muito dura comigo, e o teu cuidado ajuda-me a amolecer um pouco quando eu mais preciso.

Diz-me que o meu cabelo está bonito, enrosca os teus dedos entre os fios e podes demorar-te à vontade, deixa eu saber que tu gostas de me dar carinho, porque gostas da textura que eu tenho, do meu cheiro e da temperatura de nós dois juntos.

Pergunta como foi o meu dia e se eu não disser muito, pergunta algo mais e continua com os olhos em mim, com aquele silêncio cheio de presença.

QUANDO EU ESTIVER CANSADA ABRE OS BRAÇOS E CONVIDA-ME PARA ME ANINHAR.

Diz que viste algo que te fez lembrar de mim. Alguém que deu uma risada solta, uma folha leve a cair de uma árvore, uma música que tocou no rádio.

Traz aquele chocolate que eu amo, observa-me a fazer festa enquanto tu sorris e me dizes que só o trouxeste porque adoras ver-me assim.

Diz que vai ficar tudo bem, se eu acordar a chorar por um pesadelo que eu não sei explicar.

Podes ligar-me a meio do dia para me contares alguma história à toa ou só para ouvires a minha voz e deixares eu ouvir a tua.

Presta atenção no que eu digo e no que eu não digo, e conta-me de vez em quando que tu estás sempre aqui, ao meu lado, para me apoiar.

Quando eu estiver irritada, podes dizer-me que preciso respirar, que o jeito com que eu estou a levar as coisas não é o mais correto, traz-me para a realidade, porque às vezes eu viajo mesmo.

Dá um sorrisão para mim, dá a mão, dá o teu ombro, dá abrigo, dá o teu beijo, dá um cheiro e um abraço, dá silêncio e dá as tuas histórias.

CUIDA UM POUQUINHO DE MIM, PORQUE EU ANDO MEIO ESQUECIDA DE COMO FAZER ISSO.

Porque mesmo que não pareça, há momentos em que tudo o que eu preciso é só de um gesto teu que me mostre que tu me vês, que estás comigo nessa e que eu posso ser quem eu sou. Porque, de verdade, há momentos em que eu me esqueço de oferecer isso para mim. Podes dar-me esse lembrete, levantar-me o queixo, suavemente, olhar-me nos olhos e relembrar-me o gosto bom do amor que vem de mansinho e nos aquece por dentro.

Por: Juliana Garcia, via Inspiringlife

Photo by Anastasiia Tarasova on Unsplash

Faça um varal de desejos e veja seus sonhos acontecerem!

Faça um varal de desejos e veja seus sonhos acontecerem!

Aposto como você já ouviu a seguinte frase um milhão de vezes: A GENTE NÃO USA NEM 10% DA CAPACIDADE DO NOSSO CÉREBRO!

Ouviu, não ouviu?

Pois fique sabendo que isso é uma enorme bobagem!

A gente usa, sim, o nosso cérebro em sua total capacidade de funcionamento, só que usa de forma errada!

Pare um instantinho para refletir… Quantas coisas na sua vida você faz, de verdade fazendo? Não entendeu a pergunta? Vou explicar… E veja se eu não tenho razão… Enquanto a gente toma banho, pensa em coisas que disse e não deveria ter dito; ou, não disse e deveria ter dito. Enquanto comemos, mexemos no celular para responder mensagem, dar uma olhadinha nas redes sociais, ler notícias… Enquanto lemos, muitas vezes, nos perdemos na leitura porque a nossa mente, de repente vagou para outro lugar.

Ahhhhh… Você achou que isso só acontecia com você, né?!

Pois, se isso te serve de consolo, saiba que esse é o mal do nosso tempo! As pessoas vivem presas entre dois mundos: ontem e amanhã; e o hoje, coitadinho, fica esquecido, atropelado, negligenciado.

Vivemos pensando no que já foi, ou não foi; ou, então, nos pré-ocupamos de coisas que ainda não vieram, chegaram ou aconteceram. E, quem dera, fosse porque estivéssemos ocupados fazendo planos, traçando metas, construindo estratégias. Que nada!!! É só uma ruminação mental mesmo!

contioutra.com - Faça um varal de desejos e veja seus sonhos acontecerem!

Porém, hoje você está com sorte! Aprendi uma técnica sensacional para tirar a mente desse “estica-e-puxa” e vou compartilhar com você. Trata-se do VARAL DE FOTOS DOS SONHOS! Uma ideia que além de lindinha, é prazerosa, divertida e funcional!

Vou dar um exemplo: suponha que você tenha o sonho de ir fazer uma viagem no feriado X daqui dois meses. Muito bem! A sua antiga versão ia ficar visitando essa ideia de forma desorganizada, sem planejamento ou propósito e, quando menos esperasse, os dois meses teriam se passado e a “viagem dos sonhos no futuro”, já teria virado “a viagem frustrada do passado”; certo?

Mas, agora, você é outra pessoa! Faça um varalzinho de fita, barbante, linha… qualquer coisa serve; pendure uma foto bem caprichada do lugar. Pegue um bloquinho e marque a data de hoje e conte quantos dias tem para realizar o seu sonho (faça uma tabelinha), pendure no varal. Pronto, primeiro passo feito. Quanto de dinheiro precisará? Anote. Divida pelos dias que tem pela frente. Guarde, religiosamente o dinheiro da viagem TODOS OS DIAS, vá riscando os dias no papelzinho do varal. E todos os dias, faça uma pesquisa sobre algo bacana para fazer naquele lugar, uma praia pra mergulhar, uma sorveteria, uma trilha, uma balada… vá aumentando seu varal de sonhos e, ao mesmo tempo, tomando atitudes reais para concretizar e realizar seus desejos. Comece a arrumar a mala, fazendo uma listinha do que precisa levar; e divirta-se fazendo a lista, desenhe rabisque, use cores. Depois de pronta a lista, vá mesmo arrumando a mala aos poucos, assim sua mente vai entrando na viagem.

Não é o máximo? Afinal de contas, viver sem sonhar é como comer uma comida sem sabor e viver só de sonhos é como tentar se alimentar de vento!

O milagre da vida

O milagre da vida

Algumas coisas parecem tão corriqueiras em nossas rotinas que nós nos esquecemos de nos questionarmos sobre o que existe por trás do óbvio.

Abaixo, você verá um vídeo de beleza incomparável. Ele mostra, em poucos minutos, como se dá o processo de desenvolvimento do bebê, desde o momento da concepção, até o momento do nascimento.

As imagens certamente farão com que você repense sua fé.

Novos estudos revelam que os humanos amam mais os cães que as pessoas

Novos estudos revelam que os humanos amam mais os cães que as pessoas

Se um humano e um cachorro estivessem lado a lado e ambos precisassem de ajuda, mas você só pudesse escolher um, seria uma decisão fácil? Alguns estudos revelam que, quando se trata de sentir empatia, muitos humanos preferem os cães a outras pessoas.

Sociólogos e antropólogos da Northeastern University e da University of Colorado ponderaram porque, quando há relatos de animais necessitados nas manchetes, o nível de indignação é, às vezes, maior do que quando as tragédias afetam os humanos.

Os pesquisadores pediram a 256 estudantes universitários que lessem uma reportagem fictícia e revelassem seus níveis de empatia por um humano brutalmente espancado, em comparação com um cachorrinho maltratado.

Os resultados

Os alunos sentiram mais empatia em relação aos cães do que os humanos adultos. O estudo diz: “A idade faz diferença para a empatia em relação às vítimas humanas, mas não para as vítimas de cães.” O estudo também menciona uma instituição de caridade britânica que conduziu seu próprio experimento, que consistia numa campanha de arrecadação de fundos, com duas versões do mesmo anúncio.

“Ambos continham um texto que dizia: ‘Você daria £ 5 para salvar Harrison de uma morte lenta e dolorosa?’ Uma versão trazia uma foto do verdadeiro Harrison Smith, um menino de oito anos diagnosticado com Duchenne (Distrofia Muscular). O outro apresentava uma foto de um cachorro.”, diz o estudo.

Quando os anúncios foram veiculados, com links para doar para a instituição de caridade, o que mostrava o cachorro atraiu o dobro do número de cliques (230) em relação ao menino (111).

Por que razão as pessoas escolheram cães?

“Pode ser que muitas pessoas avaliem cães como vulneráveis, independentemente de sua idade, quando comparados a humanos adultos. Em outras palavras, os cães, jovens ou adultos, são vistos como possuindo muitas das mesmas qualidades associadas aos bebês humanos.”, diz o estudo.

O psicoterapeuta Justin Lioi concorda

“Somos mais capazes de ter empatia com alguém que consideramos ter pouca culpa por suas circunstâncias.”, disse Lioi. “Cães e bebês são a definição de “inocência” e estamos mais propensos a correr para os apoiar.”

A Dra. Kathrine McAleese, socióloga e psicoterapeuta sistêmica, tem clientes que trabalham extensivamente com cães. Ela disse que vê esse fenômeno regularmente. “As pessoas que se encaixam nos resultados deste estudo muitas vezes consideram os animais inocentes e humanos como não tendo a mesma pureza.”, disse McAleese.

Os resultados do estudo não surpreenderam o treinador de animais, Russell Hartstein. “Os cães proporcionam amor incondicional e muitas vezes as pessoas formam laços mais fortes com seu animal de estimação do que com outro ser humano.”, refere Hartstein.

Hartstein disse que muitos de seus clientes cuidam tão bem de seus animais, como alguns cuidam de seus filhos. “As pessoas formam laços íntimos muito próximos com seus melhores amigos.”

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Texto originalmente publicado no I Love My Dog so Much, livremente traduzido e adaptado pela equipe da Revista Bem Mais Mulher

Photo by Eric Ward on Unsplash

5 razões para seu filho não gostar da escola

5 razões para seu filho não gostar da escola

Por várias razões uma criança pode dizer que não gosta de ir para a escola. É uma questão de saber se é somente um capricho temporário ou se há algum outro problema mais sério.

Toda mãe já passou pelo dia no qual teve que lutar com seus filhos para levá-los à escola. Muitas vezes pensamos que é somente um capricho de criança mimada, mas às vezes as causas podem ser mais sérias. Confira!

Desde um simples “não quero ir” porque está cansado por dormir tarde, por exemplo, até situações mais complexas como as intrínsecas à instituição educativa ou as vinculadas às relações sociais que a criança tem em sua vida escolar.

A comunicação franca e aberta com a criança é a única via para descobrir o motivo desta não gostar da escola. Evidentemente, isso dependerá da idade da criança e dos laços de confiança que tenha estabelecido para que conte suas razões.

Por que meu filho não gosta da escola?

1. Não se adapta

Uma criança pequena que vai pela primeira vez a uma creche ou jardim de infância custa se adaptar. O mesmo acontece quando sai da pré-escola e vai para o primeiro grau, ou quando já é maior e sai da educação primária e vai para o ensino médio.
Também existe um processo de adaptação quando a criança muda de uma escola para outra. Se seu filho está vivendo qualquer um desses processos, é possível que diga que não gosta da escola. É claro que é uma questão de tempo e paciência para superar esse mal-estar.

2. Se entediam

Acontece com muitas crianças: se entediam. A escola nem sempre oferece a motivação e o estímulo que a criança precisa, ainda mais hoje em dia quando a tecnologia impõe ritmos frenéticos de aprendizado e multitarefas que a escola não pode superar.

Também pode ser que seu filho tenha Transtorno de Déficit de Atenção, até que mesmo possui uma inteligência superior a média, ante o qual a escola tradicional resulta francamente chata.

3. Alguém o perturba

Se seu filho teve sempre uma boa atitude para com a escola e de repente começa a indicar que não gosta dela ou resiste a comparecer, pode se tratar de um caso de bullying escolar. Também pode indicar um problema maior, como ser vítima de assédio ou maltrato da parte de um adulto.

Nestes casos, é provável que a criança custe a explicar com clareza o que acontece.

Se se sente ameaçada ou envergonhada, tem que vencer estes temores para que consiga manifestar o que é que a incomoda.

4. Tem atraso escolar

Uma criança que está atrasando nos estudos, que custa ler, calcular ou fazer seus deveres escolares, que sente que seus companheiros são mais inteligentes, sentem aversão pela escola.

Algumas matérias podem lhe parecer mais difíceis do que outras, ou que não consegue se entender com um determinado professor o que o faz rejeitar a matéria e ficar atrasado. Também pode ter problemas de aprendizado.

5.- Tem dificuldades para se relacionar

Seu filho não consegue fazer amigos para brincar ou estudar, assim que cedo ou tarde, manifestará rejeição para com a escola. Se não há nenhum problema sério e seu filho é uma criança tímida, essa pode ser a razão para não se sentir bem na escola.

Se em casa existirem situações como maltrato ou violência, ausência de um ou dos pais ou estão no meio de uma separação ou divórcio, a criança também pode começar a ter problemas ede se relacionar com a turma.

O que fazer se meu filho não gosta da escola?

  • Primeira coisa é conseguir que a criança explique o que não está gostando da escola. Se não há nenhuma razão de peso, poderão conversar fluidamente sobre o assunto. Se há uma razão maior, com paciência conseguirá com que a criança expresse qual é a situação que a afeta.
  • Converse com o professor. Se a criança tem problemas de rendimento talvez precise de apoio acadêmico depois das aulas. Se fica entediada, talvez precise de mais atividades extracurriculares, fora do horário das aulas, que a estimulem e desafiem.
  • Ajude seu filho a encontrar a solução do problema. Se o problema é que não tem amigos para brincar, mostre ao seu filho como se aproximar de outras crianças. Ajude-o a ter amigos, convide seus colegar para brincar depois da escola.
  • Reconheça o esforço de seu filho para superar as dificuldades. Explique-o que os adultos nem sempre querem ir ao trabalho, mas devem ir. O mesmo acontece com a escola e as crianças. Se entende que acontece o mesmo com você e lhe serve de exemplo ao superar o desânimo, ajudará.
  • Pergunte ao seu filho o que é que ele gosta da escola e foque nisso. Conte-lhe como era quando ia à escola, o que gostava e o que não gostava, para que juntos encontrem o caminho para superar o negativo e começar a gostar da escola.
  • Se não consegue que seu filho se comunique e expresse as razões de seu desgosto, talvez deva buscar ajuda especializada.

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Do original: Melhor com Saúde

Ah, se adiantasse viver a dor do outro…

Ah, se adiantasse viver a dor do outro…

Ah, se adiantasse viver a dor do outro…

Se adiantasse gastar tanta da nossa energia vital para entender, para sentir, para tentar acalentar outro coração. Ah, se adiantasse a gente se transportar para outra pele e tentar fazer mudanças naquela alma e, por vezes até, entregar a própria vida tentando salvar outra…

Acho que existe uma linha tênue entre ser empático, amigo, afetuoso…. e se deixar confundir com o que dói na outra pessoa, a ponto até de, sem perceber, virarmos a razão, a causa daquela angústia.

Sim, porque se a gente chega muito perto de alguém se afogando e estamos desprevenidos, a gente se afoga junto. Ou a gente vira o motivo do que puxa pra baixo.

É que por mais que a gente ame e queira o bem, por mais que a gente ame e queira retirar os pesos, as dificuldades, os sofrimentos… a gente nunca pode vestir os sapatos alheios, assumir outro corpo, carregar no colo uma outra história de vida.

A gente pode sim dar a mão, ouvir, estar por perto… até o ponto em que ajudamos, mas ainda estamos fortes e íntegros; até o ponto em que ouvimos, mas ainda não somos atingidos diretamente; até o ponto em que compreendemos, mas não deixamos de cuidar de nós mesmos e da nossa própria vida.

Até o ponto em que não deixamos de seguir o nosso próprio caminho para adentrar a missão de salvar outra existência.

Cada um tem o seu próprio roteiro, o seu aprendizado particular. Eu penso que a gente pode sim tentar melhorar o olhar do outro, se o nosso já aprendeu a ser mais leve. Mas eu acho que isso se dá mais pela postura com que conduzimos a nossa própria vida, com a forma de sentir que escolhemos pra gente. Acho que a gente pode mais inspirar do que ensinar com palavras e preocupações. Acho que a gente pode perceber que vibrar numa energia melhor no mundo é a melhor ajuda que podemos dar.

Demorou para eu perceber, mas parece que compaixão demais pela dor alheia não ajuda a amenizar o sofrimento, pelo contrário, o aumenta.

Talvez porque sentir junto agregue pensamentos e forças àquele martírio, e o torne mais real e duradouro. Talvez porque sofrendo juntos a gente emane essas vibrações para o universo.

Pode ser que a gente pense que se carregarmos em dois aqueles momentos difíceis, vai ser mais fácil, vamos dividir os pesos. Mas nem sempre é assim, às vezes ao fazer isso estamos interferindo num processo que não é nosso e que era importante que existisse dentro do outro.

Afinal, uma dor sempre traz um aprendizado mais profundo.

Não é fácil perceber isso, e agir assim, mas tem horas que o melhor que a gente pode faze é cuidar de si mesmo, por vezes se afastar, e sair de perto das enxurradas de choros e raivas.

Às vezes o melhor que podemos fazer é serenar o nosso próprio coração, deixar de se preocupar tanto com outros universos e ir cuidar dos canteiros do nosso quintal.

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Photo by Florian Pagano on Unsplash

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