Joe Cocker – A Whiter Shade Of Pale

Joe Cocker – A Whiter Shade Of Pale

Mais uma relíquia selecionada!!!
Joe Cocker, 31 October, 1980
Metropol, Berlin, Germany

John Robert Cocker (Sheffield, 20 de maio de 1944) é um cantor britânico de Rock influenciado pela soul music no início da carreira.
Seu primeiro grande sucesso foi a antológica canção “With a Little Help from My Friends”, uma versão da música dos Beatles gravada com o guitarrista Jimmy Page.
Abaixo interpreta “A Whiter Shade Of Pale”

Memórias de uma Gueisha

Memórias de uma Gueisha

Música Lovers – Kathleen Battle/ 芸者の回顧録
Para emocionar…filme inesquecível!

O nome desta linda canção é “Lovers” (Amantes). É tema do filme “House of Flying Daggars.”, composição (letra e música) de Shigeru Umebayashi, interpretação da soprano Kathleen Battle.
Cenas do filme “Memoirs of a Geisha” (芸者の回顧録 – Memórias de uma Gueixa), drama de 2005, com Chiyo (Suzuka Ohgo), Zhang Ziyi (Sayuri).

Sinopse: Chiyo (Suzuka Ohgo) foi vendida a uma casa de gueixas quando ainda era menina, em 1929, onde é maltratada pelos donos e por Hatsumomo (Gong Li), uma gueixa que tem inveja de sua beleza. Acolhida por Mameha (Michelle Yeoh), a principal rival de Hatsumomo, Chiyo ao crescer se torna a gueixa Sayuri (Zhang Ziyi). Reconhecida, ela passa a desfrutar de uma sociedade repleta de riquezas e privilégios até que a 2ª Guerra Mundial modifica radicalmente sua realidade no Japão.

Os fabulosos quadros de Iris Halmshaw: uma menina que não se relaciona com outras crianças, mas que encontrou na arte a sua melhor terapia.

Os fabulosos quadros de Iris Halmshaw: uma menina que não se relaciona com outras crianças, mas que encontrou na arte a sua melhor terapia.

Iris foi diagnosticada com autismo quando tinha um ano de idade e desde aí tem dificuldades de relacionamento com outras pessoas, reage de forma imprevisível e mal fala.

Mas, quase por acidente, descobriu um talento quando a avó lhe ofereceu um cavalete e tintas.

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Frustrada por não conseguir controlar a tinta, Iris chorava. Até que a mãe encontrou a solução – um papel na mesa, ao invés do cavalete, e aí estava Iris soltando o talento e pintando de forma intuitiva.

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Em Leicestershire, Inglaterra, ela tem um estúdio e trabalha como uma profissional, olhando o trabalho e pensando cada traço.

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Veja o vídeo de Iris realizando suas obras:

 

Fonte de pesquisa e imagens:
http://www.hypeness.com.br/2013/07/garota-autista-de-3-anos-pinta-quadros-que-valem-uma-fortuna
Vídeo: www.youtube.com

Lições de humanidade com minha gatinha Frederica

Lições de humanidade com minha gatinha Frederica

Por Josie Conti

“Faz um ano que, voltando da escola com meu filho, encontrei uma gatinha na minha porta. Conversei com ela e lhe dei um pote com leite. No outro dia, como previsto, a mesma coisa aconteceu. Passei a comprar ração e deixá-la ficar dentro de casa. Com o tempo, meu filho que tem dificuldade de interação, começou a interagir com ela. Primeiro um toque enquanto verbalizava que estava fazendo carinho na gatinha. Depois, passou também a brincar com ela jogando a bola para que ela chutasse.”-

Mãe descrevendo o inicio da relação em seu filho- transtorno invasivo do desenvolvimento de alto grau- com sua gatinha Frederica.

contioutra.com - Lições de humanidade com minha gatinha Frederica

contioutra.com - Lições de humanidade com minha gatinha Frederica O relato, aparentemente rotineiro, trás a preciosidade do nascimento da relação de uma criança autista com um animal de estimação.
Embora a médica que acompanha a criança tenha confirmado que a Frederica, nome dado pela própria criança à gatinha, fez um grande bem o menino, basta que olhemos os dois lado a lado para que saibamos o valor e a sinceridade da relação.

Ser mãe de uma criança autista é uma vida de superações. De um diagnóstico inesperado, uma vez que a criança autista é um bebê aparentemente normal, a mãe depara-se com uma das maiores dificuldades do ser humano, relacionar-se com uma criança cuja maior dificuldade é a própria relação fazendo com que todo o esteriótipo cultural de “ser mãe” tenha que ser reavaliado.

Crianças especiais necessitam de cuidados especiais e de amor especial. E é justamente nesse ponto que os animais sabem exatamente o que fazer.

Cães, cavalos ou mesmo gatinhas como Frederica aproximam-se, permitem o toque e possuem sua sutileza própria para fazer amizade e estimular movimento e afeto.

A mãe completa: ” Hoje ela parece nossa sombra, pois sempre está nos fazendo companhia. Às vezes ela pula no meu colo e parece que deseja falar algo. Até o barulho do meu carro ela conhece e sempre que chego em casa com meu filho, ela já está esperando para nos acompanhar onde quer que a gente vá. Nunca vi um bichinho com tanto sentimento.

ANIMAIS SEMPRE NOS DÃO GRANDES LIÇÕES DE HUMANIDADE!

NOTA: A história de Frederica foi enviada por leitora do blog que optou por não se identificar. A homenagem e o agradecimento deveriam ser todos direcionados para Frederica! Publicação autorizada.

Abaixo reveja o vídeo do cachorro que, como Frederica, faz de tudo para conseguir amizade de garoto com síndrome de Down.

Ilusão de óptica

Ilusão de óptica

O termo Ilusão de óptica aplica-se a todas ilusões que “enganam” o sistema visual humano fazendo-nos ver qualquer coisa que não está presente ou fazendo-nos vê-la de um modo errôneo. Algumas são de carácter fisiológico, outras de carácter cognitivo.
É através desse tipo de ilusão que os maiores mágicos de todos os tempos realizaram seus incríveis espetáculos.
Nesse vídeo, que é na realidade um informe publicitário de um famoso óculos solar, vemos claramente como os nossos sentidos são facilmente enganados. Vale conferir!!!!

TRANSPARÊNCIA OFENDE, por Josie Conti

TRANSPARÊNCIA OFENDE, por Josie Conti

– Ela é tão livre que um dia será presa.
– Presa por quê?
– Por excesso de liberdade.
– Mas essa liberdade é inocente?
– É. Até mesmo ingênua.
– Então por que a prisão?
– Porque a liberdade ofende.
Clarice Lispector

contioutra.com - TRANSPARÊNCIA OFENDE, por Josie Conti

TRANSPARÊNCIA OFENDE
Por Josie Conti

Nos últimos dias, estive refletindo sobre qual é a diferença entre ser uma pessoa transparente, que não tem grandes coisas a esconder, simplesmente por que não tem vergonha de ser quem é (com todo o pacote de defeitos e qualidades que traz consigo) e, por outro lado, ser alguém que se expõe demais.

Cheguei a conclusão de que tudo depende das “lentes” de quem observa, do meio em que a pessoa está inserida e do grau de compreensão e censura que os observadores, de maneira geral, dedicam a quem tem coragem de dizer ao mundo quem é ou quem acha que o outro é, como no caso das polêmicas das biografias não-autorizadas que vêm sendo tão discutidas nos últimos dias.

Pensem comigo, na natureza, observamos que diversas espécies de animais ao longo da evolução adquiriram características semelhantes ao seu habitat para que passassem despercebidas frente aos seus predadores. Nesse caso, discrição é igual à vida.

Nas guerras, por exemplo, os soldados que partiam para o ataque no front eram os primeiros a morrer. Ou seja, quanto maior a coragem, maior a chance de morrer.

Culturalmente, também somos alicerçados em moldes de subserviência hierárquica, onde o lema ainda é “manda quem pode, obedece quem tem juízo”. Sendo assim, muitas vezes, calar-se num ambiente social ou laboral significa autopreservação.

Por outro lado, também existem em nós verdades internas, valores de vida que são formados ao longo de nossa existência e que, quando confrontados, também nos adoecem. Entenda por valores, tudo o que nos é precioso como seres humanos no mundo: a maneira como queremos ser tratados, como tratamos os outros, os limites sociais. Bem, basicamente creio que são os limites de respeito e reconhecimento que precisamos ter para conviver em sociedade de maneira civilizada. Ou, em outras palavras, as ações que teremos e com as quais poderemos deitar e dormir em paz durante a noite.

Vocês já se perguntaram por que admiramos tanto a arte? Vocês conhecem artistas que sentem de menos?
Quem sente extrapola, derrama, transborda, choca, incomoda e, principalmente, não cala.

A fala dos sentimentos aparecerá. No artista, em sua arte (seja pintando, escrevendo, esculpindo). Em nós, seres humanos normais, os sentimentos também falarão e, se sua voz não vier à tona em palavras, devido aos limites sociais que geram pactos de silêncio coletivo frente às injustiças do dia a dia (inclusive as que acontecem conosco e com nossos amigos), falarão por doenças, pois nossa mente não suporta a dor de não ser quem é.

A sociedade atual é uma bomba-relógio de transtornos mentais. Depressões e quadros ansiosos são os mais comuns. Os números da Previdência Social, mesmo que sub-notificados, indicam claramente o crescimento dessas doenças, desses doentes, de nossa perda da razão.

Sucumbir ao que nos agride pode sim parecer o mais adequado socialmente num primeiro momento, porém, estamos criando uma sociedade de doentes mentais, de pessoas que não aguentam mais viver com tanta dor e com o aniquilamento constante das próprias vontades e sentimentos.

Se a transparência ofende, que ofenda.

Dia do Professor – Frases de Rubem Alves – Trechos dos filmes :Sociedade dos poetas mortos e "O triunfo"

Dia do Professor – Frases de Rubem Alves – Trechos dos filmes :Sociedade dos poetas mortos e "O triunfo"

Se você também acredita que a educação é a única forma de mudar o mundo, veja e compartilhe esses vídeos…
Enquanto um professor acreditar em seu aluno, há esperança para o mundo!

Dia do Professor – Frases de Rubem Alves – Trechos filme :Sociedade dos poetas mortos, 2009

Veja também: Trecho do filme “O Triunfo”, sobre ser Professor

Para uma pergunta idiota, uma resposta…. (humor)

Para uma pergunta idiota, uma resposta…. (humor)

Para uma pergunta idiota, uma resposta…. (humor)

O humor é uma das chaves para a compreensão de culturas, religiões e costumes das sociedades num sentido amplo, sendo elemento vital da condição humana. O homem é o único animal que ri, e através dos tempos a maneira humana de sorrir modifica-se acompanhando os costumes e correntes de pensamento.
Em cada época da história humana a forma de pensar cria e derruba paradigmas, e o humor acompanha essa tendência sociocultural. Expressões culturais do humor podem representar retratos fiéis de uma época.

Definição de humor: Wikipédia

Você se sente mal por essa luminária??? (mensagem muito interessante)

Você se sente mal por essa luminária??? (mensagem muito interessante)

Esse é o texto que o senhor que está na chuva fala para o telespectador:

Now you feel bad for this lamp
That´s because you are crazy
It has no feelings…
…and a new one is much better.

Uma tradução LIVRE seria:
Você está se sentindo mal por essa lâmpada?
Você é louco!!!
Ela não tem sentimentos…
…e a nova é muito melhor.

Para mim, a mensagem da publicidade é “Não devemos nos apegar a um produto”, ignorando inclusive um valor efetivo que ele possa ter para nós.
Seria instigar o consumismo para mais vendas.
E você, o que acha?

Trânsito em Nápoles

Trânsito em Nápoles

Há alguns anos, quando visitei Nápoles, fiquei bastante assustada com o trânsito da cidade que me pareceu bastante caótico (na minha humilde concepção). Lembro-me de comentar com a minha colega e ambas observarmos, na rua em que estávamos, que era raro o carro que não era batido.
Quando falo isso, podem ter a certeza que não é bairrismo, pois sei das atrocidades do trânsito aqui no Brasil também, viu!!! É só uma historinha de viagem da qual me lembrei…
Bem, há pouco estava vendo o site Metamorfose Digital e eles mencionaram um vídeo sobre um episódio ocorrido no trânsito de Nápoles.
Uma motorista, com grande dificuldade para manobrar seu carro, pára o trânsito numa rua antiga e estreita da cidade. O curioso é observar como as pessoas vão reagindo…Até uma procissão aparece! Vale conferir!

Fonte: http://www.mdig.com.br/

Os amigos invisíveis- Fabrício Carpinejar

Os amigos invisíveis- Fabrício Carpinejar

Os amigos não precisam estar ao lado para justificar a lealdade.
Mandar relatórios do que estão fazendo para mostrar preocupação.
Os amigos são para toda a vida, ainda que não estejam conosco a vida inteira.
Temos o costume de confundir amizade com onipresença e exigimos que as pessoas estejam sempre por perto, de plantão.
Amizade não é dependência, submissão.
Não se têm amigos para concordar na íntegra, mas para revisar os rascunhos e duvidar da letra.
É independência, é respeito, é pedir uma opinião que não seja igual, uma experiência diferente.
Se o amigo desaparece por semanas, imediatamente se conclui que ele ficou chateado por alguma coisa.
Diante de ausências mais longas e severas, cobramos telefonemas e visitas.
E já se está falando mal dele por falta de notícias.
Logo dele que nunca fez nada de errado!
O que é mais importante: a proximidade física ou afetiva?
A proximidade física nem sempre é afetiva.
Amigo pode ser um álibi ou cúmplice ou um bajulador ou um oportunista, ambicionando interesses que não o da simples troca e convívio.
Amigo mesmo demora a ser descoberto.
É a permanência de seus conselhos e apoio que dirão de sua perenidade.
Amigo mesmo modifica a nossa história, chega a nos combater pela verdade e discernimento, supera condicionamentos e conluios.
São capazes de brigar com a gente pelo nosso bem-estar.
Assim como há os amigos imaginários da infância, há os amigos invisíveis na maturidade.
Aqueles que não estão perto podem estar dentro.
Tenho amigos que nunca mais vi, que nunca mais recebi novidades e os valorizo com o frescor de um encontro recente.
Não vou mentir a eles ¿vamos nos ligar?¿ num esbarrão de rua.
Muito menos dar desculpas esfarrapadas ao distanciamento.
Eles me ajudaram e não necessitam atualizar o cadastro para que sejam lembrados.
Ou passar em casa todo o final de semana e me convidar para ser padrinho de casamento, dos filhos, dos netos, dos bisnetos.
Caso encontrá-los, haverá a empatia da primeira vez, a empatia da última vez, a empatia incessante de identificação.
Amigos me salvaram da fossa, amigos me salvaram das drogas, amigos me salvaram da inveja, amigos me salvaram da precipitação, amigos me salvaram das brigas, amigos me salvaram de mim.
Os amigos são próprios de fases: da rua, do Ensino Fundamental, do Ensino Médio, da faculdade, do futebol, da poesia, do emprego, da dança, dos cursos de inglês, da capoeira, da academia, do blog. Significativos em cada etapa de formação.
Não estão em nossa frente diariamente, mas estão em nossa personalidade, determinando, de modo imperceptível, as nossas atitudes.
Quantas juras foram feitas em bares a amigos, bêbados e trôpegos?
Amigo é o que fica depois da ressaca.
É glicose no sangue.
A serenidade.

 

Fabrício Carpi Nejar, ou Fabricio Carpinejar, como passou a assinar em 1998 (Caxias do Sul, 23 de outubro de 1972) é um poeta, cronista e jornalista brasileiro
http://www.carpinejar.com.br/

LES ORANGES (As laranjas)

LES ORANGES (As laranjas)

Curta metragem altamente premiado. Tendo Paris como cenário, um fotógrafo surdo-mudo tenta ajudar uma moça cega que derruba suas frutas ao voltar para casa.
Uma história de encontros e desencontros, de exploração e de possibilidades futuras.

Realmente emocionante.

LES ORANGES from Yannick Pecherand-Molliex on Vimeo.

Carpark – Essa animação com certeza vai te arrancar umas risadas

Carpark – Essa animação com certeza vai te arrancar umas risadas

Para todo ato, possíveis consequências. Esse vídeo, além de muito engraçado, nos remete a Terceira Lei de Newton:
“Toda força que um corpo recebe é conseqüência da força que ele aplicou”

Conheça um conto de Alice Munro, a ganhadora do Nobel da Literatura

Conheça um conto de Alice Munro, a ganhadora do Nobel da Literatura

Vamos começar a descobrir porquê é que ela ganhou o Nobel de Literatura. Alice Munro, 82 anos, costuma ambientar os seus textos em pequenas cidades, como esse “O amor de uma boa mulher” (título também do livro). Ela é uma excelente narradora, vai desenhando os objetos, o texto é muito descritivo, o que me deu a impressão de ter estado naquele lugar, sem nunca ter estado. A mágica da literatura e dos bons escritores que nos fazem viajar sem sair do lugar!

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Nas últimas duas décadas, um museu em Walley tem se dedicado a preservar fotografias, batedeiras de manteiga, arreios de cavalo, uma velha cadeira de dentista, um descascador de maçãs pouco prático e outras curiosidades, como aqueles pequenos e bonitos isoladores de porcelana que costumavam ser usados nos postes telegráficos.
Há também uma caixa vermelha onde estão impressas as letras d. m. willens, optometrista, com uma nota ao lado que diz: “Esta caixa de instrumentos de optometria, embora não muito antiga, tem considerável importância local por haver pertencido ao sr. D. M. Willens, que se afogou no rio Peregrine em 1951. A caixa escapou do desastre e foi presumivelmente descoberta pelo doador anônimo que a ofereceu para fazer parte de nossa coleção”.
O oftalmoscópio faz lembrar um boneco de neve. Isto é, a parte de cima — a que se prende ao cabo oco. Um grande disco, com outro menor no topo. No disco grande, um buraco pelo qual se olha enquanto as lentes são mudadas. O cabo é pesado porque ainda contém as baterias. Caso elas fossem retiradas e se encaixasse a vareta também disponível, com um disco em cada extremidade, seria possível ligar o aparelho a uma tomada elétrica. Mas talvez tenha sido necessário usá-lo em lugares onde não havia eletricidade.
O retinoscópio dá a impressão de ser mais complicado. Abaixo da banda curva de metal que o mantém fixo na testa do optometrista, existe algo semelhante à cabeça de um duende, com um rosto em forma de bolacha e um gorro pontudo de metal. Essa peça faz um ângulo de quarenta e cinco graus com uma haste fina no alto da qual se situa um pequeno foco de luz. A face achatada é feita de vidro, servindo como um espelho de fundo escuro.
O aparelho é todo pintado de preto, mas, nos lugares em que foi maior o contato com a mão do optometrista, a tinta desapareceu e se podem ver partes do metal prateado.

Conheça um conto em: http://veja.abril.com.br/blog/meus-livros/files/2013/10/o-amor-de-uma-boa-mulher-trecho.pdf

 

Fonte: http://fernandajimenez.com/2013/10/12/um-conto-de-alice-munro/

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