O mundo está povoado de gente desinteressante

O mundo está povoado de gente desinteressante

Uma amiga reclama, cansei, não suporto mais gente idiota, homem que não sabe conversar, o mundo está cheio de gente vazia, povoado de gente desinteressante, “pra mim chega”.

Minha amiga não aguenta mais tanta gente clichê que faz a mesma coisa, conversa o mesmo assunto, tem a mesma atitude.

Ela diz mais, “os caras não querem te envolver, não sabem se envolver, não sabem escutar, conversar, querem ir direto ao ponto, se conseguem, some, se não conseguem, ficam com raiva, todos idiotas pretensiosos e sexistas”.

Segundo ela as pessoas não sabem mais sentir, querem se exibir, se mostrar, parecem todas iguais, estão todas nas redes sociais se mostrando.

“Ninguém tem mais segredo, mistério, é todo mundo muito comum demais, falta originalidade, autenticidade, alguém que te cative não apenas para fazer sexo, mas pra te envolver, te fazer sentir e te deixar sonhando”.

É tudo fachada, ela diz, quando você pensa que uma pessoa é interessante, quando vai conversar, ter contato, conviver, percebe que é mais um idiota, babaca e arrogante. Chega.

“O cara se mostra pelas redes sociais para construir uma imagem falsa, mas não é nada aquilo que posta, publica, não dá mais, não aguento mais”, ela diz.

Minha amiga vai completar 36 anos, mas diz-se conformada com a solidão, tem muitos amigos, uma vida social normal, mas relacionamento é coisa que não passa pela sua cabeça, não entende mais como ser isso algo possível.

Não é difícil voltar a ser criança

Não é difícil voltar a ser criança

Quando criança, minha vó Izaura costumava trazer do interior cocadas de maracujá feitas por ela. Eram uma delícia e lembro que fazia festa em casa quando isso acontecia, formiguinha que sempre fui. Era um docinho muito simples, feito com coco, açúcar e fruta. Sequer leite condensado ela colocava. Eu preciso dizer que esse é meu doce preferido desde então? E sabem o por quê? Porque ele carrega minha infância. Podem estar certos de que sempre que me virem comendo uma cocada de maracujá é uma criança que lá está.

Mas crescemos e o lúdico vai ficando no caminho. Achamos que certas coisas ficaram para trás e certas emoções não são para nós, pois estão para sempre presas num mundo que não pode mais ser penetrado. Então culpamo-nos se algumas vezes queremos voltar ao quentinho do que parece ser a infância. Por que muitos de nós sentimos às vezes vontade de voltar a ser criança? De onde vem essa vontade, esse saudosismo tão descabido?

É uma saudade que parece boba, mas a falta de um passado visto como bom, repleto de momentos simples e felizes, sem confusões mentais em excesso, sem a preocupação de cumprir compromissos parece ser uma boa desculpa para esse sonhar acordado. Aliás, existe algo mais infante do que o sonho? Se com as experiências e as dificuldades amadurecemos, com os sonhos voltamos a ser criança. Os adultos vivem afogados na própria sobrevivência e parecem estar tão sem sonhos… Então é possível viver sem sonhos, ou melhor, é devido viver assim?

Talvez eu esteja em contato com minha infância mais constantemente. Sei que uma vez adulto, a vida parece mais fixa, imutável, mas é pura ilusão. A vida muda constantemente. Além disso, ela depende muito do significado que a damos, assim como as crianças fazem naturalmente. Volto à infância quando sinto que não guardo mágoa, quando não planejo vingança, quando perdoo com facilidade, quando não percebo maldade em certas situações, quando sorrio à vontade ou quando choro sem pudor, quando não penso em idade e na passagem do tempo, quando não perco tempo com o que não é importante. Existe coisa mais infantil do que despreocupar-se com coisas que não são fundamentais para nossa vida, naquele exato momento?

Quisera eu que todas as quedas fossem as de bicicleta, que os piores problemas fossem os de matemática, que parasse de chorar com um abraço apertado, que a dor passasse com um beijo da minha mãe, que a raiva cessasse após um chocolate quente ou que o coração partido fosse reconstruído uma hora depois. Não nos foi ensinado a como lidar com as decepções que não passam com um chamego.

Nossas regras são mais agressivas; nossas exigências maiores. Somos mais medrosos e armados e vivemos apressado. Adulto apressa-se até sem querer. Andar num ritmo louco sem ao menos saber exatamente o porquê parece ser a marca de que enfim crescemos. Correr atrás de coisas perdidas, de pessoas perdidas, de pensamentos perdidos, do tempo perdido. E assim andamos tão perdidos…

Ser adulto é estar de um jeito querendo estar de outro. É estar num lugar querendo estar em outro. É conviver com alguns querendo estar com outros. É ter ainda que representar constantemente. Aceitar quando quer negar. É esconder as dúvidas, disfarçar os sentimentos, desprezar as próprias dores. Ser adulto é não inventar mundos, mas com alguma boa vontade, ver que os mundos só mudam de nome.

Por isso que renunciar a certos símbolos da vida adulta não faz assim tão mal. Romper barreiras, desprezar preconceitos, criar novas regras, desobedecer a imposições. Quem disse que você não pode amar perdidamente? Que não pode ter um medo inexplicável de alguma coisa? Que não pode afeiçoar-se mais do que a média por seus animais, suas plantas ou seus amigos? Que não pode ter vontade de chorar na frente de qualquer pessoa? Que não pode pedir colo sem receio? Que não pode dizer “não sei” para muitas coisas e nem por isso a vida acabar?

Faz tempo que venho repensando essa vida que levamos, essas tais coisas de adulto que podem estar nos fazendo perder a espontaneidade, a felicidade ou mesmo a dignidade. Por que é tão divertido fazer coisas de criança? Talvez porque criança não esteja preocupada em ser, ela apenas é. Tantas vezes queríamos voltar para brincar só mais um pouquinho, ou simplesmente não se importar com nada, ou experimentar momentos sem seriedade, ou se apaixonar com inocência e rompante, ou sentir os sentimentos passando rapidamente.

Não se trata de um elogio à irresponsabilidade, mas de encarar a vida com a seriedade que uma criança encara uma brincadeira. Ter ciência da nossa existência estupidamente curta ( quando pequenos muita gente querida não havia ido embora, por isso não sabíamos que vamos crescendo e perdendo pessoas, e que também podemos ir embora a qualquer momento), de que seremos criança enquanto o medo do julgamento alheio comandar, do quanto não temos as coisas sob nosso controle, do quanto só o tempo ajuda a notar ilusões e bobagens, de que a vida é uma escola, de que a Arte sensibiliza e questiona, de que a leitura dos livros amplia o conhecimento e liberta, de que absolutamente tudo que é imposto é passível de ser questionado ( e deve sê-lo, aliás), do quanto somos alienados em nosso tempo para trabalhar muito e pensar quase nada, do quanto estamos sendo treinados a achar que enriquecer é mais importante do que estar com a família, de que é egoísmo achar que os que estão ao nosso redor podem estar mal e isso não influenciará em nosso bem estar, do quanto desobedecer pode ser saudável e necessário, do quanto somos afetados pelo bem e pelo mal que fazemos, do quanto o poder não passa de uma abstração – uma ideia boba e um faz de contas que só serve para manipular pessoas a fim de que elas se achem desiguais, de que idade é só um número, de que dinheiro não faz ninguém especial, de que estar com amigos faz a gente feliz, de que mãe é o melhor acontecimento do universo, de que sorrir não é solução mas ao menos deixa a alma mais leve.

A insanidade no ambiente de trabalho

A insanidade no ambiente de trabalho

A sanidade é a qualidade de saúde de uma pessoa. A insanidade é a carência dessa característica e do seu bom funcionamento, já a insanidade mental é a falta do bom funcionamento da psique. Podemos utilizar o conceito de insanidade para analisar doenças e síndromes, que surgem no ambiente de trabalho.

A síndrome de burnout, que assim foi denominada pelo psicanalista alemão Freudenberger, após constatá-la em si mesmo, na década de 1970. Hoje podemos caracterizá-la com uma insanidade que atinge muitos profissionais, sobretudo, das áreas de saúde, educação e segurança pública, que têm gerado o adoecimento desses trabalhadores.

Essa síndrome ocorre, especialmente, entre médicos, enfermeiros, professores, policiais civis e militares, que se dedicam à vida profissional e sentem-se frustrados por acharem que o seu trabalho não é valorizado.

A síndrome de burnout é um estresse recorrente provocado por excesso de trabalho. É o esgotamento físico e mental da vida laboral. Os principais sintomas são desânimo, dificuldade de sentir prazer e de raciocinar, hipersensibilidade, alterações do sono, sentimentos de inferioridade, falta de motivação e criatividade.

Além disso, essa síndrome se manifesta em sinais visíveis, tais como dor de cabeça, transpiração, fadiga, pressão alta, alteração nos batimentos cardíacos, dores musculares e problemas gastrointestinais. Isso tem levado muitos profissionais a se afastar do trabalho, apresentado um quadro de depressão e até de suicídio.

Outros fatores que acentuam esses sintomas são as condições precárias e as relações humanas deterioradas no ambiente de trabalho, que colocam em risco à saúde mental e física dos trabalhadores. As pressões das chefias também contribuem para gerar a síndrome de burnout.

Essas chefias a revelia dos valores das empresas impõem as suas vítimas um ritmo de situações constrangedoras, acusações, fofocas, humilhações, exclusões e ofensas, que beiram a insanidade. Diante de tantas exigências, os profissionais têm dificuldades de dizer um “basta” a essas situações.

Observa-se nas estatísticas sobre o ambiente de trabalho, que essa realidade está deixando os indivíduos doentes, como sendo um grave problema de saúde pública. Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho apontou que mais da metade dos 550 milhões de dias de trabalho são perdidos por ano no mundo, devido ao estresse.

Em uma recente pesquisa baseada em quase 300 estudos se constatou que métodos danosos no local de trabalho aumentavam a mortalidade. O que se constitui em agressões contra a mente, o corpo e alma dos sujeitos, que começam com menor intensidade, e depois tomam dimensões insanas.

Afinal, uma análise sobre a síndrome de burnout nos indica que o melhor caminho é manter o equilíbrio entre trabalho, lazer, família e atividades físicas. E ainda se recomenda a psicoterapia, pois a nossa sanidade mental se fortalece quando fizemos boas escolhas, a fim de nos tornar pessoas saudáveis e felizes.

Não ignore aquilo que está roubando a sua paz

Não ignore aquilo que está roubando a sua paz

Não ignore aquilo que está roubando o seu sossego, por mais que ninguém o compreenda. Não faça vista grossa ao desconforto que você sente diante de determinada situação. Ainda que você seja tratado(a) como paranoico(a) ou desequilibrado(a). É muito comum, especialmente, nos relacionamentos amorosos, uma pessoa identificar um desconforto ou uma desconfiança envolvendo o parceiro e, diante disso, ser tratado(a) como alguém que está vendo chifres em cabeça de cavalo. Dependendo do poder de persuasão e de manipulação do alvo da desconfiança, é possível que ele(a) reverta o quadro passando a ocupar o papel da vítima.

Como Bombeira, considero muito o provérbio popular que diz “onde há fumaça, há fogo”. Dificilmente a nossa desconfiança é sem fundamento. É óbvio que há casos mal entendidos, sim. No geral, um desconforto dentro de um relacionamento que envolve uma desconfiança, costuma ter, sim, um embasamento que acaba se materializando quando não é ignorado. Particularmente, defendo que um relacionamento precisa de transparência para prosperar, isso é o mínimo que se pode esperar de um vínculo afetivo.

É fato que muitas pessoas preferem ignorar todas as evidências de que algo vai mal na relação. Talvez por receio de encarar uma realidade que vai culminar com a destruição de toda uma idealização, existem pessoas se fingindo de mortas diante de sinais e sintomas bastante graves envolvendo os seus relacionamentos. Essas pessoas optam por colocar o lixo embaixo do tapete em prol da sobrevivência de um suposto amor que, muitas vezes, já nasceu de forma obscura, envolto em mentiras, enganos e ilusões. Uma coisa é fato: você pode enganar o mundo inteiro, contudo, é impossível calar essa voz que a todo instante o incomoda sobre essa questão que tem roubado a sua paz.

Enquanto você der corda, vão puxar a corda

Enquanto você der corda, vão puxar a corda

Não está fácil sobreviver nestes dias. Além das atribulações e dos problemas que temos em nossas vidas, ainda somos obrigados a lidar com chateações e aborrecimentos causados por pessoas que mal nos conhecem, mas que insistem em azucrinar a paciência de qualquer um que estiver por perto.

Além de termos que tentar manter a calma em relação a tudo aquilo que realmente faz parte de nossas vidas, ao que importa de fato, acabamos tendo que perder tempo e gastando energia com dissabores provocados por pessoas que não estão incluídas em nossa jornada. Manter a sanidade, nesse contexto, é uma tarefa hercúlea, pois acumulam-se, em nossos caminhos, lixos que não são nossos.

Infelizmente, embora tenhamos a consciência de que gastar energia com o que e com quem não têm merecimento seja improdutivo, torna-se quase que impossível nos desviarmos dos entraves pelo caminho, sem que percamos a paciência. Dessa forma, comprometemos o bom andamento do que temos que realmente levar adiante, o que interfere, inclusive, na qualidade do tempo de que dispomos junto aos nossos queridos.

É preciso buscar formas de conseguir manter o equilíbrio diário, ou adoecemos. Exercitar o “deixar pra lá”, tentar dominar a arte de ignorar, manter por perto quem torce por você, afastar-se de quem suga energia, escolher com sabedoria as sementes que semearão os seus jardins, são atitudes que em muito concorrerão a uma jornada menos densa, menos triste, menos aborrecida.

Portanto, teremos que recolher a nossa corda, para não dá-la aos urubus que vivem voando por aí atrás de encrenca. Temos que nos resguardar de tudo o que machuca e fere sem razão de ser, protegendo-nos das dores que não merecemos, não procuramos, não provocamos. Como diz a sabedoria popular: enquanto dermos corda, vão puxá-la.

Descobri o meu equilíbrio aceitando a minha intensidade

Descobri o meu equilíbrio aceitando a minha intensidade

Tenho essa mania pelo intenso. Não disfarço ou escondo a minha sede pelas intensidades da vida. É como vivo, é como descobri e aceitei quem sou.

A minha intensidade não me atrasa ou me impede de ver as coisas como elas realmente são. A minha intensidade é o meu equilíbrio e estou morando em paz comigo desde então. Não tenho mais medo dos meus pensamentos. Não abandono mais os meus sonhos. A busca pela intensidade me ensinou o preço de valorizar todos os pontos que marquei pelo caminho. Sou livre e permanecerei livre enquanto não negar as minhas emoções, sejam elas uma fonte para risos ou lágrimas.

É motivo de orgulho e de reciprocidade poder estar em sintonia com o meu corpo, com a minha alma. Os problemas do mundo continuam me incomodando, é verdade. Continuo querendo ajudar a cultivar bons frutos para o futuro, mas agora entendo a importância de não deixar os discursos negativos dos outros me diminuírem.

A minha intensidade muda de trajetória, mas não desiste de ser parte de um sentimento maior. Quando é amor, é sim o maior amor do mundo. Pra tudo. Pra todos.

Gosto de perder tempo com alegrias. Me fascina passar horas de completas felicidades ou de aproveitar um delicioso tédio. Depende do dia, do humor, do olhar que lanço na ocasião.

É assim que o meu equilíbrio funciona: metade de mim é intensidade e a outra metade também. Ou seja, a cada dose, a cada parte de mim, é intensidade que se vê e recebe-se. Planto o meu melhor, apenas isso.

As palavras têm força! Use-as a seu favor!

As palavras têm força! Use-as a seu favor!

Já parou para pensar em quantas vezes você enfraqueceu um plano, projeto ou desejo, apenas com comentários desanimados ou negativos?

Pois eu sugiro que você faça uma retrospectiva e observe bem!

Pode estar certa de que aqueles seus sonhos que viraram realidade, acabaram se realizando porque você acreditou neles!

Há palavras que devemos evitar a todo custo, porque elas criam bloqueios em nossas vidas!

1 – Pare de dizer “Estou tão cansada!” Repare quantas vezes você já não passou dias murmurando essa frase para si mesma. Viu só! Sabe o que acontece quando você fica remoendo frases desse tipo? O cansaço toma conta de você e a energia não acha meios de te encontrar.

2- Troque o “Eu queria tanto…” por “Eu quero mesmo!”. Quando você diz que “queria” o universo entende que você não quer mais. Então diga com toda a sua fé e alegria: “Eu quero mesmo viajar para Europa!”; “Eu quero mesmo essa vaga de emprego!”; “Eu quero mesmo um grande amor!”. Afirme com certeza e clareza tudo aquilo que você quer… E verá que o mundo à sua volta se modificará para trazer seus desejos até você! Ahhhhh… e não se esqueça de fazer a sua parte, certo?

3 – Quando alguém fizer um elogio à sua roupa, ao seu cabelo, à sua beleza… Aceite! Aceite e agradeça! Pare com essa mania de se depreciar com frases do tipo: “Imagine! Essa blusa é tão velhinha!”, ou “Sério! Meu cabelo está tão ressecado!”, ou ainda, “Eu bonita? Imagine! Você que é!”.

Pare de se boicotar, menina! Antes de mais nada a gente é que tem que ser a nossa maior torcida!

Aprenda a discordar de uma pessoa sem se revoltar

Aprenda a discordar de uma pessoa sem se revoltar

Por Lucas Liberato

Eu percebo o quanto cresci quando percebo que cada vez menos eu faço questão de estar certo. Se alguém concorda comigo, tudo bem. Se não concorda, tudo bem. Se eu concordo com o que você diz, tudo bem. Se não concordo, tudo bem também. ‘Tudo bem’ vai lentamente se tornando um mantra daquilo que eu quero para mim, internamente e externamente.

Durante anos, eu me opus a muitas coisas, me posicionei, fui ‘contra’ e coloquei em palavras e atitudes minha revolta com diversas situações. Nada mudou. O mesmo aconteceu com tudo aquilo que eu me rebelei dentro de mim. Eu lutei contra tanta coisa em mim e nada mudava.

O velho princípio de que ‘tudo que você foca, cresce’ se provou absolutamente verdadeiro para mim, nas pequenas e nas grandes coisas. Se eu me rebelava (ou quando ainda me rebelo) contra algo, seja em mim ou nos outros, eu apenas intensifico a situação. Passa a acontecer mais, a incomodar mais, a doer mais.

Vejo a situação com mais frequência, pessoas aleatórias vêm falar comigo sobre a situação e eu me vejo envolvido naquilo com uma frequência e intensidade que é proporcional ao nível da minha revolta. O que fazer então? Usar o ‘tudo bem’.

Essa frase simples é poderosíssima. Concordando, discordando, amando, odiando, calmo ou com raiva, eu simplesmente digo ‘tudo bem’. E de fato, fica tudo bem. Ao ver aquilo que te revolta e te coloca no máximo da tua revolta, experimente dizer para si mesmo ‘tudo bem’. Se a indignação for muito grande, experimente dizer a si mesmo ‘eu escolho me sentir bem’ quantas vezes forem necessárias.

Lembre-se de que a gente costuma concordar com a gente mesmo. Pode soar engraçado a princípio, mas é uma poderosa verdade. Se você pensa algo com frequência o suficiente, por não querer discordar de si, você acaba por acreditar naquilo. E ao acreditar, você começa a construir uma realidade de vida baseada nisso.

Se você pode escolher no que acreditar, por que não acreditar no que te apoia? No que te faz sentir bem? No que melhora sua vida? Adote como seus ‘mantras’ as frases ‘tudo bem’ e ‘eu escolho me sentir bem’ e você verá profundas transformações na forma como você se sente e como interage com sua vida. Tudo começa a mudar.

Esse é o meu convite para você: pare de resistir, se incomodar, se irritar, ‘achar ruim’ ou até mesmo ter uma opinião sobre tudo. Eu sei que é difícil, MUITAS vezes ainda é difícil para mim, mas é um processo de reeducação que vale MUITO³ a pena. Conscientize-se de que o seu foco é o que você busca e o que você busca está buscando por você e vai te encontrar.

Assegure-se de focar no que você realmente quer para si.

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TEXTO ORIGINAL DE BRASILPOST

O modo como o outro nos trata é problema dele, o modo como reagimos é problema nosso

O modo como o outro nos trata é problema dele, o modo como reagimos é problema nosso

Ouso dizer que vivemos a “era do grito”, haja vista as farpas que se trocam, principalmente através das redes sociais. Muitas pessoas respondem agressivamente aos posts alheios, sentindo-se protegidos pela tela do computador, como se estivessem no anonimato, tal é a violência com que se expressam virtualmente. No dia-a-dia, da mesma forma, o estresse tomou conta da maioria das pessoas, pois muitas delas vivem de cara amarrada, soltando fogo pelas ventas.

E a gente se fragiliza, sente-se mal, porque esse mal estar todo que permeia os relacionamentos interfere em nossa autoestima, em nosso respirar, em nossa essência. E a gente se machuca, fica triste, porque não vê mais gentilezas, não recebe gratidão, nem sorrisos sinceros. Porque já temos tanta bagagem pra carregar, já criamos tantos problemas por nossa conta mesmo, que ninguém mais precisaria nos perturbar com assuntos que não são nossos.

Infelizmente, jamais teremos poder algum sobre o comportamento das pessoas à nossa volta, uma vez que ninguém parece querer poupar ninguém, hoje em dia, muito menos escolher as palavras e ponderar no tom de voz ou da escrita. O que poderemos – e deveremos – fazer é controlar a nós mesmos, tentando equilibrar nossos sentimentos enquanto vamos recebendo as porradas que teremos pela frente. Se o outro não tem freios, nosso íntimo que o freie.

Fato é que a forma como a violência e a agressividade são acolhidas determinarão o grau de sua intensidade no outro. Caso os gritos ecoem no vazio, caso os arroubos agressivos não encontrem terreno onde se instalar, a dor não vai para a frente. Isso quer dizer que a maneira como nós recebemos o que nos oferecem é o que importa, pois seguramos em nós apenas o que quisermos. Não é fácil, mas será essencial ignorar aquilo de ruim e inútil que chegar até nós, com elegância e firmeza.

Embora iremos nos decepcionar com as pessoas e com o que dizem – com a maneira como dizem -, não poderemos acumular a negatividade que nos rodeia aqui dentro, ou nos tornaremos a cada dia menos fortalecidos para buscar os nossos sonhos. Teremos que lutar com o que temos, assim como deveremos deixar as pessoas se virarem com o que possuem, com a violência que carregam. Além disso, sempre haverá jardins gentis e coloridos onde poderemos repousar as nossas forças, junto a quem sabe argumentar sem agredir a ninguém.

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Imagem de capa: nd3000/shutterstock

A gente sempre acha que terá tempo de sobra…

A gente sempre acha que terá tempo de sobra…

Recentemente recebi um texto lindo por Whatsapp intitulado “Vá aos encontros felizes”. Nele, a autora, Monica Moro Harger, fazia uma bela reflexão acerca da necessidade de irmos ao encontro daqueles que amamos, aproveitando as boas oportunidades de nos reunirmos na alegria, e não somente nos momentos tristes. Como ela ressaltava, “nos encontros tristes você irá. Quando alguém morre, todos vão. Por protocolo, por obrigação ou por amor (e dor). Mas é bom que seja assim também, e, principalmente, nos momentos felizes”.

O texto de Monica é perfeito, singular, redondo. Não quero aqui acrescentar nada ao que ela já disse, pois seria desnecessário. O texto _ curto, certeiro e muito bonito_ é um alerta àqueles que acham que têm tempo de sobra, tempo demais para brindarem a vida junto àqueles que amam ou simplesmente abraçar as pessoas que lhes são caras. Infelizmente, a verdade é que nunca há tempo suficiente.

Tive um namorado “muito confiante” que dizia que teríamos o resto da vida juntos, e por isso priorizava os amigos à nossa relação. Certamente era uma desculpa dele, mas o fato é que escolhemos aquilo que queremos priorizar, e muitas vezes deixamos para depois pessoas e momentos importantes que nunca mais irão voltar. Meu namoro não durou, é claro, mas o fato dele achar que teríamos tempo de sobra no futuro, fez com que o presente fosse deixado de lado, e isso contribuiu para nosso rompimento.

Como eu disse, nós escolhemos nossas prioridades. Escolhemos colocar trabalho à frente de família, rede social à frente de amigos verdadeiros, sofá à frente de oportunidades de brindar à vida. Nos acomodamos em nossas desculpas e argumentos vagos e não percebemos que nem tudo estará ao nosso alcance por muito tempo. Os filhos crescem, as pessoas se despedem, os amigos vão embora, as oportunidades de abraçar aqueles que amamos se esgotam.

No primeiro fim de semana de agosto terei meu anual encontro de turma. Lá se vão vinte e dois anos de formados, e me reabasteço a cada reunião. Sinto orgulho dos colegas que viajam centenas de quilômetros para estarem conosco. Alguns vêm de avião, outros, acompanhados de seus filhos pequenos, cortam estados inteiros na estrada para passarmos dois dias juntos. Ano passado, um dos nossos grandes amigos saiu do hospital, depois de um infarto, direto para o encontro! No olhar de cada um, enxergo a resolução de que nossas reuniões sejam prioridade. Apesar do cansaço, dos afazeres, da vida corrida e da falta de grana, uma vez por ano reservamos um fim de semana para estarmos juntos. Uma vez por ano, abrimos mão de tudo que poderíamos estar fazendo e declaramos que o mais importante é rever nossa velha família e voltar a ser quem éramos aos vinte anos.

Doutora Ana Claudia Quintana Arantes, médica especialista em cuidados paliativos, cita que, entre os cinco maiores arrependimentos das pessoas antes de morrer, estão: “Eu gostaria de não ter trabalhado tanto” _ Ela conta que ouviu isso de todos os pacientes homens com quem trabalhou. Eles sentiam falta de ter aproveitado mais a juventude dos filhos e a companhia de suas parceiras_ e “Eu gostaria de ter ficado em contato com meus amigos”. Segundo Ana Cláudia, “muitos tiveram muitos arrependimentos profundos por não ter dedicado tempo e esforço às amizades. Todo mundo sente falta dos amigos quando está morrendo.”

Assim, acredito que quando você diz que “não tem tempo” para alguma coisa, na verdade você está dizendo que não escolhe aquilo como prioridade. Simples assim.

“Falta de tempo” já virou desculpa para muita coisa: desinteresse, desimportância, descaso, desapego. As pessoas reservam vagas na agenda para aquilo que acham que merece atenção, envolvimento, tempo. Nem sempre fazem escolhas acertadas, e um dia, tarde demais, podem perceber que privilegiaram coisas supérfluas às coisas importantes.

A gente sempre acha que terá tempo de sobra, mas a verdade é que ninguém tem. De uma hora para outra percebemos que o correr da vida nos engole por completo, e por isso é urgente não adiar nem tardar o perdão, as manifestações de afeto, a nossa presença plena e integral junto àqueles que amamos.

No dicionário, priorizar é definido como “privilegiar”, “garantir vantagem”. Que você privilegie as coisas certas, eternas, valiosas. Que dê vantagem àquilo que realmente é importante, que não pode ser ignorado, que é relevante demais para ser considerado segunda opção. Que nunca se engane com a ordem das coisas, e coloque em primeiro lugar o que torna-se primordial hoje e nunca, jamais, poderá ser resgatado depois.

Pois depois… Depois a casa fica vazia, as marcas na parede denunciando o crescimento do menino se apagam, as músicas do velho amor são substituídas por uma batida barulhenta nova. Depois a porcelana quebra, a prata escurece e os guardanapos de uma noite feliz voltam para a gaveta. Depois os quintais perdem o encanto, os porta retratos empoeiram e a certeza de que a visita do tempo é implacável se consolida.

Então não deixe para depois o que merece ser reverenciado, amado, vivido. Não adie as mãos dadas, o beijo de boa noite, a conversa de boteco, a receita de família enchendo a cozinha de vapores. Não recuse a bola no quintal, a oração na cama dos pequenos, o ritual de enxugar a louça enquanto sua mãe lava. Troque o sofá pelos “encontros felizes” e nunca se esqueça que a contabilidade que realmente importa é baseada nas experiências vividas, nos laços criados e nas prioridades assumidas.

*Imagem de capa: Rebecca Sehn

Porque me pertencer não é só uma questão de encontrar o meu lugar no universo

Porque me pertencer não é só uma questão de encontrar o meu lugar no universo

De todos os sentimentos e encontros que já vivi, nenhum me trouxe um peso de aprendizado maior do que o ato de pertencer. Mas pertencer num significado mais profundo. É sobre ter consciência e aceitação pelas qualidades e falhas com as quais lido dentro do meu ser. Porque pertencimento, nas minhas mais recentes descobertas, quer dizer não encolher os sonhos do coração. Então luto, diariamente, para me pertencer de um jeito que desistir de mim não seja uma opção.

Tem dia que acordar é uma luta na qual não estou preparado. Que preciso fazer um esforço descomunal para não desmoronar, para não olhar para os lados e entregar os pontos. Que nem mesmo com o dia ensolarado ou com as belezas da vida saltando em frente aos meus olhos consigo acreditar no caminho que mereço, no potencial emocional que tenho. De vez em quando me pego pensando em como seria deixar o tempo correr e só ficar observando, e esperando, as consequências do mundo ao meu redor. Talvez fosse tão mais fácil respirar, seguir e viver o restante da semana, do mês, da vida.

É em momentos cinzentos como estes, é quando o meu interior soa desesperançoso e sem poder de reação, que a realidade vem à tona: o coração deve continuar a bater. Eu tenho que revirar as minhas dores, as minhas cicatrizes e a minha implicante autossabotagem e não desistir de tudo. Posso desistir dos relacionamentos incertos e dos caminhos traiçoeiros, mas de quem posso me tornar, das coisas que posso alcançar? Não, não mesmo.

Porque me pertencer não é só uma questão de encontrar o meu lugar no universo, ou mesmo de saber o meu papel sobre as vidas que toco e participo. O pertencimento que aprendi a valorizar veio através da resiliência, do apego e do respeito próprio. E ainda que acordar e até dormir seja uma tarefa dolorida às vezes, desistir de mim não martela mais nos meus pensamentos. É um começo para cada novo sorriso.

Se o que você tem para dizer não for bonito, não diga

Se o que você tem para dizer não for bonito, não diga

As palavras podem causar muito mais dano que as ações. Às vezes, conseguimos nos lembrar de coisas que foram ditas há muitos anos. As coisas negativas podem nos acompanhar por muito tempo, mas as positivas, muito mais.

O amor de mãe é capaz de chegar aos extremos da compreensão. Mas, como seres humanos que somos, às vezes podemos chegar a dizer coisas que não sentimos de verdade.

Quando sentimos que perdemos o controle e vem à cabeça algo que não é bonito ou encorajador para dizer aos nossos filhos, é melhor que você não diga.

O afeto para as crianças é algo de muito valor. Em diferentes ocasiões, os efeitos das palavras podem machucar bastante as emoções dos pequenos.

É comum que em certo momento tratemos as crianças como se fossem adultos, dotados de maturidade para compreender tudo que fazemos ou dizemos. Mas ter essa atitude sempre não é o mais indicado.

Entrando no âmbito das palavras nada positivas, as comparações ou as críticas podem chegar a ser muito agressivas. Mesmo que não saiam de sua boca com más intenções.

As palavras bonitas são as que contam

Aconselhar sobre o cuidado com o uso de palavras para falar com os filhos não significa que devemos nos descuidar da disciplina. Sabemos que há situações que precisam de mais firmeza. Mas isso não significa se tornar agressivo.

O objetivo é tentar escolher frases apropriadas para ajudar as crianças a refletir sobre seus comportamentos e dar a oportunidade de explicar, sem gritos, nem ofensas.

As memórias infantis tendem a ser um pouco mais sensíveis. Devemos nos lembrar de que são muitas as coisas que as crianças não entendem. Na maioria das vezes, estão indefesas perante a maior parte das situações que vivem.

O fato de que nossos filhos contam com seus pais para ter uma defesa perante o mundo que desconhecem, os transforma em seres dependentes do modelo de vida dos pais.

Assim, quando são repreendidos por pessoas de sua confiança, se sentem muito sozinhos.

Vamos pensar por um instante em como seria ter só uma pessoa no mundo que você confia e, de repente, ela muda de lado e nos tortura com palavras. É assim que as crianças podem chegar a se sentir.

Além da solidão, podem se sentir pouco queridas e vivendo com o inimigo. Quando se trata de adolescentes, o caso pode ser muito pior para eles. Ao mesmo tempo, as consequências podem ser mais pesadas.

A questão não é só evitar as palavras negativas, mas também saber expressar as positivas. As crianças precisam receber o afeto que sentimos e esperam ouvir sobre nosso amor por elas.

Aprenda a dizer ao seu filho o que você sente

Dizer para seu filho o que você sente também implica em falas que não são totalmente positivas. Mas se aprendermos como dizer, muitas crises podem ser evitadas.

Atenção! Isso não significa deixar de falar que estamos chateados ou apontar sobre um possível e recorrente comportamento ruim. Mas, sim, poder expressar nossos sentimentos da maneira correta.

Seu filho tem que saber que determinada atitude foi errada, mas isso tem que ser passado da forma certa.

É normal sentir que um de nossos filhos é mais inteligente ou mais bonito. Mas eles não precisam saber disso. Se o que você tem para dizer ao seu filho não é bonito, não diga.

Outras maneiras de ser amável com nossos filhos é cultivando sua segurança pessoal e seu amor próprio. Celebrar suas conquistas e dizer que são capazes podem ser as melhores maneiras de demonstrar carinho.

Também é oportuno para que desenvolvam sua autoestima e se sintam seguros ao assumir riscos saudáveis. Saber que alguém se sente orgulhoso de você, às vezes, é a melhor motivação possível.

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Fonte indicada: Sou mamãe

Às vezes não é a vida que tem que ficar mais fácil, e sim você que tem que ficar mais forte.

Às vezes não é a vida que tem que ficar mais fácil, e sim você que tem que ficar mais forte.

Ontem me submeti a uma cirurgia. Enquanto minha maca era empurrada rumo ao centro cirúrgico, o enfermeiro me perguntou: “Está com medo?” e ao responder “um pouco”, ele completou: “Fica tranquila, dará tudo certo!”. Sorri encabulada, e pensei na situação que eu vivia naquele momento. Eu, que costumo aflorar poesia e delicadeza, tinha que assumir uma postura de rigidez e fortaleza. Assim é a vida. Há momentos em que seremos sorrisos, sensibilidade e suavidade, enquanto outras situações nos conduzirão a uma postura de rigidez, frieza, força e equilíbrio.

O cinema está repleto de situações assim, mas me recordo particularmente de um filme que assisti recentemente no Netflix: “Brooklyn”. O filme, baseado no romance do escritor contemporâneo Colm Tóibín, conta a história de uma imigrante irlandesa que, em 1935, deixa seu país para viver em Nova York. Quando ela desce do navio e se encaminha para inspeção, se recorda das palavras de uma conterrânea mais experiente: “Fique ereta. Engraxe seus sapatos. E não tussa de forma alguma. Não seja rude ou insistente, mas não pareça nervosa demais. Pense como uma americana. Tem que saber para onde vai…”

Tentar romantizar algumas situações ou nos deixar sensibilizar demais por elas não nos ajudam naqueles momentos em que temos que fechar ciclos, romper antigos modelos, tomar uma estrada diferente, assumir um outro cargo, vencer uma saudade ou nos submeter a algo novo, que causa medo e insegurança.

De vez em quando temos que fincar os pés com bastante força na existência e encarar nossos medos com prontidão e coragem, sem muito mimimi , nostalgia ou emotividade. Porque se a gente sucumbe, a gente não progride. Se a gente se dobra, a gente não vence. Se a gente deixa a emoção dominar, a gente desequilibra. Se a gente recua, a vida avança e nos deixa pra trás.

Às vezes não é a vida que tem que ficar mais fácil, e sim você que tem que ficar mais forte. Pois remédio amargo todo mundo tem que beber, mas não é agindo com autopiedade, fazendo drama ou se comovendo além da conta que você irá minimizar os danos. Talvez você tenha que entender que nem todo dia você conseguirá ser sorrisos e delicadeza. Alguns dias pedem que você seja rigidez e fortaleza.

Penso nas inúmeras mães que tiveram que guardar seu pranto no bolso para conseguirem colocar seus filhos em um ônibus ou avião e darem força para que fossem felizes longe delas. Nessas horas não é possível manter o sentimentalismo, a delicadeza e a saudade à tona ao mesmo tempo em que os empurra porta afora. Nesses momentos é preciso fazer o que tem que ser feito, e ponto final. E mesmo que o pranto venha em seguida, longe dos olhos deles, será esse estímulo seguro que permitirá o passo seguinte, e não o lamento choroso. Porque emoções à flor da pele e lágrimas nem sempre são ingredientes bem vindos, e podem tornar as coisas ainda mais difíceis quando se trata de amadurecimento, recomeços e “fazer o que tem que ser feito”.

Às vezes é preciso desligar a chave da emoção para que possamos enfrentar a vida e suas imperfeições. Nem todo dia será um dia bom, e aprender a lidar com isso, sem ressentimentos ou vitimizações, mas arregaçando as mangas e agindo com coragem e determinação, faz com que os piores dias não definam nossa vida, mas sejam o reflexo daquilo que nos fez mais fortes.

Hoje, já em casa, pensei no enfermeiro e em sua carinhosa preocupação. Ele esteve comigo num momento de rigidez e austeridade. E embora eu não pudesse me deixar levar pela emoção, ele conseguiu ser leve e gentil num momento tão delicado. Éramos completos estranhos um para o outro, e talvez isso facilitasse as coisas para mim. Sendo assim, só posso agradecer à vida e suas agradáveis surpresas, pois a doçura não existe somente para nos lembrar o lado doce da vida, mas também para amenizar o que de amargo nos aguarda…

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https://youtu.be/Z7UyU3vTzuI

Homem tem dificuldade de entender e aceitar o fim da relação

Homem tem dificuldade de entender e aceitar o fim da relação

Um amigo anda aos prantos, a namorada saiu de casa e disse que não volta mais.

E como todo homem ele tem dificuldade de entender e aceitar o fim da relação.

Ele está arrasado, ele não consegue entender, pra ele não houve motivos para a separação, não houve traição, mentira, violência, briga ou discussão, nada, não houve nada, ela apenas quis ir embora pra não voltar e ele não entende.

Meu amigo não entende que uma relação acaba, muitas vezes, quando o desejo termina, quando a paixão morre, quando o amor se encerra, quando o tédio cresce, quando a vontade deixa de existir.

Como homem ele precisa de provas fortes, de motivos reais, de uma lógica mais concreta, de uma razão que justifique a separação, mas nem sempre elas existem ou estão presentes de forma explícita.

Agora ele pede uma segunda chance, mas ele não entende que muitas vezes se ganha na relação inúmeras outras chances de continuação e nem sempre elas são claras, são ditas, são pronunciadas e estão ali na cara estampadas, o homem é que não tem sensibilidade pra entender e perceber.

Erra-se muito numa relação, e o outro, ou a outra, em silêncio, muitas vezes suporta tudo calado, calada, mas chega um dia, uma hora que a panela explode, que não é mais possível segurar a barra, se conter, então, é o fim.

Meu amigo ainda chora, tem esperança, perturba amigos, amigas, em vão, o melhor seria seguir, vida que segue, ele precisa entender que errou, que fracassou, agora é melhorar e partir pra outra, ela pode até gostar dele, mas gostar só não basta, resolve, uma relação precisa de mais, de muito mais.

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