Eu queria ter broxado mais

Eu queria ter broxado mais

Sabe de uma coisa: eu queria ter broxado mais. Isso mesmo. Broxado mais. Muito mais. Sem culpa. Sem remorso. Mas não posso. Homem tem que ser macho, ter que ser firme, homem não chora. Homem tem que ser poderoso, tem que ser admirado, cobiçado, tem que ter sucesso. Isso é demais para mim, é muita pressão. Eu quero ser livre para as minhas broxadas.

Eu queria ter broxado mais para mostrar que sou sensível, que também fico triste e preciso chorar. Não quero ficar o tempo inteiro sobrecarregado, como se tivesse que solucionar tudo. Não quero a obrigação de ser um super-herói; muito pelo contrário, quero poder ser frágil e ser carregado no colo sem julgamentos.

Macho que é macho também chora. Chora porque tem sentimentos e, como é macho, não precisa escondê-los. Chora porque é sensível e, assim, percebe o que o circunda, quando, muitas vezes, o mundo parece que vai acabar. Chora porque se decepciona, frustra-se, tem sonhos irrealizados. Chora porque está apaixonado e não sabe o que fazer.

Errar, todos erram. Então, por que também não posso dar minhas broxadas? Também sou humano e nem sempre consigo atingir altas performances. Erro porque, no meio do caminho, tinha uma pedra e porque tinha uma pedra no meio do caminho. Erro porque, toda vez que erro, aprendo alguma coisa. Erro porque não sou perfeito e faz parte do crescimento aprender com os erros.

Eu queria ter broxado mais para assim enxergar melhor a realidade. Enxergar quem de fato me ama. Enxergar quem está comigo e não abre. Enxergar quem me abraça e me diz o que preciso ouvir quando estou triste. Enxergar quem levanta minha cabeça quando me sinto fraco. Enxergar que, no meio do caminho, tinha uma pedra, mas há também o canto dos pássaros, o cheiro da terra e o barulho das árvores.

Eu queria ter broxado mais para aprender a rir. Rir de mim. Rir do outro. Rir, porque a vida sem o riso se torna chata e monótona. Rir, porque nem sempre conseguimos ser o melhor, apesar de ser o melhor que poderíamos ser. Rir, porque o riso aproxima os homens dos anjos. Rir, porque um sorriso é como um beijo na alma.

As dores continuarão existindo, pois não há resposta para tudo. Então, por que devo me desesperar? Sinto dor, porque as dores amansam o ego e permitem olhar para o lado. Sinto dor, porque queria ser mais do que sou. Sinto dor, porque sinto.

Eu queria ter broxado mais, para me livrar dessa obrigação de ser super-homem o tempo inteiro. Eu queria ter broxado mais, para ouvir mais eu te amos sinceros. Eu queria ter broxado mais, para saber que não estou sozinho. Eu queria ter broxado mais, para provar que, no fundo, no fundo, eu também falho.

Eu queria ter broxado mais, para provar que vou além das minhas fraquezas. Eu queria ter broxado mais, para saber que existe alguém que acredita em mim e que, apesar de tudo, sempre haverá um ombro amigo e um olhar que faz o mundo parar. Eu queria ter broxado mais para ser mais feliz, mesmo que isso custasse mais algumas broxadas.

 

“Diário de uma paixão”: quando o amor resiste, persiste e vence

“Diário de uma paixão”: quando o amor resiste, persiste e vence

O amor verdadeiro persiste, resiste, chama de volta, clama pela sobrevivência, fortalecendo-se, vencendo a dor, a mágoa, a doença, as incertezas. O amor é o que fica, quando tudo o mais se foi.

“Diário de uma paixão” é um filme lançado em 2004, baseado no best-seller de Nicholas Spark, que retrata o amor entre Allie e Noah, dois jovens que se apaixonam e morrem juntos. Mais do que um romance açucarado, o enredo nos leva a refletir sobre a força do amor em nossas vidas, o amor verdadeiro, que persiste e resiste aos temporais e às escuridões à nossa voLta.

O tema é um velho conhecido: jovem pobre se apaixona por jovem rica, encontram a oposição dos adultos, separam-se e reencontram-se, porque o amor é ímã, é demora, procura mútua e despojamento sincero. Envolta por uma bela fotografia e por uma trilha sonora harmoniosa, a história de amor entre pessoas tão diferentes deixa-nos uma mensagem de esperança boa, de que existem, sim, amores duráveis.

Hoje, nada parece feito para persistir, tanto no que diz respeito aos bens materiais, quanto ao que se relaciona aos sentimentos. É mais fácil jogar fora um aparelho do que mandar consertá-lo. É bem mais fácil desistir do amor, diante das primeiras dificuldades, do que tentar superá-las. Tememos enfrentar os obstáculos que atravancam o encontro amoroso, porque muito provavelmente veremos que somos em grande parte causadores dos mesmos.

Para que consigamos superar os obstáculos que se interpõem entre nós e a consumação do amor completo, precisaremos nos despojar de vaidades, de egoísmo, enxergando nossa parcela de responsabilidade naquilo tudo – casal são dois, ou seja, estamos incluídos nessa jornada. Caso não estivermos dispostos a mudar em nós o que prejudica a entrega recíproca, continuaremos delegando ao parceiro a culpa integral do que nos aflige. E então daremos adeus a qualquer chance de sobrevivência amorosa.

Allie e Noah não se relacionavam com harmonia perfeita, muito pelo contrário; porém, conseguiam ter consciência das próprias falhas, dos defeitos do outro, de maneira a lutarem juntos na superação dos entraves. Amor que sobrevive depende disso, de que ambos se reconheçam imperfeitos e reconheçam no outro aquilo que desagrada, pois amor é clareza, certeza, é um voltar, sempre, apesar da distância, apesar dos outros, mas, principalmente, em favor de nós mesmos.

Assistir a tantos casais que já se amaram com intensidade distanciando-se por conta dos tombos que a vida insiste em nos dar é triste. Quando ainda resta dignidade, vale a pena investir na retomada daquele sentimento que uniu dois corações, mesmo que hoje estejam calejados e machucados. O amor verdadeiro, como retratado no filme, persiste, resiste, chama de volta, clama pela sobrevivência, fortalecendo-se, vencendo a dor, a mágoa, a doença, as incertezas. O amor é o que fica, quando tudo o mais se foi, pois é o que nos torna eternos por onde tenhamos respirado o ar da verdade.

Você é introvertido, extrovertido ou ambivertido?

Você é introvertido, extrovertido ou ambivertido?

Geralmente, as pessoas categorizam as outras (e a si mesmas) como introvertidas ou extrovertidas, falando em termos de hábitos e personalidade.

Carl Jung popularizou os conceitos de introversão e extroversão no início da década de 1920, quando ele também identificou um terceiro grupo, mas não escreveu muito sobre isso. Foi só em meados dos anos 1940 que psicólogos e cientistas comportamentais começaram a utilizar o termo “ambiversão” para referenciar as pessoas ambivertidas.

Para uma parcela da população, essa é uma escolha fácil de fazer e simples de identificar, mas, para a maior parte das pessoas, é difícil escolher um caminho ou outro e manter-se constantemente nele. De acordo com Travis Bradberry, especialista em inteligência emocional e autor de livros sobre o assunto, essa escolha costuma ser difícil porque a dicotomia introvertido/extrovertido reflete uma visão ultrapassada de personalidade.

Os traços de personalidade existem ao longo de um contínuo, e a maioria de nós não é introvertida nem extrovertida, mas sim algo no meio disso: ambivertida.

Segundo Barry Smith, professor de psicologia na universidade de Maryland:

“Ambivertidos constituem 68% da população. Essa maioria possui tendências introvertidas e extrovertidas que variam, dependendo dos estímulos e de cada situação.”

Pensando-se na introversão e extroversão como em um espectro, a ambiversão estaria localizada, mais ou menos, em algum lugar no meio.

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A personalidade consiste em um composto estável de preferências e tendências por meio das quais nós relacionamos com o mundo e as pessoas que nele vivem.

Os fatores arquetípicos pessoais vão sendo formados desde a tenra idade, e são flexíveis até o início da fase adulta. Muitas coisas sobre nós mudam com o passar dos anos, é verdade. Hábitos e estilos de vida são sazonalmente modificados, sim, mas alguns aspectos da nossa personalidade são permanentes. Segundo Bradberry:

“A continuidade entre introversão e extroversão captura um dos traços de personalidade mais importantes. É preocupante que estejamos a categorizar nós mesmos de uma forma ou de outra, porque há pontos fortes e fracos críticos comumente associados a cada tipo.”

Para Bradberry, os ambivertidos têm uma vantagem distinta sobre os verdadeiros introvertidos e extrovertidos. Devido a sua personalidade não se inclinar bruscamente para qualquer direção, eles têm um tempo maior para ajustar sua abordagem em relação a pessoas em uma mesma situação. Isso permite que eles se conectem mais fácil e profundamente com uma maior variedade de pessoas.

Adam Grant, professor de administração e psicologia do Wharton College, se propôs a estudar o tema da ambiversão. E ele obteve resultados elucidáveis. Um deles refuta a ideia de que vendedores extrovertidos têm melhor desempenho do que aqueles introvertidos. Ele descobriu que a flexibilidade social dos ambivertidos lhes permitiu vender mais do que todos os grupos (venderam 51% mais produtos do que a média geral dos vendedores).

Grant explicou esse achado:

“Porque eles naturalmente se envolvem em um padrão flexível de falar e ouvir, ambivertidos são suscetíveis de expressar assertividade e entusiasmo suficientes para persuadir e fechar uma venda. Eles são mais inclinados a ouvir os interesses dos clientes, e menos vulneráveis a parecer muito excitados ou autoconfiantes.”

Os ambivertidos ora têm facilidade em se relacionar com terceiros e fazer novos amigos, ora têm a necessidade de se isolar por um tempo. Eles são mais adaptáveis à novas pessoas e situações, porque suas características de introversão e extroversão não são predominantes. Sabem exteriorizar o que sentem, e conseguem conter suas emoções quando é conveniente.

De acordo com Brian Little, autor do livro Me, Myself And Us: The Science Of Personality And The Art Of Well-Being:

“Os ambivertidos sabem aproveitar o melhor de ambos os lados. Eles têm mais graus de liberdade para moldar suas vidas do que aqueles que estão nos extremos de suas pontas.”

As pessoas ambivertidas “são como bilíngues”, na opinião de Daniel Pink, autor do livro To Sell Is Human: The Surprising Truth About Moving Others. “Elas têm uma ampla gama de habilidades, e podem se conectar com uma variedade maior de pessoas, da mesma forma que alguém que fala inglês e espanhol”.

No entanto, também há desvantagens em ser ambivertido. Se alguém tiver tendências ambivertidas conservadoras, poderá ficar muito tempo empacado no papel de introvertido (em ambientes discretos, no silêncio) ou no papel de extrovertido (em ambientes agitados, em interação com várias pessoas), e assim se sentir demasiadamente solitário ou exausto.

Um ambivertido é capaz de ir por duas direções opostas. O ideal seria que essa pessoa analisasse cada circunstância em particular a fim de definir qual comportamento seria mais benéfico ou gratificante para ela.

Se um indivíduo ambivertido pode adaptar e variar suas ações conforme aos diversos acontecimentos, bastaria regular seu “termostato” nas horas que exigem tal tomada de decisões. Mas isso nem sempre é fácil, é claro.

Pessoas ambivertidas gostam de (e precisam) ficar sozinhas por determinado período de tempo, mas também adoram estar perto de outras pessoas e interagir com elas. Em ambos os casos, elas sabem tirar proveito da situação, assim como estão cientes de que, muitas vezes, permanecem “em cima do muro”.

9 autoafirmações para alguém saber se é ambivertido (a)

Estar ciente de sua escala de personalidade torna mais fácil desenvolver um senso de tendências pessoais e inclinações sociais.

Para quem suspeita ser ambivertido, mas não está certo disso, o autor Travis Bradberry fez uma lista de nove afirmações para se fazer. Caso as respostas forem positivas para a maioria ou todas as perguntas, muito provavelmente a pessoa é ambivertida. Faça o teste:

1. Eu posso executar tarefas sozinho ou em grupo. Eu não tenho muita preferência, de qualquer forma.

2. Ambientes sociais não me deixam desconfortável, mas eu canso de ficar cercado de muitas pessoas.

3. Ser o centro das atenções é divertido para mim, mas eu não gosto que isso dure muito.

4. Algumas pessoas pensam que eu sou quieto, enquanto outras acham que sou extremamente social.

5. Eu não preciso estar sempre fazendo algo ou me movendo, mas ficar parado por tempo demais me deixa entediado.

6. Eu posso me perder em meus próprios pensamentos tão facilmente quanto eu posso me perder em uma conversa.

7. Uma conversa simples e casual não me deixa desconfortável, mas não gosto tanto de ficar engajado em conversas íntimas.

8. Quando se trata de confiar em outras pessoas, às vezes eu sou cético, outras vezes eu confio plenamente.

9. Se eu passar muito tempo sozinho, fico entediado, ainda que muito tempo em torno de outras pessoas me deixe esgotado.


Muitas pessoas ambivertidas não estão totalmente cientes de que são assim, e esse lapso de autoconhecimento pode tornar ambíguas as suas percepções, ações e pensamentos. Mas agora elas podem resolver de vez essa questão.

*Com informações da Forbes e The Wall Street Journal

O amor não sobrevive de promessas

O amor não sobrevive de promessas

Diariamente, acabamos por fazer promessas de que mudaremos em algo, tanto para nós mesmos quanto para os outros. Prometemos não faltar à musculação, não dar ouvidos a gente chata, não exagerar nos doces ou na cerveja. Prometemos xingar menos, não fofocar, ajudar mais em casa, estudar bastante. E, como previsto, na maior parte das vezes não cumprimos nada daquilo.

Prometermos a nós mesmos alguma mudança de comportamento significa que estamos incomodados com a forma como vivemos, ou seja, temos consciência de que estamos agindo como não deveríamos em alguns aspectos de nossas vidas. Ter essa consciência daquilo que devemos mudar é bom, no entanto, apenas saber o que é preciso ser feito, sem fazê-lo, de nada adiantará.
Continuaremos caminhando aos tropeços.

No caso das promessas feitas ao outro, então temos a consciência, da mesma forma, de que a maneira como estamos compartilhando nossas vidas precisa ser mudada, pois percebemos que poderíamos ser muito melhores do que somos, no sentido de alimentar um relacionamento mais forte e acolhedor. Concordamos com as cobranças alheias, ainda que sob protestos, na certeza de que caminhamos com meias verdades e, mesmo assim, permanecemos emocionalmente estacionados no mesmo lugar. Continuaremos respirando com dificuldades.

É preciso, pois, que passemos a praticar e a viver aquilo que teorizamos no plano das ideias e dos discursos, de modo a que tornemos nossos relacionamentos mais harmônicos e sinceros. Isso porque, muitas vezes, sabemos muito bem quais são as ações necessárias ao enriquecimento de nossos encontros diários, ao passo que teimamos em incorrer – seja por falta de coragem, seja por comodismo – nos mesmos vícios que somente emperram a vivência completa de uma entrega verdadeira.

É injusto iludir as carências alheias com promessas que sabidamente não se cumprirão, bem como é inútil prometermos a nós mesmos mudanças que não teremos coragem de assumir. Embora o outro muitas vezes se deixe iludir, agarrando-se às nossas juras, na esperança de que o amor dê certo, jamais nos isentaremos de nossa parcela de culpa, por nutrir sonhos vãos de quem poderia estar feliz longe de nós, distante dos terrenos arenosos das incertezas a que nos apegamos.

Não prometa que irá mudar. Mude! Não prometa que será mais atencioso. Seja! Não prometa amar para sempre. Ame! Palavras e promessas dissolvem-se ao sabor dos ventos, atitudes fincam raízes naquilo que se sustenta como amor verdadeiro. Qualquer um pode discursar e escrever com propriedade sobre as bases com que se constrói um relacionamento, mas poucos se lançam corajosamente aos encontros da vida, fazendo o que for, na lida diária, para que o amor sobreviva e se renove a cada ventania, mais forte, mais calmo, mais vivo, mais amor.

Ousemos, enfim, cumprir nossas promessas, porque ser um desses poucos corajosos equivale nada menos do que a ser e fazer gente feliz de verdade.

Dicas para Maiores de 60 Anos (e para quem vai chegar lá)

Dicas para Maiores de 60 Anos (e para quem vai chegar lá)

Apresentamos a seguir uma seleção de dicas e sugestões para aqueles que passaram das suas bem-vividas 60 primaveras. Aplicam-se, também, àqueles quem ainda não chegaram lá e pensam no futuro, em querer vivê-lo o mais plenamente possível. Algumas você já sabe, outras podem lhe surpreender. Enfim, leia, reflita, coloque em prática o que lhe convém!

1. É hora de usar o dinheiro (pouco ou muito) que você conseguiu economizar. Use-o para você, não para guardá-lo. Não o desfrute com aqueles que não têm a menor noção do sacrifício que você fez para consegui-lo. Geralmente alguns parentes, mesmo que distantes, têm ótimas ideias sobre como aplicar o seu suado dinheiro. Lembre-se que não há nada mais perigoso do que ‘um parente com ideias’. Atenção: não é época de fazer investimentos grandiosos. Eles acabam trazendo problemas e agora é hora de focar na sua paz e tranquilidade.

2. Pare de se preocupar com a situação financeira dos seus filhos e netos. Não se sinta culpado por gastar o dinheiro consigo mesmo. Você provavelmente já ofereceu o que foi possível na infância e juventude, como uma boa educação. Agora a responsabilidade é deles.

3. Não é mais época de sustentar pessoas de sua família. Estamos nos referindo aos “folgados”, evidentemente. Seja um pouco egoísta, mas não avarento. Tenha uma vida saudável, sem grande esforço físico. Faça ginástica moderada (como caminhar ou nadar, regularmente) e se alimente bem e corretamente.

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4. Compre sempre o melhor e mais bonito. Lembre-se de que, neste momento, um objetivo fundamental é o de gastar dinheiro com você mesmo, com seus gostos e caprichos, bem como os do seu parceiro ou parceira. Após a morte, o dinheiro só gera ódio e ressentimento. Na verdade, traz à tona rivalidades e ressentimentos de muito tempo atrás, que não foram superados.

5. Nada de se angustiar com pouca coisa. Na vida tudo passa, sejam os bons momentos para serem lembrados, sejam os maus, que devem rapidamente ser esquecidos. Há momentos, sim, em que sentimos muita angústia, mas não a alimente. Fará mal para a sua saúde geral, física e mental.

6. Independente da idade, sempre mantenha vivo o amor. Ame o seu parceiro, sua parceira. Ame a vida. Ame seu pet. Ame o seu próximo… E lembre-se: “Um homem nunca é velho enquanto lhe resta a inteligência e o afeto”.

7. Cuide da sua aparência. Frequente o cabeleireiro ou o barbeiro, faça as unhas, vá ao dermatologista, dentista e use bons perfumes e cremes com moderação. Porque se agora você não é bonito, é, pelo menos, bem conservado.

8. Acompanhe as tendências da moda, adaptando-as ao seu físico e a sua idade. Há pouca coisa mais patética do que uma pessoa de meia-idade com penteados e roupas feitas para gente jovem e sarada.

9. Sempre se mantenha atualizado. Leia livros e jornais, ouça rádio, assista bons programas na TV, visite a internet com alguma frequência, envie e responda os seus e-mails e use as redes sociais, mas sem estresse e sem se viciar nelas. Visite os amigos e receba-os, também.

10. Respeite a opinião dos jovens. Muitos deles estão melhor preparados para a vida do que você imagina. Tal como nós, quando tínhamos a idade deles.

11. Nunca use o termo “no meu tempo”. Seu tempo é agora, não se confunda. Pode lembrar do passado, mas com saudade moderada e feliz por ter vivido. O passado é longo e distante. Já, o futuro, está mais perto do que você pensa.

12. Não caia na tentação de morar com seus filhos ou netos. Apesar de, ocasionalmente visitá-los por alguns dias como hóspede, respeite a privacidade deles, mas especialmente a sua. Se você perdeu o seu parceiro, sua parceira, consiga uma pessoa para ajudar com as tarefas domésticas e que possa dormir na sua casa. Tome esta decisão, porém, somente quando não mais puder cuidar de si por conta própria. Seja humilde para reconhecer isso.

13. Pode ser muito divertido conviver com pessoas de sua idade. E o mais importante, não vai funcionar com qualquer um e, sim, se você se reunir com pessoas positivas e alegres, nunca com “velhos amargos”.

14. Mantenha um hobby. Você pode viajar, caminhar, cozinhar, ler, dançar, cuidar de um gato, de um cachorro, cuidar de plantas, jogar cartas, damas, xadrez, dominó, golfe, navegar na internet, pintar, fazer trabalho voluntário em uma ONG ou colecionar alguma coisa. Faça o que você gosta e o que seus recursos permitem.

15. Aceite convites. Batizados, formaturas, aniversários, casamentos, conferências. Visite museus, vá para o campo. O importante é sair de casa por um tempo e sentir vontade de retornar para o seu cantinho. Não se chateie quando não lhe convidarem. Certamente, quando você era jovem também não convidava seus pais e tios para tudo.

16. Fale pouco e ouça mais. Sua vida e seu passado só importam para você mesmo. Se alguém lhe perguntar sobre esses assuntos, seja breve e tente falar sobre coisas boas e agradáveis. Jamais se lamente de nada. Fale em um tom baixo, cortês. Não critique ou se queixe de tudo. Aceite situações e pessoas assim como elas são. Tudo está aqui de passagem e por tempo limitado.

17. Dores e desconfortos sempre surgirão. Não os torne mais problemáticos do que são. Tente minimizá-los e, não transformá-los no principal assunto da sua conversa. Afinal, eles só afetam a você. São, portanto, problemas seus e do seu médico. Lamentações não agregam, nem servem. Para nada.

18. Se você sofreu alguma ofensa por alguém, perdoe. Se você ofendeu alguém, peça perdão. Não arraste ressentimentos pela vida. Eles só servem para encher seu coração de amargor e tristeza. Guardá-los é como tomar veneno esperando que faça efeito em outra pessoa. Não se deixe envenenar.

19. Se você tem uma crença ou pratica uma religião, conserve-a. Se você tem suas crenças, não as imponha a outros. Viva a sua fé intensamente, mas com discrição.

20. Ria-se muito, ria-se de tudo. Você tem muita sorte. Já se pode dizer que tem uma vida longa e a morte só será uma nova etapa. A morte é uma etapa desconhecida, assim como foi incerta toda a sua vida.

21. Não faça caso do que dizem a seu respeito e, menos ainda, do que pensam de você. Se alguém lhe diz que agora você não faz nada de importante, não se preocupe. A coisa mais importante já está feita: você e sua história, boa ou ruim. Sua história foi e ainda está sendo escrita. Agora, é o momento de descansar, ficar em paz e ser tão feliz quanto for possível.

Por último, mas não por fim, lembre: “A vida é muito curta para beber vinho ruim!”

Fonte: Desconhecida, Via Ana Fraiman

Escrever uma frase por dia pode te deixar mais feliz

Escrever uma frase por dia pode te deixar mais feliz

POR LUCIANA GALASTRI

Eu já tentei manter um diário. Algumas vezes. Mas o negócio nunca deu certo por mais de algumas semanas. Seja porque eu tinha familiares enxeridos que gostavam de inspecionar meus escritos ou por pura e simples falta de tempo: afinal, manter um diário normal demanda alguns bons minutos (ou horas) de contemplação e solidão.

Mas uma dica da autora Gretchen Rubin pode te ajudar a manter um diário mais simples, registrar suas lembranças mais poderosas e ainda te deixar mais feliz: escrever uma frase por dia. Afinal, estudos mostram que lembrar de pequenos momentos cotidianos podem nos deixar mais felizes. E, claro, dessa forma quem tem os mesmos problemas que eu com a regularidade de diários pode aproveitar a melhor coisa deles sem sacrificar um tempo que não tem.

E outra coisa bacana: pesquisas mostram que temos uma tendência de escrever em diários os momentos mais felizes. Então quando você reler as suas frases, ela provavelmente trará as melhores lembranças, aumentando seu otimismo – com um esforço mínimo.

Que tal tentar? Conte pra gente as suas experiências através dos comentários ou de nossas redes sociais.

Fonte: The Muse, via Galileu

Sobre ser a melhor versão de si

Sobre ser a melhor versão de si

Não é bem um conselho, ou, tampouco, um discurso daqueles encontrados ao acaso. Mas seja a melhor versão de si. Parece fácil dizer e até mesmo descomplicado para praticar, eu sei. Se fosse simples ignorar os medos, inseguranças e a ausência da coragem para abraçar tais autoconhecimentos, o viver poderia encaixar mais sublimemente. Ainda assim, precisamos tentar. E tentar é tudo o que nos é permitido. Não demandam pedidos, regras e aceitações de terceiros. Basta reconhecer a própria poesia, o abraço apertado, o gesto bendito. Experimente. Desconheça complexidades e incite trivialidades. O coração precisa. Você precisa.

A partir do sorriso, dê o primeiro passo. Entenda e estenda a espiritualidade presente nos sentimentos. Dance, cante, escreva e beije. Atire-se de cabeça nos momentos dos quais fizerem o corpo respirar vida. Sobreviver é uma escolha enquanto viver é imprescindível. Ame a si. Ame o outro. Pratique mais encontros ao invés de se conformar com partidas. A chuva no rosto, os pés descalços, as mãos em respeito e afeto. Transborde. Sinta. A oportunidade presenteia quem almeja seguir e não ficar parado. Mas se os dias estiverem dolorosos, desacelere e aporte. Não há nada de errado em deixar escorrer algumas lágrimas e se ver abatido por tristezas. O problema é quando isso acaba sendo tudo a ser enxergado mais à frente. Logo depois, levante. Peça desculpas. Perdoe e reconstrua caso seja necessário. Mentiras sinceras continuam sendo mentiras e você não quer isso guardado.

Sobre ser a melhor a versão de si, é nas mudanças que elas ocorrem. Sem um final predestinado, tudo depende do quanto estamos dispostos e receptivos, seja para nós ou outro alguém. De qualquer forma, apenas seja. Do seu jeito. Especial, único e memorável.

Fibromialgia: a doença da alma

Fibromialgia: a doença da alma

Por Luziane Soprani

Um corpo sempre será para o sujeito uma “coisa” sua. Assim, para viver cada ser depende habitar um corpo. Desse modo, as paixões, afetos, ideias, são consideradas pelo princípio da filosofia clássica, a localização das mazelas humanas – mencionadas a partir de um corpo – como função de suporte necessário. A análise do corpo constitui uma relação de pertinência entre o existir e sua materialidade. Esse é o âmago de grandes questões que ultrapassam o tempo, a cultura, à vida, o nascimento, à morte e, também, um tema intrínseco à psicanálise: a sexualidade.

Nesse artigo abordaremos a dor física e psíquica sem causa orgânica. Enunciaremos aqui, uma síndrome que não se encontra causa orgânica específica – chamaremos de doença da alma. A síndrome cujas dores crônicas sem causalidade orgânica constatável, são fonte de sofrimento para pacientes e um desafio para os profissionais da medicina. Essa síndrome está localizada na fronteira entre a reumatologia e a patologia psicossomática, com comorbidades de transtornos e uma degradação da qualidade de vida no plano profissional, social e familiar.

A fibromialgia é uma síndrome clínica que se manifesta com dor no corpo todo, principalmente, na musculatura. A síndrome cursa com sintomas de fadiga, intolerância ao exercício e sono não repousante – a pessoa acorda sempre cansada. Os médicos classificam a fibromialgia como uma síndrome, porque caracteriza um grupo de sintomas sem que seja identificada uma causa específica.

Não existe uma causa única conhecida para a fibromialgia, mas existem alguns sinais para identificá-la. Os estudos mais recentes mostram que pacientes com fibromialgia apresentam maior sensibilidade à dor do que outros que não têm a doença. Isso não está relacionado com o fato de se ser “forte” ou “fraco” com relação à dor. Na realidade, funciona como se o cérebro dos fibromiálgicos fosse uma bússola desregulada em que ativasse todo o sistema nervoso para fazer a pessoa sentir mais dor. Sendo assim, nervos, medula e cérebro estariam fazendo que qualquer estímulo doloroso seja aumentado de intensidade.

A dor da fibromialgia é real. Existem estudos experimentais avançados mostrando o cérebro funcionando e os pacientes com fibromialgia sentindo dor. Também foram feitos estudos com o líquido que banha a medula e o cérebro (líquor) e foi visto que as substâncias que levam a sensação de dor para o cérebro estão de três a quatro vezes aumentadas em pacientes fibromiálgicos em comparação com pessoas sem o problema.

Tanto pacientes quanto médicos parecem entender melhor as causas de dor quando existe uma inflamação, um machucado, um tumor, que estão ali, visíveis, causando a dor. Na fibromialgia é diferente; se tirarmos um pedaço do músculo que está doendo e olharmos no microscópio, não encontraremos nada – porque o problema está somente na percepção da dor.

Dados epidemiológicos apontam uma maior incidência dessa entidade clínica em mulheres jovens, mas, não podemos deixar de abordar os homens, com muita sensibilidade a dor. A sociedade e muitos estudiosos insistem em proclamar que às mulheres são mais sofríveis que os homens, no entanto, sob o olhar de uma psicanalista, o sexo masculino sofre tanto como apontam o sofrimento do sexo feminino. Não podemos generalizar e racionalizar que o sexo feminino é mais suscetível do que o sexo masculino. Os homens ainda hoje, precisam omitir os seus sentimentos para não se mostrarem fracos. Isso é uma condição precária da observação humana.

Independente do sexo, existe nessa síndrome uma ausência de evidências na materialidade do corpo e a presença de fatores psicopatológicos dificulta o diagnóstico e tratamento. Face à diversidade e dos fatores envolvidos em determinadas síndromes. Faz-se necessário a indicação de uma abordagem multidisciplinar para um tratamento com resultados mais eficazes.

Nesse contexto, ao mesmo tempo em que os profissionais buscam uma cura para suas dores, os pacientes clamam pelo reconhecimento dessa síndrome que causa muito sofrimento.

DA PSICANÁLISE:

A sugestão é considerar a eventual função da fibromialgia na estruturação psíquica como solução subjetiva. Para o referencial teórico-clínico da psicanálise. A psicanálise fornece elementos para reflexões sobre a dor no corpo e seu lugar na psique.

A partir do estado atual das pesquisas sobre o tema – considerando a escassez de estudos no campo da psicanálise, o ponto nevrálgico para nós psicanalistas é podermos contribuir para uma abordagem da fibromialgia que sustente o relato da experiência de dor. Não temos à pretensão de pôr a fibromialgia a qualquer quadro psicopatológico, como a histeria ou a depressão – o foco da psicanálise é sublinhar a posição subjetiva – daquele que sofre em seu corpo essa dor “insuportável” para então, termos um diagnóstico junto os profissionais médicos no tratamento da fibromialgia.

O que a fibromialgia pode ensinar ao psicanalista? Acreditamos que, para além da doença, há um sujeito em questão e que o diagnóstico em psicanálise se produz a partir da posição que este ocupa frente ao seu sintoma. O que, para além da dor, do que o analisando diz, comporta um falar singular. Se na medicina o diagnóstico se alicerça nos fenômenos comprovados e numa probabilidade estatística, a psicanálise avança, para além dos fenômenos, os modos de enfrentar a singularidade do sofrimento. Da forma como a dor psíquica, implicada na dor física, faz com que a psicanálise avance na subjetividade dos casos sob o olhar clínico. A fibromialgia não pode ser igual para todos, mesmo que haja uma tipologia, uma peculiaridade sintomatológica na doença, o traço único dirá mais sobre aquele que sofre e sobre o uso que faz de sua dor.

O umbral de estimulação requerido para transformar um estímulo sensorial em uma possível ameaça está significativamente rebaixado na Fibromialgia, sendo uma das características principais do processo neurobiológico, que afeta de forma extensa todo sistema e pode converter informações subclínicas em sensações desagradáveis em diferentes partes corporais.” (Collado, A., 2008, p. 517-518).

DA EXISTÊNCIA DE ESTADOS DOLOROSOS CRÔNICOS:

A existência de estados dolorosos crônicos sem substrato orgânico, doenças da dor, é assinalada desde o século XIX. Dentre elas, a fibromialgia (FM), conhecida como fibrosite desde 1904 (Gowers, 1904), tem denominação bastante recente (Smythe e Moldofsky, 1977). Reconhecida pela OMS em 1992, sob a identificação M 79.7 na classificação internacional das doenças (CID), essa síndrome é definida como composta de dores músculo-esquelético acompanhadas, frequentemente, de transtornos do sono e fadiga. A partir dessa classificação, que lhe confere um estatuto de doença, o aumento do interesse sobre a fibromialgia repercute em numerosos estudos (Kahn, 1989; Kochman, 2002; Heymann, 2006; Saltareli, Pedrosa, Hortense e Sousa, 2008). No entanto, sua etiologia permanece obscura e parece remeter a uma origem multifatorial, sem que nenhuma causalidade orgânica tenha sido detectada (Sordet-Guepet, 2004).
A maioria dos textos e estudos sobre o tema indica a possibilidade de uma comorbidades psiquiátrica no que concerne à presença de transtornos de ansiedade e depressão. Sendo assim, apontam a adequação do recurso a tratamentos medicamentosos conforme cada caso é suas comorbidades. Digno de nota, a indicação de tratamento psicoterápico é mencionada no recente estudo brasileiro sobre o tema ao mesmo tempo em que os exercícios de alongamento e assimilados (Heyman et al., Idem). De todo modo, a indicação de uma abordagem multidisciplinar para o tratamento dos casos de fibromialgia parece consenso na maioria dos trabalhos da área médica, figurando tanto no recente estudo Consenso brasileiro do tratamento da fibromialgia (Heyman et al., Ibid) quanto no relatório da Academie Française de Médecine (Menkès e Godeaul, 2007).

Numerosos autores reconhecem o importante e até mesmo preponderante papel dos fatores psíquicos no surgimento da fibromialgia. Ao mesmo tempo, a maior parte deles, rejeitam a assimilação desta a qualquer doença psiquiátrica e somente o componente psicossomático é, em certos casos, evocado. Uma vulnerabilidade psicológica marcada pelo stress (Boureau, 2000), a tendência ao “catastrofismo”, à “victimização”, por vezes uma hiperatividade prévia, um contexto de tensão emocional constante, ansiedade e afetos depressivos vêm esboçar um quadro psicológico do paciente fibromiálgico. Todavia, sublinha-se que as relações de causalidade entre os sintomas psiquiátricos e a fibromialgia são difíceis de confirmar. (Menkès, Godeaul, 2007).

É possível que os transtornos encontrados na fibromialgia (fadiga, transtornos do sono, dores de cabeça, diminuição da atividade cognitiva) fazem observar os sinais de depressão, somando a uma síndrome dolorosa. Porém, não se encontram nem as ideias suicidas nem os elementos de desvalorização e autoacusações. Do mesmo modo, se os autores sublinham as relações inegáveis entre a fibromialgia e uma extensa lista de transtornos psicológicos, entre os quais a hipocondria, transtornos funcionais e somatoformes, o critério principal das dores difusas parece, entretanto, separá-los (Kochman, Hatron, 2003). Unicamente a comorbidades entre os estados de stress pós-traumático (SPT) e a fibromialgia, tanto em termos da expressão sintomática como no da anamnese (eventos traumáticos, violência, abusos sexuais etc.) parece confirmada no plano clínico. Geralmente, a fibromialgia inicia-se após um traumatismo psíquico (eventos recentes ou passados, situação prolongada de stress etc.) ou físico, por vezes mínimo (traumatismo, cirurgia, acidente de trabalho, de transito etc.).

Em muitos casos, as evidencias da doença através do diagnóstico pode permitir ao sujeito certo alívio. Na realidade, o reconhecimento da dor, abre a possibilidade de se ter à mão, como um prêt-à-porter, uma causa que fornece certo sentido aos males somáticos, mas também aos psíquicos. Graças a essa identidade adotada e caracterizada com o selo da fibromialgia, existe o des- prazer de sentir dores corporais, mas, porém, não necessita ser escondida ou omitida.

Na contrapartida às tentativas sempre sem definições e/ou de um diagnóstico exato para descrever um perfil típico do paciente fibromiálgico – correto será obter referências a uma psicopatologia sustentada na consideração do sujeito. Assim, não podemos proclamar que existe a “cura a qualquer preço”, mas pode-se, considerar a eventual função da fibromialgia na estruturação psíquica como solução subjetiva. Nessa ação “esperançosa,” (o médico, o psiquiatra, o psicanalista e/ou psicólogo) podem manter o dizer do sujeito em sua tentativa de esboçar uma teoria pessoal de sua doença. É um primeiro passo, uma via para permitir ao sujeito mudar ou, pelo menos, compreender sua posição face ao sofrimento sem remédio. Em alguns casos, esse pode ser um caminho para uma verdadeira mudança subjetiva, uma abertura para a interrogação sobre à maneira de se colocar no mundo, a singularidade de sua relação ao saber da realidade e lidar com sua condição, buscando viver melhor, sem prostração para não se tornar uma vítima da doença.


REFERÊNCIAS:

Rev. Mal-Estar Subj. vol.10 no.4 Fortaleza dez. 2010.

Entrevista com Reumatologista Eduardo S. Paiva
Chefe do Ambulatório de Fibromialgia do HC-UFPR, Curitiba.

Bennett, R. (2005), The Fibromyalgia impact questionnaire (FIQ): A review of its development, current version, operating characteristics and uses. Clinical and Experimental Rheumatology., 23 (Suppl. 39), S154-S162.

Collado, A. (2008). Fibromialgia: Una enfermedad más visible. Revista de la Sociedad. Española del Dolor, 15 (8), 517-520. Recuperado em 1 agosto 2010, da http://revista.sedolor.es/articulo.php?ID=589

Fernandes, M. H. (2001). As formas corporais do sofrimento: A imagem da hipocondria. Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, 4 (4), 61-80.

Freud, S. (1986). La perturbación psicógena de la visión según el psicoanálisis (Obras Completas Sigmund Freud, Vol. 9). Buenos Aires, Argentina: Amorrortu. (Originalmente publicado em 1910).

Gaspard, J.-L. (2009). Le corps du refus dans la modernité: l’exemple de la fibromyalgie. In J-L. Gaspard & C. Doucet (Orgs)., Pratiques et usages du corps dans notre modernité (pp. 129-139).Toulouse: ERES.

Heymann, R. E. (2006). O papel do reumatologista frente à fibromialgia e à dor crônica musculoesquelética. Revista Brasileira de Reumatologia, 46 (1). Recuperado em 1 agosto 2010, da http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0482-50042006000100001&lang=pt

Heymann, R. E., Paiva E. S., Helfenstein, M., Jr. Pollak D. F., Martinez, J. E., Provenza, J. R. et al. (2010). Consenso brasileiro do tratamento da fibromialgia. Revista Brasileirade Reumatologia 50 (1), 56-66. Recuperado em 3 agosto= 2010, da http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0482-50042010000100006Não

Houvenagel, E. (2001). Mécanismes de la douleur de la fibromyalgie. L’Observatoire de la Douleur, 11, 9-12.

 Fonte indicada: Luziani Soprani- Blog oficial

O problema não é ser conservador. É conservar porcaria.

O problema não é ser conservador. É conservar porcaria.

Não, nem todo conservador é um babaca, reacionário, antiliberal e essas coisas que só atrasam a vida. Acredite. Tem um monte de gente boa por aí conservando o que é preciso conservar.

Eu mesmo encontrei dois deles agorinha. Um casal. Estão juntos há uma década. Não se casaram no papel, mas têm uma relação estável e monogâmica. São dois belos conservadores! Os dois trabalham, guardam os dias santos, respeitam pai e mãe, almoçam em família, trocam presentes no Natal e nos aniversários. São felizes, se amam de verdade e agora estão na fila para adotar uma criança. Ah! Os dois são homens.

Sim, porque “conservar” e “renovar” não têm de ser ideais antagônicos e incompatíveis em lugar nenhum. Todos temos o direito de conservar o que quisermos, inclusive a nossa mais sagrada liberdade de sermos quem quisermos ser. Porque todos somos livres para ser quem somos de fato.

Confesso. Eu sou um sujeito conservador! Conservo mesmo, sem culpa e sem medo, um caminhão de coisas. Lembranças e amigos, figurinhas e gibis. O que há de mau nisso? Conservo medos, saudades, tristezas e esperanças. Eu conservo, sim!

Guardo comigo as lembranças da minha família como pequenas joias. Conservo minha bisavó no coração e não abro mão. Agora, isso não quer dizer que eu deseje viver como ela vivia na primeira metade do século passado. Nem que eu pense exatamente como ela pensava ou tome as mesmas decisões que ela tomava. São coisas diferentes, épocas diversas. E o fato de eu conservar o que bem entender do tempo da minha bisavó não faz de mim um retrógrado, não.

Francamente, conservadores somos todos. A questão é pensar bem no que estamos conservando. Há pessoas que conservam o que só é bom para elas mesmas e ruim para os outros: preconceitos, favorecimentos pessoais, tradições duvidosas, privilégios de classe, tabus medonhos e outras antiguidades no mau sentido. São espécies que param no tempo.

Por outro lado, tem gente que conserva seus valores e respeita os dos outros. Gente que mantém suas próprias preferências e deixa o outro preservar as dele. O que há de errado com isso?

Ruim é conservar coisa inútil e se recusar a seguir adiante. É não admitir que os costumes mudam, que o mundo evolui, que dois homens ou duas mulheres podem, sim, ter filhos e formar famílias lindas, felizes, admiráveis! Maus conservadores são horríveis, péssimos, intragáveis.

Mas ahh… quem conserva o que vale a pena merece uma medalha, um prêmio, um título honoris causa. Essa gente, ainda que vez ou outra pareça conservadora, é quem deixa a vida novinha todos os dias.

Será que “ser ou não ser” ainda é a questão?

Será que “ser ou não ser” ainda é a questão?

Hoje eu acordei meio parede sem acabamento, cinza, acimentada, rígida e áspera, como uma dessas paredes em construção. Ao meu lado outras paredes, quase todas em processo, outras deterioradas, porém, todas imóveis. Abaixo de mim mais paredes, acima também, um peso sobre outro, concreto, físico, material. Haja força para suportar!

Senti saudade de quando acreditei que era massa de modelar, macia, colorida, maleável. Eu era uma artista! Criava-me flor, pássaro, e até menina, me tornava o sonho lúdico em que vivia, misturava-me com outras cores e adquiria minha própria cor, e mesmo que me pisassem, esmagassem, perfurassem, eu sabia que seria capaz de voltar a ser flor, ou qualquer outra coisa que eu imaginasse; sonhar era livre.

Fui preparada dentro de uma betoneira, a ilusão de maleabilidade vinha da mistura ali feita, era cimento, água e areia. Girava, ficava tonta, fantasiava; o mundo lá fora era novo, era outro, não senti o processo acontecer, apenas dormi e acordei parede. Nada como dizem por aí, de sonhar voando e cair da cama, era pior, bem pior, algo como dormir viva, e acordar dormindo, só que pra sempre.

Hoje eu acordei meio parede, que é quase muro; acordei presa em mim mesma, seca, esgotada, desejando alguma ordem de demolição, desejando desmoronar, mesmo sabendo que isso comprometeria toda essa estrutura da qual eu nunca quis fazer parte, mesmo sabendo que isso afetaria outras paredes, que talvez, também quisessem ser outra coisa. Voltaríamos ao pó, nos misturaríamos a terra, e nos conduziríamos com o vento.

Descubro então que mesmo petrificada, os meus sonhos voam, eles vivem sob essa névoa empoeirada dessa construção morta. Os sonhos ainda vivem, e isso me traz a tranquilidade de acreditar no movimento.

5 lições de “Como Eu Era Antes de Você” que fazem o filme ser inesquecível

5 lições de “Como Eu Era Antes de Você” que fazem o filme ser inesquecível

Se você é fã de filmes de romance, é melhor já separar o lencinho! Baseado no livro homônimo da autora inglesa Jojo Moyes e dirigido pela também londrina Thea Sharrock, Como Eu Era Antes de Você, filme que estreou no último dia 16, conta com um elenco de peso. Emilia Clarke, da série Game Of Thrones, e Sam Claflin, dos filmes Jogos Vorazes e Simplesmente Acontece, vivem os protagonistas Louisa Clark e Will Traynor. Outros nomes que você provavelmente já conhece são Matthew Lewis (Harry Potter), Charles Dance (Game Of Thrones) e Jenna Coleman (Doctor Who).

No entanto, não são apenas os rostos conhecidos que fazem o filme valer a pena. A história de Louisa e Will é tão delicada e cheia de significados que, certamente, vai te fazer refletir sobre vários aspectos da sua vida. Por isso, separamos algumas das lições do drama romântico que vão mexer com você.

1. Uma primeira impressão ruim não significa falta de compatibilidade.
Quando Louisa Clark e Will Traynor se conhecem, nenhum dos dois vai com a cara do outro. Lou chega para ser cuidadora e acompanhante de Will, um banqueiro jovem e rico que há dois anos se tornou cadeirante, e ele faz questão de ser desagradável com a garota. Ela até pensa em largar o emprego depois de aturar tanta grosseria. Ainda bem que Lou precisa do dinheiro e não vai embora! Com o tempo, eles passam a se abrir tão profundamente um com o outro que suas personalidades são positivamente transformadas pela convivência. Vem daí o nome do filme!

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2. Faz bem se vestir de uma forma que agrade a si mesma.
O estilo de Lou é um dos grandes destaques do filme. A inglesinha gosta de roupas com cores e estampas marcantes, além de criar looks incríveis com peças cheias de informação. Algumas pessoas a olham torto por isso? Sim. Mas ela está sempre tão confiante com suas roupas coloridas que isso acaba encantando quem convive com ela. Na entrevista de emprego, Lou tenta usar uma roupa mais formal emprestada de sua mãe. Resultado? A saia rasga na lateral causando muito desconforto. Se tivesse vestida como gosta, possivelmente isso não aconteceria.

3. Demonstrar que você realmente presta atenção nas coisas que a pessoa fala é o melhor presente. 
Em uma conversa casual no início da convivência, Louisa comenta com Will que sua roupa favorita na infância era uma meia calça de abelhinha com listras amarelas e pretas. O tempo passa e, no aniversário da cuidadora, o namorado dela a presenteia com um objeto caro que não tem nada a ver com seus gostos pessoais. Já Will, acerta em cheio. Ele a surpreende com uma meia calça de abelhinha em tamanho adulto. Os gritinhos de alegria da moça deixam clara a sua felicidade com a lembrança do rapaz.

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4. Não diga “não gosto” se nunca experimentou. Você pode se surpreender.
Will percebe que Louisa tem uma rotina bem monótona na cidadezinha em que vivem e tenta de tudo para estimulá-la a viver novas experiências. No começo, a jovem tende a hesitar tudo que ele propõe. Exemplo disso é quando Will a convida para assistir a um clássico francês e ela diz que não curte filmes legendados, mas fica boquiaberta de encanto quando o filme termina. Lou pega tanto gosto pelas novidades que, em certo momento, é ela quem começa a propor novas atividades para ele.

5. Respeite as escolhas individuais de cada um.
Talvez essa seja a mensagem principal de Como Eu Era Antes de Você. Não vamos entrar em detalhes para não estragar a surpresa de quem não leu o livro. No entanto, ao assistir ao filme, você vai perceber que, muitas vezes, as decisões de quem amamos não significam que  a pessoa não gosta da gente ou que não a fazemos feliz, outros aspectos pessoais também influenciam. Você pode até opinar, porém jamais tentar escolher pelo outro contra a vontade dele. Ninguém melhor do que a própria pessoa para saber o que é melhor para a vida dela.

Imagem de capa: Reprodução

Sobre a hegemonia do princípio de Nirvana

Sobre a hegemonia do princípio de Nirvana

A ideia que melhor define o conceito “pulsão”, tal como nos foi proposto por Freud, é a ideia de um retorno a um estado anterior. Esta, contudo, passa predominantemente desapercebida na generalidade das utilizações que se fazem do conceito. Na verdade a pulsão é predominantemente entendida como um ímpeto inconsciente para um movimento dinâmico que nos propõe o avanço no sentido de um determinado alvo; e raramente como uma força-movimento de retorno a um estado de coisas anterior. Contudo, a força da pulsão reside precisamente nesta última tendência, sendo que, uma vez levada ao limite da sua finalidade (ou à condição mais remota a que se pode recuar), este estado para o qual a pulsão tende, é um estado anterior à vida, ou seja, é um estado eminentemente anorgânico. A morte é, por assim dizer, coincidente com um retorno. Existirá, portanto, nesta perspetiva, uma tendência para um retorno ao nada, que é o ímpeto da pulsão de morte, que se traduz, do ponto de vista psíquico, na tendência inconsciente para um estado cada vez mais pleno de ausência de tensões.

Hoje em dia, ocupando cada vez mais espaço nas emergências culturais do mundo ocidental (e não só), assim como um lugar de relevo antagónico, relativamente às tensões da vida mundana, assistimos ao advento ocidentalizado do budismo hinduísta (um género de avanço que não deixa de nos evocar um retorno), patente na afirmação da sua radical essência, contraposta ao ruido consumista-individualista de uma perturbadora pós-modernidade: a procura de quietude, cujo fim último resultaria numa infinita felicidade, atingida pela fusão com a alma coletiva, através do aniquilamento da individualidade e das manifestações do desejo próprio. Neste ponto, tendo em conta que, como espero ter ficado claro, proponho o recurso a duas interpretações do Nirvana, fundamentadamente distintas – a psicanalítica (de Freud) e, por último, a hinduísta-budista (a original) –, são contudo as incontornáveis similaridades existentes entre elas, que nos remetem para um campo de reflexão eminentemente atual, que na verdade é intemporal.

Voltando então à interpretação freudiana eu diria mesmo que, com legitimo fundamento, surpreendentemente para muitos, reconhecidamente para outros, o princípio de Nirvana, que subscreve a tendência do organismo para a ausência total de tensões, não veio à obra de Freud para pouca coisa, veio sim para partilhar o trono com o princípio do prazer, para não dizer destroná-lo, pois no fundo passou a ser este outro princípio (o princípio de Nirvana), o que melhor representa a mais irredutível das forças pulsionais atuantes no organismo vivo, não fora ela a que no fim (no limite do movimento de retorno), sempre vence: a pulsão de morte. Na verdade, como saberão, Freud assimilou o prazer à redução das tensões penosas e, finalmente, à redução das tensões ao nível zero, ponto em que a teoria da dualidade pulsional se harmoniza finalmente, na assimilação do prazer ao princípio de Nirvana.

Este princípio seria ainda um princípio para além do homem, pois estaria presente em todos os organismos vivos, mesmo nos mais primitivos. Por outro lado, seria sempre muito difícil fazer prova direta da sua ação, pois ela estaria predominantemente disfarçada pelas forças que conservam a vida. Esta conceção especulativa (sem possibilidade de provação cientifica, mas para a qual Freud considerou encontrar suficientes evidencias clínicas), acabou por ligar indissociavelmente qualquer desejo agressivo ou sexual, ao desejo de morte, na mesma medida em que o princípio de Nirvana, representado pela pulsão de morte, traduzia o que de mais irredutivelmente pulsional existia no organismo.

Esta é, de acordo com a segunda tópica freudiana, a grande questão do inconsciente (todas as outras orbitam necessariamente em torno dela), enquanto contido na noção “Id”. Mas, efetivamente, pouco se tem refletido sobre isto, pouca atenção se tem dado a este Freud especulativo, pelo menos na praça da “psicanálise suave e utilitária”. Neste âmbito, fica aqui esta minha leitura de Freud, sobre o mais radical princípio regente da vida psíquica, que expressa a silenciosa tendência da pulsão de morte, sempre dissimulada pelas forças que conservam a vida, que então de tantos modos nos envolve e alicia, até porque, para bem, a pulsão de vida é impelida e destinada a procurar dançar harmoniosamente com o seu par (a pulsão de morte). Mas, como é fácil observar, este é um par que nem sempre se afina, esta é uma dança que nem sempre sabemos dançar…

Casal em namoro à distância cria fotos para se aproximar

Casal em namoro à distância cria fotos para se aproximar

Danbi Shin e Seok Li são um casal coreano apaixonado que namora à distância. Shin mora em Nova York, nos EUA, enquanto Li reside em Seul, na Coréia do Sul. A viagem de avião entre os dois lugares dura, em média, 14 horas.

Os dois só podem se encontrar pessoalmente em intervalos de meses, razão pela qual resolveram criar um projeto fotográfico chamado Half & Half, em que eles tiram fotos simultaneamente e combinam os resultados em uma única fotografia composta de duas partes complementares. Dessa forma, eles se mantêm próximos, apesar de estarem a milhares de quilômetros um do outro.

Manter uma relação à distância é um desafio verdadeiramente complicado para qualquer casal. A ausência de contato físico não é algo de todo insuportável, embora seja uma limitação muita dura de aguentar.

Esse hiato entre um casal é frustrante. A única forma de se ver é através de uma tela. A troca de experiências é escrita, por vezes verbal, mas, por causa da falta de interação presencial, reina um sentimento de incerteza quanto ao que as duas pessoas estão fazendo (ou pensam em fazer) fora da comunicação restrita.

Muitos casais que namoram à distância mantêm seu relacionamento mesmo na base da provação, mas outros não aguentam e preferem dar um fim na relação, visto que o laço afetivo esfria com a falta de calor humano.

Alguns acreditam piamente em amor incondicional; outros dependem de garantias e demonstrações explícitas desse amor para poder experimentá-lo.

No mínimo, é surpreendente o fato de duas pessoas permanecerem juntas sem se olharem, beijarem, cheirarem e tocarem. A constante obliquidade de sensações desgasta a paixão e mina o desejo com o passar do tempo, mas alguns casais ignoram essa tentação e sustentam o amor, como se tivessem feito um pacto de sangue.

Se um relacionamento saudável à base de sexo já é, em partes, difícil de se viver, é imaginável a dura realidade de experimentar o outro apenas em pensamento, como fazem os coreanos Shin e Li.

Há um grupo de pessoas que leva um relacionamento à distância numa boa, e ainda tiram o melhor proveito da situação com humor e criatividade. Danbi Shin e Seok Li fazem parte desse grupo, que se contenta com pouco. A parede de separação que os envolve é quebrada por um simples, mas perspicaz projeto fotográfico.

Nas fotos a seguir, Shin e Li mostram como suas vidas são parecidas, apesar de terem estilos e hábitos distintos. Os dois compartilham momentos cotidianos de seu dia a dia. Veja:

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Até quando vale a pena lutar por um amor?

Até quando vale a pena lutar por um amor?

Muitas vezes, vivemos relacionamentos difíceis, que nos causam muito mais tristezas, decepções e dores do que alegrias e satisfação. Mas, por algum motivo que nem nós mesmos sabemos qual é, insistimos em manter essa relação. Teimamos em tentar de novo, nos agarramos em palavras que não correspondem com a realidade nem com as atitudes tomadas pela outra pessoa. E assim, confusos e perdidos nesta sensação entre o amor que gostaríamos de viver e o que realmente estamos vivendo,não sabemos o que fazer! 

Convencidos de que amamos a outra pessoa, nos enchemos de forças e coragem para lutar por ela. Mas, logo depois, percebemos que não há reciprocidade, que a pessoa não está disposta a lutar, a tentar de verdade, a cumprir o que promete e, então, vemos nossas esperanças se diluírem e a nossa dor aumentar ainda mais. Algumas pessoas adoecem, entram em depressão, sentem-se desmotivadas, afastam-se dos amigos, perdem até o emprego por causa de uma relação que mais parece uma tortura, esmagando sentimentos e desejos.

Neste momento, por mais que não queiramos ouvi-la, a pergunta se repete em nossa alma e exige uma resposta: vale a pena continuar? Vale a pena insistir? Será que existe a possibilidade de conquistar essa pessoa definitivamente?

Enfim, creio que a resposta não seja tão objetiva, especialmente porque não podemos prever o futuro com tamanha clareza. No entanto, esta é, sem dúvida, a hora de olhar para nós mesmos e nos respeitarmos, nos valorizarmos e, acima de tudo, nos amarmos. Não tenho dúvidas de que se não fizermos isso, a outra pessoa também não fará. Mas se, ao contrário, decidirmos nos reconquistar, lutar por nós mesmos, enxergarmos o que temos de bom e nos reerguermos, haverá uma saída. Ou seja, ganharemos força e discernimento para descobrirmos a resposta certa: se vale a pena ou não!
Se valer, estaremos prontos para exigirmos o que queremos desta relação, mostrando à pessoa que merecemos ser amados, respeitados e valorizados. E ela, se realmente nos amar, estará disposta a nos dar o que merecemos.
Mas se não valer, estaremos prontos para abrir mão deste relacionamento que não nos tem trazido nada de bom, que tem servido apenas para nos deixar angustiados e desesperados com tamanha indecisão, incerteza e incoerência. 
Então, se você estiver vivendo um relacionamento que tem lhe causado mais dor do que alegria, eu sugiro que você se faça algumas perguntas e seja sincero consigo mesmo. A primeira é: você realmente ama esta pessoa? Se a resposta for não, então nem precisa responder as próximas questões. Mas se for sim, então pergunte-se: tem dado o melhor de você para tentar salvar a relação? Depois, avalie: a pessoa amada está disposta a salvá-la também? As atitudes dela demonstram um verdadeiro amor ou expressam indiferença, incompreensão e desrespeito?

Caso ambas estejam dispostas a se reconquistarem, é bem provável que consigam. Mas se só você estiver disposto a isto, o melhor a fazer é colocar um ponto final nesta história, pois um relacionamento se compõe de dois corações e nunca de apenas um!

Talvez, um dia, esta pessoa esteja pronta para viver esta relação e volte a lhe procurar, mas por enquanto, os fatos estão mostrando que não dá mais! Lembre-se que uma pessoa se apaixona por outra por causa de suas qualidades e depois, com a convivência, aprende a aceitar os seus defeitos. Então, cuide de você, expresse mais as suas qualidades, melhore seus pontos fracos, supere suas limitações e torne-se uma pessoa apaixonante.

Não desperdice a sua vida insistindo numa relação que não lhe faz crescer, que não torna você uma pessoa mais consciente e mais inteira. E nunca se esqueça que o Universo lhe dá exatamente aquilo que você acredita que merece! Portanto, trate de se valorizar e, assim, terá certeza absoluta de que você merece muito mais…

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