Vovó comemora seus 70 anos vestida de Branca de Neve e sua história comove internautas

Vovó comemora seus 70 anos vestida de Branca de Neve e sua história comove internautas

Diz a sabedoria popular que “feliz é aquele que vê o mundo com o olhos de uma criança”. E quando esbarramos com os registros fotográficos do sorriso aberto e do brilho nos olhos da doce vovó Baia comemorando seus 70 anos de idade e usando um lindo vestido de Branca de Neve, temos que concordar com esta máxima.

Na festa de vovó Baia tinha bolo, doces, salgados, vestido da Branca de Neve e muitas bonecas! Para melhorar, só faltou o Parabéns cantado pela Xuxa. E a felicidade da aniversariante ficou explícita nas fotos que sua sobrinha, Paula Dalalio Frison, publicou nas redes sociais. O post fez tanto sucesso que a sua história viralizou e hoje a vovó é personagem deste texto que você lê.

Quem vê o sorriso de vovó Baia, não imagina que sua história é marcada por uma tragédia pessoal. Quando criança, ela sofreu um acidente que a deixou com sequelas gravíssimas, entre elas, um transtorno mental no qual ela acredita ainda ter 9 anos.

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“(…)todos as horas são, para ela 10 horas e sempre diz ter 9 anos. Não guarda nomes, mas sabe alguns, o que não quer dizer que ela se lembre deles sempre. Não consegue manter diálogo, repete inúmeras vezes as frases!”, disse Paula.

Baia é apaixonada por bonecas, mas também por relógios e celular (adora se ver na tela).
“E ela tem algumas bonecas, as quais chama de Beijoca ou Beijoquinha, que era a boneca da época em que sofreu o acidente! O universo dela é bem particular.”

Depois que vovó Baia ficou conhecida nas redes sociais, ela e a família responsável pelos seus cuidados tem recebido muito amor e carinho das pessoas.

“Eu li muitas das lindas mensagens que recebemos e ela ficou radiante, foi lindo de ver, viver e poder proporcionar esse momento a ela!”, disse a sobrinha Paula.

Além disso, Baia foi presenteada com uma linda boneca!

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“Uma das mensagens foi da Danielle, dizendo o quanto tinha ficado tocada com a história e que gostaria de enviar uma boneca, que era sua na infância, de presente para Baia!

Danielle enviou sua boneca sorvetinho, e dois bilhetes lindos, um para mim e outro para minha vó Joanna!”, escreveu em publicação agradecendo o gesto da internauta.

Não sei você, mas o meu coração a Vovó Baia já roubou!

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Redação CONTI outra. Com informações e imagens de Razões para Acreditar

Vem, vida, me surpreenda

Vem, vida, me surpreenda

Passei tanto tempo tentando te controlar
Tentando controlar tudo
Sem me dar conta de que só gastava energia
Só me esgotava
Pois não controlamos nada
É tudo esforço em vão
É bloqueio, é conflito interno, é sofreguidão
Já não dava mais
Sabe, estou tão cansada
Mas tão aliviada, ao mesmo tempo
Chegou, enfim, a hora da entrega verdadeira
Nada mais da boca para fora
Agora, é de corpo e alma
Eis-me aqui, vida:
Diluída, fluída, livre
Pronta para o que vier
Pronta para o nada
E pronta para o tudo
Sou totalmente confiança
Sou totalmente luz
Sou totalmente amor
Sou muito mais do que imagina
E pronta para ser tudo o que vim ser

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Imagem:  Daria Shevtsova from Pexels

Joker (Coringa) é a bomba relógio que de tempos em tempos fechamos os olhos.

Joker (Coringa) é a bomba relógio que de tempos em tempos fechamos os olhos.

Vamos falar sério: Joker não é um filme baseado em quadrinhos. Ele tem personas de quadrinhos que foram baseadas num filme real. Sim, real. Não tem nada de comédia em Joker. Nada. É um filme trágico, catártico e principalmente, uma denúncia preocupante sobre a sociedade atual.

Todd Phillips falou sério quando disse que queria algo novo, com uma abordagem completamente diferente de tudo já feito. E perceba, ele estava absolutamente certo.

Desde o primeiro ato, o longa estuda de forma complexa e às vezes assustadora, sintomas emocionais e comportamentais que são ignorados por todos. Pelo Estado, pelos cidadãos, por pessoas como eu e você. A falta de assistência e empatia vem para antever o caos a ser instaurado quando não compartilhamos – não das mesmas ideias, mas no mínimo dos mesmos sentimentos sadios e de direito para toda e qualquer pessoa.

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Primeiro, é completamente preguiçosa a ideia de pensar no filme como agente incitador de violência. Há inúmeras, mas inúmeras produções que tratam da violência gratuitamente e puramente para entretenimento. São essas que deveriam ser objeto de amplas discussões acerca do que é ou não qualidade – entende-se arte. Joker é artisticamente composto de fidelidade aos problemas atravessados, especialmente hoje, de gente comum que é fruto de um sistema selvagem de abandono.

Obviamente, nada disso faz desses humanos nem completamente vítimas e muito menos desumanas. Mas desperta incômodo, confusão e, na absurda maioria dos casos, desespero. Olhe para a persona de Thomas Wayne. Ele é rico, branco, hétero e usual do argumento clássico de quem nunca viveu o medo e a falta do básico; meritocracia é a sua bandeira. Fácil de falar quando se tem tantos privilégios.

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Temos Arthur Fleck, consequência doentia de padrões sociais que despedaçam o indivíduo dia após dia até que ele implode e explode. Dá pra entender o receio americano de novos ataques, claro. Visto pelo lado das diversas famílias, com certeza. Mas nada disso afasta a responsabilidade da reflexão do verdadeiro problema: a psique vs. emocional. Enxergar essas situações aparentemente separadas como números, como favores ou como aberrações que não se encaixam no “nosso normal” é a causa dos muitos distúrbios e tristes desfechos. Há exceções, concordo. Existe o mal. Mas até que ponto sabemos realmente diferenciar o mal do produto criado por nós quando nos afastamos com caras feias e narcicismos exagerados de alguma simpatia pelo outro?

Joker não é sobre a jornada de um herói incompreendido, mas também não fala sobre o nascimento de um vilão megalomaníaco com características intelectuais sedutoras. Joker é a bomba relógio que de tempos em tempos fechamos os olhos. É o elefante na sala que a gente se espreme pra caber do lado porque não queremos construir um lugar melhor para todos.

Todd Phillips realizou, em todos os sentidos cinematográficos, o que é conhecido como obra-prima. E Joaquin Phoenix criou, encarnou, ganhando ou não indicações ou prêmios, a atuação mais sincera e intensa que todos do meio gostariam de experimentar um dia. Foi o auge. Joker merece ser lembrado, merece ser revisto e indo mais longe, merece ser dissecado por muitas teorias e estudos porque, ele de fato é, objeto e sujeito das nossas maiores mazelas.

Imagens: reprodução

USP cria plástico 100% biodegradável com resíduos da agroindústria

USP cria plástico 100% biodegradável com resíduos da agroindústria

Pesquisas da USP em Ribeirão Preto avançam na busca de plástico 100% biodegradável e competitivo com o plástico comum. Testes que reúnem na fórmula resíduos agroindustriais resultaram num produto com qualidades técnicas e econômicas promissoras, além de amigáveis ao meio ambiente.

A novidade veio direto dos laboratórios do Departamento de Química da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP. A química Bianca Chieregato Maniglia e sua equipe desenvolveram filmes plásticos biodegradáveis a partir de matrizes de amido presentes em resíduos agroindustriais de cúrcuma, babaçu e urucum.

É importante frisar de onde veio essa inovação: descartes da agroindústria, altamente poluidora. A reciclagem desses resíduos e sua consequente transformação em produtos biodegradáveis, produzidos com fontes renováveis que não se esgotam (como o petróleo), é um grande avanço nas soluções que combatem o descarte desenfreado de lixo plástico.

Bianca lembra também que a matéria-prima para a produção do seu produto é barata e que não compete com o mercado alimentício. Além disso, “contém em sua fórmula compostos antioxidantes, interessantes no desenvolvimento das chamadas embalagens ativas (que interage com o produto que envolve, sendo capaz de melhorar a qualidade e segurança para acondicionamento de frutas e legumes frescos)”.

No entanto, os pesquisadores acreditam que a invenção demande mais estudos e testes antes de ser liberada para comercialização em massa.

A ideia é que o plástico 100% biodegradável seja uma alternativa direta ao comum, e que chegue para brigar pela hegemonia desse nicho, uma vez que ele será tão barato quanto o polímero sintético advindo do petróleo – que leva até 500 anos para desaparecer da natureza (em contraste com o bioplástico, que leva, no máximo, 120 dias, de acordo com a USP).

 

Com informações de The Greenest Post e Jornal USP

Foto: Divulgação/FFCLRP

 

CORINGA, uma análise do filme através do olhar psicanalítico

CORINGA, uma análise do filme através do olhar psicanalítico

Por Isloany Machado

Todos os que acompanham minhas resenhas de filmes sabem que não está entre minhas preferências os de super-heróis. Primeiro por sempre ser algo muito surreal, segundo, e por isso mesmo, meu raciocínio não conseguir acompanhar todo o enredo, terceiro porque, não acompanhando, minha memória não funciona para que eu possa assistir as continuações. Pois bem, já assisti vários do Batman e sabia da existência do Coringa, mas então hoje fui ao cinema pela segunda vez assistir sobre sua história (eu nunca fui ao cinema duas vezes para ver o mesmo filme).

Logo no começo, primeira cena, Arthur Fleck está se pintando de palhaço, um sorriso forjado com os dedos e uma lágrima descendo pelo rosto. Não se trata daquela famosa lágrima desenhada, é uma real, que desce discretamente. Ele trabalha para uma empresa que “fornece” palhaços para eventos em geral. São tempos de violência gratuita, da banalidade do mal (salve Hannah Arendt), e Arthur é espancado por um grupo de meninos na rua. O motivo: porque querem lhe roubar a placa(?); porque só querem sacaneá-lo mesmo(?); sabe-se lá o que explica o prazer em causar dano gratuitamente ao outro. Ele leva uma bronca do patrão porque o cliente se queixou de seu sumiço, ao passo que ganha uma 38 do colega de trabalho.

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Corta para a conversa com a assistente social que o “atende”, e a pergunta de Arthur é: “É impressão minha ou o mundo está ficando mais maluco?”.

Arthur veio ao mundo sob a seguinte sentença: “aquele que nasceu para fazer rir e trazer alegria”. Sua mãe o chama de “Feliz”. O local onde trabalha se chama Haha’s e seu slogan é “coloque um sorriso nessa cara”. Há um imperativo à felicidade, à alegria, ao riso indispensável, a que Arthur obedece, tanto se tornando palhaço, como sonhando em ser comediante, mas, sobretudo, colocando o imperativo no real com seus ataques de riso a que ele chama de distúrbio neurológico. E todos perguntam, quando acontece: “do que você está rindo, idiota? Não tem graça”. São tentativas de cumprir o destino do dizer da mãe, agora uma senhora que é cuidada (alimentação, banho, etc) por Arthur, desde cedo “o homem da casa”. Ambos vivem uma loucura a dois, para ficar mais chique, folie à deux. A mãe vive repetidamente questionando por que Thomas Wayne não responde suas cartas. Ele, um homem importante, quer se candidatar a prefeito (sim! o pai do Batman!), ela, uma mulher que trabalhou na casa dos Wayne há trinta anos.

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Vamos para o segundo momento em que Arthur está de novo como um objeto a ser batido, espancado, gratuitamente. Ele acaba de ser demitido porque a arma cai de sua perna no meio de uma apresentação num hospital infantil. “É um adereço, faz parte do show”, mas seu chefe não acredita e o demite aos berros, por telefone. No metrô, três babacas, os típicos cidadãos de bem de Gotham (nada que lembre nossos cidadãos de bem por aqui) estão assediando uma moça e Arthur começa a gargalhar. Não tem graça, nunca tem. Os três homens começam a espancá-lo e ele reage matando os três a tiros. É difícil admitir isso, mas a gente torce e sente um alívio quando ele consegue se levantar do espancamento brutal e mata os três. Talvez isso seja material para a polêmica em torno do filme, de que incitaria à violência. Mas me parece que a arte imita a vida mais do que o contrário, e se sentimos um certo gozo na cena, é porque podemos fantasiar ao invés de ir ao ato (salve a arte!). Depois disso, ele corre, aturdido e entra num banheiro público. Lá se desenrola uma dança que parece quase involuntária, quase tanto quanto seu riso. Uma cena que me fez arrepiar inteira e eu queria abraçar aquele ator por ter escolhido ser ator e fazer aquilo tão bem. O assassinato no metrô causa rebuliço em Gotham e o candidato a prefeito e empresário Wayne (o entojado) diz: “o problema dessas pessoas que fazem esse tipo de coisa é que não suportam as pessoas bem-sucedidas como nós, já que eles continuam sendo meros palhaços”. Arthur ouve esta fala que está sendo transmitida na televisão. Wayne é chamado a dizer algo, pois os três rapazes eram funcionários de sua empresa.

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Em seu caderninho de piadas para o show de stand-up comedy que está preparando, escreve: “A pior parte de ter uma doença mental é que as pessoas esperam que você aja como se não tivesse uma”. Na conversa com a assistente social, ela sempre lhe faz as mesmas perguntas e ele diz: “Você não escuta o que eu digo. Sempre pergunta como eu me sinto, se tenho pensamentos ruins. Eu sempre tenho pensamentos ruins. Sempre me senti como se não existisse. Você não me ouve”. E parece que não ouve mesmo. Ao fim deste encontro, ela lhe dá a notícia de que a verba do programa de saúde foi cortado e, portanto, é o último atendimento. “E como vou conseguir meus remédios?”. A pergunta cai no vazio.

A mãe de Arthur pede a ele que poste mais uma carta para Wayne. Ele decide abrir a maldita carta para saber o que tanto esta mulher tem a dizer. Ela pede ajuda: “somente você pode ajudar a mim e a seu filho”. Estarrecido, aos berros, Arthur quer saber se aquilo é verdade. A mãe diz que na juventude, quando ela trabalhava na casa dele, se apaixonaram, mas ele achou melhor não ficarem juntos por questões sociais e que a fez assinar uns papéis. E nós ficamos sem saber se é delírio (eu ia dizer “se é verdade ou delírio”, mas um delírio não é uma verdade?). Pois Arthur vai até Wayne, que nega a paternidade e ainda diz que sua mãe é uma louca, que o adotou quando ainda trabalhava para sua família, mas que foi internada num sanatório depois. Decidido a saber de sua verdade (tanto quanto o pobre Édipo que acaba vendo justo aquilo que mais temia enxergar), vai ao sanatório e descobre que sua mãe foi diagnosticada como psicótica, que tinha um filho adotivo (ele) a quem deixava sofrer maus tratos por parte de seus namorados. Nessa cena, tudo acontece muito rápido e as questões que ficam são: a mulher era realmente louca? Ela adotou mesmo o menino ou foi obrigada a assinar papéis falsos segundo a versão da poderosa família Wayne? Se acaso não era louca, ela ficou a partir dali, a ponto de permitir que seu filho sofresse abusos físicos: “Eu nunca o ouvi chorar, ele sempre foi um garotinho tão feliz”.

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Ser feliz é o imperativo do Outro materno a quem Arthur está absolutamente alienado, sem corte, sem castração, foracluído. Uma psicose não tem como causa as mazelas sociais, ainda que a maneira como a loucura é tratada (ainda) seja um grave problema social, sim. Estando fora do discurso, Arthur se coloca fora da lei e, para romper com o imperativo da mãe, precisa matá-la no real. Enquanto um “neurotiquinho” qualquer passaria anos em análise, deitado no divã, matando o Outro aos poucos, Arthur faz uma passagem ao ato e diz, enquanto a sufoca com o travesseiro: “É muito difícil tentar ser feliz o tempo inteiro. Eu nunca fui feliz nesta minha vida desgraçada. Lembra quando você dizia que meu riso era um distúrbio? Eu descobri que não é, eu sou assim mesmo”. Édipo mata o pai sem saber que é seu pai. Arthur mata a mãe porque sabe (o saber psicótico é intransitivo).

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Para saber o desfecho (mais do que já abri meu bocão) vocês precisarão ir ao cinema, até porque minhas palavras não conseguem transmitir o impacto que o filme causa. Não relatam sobre a atuação do Joaquin Phoenix (CASA COMIGO, JOAQUIN??). Tenho para mim que ele ganhará o Oscar de melhor ator.

Obs. 1: Alguém quer ir comigo ao cinema pela terceira vez?

Obs. 2: Eu pago a pipoca.

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Imagens: divulgação

A história clichê do patrão que quer a saída do colaborador… e inferniza a vida dele.

A história clichê do patrão que quer a saída do colaborador…  e inferniza a vida dele.

Muitas ações se assemelham nas relações pessoais e profissionais. A prioridade ao respeito, bom humor, equilíbrio, autovalorização, por exemplo, podem se encaixar nas duas situações. E algumas situações negativas também.

Todo mundo já teve um amigo ou familiar que arrumava uma briga de última hora para não cumprir com alguma obrigação ou compromisso. Ou uma amiga que coloca sempre defeito em você e nas suas conquistas para se sentir melhor. Ou um namorado que deseja terminar e, para não tomar a frente da decisão, torna sua vida um inferno para que você tome a iniciativa.

Pois, é. E existem muitos “líderes” que agem da mesma forma. Para não dar um aumento, por exemplo, colocam defeitos no trabalho do colaborador. Para não dar uma promoção, desmerecem toda e qualquer atividade executada pela pessoa. Para não demitir e pagar as multas devidas, pressiona-a, de diversas formas, até que a pessoa não resista e peça um acordo.

Seguem alguns sinais evidentes de que o seu “líder” está fazendo este terrível jogo:

• Realizando mudanças frequêntes de horário;
• Implicância com detalhes outrora irrelevantes;
• Dificultando solicitações;
• Mudando a pessoa de setor, cargo ou atividade sem conversar e discutir o assunto com o profissional;
• Sendo invasivo (mexendo, por exemplo, nas suas gavetas quando você não está e deixando evidente);
• Realizando questionamentos aleatórios, constantes e até mesmo constrangedores;
• Aumentando (ou diminuindo) exageradamente a demanda de atividades;
• Mudando de tratamento;
• Realizando Extrema cobrança;
• Não ouvindo mais a sua opinião e o tornando invisível;
• Realizando alterações no seu setor sem seu conhecimento;
• Ignorando seus projetos;
• Realizando reuniões e decisões às escondidas;
• Dentre outros.

É uma situação insustentável e, é claro, vai culminar na sua saída da empresa. Vale ressaltar que esses são abusos mais que profissionais, são psicológicos também e é preciso estar atento.

Mas, antes de tomar qualquer decisão, se faça algumas perguntas:

1. Você está dando o seu melhor para realização de um bom trabalho?
2. Está sendo honesto com a empresa e com você mesmo?
3. Gosta do seu trabalho, está feliz nele ou está apenas confortável nele?
4. Fez o melhor para que a relação com o seu superior e equipe fosse a melhor possível?

Depois de ler e responder estas perguntas, pense um pouco sobre elas e se vale mesmo à pena manter-se em um local onde não é mais desejado. E, caso decida sair, prepare-se antes da seguinte forma:

• Não leve as ações do seu atual superior como algo pessoal;
• Mantenha o equilíbrio e continue dando o seu melhor para que, quando venha a sair, mantenha uma imagem impecável;
• Tente não deixar que a postura equivocada do seu superior no trabalho interfira na sua vida pessoal.
• Verifique as suas finanças e as organize, preparando-se, assim, para qualquer imprevisto;
• Faça uma lista de suas aptidões e aprimore-as;
• Analise o que você realmente gosta de fazer, escolha e se dedique a isso;
• Revise o seu currículo e tenha autocrítica para saber o que pode ser melhorado;
• Faça algum curso de especialização ou atualização profissional;
• Crie um perfil no LinkeDin e seja ativo nele;
• Leia sites, revistas ou jornais com conteúdo relevante para a sua área;
• Aumente a sua rede de contatos;
• Pesquise sobre o setor que você quer seguir e comece a se engajar e ser visto pelas empresas ou público que te interessa.
• Mantenha a autoconfiança.

Tanto na vida pessoa quanto na profissional, não deixe que as atitudes das outras pessoas ditem as suas, ou digam quem você é. Continue melhorando, aprimorando suas habilidades, dando o seu melhor e sendo gentil. Há muito espaço para você em outros lugares, empresas, relacionamentos…

Seja gentil com você mesmo!

Sucesso!

PS: é importante também lembrar que situações isoladas não caracterizam abuso. Percebemos que há algo errado quando existe uma constância do comportamento.

Photo by freestocks.org from Pexels

Às vezes, é preciso dar um tempo e analisar as coisas a uma distância segura

Às vezes, é preciso dar um tempo e analisar as coisas a uma distância segura

A gente se cansa. A gente se cansa das pessoas, dos lugares, do trabalho. A gente se esgota. Acumulamos muita coisa parada aqui dentro de nós, coisas que não digerimos, palavras que não devolvemos, ofensas que não rebatemos, vazios que não nos sustentam. O tempo torna tudo mais pesado e, frequentemente, embaralha as nossas verdades, sufocando o nosso respirar. Às vezes, é preciso dar um tempo, é preciso dar-se um tempo. Para os outros e para nós mesmos.

É preciso dar um tempo longe de pessoas cuja importância ainda não nos é clara, cuja companhia não é uma certeza; pessoas que permanecem ao nosso lado sem estar ali de verdade ou com vontade. Perdemos horas preciosas dando importância a quem mal se lembra de nossa existência, a quem somente nos procura quando lhe convém, a quem pouco importa como nos sentimos. Isso nos esgota.

É preciso dar um tempo longe dos lugares onde não encontramos receptividade calorosa, não provocamos sorrisos sinceros, não recebemos abraços intensos. Existem espaços que já não mais nos comportam, que não requerem nossa presença, em que não mais cabemos porque nada ali nos acrescenta. Trata-se de lugares que parecem correr da gente e que nunca conseguimos alcançar; onde ficamos de maneira forçada. Isso nos diminui.

É preciso dar um tempo longe do relacionamento que nem sabemos mais se é amoroso ou o que quer que seja, se tem vai com volta, onde não mais existe calor, arrepio, frio na barriga, coração que salta. Muitas vezes, insistimos na manutenção de uma relação que se vale do comodismo, da conveniência gratuita, de aparências frágeis. Acabamos nos confortando em terreno falso e arenoso, presos a ilusões de que tudo pode mudar. Isso nos frustra.

É preciso dar um tempo longe do trabalho que esgota, suga, assedia, machuca e drena nossas forças, nossa dignidade. Não é possível suportar por muito tempo ter que chegar contrariado todos os dias a um lugar onde os colegas das mesas ao lado são falsos, onde o chefe destrata a todos, onde a pilha de serviços acumulados é maior do que o prazer que sentimos enquanto passam as horas que se arrastam. Não é possível manter a sanidade mental onde a maldade impera, as ofensas se alastram, a fofoca é doentia, onde a felicidade nunca entra. Isso nos adoece.

É certo que não estaremos sempre rodeados por gente do bem, nem poderemos sentir prazer em tudo o que fizermos, porém, evitar permanecer onde o vazio e a dor reinam sempre poderá nos salvar de um viver arrastado, de um caminhar moroso, de companhias erradas, de amores doídos. Termos um tempo sozinhos, bem longe, para refletirmos sobre nossas vidas e tudo o que trazemos para junto dela, irá nos dar clareza quanto à real importância do que e de quem vale a pena manter conosco. O resto a gente vai jogando fora, aos poucos, para que nos livremos de tudo o que só atrapalha essa felicidade que é tão preciosa, tão necessária, tão nossa.

***

Imagem: Pexels

Tô com saudades de mim

Tô com saudades de mim

Estou com saudades de mim
Não sei mais onde me encontrar
Tenho procurado há tanto tempo
Não sei onde me perdi
Mas continuar assim não dá
Preciso voltar a sentir a minha alma
Passei muito tempo olhando para fora
Ora me fundi no meu parceiro
Vivendo somente para a relação de casal
Ora busquei ajudar os outros, salvar o mundo
Sempre fugindo de mim
Não olhando para as minhas necessidades
Não encarando os anseios do meu ser
E assim fui definhando
O corpo começou a reclamar
A mente, a se confundir
As emoções, a se misturarem
Uma bagunça, enfim
É chegada a ora do reencontro
Eu, comigo mesma
Com minhas individualidades
Minhas sombras e medos
E com a vastidão de virtudes que das quais tenho uma vaga memória
Com os meus sonhos
E com o brilho do meu olhar
Não vejo a hora
De me resgatar
Assim, tão logo eu me encontrar…

 

***

Imagem de capa: pexels

Crianças ouvem história sobre racismo contra casal de idosos e resolvem reparar o erro

Crianças ouvem história sobre racismo contra casal de idosos e resolvem reparar o erro

Gilbert e Grace Caldwell estavam muito felizes quando se casaram, há 60 anos. A lua-de-mel do jovem casal, no entanto, revelou-se uma grande decepção.

Em 1957, os Caldwell se casaram em uma igreja no estado da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, e depois disso dirigiram oito horas até um Resort em Poconos, na Pensilvânia, para a sonhada lua de mel.

Apesar de terem feito uma reserva, o casal feliz foi forçado a dirigir oito horas de volta para casa depois de serem expulsos do hotel por serem negros.

Este era um período especialmente difícil para os negros nos Estados Unidos, em que práticas de segregação racial em instituições públicas e privadas, ou em serviços e oportunidades, era imposta de forma legal, ou por pressão da sociedade – infelizmente pouca coisa mudou de lá pra cá.

O incidente no hotel levou o casal a se unir ao movimento pelos direitos civis dos negros, em que trabalhavam lado a lado com o pastor e ativista político Dr. Martin Luther King Junior. Nas décadas que se seguiram, Grace e Gilbert continuaram dando discursos e palestras em escolas e organizações sobre sua experiência com o racismo.

Mas quando eles contaram a história de sua lua-de-mel para os alunos da quinta série de uma escola em New Jersey, em janeiro de 2018, as crianças ficaram muito tristes com a história.

Meses depois de ver os Caldwell contarem sua história na escola, todos os alunos da quinta série se uniram e escreveram cartas ao Mount Airy Hotel, que há 60 anos expulsou o casal, pedindo que eles oferecessem aos idosos uma segunda lua de mel com todas as despesas pagas – e adivinhem, o pedido foi atendido!

“Isso me faz sentir muito bem por dentro, porque sabemos que, mesmo sendo crianças, causamos um impacto positivo no mundo”, disse um dos alunos à CBS News.

Ah, se todos vissem o mundo pelos olhos de uma criança!

***

Redação CONTI outra. Com informações de goodnewsnetwork

Com fé e esperança, cão aguarda há dois anos que seu dono saia do hospital

Com fé e esperança, cão aguarda há dois anos que seu dono saia do hospital

Os animais sentem as dores de seus donos como se fossem suas. Esses bichinhos se tornam nossos companheiros e nos fazem sorrir quando mais precisamos, sempre estando presentes nos momentos mais difíceis. Eles são nossos melhores amigos e dão a vida por nós. Certamente a história a seguir é um exemplo de companheirismo e lealdade que emocionará a todos.

Marcos é um cachorro que espera seu dono do lado de fora de um hospital. Ele faz isso desde abril de 2017, porém os médicos não sabem ao certo quem é companheiro humano do cãozinho, e, pior ainda, eles não têm certeza se o paciente ainda está vivo.

Os profissionais afirmam que o animal chegou um dia e nunca mais saiu. Todos os dias ele olha furtivamente por todo o lado, como se estivesse procurando por alguém.

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John Jairo Bonilla / Tempo / GDA

De acordo com a revista “El Universal”, alguns trabalhadores locais o adotaram durante um tempo, com o objetivo de lhe proporcionar uma melhor qualidade de vida. Porém, nenhum esforço valeu a pena… o cão latia desesperadamente pedindo para sair, para assim retornar ao hospital. Sua lealdade é de seu dono, embora ele não o veja há anos.

Marcos passa o tempo entre o hospital e um parque perto do recinto, onde dorme a maior parte do dia. Ele tem 10 anos e não perde a fé de que ele e seu dono se encontrarão novamente.

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John Jairo Bonilla / Tempo / GDA

Quando o cãozinho precisa de algum tratamento especial, a comunidade se junta para coletar dinheiro e comprar os medicamentos necessários. As pessoas fazem campanhas e eventos de solidariedade. Todos trabalham juntos quando o assunto é a saúde do pequeno Marcos.

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John Jairo Bonilla / Tempo / GDA

O cão já é uma celebridade. Os visitantes do hospital levam comida para ele e os trabalhadores do setor o mimam com várias iguarias. Eles até lhe deram uma roupinha para que possa suportar o frio da noite.

Marcos é o exemplo vivo da lealdade dos cães com seus donos. Embora ele não o veja há anos, está absolutamente certo de que um dia sairá pela porta do hospital. Ele quer recebê-lo. A reunião será memorável. Esperamos de todo o coração que seu humano esteja vivo, para que ainda possam ficar juntos por um longo tempo.

 

Com informações de UPSOCL

O que é Atendimento Psicológico Online?

O que é Atendimento Psicológico Online?

É uma modalidade de tratamento psicológico que é mediado pela internet, através de programas que permitem o uso de voz e imagem em tempo real (videoconferência) entre o paciente e profissional.

A videoconferência possibilita o contato visual da dupla, paciente e profissional. A partir disso, o psicólogo poderá coletar outras informações importantes para compreender  o cliente, tais como: postura, aparência, gesticulação, olhar, expressões faciais.

O psicólogo/psicanalista precisa ter os ouvidos apurados e olhar atento para coletar informações importantes e compreender o paciente e sua demanda para o atendimento psicológico online; portanto, a videoconferência, possibilita reunir dados fundamentais para a compreensão da queixa apresentada e as possibilidades de trabalho com o paciente.

O atendimento psicológico online não tem a pretensão de substituir o tratamento convencional, mas apresentar recursos terapêuticos para pessoas que precisam de psicoterapia, no entanto, não podem comparecer ao consultório de psicologia tradicional.

Quem pode se beneficiar dos atendimentos de psicologia online:

A psicoterapia online trata de sintomas diversos, tais como:

  • Ansiedade;
  • Depressão;
  • Luto;
  • Transtorno do Pânico;
  • Depressão pós-parto;
  • Stress Pós-Traumático;
  • Síndrome de Burnout;
  • Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade;
  • Fobia Social;
  • Pessoas hospitalizadas, acamadas, com dificuldades de locomoção;
  • Brasileiros residentes no exterior; etc…

Contra- Indicação do Atendimento Psicológico Online:

Como todos os tratamentos a psicoterapia online tem as suas limitações e contra-indicações.

Dessa forma, pessoas que apresentam ideação suicida; crise de abstinência de álcool e outras drogas; surto psicótico; esquizofrenia, transtorno de personalidade borderline; psicopatia; e outros transtornos severos e persistentes, não têm indicação para o atendimento psicológico online.

É consensual nos meios de tratamento mental que pessoas acometidas por transtornos graves, necessitam de acompanhamento de equipe multidisciplinar.

No SUS esses tratamentos mais específicos são oferecidos pelos CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) das cidades.

Em casos de surtos psicóticos ou tentativa de suicídio, se faz necessário procurar o Pronto Socorro para atendimento imediato.

Resultados do Atendimento Psicológico Online:

Maria Adélia Minghelli Pieta, doutora em psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, relata um estudo do tema, ela coordenou uma equipe de oito psicólogas que, entre junho e novembro de 2012, atendeu 24 pacientes: 12 deles via Skype e 12 em sessões presenciais. Dois anos depois, comparou os resultados e constatou que a terapia online nada ficou a dever ao modelo convencional.

No Brasil, os estudos sobre terapia online estão  em expansão devido o aumento da prática dos profissionais, assim como a procura de pessoas que necessitam de apoio psicológico, mas não conseguem comparecer ao consultório convencional.

Estudos atuais demonstram que o atendimento psicológico online tem a mesma resultabilidade, se comparado à psicoterapia convencional, entretanto a forma de encontro entre paciente e profissional, acontece de forma diferente, através da internet.

Deve-se considerar que o  objetivo do atendimento psicológico online nunca foi e nem será substituir o atendimento psicológico convencional, mas de proporcionar  tratamento psicológico para as pessoas que necessitam, mas não têm acesso ao consultório clássico.

A finalidade da psicoterapia online é dar acesso às pessoas que precisam de psicoterapia, mas que não conseguem estar num consultório convencional. É promover saúde mental para quem precisa desse auxílio.

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Referências Bibliográficas:

“Psicoterapia- On-line”. (SIQUEIRA ALVES CATÃO CLAUDIA; RUSSO  NASCIMENTO MARCELO, 2018).

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932014000100003

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Imagem de capa: Photo by Artem Beliaikin from Pexels

 

As meninas empoderadas: “ser diferente é um superpoder”

As meninas empoderadas: “ser diferente é um superpoder”

Hoje, três meninas simbolizam as lutas de jovens empoderadas de todas as partes do mundo, porque elas sabem expressar o seu potencial, com criatividade, originalidade e ousadia, capazes de provocar transformações no seu campo de atuação.

A família e a educação são o diferencial do empoderamento dessas meninas. Uma delas é Greta Ernman Thunberg, a ativista sueca do clima de apenas 16 anos, conhecida por protestar fora do Parlamento do seu país, e assim tornou-se a líder do movimento greve das escolas pelo clima.

Thunberg foi diagnosticada com a síndrome de Asperger, mas afirmou: “Dependendo das circunstâncias, ser diferente é um superpoder”. Seu exemplo inspirou milhares de estudantes pelo mundo à fazer greve na sexta-feira.

Em Londres, em outubro de 2018, ela escreveu a Declaração de Rebelião pelo Extinction Rebellion: “Estamos enfrentando uma crise sem precedentes que nunca foi tratada como uma crise e nossos líderes estão agindo como crianças. Nós precisamos acordar e mudar tudo (…)”.

Na COP24, em dezembro de 2018, na sua assembleia plenária, Greta alertou aos governantes: “Você não é maduro o suficiente para dizer como é. Mesmo esse fardo você deixa para nós, filhos”. Ela recebeu em novembro de 2018 a bolsa Fryshuset de jovem modelo do ano, entre outros Prêmios, e em março de 2019, foi indicada ao Prêmio Nobel.

A outra menina é a Malala Yousafzai , que em de outubro de 2012, entrou em uma van escolar numa província do Paquistão, onde um homem armado chamou-a pelo nome e disparou-lhe 3 tiros. Nos dias seguintes, Malala manteve-se em estado grave.

Quando a sua condição melhorou foi removida para um hospital na Inglaterra. A tentativa de seu assassinato desencadeou apoio internacional. Ela virou a ativista paquistanesa, respeitada pela defesa dos direitos humanos das mulheres e do acesso à educação no seu país.

O ativismo de Malala resultou em um movimento internacional. O enviado das Nações Unidas para a educação global em nome de Malala criou, em 2015, o slogan :”Eu sou Malala”. Em abril de 2013, Malala foi capa da revista Time e considerada uma das 100 personalidade mais influentes do mundo. Com apenas 17 anos, foi a mais jovem laureada com o Prêmio Nobel da Paz.

A próxima é a baiana Anna Luisa Beserra, que acaba de ser a primeira brasileira a vencer o Prêmio Jovens Campeões da Terra, das Nações Unidas – ONU. Graças à bolsa que ganhou, em 2013, para jovens cientistas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq, ela criou um projeto que purifica água não-potável, usando a luz solar, que dura 20 anos e só precisa ser limpo com água e sabão.

O “Aqualuz”, inventado por Anna, é um dispositivo que faz testes a cisternas na região do semi-árido nordestino e já garante acesso a água limpa para 265 pessoas. No país, cerca de 35 milhões de brasileiros não têm acesso a redes de água potável.

Segundo a ONU, 1,8 bilhões de pessoas consomem água imprópria no mundo, e 1,4 milhões morreram em 2016, em decorrência disso, que atingem populações vulneráveis. A solução criada por Anna pode frear esse impacto devastador. Ela será homenageada em outubro, durante a Assembleia Geral da ONU.

Por fim, essas três jovens e tantas outras são as lideranças femininas do século 21, que estão promovendo a igualdade de gênero e o crescimento da economia, que melhoram a qualidade de vida das comunidades, com o foco no desenvolvimento sustentável. É por isso, que elas são alvos de ataques de imbecis de todos tipos, que serão lembrados como “coisas ruins” da história.

DANE-SE, POR FAVOR!

DANE-SE, POR FAVOR!

Sabe, devemos instalar e deixar sempre de prontidão um botão “dane-se” na nossa vida
Nos estressamos, envelhecemos antes da hora, adoecemos e nos amargamos por levarmos as coisas a sério demais
Ora, o que importa no fim das contas é estar aqui, é estar vivo, é estar se virando, é ter energia, é seguir adiante, é estar cheio de oportunidades (ainda que não as enxerguemos direito, às vezes).
Ficar matutando hipóteses, se frustrando com as coisas que não acontecem, se incomodando por qualquer besteira e pirando o cabeção o tempo inteiro pode “acabar acabando” com a nossa vida
Um “dane-se” ou outro, invariavelmente, é vital!
Você não vai conseguir fazer aquela viagem que tanto querida? Dane-se!
O chefe apareceu com uma cara fechada? Dane-se!
A conta tá no vermelho? Dane-se!
O marido não reconhece tudo o que você faz? Dane-se!
O seu cabelo tá com vontade própria (e bem diferente da sua)? Dane-se!
A casa tá suja e bagunçada? Dane-se!
Você tá querendo emagrecer, mas apareceu um jantarzinho especial? Dane-se!
Tá caindo uma tempestade e você precisa sair para a rua? Dane-se!
Aquela amiga não perguntou mais como você está? Dane-se!
A sua vida tá uma bagunça danada? Dane-se!
Ora, leveza é bom senso! É sanidade! É sobrevida!
Funcionamos muito melhor relaxados!
Ainda que os problemas sejam grandes, as soluções aparecem muito mais facilmente quando estamos “de boas” e não brigando com eles, com o mundo, com a vida…
Na boa, nada vale a paz e a alegria que temos naturalmente no nosso coração.
E aí entra um ensinamento que vale ouro: a ACEITAÇÃO.
Dizer SIM a tudo como é e a todos como são, nossa, isso muda tudo!
É incrível como a vida se transforma quando passamos a não alimentar mais conflitos interiores querendo que as coisas sejam diferentes do que são.
É puro gasto inútil de energia querer moldar o mundo à nossa maneira.
É uma tarefa impossível, que só gera frustração.
Pulemos essa etapa, então, e iremos além, muito além.
Vamos transcender essa inquietação, esse descontentamento, esse perfeccionismo.
E chegaremos num lugar tão maravilhoso, mas tão maravilhoso, que não imaginamos nem nos nossos melhores sonhos…

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Éramos oito

Éramos oito

Meus pais, Moacyr e Cleide, tiveram seis filhos: Maiza, Marcia, Magda, Maristela (a Tela), Moacyr (o Moa) e Marcel (o Cel, para irmãos e esposa) – na ordem de nascimento. Éramos oito. Fomos também nove por muito tempo, quando a Eva trabalhou na nossa casa. A Eva viu a gente crescer, a gente rir, chorar, brigar, viu a gente virar gente. Então ela foi o nove por um bom tempo, com mérito, até que virou uma estrela no céu, cedo demais. Mas acho que com todo mundo é assim: quem a gente ama vive sempre menos do que queríamos.

Costumo pensar que meus irmãos são como os dedos de minhas mãos: todos os cinco são importantes e todos fariam falta. Eu sou a raspa do tacho, nasci quatro anos depois do meu irmão. Meu pai contava que minha mãe ficou assustada quando engravidou de mim e ele teve que dar uma chamada nela. Adoro essa história, porque prova que a gente só vai entender as coisas lá na frente mesmo. Minha mãe mal poderia imaginar o quanto aquele sexto filho iria amá-la – e vice-versa. Talvez, por essa hesitação no início da gravidez, ela tenha grudado tanto em mim depois. Olha que bênção!

Meus pais não estão mais aqui na terra, mas estão vivos dentro de seus filhos. Não nos vemos mais tanto pessoalmente como quando eles eram vivos, mas mantemos os laços. Minha mãe tinha uma capacidade imensa de agregar pessoas, sentimentos, de juntar amor em volta de si. Ela usava os alimentos para demonstrar carinho, para nos aproximar, para criar os afetos que ainda nos unem. A mesa da cozinha da casa de meus pais guarda momentos maravilhosos e conversas mágicas. Ali, sentados, contávamos as coisas, relembrávamos os momentos idos e criávamos novos. A gente ria, chorava, discutia, saía e voltava. Como é importante ter um lugar para retornar.

Várias noites, antes de dormir, todos ficávamos na sala relembrando nossa infância. Tantas vezes nos sentávamos no chão do quarto e cantávamos ao som do violão. Quantos dias de sol aproveitamos na piscina do quintal, esperando minha mãe chamar para o café, para os lanches. E voltávamos à mesa da cozinha, mesa bendita: um tanto de amor ali compartilhamos, construímos, reforçamos. Acho que todo mundo que entrou naquela casa sentou-se àquela mesa e viveu algum momento bom. Encontro muita gente que se lembra, com um sorriso gostoso no rosto, do café de minha mãe. A mamãe fazia isso com as pessoas. Meu pai marcou as pessoas na vida pública. Minha mãe marcou o coração de cada um a quem ela abriu as portas de casa.

Cada filho, um universo particular. Engraçado como somos seis pessoas que cresceram num mesmo ambiente e nos tornamos tão diferentes e ímpares. Cada um de nós recebeu tudo aquilo de um jeito próprio. Cada um digeriu o que viu, o que ouviu, o que sentiu, de um modo único. Quando a gente se reúne, isso fica claro, porque um mesmo evento foi guardado de uma forma peculiar por cada um. Daí a gente compartilha os pontos de vista e repensa o que tem dentro de si, reelaborando o que passou, percebendo que todos fomos tocados pelo amor de nossos pais, intensamente, mas de acordo com o que éramos. E a gente acaba amando aqueles dois ainda mais, por tudo o que fizeram por nós.

Adultos, encaramos o passado, obrigando-nos a aprender com os erros e a aceitar o outro em tudo o que ele tem a oferecer, de bom e de ruim. Porque, no amor, a gente erra querendo acertar, a gente fica vulnerável e imperfeito, afinal, há muito sentimento envolvido e embaralhando o pensamento da gente. Nós, filhos, tomamos caminhos diferentes, vivemos junto a novos amores e tentamos passar adiante tudo o que aprendemos com nossos pais. A gente se fala pelo whatsapp, a gente se vê bem menos do que queria, mas a gente sabe que cada um está ali por perto, no mundo, e bem próximo, junto ao coração.

Agora somos seis, mas, dentro de nós, sempre seremos oito, porque viveremos eternamente nas gerações que virão de nós. Viveremos eternamente através do amor que nossos pais semearam no coração de cada um de seus filhos. Os sentimentos nunca estacionam, afeto não tem parada. Amor é ato contínuo. E é assim que o amor continua.

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