O piloto que faleceu junto com Boechat também merece ser lembrado e homenageado

O piloto que faleceu junto com Boechat também merece ser lembrado e homenageado

Ronaldo Quattrucci, 56 anos, foi o piloto que conduzia o helicóptero que levava o jornalista Ricardo Boechat na tarde desta segunda-feira (11).

O piloto era dono da empresa proprietária do helicóptero, a RQ Serviços Aéreos Especializados Ltda. 

Segundo a Associação Brasileira de Pilotos de Helicóptero (Abraphe), Quattrucci “seguiu à risca as doutrinas de segurança até o último momento, na tentativa de preservar a vida da tripulação a bordo do helicóptero”.

“Importante destacar, ainda, a experiência de quase duas décadas do comandante, as licenças regulares, bem como as características e potencial da aeronave que comandava”, diz a nota.

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Leia também: Em 2015, Ricardo Boechat deixou um texto sobre surto depressivo que o acometeu

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O helicóptero saiu de Campinas, no interior do estado, onde Boechat participou nesta manhã de um evento, e seguia em direção à sede do Grupo Bandeirantes, no Morumbi, Zona Sul . A queda ocorreu na rodovia Anhanguera, junto ao Rodoanel: a aeronave bateu na parte dianteira de um caminhão que transitava pela via.

Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a aeronave, um Bell Helicopter prefixo PT-HPG, estava em situação regular.

Ronaldo Quattrucci deixa dois filhos. Nosso respeito a seu trabalho e sinceros sentimentos à família.

Ressaltamos também nosso desejo de recuperação ao motorista do caminhão atingido e nossa eterna saudade a Boechat.

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Com informações de G1

Com a queda do helicóptero e morte de Ricardo Boechat, morre também mais um pouco da esperança nacional

Com a queda do helicóptero e morte de Ricardo Boechat, morre também mais um pouco da esperança nacional

Após a tragédia de Brumadinho e o incêndio que matou os jovens jogadores do Flamengo, perder um dos jornalistas  mais admirados do país é deixar morrer mais um pouco de nossa esperança, que já anda tão fragilizada.

Nas redes sociais, as morte do jornalista e do piloto repercutiram imediatamente no Twitter. “Boechat” é “Band” são os dois assuntos mais comentado na rede social neste início de tarde. Os internautas também estão postando a hashtag “Cancela 2019”, em alusão à quantidade de tragédias ocorridas neste início de ano.

Em pesquisa do site Jornalistas & Cia em 2014, que listou cem profissionais do setor, Boechat foi eleito o jornalista mais admirado e, por conta disso, a sua perda mobiliza tanto o país.

Polêmico, destemido, um verdadeiro perseguidor da verdade. Tinha 66 anos e, além de comandar o Jornal da Band, era âncora da BandNews FM e tinha uma coluna semanal na revista IstoÉ.

O jornalismo brasileiro está de luto o Brasil está de luto.

Segundo o jornalista José Luiz Datena: “com profundo pezar desses quase 50 anos de jornalismo, cabe a mim informar a vocês que o jornalista Ricardo Boechat, pai de família, companheiro, o maior âncora do jornalismo da TV brasileira, morreu hoje em um acidente de helicóptero no Rodoanel em São Paulo”.

Nesse momento é impossível não dizer #Cancela2019.

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Em 2015, Ricardo Boechat deixou um texto sobre surto depressivo que o acometeu

Em 2015, Ricardo Boechat deixou um texto sobre surto depressivo que o acometeu

Dia 11-02-2019, após sabermos da morte do jornalista Ricardo Boechat e do piloto que dirigia o helicóptero em que ambos estavam, já fica a saudade. Dentre tanto que ele nos ofereceu, em  2015, Ricardo Boechat deixou um texto sobre surto depressivo que o acometeu.

Nada mais justo do que recuperarmos esse texto nessa página que fala tanto sobre Saúde Mental:

Este papo de hoje é sobre depressão. Um mal que afeta milhões de pessoas, milhares delas no Brasil, um mal sobre o qual é preciso estar informado e não fazer segredo.

Acho que devo uma explicação às centenas de pessoas que me escreveram nos últimos dias perguntando o que eu tinha e desejando minha pronta recuperação.

Pois bem, queridos amigos, o que eu tive foi um surto depressivo agudo. Minutos antes de começar o programa de rádio da quarta-feira retrasada eu simplesmente sofri um colapso, um apagão aqui no estúdio. Nada na minha cabeça fazia sentido. Nenhum texto era compreensível. Os pensamentos não fechavam e uma pressão insuportável dava a nítida sensação de que o peito ia explodir. Fiquei completamente desnorteado e achei melhor me refugiar no meu camarim e esperar socorro médico. Quando finalmente minha doce Veruska me levou ao doutor e eu descrevi o que estava sentindo ele foi categórico em dizer que era depressão. Que o estado de pânico, a balbúrdia mental, a insegurança e tudo mais eram sintomas clássicos do surto depressivo.

Quem cai num quadro desses perde qualquer condição de continuar ativo, de pensar as coisas mais simples. A pessoa morre ficando viva.

E eu fiquei impressionado nestes dias com a quantidade de gente que sofre do mesmo problema. Quando contei a alguns ouvintes que me ligaram o que estava acontecendo, muitos disseram já ter passado por isso, ou conhecer alguém que ainda passa ou já passou.

O Barão me mostrou um vídeo produzido pela ONU indicando que esse fenômeno é global. Uma amiga minha citou números da Organização Mundial da Saúde afirmando que a depressão é a doença que mais cresce no mundo. E o Bruno Venditti me mandou um texto muito bom do pregador Élder Holland sobre o assunto.

Tanto o vídeo da ONU quanto esse texto deixam claro que é importante não esconder a doença, não esconder a depressão. Não tratá-la na clandestinidade. É importante aceitá-la para combatê-la – e todo o silêncio, do próprio doente ou de quem está à sua volta, dificulta a recuperação. Essa necessidade de não fazer segredo, além da sinceridade que faço questão de manter na relação com os ouvintes, é a razão deste depoimento pessoal.

O texto que eu li fala do “transtorno depressivo maior” lembrando que isso não significa apenas um dia ruim, ou um contratempo, ou momentos de desânimo ou ansiedade, que são coisas que todos temos normalmente.

A depressão é muito mais que isso e muito mais séria. É uma aflição tão severa que restringe a capacidade de uma pessoa funcionar plenamente, um abismo mental tão profundo que ninguém pode achar que vai se safar apenas endireitando os ombros ou pensando coisas positivas.

Não, minha gente, essa escuridão da mente e do estado de espírito é mais do que um simples desânimo. É um desequilíbrio da química cerebral, algo tão físico quanto uma fratura óssea, ou um tumor maligno. É um fenômeno que atinge todo mundo: quem perde um ente querido, mães jovens com depressão pós-parto, estudantes ansiosos, militares veteranos, idosos de uma maneira geral e pais preocupados com o sustento da família.

A depressão não escolhe vítimas por seu grau de instrução ou situação econômica. Castiga sem piedade e da mesma forma pobres e ricos, anônimos e famosos.

Os médicos que estão me tratando disseram que eu estiquei a corda demais, que fiz mais coisas do que deveria fazer e em menos tempo do que seria razoável. Eu fui além dos limites que minha saúde permitia e ignorei todos os sinais físicos e avisos domésticos. Quantas vezes a minha doce Veruska me disse: “Você vai pifar! Você vai pifar!”…

O texto que eu li ensina que para prevenir a doença da depressão é preciso estar atento aos indicadores de estresse em sua própria vida. Assim como fazemos com nosso carro, é fundamental observar a temperatura do nosso motor interno, os limites de nossa velocidade, ou o nível de combustível que temos no tanque. Quando ocorre a “depressão por exaustão”, que foi o meu caso, é preciso fazer os ajustes necessários. A fadiga é o inimigo comum e recuperar forças passa a ser uma questão de sobrevivência.

A experiência mostra que, se não reservarmos um tempo para nos sentirmos bem, sem dúvida depois teremos que dispender tempo passando mal. E foi o que aconteceu. Mas a cura existe. Às vezes requer tratamentos demorados. Mas, como está no texto que eu li, “mentes despedaçadas também podem ser curadas, assim como corações partidos”.
Eu sei que quem liga o rádio numa estação de notícias quer receber informações de interesse geral, quer saber da política, da economia, dos acidentes, do engarrafamento nosso de cada dia.

Então peço desculpas por não entregar nada disso a vocês neste papo inicial no dia de minha volta. Nada de impeachment, de renúncia, de Cunha, de Renan, de inflação, do ajuste fiscal e de tantas outras coisas que só têm feito infernizar nossas vidas mas que são as manchetes do momento.

Não falei neste bate papo nem mesmo das abobrinhas de que eu gosto tanto e que nos ajudam a cumprir a jornada diária sofrendo menos.

Este papo de hoje é sobre depressão. Um mal que afeta milhões de pessoas, milhares delas no Brasil, um mal sobre o qual é preciso estar informado e não fazer segredo.

Como eu agora me descobri fazendo parte dessa população doente, pensei muito nas noites sem dormir dos últimos dias e tomei a decisão de dividir essa experiência com vocês. Se com isso eu conseguir ajudar algum ouvinte a prevenir a depressão ou a curá-la, já me dou por satisfeito.

Ricardo Boechat, jornalista

Fonte original: Facebook 

Nota da página: O relato refere-se ao episódio ocorrido poucos dias antes de sua publicação, em 27-08-2015.

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Sentiremos saudades de sua verdade, carisma e extremo profissionalismo!

 

O medo está tirando de você as melhores experiências da vida. Livre-se dele!

O medo está tirando de você as melhores experiências da vida. Livre-se dele!

No meu trabalho atual, tenho o privilégio de conhecer, diariamente, pessoas de diversas partes do mundo. Nunca saio vazia desses encontros. Todas as pessoas que passam por mim, estão ali por um bom motivo. No Verão passado, tive um encontro que mudou, definitivamente, minha forma de ver as coisas.

Uma senhora me chamava muito a atenção durante a semana em que passou por lá. Sempre alegre, sorridente, transbordando simpatia com todos ao redor. Todas as manhãs ela se aproximava e conversava um pouco comigo sobre assuntos diversos. Em uma dessas manhãs, ela planejava o roteiro de passeios do dia, e incluía um passeio de barco. Eu, prontamente lhe disse:

– Barco? Eu acho lindo, e tenho certeza que será uma experiência incrível! Mas eu tenho muito medo. Moro aqui há 8 anos e nunca fui. Nem pretendo… (risos)

Ela me fitou com curiosidade e o seu riso já conhecido. Depois de um suspiro, me disse com doçura (transcrevo abaixo em minhas palavras):

– Kássia, eu era como você. Cheia de medo. Até que tive câncer pela terceira vez e vi a morte pela terceira vez. Eu poderia não estar aqui com minha família. Mas estou! Percebi que tinha passado a vida inteira com medo de tudo e deixado de viver tantas coisas que nem dá pra contar. E desde a última vez, resolvi que faria tudo de forma diferente, do jeito que eu queria de verdade. Comecei a dar mais atenção a meus filhos e a incentivá-los a aproveitar mais a vida. Resolvi fazer tudo que o medo não me deixava fazer: pulei de paraquedas, andei de helicóptero, barco, parei de levar tudo tão à sério, como fazia antes. E vou te dizer com sinceridade: agora, sim eu sou feliz. Então, vou te fazer um pedido, vai andar de barco… Faça por mim!

Bem, quem me conhece já sabe que, neste momento, eu já estava debulhando em lágrimas. Eu sabia que ela estava ali, como um sinal do Universo. E respondi:

– Eu entendi. E sim, eu vou andar de barco! Muito obrigada! – e dei-lhe uma abraço. Não sei quantos segundos aquele abraço durou, mas vou me recordar dele pra toda minha vida.

Um mês depois, aproveitei a companhia de um grande amigo que visitava a cidade e fui passear de barco e conhecer um recife de corais muito famoso. O dia estava lindo. Nos primeiros minutos, fiquei meio enjoada por conta da maresia. Mas logo passou. Como não sabia nadar, meu amigo me deu total suporte me auxiliando durante todo passeio. Vi peixes raros, o mar em cores que eu nunca tinha visto, conheci pessoas super divertidas. Foi um dos dias mais incríveis da minha vida que me emocionam só de lembrar. Se fecho os olhos, ainda posso viver novamente cada detalhe daquele dia…

Sempre repenso as coisas que ela me disse. Até porque, minha vida deu um salto radical desde então. Eu pensava: Quantas vezes havia deixado de viver experiências incríveis por causa do medo… E se eu tivesse mandado aquela carta? E se eu tivesse feito aquela viagem? E se eu tivesse dito o que eu sentia? E se eu tivesse aceitado aquela oportunidade de emprego? E se eu tivesse confiado? E se? E se? E se…

Então, decidi que nunca mais deixaria o medo guiar minhas escolhas e minha vida! Aceitei uma oportunidade de emprego que me ensinou uma nova carreira e me fez conhecer um novo dom, que nem eu mesma tinha noção que existia. Fiz amizades com pessoas incríveis que, sinceramente, anteriormente, nunca faria. Mudei o cabelo, o jeito de vestir, conheci pessoas maravilhosas…

Todas as pessoas das minhas relações, sem exceção, sabem exatamente o que sinto por elas. Nunca me nego a dizer que amo, respeito, me orgulho, admiro. Não tenho mais vergonha dos meus sentimentos. Tomo tudo como aprendizado e sigo em frente, melhor do que antes dessa experiência, com certeza! Recentemente, ouvi de uma pessoa que sou muito sensível… E daí? Pra mim, isso foi um grande elogio a minha sinceridade e amor às pessoas.

Então, faço a você o pedido que ela me fez: vá andar de barco! Ligue pra pessoa que você ama e diga o que sente! Aceite uma proposta que você quer, mas tem medo de sair da zona de conforto. Ligue pra sua irmã e faça as pazes. Desapegue das coisas pequenas e foque no que realmente importa: Ser feliz! Não permita que os medos que outras pessoas colocaram em você dominem a sua vida! No começo da experiência, você vai sentir o desconforto, como eu senti no barco. Depois, vai ser maravilhoso. Acredite!

Para as irmãs, a distância não importa: elas são unidas pelo coração

Para as irmãs, a distância não importa: elas são unidas pelo coração

As irmãs não se importam com o tempo ou a distância. Aquelas caras que compartilham gestos semelhantes e da mesma forma que rir novamente olhar com a cumplicidade de sempre, intuindo tudo o que não dizer as palavras, e nutridas, mais uma vez, que o vínculo invisível que habita de modo duradouro em seus corações.

Todos nós sabemos que o relacionamento fraterno é geralmente um sistema de apoio único e excepcional. Nossos irmãos são aqueles membros da família que, com toda probabilidade, vão coexistir conosco ao longo do ciclo da vida.

Compartilhamos um passado, experiências e um legado emocional que geralmente é construído de uma maneira particular no caso das irmãs. O vínculo entre irmãs traz para nós o eco daqueles anos de infância habitados por lutas por roupas, por detestar ser o mais velho ou por odiar ser o menor.

O vínculo entre as irmãs é agora nutrido pelo amor que não expira, que não compreende distâncias e que preocupa a cada dia o bem-estar um do outro.

De acordo com um estudo realizado na Universidade de Illinois, a relação entre irmãos pressupõe que o primeiro contato que uma criança tem com um igual. É algo essencial que os pais devem considerar.

Por outro lado, a coisa mais curiosa sobre o vínculo entre as irmãs é que geralmente é algo complexo durante os primeiros anos da infância. No entanto, quando a maturidade chega, esse relacionamento se torna um pilar maravilhoso, uma aliança excepcional. Nós convidamos você a mergulhar no assunto.

As irmãs, entre amor e rivalidade

É importante especificar, em primeiro lugar, que as relações familiares são entidades muito complexas e têm, como é normal, suas próprias particularidades.

Isso significa que, obviamente, nem todas as irmãs desfrutam desse vínculo positivo e enriquecedor. No entanto, às vezes, superar muitas dessas situações problemáticas envolve iniciar um processo apropriado de cura pessoal.

Existe um livro muito interessante que se aprofunda precisamente neste tópico. São irmãos e irmãs que descobrem a psicologia do companheirismo (irmãos e irmãs, a descoberta da psicologia da empresa), da psicóloga Lara Newton. Nele ele nos fala sobre essa perspectiva diferencial onde, às vezes, a relação entre irmãs oscila entre a rivalidade e a mais intensa afeição.

O que pode determinar a complexidade de seus relacionamentos

. O contexto familiar e educacional em que crescemos pode afetar a relação entre as irmãs (estereótipos de gênero, preferência de um filho por outro …)

. Nos primeiros anos, a ordem de nascimento também aumenta a diferença entre eles. O ciúme pode aparecer, mas, por sua vez, um instinto protetor da irmã mais velha pode surgir sobre o menor.

. Crescer com as irmãs significa, por sua vez, passar por diferentes ciclos em que amadurecem como mulheres, aprendendo umas com as outras. Desta forma, surge pouco a pouco uma ligação baseada na cumplicidade, na cura e no apoio indiscutível que eles oferecem um ao outro e que geralmente dura ao longo do tempo.

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O apoio emocional entre as irmãs

Os anos se passaram e lá ficaram aquelas leituras furtivas dos diários secretos de nossas irmãs, roubando roupas de seus armários ou escutando suas conversas ao telefone.

Agora, podemos apontar o dedo para o lugar que eles ocupam em nossa alma e dizer em voz alta o que eles são essenciais em nossa vida. Apesar da distância, apesar do fato de que habitamos nossos mapas pessoais com nossas próprias famílias, com nossos próprios projetos.

Irmãs, nascemos da mesma árvore e, embora nossos ramos sigam em uma direção diferente, nossas raízes permanecem as mesmas.

As irmãs, acredite ou não, são estrategistas adeptos quando se trata de conceder apoio emocional. A união entre eles vai além dos genes. São âncoras que estão enraizadas nas profundezas de uma história comum que vem tecendo cúmplices e laços duradouros.

Basta um olhar para que as bússolas emocionais das irmãs possam detectar desapontamentos, tristezas ou ilusões. Poderíamos dizer quase sem cometer erros, que o vínculo com nossas irmãs melhora nossa qualidade de vida por esse apoio emocional incombustível.

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Um suporte essencial

As irmãs nos dão segurança, têm fé em nossas habilidades e nos lembram de nossas falhas, daquelas que arrastamos desde a infância e que ainda não transformamos.

Eles também são os que nos dão os melhores conselhos e as advertências mais sábias, aqueles que não têm linguagem e não brilham por causa de sua falsidade ou condescendência. Eles querem o melhor para nós. E queremos ter esse apoio sempre, apesar do fato de que, às vezes, discutimos e nos lançamos diante de aspectos do passado.

Agora, na maturidade, nossas irmãs também podem nos fazer assumir um papel novo e igualmente excitante: o dos tios e tias. Um momento em que essa rede de sentimentos e apoios se alarga ainda mais, descobrindo-nos de novo, o grande tesouro que supõe ter uma irmã.

Tradução A Soma de Todos os Afetos, via La mente es maravillosa

Eu sou a mãe de uma garota que não precisará ser salva por um príncipe

Eu sou a mãe de uma garota que não precisará ser salva por um príncipe

Nos últimos anos, experimentamos uma era de ouro em termos da reivindicação da igualdade de gênero e dos direitos das mulheres. De fato, há algo que é mãe muito claro agora: a necessidade de educar o seu filho no valor da liberdade e coragem, para não dar ao mundo uma pequena princesa que precisa ser salva por um príncipe.

Segundo a UNESCO, um dos principais objetivos de todas as sociedades é promover a igualdade de gênero e a não discriminação das meninas. De um modo geral, todos concordamos com isso, o que é um fim lógico em que vale a pena investir recursos, esforços e consciência adequada.

“Pés para o que eu quero, se eu tiver asas para voar”
-Frida Kahlo-

No entanto, há um fato que nos escapa, há uma pequena “grande” nuance que muitas vezes não percebemos e que quase sem perceber, esculpe a personalidade e o pensamento de nossas meninas. Se alguma coisa reforçada no dia a dia é o valor da física, louvamos suas roupas, seu cabelo todos os dias e lembrá-los da necessidade de ser boas filhas, boas irmãs, bons parceiros, bons mulheres…

No entanto, sob esses rótulos clássicos, o que realmente alcançamos é guiar suas prioridades para reforçar, quase sem querer, o esquema patriarcal clássico. Potenciemos no dia a dia outras áreas, outros aspectos que permitem que sejam eles mesmos, o que querem, o que dita o coração.

Eduque dando-lhes asas e coragem o suficiente para que, se a qualquer momento houver oportunidade, eles possam se salvar.

Minha garota não vai ter medo de dragões

Para dar ao mundo pessoas maduras, livres e corajosas, que sabem construir seus próprios caminhos, nada melhor do que oferecer estratégias adequadas para que possam administrar seus medos e inseguranças.

. Toda garota – como toda criança do sexo masculino – deve ser capaz de enfrentar seus próprios medos com nossa ajuda, racionalizando ideias e controlando suas emoções um pouco melhor a cada dia.

. Quando é hora de adiar medos, é necessário “não alimentá-los”. Assim, a última coisa que devemos fazer com nossas filhas é promover sua dependência dos outros. Papai não deve olhar debaixo da cama se estiver com medo, a mãe não vai falar por ela quando ela quer perguntar algo em voz alta com a desculpa de que ela é tímida.

. Desde cedo, vamos encorajá-los a encarar o que os preocupa, aquelas pequenas coisas que assustam toda criança, qualquer que seja seu gênero, e que algumas vezes, algumas famílias toleram mais, caso sejam meninas.

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Você não tem que ser uma boa menina, é o suficiente para você ser você mesmo, o que você quiser

Seja boa, fique quieta, não diga, não fale, se vista bem, não seja sem vergonha, não chame atenção, faça o mesmo que os outros, não saia da linha, linha, vestido … Esses e outros muitas outras frases, ideias e mandatos são aquelas que sempre acompanharam todas as garotas ao longo de várias gerações.

“O futuro pertence àqueles que acreditam na beleza dos seus sonhos”
-Eleanor Roosevelt

É claro que queremos que nossas filhas nos obedeçam, mas, em vez de educar no esquema clássico de pura e simples obediência, mudamos o foco para promover suas habilidades, suas forças e virtudes.

. Eduque em sensibilidade, conhecendo suas necessidades, seus gostos, suas paixões.

. Educar em igualdade, não tem preferências com eles que você não tem com seus filhos e vice-versa.

. Não os determine, não direcione seu comportamento para o que você gostaria que eles fossem.

. Ouça-a, ofereça-lhe segurança e ofereça suas responsabilidades muito cedo. Faça-o ver que ele é capaz de muitas coisas, de não precisar de segundas pessoas para muitas coisas. Mostre a ela que confiar em si mesma e em suas habilidades pode ser um longo caminho.

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A autoestima de uma garota não é reforçada apenas por dizer que ela é bonita

Você pode dizer a ele, não há problema com isso. Você pode dizer a ela diariamente que ela é a garota mais bonita do mundo, porque é claro que ela é. No entanto, não faça isso, não priorize esta abordagem exclusivamente.

Quando nos apresentam, por exemplo, a filha de alguns amigos, é muito comum dizer isso de “mas como você é bela Laura, e que lindo vestido você está usando …”. Pouco a pouco, Laura ficará tão acostumada ao reforço positivo associado ao seu físico que baseará sua autoestima somente nesse aspecto. Não está certo.

. Pergunte a ela o que ela quer ser amanhã e ouça com interesse.

. Pergunte a ela que livros ela lê ou gostaria de ler

. Louvem o modo como se expressam, dão-lhes confiança para que, dia após dia, sejam mais assertivas

. Lembre-a de que você se sente orgulhoso pelo que ela é, pelo que faz, por tudo que faz bem e por aprender cada dia como melhor.

Para concluir, sua menina é e sempre será bonita, mas para você como mãe e como pai não é a coisa mais importante. O que você quer é que ela se torne uma mulher com voz própria, com seus próprios pensamentos e objetivos definidos que ela sabe como defender e realizar.

Alguém livre para amar e ser amado, para conquistar qualquer cenário que esteja ao alcance. Pode ser o que ela quer amanhã, e não, ela não vai precisar de um príncipe para salvá-la de qualquer coisa…

Tradução A Soma de Todos os Afetos, via Eresmama

USP busca voluntários para testar nova droga de prevenção ao HIV

USP busca voluntários para testar nova droga de prevenção ao HIV

Jovens com menos de 30 anos de idade, gays masculinos e mulheres transexuais podem participar do primeiro estudo em larga escala para testar a nova medicação injetável de longa duração chamada Cabotegravir. Uma injeção intramuscular da droga, aplicada a cada dois meses, é capaz de manter níveis adequados do medicamento no sangue e poderá revolucionar a prevenção contra o HIV.

O Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) compõe a rede de mais de 43 centros em sete países que testam a nova profilaxia.

O objetivo do estudo é saber se a injeção a cada oito semanas é segura e se é tão eficaz para prevenir o HIV quanto a medicação oral atualmente utilizada para Profilaxia Pré-Exposição (PrEP). Hoje, a PrEP oferecida pelo Sistema Únicos de Saúde (SUS) é uma combinação de drogas na forma de comprimidos.

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Esquema da pesquisa com o medicamento anti-HIV cabotegravir – Imagem: Reprodução/Projeto HPTN 083

O ensaio clínico internacional, financiado pela Divisão de Aids do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH, na sigla em inglês), está testando mundialmente a forma injetável da Cabotegravir, que já possui alta eficácia no tratamento contra a multiplicação do HIV, segundo o médico infectologista Ricardo Vasconcelos. Ele é coordenador clínico no HC do chamado Projeto HPTN 083.

Pretendemos demonstrar que tomar uma injeção de HPTN 083 a cada dois meses protege tão bem contra a infecção do HIV quanto um comprimido diário da PrEP tradicional. Quanto mais estratégias de prevenção, mais fácil será contemplar os diferentes contextos de vida, da mesma maneira que o anticoncepcional. Hoje, há 17 formas de contracepção. A prevenção contra infecções sexualmente transmissíveis deve seguir os mesmos passos, ou seja, oferecer o maior leque possível de possibilidades de prevenção”, argumenta o pesquisador

Segundo Vasconcelos, embora a PrEP oferecida no SUS seja eficaz, os estudos mostram que, assim como o uso da camisinha, a proteção só é efetiva com o uso consistente e correto. Jovens até 30 anos de idade, mulheres transexuais e homens gays são os grupos menos protegidos devido à inconstância no uso de preservativo e também do PrEP em comprimido, o que justifica a escolha desses grupos prioritários para a pesquisa. Atualmente, 25% dos homens gays no Brasil já convivem como HIV, uma taxa altíssima para os padrões mundiais.

O Projeto HPTN 083 deverá acompanhar o total de 4.500 voluntários ao longo de 3,5 anos, em mais de 40 centros de pesquisa em países como Estados Unidos, Peru, Argentina, África do Sul, Vietnã e Tailândia, além do Brasil, onde os testes são feitos em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre, cidades de alta incidência de infecção por HIV nos grupos de risco.

Além do Hospital das Clínicas da USP, os testes em São Paulo também são realizados no Centro de Referência e Treinamento DST/AIDS-SP. O Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas (IPEC) da Fundação Oswaldo Cruz–FIOCRUZ do Rio de Janeiro, além do Hospital Nossa Senhora da Conceição de Porto Alegre, integram a rede no Brasil.

Os interessados em participar do estudo em São Paulo devem entrar em contato pelos telefones (11) 94996-6134 e (11) 2661-2275; pelo e-mail [email protected] ou pelo Twitter @pec.hcfmusp

Da Assessoria de Comunicação da FMUSP, via Jornal da USP

Não implore por coisas que você pode conseguir naturalmente

Não implore por coisas que você pode conseguir naturalmente

Implorar deveria ser proibido por lei. Poderia funcionar assim: não implore nada, para ninguém e de forma alguma. Mas, nem todos pensam assim e, na ânsia de amarem e serem amados, imploram sentimentos que deveriam ser dados livremente.

Relacionamentos são parcerias. Somos parceiros de quem amamos. Isso explica o motivo de algumas relações darem certo e outras não.

Uma relação só se mantém saudável quando os envolvidos sabem aproveitar os momentos (bons e ruins) e seguem em uma direção única. Se, por algum motivo, essa parceria não acontece, não existe probabilidade da relação dar certo.

A verdade é que algumas pessoas facilitam as coisas para o amor e você pode estar fazendo parte desse grupo sem perceber. “Ele não atendeu as ligações porque não teve tempo”. “Ela não respondeu as mensagens porque ficou sem conexão”. “Ambos não demonstram interesse para valorizarem o relacionamento”. Note que, em todas essas situações, os envolvidos estão procurando desculpas que justifiquem o desinteresse alheio ao invés de apenas aceitarem a situação.

Por que é tão difícil aceitar que o outro não quer nada conosco? Por que não conseguimos entender que o outro tem o direito de não nos amar? Por que acreditamos mais em desculpas esfarrapadas do que em verdades escancaradas?

É sempre bom deixar claro que as pessoas sempre demonstram quem são e o que, realmente, querem. Mesmo que finjamos não entender isso, os pequenos sinais nos revelam grandes coisas da personalidade alheia.

Entenda que não implorar amor significa não implorar pelo que você pode ter livremente. Entende isso? É simples! Você não precisa implorar atenção se há outros querendo te dar. Não precisa cobrar ligações se há vários que querem fazê-las. Não precisa cobrar companhia se há vários que esperam apenas uma oportunidade para fazerem isso. Em outras palavras: sentimentos que não são recíprocos não nos interessam.

É preciso ter muita vergonha na cara e muito amor próprio para entender que amor bom é amor recíproco. Não existe essa de “um dia ele irá me dar valor” ou “é uma questão de tempo para ela me amar”. Amor próprio é também saber a hora de sair de cena sem alarmar a plateia. Como afirma Luis Fernando Veríssimo: “(…) sofrer não deixa nada mais dramático, chorar não alivia a raiva e implorar não traz ninguém de volta….a palavra é valor!”

“A felicidade desperta mais inveja que a riqueza”

“A felicidade desperta mais inveja que a riqueza”

Não sei dizer do que mais gostei no livro “O Arroz de Palma”, de Francisco Azevedo. O livro é delicado e simples; seus personagens são repletos de defeitos e virtudes, com abundância daquilo que existe de mais humano em nós.

Tia Palma e Antonio, os personagens centrais, parecem nossos chegados, e tia Palma não peca pelo excesso de palpitações. Um dia, a pitoresca senhorinha vai passear na casa de Antonio.  Chegando lá, se depara com o arroz_ que tem uma história linda_ exposto dentro de um pote de cristal no restaurante do sobrinho. Sábia, pega o rapaz pelo braço e aconselha baixinho:

” O arroz é tua felicidade. Não deves fazer alarde dela. A felicidade desperta mais inveja que a riqueza.”

Tia Palma tinha razão. Expôr a felicidade é vaidade.

Não basta ser feliz, ter afetos à sua volta, comida à mesa, teto, paz? É preciso expôr para validar?

Com o tempo a gente aprende: A alegria incomoda.
E desperta desejos. Sempre haverá alguém querendo experimentar um pouquinho do seu arroz_ esse, que você valoriza tanto.

Não é pecado ser feliz. Não há nada de errado em irradiar alegria.

O perigo é usar isso para alimentar o ego.

Felicidade e ego não combinam, e é aí que muita gente se dá mal.

Felicidade é benção.

O arroz é benção. Mas quando você se engana colocando-o num pedestal e se infla por possuí-lo, ele deixa de ser dádiva. Passa a ser instrumento de sua vaidade, e atiça a cobiça.

Não precisamos ser publicitários de nosso bem estar. Não é preciso estardalhaço para mostrar ao mundo nossa vitória_ contra a solidão, contra a baixa estima, contra o tédio.

Ninguém é cem por cento feliz ou tem a vida perfeita, feito comercial de margarina.

É fácil vestir um personagem e mostrar a perfeição, mas aprendi que quem tem certeza de que é possuidor de riquezas não fica mostrando por aí. Não precisa postar no facebook nem viver de aparências.

Se você não deseja inveja à sua volta, permita-me um conselho:

Cuide de seus canteiros com humildade. Exercite o encantamento do agricultor que se maravilha com o desabrochar da roseira mas não tenta esconder os espinhos nem as pragas.

Toquinho, em “À sombra de um Jatobá”, cantou lindamente : “Poucas coisas valem a pena, o importante é ter prazer… longe do amor de quem nos finge amar…”

Preste atenção à sua volta. Você não precisa de bajuladores, de um milhão de amigos que reafirmem quem você é.
O importante é ter poucos e bons afetos, aquela turminha que sabe do seu sabor, de suas lutas diárias e vitórias merecidas.

Gosto de gente sem agrotóxico. Que não tem vergonha de sua casca “mais ou menos” e se perdoa pelas pragas. Que não tem medo de expôr suas fragilidades do mesmo modo que se vangloria de suas virtudes.

Gente que não se infla para parecer maior do que é.

Gente que se humaniza e se aproxima de mim.

Que não faz alarde de sua felicidade, mas valoriza o que vale a pena _ como a sombra de um Jatobá…

Noruega proíbe corte de árvores em todo o país

Noruega proíbe corte de árvores em todo o país

O desmatamento é um problema sério no mundo, mas a Noruega acaba de aprovar uma decisão que tem tudo para diminuir este impacto no país. O Parlamento norueguês se comprometeu com o fim do desmatamento em todo o território nacional no início deste mês.

Entre as medidas implementadas para cumprir essa meta estão a proibição do corte de árvores e da compra e produção de matérias-primas que contribuam para o desmatamento no mundo. A decisão teve origem na promessa de promover esforços para diminuir o corte de árvores, assinada pelo país junto à Alemanha e ao Reino Unido durante a Cúpula do Clima da ONU, em 2014, embora a Noruega tenha sido o único país a colocar a ideia em prática até o momento.

Um dos maiores desafios enfrentados para cumprir a meta é o fornecimento de produtos como carne, soja, madeira e óleo de palma – segundo a ONU, estes produtos juntos seriam responsáveis por quase metade do desmatamento das florestas tropicais no mundo. O país também está buscando restringir as vendas de carros movidos à gasolina até 2025, mostrando que sempre é possível fazer mais pelo meio ambiente.

Via Hypeness

Hoje, despreza-se o que é autêntico e ama-se o que é falso.

Hoje, despreza-se o que é autêntico e ama-se o que é falso.

Parece ser inerente ao ser humano criar expectativas em relação a tudo, em relação às pessoas. Esperamos o pior ou o melhor do que está por vir e de quem faz parte de nossa jornada. Esperamos que as coisas aconteçam de determinada forma e que todos ajam conforme nossas perspectivas, seja quem conhecemos, sejam políticos, artistas, figuras públicas em geral. Porque ninguém quer frustração, nem dentro de si, nem lá de fora.

Queremos dar certo na vida, no amor. Queremos ter votado acertadamente, queremos que nossos ídolos ajam corretamente. Queremos ser valorizados no trabalho, na escola, nos círculos sociais. Muitos de nós não conseguimos lidar direito com rejeições e quebra de expectativas, pois isso requer equilíbrio, coragem e consciência sobre nossa própria responsabilidade no que ocorre. E é por isso que, muitas vezes, acabamos por nos enganar, conscientemente, alimentando ilusões que falsamente abrandam nosso sentimento de decepção e/ou derrota.

E é assim que, numa era em que a perfeição estética, a felicidade perene e o sucesso financeiro ditam as regras do jogo, torna-se ainda mais difícil digerir o que não dá certo, quem não é perfeito. Nesse contexto, a autenticidade vale menos do que a falsidade, em muitos aspectos, principalmente quando aquilo que não for real trouxer mais conforto do que uma verdade indigesta. Mesmo que se trate de mera aparência forjada, de encenação teatralizada, de perfumaria, verniz, patifaria.

Soma-se a isso a intransigência de muitos, hoje em dia, uma vez que várias pessoas são resistentes a perceber que podem estar erradas, que podem ter escolhido mal, que podem ter optado equivocadamente. Há muita dificuldade em mudar de opinião, em rever conceitos, repensar atitudes, em se olhar no espelho e encarar a necessidade de mudar os rumos das escolhas, dos pensamentos, do modo de vida. Com isso, é mais fácil se manter agarrado ao que já ruiu. Mudar dói.

Podemos até tentar nos confortar com mentiras que iludem, por temermos sair da zona de conforto, a qual, na verdade, nada mais faz do que incomodar. Podemos tentar manter velhas ideias, que já caíram por terra. Podemos tentar investir no que nunca terá futuro e ficar esperando o melhor de pessoas que nunca se dispuseram a nos ver como merecedores de algo. Mas a dor então será contínua e nunca cessará. Por outro lado, aceitar o erro e mudar também dói, mas passa. E a escolha é tão somente de cada um de nós.

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A imagem de capa é uma Dica da CONTI outra: documentário “Fyre Festival” (disponível na Netflix), que fala de um festival de música que deveria ter acontecido no Caribe, mas que, apesar de toda a publicidade e propagandas luxuosas, foi um fracasso absoluto- mostrando, inclusive, como devemos estar atentos as promessas de beleza, sucesso e felicidade divulgadas nas redes sociais.

“Universitários têm hoje cerca de 40% menos empatia do que seus colegas de 20 ou 30 anos atrás”

“Universitários têm hoje cerca de 40% menos empatia do que seus colegas de 20 ou 30 anos atrás”

O pesquisador Konrath , da University of Michigan Institute, descobriu que os níveis de empatia (medidos pelo Índice de Reatividade Interpessoal) reportados por estudantes universitários estiveram em constante declínio nas prévias três décadas — de fato, desde a inauguração da escala, em 1979.

Uma queda acentuada foi observada nos últimos dez anos. “Os universitários hoje têm cerca de 40% menos empatia do que seus colegas de vinte ou trinta anos atrás”, reporta Konrath.

Ainda mais preocupante, de acordo com Jean Twenge, professor de psicologia na Universidade de San Diego, é o fato de, no mesmo período, o nível relatado de narcisismo dos estudantes ter caminhado na direção oposta. Eles dispararam até o teto.

“Muitas pessoas veem o corrente grupo de estudantes universitários, às vezes chamados de ‘Geração Eu’”, comenta Konrath, “como uma das mais autocentradas, narcisistas, competitivas, autoconfiantes e individualistas da história recente.”

(…)

Uma concatenação complexa entre ambiente, exemplo e educação é a suspeita de sempre. Mas o início de uma resposta ainda mais fundamental pode estar em outro estudo conduzido por Jeffrey Zacks e sua equipe no Laboratório de Cognição Dinâmica da Universidade de Washington, em St. Louis.

Com a ajuda da ressonância magnética funcional, Zacks e seus coautores examinaram em profundidade o cérebro de voluntários enquanto liam histórias. Suas descobertas fornecem um interessante insight sobre a maneira como nossos cérebros constroem a noção de nós mesmos. Mudanças no cenário dos personagens (por exemplo, “saiu de casa e foi para a rua”) estão associadas a um aumento de atividade nas regiões dos lobos temporais envolvidas na orientação espacial e na percepção, enquanto mudanças nos objetos com os quais o personagem interage (por exemplo, “pegou um lápis”) produzem um aumento similar na região dos lobos frontais que controlam os movimentos de segurar. Ainda mais importante: mudanças no objetivo do personagem provocam elevada ativação das áreas do córtex pré-frontal. Danos nessas áreas resultam em prejuízo da compreensão da ordem e estrutura das ações planejadas e intencionais. Parece que imaginar realmente faz acontecer. Sempre que lemos uma história, nosso nível de envolvimento é tal que “mentalmente simulamos cada uma das novas situações encontradas na narrativa”, de acordo com o estudo liderado pela pesquisadora Nicole Speer. Nossos cérebros então entrelaçam essas recém-encontradas situações com o conhecimento e a experiência adquiridos em nossas próprias vidas e criam um mosaico orgânico de sínteses mentais dinâmicas.

Ler um livro cria novos caminhos neurais no leito cortical de nossos cérebros. Transforma a maneira como vemos o mundo e nos torna, como disse Nicholas Carr em seu recente ensaio “The Dreams of Readers”, “mais alertas para a vida interior das outras pessoas”.Tornamo-nos vampiros sem termos sido mordidos. Em outras palavras, mais empáticos. Os livros nos fazem ver de um modo que a imersão casual na internet, e o mundo virtual de respostas super-rápidas que ela oferece, não faz.

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Com informações de “A Sabedoria dos Psicopatas“, livro de Kevin Dutton.

Editorial CONTI outra

Aprovado em medicina na USP fazia faxina para pagar cursinho

Aprovado em medicina na USP fazia faxina para pagar cursinho

Não são poucas as pesquisas que apontam a dificuldade de acesso das classes mais baixas ao ensino superior. Sem a mesma estrutura durante o ensino médio de outros concorrentes, e como poucos recursos para bancar um cursinho preparatório, diversos estudantes precisam redobrar os esforços se quiserem superar o desafio de ser aprovado no vestibular.

No meio dessas histórias, surge a de Gabriel Nobre. Natural de Santos, São Paulo, o jovem de 19 anos teve um interesse despertado por medicina. Seu pai visitava o médico rotineiramente por conta de uma hidrocefalia e lá a paixão pela profissão de médico nasceu. Com o sonho despertado, Gabriel agora precisava superar diversas barreiras para alcançar a aprovação. Começou com uma rotina que envolvia terminar o ensino médio, concluir um curso técnico e fazer cursinho pré-vestibular durante a noite.

Em 2016 tentou, mas não teve nota suficiente. Porém, continuou sua caminhada. Conheceu um novo cursinho com aulas mais focadas em seu objetivo, mas não tinha dinheiro para bancá-lo. Um dos donos do cursinho ofereceu uma bolsa e em troca, Gabriel daria uma faxina no local das aulas, ele prontamente aceitou. A rotina agora de cursinho, faxina e estudar no banheiro de um posto, em que sua mãe trabalhava como frentista.

Todo este esforço foi, ainda bem, recompensado. Quarto lugar em medicina pela Universidade de São Paulo, uma das mais disputadas do país.

contioutra.com - Aprovado em medicina na USP fazia faxina para pagar cursinho

A história de Gabriel fala de alguém que, diante de um sistema completamente desfavorável, conseguiu resistir e chegar em seu objetivo. Um exemplo vivo de uma resiliência genuína. Enquanto este sistema não é superado, nos cabe parabenizar e espalhar histórias fantásticas assim. Elas indicam que apesar de tudo, tem gente boa lutando e vencendo.

Editorial Psicologias do Brasil

Quanto mais tempo você passar solteira, mais bem sucedido será seu próximo relacionamento.

Quanto mais tempo você passar solteira, mais bem sucedido será seu próximo relacionamento.

Repetidamente, querer estar com alguém não é sinônimo de estar pronto para enfrentar um relacionamento real. Não significa que estamos preparados para viver de mãos dadas com alguém, e até conseguirmos um ponto de equilíbrio, muitas vezes, mesmo sem estarmos prontos, entramos em um relacionamento só porque queremos e não estamos preparados, e sabemos como é catastrófico esse tipo de caso amoroso.

Se eu puder ser honesto, estar preparado para estar com outra pessoa, exige um forte relacionamento consigo mesmo, se você não se conhece, é simplesmente impossível se envolver com outra pessoa completamente diferente, o que implica concentrar toda a sua atenção em conhecê-la. E você só alcançará esse nível de satisfação pessoal plena com a solteirice.

Talvez a resposta não lhe agrade porque muitos de nós estamos tão acostumados a pular de um relacionamento para outro, sem nos dar o espaço não para esquecer, mas para restaurar e encaixar o que foi quebrado. A verdade é que muitas vezes temos medo usar essa ferramenta para nos conhecermos, dar uma olhada no nosso interior. E tudo isso porque confundimos estar solteiros com sentimentos sozinhos, e não é assim.

Você precisa se conhecer para saber exatamente o que você quer. Como eu disse antes, estar em um relacionamento é uma questão de acordos, e até chegar a um ponto de equilíbrio para a convivência saudável e as raízes do relacionamento serem fortalecidas, demanda tempo. é assim que você chega longe em sua vida como um casal, mas como você sabe se você está realmente alcançando um ponto intermediário, ou um acordo mútuo, e se você está cedendo completamente, ou fazendo com que a outra pessoa ceda? Você não sabe o que você quer?

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Olhar para o que está em você, dar-se um tempo apenas para você, estar só com você, e prestar atenção apenas às suas demandas e à sua existência. Nada disso é egoísmo, é saudável. Quando você consegue ter certeza de quem você é, de como você é, do que você quer e do que você merece, você pode ter certeza de que você é uma mulher completa, e você vai parar de procurar sua metade. Você vai querer só um parceiro com quem possa gastar e compartilhar momentos e histórias.

Ser solteira lhe dá uma definição exata do que é compromisso para você e como você quer isso em sua vida. Só você sabe do equilíbrio que você procura e precisa. Quando você aprende a curtir um tempo só com você, percebe a diferença entre sozinha e solteira, você percebe que gosta disso, aprende a se divertir e se notar.

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Portanto, pessoas que passaram por longos períodos de solteirice são as melhores candidatas para relacionamentos bem-sucedidos e duradouros. Elas não têm medo de se mostrar como são, simplesmente por estarem dispostas a compartilhar toda a sua vida e ter um relacionamento de sucesso cheio de sinceridade. Menos dramas e mais amor.

Você se atreve a fazer a viagem?

Traduzido e adaptado por A Soma de Todos os Afetos, via Rincón del Tibet

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