O tempo da Terra

O tempo da Terra

Deixei as palavras num canto, a escrita noutro, joguei a toalha no chão, os sonhos deixei-os na gaveta, a energia foi pela janela, as sementes não foram regadas, a terra ficou seca.

“Seja la como for, tenha fé, porque até no lixão nasce flor“ [MC Racionais].

Rego a terra, aguardo, mas a terra precisa também do seu tempo… de se molhar, de sentir a semente, precisa do espaço, e de regenerar as suas raízes… rego e aguardo. Mas a terra ainda precisa de sol, de respirar e depois de ser regada novamente. A terra precisa, não menos importante, de mimo, de atenção, do calor com essa brisa agradável de cheiro de natureza e de nada tão bom.

Eu também preciso da terra… de a sentir escorrer por entre os meus dedos, de sentir a sua textura, de perceber-lhe as modas! Se bem que a natureza é de poucos caprichos… com um pouco de água pode formar-se o mais lindo oásis.

Será assim com a nossa alma? Se a alimentarmos, com o que realmente precisa, poderá se parecer com esses oasis? Na dúvida, rego. Aguardo. Absorvo o sol, a brisa quente e o amor. Deixo o tempo passar, num ritmo que nao acelerá ao passo da minha vontade… e assim, cresco – quando a alma coincidir com o tempo da Terra.

Índia proíbe pássaros em gaiolas em decisão histórica

Índia proíbe pássaros em gaiolas em decisão histórica

Se existe um animal que é a mais profunda representação da liberdade, é o pássaro. Porém, em um mundo onde o ser humano insiste em se colocar à frente da natureza, milhares deles passam a vida toda em uma gaiola, transformando-se em animais de estimação, quando na verdade deveriam estar voando. Uma ideia absurda, que a Índia decidiu banir em decisão histórica, proibindo o encarceramento de pássaros em gaiolas.

Diferente de muitos países ocidentais, a Índia possui um histórico de lutar pelo bem estar dos animais. Lá por exemplo, os cosméticos testados em animais são proibidos, entre outras coisas. O juiz responsável pela proibição – Manmohan Singh, disse: ‘Tenho claro em minha mente que todos os pássaros têm os direitos fundamentais de voar nos céus e que os seres humanos não têm o direito de mantê-los presos em gaiolas para satisfazer os seus propósitos egoístas ou o que quer que seja”.

Depois de receber algumas críticas quanto o novo posicionamento, a corte fez questão de ressaltar a importância de se respeitar todos os seres vivos: “Eles merecem compaixão. Pássaros têm direitos fundamentais que incluem o direito de viver com dignidade e não podem ser submetidos à crueldade por ninguém”. Uma decisão que merece aplausos!

Via Hypeness

Deixei meu coração em modo avião

Deixei meu coração em modo avião

Deixei meu coração em modo avião. Hoje não quero criar expectativas, controlar o que não posso, me culpar por aquilo que não depende só de mim.

Desisto de procurar sinais nas entrelinhas, esperar reciprocidade, exigir respostas. Quero a paz de não saber tudo, a tranquilidade de não controlar quase nada, a bonança de não sofrer por antecipação, a calmaria de não esperar nada de ninguém além de mim mesma.

Deixei meu coração em modo avião. Vou parar de cutucar minhas feridas, jogar fora os excessos de minhas gavetas, ocupar os lugares que guardei para quem não quis seguir viagem ao meu lado. Vou tomar chá de amnésia e sumiço, ensaboar a alma com perfume de oceano e deixar a água levar o que entristece e empobrece.

Vou tirar meus sapatos, deixar morrer algumas saudades, ficar confortável na minha solidão. Vou abandonar meus julgamentos e deduções, fugir das comparações, descomplicar minha tristeza e firmar pactos com a leveza. Vou exigir senha da melancolia e fugir da fila da nostalgia. Vou assumir um compromisso com a serenidade e aquietar o som da goteira da imaturidade.

Deixei meu coração em modo avião. Hoje quero me despedir das dores que de tão presentes viraram amigas, das mágoas que perderam o prazo de validade, dos pesos desnecessários que atrasaram minha marcha. Quero me vestir de perdão, absolver as causas dos meus tropeços, arejar meus ressentimentos, libertar minha culpa.

Quero tecer momentos de simplicidade, bordar auto-gentilezas, pescar coragens. Quero ter a ousadia de me ouvir com zelo, ser generosa com meus anseios e cuidadosa com meus receios. Quero ser surpreendida em momentos de pouca expectativa, e ser pega de surpresa com um riso farto que estava guardado na minha barriga.

Quero borboletas no estômago, vagalumes no olhar e joaninhas embaraçando meu caminhar. Quero ser jardineira de harmonias e semear poesia de Manoel de Barros sob a luz do sol do meio dia. Quero beber doçuras do silêncio, fotografar melodias da tranquilidade e construir abrigos de simplicidade.

Deixei meu coração em modo avião e descobri que prezo mais um teto feito de estrelas que um céu cheio de preocupações; uma companhia simples e verdadeira pra rachar uma pizza que um jantar sofisticado ao lado de gente ranzinza; um vestido de chita cheio de poesia que um longo Dior ofuscado de idolatria.

Depois de manter por tanto tempo meu coração em modo avião, revi minhas prioridades. Já não funciono mais no compasso das esperas, mas aprendi a valorizar o que tem vocação de eternidade, o que apascenta minha alma e acalenta meu espírito. Tenho pressa de ser feliz e preguiça de sofrer por miudezas. Desejo bagagens leves, com rodinhas ultradeslizantes, e todos os dias escolho a mim mesma, sem máscaras, fingimentos, disfarces ou ilusões. Escolho a mim mesma com todas as dificuldades e imperfeições, com todas as certezas e divagações, com todas as coragens e aversões.

E então, recuperado o auto-respeito, tirei meu coração do modo avião. Hoje sei que não preciso me esconder para ser feliz, mas aprendi a reconhecer onde posso e devo me demorar. E resolvi me demorar no cheiro dos livros, na visão da roda-gigante iluminada que me lembra a própria vida, no som de uma conversa amiga, no gosto conhecido de uma receita antiga. Sem pressa, sem corridas, sem cobranças. Apenas pelo prazer de estar na vida que escolhi, uma vida vestida de sorrisos, buscadora de motivos que curem, apascentem e aquietem o coração…

Livro “Pai de Rodinhas” é sucesso em seu lançamento e aceitação pública geral

Livro “Pai de Rodinhas” é sucesso em seu lançamento e aceitação pública geral

Após o sucesso absoluto do lançamento ocorrido no último dia 19 de janeiro de 2019, evento que contou com a presença de mais de 300 pessoas, o livro “Pai de Rodinhas”, de Sérgio Nardini, continua circulando por aí e alegrando vidas.

Para quem ainda não conhece, abaixo, segue o prefácio e vídeo promocional. No final da matéria, orientações sobre como adquirir o livro.

Prefácio de Josie Conti

Era uma vez uma família simples do interior de São Paulo que esperava o seu primeiro filho. Seus dias eram duros, pois trabalhavam na lavoura como funcionários de uma fazenda local.

Após o nascimento do bebê, já nos primeiros meses, a família percebeu que seu desenvolvimento motor parecia não acompanhar o que era esperado para crianças da mesma idade.

Por causa disso , a família foi desafiada a procurar por tratamentos e iniciou uma jornada de fé e adaptações para que essa criança tivesse uma infância feliz e saudável apesar das suas restrições.

E assim os anos seguiram, sempre apoiados na esperança de uma melhora. A família mudou-se do sítio para cidade e a vida dessa criança passou a ser marcada pela rotina que, mesmo sendo muito simples, foi permeada por amor e presença carinhosa da família.

Até que um dia, após desafiar a complexidade da burocracia local, o menino finalmente foi para escola e um infinito de possibilidades de inclusão e aprendizagem abriu-se à sua frente.

Sonhando em ser aceito por seus colegas de escola e com uma sede sem fim de conhecimentos, o menino descobriu que suas habilidades mentais e bom humor eram capazes de, gradativamente, trazer para perto de si amigos e oportunidades.
Desde então, a voz desse garoto ultrapassou as fronteiras da limitação, construiu uma vida de realizações e emprestou força e alma àqueles que o rodeavam.

Esse livro conta a história de Sérgio Nardini, o menino que se transformou em homem e o homem que se transformou – ao contrário do que qualquer um poderia prever -, em artista plástico reconhecido; em militante das causas relacionadas à inclusão; em apresentador de rádio e até político e defensor de importantes causas coletivas e culturais. É a história do homem que também encontrou o amor; casou-se; fez faculdade, depois de adulto; e, no ápice da realização de seus sonhos, descobriu a paternidade, tornando-se o pai da bela  Lavínia.

Mas, essa história vai muito além do que alguns, ingenuamente, chamariam de história de superação. Porque, a cada página do livro o leitor se encantará com o que faz de Sérgio Nardini a pessoa magnética e tão querida por todos: seus alicerses morais, seu irreverente humor ácido e a consciência de que sempre terá que “ferver” um pouco mais a cabeça para descobrir uma maneira de superar o próximo limite que a vida, ou a doença degenerativa que possui, vier a lhe impor.

E assim, dotado da habilidade irresistível de contar histórias pela perspectiva diferenciada e engraçada, Sérgio mostra que tudo o que fez valeu a pena, pois se tudo o que passou para chegar até aqui foi difícil e se, muitas vezes, sua vida foi baseada em retirar água de solo árido, sua filha Lavínia é a primavera em seu mais lindo desabrochar.

Nas próximas páginas você não encontrará um livro escrito para “deficientes” ou para “pais”. O que segue é o legado de um homem que, com fortes alicerces, amigos sinceros e a construção de sua família e carreira, deixa um relato para ser deliciosamente degustado entre lágrimas, indignação, reflexões e gargalhadas.

Afinal, não é assim que as histórias que realmente importam merecem ser contadas?

***

Confiram o vídeo

COMO COMPRAR?

Em Amparo, interior de SP,  o livro pode ser adquirido no Estúdio Reginaldo Leme (R. 13 de Maio, 100 – Galeria 13, piso 1); Livraria Mundial (R. Comendador Guimarães, 70).

Outra opção é pela internet, no MERCADO LIVRE (com pagamento parcelado e opções de retirar em mãos ou via correios):

Valor: 45,00 reais

O piloto que faleceu junto com Boechat também merece ser lembrado e homenageado

O piloto que faleceu junto com Boechat também merece ser lembrado e homenageado

Ronaldo Quattrucci, 56 anos, foi o piloto que conduzia o helicóptero que levava o jornalista Ricardo Boechat na tarde desta segunda-feira (11).

O piloto era dono da empresa proprietária do helicóptero, a RQ Serviços Aéreos Especializados Ltda. 

Segundo a Associação Brasileira de Pilotos de Helicóptero (Abraphe), Quattrucci “seguiu à risca as doutrinas de segurança até o último momento, na tentativa de preservar a vida da tripulação a bordo do helicóptero”.

“Importante destacar, ainda, a experiência de quase duas décadas do comandante, as licenças regulares, bem como as características e potencial da aeronave que comandava”, diz a nota.

contioutra.com - O piloto que faleceu junto com Boechat também merece ser lembrado e homenageado

***

Leia também: Em 2015, Ricardo Boechat deixou um texto sobre surto depressivo que o acometeu

***

O helicóptero saiu de Campinas, no interior do estado, onde Boechat participou nesta manhã de um evento, e seguia em direção à sede do Grupo Bandeirantes, no Morumbi, Zona Sul . A queda ocorreu na rodovia Anhanguera, junto ao Rodoanel: a aeronave bateu na parte dianteira de um caminhão que transitava pela via.

Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a aeronave, um Bell Helicopter prefixo PT-HPG, estava em situação regular.

Ronaldo Quattrucci deixa dois filhos. Nosso respeito a seu trabalho e sinceros sentimentos à família.

Ressaltamos também nosso desejo de recuperação ao motorista do caminhão atingido e nossa eterna saudade a Boechat.

***

Com informações de G1

Com a queda do helicóptero e morte de Ricardo Boechat, morre também mais um pouco da esperança nacional

Com a queda do helicóptero e morte de Ricardo Boechat, morre também mais um pouco da esperança nacional

Após a tragédia de Brumadinho e o incêndio que matou os jovens jogadores do Flamengo, perder um dos jornalistas  mais admirados do país é deixar morrer mais um pouco de nossa esperança, que já anda tão fragilizada.

Nas redes sociais, as morte do jornalista e do piloto repercutiram imediatamente no Twitter. “Boechat” é “Band” são os dois assuntos mais comentado na rede social neste início de tarde. Os internautas também estão postando a hashtag “Cancela 2019”, em alusão à quantidade de tragédias ocorridas neste início de ano.

Em pesquisa do site Jornalistas & Cia em 2014, que listou cem profissionais do setor, Boechat foi eleito o jornalista mais admirado e, por conta disso, a sua perda mobiliza tanto o país.

Polêmico, destemido, um verdadeiro perseguidor da verdade. Tinha 66 anos e, além de comandar o Jornal da Band, era âncora da BandNews FM e tinha uma coluna semanal na revista IstoÉ.

O jornalismo brasileiro está de luto o Brasil está de luto.

Segundo o jornalista José Luiz Datena: “com profundo pezar desses quase 50 anos de jornalismo, cabe a mim informar a vocês que o jornalista Ricardo Boechat, pai de família, companheiro, o maior âncora do jornalismo da TV brasileira, morreu hoje em um acidente de helicóptero no Rodoanel em São Paulo”.

Nesse momento é impossível não dizer #Cancela2019.

***

Leia também: O piloto que faleceu junto com Boechat também merece ser lembrado e homenageado

Em 2015, Ricardo Boechat deixou um texto sobre surto depressivo que o acometeu

Em 2015, Ricardo Boechat deixou um texto sobre surto depressivo que o acometeu

Dia 11-02-2019, após sabermos da morte do jornalista Ricardo Boechat e do piloto que dirigia o helicóptero em que ambos estavam, já fica a saudade. Dentre tanto que ele nos ofereceu, em  2015, Ricardo Boechat deixou um texto sobre surto depressivo que o acometeu.

Nada mais justo do que recuperarmos esse texto nessa página que fala tanto sobre Saúde Mental:

Este papo de hoje é sobre depressão. Um mal que afeta milhões de pessoas, milhares delas no Brasil, um mal sobre o qual é preciso estar informado e não fazer segredo.

Acho que devo uma explicação às centenas de pessoas que me escreveram nos últimos dias perguntando o que eu tinha e desejando minha pronta recuperação.

Pois bem, queridos amigos, o que eu tive foi um surto depressivo agudo. Minutos antes de começar o programa de rádio da quarta-feira retrasada eu simplesmente sofri um colapso, um apagão aqui no estúdio. Nada na minha cabeça fazia sentido. Nenhum texto era compreensível. Os pensamentos não fechavam e uma pressão insuportável dava a nítida sensação de que o peito ia explodir. Fiquei completamente desnorteado e achei melhor me refugiar no meu camarim e esperar socorro médico. Quando finalmente minha doce Veruska me levou ao doutor e eu descrevi o que estava sentindo ele foi categórico em dizer que era depressão. Que o estado de pânico, a balbúrdia mental, a insegurança e tudo mais eram sintomas clássicos do surto depressivo.

Quem cai num quadro desses perde qualquer condição de continuar ativo, de pensar as coisas mais simples. A pessoa morre ficando viva.

E eu fiquei impressionado nestes dias com a quantidade de gente que sofre do mesmo problema. Quando contei a alguns ouvintes que me ligaram o que estava acontecendo, muitos disseram já ter passado por isso, ou conhecer alguém que ainda passa ou já passou.

O Barão me mostrou um vídeo produzido pela ONU indicando que esse fenômeno é global. Uma amiga minha citou números da Organização Mundial da Saúde afirmando que a depressão é a doença que mais cresce no mundo. E o Bruno Venditti me mandou um texto muito bom do pregador Élder Holland sobre o assunto.

Tanto o vídeo da ONU quanto esse texto deixam claro que é importante não esconder a doença, não esconder a depressão. Não tratá-la na clandestinidade. É importante aceitá-la para combatê-la – e todo o silêncio, do próprio doente ou de quem está à sua volta, dificulta a recuperação. Essa necessidade de não fazer segredo, além da sinceridade que faço questão de manter na relação com os ouvintes, é a razão deste depoimento pessoal.

O texto que eu li fala do “transtorno depressivo maior” lembrando que isso não significa apenas um dia ruim, ou um contratempo, ou momentos de desânimo ou ansiedade, que são coisas que todos temos normalmente.

A depressão é muito mais que isso e muito mais séria. É uma aflição tão severa que restringe a capacidade de uma pessoa funcionar plenamente, um abismo mental tão profundo que ninguém pode achar que vai se safar apenas endireitando os ombros ou pensando coisas positivas.

Não, minha gente, essa escuridão da mente e do estado de espírito é mais do que um simples desânimo. É um desequilíbrio da química cerebral, algo tão físico quanto uma fratura óssea, ou um tumor maligno. É um fenômeno que atinge todo mundo: quem perde um ente querido, mães jovens com depressão pós-parto, estudantes ansiosos, militares veteranos, idosos de uma maneira geral e pais preocupados com o sustento da família.

A depressão não escolhe vítimas por seu grau de instrução ou situação econômica. Castiga sem piedade e da mesma forma pobres e ricos, anônimos e famosos.

Os médicos que estão me tratando disseram que eu estiquei a corda demais, que fiz mais coisas do que deveria fazer e em menos tempo do que seria razoável. Eu fui além dos limites que minha saúde permitia e ignorei todos os sinais físicos e avisos domésticos. Quantas vezes a minha doce Veruska me disse: “Você vai pifar! Você vai pifar!”…

O texto que eu li ensina que para prevenir a doença da depressão é preciso estar atento aos indicadores de estresse em sua própria vida. Assim como fazemos com nosso carro, é fundamental observar a temperatura do nosso motor interno, os limites de nossa velocidade, ou o nível de combustível que temos no tanque. Quando ocorre a “depressão por exaustão”, que foi o meu caso, é preciso fazer os ajustes necessários. A fadiga é o inimigo comum e recuperar forças passa a ser uma questão de sobrevivência.

A experiência mostra que, se não reservarmos um tempo para nos sentirmos bem, sem dúvida depois teremos que dispender tempo passando mal. E foi o que aconteceu. Mas a cura existe. Às vezes requer tratamentos demorados. Mas, como está no texto que eu li, “mentes despedaçadas também podem ser curadas, assim como corações partidos”.
Eu sei que quem liga o rádio numa estação de notícias quer receber informações de interesse geral, quer saber da política, da economia, dos acidentes, do engarrafamento nosso de cada dia.

Então peço desculpas por não entregar nada disso a vocês neste papo inicial no dia de minha volta. Nada de impeachment, de renúncia, de Cunha, de Renan, de inflação, do ajuste fiscal e de tantas outras coisas que só têm feito infernizar nossas vidas mas que são as manchetes do momento.

Não falei neste bate papo nem mesmo das abobrinhas de que eu gosto tanto e que nos ajudam a cumprir a jornada diária sofrendo menos.

Este papo de hoje é sobre depressão. Um mal que afeta milhões de pessoas, milhares delas no Brasil, um mal sobre o qual é preciso estar informado e não fazer segredo.

Como eu agora me descobri fazendo parte dessa população doente, pensei muito nas noites sem dormir dos últimos dias e tomei a decisão de dividir essa experiência com vocês. Se com isso eu conseguir ajudar algum ouvinte a prevenir a depressão ou a curá-la, já me dou por satisfeito.

Ricardo Boechat, jornalista

Fonte original: Facebook 

Nota da página: O relato refere-se ao episódio ocorrido poucos dias antes de sua publicação, em 27-08-2015.

****

Sentiremos saudades de sua verdade, carisma e extremo profissionalismo!

 

O medo está tirando de você as melhores experiências da vida. Livre-se dele!

O medo está tirando de você as melhores experiências da vida. Livre-se dele!

No meu trabalho atual, tenho o privilégio de conhecer, diariamente, pessoas de diversas partes do mundo. Nunca saio vazia desses encontros. Todas as pessoas que passam por mim, estão ali por um bom motivo. No Verão passado, tive um encontro que mudou, definitivamente, minha forma de ver as coisas.

Uma senhora me chamava muito a atenção durante a semana em que passou por lá. Sempre alegre, sorridente, transbordando simpatia com todos ao redor. Todas as manhãs ela se aproximava e conversava um pouco comigo sobre assuntos diversos. Em uma dessas manhãs, ela planejava o roteiro de passeios do dia, e incluía um passeio de barco. Eu, prontamente lhe disse:

– Barco? Eu acho lindo, e tenho certeza que será uma experiência incrível! Mas eu tenho muito medo. Moro aqui há 8 anos e nunca fui. Nem pretendo… (risos)

Ela me fitou com curiosidade e o seu riso já conhecido. Depois de um suspiro, me disse com doçura (transcrevo abaixo em minhas palavras):

– Kássia, eu era como você. Cheia de medo. Até que tive câncer pela terceira vez e vi a morte pela terceira vez. Eu poderia não estar aqui com minha família. Mas estou! Percebi que tinha passado a vida inteira com medo de tudo e deixado de viver tantas coisas que nem dá pra contar. E desde a última vez, resolvi que faria tudo de forma diferente, do jeito que eu queria de verdade. Comecei a dar mais atenção a meus filhos e a incentivá-los a aproveitar mais a vida. Resolvi fazer tudo que o medo não me deixava fazer: pulei de paraquedas, andei de helicóptero, barco, parei de levar tudo tão à sério, como fazia antes. E vou te dizer com sinceridade: agora, sim eu sou feliz. Então, vou te fazer um pedido, vai andar de barco… Faça por mim!

Bem, quem me conhece já sabe que, neste momento, eu já estava debulhando em lágrimas. Eu sabia que ela estava ali, como um sinal do Universo. E respondi:

– Eu entendi. E sim, eu vou andar de barco! Muito obrigada! – e dei-lhe uma abraço. Não sei quantos segundos aquele abraço durou, mas vou me recordar dele pra toda minha vida.

Um mês depois, aproveitei a companhia de um grande amigo que visitava a cidade e fui passear de barco e conhecer um recife de corais muito famoso. O dia estava lindo. Nos primeiros minutos, fiquei meio enjoada por conta da maresia. Mas logo passou. Como não sabia nadar, meu amigo me deu total suporte me auxiliando durante todo passeio. Vi peixes raros, o mar em cores que eu nunca tinha visto, conheci pessoas super divertidas. Foi um dos dias mais incríveis da minha vida que me emocionam só de lembrar. Se fecho os olhos, ainda posso viver novamente cada detalhe daquele dia…

Sempre repenso as coisas que ela me disse. Até porque, minha vida deu um salto radical desde então. Eu pensava: Quantas vezes havia deixado de viver experiências incríveis por causa do medo… E se eu tivesse mandado aquela carta? E se eu tivesse feito aquela viagem? E se eu tivesse dito o que eu sentia? E se eu tivesse aceitado aquela oportunidade de emprego? E se eu tivesse confiado? E se? E se? E se…

Então, decidi que nunca mais deixaria o medo guiar minhas escolhas e minha vida! Aceitei uma oportunidade de emprego que me ensinou uma nova carreira e me fez conhecer um novo dom, que nem eu mesma tinha noção que existia. Fiz amizades com pessoas incríveis que, sinceramente, anteriormente, nunca faria. Mudei o cabelo, o jeito de vestir, conheci pessoas maravilhosas…

Todas as pessoas das minhas relações, sem exceção, sabem exatamente o que sinto por elas. Nunca me nego a dizer que amo, respeito, me orgulho, admiro. Não tenho mais vergonha dos meus sentimentos. Tomo tudo como aprendizado e sigo em frente, melhor do que antes dessa experiência, com certeza! Recentemente, ouvi de uma pessoa que sou muito sensível… E daí? Pra mim, isso foi um grande elogio a minha sinceridade e amor às pessoas.

Então, faço a você o pedido que ela me fez: vá andar de barco! Ligue pra pessoa que você ama e diga o que sente! Aceite uma proposta que você quer, mas tem medo de sair da zona de conforto. Ligue pra sua irmã e faça as pazes. Desapegue das coisas pequenas e foque no que realmente importa: Ser feliz! Não permita que os medos que outras pessoas colocaram em você dominem a sua vida! No começo da experiência, você vai sentir o desconforto, como eu senti no barco. Depois, vai ser maravilhoso. Acredite!

Para as irmãs, a distância não importa: elas são unidas pelo coração

Para as irmãs, a distância não importa: elas são unidas pelo coração

As irmãs não se importam com o tempo ou a distância. Aquelas caras que compartilham gestos semelhantes e da mesma forma que rir novamente olhar com a cumplicidade de sempre, intuindo tudo o que não dizer as palavras, e nutridas, mais uma vez, que o vínculo invisível que habita de modo duradouro em seus corações.

Todos nós sabemos que o relacionamento fraterno é geralmente um sistema de apoio único e excepcional. Nossos irmãos são aqueles membros da família que, com toda probabilidade, vão coexistir conosco ao longo do ciclo da vida.

Compartilhamos um passado, experiências e um legado emocional que geralmente é construído de uma maneira particular no caso das irmãs. O vínculo entre irmãs traz para nós o eco daqueles anos de infância habitados por lutas por roupas, por detestar ser o mais velho ou por odiar ser o menor.

O vínculo entre as irmãs é agora nutrido pelo amor que não expira, que não compreende distâncias e que preocupa a cada dia o bem-estar um do outro.

De acordo com um estudo realizado na Universidade de Illinois, a relação entre irmãos pressupõe que o primeiro contato que uma criança tem com um igual. É algo essencial que os pais devem considerar.

Por outro lado, a coisa mais curiosa sobre o vínculo entre as irmãs é que geralmente é algo complexo durante os primeiros anos da infância. No entanto, quando a maturidade chega, esse relacionamento se torna um pilar maravilhoso, uma aliança excepcional. Nós convidamos você a mergulhar no assunto.

As irmãs, entre amor e rivalidade

É importante especificar, em primeiro lugar, que as relações familiares são entidades muito complexas e têm, como é normal, suas próprias particularidades.

Isso significa que, obviamente, nem todas as irmãs desfrutam desse vínculo positivo e enriquecedor. No entanto, às vezes, superar muitas dessas situações problemáticas envolve iniciar um processo apropriado de cura pessoal.

Existe um livro muito interessante que se aprofunda precisamente neste tópico. São irmãos e irmãs que descobrem a psicologia do companheirismo (irmãos e irmãs, a descoberta da psicologia da empresa), da psicóloga Lara Newton. Nele ele nos fala sobre essa perspectiva diferencial onde, às vezes, a relação entre irmãs oscila entre a rivalidade e a mais intensa afeição.

O que pode determinar a complexidade de seus relacionamentos

. O contexto familiar e educacional em que crescemos pode afetar a relação entre as irmãs (estereótipos de gênero, preferência de um filho por outro …)

. Nos primeiros anos, a ordem de nascimento também aumenta a diferença entre eles. O ciúme pode aparecer, mas, por sua vez, um instinto protetor da irmã mais velha pode surgir sobre o menor.

. Crescer com as irmãs significa, por sua vez, passar por diferentes ciclos em que amadurecem como mulheres, aprendendo umas com as outras. Desta forma, surge pouco a pouco uma ligação baseada na cumplicidade, na cura e no apoio indiscutível que eles oferecem um ao outro e que geralmente dura ao longo do tempo.

contioutra.com - Para as irmãs, a distância não importa: elas são unidas pelo coração

O apoio emocional entre as irmãs

Os anos se passaram e lá ficaram aquelas leituras furtivas dos diários secretos de nossas irmãs, roubando roupas de seus armários ou escutando suas conversas ao telefone.

Agora, podemos apontar o dedo para o lugar que eles ocupam em nossa alma e dizer em voz alta o que eles são essenciais em nossa vida. Apesar da distância, apesar do fato de que habitamos nossos mapas pessoais com nossas próprias famílias, com nossos próprios projetos.

Irmãs, nascemos da mesma árvore e, embora nossos ramos sigam em uma direção diferente, nossas raízes permanecem as mesmas.

As irmãs, acredite ou não, são estrategistas adeptos quando se trata de conceder apoio emocional. A união entre eles vai além dos genes. São âncoras que estão enraizadas nas profundezas de uma história comum que vem tecendo cúmplices e laços duradouros.

Basta um olhar para que as bússolas emocionais das irmãs possam detectar desapontamentos, tristezas ou ilusões. Poderíamos dizer quase sem cometer erros, que o vínculo com nossas irmãs melhora nossa qualidade de vida por esse apoio emocional incombustível.

contioutra.com - Para as irmãs, a distância não importa: elas são unidas pelo coração

Um suporte essencial

As irmãs nos dão segurança, têm fé em nossas habilidades e nos lembram de nossas falhas, daquelas que arrastamos desde a infância e que ainda não transformamos.

Eles também são os que nos dão os melhores conselhos e as advertências mais sábias, aqueles que não têm linguagem e não brilham por causa de sua falsidade ou condescendência. Eles querem o melhor para nós. E queremos ter esse apoio sempre, apesar do fato de que, às vezes, discutimos e nos lançamos diante de aspectos do passado.

Agora, na maturidade, nossas irmãs também podem nos fazer assumir um papel novo e igualmente excitante: o dos tios e tias. Um momento em que essa rede de sentimentos e apoios se alarga ainda mais, descobrindo-nos de novo, o grande tesouro que supõe ter uma irmã.

Tradução A Soma de Todos os Afetos, via La mente es maravillosa

Eu sou a mãe de uma garota que não precisará ser salva por um príncipe

Eu sou a mãe de uma garota que não precisará ser salva por um príncipe

Nos últimos anos, experimentamos uma era de ouro em termos da reivindicação da igualdade de gênero e dos direitos das mulheres. De fato, há algo que é mãe muito claro agora: a necessidade de educar o seu filho no valor da liberdade e coragem, para não dar ao mundo uma pequena princesa que precisa ser salva por um príncipe.

Segundo a UNESCO, um dos principais objetivos de todas as sociedades é promover a igualdade de gênero e a não discriminação das meninas. De um modo geral, todos concordamos com isso, o que é um fim lógico em que vale a pena investir recursos, esforços e consciência adequada.

“Pés para o que eu quero, se eu tiver asas para voar”
-Frida Kahlo-

No entanto, há um fato que nos escapa, há uma pequena “grande” nuance que muitas vezes não percebemos e que quase sem perceber, esculpe a personalidade e o pensamento de nossas meninas. Se alguma coisa reforçada no dia a dia é o valor da física, louvamos suas roupas, seu cabelo todos os dias e lembrá-los da necessidade de ser boas filhas, boas irmãs, bons parceiros, bons mulheres…

No entanto, sob esses rótulos clássicos, o que realmente alcançamos é guiar suas prioridades para reforçar, quase sem querer, o esquema patriarcal clássico. Potenciemos no dia a dia outras áreas, outros aspectos que permitem que sejam eles mesmos, o que querem, o que dita o coração.

Eduque dando-lhes asas e coragem o suficiente para que, se a qualquer momento houver oportunidade, eles possam se salvar.

Minha garota não vai ter medo de dragões

Para dar ao mundo pessoas maduras, livres e corajosas, que sabem construir seus próprios caminhos, nada melhor do que oferecer estratégias adequadas para que possam administrar seus medos e inseguranças.

. Toda garota – como toda criança do sexo masculino – deve ser capaz de enfrentar seus próprios medos com nossa ajuda, racionalizando ideias e controlando suas emoções um pouco melhor a cada dia.

. Quando é hora de adiar medos, é necessário “não alimentá-los”. Assim, a última coisa que devemos fazer com nossas filhas é promover sua dependência dos outros. Papai não deve olhar debaixo da cama se estiver com medo, a mãe não vai falar por ela quando ela quer perguntar algo em voz alta com a desculpa de que ela é tímida.

. Desde cedo, vamos encorajá-los a encarar o que os preocupa, aquelas pequenas coisas que assustam toda criança, qualquer que seja seu gênero, e que algumas vezes, algumas famílias toleram mais, caso sejam meninas.

contioutra.com - Eu sou a mãe de uma garota que não precisará ser salva por um príncipe

Você não tem que ser uma boa menina, é o suficiente para você ser você mesmo, o que você quiser

Seja boa, fique quieta, não diga, não fale, se vista bem, não seja sem vergonha, não chame atenção, faça o mesmo que os outros, não saia da linha, linha, vestido … Esses e outros muitas outras frases, ideias e mandatos são aquelas que sempre acompanharam todas as garotas ao longo de várias gerações.

“O futuro pertence àqueles que acreditam na beleza dos seus sonhos”
-Eleanor Roosevelt

É claro que queremos que nossas filhas nos obedeçam, mas, em vez de educar no esquema clássico de pura e simples obediência, mudamos o foco para promover suas habilidades, suas forças e virtudes.

. Eduque em sensibilidade, conhecendo suas necessidades, seus gostos, suas paixões.

. Educar em igualdade, não tem preferências com eles que você não tem com seus filhos e vice-versa.

. Não os determine, não direcione seu comportamento para o que você gostaria que eles fossem.

. Ouça-a, ofereça-lhe segurança e ofereça suas responsabilidades muito cedo. Faça-o ver que ele é capaz de muitas coisas, de não precisar de segundas pessoas para muitas coisas. Mostre a ela que confiar em si mesma e em suas habilidades pode ser um longo caminho.

contioutra.com - Eu sou a mãe de uma garota que não precisará ser salva por um príncipe

A autoestima de uma garota não é reforçada apenas por dizer que ela é bonita

Você pode dizer a ele, não há problema com isso. Você pode dizer a ela diariamente que ela é a garota mais bonita do mundo, porque é claro que ela é. No entanto, não faça isso, não priorize esta abordagem exclusivamente.

Quando nos apresentam, por exemplo, a filha de alguns amigos, é muito comum dizer isso de “mas como você é bela Laura, e que lindo vestido você está usando …”. Pouco a pouco, Laura ficará tão acostumada ao reforço positivo associado ao seu físico que baseará sua autoestima somente nesse aspecto. Não está certo.

. Pergunte a ela o que ela quer ser amanhã e ouça com interesse.

. Pergunte a ela que livros ela lê ou gostaria de ler

. Louvem o modo como se expressam, dão-lhes confiança para que, dia após dia, sejam mais assertivas

. Lembre-a de que você se sente orgulhoso pelo que ela é, pelo que faz, por tudo que faz bem e por aprender cada dia como melhor.

Para concluir, sua menina é e sempre será bonita, mas para você como mãe e como pai não é a coisa mais importante. O que você quer é que ela se torne uma mulher com voz própria, com seus próprios pensamentos e objetivos definidos que ela sabe como defender e realizar.

Alguém livre para amar e ser amado, para conquistar qualquer cenário que esteja ao alcance. Pode ser o que ela quer amanhã, e não, ela não vai precisar de um príncipe para salvá-la de qualquer coisa…

Tradução A Soma de Todos os Afetos, via Eresmama

USP busca voluntários para testar nova droga de prevenção ao HIV

USP busca voluntários para testar nova droga de prevenção ao HIV

Jovens com menos de 30 anos de idade, gays masculinos e mulheres transexuais podem participar do primeiro estudo em larga escala para testar a nova medicação injetável de longa duração chamada Cabotegravir. Uma injeção intramuscular da droga, aplicada a cada dois meses, é capaz de manter níveis adequados do medicamento no sangue e poderá revolucionar a prevenção contra o HIV.

O Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) compõe a rede de mais de 43 centros em sete países que testam a nova profilaxia.

O objetivo do estudo é saber se a injeção a cada oito semanas é segura e se é tão eficaz para prevenir o HIV quanto a medicação oral atualmente utilizada para Profilaxia Pré-Exposição (PrEP). Hoje, a PrEP oferecida pelo Sistema Únicos de Saúde (SUS) é uma combinação de drogas na forma de comprimidos.

contioutra.com - USP busca voluntários para testar nova droga de prevenção ao HIV
Esquema da pesquisa com o medicamento anti-HIV cabotegravir – Imagem: Reprodução/Projeto HPTN 083

O ensaio clínico internacional, financiado pela Divisão de Aids do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH, na sigla em inglês), está testando mundialmente a forma injetável da Cabotegravir, que já possui alta eficácia no tratamento contra a multiplicação do HIV, segundo o médico infectologista Ricardo Vasconcelos. Ele é coordenador clínico no HC do chamado Projeto HPTN 083.

Pretendemos demonstrar que tomar uma injeção de HPTN 083 a cada dois meses protege tão bem contra a infecção do HIV quanto um comprimido diário da PrEP tradicional. Quanto mais estratégias de prevenção, mais fácil será contemplar os diferentes contextos de vida, da mesma maneira que o anticoncepcional. Hoje, há 17 formas de contracepção. A prevenção contra infecções sexualmente transmissíveis deve seguir os mesmos passos, ou seja, oferecer o maior leque possível de possibilidades de prevenção”, argumenta o pesquisador

Segundo Vasconcelos, embora a PrEP oferecida no SUS seja eficaz, os estudos mostram que, assim como o uso da camisinha, a proteção só é efetiva com o uso consistente e correto. Jovens até 30 anos de idade, mulheres transexuais e homens gays são os grupos menos protegidos devido à inconstância no uso de preservativo e também do PrEP em comprimido, o que justifica a escolha desses grupos prioritários para a pesquisa. Atualmente, 25% dos homens gays no Brasil já convivem como HIV, uma taxa altíssima para os padrões mundiais.

O Projeto HPTN 083 deverá acompanhar o total de 4.500 voluntários ao longo de 3,5 anos, em mais de 40 centros de pesquisa em países como Estados Unidos, Peru, Argentina, África do Sul, Vietnã e Tailândia, além do Brasil, onde os testes são feitos em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre, cidades de alta incidência de infecção por HIV nos grupos de risco.

Além do Hospital das Clínicas da USP, os testes em São Paulo também são realizados no Centro de Referência e Treinamento DST/AIDS-SP. O Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas (IPEC) da Fundação Oswaldo Cruz–FIOCRUZ do Rio de Janeiro, além do Hospital Nossa Senhora da Conceição de Porto Alegre, integram a rede no Brasil.

Os interessados em participar do estudo em São Paulo devem entrar em contato pelos telefones (11) 94996-6134 e (11) 2661-2275; pelo e-mail [email protected] ou pelo Twitter @pec.hcfmusp

Da Assessoria de Comunicação da FMUSP, via Jornal da USP

Não implore por coisas que você pode conseguir naturalmente

Não implore por coisas que você pode conseguir naturalmente

Implorar deveria ser proibido por lei. Poderia funcionar assim: não implore nada, para ninguém e de forma alguma. Mas, nem todos pensam assim e, na ânsia de amarem e serem amados, imploram sentimentos que deveriam ser dados livremente.

Relacionamentos são parcerias. Somos parceiros de quem amamos. Isso explica o motivo de algumas relações darem certo e outras não.

Uma relação só se mantém saudável quando os envolvidos sabem aproveitar os momentos (bons e ruins) e seguem em uma direção única. Se, por algum motivo, essa parceria não acontece, não existe probabilidade da relação dar certo.

A verdade é que algumas pessoas facilitam as coisas para o amor e você pode estar fazendo parte desse grupo sem perceber. “Ele não atendeu as ligações porque não teve tempo”. “Ela não respondeu as mensagens porque ficou sem conexão”. “Ambos não demonstram interesse para valorizarem o relacionamento”. Note que, em todas essas situações, os envolvidos estão procurando desculpas que justifiquem o desinteresse alheio ao invés de apenas aceitarem a situação.

Por que é tão difícil aceitar que o outro não quer nada conosco? Por que não conseguimos entender que o outro tem o direito de não nos amar? Por que acreditamos mais em desculpas esfarrapadas do que em verdades escancaradas?

É sempre bom deixar claro que as pessoas sempre demonstram quem são e o que, realmente, querem. Mesmo que finjamos não entender isso, os pequenos sinais nos revelam grandes coisas da personalidade alheia.

Entenda que não implorar amor significa não implorar pelo que você pode ter livremente. Entende isso? É simples! Você não precisa implorar atenção se há outros querendo te dar. Não precisa cobrar ligações se há vários que querem fazê-las. Não precisa cobrar companhia se há vários que esperam apenas uma oportunidade para fazerem isso. Em outras palavras: sentimentos que não são recíprocos não nos interessam.

É preciso ter muita vergonha na cara e muito amor próprio para entender que amor bom é amor recíproco. Não existe essa de “um dia ele irá me dar valor” ou “é uma questão de tempo para ela me amar”. Amor próprio é também saber a hora de sair de cena sem alarmar a plateia. Como afirma Luis Fernando Veríssimo: “(…) sofrer não deixa nada mais dramático, chorar não alivia a raiva e implorar não traz ninguém de volta….a palavra é valor!”

“A felicidade desperta mais inveja que a riqueza”

“A felicidade desperta mais inveja que a riqueza”

Não sei dizer do que mais gostei no livro “O Arroz de Palma”, de Francisco Azevedo. O livro é delicado e simples; seus personagens são repletos de defeitos e virtudes, com abundância daquilo que existe de mais humano em nós.

Tia Palma e Antonio, os personagens centrais, parecem nossos chegados, e tia Palma não peca pelo excesso de palpitações. Um dia, a pitoresca senhorinha vai passear na casa de Antonio.  Chegando lá, se depara com o arroz_ que tem uma história linda_ exposto dentro de um pote de cristal no restaurante do sobrinho. Sábia, pega o rapaz pelo braço e aconselha baixinho:

” O arroz é tua felicidade. Não deves fazer alarde dela. A felicidade desperta mais inveja que a riqueza.”

Tia Palma tinha razão. Expôr a felicidade é vaidade.

Não basta ser feliz, ter afetos à sua volta, comida à mesa, teto, paz? É preciso expôr para validar?

Com o tempo a gente aprende: A alegria incomoda.
E desperta desejos. Sempre haverá alguém querendo experimentar um pouquinho do seu arroz_ esse, que você valoriza tanto.

Não é pecado ser feliz. Não há nada de errado em irradiar alegria.

O perigo é usar isso para alimentar o ego.

Felicidade e ego não combinam, e é aí que muita gente se dá mal.

Felicidade é benção.

O arroz é benção. Mas quando você se engana colocando-o num pedestal e se infla por possuí-lo, ele deixa de ser dádiva. Passa a ser instrumento de sua vaidade, e atiça a cobiça.

Não precisamos ser publicitários de nosso bem estar. Não é preciso estardalhaço para mostrar ao mundo nossa vitória_ contra a solidão, contra a baixa estima, contra o tédio.

Ninguém é cem por cento feliz ou tem a vida perfeita, feito comercial de margarina.

É fácil vestir um personagem e mostrar a perfeição, mas aprendi que quem tem certeza de que é possuidor de riquezas não fica mostrando por aí. Não precisa postar no facebook nem viver de aparências.

Se você não deseja inveja à sua volta, permita-me um conselho:

Cuide de seus canteiros com humildade. Exercite o encantamento do agricultor que se maravilha com o desabrochar da roseira mas não tenta esconder os espinhos nem as pragas.

Toquinho, em “À sombra de um Jatobá”, cantou lindamente : “Poucas coisas valem a pena, o importante é ter prazer… longe do amor de quem nos finge amar…”

Preste atenção à sua volta. Você não precisa de bajuladores, de um milhão de amigos que reafirmem quem você é.
O importante é ter poucos e bons afetos, aquela turminha que sabe do seu sabor, de suas lutas diárias e vitórias merecidas.

Gosto de gente sem agrotóxico. Que não tem vergonha de sua casca “mais ou menos” e se perdoa pelas pragas. Que não tem medo de expôr suas fragilidades do mesmo modo que se vangloria de suas virtudes.

Gente que não se infla para parecer maior do que é.

Gente que se humaniza e se aproxima de mim.

Que não faz alarde de sua felicidade, mas valoriza o que vale a pena _ como a sombra de um Jatobá…

Noruega proíbe corte de árvores em todo o país

Noruega proíbe corte de árvores em todo o país

O desmatamento é um problema sério no mundo, mas a Noruega acaba de aprovar uma decisão que tem tudo para diminuir este impacto no país. O Parlamento norueguês se comprometeu com o fim do desmatamento em todo o território nacional no início deste mês.

Entre as medidas implementadas para cumprir essa meta estão a proibição do corte de árvores e da compra e produção de matérias-primas que contribuam para o desmatamento no mundo. A decisão teve origem na promessa de promover esforços para diminuir o corte de árvores, assinada pelo país junto à Alemanha e ao Reino Unido durante a Cúpula do Clima da ONU, em 2014, embora a Noruega tenha sido o único país a colocar a ideia em prática até o momento.

Um dos maiores desafios enfrentados para cumprir a meta é o fornecimento de produtos como carne, soja, madeira e óleo de palma – segundo a ONU, estes produtos juntos seriam responsáveis por quase metade do desmatamento das florestas tropicais no mundo. O país também está buscando restringir as vendas de carros movidos à gasolina até 2025, mostrando que sempre é possível fazer mais pelo meio ambiente.

Via Hypeness

INDICADOS