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Frequentemente nos quebramos em pedaços para manter outras pessoas completas, para não abrir feridas ou não deixar que doam nelas aquelas feridas que já têm. Fazemos isso sem nos darmos conta ou, ao menos, sem darmos importância a isso.

Imagem de capa: Katya Bonart, Shutterstock 2017, eu não sei que dança maluca de astros foi essa, mas é fato que 10 de 10 pessoas que eu...

Você conhece alguém que parece bacana. Vocês começam a conversar, trocar mensagens e a sintonia é cada vez maior. Você se empolga e tem a sensação de que, finalmente, encontrou a pessoa que tanto procurava.

Por que eu vejo as coisas de forma diferente dos demais? Por que sofro mais que as outras pessoas? Por que encontro alívio na minha própria solidão?

Por mais que você queira muito que dê certo, não é o bastante. O outro também tem que querer.

Leandro Karnal realiza uma análise do filme Relatos Selvagens.

O problema é desistir de continuar tentando se descobrir. O problema é achar que a vida é só isso que a gente vê. O problema é se contentar com o que tem, e nunca ir em busca de coisas novas.

O amor sempre terá um limite: a dignidade. Porque o respeito que cada um de nós temos por nós mesmos tem um preço muito alto e jamais irá aceitar cortes para saciar um amor que não é suficiente, que machuca e nos deixa vulneráveis.

Se você esperneia, briga, bate, empurra, morde, grita, acusa, faz chantagem quando o outro decide partir, desculpe, mas é das duas uma: ou você nunca sentiu amor por essa pessoa ou não tem o menor respeito pelo amor que um dia sentiu.

Ser alguém que caminha sozinho é bom. Pouca coisa na vida é melhor. Nada nos dá sensação de poder tão grande quanto aceitar nossa condição de seres sós, autônomos, emancipados, livres.

Um bom filme não é exatamente aquele que, quando termina, ficamos insatisfeitos, parados, olhando, quietos, para a tela, desejando que não cesse?

Ela é o caos. Ela é a tempestade disfarçada de calmaria. Ela é a dúvida disfarçada de certeza. Ela é tristeza no carnaval, ela é alegria nos dias de chuva.

De repente a gente sente um desajuste, um desconsolo, uma tristeza de não ter nascido em outro tempo, outra época, outro canto da história.

Prazer, nasci com a alma transbordante.Sinto tudo derramando, e não sei explicar por que acontece e se há algum remédio para isso.Se houver cura, dispenso. As coisas normais não me atiçam. Não me aceleram. Não me continuam.