Médica legista atende vítimas de abuso no IML, de bebês de dias a senhora de 80 anos

Médica legista atende vítimas de abuso no IML, de bebês de dias a senhora de 80 anos

Mariana da Silva Ferreira, de 40 anos, trabalha há dez anos como médica legista do IML (Instituto Médico Legal) de São Paulo. Ao blog Universa, ela contou que, nesse tempo todo, ao menos uma vez ela pensou em desistir do trabalho. Foi em 2011, quando ela atendeu uma menina de três anos que havia sido abusada pelo vizinho de porta da família, uma pessoa a quem a mãe confiava a filha quando precisava sair de casa.

Ela relata que a situação, que “fez seu mundo cair”: “Pensei comigo: ‘Chega, não volto mais’.” E então ela fez uma carta de exoneração e apresentou à direção do IML. Estava prestes a deixar o cargo, mas uma pergunta insistia em ecoar na sua cabeça: “Por que tanta criança?”. Queria saber por que a maioria das vítimas que atendia tinham menos de 12 anos. Desistiu de desistir. Encontrar uma resposta se tornou sua obsessão.

Foi a partir daí que Mariana decidiu tratar as pacientes “como pessoas, não como casos”, e então colocou adesivos da Turma da Mônica na sala de perícia e passou a distribuir balões e anéis de plástico, “como os de festa infantil”, além de pirulitos aos pequenos. E fundou uma entidade para prevenção do abuso, a Pródigs, por meio da qual dá palestras e cursos de capacitação e divulga material informativo. Também criou, no primeiro semestre de 2019, um curso de mesmo tema na Academia de Polícia Civil de São Paulo — é a primeira vez que a instituição trata do assunto no treinamento dos policiais do estado.

A paciente mais jovem atendida por Mariana tinha sete dias de vida. Em uma mesma semana, chegou a atender um bebê de seis meses e uma senhora de 80 anos, ambas vítimas de abuso. “É um trabalho que me faz por em xeque a fé nas pessoas porque está na minha mão, para eu examinar, o resultado do pior que um ser humano pode fazer.”, disse a médica legista.

No IML em que trabalha, situado no Hospital Pérola Byington, na capital paulista, trabalha 40 horas semanais, intercalando plantões. Ela atende muitas meninas que foram abusadas por pais e padrastos, lida com familiares negligentes e pericia mulheres arrasadas por violações de todo tipo. Afirma que a porcentagem de pacientes mulheres segue os números das pesquisas sobre abusos: cerca de 70% a 80% dos casos.

“Como você consegue?”, é a pergunta que mais escuta. “É como diz o dependente químico: um dia de cada vez”, responde. E, ao lembrar que seu incômodo não chega aos pés da devastação que um abuso faz na vida de uma vítima, dá sentido ao seu trabalho: “Se entrou comigo, é a pessoa mais importante do mundo naquele momento. É a minha maneira de ajudá-las”.

E Mariana ainda deixa um recado importante: “Denuncie. Se não der em nada, denuncie de novo. E de novo”.

Uma das formas de denunciar o abuso infantil é o Disque 100. O número do governo federal é se encarrega de receber denúncias anônimas e repassar a órgãos competentes, como conselhos tutelares e Ministério Público. Também é possível procurar diretamente o conselho tutelar local ou qualquer delegacia.

“Já escutei de vítimas adultas que sofreram abuso na infância: ‘Todo mundo sabia, e ninguém fez nada’. É triste demais”, diz Mariana. “Por isso, minha orientação é: denuncie. Tem gente que diz que não dá em nada, mas eu respondo: denuncie de novo e de novo. Não pare de denunciar. Quem se omite também comete um abuso.”

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Redação CONTI outra. Com informações de Universa

17 fatos dos bastidores de “Coringa” tornam o filme uma obra-prima ainda maior.

17 fatos dos bastidores de “Coringa” tornam o filme uma obra-prima ainda maior.

A nova versão do filme “Coringa”, estrelada por Joaquin Phoenix, deixou todos os fãs do personagem extremamente empolgados, nostálgicos e até mesmo empáticos com sua dor, a tal ponto de entender seus horríveis crimes.

O filme que anda surpreendendo a maior parte do público é uma produção que agrada tanto os fãs da história em quadrinhos como aqueles que nem mesmo sabem a história do Coringa e do querido super-herói, Batman.

Aqui estão 17 fatos que aconteceram atrás da câmera e que fizeram com que o filme se tornasse ainda melhor. Esses pequenos detalhes transformaram o longa metragem numa obra-prima e deixaram a história ainda mais tensa e perturbadora.

Alguns pequenos SPOILERS podem aparecer nesta matéria. Portanto, se você ainda não viu o filme e não quer descobrir nada antes, é melhor parar de ler.

1. Para interpretar o Coringa, Joaquin Phoenix teve que seguir uma dieta rigorosa para perder 23 quilos.

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De acordo com a Vanity Fair, ele trabalhou com o mesmo médico que o ajudou a perder peso para “The Master” e, após as filmagens, recuperar mais de 11 kg.

 

2. O papel de Arthur Fleck foi escrito com o ator Joaquin Phoenix em mente, já sendo o protagonista

O ator recebeu o roteiro no final de 2017 e até mandou sua mãe revisá-lo antes de decidir filmar. O personagem foi literalmente feito para o ator.

 

3. Phoenix disse que não viu nenhuma das versões anteriores do personagem para se preparar

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“Era algo que parecia nossa criação, e isso era importante para mim”, explicou ele durante a conferência de imprensa do Festival de Veneza.

 

4. Em vez disso, ele estudou os movimentos de grandes estrelas do cinema mudo como Buster Keaton e Ray Bolger

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Ele também se inspirou no espantalho de O Mágico de Oz .

 

5. Embora seja bastante óbvio, muitos filmes do final dos anos 70 e início dos 80 foram de grande influência neste filme e muitas semelhanças visuais podem ser observadas

Todd Phillips (director) falou especificamente sobre filmes como “Taxi Driver”, “The King of Comedy”, “Serpico”, “Raging Bull” e “One Flyw Over the Cuckoo’s Nest”.

 

6. O enredo do filme, que segue um comediante fracassado, foi baseado na famosa graphic novel “Batman: The Killing Joke”

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Esse romance foi considerado uma das histórias definitivas do Batman contra o Coringa, que também é uma das HQ’s mais populares da história.

 

7. O filme mudo “O homem que ri” também foi uma das principais influências durante as filmagens

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8. A maquiagem de palhaço de Arthur foi feita para parecer “velha”, então seus lábios foram pintados de marrom avermelhado, o que também ajudou a parecer sangue

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De acordo com o chefe de maquiagem Nicki Ledermann, “até seu sorriso torto é uma metáfora de que nem tudo é perfeito”.

 

9. O roteiro mudou várias vezes durante os dias e até mesmo antes das filmagens, então os atores tiveram que se adaptar e improvisar alguns dos diálogos

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Segundo o diretor Todd Phillips, a personagem de Zazie Beetz, Sophie, tornou-se a pessoa que mais improvisou nas filmagens. Ele parabenizou Beetz por ser incrível e ressaltou “Ela esteve a todo momento super disposta a fazer esse tipo de improvisação, nunca parou, ficou entusiasmada com as mudanças e apoiou o diálogo de seu personagem, foi uma bela colaboração”.

 

10. Antes de filmar, o diretor disse a Phoenix que havia imaginado a risada do curinga quase como algo doloroso.

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Phoenix praticou muitos tipos diferentes de risadas e fez uma “audição” delas para Phillips, a seu próprio pedido.

 

11. Há pelo menos três risadas diferentes do Coringa: a risada de “dor”, a risada para “se encaixar” e, finalmente, a risada de “verdadeiro prazer”

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12. Embora Robert DeNiro seja um dos atores americanos favoritos de Phoenix, eles mal trocaram palavras no set

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Em parte devido a seus métodos de atuação semelhantes.

 

13. De fato, houve um pouco de tensão entre os dois porque DeNiro insistiu que o elenco fizesse uma leitura do roteiro antes de filmar suas cenas, enquanto Phoenix não queria, mas precisou.

Apesar das diferenças, eles finalmente chegaram a um acordo e tudo correu bem.

 

14. Phillips pediu a musicista Hildur Guðnadóttir que compusesse a música do filme, o que normalmente não é feito nas produções cinematográicas.

Ela também criou a música para a série da HBO, “Chernobyl”.

 

15. E a música de Guðnadóttir era tocada frequentemente no set para ajudar a criar o ambiente certo

 

16. De fato, sua música inspirou a cena de dança no banheiro

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No roteiro, Arthur simplesmente corre para o banheiro, esconde a arma e lava o rosto. Mas Phillips tocou a música de Guðnadóttir enquanto filmavam e Phoenix simplesmente começou a fazer os movimentos de dança, e assim foi na versão final.

 

17. Embora muitos atores anteriores se voltassem para lugares obscuros para se inspirar e desempenhar o papel de Joker, Phoenix disse que não tinha essa experiência.

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“Não foi uma luta, foi legal e muito enriquecedor”, disse o ator.

 

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Texto traduzido e adaptado pela CONTI outra. Com informações de UPSOCL

 

São Paulo terá primeiro espaço de arte imersiva da América Latina

São Paulo terá primeiro espaço de arte imersiva da América Latina

Para aqueles que se interessam por arte, ou querem conhecer mais sobre o assunto, aqui vai uma ótima notícia: O Governador João Doria e o Secretário de Cultura e Economia Criativa Sérgio Sá Leitão anunciaram recentemente a criação do primeiro espaço de arte imersiva em São Paulo e da América Latina. Gerido pelo Museu da Imagem e do Som (MIS), o espaço será construído em uma instalação de dois mil metros quadrados.

Sobre a empreitada, o Governador João Doria comentou: “O Museu da Imagem e do Som passa a partir de agora a ter uma nova dinâmica, seguindo uma trajetória de evolução no tempo e no espaço, incorporando uma extraordinária experiência do Marcos Mendonça a frente de todos os organismos que ele comandou, presidiu e dirigiu ao longo dos últimos quarenta anos”.

Inspirado no Ateliê des Lumière, de Paris, o local terá sistema de projeção com 150 projetores. Em um primeiro momento as exposições permitirão total imersão e interatividade, proporcionando uma experiência nova, atraente e educativa, com informações sensoriais que auxiliam no entendimento das obras.

“É um desafio que eu encaro com muito otimismo e alegria. Nós estamos vivendo o mundo da imagem, o mundo do som, e o museu é exatamente isso: o Museu da Imagem e do Som. Em consonância com o que acontece no mundo, ele pode estar desenvolvendo uma série de ações. Ele já vem desenvolvendo ações muito positivas, mas ele pode desenvolver ações mais fortes, que podem ganhar uma outra dimensão. O MIS tem que se espalhar no Estado de São Paulo”, declarou Marcos Mendonça.

O espaço de arte imersiva será inaugurado em novembro com a exposição “Leonardo da Vinci – 500 anos”. No momento, ela está em exibição no Canadá e nos Estados Unidos. A mostra apresenta uma experiência imersiva multissensorial de 45 minutos, com seções sobre réplicas de arte renascentistas do artista italiano, assim como seus esboços anatômicos, máquinas inventadas a partir de seu conhecimento.

Além disso, há também uma animação em tamanho real da obra A Última Ceia e manuscritos de sua vida profissional. Os recursos para a exposição serão captados via Lei Rouanet e ProAC ICMS.

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Redação CONTI outra. Com informações de Portal Mundo

Deixar cachorro acorrentado ou sempre preso torna-se crime em Florianópolis

Deixar cachorro acorrentado ou sempre preso torna-se crime em Florianópolis

Já vigora em Florianópolis uma lei municipal que torna criminaliza o ato de manter um cachorro acorrentado ou sempre preso no canil. O texto ainda deixa mais rígida a definição de maus tratos, e estabelece multa que varia de R$ 500 a R$ 3 mil.

A fiscalização fica a cargo da Direção de Bem-Estar Animal (Dibea). Para denunciar maus-tratos, é necessário fazer um boletim de ocorrência e levar o BO até a Dibea. A denúncia pode ser anônima. São, em média, 40 por mês – todas verificadas.

Também foi definido pela lei que, se não for possível manter o animal solto, ele poderá ficar preso por um tempo, desde que numa corrente tipo vai e vem. Só neste ano, as equipes já fizeram 174 resgates dessa forma.

A autora do projeto de lei, vereadora Maria da Graça Dutra, falou sobre a necessidade de iniciativas como essa:

“As pessoas acham que é normal ter o animal na corrente. Adotam um cachorro, filhotinho, e já botam na corrente e ele passa o resto da vida dele ali. E resta dizer que a vida dele é diminuída em metade pelas condições que ele passa”

Recentemente, quatro cachorros foram resgatados. Quem conta mais sobre ação de resgate é José Ferreira da Silva, funcionário da Dibea:

“Eles estavam confinados num canil, um cubículo muito pequeno, com fezes há mas de semanas. Fomos averiguar a situação, que já era situação de maus-tratos”

Os donos vão responder pelo crime de maus-tratos na Polícia Civil e a um processo administrativo da prefeitura. Já os animais estão bem e deverão ser encaminhados para adoção.

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Redação CONTI outra. Com informações de nsctotal

(Foto: Reprodução / NSCTV)

Engenheiros criam gel de aerossol que atua na prevenção de incêndios florestais

Engenheiros criam gel de aerossol que atua na prevenção de incêndios florestais

Um engenheiro e um ex-engenheiro florestal projetaram um gel que adere à vegetação e a mantém segura por meses. Esse spray retardável pode um dia ser usado para reduzir drasticamente a quantidade de incêndios florestais ocorridos ano após ano.

Ao cobrir as vastas áreas de vegetação particularmente suscetível, espera-se que essa técnica possa atuar como uma “vacina ” contra futuros surtos de incêndio.

“Isso tem o potencial de tornar a luta contra os incêndios florestais muito mais proativa do que reativa”, diz o cientista e engenheiro de materiais Eric Appel, da Universidade de Stanford.

“O que fazemos agora é monitorar as áreas propensas a incêndios florestais e esperar com a respiração contida até que os incêndios comecem, depois correr para apagá-los.”

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Hoje, quando os bombeiros respondem no local de incêndios ativos, eles usam retardadores como o polifosfato de amônio, sal inorgânico ou APP. O problema é que essas soluções funcionam apenas no curto prazo, porque perdem a eficácia quando a água retida evapora. E na maioria dos incêndios florestais, isso pode acontecer em menos de uma hora.

O novo gel é essencialmente um veículo adesivo e resistente ao fogo para esses retardadores químicos. Feito principalmente de material vegetal, o material é baseado em celulose, o que significa que adere à vegetação durante a chuva, vento ou sol.

Além disso, os inventores dizem que também não é tóxico e pode ser pulverizado com segurança no meio ambiente, usando equipamentos agrícolas ou aeronaves atuais.
Até agora, o Departamento de Silvicultura e Proteção contra Incêndios da Califórnia (CalFire) o testava em grama e chamise, e em ambos os cenários o spray fornecia proteção completa contra incêndio, mesmo após fortes chuvas. Em comparação, outros retardadores comerciais forneceram pouca ou nenhuma proteção.

“Não temos uma ferramenta comparável a isso”, disse Alan Peters, chefe da divisão CalFire que supervisionou algumas das queimadas de teste.

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O produto não só pode ser usado para evitar incêndios, mas em doses muito maiores, também pode ser usado para interromper um incêndio, uma vez iniciado, da mesma maneira que os retardadores de fogo são atualmente pulverizados nos incêndios.

Espera-se que os incêndios florestais em todo o mundo se tornem mais intensos e frequentes à medida que a mudança climática piora, e nossos métodos de gestão são atualmente bastante limitados.

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Novas invenções e técnicas são necessárias e urgentes nestes tempos sem precedentes, e os pesquisadores agora estão trabalhando com o estado da Califórnia para testar esse gel em áreas arborizadas, que são alvo de dezenas de incêndios na região a cada ano. Se funcionar, a técnica pode proteger inúmeras vidas e meios de subsistência em muitos outros lugares.

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Redação CONTI outra. Com informações de Nation

O verdadeiro amor começa de dentro para fora e não o contrário

O verdadeiro amor começa de dentro para fora e não o contrário

Sou grata a todos os relacionamentos que tive ao longo da vida. Independente de serem assumidos publicamente ou protegidas das redes sociais. Se forem namoros longos ou curtos, romances de verão, calmaria ou paixões avassaladoras, pouco importa. O aprendizado que cada relacionamento me proporcionou foi incrível e fez tudo valer à pena, até porque, foram essas relações que me fizeram amadurecer e ser a pessoa que sou hoje.

Amadurecimento emocional não tem nada a ver com idade e sim a experiência de vida que passamos. Sabemos disso. E, desde muito nova, mesmo sem saber muito bem o que eu queria para a minha vida pessoal, sabia exatamente o que não queria e isso já era muita coisa para uma garota de vinte e poucos anos, já que essa atitude seria meu limite e meu escudo para as coisas que eu jamais aceitaria viver. E assim aconteceu. Deixei para trás pessoas que traíram minha confiança, percebi que nem todo “eu te amo” é verdadeiro e entendi que palavras sem ações não valem nada e tudo isso me deu um amadurecimento emocional incrível!

Entendi que antes de amar alguém eu preciso amar minha individualidade, minha liberdade e minha história para depois oferecer um amor genuíno a alguém. Aprendi que relações são evoluções constantes e que, mesmo diante de uma história conflituosa, é possível tirar lições grandiosas e que para estar bem com o outro eu preciso, antes, estar bem comigo.

Aprendi que a valorizar a própria companhia é tão libertador quanto oferecer isso em uma relação. Que os “nãos” recebidos serviram de oportunidades para meu crescimento interior. E que, muitas das expectativas geradas foram criações minhas. Só minhas. O outro não tinha culpa alguma.

Comecei a encarar meus próprios medos e a destruir os estereótipos criados como perfeitos com o objetivo de me enquadrarem um uma forma de “perfeição” inexistente. E sabe de uma coisa? Foi libertador!

Portanto, desejo que você experimente esse processo de cura e de amadurecimento emocional interior o mais rápido possível. Desejo que você seja capaz de ser livre das opiniões alheias e seja capaz de se amar antes de amar o próximo. Porque, afinal, o verdadeiro amor começa de dentro para fora e não o contrário.

Cantora de ópera sem-teto viraliza e acaba se apresentando num evento em Los Angeles. Confira!

Cantora de ópera sem-teto viraliza e acaba se apresentando num evento em Los Angeles. Confira!

Seu nome é Emily Zamourka, uma mulher russa que impressionou os norte-americanos ao mostrar seu talento no metrô de Los Angeles. Na semana passada alguns policiais filmaram Emily cantando a ária de Puccini em uma das estações do metrô da cidade.

Ela tem 52 anos e se mudou aos EUA aos 24. Há dois anos, ela teve seu violino roubado – ela é violinista e vivia da música até perder o instrumento. Desde então, passou a sobreviver com um carrinho de supermercado em que guardava os seus pertences, sempre vagando pelas ruas de Los Angeles.

O vídeo é emocionante, tanto que conquistou o mundo. Confira:

Desde que seu vídeo foi publicado e atingiu mais de 20 mil pessoas no Twitter e em outras mídias sociais, milhares de pessoas se prontificaram em ajudá-la por meio de um financiamento coletivo.

“Eu toquei o espírito de vocês e estou muito feliz em poder tocar seus corações com minha voz”, disse a cantora ao público.

Mesmo não tendo um treinamento formal em canto lírico, Emily fez sua primeira apresentação neste sábado (05/10) e conseguiu mostrar mais ainda seu talento, cantando novamente a música que a fez ser notada.

“Eu não sou uma cantora profissional, mas sou muito crítica sobre como vou soar ou como minha performance vai ser”, afirmou.

A artista agora possui um contrato com uma gravadora e um pequeno apartamento que foi financiado com as doações que recebeu. Sua vida agora mudou, e seu talento é sua prioridade.

 

Com informações de G1

A linha tênue entre ser interessante e ser interessado

A linha tênue entre ser interessante e ser interessado

Sejamos realistas: nós sempre sabemos quando o outro está (ou não) interessado. Podemos fechar os olhos e acreditar apenas no que queremos, mas a verdade é que o interesse e o desinteresse são atitudes mais explícitas que o amor.

Para começo de conversa, tenhamos claro que o interesse é a mola que impulsiona o mundo. Seja por pessoas, objetivos ou relacionamentos o que faz as pessoas permanecerem focadas em algo é a forma como elas alimentam seus interesses. O problema é que há muitas pessoas interessadas em alcançar um objetivo e poucas pessoas interessantes que, de fato, o mereciam ter.

Pessoas interessantes são tão raras que Bukowski em “O capitão saiu para o almoço e os marinheiros tomaram conta do navio” de 1999, chegou a questionar: “por que há tão poucas pessoas interessantes? Em milhões por que não há algumas?”. Convenhamos, o autor estava certo.

É sempre bom ressaltar que há uma grande diferença entre pessoas interessantes e pessoas interessadas. Pessoas interessantes representam um número seleto de pessoas que fazem a vida melhor. São pessoas raras com as quais você tem liberdade de trocar conhecimento e opiniões sem ser julgado por isso.

São aquelas que oferecem momentos de qualidade, indiferente do tempo que isso signifique. Honestas, constantes e equilibradas promovem relacionamentos sadios e duradouros (e note que isso não se limita a relacionamentos amorosos).

Pessoas interessadas não. Pessoas interessadas são movidas pelo imediatismo e focam o objetivo (seja ele profissional, sentimental ou social) como meta de vida. Não que isso seja ruim, mas ser uma pessoa interessada não basta para ser uma pessoa interessante.

Vamos a um exemplo clássico: os relacionamentos amorosos. Pessoas interessadas focam em um relacionamento amoroso como condição de felicidade. Tentam, convencem e insistem na relação a ponto de não aguentarem mais, afinal, acreditam que é melhor estar acompanhada e sofrendo do que feliz e sozinha.

Já uma pessoa interessante dificilmente insiste em algo que não seja um objetivo profissional, pois entendem que nenhuma relação pode dar certo sem autonomia e sem o desenvolvimento de sentimentos recíprocos. Simples assim!

Portanto, antes de ser interessado, seja interessante. É melhor aprender a dominar os efeitos que as emoções nos causam do que ser escravo de todas elas.

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Photo by Tembela Bohle from Pexels

Vovó comemora seus 70 anos vestida de Branca de Neve e sua história comove internautas

Vovó comemora seus 70 anos vestida de Branca de Neve e sua história comove internautas

Diz a sabedoria popular que “feliz é aquele que vê o mundo com o olhos de uma criança”. E quando esbarramos com os registros fotográficos do sorriso aberto e do brilho nos olhos da doce vovó Baia comemorando seus 70 anos de idade e usando um lindo vestido de Branca de Neve, temos que concordar com esta máxima.

Na festa de vovó Baia tinha bolo, doces, salgados, vestido da Branca de Neve e muitas bonecas! Para melhorar, só faltou o Parabéns cantado pela Xuxa. E a felicidade da aniversariante ficou explícita nas fotos que sua sobrinha, Paula Dalalio Frison, publicou nas redes sociais. O post fez tanto sucesso que a sua história viralizou e hoje a vovó é personagem deste texto que você lê.

Quem vê o sorriso de vovó Baia, não imagina que sua história é marcada por uma tragédia pessoal. Quando criança, ela sofreu um acidente que a deixou com sequelas gravíssimas, entre elas, um transtorno mental no qual ela acredita ainda ter 9 anos.

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“(…)todos as horas são, para ela 10 horas e sempre diz ter 9 anos. Não guarda nomes, mas sabe alguns, o que não quer dizer que ela se lembre deles sempre. Não consegue manter diálogo, repete inúmeras vezes as frases!”, disse Paula.

Baia é apaixonada por bonecas, mas também por relógios e celular (adora se ver na tela).
“E ela tem algumas bonecas, as quais chama de Beijoca ou Beijoquinha, que era a boneca da época em que sofreu o acidente! O universo dela é bem particular.”

Depois que vovó Baia ficou conhecida nas redes sociais, ela e a família responsável pelos seus cuidados tem recebido muito amor e carinho das pessoas.

“Eu li muitas das lindas mensagens que recebemos e ela ficou radiante, foi lindo de ver, viver e poder proporcionar esse momento a ela!”, disse a sobrinha Paula.

Além disso, Baia foi presenteada com uma linda boneca!

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“Uma das mensagens foi da Danielle, dizendo o quanto tinha ficado tocada com a história e que gostaria de enviar uma boneca, que era sua na infância, de presente para Baia!

Danielle enviou sua boneca sorvetinho, e dois bilhetes lindos, um para mim e outro para minha vó Joanna!”, escreveu em publicação agradecendo o gesto da internauta.

Não sei você, mas o meu coração a Vovó Baia já roubou!

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Redação CONTI outra. Com informações e imagens de Razões para Acreditar

Vem, vida, me surpreenda

Vem, vida, me surpreenda

Passei tanto tempo tentando te controlar
Tentando controlar tudo
Sem me dar conta de que só gastava energia
Só me esgotava
Pois não controlamos nada
É tudo esforço em vão
É bloqueio, é conflito interno, é sofreguidão
Já não dava mais
Sabe, estou tão cansada
Mas tão aliviada, ao mesmo tempo
Chegou, enfim, a hora da entrega verdadeira
Nada mais da boca para fora
Agora, é de corpo e alma
Eis-me aqui, vida:
Diluída, fluída, livre
Pronta para o que vier
Pronta para o nada
E pronta para o tudo
Sou totalmente confiança
Sou totalmente luz
Sou totalmente amor
Sou muito mais do que imagina
E pronta para ser tudo o que vim ser

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Imagem:  Daria Shevtsova from Pexels

Joker (Coringa) é a bomba relógio que de tempos em tempos fechamos os olhos.

Joker (Coringa) é a bomba relógio que de tempos em tempos fechamos os olhos.

Vamos falar sério: Joker não é um filme baseado em quadrinhos. Ele tem personas de quadrinhos que foram baseadas num filme real. Sim, real. Não tem nada de comédia em Joker. Nada. É um filme trágico, catártico e principalmente, uma denúncia preocupante sobre a sociedade atual.

Todd Phillips falou sério quando disse que queria algo novo, com uma abordagem completamente diferente de tudo já feito. E perceba, ele estava absolutamente certo.

Desde o primeiro ato, o longa estuda de forma complexa e às vezes assustadora, sintomas emocionais e comportamentais que são ignorados por todos. Pelo Estado, pelos cidadãos, por pessoas como eu e você. A falta de assistência e empatia vem para antever o caos a ser instaurado quando não compartilhamos – não das mesmas ideias, mas no mínimo dos mesmos sentimentos sadios e de direito para toda e qualquer pessoa.

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Primeiro, é completamente preguiçosa a ideia de pensar no filme como agente incitador de violência. Há inúmeras, mas inúmeras produções que tratam da violência gratuitamente e puramente para entretenimento. São essas que deveriam ser objeto de amplas discussões acerca do que é ou não qualidade – entende-se arte. Joker é artisticamente composto de fidelidade aos problemas atravessados, especialmente hoje, de gente comum que é fruto de um sistema selvagem de abandono.

Obviamente, nada disso faz desses humanos nem completamente vítimas e muito menos desumanas. Mas desperta incômodo, confusão e, na absurda maioria dos casos, desespero. Olhe para a persona de Thomas Wayne. Ele é rico, branco, hétero e usual do argumento clássico de quem nunca viveu o medo e a falta do básico; meritocracia é a sua bandeira. Fácil de falar quando se tem tantos privilégios.

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Temos Arthur Fleck, consequência doentia de padrões sociais que despedaçam o indivíduo dia após dia até que ele implode e explode. Dá pra entender o receio americano de novos ataques, claro. Visto pelo lado das diversas famílias, com certeza. Mas nada disso afasta a responsabilidade da reflexão do verdadeiro problema: a psique vs. emocional. Enxergar essas situações aparentemente separadas como números, como favores ou como aberrações que não se encaixam no “nosso normal” é a causa dos muitos distúrbios e tristes desfechos. Há exceções, concordo. Existe o mal. Mas até que ponto sabemos realmente diferenciar o mal do produto criado por nós quando nos afastamos com caras feias e narcicismos exagerados de alguma simpatia pelo outro?

Joker não é sobre a jornada de um herói incompreendido, mas também não fala sobre o nascimento de um vilão megalomaníaco com características intelectuais sedutoras. Joker é a bomba relógio que de tempos em tempos fechamos os olhos. É o elefante na sala que a gente se espreme pra caber do lado porque não queremos construir um lugar melhor para todos.

Todd Phillips realizou, em todos os sentidos cinematográficos, o que é conhecido como obra-prima. E Joaquin Phoenix criou, encarnou, ganhando ou não indicações ou prêmios, a atuação mais sincera e intensa que todos do meio gostariam de experimentar um dia. Foi o auge. Joker merece ser lembrado, merece ser revisto e indo mais longe, merece ser dissecado por muitas teorias e estudos porque, ele de fato é, objeto e sujeito das nossas maiores mazelas.

Imagens: reprodução

USP cria plástico 100% biodegradável com resíduos da agroindústria

USP cria plástico 100% biodegradável com resíduos da agroindústria

Pesquisas da USP em Ribeirão Preto avançam na busca de plástico 100% biodegradável e competitivo com o plástico comum. Testes que reúnem na fórmula resíduos agroindustriais resultaram num produto com qualidades técnicas e econômicas promissoras, além de amigáveis ao meio ambiente.

A novidade veio direto dos laboratórios do Departamento de Química da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP. A química Bianca Chieregato Maniglia e sua equipe desenvolveram filmes plásticos biodegradáveis a partir de matrizes de amido presentes em resíduos agroindustriais de cúrcuma, babaçu e urucum.

É importante frisar de onde veio essa inovação: descartes da agroindústria, altamente poluidora. A reciclagem desses resíduos e sua consequente transformação em produtos biodegradáveis, produzidos com fontes renováveis que não se esgotam (como o petróleo), é um grande avanço nas soluções que combatem o descarte desenfreado de lixo plástico.

Bianca lembra também que a matéria-prima para a produção do seu produto é barata e que não compete com o mercado alimentício. Além disso, “contém em sua fórmula compostos antioxidantes, interessantes no desenvolvimento das chamadas embalagens ativas (que interage com o produto que envolve, sendo capaz de melhorar a qualidade e segurança para acondicionamento de frutas e legumes frescos)”.

No entanto, os pesquisadores acreditam que a invenção demande mais estudos e testes antes de ser liberada para comercialização em massa.

A ideia é que o plástico 100% biodegradável seja uma alternativa direta ao comum, e que chegue para brigar pela hegemonia desse nicho, uma vez que ele será tão barato quanto o polímero sintético advindo do petróleo – que leva até 500 anos para desaparecer da natureza (em contraste com o bioplástico, que leva, no máximo, 120 dias, de acordo com a USP).

 

Com informações de The Greenest Post e Jornal USP

Foto: Divulgação/FFCLRP

 

CORINGA, uma análise do filme através do olhar psicanalítico

CORINGA, uma análise do filme através do olhar psicanalítico

Por Isloany Machado

Todos os que acompanham minhas resenhas de filmes sabem que não está entre minhas preferências os de super-heróis. Primeiro por sempre ser algo muito surreal, segundo, e por isso mesmo, meu raciocínio não conseguir acompanhar todo o enredo, terceiro porque, não acompanhando, minha memória não funciona para que eu possa assistir as continuações. Pois bem, já assisti vários do Batman e sabia da existência do Coringa, mas então hoje fui ao cinema pela segunda vez assistir sobre sua história (eu nunca fui ao cinema duas vezes para ver o mesmo filme).

Logo no começo, primeira cena, Arthur Fleck está se pintando de palhaço, um sorriso forjado com os dedos e uma lágrima descendo pelo rosto. Não se trata daquela famosa lágrima desenhada, é uma real, que desce discretamente. Ele trabalha para uma empresa que “fornece” palhaços para eventos em geral. São tempos de violência gratuita, da banalidade do mal (salve Hannah Arendt), e Arthur é espancado por um grupo de meninos na rua. O motivo: porque querem lhe roubar a placa(?); porque só querem sacaneá-lo mesmo(?); sabe-se lá o que explica o prazer em causar dano gratuitamente ao outro. Ele leva uma bronca do patrão porque o cliente se queixou de seu sumiço, ao passo que ganha uma 38 do colega de trabalho.

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Corta para a conversa com a assistente social que o “atende”, e a pergunta de Arthur é: “É impressão minha ou o mundo está ficando mais maluco?”.

Arthur veio ao mundo sob a seguinte sentença: “aquele que nasceu para fazer rir e trazer alegria”. Sua mãe o chama de “Feliz”. O local onde trabalha se chama Haha’s e seu slogan é “coloque um sorriso nessa cara”. Há um imperativo à felicidade, à alegria, ao riso indispensável, a que Arthur obedece, tanto se tornando palhaço, como sonhando em ser comediante, mas, sobretudo, colocando o imperativo no real com seus ataques de riso a que ele chama de distúrbio neurológico. E todos perguntam, quando acontece: “do que você está rindo, idiota? Não tem graça”. São tentativas de cumprir o destino do dizer da mãe, agora uma senhora que é cuidada (alimentação, banho, etc) por Arthur, desde cedo “o homem da casa”. Ambos vivem uma loucura a dois, para ficar mais chique, folie à deux. A mãe vive repetidamente questionando por que Thomas Wayne não responde suas cartas. Ele, um homem importante, quer se candidatar a prefeito (sim! o pai do Batman!), ela, uma mulher que trabalhou na casa dos Wayne há trinta anos.

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Vamos para o segundo momento em que Arthur está de novo como um objeto a ser batido, espancado, gratuitamente. Ele acaba de ser demitido porque a arma cai de sua perna no meio de uma apresentação num hospital infantil. “É um adereço, faz parte do show”, mas seu chefe não acredita e o demite aos berros, por telefone. No metrô, três babacas, os típicos cidadãos de bem de Gotham (nada que lembre nossos cidadãos de bem por aqui) estão assediando uma moça e Arthur começa a gargalhar. Não tem graça, nunca tem. Os três homens começam a espancá-lo e ele reage matando os três a tiros. É difícil admitir isso, mas a gente torce e sente um alívio quando ele consegue se levantar do espancamento brutal e mata os três. Talvez isso seja material para a polêmica em torno do filme, de que incitaria à violência. Mas me parece que a arte imita a vida mais do que o contrário, e se sentimos um certo gozo na cena, é porque podemos fantasiar ao invés de ir ao ato (salve a arte!). Depois disso, ele corre, aturdido e entra num banheiro público. Lá se desenrola uma dança que parece quase involuntária, quase tanto quanto seu riso. Uma cena que me fez arrepiar inteira e eu queria abraçar aquele ator por ter escolhido ser ator e fazer aquilo tão bem. O assassinato no metrô causa rebuliço em Gotham e o candidato a prefeito e empresário Wayne (o entojado) diz: “o problema dessas pessoas que fazem esse tipo de coisa é que não suportam as pessoas bem-sucedidas como nós, já que eles continuam sendo meros palhaços”. Arthur ouve esta fala que está sendo transmitida na televisão. Wayne é chamado a dizer algo, pois os três rapazes eram funcionários de sua empresa.

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Em seu caderninho de piadas para o show de stand-up comedy que está preparando, escreve: “A pior parte de ter uma doença mental é que as pessoas esperam que você aja como se não tivesse uma”. Na conversa com a assistente social, ela sempre lhe faz as mesmas perguntas e ele diz: “Você não escuta o que eu digo. Sempre pergunta como eu me sinto, se tenho pensamentos ruins. Eu sempre tenho pensamentos ruins. Sempre me senti como se não existisse. Você não me ouve”. E parece que não ouve mesmo. Ao fim deste encontro, ela lhe dá a notícia de que a verba do programa de saúde foi cortado e, portanto, é o último atendimento. “E como vou conseguir meus remédios?”. A pergunta cai no vazio.

A mãe de Arthur pede a ele que poste mais uma carta para Wayne. Ele decide abrir a maldita carta para saber o que tanto esta mulher tem a dizer. Ela pede ajuda: “somente você pode ajudar a mim e a seu filho”. Estarrecido, aos berros, Arthur quer saber se aquilo é verdade. A mãe diz que na juventude, quando ela trabalhava na casa dele, se apaixonaram, mas ele achou melhor não ficarem juntos por questões sociais e que a fez assinar uns papéis. E nós ficamos sem saber se é delírio (eu ia dizer “se é verdade ou delírio”, mas um delírio não é uma verdade?). Pois Arthur vai até Wayne, que nega a paternidade e ainda diz que sua mãe é uma louca, que o adotou quando ainda trabalhava para sua família, mas que foi internada num sanatório depois. Decidido a saber de sua verdade (tanto quanto o pobre Édipo que acaba vendo justo aquilo que mais temia enxergar), vai ao sanatório e descobre que sua mãe foi diagnosticada como psicótica, que tinha um filho adotivo (ele) a quem deixava sofrer maus tratos por parte de seus namorados. Nessa cena, tudo acontece muito rápido e as questões que ficam são: a mulher era realmente louca? Ela adotou mesmo o menino ou foi obrigada a assinar papéis falsos segundo a versão da poderosa família Wayne? Se acaso não era louca, ela ficou a partir dali, a ponto de permitir que seu filho sofresse abusos físicos: “Eu nunca o ouvi chorar, ele sempre foi um garotinho tão feliz”.

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Ser feliz é o imperativo do Outro materno a quem Arthur está absolutamente alienado, sem corte, sem castração, foracluído. Uma psicose não tem como causa as mazelas sociais, ainda que a maneira como a loucura é tratada (ainda) seja um grave problema social, sim. Estando fora do discurso, Arthur se coloca fora da lei e, para romper com o imperativo da mãe, precisa matá-la no real. Enquanto um “neurotiquinho” qualquer passaria anos em análise, deitado no divã, matando o Outro aos poucos, Arthur faz uma passagem ao ato e diz, enquanto a sufoca com o travesseiro: “É muito difícil tentar ser feliz o tempo inteiro. Eu nunca fui feliz nesta minha vida desgraçada. Lembra quando você dizia que meu riso era um distúrbio? Eu descobri que não é, eu sou assim mesmo”. Édipo mata o pai sem saber que é seu pai. Arthur mata a mãe porque sabe (o saber psicótico é intransitivo).

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Para saber o desfecho (mais do que já abri meu bocão) vocês precisarão ir ao cinema, até porque minhas palavras não conseguem transmitir o impacto que o filme causa. Não relatam sobre a atuação do Joaquin Phoenix (CASA COMIGO, JOAQUIN??). Tenho para mim que ele ganhará o Oscar de melhor ator.

Obs. 1: Alguém quer ir comigo ao cinema pela terceira vez?

Obs. 2: Eu pago a pipoca.

***

Imagens: divulgação

A história clichê do patrão que quer a saída do colaborador… e inferniza a vida dele.

A história clichê do patrão que quer a saída do colaborador…  e inferniza a vida dele.

Muitas ações se assemelham nas relações pessoais e profissionais. A prioridade ao respeito, bom humor, equilíbrio, autovalorização, por exemplo, podem se encaixar nas duas situações. E algumas situações negativas também.

Todo mundo já teve um amigo ou familiar que arrumava uma briga de última hora para não cumprir com alguma obrigação ou compromisso. Ou uma amiga que coloca sempre defeito em você e nas suas conquistas para se sentir melhor. Ou um namorado que deseja terminar e, para não tomar a frente da decisão, torna sua vida um inferno para que você tome a iniciativa.

Pois, é. E existem muitos “líderes” que agem da mesma forma. Para não dar um aumento, por exemplo, colocam defeitos no trabalho do colaborador. Para não dar uma promoção, desmerecem toda e qualquer atividade executada pela pessoa. Para não demitir e pagar as multas devidas, pressiona-a, de diversas formas, até que a pessoa não resista e peça um acordo.

Seguem alguns sinais evidentes de que o seu “líder” está fazendo este terrível jogo:

• Realizando mudanças frequêntes de horário;
• Implicância com detalhes outrora irrelevantes;
• Dificultando solicitações;
• Mudando a pessoa de setor, cargo ou atividade sem conversar e discutir o assunto com o profissional;
• Sendo invasivo (mexendo, por exemplo, nas suas gavetas quando você não está e deixando evidente);
• Realizando questionamentos aleatórios, constantes e até mesmo constrangedores;
• Aumentando (ou diminuindo) exageradamente a demanda de atividades;
• Mudando de tratamento;
• Realizando Extrema cobrança;
• Não ouvindo mais a sua opinião e o tornando invisível;
• Realizando alterações no seu setor sem seu conhecimento;
• Ignorando seus projetos;
• Realizando reuniões e decisões às escondidas;
• Dentre outros.

É uma situação insustentável e, é claro, vai culminar na sua saída da empresa. Vale ressaltar que esses são abusos mais que profissionais, são psicológicos também e é preciso estar atento.

Mas, antes de tomar qualquer decisão, se faça algumas perguntas:

1. Você está dando o seu melhor para realização de um bom trabalho?
2. Está sendo honesto com a empresa e com você mesmo?
3. Gosta do seu trabalho, está feliz nele ou está apenas confortável nele?
4. Fez o melhor para que a relação com o seu superior e equipe fosse a melhor possível?

Depois de ler e responder estas perguntas, pense um pouco sobre elas e se vale mesmo à pena manter-se em um local onde não é mais desejado. E, caso decida sair, prepare-se antes da seguinte forma:

• Não leve as ações do seu atual superior como algo pessoal;
• Mantenha o equilíbrio e continue dando o seu melhor para que, quando venha a sair, mantenha uma imagem impecável;
• Tente não deixar que a postura equivocada do seu superior no trabalho interfira na sua vida pessoal.
• Verifique as suas finanças e as organize, preparando-se, assim, para qualquer imprevisto;
• Faça uma lista de suas aptidões e aprimore-as;
• Analise o que você realmente gosta de fazer, escolha e se dedique a isso;
• Revise o seu currículo e tenha autocrítica para saber o que pode ser melhorado;
• Faça algum curso de especialização ou atualização profissional;
• Crie um perfil no LinkeDin e seja ativo nele;
• Leia sites, revistas ou jornais com conteúdo relevante para a sua área;
• Aumente a sua rede de contatos;
• Pesquise sobre o setor que você quer seguir e comece a se engajar e ser visto pelas empresas ou público que te interessa.
• Mantenha a autoconfiança.

Tanto na vida pessoa quanto na profissional, não deixe que as atitudes das outras pessoas ditem as suas, ou digam quem você é. Continue melhorando, aprimorando suas habilidades, dando o seu melhor e sendo gentil. Há muito espaço para você em outros lugares, empresas, relacionamentos…

Seja gentil com você mesmo!

Sucesso!

PS: é importante também lembrar que situações isoladas não caracterizam abuso. Percebemos que há algo errado quando existe uma constância do comportamento.

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