Ex-interno da Fundação Casa cria giz para corrigir acidez do solo e ganha prêmio de feira de ciências

Ex-interno da Fundação Casa cria giz para corrigir acidez do solo e ganha prêmio de feira de ciências

A conquista de um ex-interno da Fundação Casa é a prova definitiva de que os jovens que estão em regime de reclusão têm muito potencial para ser explorado em benefício de toda sociedade.

Aluno da E.E Professor Augusto Lopes Borges, em Araçatuba, São Paulo, Jonathan Felipe da Silva Santos, de 18 anos, criou um tipo de giz capaz de corrigir a acidez do solo.

A criação lhe rendeu o título de revelação da Feira de Ciências da Educação de São Paulo. O projeto foi um dos seis finalistas da competição anual entre alunos do Ensino Fundamental (8º e 9º anos) e Ensino Médio do Estado inteiro.

Em entrevista para o G1, ele explica que foi preso em casa, durante uma abordagem policial. Jonathan tinha comprado uma moto que não sabia que era roubada. Depois que descobriu, ele resolveu desmontá-la para repassar as peças. Os policiais apareceram quando ele estava com amigos fazendo o desmanche da moto.

“É uma vida muito ruim que não quero mais para mim. O importante foi que cumpri o que devia e agora quero seguir a minha vida”, desabafa.

Jonathan desenvolveu o projeto do giz durante o período que ficou detido com a ajuda de orientadores. “Trabalhamos com o material que era possível, tive apoio dentro da área de pedagogia da fundação, mas as aulas eram dentro da fundação mesmo.”

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Mas, o jovem não pretende parar por aqui. Ele almeja voos maiores: o próximo objetivo é entrar na faculdade de Medicina Veterinária.

Assista a matéria:

Informações: Razões Para Acreditar , via Bem mais Mulher

TERAPIA : Desabafar muda o cérebro – Dr Júlio Peres

TERAPIA : Desabafar muda o cérebro – Dr Júlio Peres

Falar sobre nossas dores e sentimentos é essencial para superar nossos traumas. Fazendo isso somos capazes de reorganizar os nossos sentimentos.

Disso todo mundo já sabe. Porém o psicólogo Julio Peres, de 38 anos, foi muito além disso. Ele conseguiu mostrar que através de uma conversa o cérebro modifica o seu funcionamento. A pesquisa, tema de doutorado de Peres em Neurociências e Comportamento pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, deve ser publicada em junho na revista Journal of Psychological Medicine.

Foi feito um estudo com 16 pacientes que sofreram estresse pós-traumático parcial (que não apresentam todos os critérios de diagnóstico).

Esses pacientes passaram por 8 sessões de psicoterapia, onde os indivíduos fizeram uma narração de momentos traumáticos. Depois, foram convidados a relembrar situações difíceis que viveram anteriormente e a sensação positiva que tiveram ao superar o problema.

Tomografias no final do tratamento revelaram que o funcionamento cerebral foi modificado após a narração. “Quem passou pela psicoterapia apresentou maior atividade no córtex pré-frontal, que está envolvido com a classificação e a ‘rotulagem’ da experiência”, diz Peres. “Por outro lado, a atividade da amígdala, que está relacionada à expressão do medo, foi menos intensa.” Isso fortalece a tese de que falar sobre o problema ajuda a pessoa traumatizada a controlar a memória da dor que sofreu.

ÉPOCA – Como foi realizado o estudo?

Julio Peres – Aplicamos questionários para estabelecer as modalidades sensoriais (o rosto do ladrão, o cheiro da gasolina, o barulho da freada do carro) que permaneceram na mente dos indivíduos. Antes da psicoterapia, essas sensações estavam exacerbadas. Depois dela, verificamos que o valor sensorial das memórias traumáticas diminuiu. O que aumentou foi o valor narrativo, junto com a atividade do córtex pré-frontal. É um achado importante. Significa que, à medida que a narração do evento aumenta, as respostas emocionais e as sensações são atenuadas.

ÉPOCA – Como o senhor teve a ideia do estudo?

Peres – Muitos profissionais da saúde não creditam o devido valor ao tratamento pela ausência de marcadores biológicos do efeito psicoterápico. Quis estudar a produção científica com o uso do método de neuroimagem funcional com a psicoterapia. No Brasil, é o primeiro estudo desse tipo. Fiz uma revisão de todos os estudos publicados no mundo. Qual foi minha surpresa? Existiam apenas 20 estudos sobre o assunto. E a neuroimagem já existe há 20 anos!

ÉPOCA – Dá para dizer que a psicoterapia muda o funcionamento cerebral?

Peres – Sim. A maneira como o cérebro processa as informações muda. Os psicólogos deveriam estudar seus pacientes com métodos neurofuncionais. No Brasil, ainda é difícil. Poucas pessoas têm conhecimento sobre o assunto.

ÉPOCA – Qual é o perfil dos pacientes estudados?

Peres – São pessoas que sofreram traumas, mas não preencheram todos os critérios do estresse pós-traumático. São pessoas que passaram por eventos como perda de entes queridos, acidentes, separação, abuso sexual, assalto, seqüestro. Eles representam 30% da população geral.

ÉPOCA – Quem não pode fazer psicoterapia deve compartilhar seus problemas com alguém? Isso também muda o cérebro?

Peres – Sim. Em geral, as pessoas traumatizadas tendem a se isolar. Não verbalizam o evento, não compartilham suas histórias. Justamente pela falta de contar e recontar essas histórias, as pessoas ficam com as memórias traumáticas fragmentadas. Medo, sensações dispersas, sem atribuição de um significado para o que aconteceu. Quando ela constrói esse significado, tem a possibilidade de reconstruir o momento trágico, trazendo um aprendizado daquele evento. Isso alivia a dor.

ÉPOCA – Relembrar a situação traumática não é pior?

Peres – É exatamente isso o que os traumatizados pensam. Lembrar outra vez da dor? É como se o indivíduo voltasse ao horror experimentado. Mas, se ele não falar sobre sua memória, não consegue dar significado e entender o acontecimento. Falar modifica a interpretação. Converse com pessoas de confiança: amigos, familiares, alguém vinculado a sua crença religiosa. O mais importante é que possa de fato compartilhar. Não é falar para qualquer um. Deve ser alguém que tende a acolher. Escrever também é um caminho. O publicitário Washington Olivetto escreveu durante o trauma (enquanto estava seqüestrado). Certamente, isso o beneficiou. É um exemplo de superação.

ÉPOCA – Em traumas semelhantes, as pessoas têm reações parecidas?

Peres – Os estudos mostram que em tragédias naturais avassaladoras, como tsunamis e terremotos, a resposta de cada envolvido é absolutamente diferente. Não existe uma resposta universal ao trauma. Temos estudado o que predispõe à recuperação. O que as pessoas que superam essas situações difíceis desenvolvem como qualidades? E por que aquelas que continuam traumatizadas não conseguem desenvolvê-las, pelo menos por algum tempo?

ÉPOCA – O que fazer para não ficar preso às lembranças de uma tragédia?

Peres – Criar novos objetivos. É ver o acontecimento como uma oportunidade para o aprendizado e o crescimento pessoal. Sentimentos positivos, como o altruísmo, ajudam a pessoa a melhorar rapidamente em vez de sucumbir ao trauma. É essencial não se sentir enfraquecido, incapaz perante o que viveu. E o trauma está muito ligado à incapacidade. Por exemplo, num acidente de carro, a pessoa pensa: “Eu não pude controlar o carro e fiquei preso nas ferragens”. O trauma pode marcar o indivíduo nesse sentido. Ele se sente sem condições de superá-lo. Quem cria uma aliança positiva com aquele momento sai mais facilmente da dificuldade.

ÉPOCA – O que perpetua um trauma?

Peres – Em geral, os traumatizados têm a tendência de querer pagar na mesma moeda. Com pensamentos do tipo: “Mataram minha mulher e agora vou matar cada um desses caras”. Quando existe
o sentimento de vingança, a repetição do ciclo traumático não acaba. Não resolve o problema, e os traumas vão aumentando.

ÉPOCA – Que substâncias o cérebro libera quando a pessoa sofre um trauma?

Peres – O trauma pode se estabelecer de duas maneiras. Uma é a hiperestimulação, que envolve o sistema simpático, relacionado à adrenalina. O indivíduo fica em alerta, irritado, com insônia, pensamentos intrusivos. O outro lado é a dissociação, que envolve o sistema parassimpático e a endorfina. É também uma estratégia de adaptação, de sobrevivência ao evento. Um anestesiamento. Acontece especialmente com crianças que sofreram abuso sexual, porque geralmente o agressor está em casa. E diante disso ela não pode fugir. Ela dissocia, como se não estivesse acontecendo nada. Só que as conseqüências dessa dissociação são gravíssimas. Em geral, viram adultos que não conseguem estabelecer vínculos afetivos. Aquele processo de dissociação ficou tão enraizado, como uma defesa de sobrevivência, que também tende a continuar por um bom tempo.

ÉPOCA – Quanto tempo uma pessoa leva para superar um trauma?

Peres – Depende de cada pessoa, do processamento interno em relação ao ocorrido. No caso do estudo, fizemos oito sessões de terapia, com duração de uma hora e meia cada uma. E essas sessões foram suficientes para o grupo modificar as respostas emocionais. Eles ficaram mais equilibrados psicologicamente.

Após oito sessões de psicoterapia, os pesquisadores observaram mudanças nas seguintes regiões do cérebro

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Maior atividade no córtex pré-frontal
Ele está envolvido na classificação das experiências

Menor atividade na amígdala
Ela está relacionada à expressão do medo

* Nota: As informações e sugestões contidas neste artigo têm caráter meramente informativo. Elas não substituem o aconselhamento e acompanhamentos de médicos, nutricionistas, psicólogos, profissionais de educação física e outros especialistas.

Via:Ip.Usp

Referência: Revista Época, janeiro/2008.

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Médico é despedido sem aviso prévio e atende os pacientes da rede pública na calçada

Médico é despedido sem aviso prévio e atende os pacientes da rede pública na calçada

Rodrigo Ferreira Gomes é médico clínico-geral e de saúde da famíliade.Aos 31 anos, ele atuava no Hospital Maternidade João Ferreira Gomes,no bairro Padre Lima, em Itapajé. Contudo, de acordo com a matéria publicada no jornal O Povo, assim que ao hospital, recebeu a notícia que havia sido demitido.

Um dos moradores informou que: ““Quando ele chegou ao hospital hoje pela manhã, um pouco atrasado, já havia médicos de uma cooperativa substituindo ele e outro médico, que foi retirado da função de direção clínica devido à questões políticas, por não apoiar o candidato do prefeito. O Dr. Rodrigo foi informado pela direção que estava exonerado.” Conforme apurado, a demissão ocorreu com a mudança da direção clínica da unidade hospitalar.

Ao saber de sua demissão, não deixou de oberservar a enorme filha que o aguardava do lado de fora: “Meus pacientes estavam me esperando e eu avisei para eles que tinham me demitido, mas que aguardassem pois eu ia atender a todos. Voltei em casa e peguei uma mesa e cadeira”, disse.

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O médico atendendo os seus pacientes na caçada, perto do hospital.

Ele, então, decidiu que atenderia os seus pacientes na calçada ao lado do hospital mesmo.

Um morador, muito descontente, asseverou: “Eu me sinto indignado pela falta de respeito.”

Achamos bonito que o profissional mesmo diante de uma situação difícil no campo pessoal, tenha agido com humanidade e colocado o seus pacientes em primeiro plano, atendendo a cada um.

O que você achou dessa história?

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A capa trouxemos do site Razões para Acreditar, via Revista Pazes

Se ele quisesse, ele daria um jeito de te ver

Se ele quisesse, ele daria um jeito de te ver

Se a pessoa realmente gostasse de você, ela daria um jeito de te ver. Não te ilude. Eu sei, é bonito pensar que do outro lado há um interesse recíproco ou disfarçado, mas a realidade é que as pessoas não vão sentir as mesmas coisas que você sente. Às vezes encaixa, outras vezes faltam peças.

Quando a gente não quer algo, até o fato de ter a janela do quarto suja é motivo para ficar em casa, limpando a janela, em vez de sair com a pessoa. Desculpas que todos já estão cansados de ouvir. “Hoje não vai dar, estou muito ocupado trabalhando”, “Estou cansado”, “Já marquei algo com uns amigos”, entre outros.

Sendo bem sincero, eu não acho que isso seja algo tão ruim quanto parece, convenhamos, dizer “não quero te ver” não é algo fácil.

Você pede para a pessoa ser sincera com você, mas ao mesmo tempo não aceita quando a pessoa te rejeita de todas as formas possíveis? É preciso entender os sinais. Ele não dirá da forma mais clara e explicita possível, mas nas atitudes demostrará que não há interesse em continuar esse pseudo-romance.

Motivos podem haver vários. Talvez ele não gostou tanto assim de você, talvez já exista outra pessoa na sua vida ou apenas não está na fase de querer se envolver com alguém – raro, mas acontece.

Digo raro porque, convenhamos, quando se encontra a pessoa ideal, a fase não é tão importante assim. Claro, dependendo da fase há uma predisposição maior ou não de se envolver, mas apenas isto.

Por isso, sempre que duvidar da vontade de alguém é provável que você esteja certa. É possível que essa pessoa já tenha lhe dado todos os indícios para isso. Quando há vontade, até os 15 minutos antes de dormir são transformados em uma visita rápida de boa noite.

Não duvide da vontade (ou falta dela) das pessoas e acima de tudo: não aceite um amor que coloca dificuldades na relação. Espere por um amor que vá enfrentar os contratempos para te ver.

Alguém que tenha vontade de você a vida inteira.

Você não deveria se anular por alguém

Você não deveria se anular por alguém

Esse tal de amor próprio é de lascar! É o amor em sua forma mais genuína e complexa. Querer não é o suficiente para tê-lo. É necessário muito equilíbrio, muita coragem e muita vergonha na cara para ter o tão sonhado sentimento como aliado.

Amor próprio é aquele sentimento de liberdade que, indiferente da opinião alheia, faz sua vida fluir. Proporciona inteligência suficiente para entendermos que se aceitar e se amar não é egoísmo, é respeito.

O amor próprio nos faz entender que ninguém é de ninguém e que ir é um direito universal. Faz com que entendamos que escolher um companheiro de vida é um privilégio e não uma consequência. Em outras palavras amor próprio é o seguinte: quem tem, não abre mão e quem não tem, faz de tudo para conseguir.

Desenvolver esse sentimento requer muito equilíbrio emocional e exige muitas concessões. Pode ser que você tenha que ficar só um período, terminar uma relação abusiva, sair de um trabalho que não te realiza, se posicionar diante de uma situação conflituosa com um amigo, fazer dieta, praticar exercícios…. não sei qual será seu caso, mas o fato é que somente depois de muitas situações difíceis é que o tal do amor próprio acontece.

Nos relacionamentos amorosos não é diferente. Embora a sociedade tenha criado uma necessidade absurda de relacionamentos “ a qualquer custo” e “de qualquer jeito”, o amor próprio vem na contramão das teorias e prova por A+B que sabe de amor quem aprendeu a respeitar.

Essa necessidade de ter alguém é reflexo de uma sociedade carente e desequilibrada. É tanto medo de perder ou de ficar só para sempre que as pessoas não sabem mais o que é amor e o que é posse.

Sejamos claros: ninguém perde ninguém. Primeiro que não somos ( e não temos) propriedade de ninguém. Segundo que, no fundo, sempre sabemos quando uma relação não dará certo. Então, por que o desespero?

Racionalmente falando, ninguém perde “affairs”, amigos ou amores que nunca estiveram inteiros na relação. Eu sei que temos essa mania de culpar o destino, a vida e o universo, quando na verdade somos os únicos responsáveis pelas próprias escolhas e, consequentemente, pelos relacionamentos que atraímos para as nossas vidas.

Nem sempre a relação dá certo, as pessoas se entendem ou rola a química do primeiro encontro. Normal! O problema está em insistir em algo que está predestinado ao fracasso e aceitar relacionamentos abusivos apenas para não ficar sozinho.

Quer a verdade? Ninguém vale a sua paz. Não perca sua dignidade, seu domínio próprio e sua sanidade por quem não está nem aí com você. Ame-se, respeite-se, escolha-se. Quando você começa a olhar pra dentro de si com mais respeito, percebe que o maior amor do mundo existe sim e se chama próprio.

Cada um de nós pode contribuir para a cultura da paz e não violência

Cada um de nós pode contribuir para a cultura da paz e não violência

A cultura da paz é a consciência permanente dos valores da não violência. É a renúncia de todas as formas de violência física, sexual, étnica, social, política e cultural, que se revela em palavras e ações. Ela não acaba com os conflitos, mas implica na solução pacífica deles, através do diálogo franco. Aliás, a cultura da paz não é de submissão e sim um paradigma civilizatório.

Portanto, rejeitar a violência é à base da cultura da paz, que não se refere apenas à violência criminalizada sujeita a condenação judicial. Mas também aquela banalizada ou escondida pela sociedade e pelo governo, que passa longe da punição legal.

A cultura da paz deve ser desenvolvida junto às nossas crianças, adolescentes e jovens. As escolas e as famílias têm todas as condições de cultivar o respeito e o cuidado a todas as dimensões da vida. E as mulheres têm contribuído generosamente pela cultura da paz, porque são elas que iluminam o nosso quotidiano, com sua capacidade criadora e criativa.

O ensino da cultura da paz nas escolas tem o objetivo de capacitar os estudantes a construírem com seus colegas, pais e professores os próprios ideais de paz, ajudando nas soluções não violentas dos seus conflitos. É na escola que aprendemos a sentir os gestos e olhares, onde estamos criando um ambiente de escuta e diálogo.

No entanto, a educação digital não pode ser isolada dos contextos sociais, sob o risco de prepararmos os nossos estudantes somente para competição tecnológica, mas não para a convivência multicultural. Por isso, a escola precisa se tornar um espaço cívico da coletividade.

Além disso, a cultura da paz contribui para erradicar a pobreza e lutar contra a injustiça social. O nosso futuro local e global será cada vez mais multicultural. Para tanto, devemos firmar trocas simbólicas e subjetivas, que ocorre pela interação com o diferente, e com isso eliminamos o nosso etnocentrismo.

Assim, a cultura da paz pode fazer parte do nosso dia a dia, visto que somos uma sociedade multicultural, composta de uma diversidade sui generis herdada dos portugueses, dos indígenas e dos escravos africanos. E que recebeu a miscigenação da cultura dos imigrantes italianos, japoneses, alemães, poloneses, árabes, etc., que formaram a pluralidade cultural do Brasil.

A tecla para acionar a cultura da paz é a tolerância, como modo de nos libertamos do egocentrismo. Como disse Mahatma Gandhi: “A não violência é a mais alta qualidade de oração. A riqueza não pode consegui-la, a cólera foge dela, o orgulho devora-a, a gula e a luxúria ofuscam-na, a mentira esvazia-a, toda a pressão não justificada a compromete.”

Enfim, depende de cada um de nós o desejo sincero e espiritual de construir a cultura da paz e não violência, sobretudo, em nosso âmbito familiar, escolar, de trabalho ou de comunidade. Sabemos que o caminho é uma cidadania sustentável e pluricultural, que valoriza a confiança mútua e solidifica as relações afetuosas e estáveis entre as pessoas.

As pessoas se separam bem antes da separação acontecer de fato

As pessoas se separam bem antes da separação acontecer de fato

Às vezes, nós nos surpreendemos com a notícia de que algum casal que conhecemos se separou. Ficamos perplexos, porque nada neles aparentava distância. Por outro lado, há casais em que não depositamos a mínima fé e, ainda assim, mantêm-se juntos por toda uma vida. Na verdade, ninguém sabe o que se passa entre quatro paredes de vidas que não são nossas.

Não existe riqueza maior, a um casal, do que a intimidade e é ali, no cotidiano dos relacionamentos, na cumplicidade que constroem ou destroem, que reside todo o desenrolar da afetividade que decidiram juntar. Os sentimentos transbordam ou mínguam, crescem ou rareiam, perduram ou não, de acordo com a disposição e o comprometimento de cada um dos envolvidos.

Nada sobrevive sem alimento, cuidados e atenção constantes, nem mesmo o amor que parece eterno. É preciso querer ficar junto, é preciso, antes mesmo de ser fiel, viver a lealdade em todos os minutos em que estiverem juntos. É necessário entendimento, mudança de direção, quebra de paradigmas, procurar pelo olhar do outro, enxergando-o como uma pessoa, um mundo de sentimentos, como alguém que luta e torce junto.

Na verdade, quando optam pela separação, a maioria dos casais já estava separada há muito tempo; apenas lhes faltava a coragem, a consciência, a aceitação de que ali não havia mais nada pelo que lutar. Mesmo que digam haver gente que desiste fácil demais da manutenção do relacionamento, muitos de nós lutamos até o fim, desgastando-nos, agarrando-nos ao pouco que temos, às migalhas que o outro deixa pelo caminho, porque queremos dar certo na vida, no amor. A não ser que uma decepção por demais aviltante e insuportável ocorra.

Por essa razão é que não podemos julgar as pessoas, pois pouco sabemos de suas vidas, de suas histórias, de suas lutas, de suas escuridões. Fato é que amor algum consegue suportar tudo, pois o amor tem a medida exata da dignidade que nos sobra ao final do dia. Quando sobra muito pouco ou um nada, a separação já está se dando. E então já deu.

A filantropia é uma forma de santidade

A filantropia é uma forma de santidade

Estou publicando esse texto exatamente no dia de todos os santos (01/11). Ouvindo o quadro Academia CBN, com o filósofo Mario Sergio Cortella eu fiquei refletindo sobre a profundidade da palavra santidade. [link aqui].

Até escrevi um texto bem interessante no ano passado falando sobre a palavra santidade a partir da sua etimologia, que é conhecida por pouquíssimas pessoas. Ela significa “todo”, “inteiro”, “universal”. O que destoa imensamente do que entendemos convencionalmente.

Na nossa cabeça, ser santo é ser abnegado, é ser um mega religioso que passa a vida inteira ajudando os outros e, de preferência, promovendo milagres. Eu discordo de quem pensa assim e acho essa visão extremamente limitante.

Não vou me alongar nessa questão porque já deixei bastante explicado nesse texto, se quiser lê-lo basta clicar [aqui].

O título do Academia CBN é “A filantropia é uma forma de santidade”, o que encaixa perfeitamente com a frase que o Cortella falou referenciando o pensador francês do século XVII François de La Rochefoucauld. Sua frase diz o seguinte:

Muitos desprezam a riqueza, mas poucos sabem dá-la”.

François de La Rochefoucauld

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São apenas 8 palavrinhas, mas que transmitem muita sabedoria. La Rochefoucauld está falando sobre a filantropia, outra palavra que acho linda em sua origem. Ela é a junção de philos (amor) com anthropos (ser humano). Ou seja, ser um filantropo é ter um profundo amor pelo ser humano.

Infelizmente, não só no Brasil, mas no mundo todo, a filantropia está associada mais com doação de dinheiro ou de mantimentos. Claro que isso não deixa de ser filantropia, mas essa palavra é absurdamente mais abrangente.

Em minha opinião, existe uma filantropia muito mais bonita, que é a doação do seu tempo a partir de qualquer trabalho voluntário.

Quem me acompanha, talvez já tenha percebido que amo conhecer as raízes das palavras. Uma das minhas palavras preferidas é VOLUNTARIADO, derivada da palavra volutas, que significa VONTADE.

O ponto principal que liga todas as palavras que coloquei aqui é VONTADE.

Perceba que bonito. Tendo dentro de mim uma vontade genuína, eu posso me tornar voluntário em algum projeto. Esse projeto é algo que promove melhorias na vida das pessoas. Isso é o amor ao ser humano, ou seja, filantropia. E a filantropia é uma forma de santidade.

Logo, o maior de todos os pré-requisitos para ser santo é ter vontade para amar as pessoas de forma genuína e universal.

Sei que são muitas informações, mas coloquei de uma forma bastante simples, que dá pra internalizar.

Em nenhum momento eu falei que precisa promover milagres, ou que precisa se vestir com uma túnica branca, falar com voz de veludo, ou nada das ideias estereotipadas que temos sobre os santos.

Ser santo é ser humano! Ser santo é amar as pessoas e doar aquilo que temos de melhor, o nosso tempo. Cada um faz isso da sua maneira.

A sociedade distorceu demais a ideia de santo. Certamente você já ouviu alguém falar assim: “Nossa! Fulano(a) é um santo(a)…”.Mas tais pessoas dizem isso explicando que elas são santas porque conseguem ter paciência para lidar com alguém difícil no convívio diário, ou pior ainda, porque ela todo mês ajuda alguém a se manter financeiramente.

No primeiro caso, a pessoa não é santa, ela é apenas muito paciente, percebe? Ela aprendeu a ser resiliente e que não adianta querer a fina força que outra pessoa seja diferente do que é ou se adeque ao que ela gostaria que fosse. Isso não é santidade!

No segundo caso, digo que é pior por um motivo muito simples, leva a outra pessoa a uma espécie de acomodação. Ela não arregaça as mangas para superar suas próprias dificuldades financeiras porque sabe que alguém cuidará de bancar a sua subsistência. Só esse ponto dá pano pra manga, também não vou me alongar porque teria que escrever outro texto para aprofundar essa questão.

Quero concluir falando sobre a verdadeira riqueza. Aprendi tempos atrás a melhor definição de riqueza que imagino que exista: “Ser rico não é sobre quanto se tem, mas sobre quanto se pode dar”.

Muitos desprezam a riqueza, como diz La Rochefoucauld, mas poucos sabem dá-la. Dar a riqueza é dar um pouco de si mesmo. Dar dinheiro não é dar algo de si mesmo entende? Dar dinheiro é simplesmente doar um pouco de algo que você conquistou por fruto do seu trabalho. Claro que é valido e claro que pode ajudar muitas pessoas, mas se não existe amor pelo ser humano (filantropia), não vale a pena! Isso não é ajuda, é apenas vaidade, algo para inflar o ego.

Infelizmente existem muitos que se dizem filantropos, mas apenas assinam um cheque bem gordo uma vez por mês. Não saem de casa para ir a um abrigo de idosos, ou a um hospital de crianças com câncer, ou algum projeto de reflorestamento, ou de reciclagem, ou de ajuda a moradores de rua, ou animais abandonados etc etc. Esses são apenas pseudofilantropos. Os verdadeiros filantropos estão em contato real com a dor humana, com as necessidades universais já citadas acima e muitas outras!

Que nesse dia de todos os santos possamos aprender um pouco que a santidade não é algo para indivíduos especiais que saem por aí fazendo milagres. A santidade é ser uno, ser total, e amar os seres humanos de forma genuína…

Coisas são descartáveis, pessoas não

Coisas são descartáveis, pessoas não

Inevitável, a certa altura da vida, começarmos a tecer comparações entre o hoje e o ontem, permeadas por saudosismo. A idade traz conhecimento, força e experiência, assim como nos conscientiza da finitude de tudo aquilo que nos rodeia. Pessoas, coisas, momentos, instantes que se vão e nunca mais voltam nem voltarão. Essa noção de brevidade também nos torna mais aptos a aproveitarmos melhor o que está conosco hoje.

Voltando ao passado, acabamos por engrandecer o que já foi, pois revisitamos o passado afetivamente, como que querendo voltar no tempo, haja vista um presente cada vez mais difícil. Mesmo assim, ainda que idealizemos o passado, é impossível não perceber que as coisas duravam mais, bem como os sentimentos. Quase não havia o que fosse descartável, ou seja, eletrodomésticos, móveis, amizades e amores duravam, na maioria das vezes, por toda uma vida.

Estamos cada vez mais rodeados de informação, mas não aprofundamos os assuntos. Estamos cada vez mais rodeados por aparatos tecnológicos que facilitam a vida, mas não temos tempo de sobra. Há cada vez mais formas de relacionamentos por redes sociais e aplicativos de relacionamento, mas a solidão aumenta. Porque se aumenta a quantidade de tudo, porém, nada mais parece ser experenciado além da superfície. Temos medo de nos machucar, de sofrer, de não dar certo. Jogamos fora o outro, assim que surge uma contrariedade.

Infelizmente, nada acontece de substancial nesta vida, caso não se aprofunde intensamente naquilo que faz parte dela. É preciso se lançar, mostrar-se, cair fundo, sorver com intensidade cada momento, cada oportunidade, cada encontro. Nada é previsível, nada é certeza, portanto, sem que ousemos ir além do raso, nada se instalará realmente, nada ocorrerá de verdadeiro, nenhum sentimento, nenhum afeto fincará raízes em nossos corações.

É necessário, pois, mergulhar fundo nos sentimentos, nos relacionamentos, na dor, porque somente assim conseguiremos sentir o mundo em tudo o que ele nos oferece, de bom e de ruim, para termos segurança quanto ao que fica e ao que deve sair de nosso caminho. Não podemos temer o sofrimento, o fracasso, o que não dá certo, ou viveremos uma vida que nunca sai do lugar. Isso equivale à morte em vida. Isso ninguém há de merecer.

Deus tira o que te fere para te dar o que te cura.

Deus tira o que te fere para te dar o que te cura.

*Deus tira o que te fere para te dar o que te cura- autora do título do texto: Gabriele Sauthier.

Quantas vezes nos ferimos com alguém e ao orarmos a Deus não mencionamos uma palavra sequer pelo fato da dor ser tanta que nos paralisa.

Pode ser que você tenha terminado um relacionamento e diante de tantos planos que se encerraram ali naquela despedida, dos medos do que será daqui em diante sem esse alguém, de como as pessoas irão reagir e de como será de fato a sua vida. É difícil caminhar para frente quando um passado cheio de planos e histórias insiste em nos convidar a ficar ali.

Doí perceber que tudo aquilo que havíamos sonhado e arquitetado acabou e de como isso nos desmoronou. É difícil entender os planos de Deus e por diversas vezes nos questionamos o porque de tudo isso. Porque Deus permitiu tudo isso? Por que tanto tempo ao lado de alguém que não era para ser para sempre? Nos sentimos enganados, machucados e criamos um bloqueio achando que tudo dará errado novamente.

Pode ser que você tenha sido enganado por amigos que considerava irmãos, pode ser que sua família tenha virado as costas para você no momento em que você mais precisava, mas eu estou aqui pra te dizer que Deus é especialista em reconstruir histórias e fazer tudo novo. Você pode achar que não há ninguém mais nesse mundo para te fazer feliz como esse alguém o fazia, que nunca mais irá conseguir se relacionar, mas Deus já tem escrito uma nova história para a sua vida.

Ele ouviu todas as suas orações e é justamente por isso que Ele tira aquilo que te fere para te dar o que te cura. E mesmo você achando que aquele relacionamento era bom, Deus sabia que você merecia mais. Ele olhava por você todos os dias e sabia que você não seria feliz. Hoje esse amor é ferida que dói, que fere, mas Deus está a te oferecer a cura. Ele está arquitetando cada detalhe da sua história. Grandes coisas acontecem em nossas vidas quando temos fé suficiente para acreditar que Ele não tira nada sem nos oferecer algo melhor. Ele é especialista em fazer tudo novo.

Quando você achar que não tem mais saída, acredite: Deus muda os rumos. Quando você acreditar que não foi feita para ser amada, Ele te mostra o quanto você conhece pouco sobre o amor e então Deus vem e coloca em nosso caminho alguém para nos amar. O verdadeiro amor. Aquele que é paciente e bondoso. Um amor que não é orgulhoso e que ama a Deus acima de todas as coisas. E então você entende o porquê de ter dado tão errado, você entende, depois de muito tempo que Ele tira aquilo que nos fere para nos dar aquilo que nos cura. Entendemos que só alguém que conhece o amor de Deus é capaz de oferecer amor.

Ex-catadora de latinhas passa em concurso: ganha R$ 7 mil por mês

Ex-catadora de latinhas passa em concurso: ganha R$ 7 mil por mês

Por Sónotíciaboa

Veja como todo mundo pode melhorar na vida. É só ter vontade, estudo e disciplina.

Uma catadora de latinha do Distrito Federal conseguiu passar em um concurso de nível médio do Tribunal de Justiça estudando apenas 25 dias.

Com isso, ela trocou uma renda mensal de R$ 50, por um salário de R$ 7 mil.

“Foi muito difícil. Hoje, contar parece que foi fácil, mas eu venci”, afirma Marilene Lopes.

Agora, ela diz que pensa em estudar direito.

Sem dinheiro nem para comprar gás e obrigada a cozinhar com gravetos, Marilene Lopes viu a vida dela e a da família mudar em 2001, depois de ler na capa de um jornal a abertura das inscrições para o concurso do Tribunal de Justiça do Distrito Federal.

Latinhas

Ela, que até então ganhava R$ 50 por mês catando latinhas em Brazlândia, cidade a 30 quilômetros de Brasília, decidiu usar os 25 dias de repouso da cirurgia de correção do lábio leporino para estudar com as irmãs, que tinham a apostila da seleção. Apenas Marilene foi aprovada.

“Minha mãe disse que, se eu fosse operar, ela cuidava dos meninos, então fui para a casa dela. Minha mãe comprou uma apostila para as minhas irmãs, aí dei a ideia de formarmos um grupo de estudo. Íamos de 8h às 12h, 14h às 18h e de 19h às 23h30. Depois eu seguia sozinha até as 2h”, explica.

O esforço de quase 12 anos atrás ainda tem lugar especial na memória da família. Na época, eles moravam em uma invasão em Brazlândia.

Fome

Marilene já havia sido agente de saúde e doméstica, mas perdeu o emprego por causa das vezes em que faltou para cuidar das crianças.

Como os meninos eram impedidos de entrar na creche se estivessem com os pés sujos, ela comprou um carrinho de mão para levá-los e aproveitou para unir o útil ao agradável: na volta, catava as latinhas de alumínio.

Segundo ela, a situação durou um ano e meio, e na época a família passava muita fome.

“Nunca tinha nem fruta para comer. Eu me lembro que passei um ano com uma só calcinha. Tomava banho, lavava e dormia sem, até secar, para vestir no outro dia. Roupas, sapato, bicicleta [os filhos puderam ter depois da aprovação no concurso]. Nunca tive uma bicicleta”, conta.

contioutra.com - Ex-catadora de latinhas passa em concurso: ganha R$ 7 mil por mês

R$ 5 emprestados

Mesmo para se inscrever na prova Marilene (foto cima), que é técnica em enfermagem e em administração, encontrou dificuldades.

Ela lembra ter pedido R$ 5 a cada amigo e ter chegado à agência bancária dez minutos antes do fechamento, no último dia do pagamento.E o resultado foi informado por uma das irmãs, que leu o nome dela no jornal.

“Dei uma flutuada ao ver o resultado. Pedi até para minha irmã me beliscar.”

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Nova vida

Ganhando atualmente R$ 7 mil, a técnica judiciária garante que não tem vergonha do passado e que depois de formar os cinco filhos pretende ingressar na faculdade de direito.

“Mesmo quando minhas colegas passavam por mim com seus carros e riam ao me ver catando latinhas com o meu carrinho de mão eu não sentia vergonha. E meus filhos têm muito orgulho de mim, da nossa luta. Eles querem seguir meu exemplo.”

Marilene já passou pelo Juizado Especial de Competência Geral, 2ª Vara Cível, Órfãos e Sucessões de Sobradinho, 2ª Vara Criminal de Ceilândia, 12ª Vara Cível de Brasília e Contadoria.

A trajetória dela inspira os colegas.

Por e-mail, o primeiro chefe, o analista Josias D’Olival Junior, é só elogios. “A sua história de vida, a sua garra e o seu caráter nos tocavam e nos inspiravam profundamente.”

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Fonte indicada: Só notícia boa

Não foi nada!

Não foi nada!

Atire o primeiro esparadrapo, algodão com água boricada ou Band-Aid quem nunca ficou revoltado ao levar um belo tombo e, depois do vexame, talvez alguns hematomas, uns ralados por toda a perna e o susto, ainda ter que ouvir de algum adulto desaforado a insensível frase: NÃO FOI NADA!

Ahhhh… não foi nada porque não foi você que pagou mico! Não foi nada porque não é você que ficou com o bumbum roxo! Não foi nada porque não é o SEU joelho que vai arder que nem o inferno na hora de tomar banho! Não foi nada… Não foi nada… Uma ova!
Há poucas coisas piores nesta vida do que ter a dor diminuída. E nem importa se é mesmo uma dorzinha de nada; tá doendo naquela hora. E na hora que tá doendo a gente espera do outro que testemunhou o desencadear da dor um mínimo de compaixão.

Mas, o ser humano é realmente curioso. Porque dor todo mundo sente – dor física, ao menos, todo mundo sente -; a menos que sofra de algum tipo de anomalia neurológica que impeça o ser de ter sensações dolorosas pelo corpo de carne e osso. E, pensando bem, essa estranha condição por si só já é uma tremenda situação de dor psíquica, posto que privado do alerta do incômodo físico a pessoa fique ainda mais vulnerável aos danos materiais que a sua “carenagem” possa vir a sofrer.

Porque será então que é tão comum entre nós, os humanos, ser incapaz de compreender que o ardor, a queimação, a pontada e até mesmo a coceira (que é o nível mais brando de dor… sabia?), quando se instala lá no outro, merece respeito?

Por que será que temos essa mania de perguntar àquele que sofre: “De um a dez, qual o grau da sua dor agora?”. Como assim? Que tipo de graduação é essa? Que régua seria suficientemente fidedigna para mensurar o quanto se sofre durante uma cólica renal, ou um corte no dedo feito com papel sulfite…? Ou quem sabe uma ferroada de formiga no dedão… Uma topada do dedinho do pé no pé da cama… Hein? Hein? Como é que se mede isso?

Até porque, tem louco para tudo nessa vida, não é mesmo? Eu tenho uma amiga que fez tratamento de canal – sim, aquela tortura com um palitinho de aço indo e vindo para dentro e para fora da gengiva -, SEM ANESTESIA!!!! Diz ela que considera a picada da “injeção” muito pior do que o entra e sai da liminha diabólica no canal do dente. Tá vendo??? Não faz nenhum sentido!

Também conheço gente que ignora todos os esforços, anos de pesquisas, vidas inteiras passadas dentro de laboratórios ou à beira de um canteiro de ervas, só para descobrir um jeito de curar ou, pelo menos, aliviar as mazelas humanas; porque insiste em enfrentar a dor sem tomar remédio. Nem um chazinho de camomila a criatura aceita! Fica lá curtindo a dor de barriga, a picada inflamada, a cabeça latejando só de birra. Eu, hein?!

Mas… mesmo esses supostos super-heróis ou super-heroínas merecem a nossa compaixão; e por que não dizer o nosso mais profundo respeito e – vamos confessar -, um cadinho de inveja branca.

Dor é igual verdade secreta: cada um que sabe da sua!

Sendo assim, da próxima vez que alguém se estabacar na sua frente, ou der uma topada com móveis tenebrosos que cismam de ficar bem no nosso caminho, ou simplesmente um “ai!” ou “ui!” alheio, trate de engolir o automático e malcriado “NÃO FOI NADA!”. E arranje coisa melhor para fazer, nem que seja apenas calar-se. Agora, caso você almeje de fato alçar uns degrauzinhos na escala evolutiva… estenda a mão, ofereça aquele amor que você espera receber quando é você que está no chão. O mundo há de se transformar num lugar melhor!

Nada é mais libertador que deixar de gostar de quem te faz mal

Nada é mais libertador que deixar de gostar de quem te faz mal

Um dia acordei e já não doía. O sentimento que estava lá até o dia anterior, já tinha sumido quando abri os olhos no dia seguinte. O que me deixava de cabeça baixa, me soltou para que eu pudesse caminhar de cabeça erguida.

É assim que o tempo funciona, quando menos se espera, a chama se apaga. Claro que não tem nada de bonito quando um sentimento morre, mas às vezes é necessário que isto aconteça.

Traição, humilhação, ser ignorada ou desvalorizada são coisas que ninguém gostaria de passar. Infelizmente, às vezes a pessoa que você gosta adquiriu um poder que lhe permite te tratar desta forma. Porém, como sempre dizem, não há mal que dure cem anos, mas pode demorar.

Esquecer um sentimento é um processo longo e de várias etapas, requer muito esforço e perseverança; deixar de stalkear a pessoa, citá-la menos vezes nas conversas com as amigas, ver menos o álbum de fotos e, se há insistência da parte dele, evitar encontrá-lo o máximo possível.

Assim, aos poucos a vontade de ver a pessoa vai enfraquecendo, a curiosidade por saber com quem está e onde passou o final de semana diminui. Quando se luta para deixar o passado no seu lugar, portas se abrem no presente para que pessoas cheguem e criem novas prioridades na sua vida.

Há aqueles que só conseguem deixar de gostar de uma pessoa quando começam a gostar de outra, mas eu chamo de liberdade quem consegue ficar um bom tempo sem gostar de alguém. Sendo do seu próprio universo, namorando consigo e deixando o mundo de lado por um tempo.

Nada é mais encantador do que ser dono de si mesmo. Poder ouvir, ler e pensar sobre o outro sem que isso te afete. Poder ignorar sem remorso e deixar para depois o chamado porque não está afim.

Saber que é possível superar um sentimento tão profundo, te torna uma pessoa forte. Deixar o passado no seu lugar, não apenas fisicamente, mas emocionalmente é uma proeza que só é possível adquirir com sofrimento, coragem e tempo, mas vale a pena.

Nada é mais libertador que saber que o mundo não acaba quando deixamos de gostar de alguém.

E que este mesmo mundo pode ser melhor e mais bonito assim.

Imagem de capa: Breslavtsev Oleg, Shutterstock

Idoso supera depressão com ajuda de garotinha de 4 anos

Idoso supera depressão com ajuda de garotinha de 4 anos

O poder da amizade é libertador e capaz de iniciar grandes transformações. Um grande exemplo disso é um relato feito por Tara Wood, que mora na Georgia, nos Estados Unidos. Ela foi ao supermercado na companhia de sua filha Norah, uma animada garotinha que estava completando 4 anos naquele dia.

Feliz, a menina resolveu contar que estava comemorando para os clientes da loja, incluindo um senhor de idade chamado Dan Peterson.

“Quando o Mr. Dan passou, ela sorriu e disse ‘olá, velhinho! É meu aniversário’ e ele parou, sorriu e respondeu ‘olá, mocinha! Quantos anos você faz hoje?’ eles conversaram por alguns minutos e depois seguiram seus caminhos”, explicou Tara. Antes disso, Norah pediu para tirar uma foto com Mr. Dan e, mais tarde, sua mãe a publicou no Facebook.

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O post fez muito sucesso e acabou ganhando vida própria nas redes sociais. Tanto que chegou até uma amiga do senhor Dan que entrou em contato com a mãe de Norah e contou que sua esposa havia falecido há pouco tempo.

Desde então, os dois se falam pelo menos uma vez por semana e Norah participou do aniversário de 82 anos de Dan.

“[O senhor Dan] disse que não dormia bem há muitos meses. Tristeza e ansiedade o faziam ficar acordado durante a noite, mas desde que conheceu Norah, ele dorme tranquilamente todos os dias. Ele disse que minha filha o curou”, contou a orgulhosa mamãe em entrevista ao canal de televisão CBS.

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TEXTO ORIGINAL DE HYPENESS

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