“Uma Mente Brilhante”, um filme sobre um grande homem e sua luta contra a Esquizofrenia

“Uma Mente Brilhante”, um filme sobre um grande homem e sua luta contra a Esquizofrenia

Uma Mente Brilhante ( A Beautiful Mind) é um filme de Ron Howard (2001) que faz uma biografia dramática de John Nash, um matemático prolífico e de pensamento não convencional, que consegue sucesso em várias áreas da matemática e uma carreira acadêmica respeitável.John é esquivo e arrogante tendo dificuldades sérias na área afetiva. Desenvolve sua mente lógica sem conseguir abrir o caminho para o coração.

Desde o início fica claro que John, muito bem interpretado por Russel Crove, delira em seu quarto e cria um personagem de suas visões, ao qual chama por Charles Herman. Assim, ele age através de sua imaginação até chegar ao ponto de confundir fantasia com a realidade e penetrar por inteiro nesse universo criado pela esquizofrenia. Para John, seus delírios e visões são reais e o sofrimento aumenta quando casa com Alicia, após ser chamado a fazer um trabalho de criptografia para o governo dos Estados Unidos.

Ele sente uma constante perseguição causada pelas inúmeras alucinações. Já com um filho de Alicia, John tem sua primeiro grande surto, é hospitalizado, leva eletro choques e perde seu status temporariamente na Universidade de Princeton. Aos cuidados médicos passa a tomar remédios e se isola com a mulher e o filho. Contudo, insatisfeito, por não estar produzindo, John, para a medicamentação, passa a se agitar, sem que a mulher perceba, cria de novo seu mundo psíquico, alienando-se em um quarto da garagem.

Nash tem seu segundo surto, pior que o primeiro, conversa com a equipe médica e os convence de que terá que conviver com a esquizofrenia, pois acredita na sua força de vontade, sem remédios, sem choques, só com a compreensão e o amor de sua mulher. Ele precisará usar de toda a sua racionalidade para distinguir o real do imaginário e voltar a ter uma vida razoável de volta à Universidade de Princeton.

Os delírios são ideias falsas das quais o esquizofrênico tem perfeita convicção e as alucinações são percepções falsas dos sentidos. A mais comum é a alucinação auditiva que o conduz e controla dentro de sua cisão psíquica. Apesar de já estar mais velho, John consegue, de um modo admirável, conviver com os poucos amigos e resgatar sua lógica matemática, além de seu desejo de ensinar aos jovens dos quais se afastava na sua paranoia por medo de ser percebido pelos mesmos. A mensagem do filme é positiva, pois nos mostra que a esquizofrenia existe, mas pode ser atenuada pelo amor, ou seja, abrindo a linha da afetividade que sempre fora travada durante sua juventude, até apaixonar-se por Alicia. É uma lição de vida sofrida que alcança a felicidade pelo desejo de conseguir seus ideias através do amor e não da lógica fria e distante da realidade. Alicia o acolhe em todo seu trajeto. John ganha um prêmio por uma tese em economia e é reconhecido no meio acadêmico, contudo seu maior prêmio, a lógica de sua vida é retomada pelo amor de Alicia e seu filho. Um exemplo estoico de batalha contra a loucura a qual combateu por uma vida inteira.

‘As pessoas sofrem de fome de amor’, diz psicanalista

‘As pessoas sofrem de fome de amor’, diz psicanalista

O psicanalista Joel Birman tem detectado em seu consultório uma “dependência emocional” generalizada. “As pessoas procuram reconhecimento no outro porque sofrem de fome de amor”, diz ele.

Estamos mais dependentes emocionalmente?
Sim. Esta dependência se manifesta na preocupação constante do indivíduo com o que os outros pensam dele e de suas performances. Ele quer saber se agrada, se é amado. A preocupação do sujeito de quantas curtidas recebeu no Facebook ilustra bem isso. As pessoas mais vulneráveis precisam desse reconhecimento mais que as outras, pois sofrem de fome de amor.

Como isso afeta a sociedade?
As pessoas são muito sensíveis em relação a como os outros a acolhem — de forma risonha ou carrancuda, com muitas ou poucas palavras, se são abraçadas ou beijadas. Nesse contexto, cria-se um mal-estar nos laços sociais, pois o não reconhecimento do outro é fonte de desconfiança, perseguição e até mesmo de agressividade.

Como prevenir essa dependência?
Se o que está em jogo na dependência excessiva do sujeito é uma baixa sensação de autoestima, é crucial que na infância e na adolescência os indivíduos tenham a certeza de que são amados pelos pais pelo que são. Isso sem ter que fazer malabarismos para que sejam consideradas pessoas interessantes.

Fonte: O Globo

Amor não combina com cobrança. Quem ama não precisa disso.

Amor não combina com cobrança. Quem ama não precisa disso.

Ahh… gente que ama. Por favor não misture as coisas. Não perca seu tempo de amar com cobrança nenhuma. Amores e cobranças não combinam. Quem precisa cobrar amor já não ama nem é amado.

Amar é não ter de cobrar nada! Cobranças pertencem às relações comerciais, às transações financeiras, às obrigações burocráticas. Cobrar é o estágio final. Geralmente, depois de feito o serviço, depois de entregue o produto, vem a cobrança.

Em qualquer relação, cobrar é o último passo, o fim do caminho, o recurso final. Quem toma dinheiro emprestado e não paga recebe uma cobrança. Quem atrasa a fatura do telefone, a parcela de carro, o aluguel, a conta de luz, é justamente cobrado. Quem deve tem de pagar.

Entre os que amam, cobrar também é o expediente derradeiro. A estação terminal.

No amor não vale cobrar nem ser cobrado. Quando a cobrança se faz necessária, é porque já não há crédito. Já não se ama. Quem faz a cobrança e quem a merece não são mais os mesmos de antes, não se deram conta ou não querem aceitar o óbvio: acabou a espontaneidade, primeiro sinal do fim do amor.

É tão simples! O que não é espontâneo é induzido, forçado, compulsório. E o que se cobra não é natural. Pronto. Exceto no caso das mães, donas do direito de reclamar um telefonema de seus filhos quando bem entenderem, ninguém devia reivindicar atenção de seus namorados, namoradas, maridos, esposas. Isso é mendicância, falta de amor próprio. Dificuldade de viver sua própria vida. Falta do que fazer.

Faça o teste. Cobre. Cobre, sim. Cobre muito! O tempo todo, cobre amor, carinho, consideração, reciprocidade. Cobre. É o jeito mais fácil de atentar contra si mesmo, destruir sua autoestima e afastar quem estiver perto.

Não faça drama, faça brigadeiros

Não faça drama, faça brigadeiros

É verdade que a vida às vezes exagera nos tombos que dá, fazendo-nos cair dolorosamente, quebrando nossas expectativas, dilacerando-nos por dentro. Outras vezes, ela retira de nós o nosso bem mais precioso, a razão de nosso viver. No entanto, muitos problemas poderiam se tornar bem menos difíceis, caso nos dispuséssemos a analisá-lo com mais clareza, percebendo sua real dimensão.

Cada pessoa sente as coisas de uma maneira própria, pois cada um de nós possui as próprias experiências, as próprias bagagens, as próprias paragens, por isso ninguém responde da mesma forma que o outro ao que acontece lá fora. Uns sentem mais, outros sentem menos e alguns nem sentem nada. Daí não podermos comparar a dor de uma pessoa com a de outra, pois somos únicos e especiais no jeito de ser que é tão nosso.

Mesmo assim, é preciso tentar manter certo equilíbrio em meio às tempestades, pois elas virão, sempre, com intensidades variadas, mas virão. Caso não estejamos prontos para nos reerguermos a cada supetão, estaremos fadados a nos tornar cada vez mais tristes e enfraquecidos por dentro. Não se trata de fugir à tristeza, mas de passar por ela sem perder a esperança e a firmeza no olhar.

A vida nos obriga a sermos fortes, pois é isso que ela espera de nós e é isso que devemos ser, por nós mesmos e por aqueles que estão ao nosso lado. Existe quem precisa de nossa força, porque sempre seremos o porto-seguro de alguém que nos ama e torce por nós. A não ser que queiramos viver isolados, não poderemos nos furtar de pensar além de nós mesmos durante nossa caminhada.

O importante é não dar às coisas uma importância muito maior do que elas merecem, pois ficar bradando aos quatro ventos lamúrias com agressividade é o que menos ajudará, nos momentos de turbulência. Teremos de explodir, às vezes, mas não o tempo todo, para qualquer um, ou perderemos o crédito, ou esgotaremos nossas energias – e elas têm que durar.

Como se vê, problemas são inevitáveis, são uma certeza, ou seja, cabe-nos passar por eles mantendo uma mínima lucidez que seja, para que não nos percamos em meio a explosões de raiva sem serventia, em meio a quem não tem não tem nada a ver com isso, pois quanto mais drama fizermos, menos capazes estaremos de buscar possíveis soluções ao que nos tenta derrubar. E, a não ser para a morte, tudo há de ter solução.

A Bipolaridade e o falso poder da Hipomania

A Bipolaridade e o falso poder da Hipomania

A sensação é de domínio da situação, um eufórico bem-estar e uma inquestionável certeza de que se é capaz de fazer mil coisas ao mesmo tempo, enquanto se corteja outras mil para desejar. As ideias afluem como água solta numa correnteza. Situações imprevistas são aceitas como excitantes desafios. Viver em suspense e correndo riscos, na verdade traz uma indescritível sensação de prazer, como se a vida fosse uma daquelas caixas de presente surpresa esperando apenas para ser desembrulhada rasgando todo o pacote num único puxão.

Quando estão em episódios de Hipomania, as pessoas sentem-se energizadas, dinâmicas, e até felizes, posto que as dificuldades parecem ser uma ilusão e o estado de humor é de positividade e otimismo sem limites. O fenômeno é facilmente explicado, pois o estado hipomaníaco aparece associado muitas vezes ao sucesso nos negócios, bom desempenho nos estudos, e alta produtividade. Ora, quem é que suspeitaria de que algo está errado com suas emoções num período da vida em que tudo parece dar certo, graças às suas indiscutíveis habilidades sociais, profissionais e cognitivas, além da capacidade de administrar uma porção de tarefas ao mesmo tempo?

A questão é que a linha que separa o estado de Hipomania da Mania é perigosamente frágil. E, permanecer hipomaníaco durante períodos prolongados pode provocar desgastes físicos e emocionais tão importantes que a pessoa acaba perdendo o controle. Neste caso, movido pela falsa impressão de poder inquestionável e ideias grandiosas, muitos indivíduos acabam entrando em estados maníacos que podem devastar suas vidas.

Mais agressivos, os episódios de Mania levam a pessoa a um estado de agitação mental que a impede de exercer julgamentos acertados e confiáveis. Começam a aparecer sintomas de irritação; diminuição cada vez mais acentuada das horas reservadas ao descanso e ao sono; comportamentos impulsivos que levam a pessoa a arriscar suas carreiras com decisões impensadas; prejuízo ou rompimento de relacionamentos por motivos tolos; comportamentos de risco em relação ao uso de substâncias químicas ou álcool; envolvimento em relacionamentos sexuais, desconsiderando cuidados com a saúde e a segurança; gastos exagerados e endividamentos.

Tanto a Mania, quanto a Hipomania podem ser indícios de Transtorno Afetivo Bipolar, essa doença ainda tão pouco conhecida e, por isso mesmo tão envolvida em mitos e ideias preconcebidas. O diagnóstico da Bipolaridade requer dos profissionais de saúde mental e psíquica um preparo que, infelizmente, não é o que encontramos nos serviços médicos brasileiros, quer sejam públicos ou particulares.

A Bipolaridade é extremamente complexa, e o comportamento eufórico da Hipomania é um de seus disfarces mais perigosos, posto que ninguém há de achar-se doente por estar eufórico; e aqueles que convivem com o hipomaníaco dificilmente suspeitarão de algum desequilíbrio, posto que a pessoa parece esbanjar energia, bom-humor e disposição.
Acontece que a Hipomania é apenas um dos estágios do Transtorno e nem sempre é sintoma categórico da doença. Há quem apresente episódios hipomaníacos isolados, sem ser bipolar. No entanto, há que se dedicar atenção às oscilações de humor, tanto para alegria excessiva quanto para os estados de apatia, tristeza constante, irritação rotineira e depressão.

A depressão costuma ser bastante frequente depois de um episódio importante de Mania. Afinal, quem passou algum tempo acreditando ingenuamente que era indestrutível, incansável e imune às consequências de suas escolhas impulsivas, uma hora vai dar de cara com os resultados das farras consumistas feitas com o cartão de crédito, das aventuras sexuais sem proteção, de meses de privação de sono, de rompimentos ou pedidos de demissão feitos num momento de delírio de poder.

Encontrar o equilíbrio num mundo regido pela competição, pela busca de eficiência máxima e pela necessidade de aparentar viver uma vida sempre perfeita e cheia de conquistas, é uma tarefa das mais desafiadoras. A boa notícia é que embora não haja cura para o Transtorno Afetivo Bipolar, há meios de aprender a conviver com a doença, desde que se conte com um aporte médico adequado que determinará o uso correto de medicamentos estabilizadores de humor e acompanhamento psicológico. O tratamento passa por um diagnóstico cuidadoso e detalhado, baseado na análise do comportamento do paciente nos inúmeros aspectos de sua vida: trabalho, família, cuidados pessoais de saúde, interesses, relacionamentos e postura diante dos desafios e momentos mais estáveis da vida.

O passo mais importante para o início de uma relação possível com a doença é a identificação de traços que possam indicar alterações de humor que acarretem algum tipo de prejuízo à vida. Ao observar que alguém próximo de nós, seja um familiar ou amigo, passou a apresentar um comportamento alterado de agitação excessiva ou letargia, irritabilidade ou prostração, isolamento ou necessidade constante de estar em atividades sociais, atitudes incoerentes à personalidade original, ganho ou perda de peso considerável, dificuldades para dormir ou sono excessivo, alteração na capacidade de concentração ou memória, uma luz de alerta deve ser acionada e devemos buscar uma avaliação médica e psicológica capazes de identificar se o que está ocorrendo é apenas uma fase, ou sintomas de transtorno emocional que precisa de tratamento e acompanhamento profissional.

O fato é que precisamos parar de tratar as doenças psíquicas como se fossem “coisas da nossa cabeça”, como se pudéssemos controlá-las ou ficarmos imunes a elas com um pouco mais de esforço ou boa vontade. Ninguém diz a uma pessoa com Câncer que ela deveria fazer um esforço para diminuir a gravidade da doença, ou que ela deveria distrair-se e procurar ocupar a mente para curar-se. Mas, no caso de doenças como a Depressão, parece que todo mundo é especialista e acredita que é coisa de gente que não tem o que fazer. Não é! Procuremos tratar com humanidade aqueles que sofrem com esses males invisíveis aos olhos alheios, mas absolutamente reais e devastadores às vidas de quem os carrega no peito, na cabeça e na alma.

Pessoas que se arrepiam ouvindo música têm cérebro especial

Pessoas que se arrepiam ouvindo música têm cérebro especial

Você já se arrepiou ouvindo uma música? Então saiba que, mais do que sensível, você tem um cérebro especial.

Cientistas de Harvard descobriram que o cérebro de quem se arrepia com canções possui conexões especiais.

Esse tipo de reação física à música acontece apenas com cerca de metade da população.

Os cientistas analisaram o cérebro de 20 voluntários, usando a técnica de ressonância magnética de tensor de difusão, que mostra as conexões entre diferentes regiões do cérebro.

Eles descobriram que os participantes do “grupo do arrepio” tinha mais fibras nervosas saindo do córtex auditivo e se ligando ao córtex insular anterior e o córtex prefrontal, que processam sentimentos e monitoram emoções.

A conectividade extra desses cérebros provavelmente intensifica a experiência sensorial provocada pela música.

Os pesquisadores não sabem se as pessoas que se arrepiam nascem mais sensíveis ou se é possível desenvolver essas conexões ouvindo e se emocionando com novas músicas.

contioutra.com - Pessoas que se arrepiam ouvindo música têm cérebro especial

Orgasmo da pele

A nova descoberta indica para os cientistas que a música deve ter uma função evolutiva.

Se existem conexões cerebrais, passadas de geração em geração, que ligam os receptores de som diretamente ao centro emotivo do cérebro, é porque algum papel ela deve ter para a sobrevivência humana (nem que seja facilitar as relações sociais).

A reação química que temos a uma música emocionante é parecida com o que sentimos em outras tarefas essenciais, como comer, ou fazer sexo: uma injeção de dopamina que percorre o corpo.

Por isso, o arrepio musical é chamado pelos neurocientistas de “orgasmo na pele”.

A pesquisa

Os pesquisadores recrutaram vinte fãs de música: dez que sentem arrepios musicais com frequência e outros dez que nunca passaram pelo fenômeno.

Cada um teve direito a trazer até 5 das suas músicas favoritas: as opções iam desde Coldplay até as sinfonias de Wagner.

Primeiro, eles observaram os efeitos das músicas dentro do laboratório.

Monitoraram os batimentos cardíacos e o suor da pele, que indica excitação (tanto sexual quanto emocional), enquanto os voluntários ouviam só os trechos arrepiantes de cada faixa.

O coração de todos os participantes acelerou, mas a resposta emocional dos participantes que arrepiam foi bem mais intensa.

Outras pesquisas científicas relacionam o arrepio musical a reações de expectativa e surpresa.

As pessoas que escutam as músicas de forma mais “intelectual”, tentando prever os acordes que vem depois, têm mais chances de se arrepiar quando a música não segue suas expectativas.

Por outro lado, quando o compositor cria um crescente musical que culmina em uma nota aguda, o cérebro cria expectativa e tem uma reação de prazer quando o acorde final já esperado finalmente aparece.

Com informações da Super, via Só Notícia Boa– site que indicamos!

Fotógrafa traduz o amor pela bisavó com Alzheimer através de imagens…e palavras.

Fotógrafa traduz o amor pela bisavó com Alzheimer através de imagens…e palavras.

Foi através do que a fotógrafa Ravena Rosa chama de “ausência de palavras” que as imagens ganharam a forma de uma ilustração de amor e atenção.

O que Ravena, ao nos confiar suas fotografias e intimidade não sabia é que, através de sua descrição, as mais lindas palavras foram ditas.

As falas de Ravena estão em destaque e, assim como as fotos, dizem absolutamente tudo que ela pensou que não sabia dizer…

“Eu não sou muito boa com as palavras. Não sei me expressar dizendo nem escrevendo… Por isso eu leio e leio muito e fotografo. Sou fotógrafa e  estou fazendo uma série fotográfica do Alzheimer de minha bisavó.” (Ravena Rosa)

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Fotografia: Ravena Rosa

“O vazio de saber que ela já nem sabe quem eu sou doi muito. (…) E, no final das contas, acho que quem menos sofre é a minha própria avó com a doença. Afinal ela nem sabe que esta doente…”

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Fotografia: Ravena Rosa
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Fotografia: Ravena Rosa
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“Não sei o que dizer, não sei como agir, eu só seguro nas mãos dela.” Ravena Rosa

“Eu gostaria muito de dizer aos meus familiares como me sinto, mas a forma em que eu encontro de me expressar é fotografando e adivinhem… ninguém da minha família viu essas fotos, então parece que eu não ligo para a situação. Mas a verdade é que eu me importo e me importo tanto. Em algum lugar tem outra pessoa passando pela mesma situação de não saber lidar.” 

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Fotografia: Ravena Rosa
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Fotografia: Ravena Rosa

 

contioutra.com - Fotógrafa traduz o amor pela bisavó com Alzheimer através de imagens...e palavras.
Fotografia: Ravena Rosa

“Não são fotos bonitinhas que maquiam a doença. É a realidade nua e crua. Dura, dolorida, triste.. Eu sinto vontade de fotografar cada vez que me pego reparando o olhar longe dela, como se estivesse procurando algo. E é ai que eu registro. Me sinto deslocada e perdida mediante a situação. Não sei o que dizer, não sei como agir, eu só seguro nas mãos dela.”

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Fotografia: Ravena Rosa
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Fotografia: Ravena Rosa

Obrigada, Ravena. Nós aqui da CONTI outra ficamos muito orgulhosos do seu trabalho e honrados por compartilhar esse seus sentimentos tão doces e gentis…Temos a certeza que mesmo sem a maioria das lembranças, sua bisavó sente o afeto que é direcionado à ela.

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Fotografia: Ravena Rosa
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Fotografia: Ravena Rosa

 

Força para família e para todos que também estão passando por essa batalha.

Pedófilo leva menina e 5 cães a salvam de estupro

Pedófilo leva menina e 5 cães a salvam de estupro

Na Argentina, uma menina de 12 anos ia para a casa da tia a pé quando um homem a agarrou por trás, tapou sua boca e a levou para um terreno baldio para estuprá-la.

Segundo o site Correo del Orinoco, a criança, que não teve o nome divulgado, debateu-se em seus braços, sem forças suficientes para se soltar. Mas cinco cães de rua que estavam ali por perto ouviram o choro da menina e correram para salvá-la do abuso.

Eles procuraram a direção dos gritos e, ao avistarem a pequena sendo estuprada, avançaram no pedófilo, morderam seu rosto e arranharam todo o seu corpo, deixando a garota intacta que aproveitou para fugir.

Ela, então, pediu ajuda para as casas vizinhas e foi socorrida.

O agressor ainda não foi identificado.

Os cachorros já estão sendo chamados de anjos-protetores por toda a cidade. Há quem diga que eles foram enviados para salvá-la. E você o que acha?

(DOL)

Por dentro de “A Era do Gelo”- infográfico

Por dentro de “A Era do Gelo”- infográfico

A história se passa há 20 mil anos, quando a Terra estava na Era do Gelo, e teve tanto sucesso que continua tendo suas sequências produzidas.

O último foi “A Era do Gelo 5”, que estreiou nos cinemas em julho de 2016.

Tendo em vista seu grande números de fãs, a estudante de Comunicação Social em Radio Tv e Internet, Isabella Brilha, produziu um infográfico repleto de imagens e curiosidades das animações ao longo do tempo.

Confiram!

contioutra.com - Por dentro de "A Era do Gelo"- infográfico

Publicado originalmente em: Net TV

Pais violentos deixam danos por toda a vida

Pais violentos deixam danos por toda a vida

Nossa vida social começa desde a infância, na companhia dos irmãos e dos pais, mas são os pais que definirão nosso futuro. Por esse motivo, quando os pais são violentos, definem padrões e condutas que irão nos afetar por toda a vida.  Você é um pai violento? Sabe como identificar um?

Definindo a violência

Geralmente associamos o termo “violência” com a agressividade física, no entanto, esse sério problema também pode se dar através da violência psicológica. A violência psicológica se manifesta através de palavras que ferem moralmente, atitudes que buscam menosprezar os demais, e também através da indiferença. Todas essas atitudes acabam ferindo os filhos, de maneira consciente, ou não.

Por que os pais são violentos com os filhos?

As razões para estes comportamentos são várias, e muito particulares em cada caso, mas as mais comuns são:

– Muito estresse, ou cansaço: As obrigações são muitas e podem fazer com que os pais percam o controle, por exemplo, ao chegar em casa depois de um longo dia de trabalho. E não se engane, esta situação pode acontecer tanto com homens, quanto com mulheres.

– Educação recebida: Infelizmente, os padrões de violência tendem a se repetir e, quando um pai foi vítima de semelhante violência na infância, costuma educar seus filhos da mesma forma.

– Busca de alívio pela violência que sofreu: Isto acontece quando um dos pais exerce a violência sobre o outro, e a vítima decide agir contra os filhos, para assim tentar obter novamente o controle da situação. Infelizmente, quando se chega a esta situação, ninguém mais tem o mínimo controle. Dessa forma, todos os membros da família acabam afetados.

Como são afetados os filhos de pais violentos?

É inevitável que as crianças que sofrem violência por parte de seus pais, sejam afetadas em suas habilidades sociais, mas cada um irá desenvolver uma personalidade diferente:

– A criança reservada: É aquela que busca se proteger através do isolamento. Essas crianças geralmente têm uma personalidade tímida e poucas habilidades sociais. Costumam ser muito inseguros e, quando adultos, essa situação pode não mudar muito; podem até permitir que outras pessoas a agridam.

– A criança vitimista: Ao contrário da criança reservada, essa personalidade busca se livrar da ira agredindo os demais, da mesma forma como foi agredido. Quando adulto, pode se tornar uma pessoa violenta, que machuca aqueles que estão ao seu redor, repetindo o padrão de violência.

– A criança protetora: Esta característica é comum em crianças mais velhas, quecostumam se sentir na obrigação de proteger seus pais e irmãos, que também são vítimas. Quando adulto, podem se tornar pessoas que sempre entram em conflitos, com a intenção de proteger alguém

As crianças de hoje serão os pais amanhã

A violência dentro da família é uma situação terrível para aqueles que a vivem. Porém, para os filhos, a situação se torna ainda mais séria, pois isso os marcará para sempre, podendo levá-los à infelicidade pelo resto de suas vidas.

Texto retirado do site A mente é maravilhosa

Nós não estamos na mesma página, mas que problema isso tem?

Nós não estamos na mesma página, mas que problema isso tem?

Algum lugar do mundo, 14 de julho de 2016

Não, nós não estamos na mesma página. Mas, sabe, não tem problema, está tudo bem.

Talvez nunca estejamos. Talvez nunca aconteça conosco e nem com ninguém.

Quem sabe seja o tamanho dos nossos livros. As dimensões das folhas, essa sua margem estreita. Ou mesmo o meu jeito de sempre deixar uma página em branco no meio de cada nova história.

Talvez seja o rodapé que tanto usei para fazer anotações quando voltei para velhas páginas ao invés de escrever em folha branca ou aquelas que rabisquei quando a história não saiu como gostaria. Sem contar nos rascunhos perfeitos que perdi tempo fazendo enquanto a vida acontecia.

E essa minha pressa de quem começou a escrever cedo. De fato, quase tive que comprar um livro novo. E se não bastasse, em dias rebeldes escrevi, além de histórias, poemas e canções borradas de riso, batom e choro.

É, nós não estamos na mesma página mesmo. Mas por que estaríamos se nossos livros são diferentes? Se nem ao menos gosto dessa sua letra grande e sem padrão?

E nossas histórias, nossos contos, tão desiguais uns dos outros. Aqueles longos desabafos… Enquanto gostava de escrever todos meus momentos, você preferia dormir com seu livro ao lado, no chão.

Enquanto me expressava em versos e estrofes, você era narrador onisciente, nem sempre tão ciente, de que sua história tinha chegado ao fim.

E por que ter um só livro pra nós dois? Isso atrapalharia a criação. Podemos escrever juntos em páginas diferentes, alternando estilos, cores, entrelaçando nossas mãos.

Quem sabe até um dia, te deixo escrever no meu livro uma dedicatória. Pode até ser simplória, mas precisa ter um desenho no fim.

E te deixo enfeitar alguma página, com as pétalas que secaram das rosas que me deu, da folha daquele cata-vento do nosso primeiro encontro, com uma gota do vinho que comigo bebeu.

Nós não estamos na mesma página, nem no mesmo livro, nem no mesmo momento. Sentimos a vida de maneiras diferentes.

Mas, contanto que respeite meus rabiscos e seu estilo não machuque meus sentimentos, te convido a compartilhar comigo seus momentos. Dos mais felizes aos mais delicados. Tomando um café, vinho ou chocolate quente ao meu lado.

E se um dia cansar dessa história, que deixe um adeus de pelo menos um parágrafo e um ponto final marcado. E após largar a caneta que me dê um abraço, pelos momentos que valeram bons trechos no seu livro borrado.

Cuidado com essa carência, ela afasta as pessoas de você…

Cuidado com essa carência, ela afasta as pessoas de você…

Por Patrícia Gebrim

“Quando alguém carente se aproxima das pessoas, essa aproximação quase nunca é descompromissada ou relaxada. Existe sempre uma certa tensão”.
Pessoas carentes são como polvos gigantes, esses seres maravilhosos de que fala Julio Verne. Nas páginas dos livros são encantadores e cheios de magia, mas na vida real… acabam afastando de si mais gente do que gostariam.

Carência é esse sentimento incômodo que muitas pessoas carregam, percebida por elas como um tipo de buraco, uma fome constante que chega a doer. Às vezes é fome de afeto, de amor… mas também pode aparecer como fome de atenção, como o desejo de estar sempre no palco das relações, sendo valorizado, cuidado, tratado de forma especial.

É uma exigência, muitas vezes inconsciente, uma expectativa de que os outros supram você de alguma maneira, desejo esse que costuma se impor à sua capacidade de perceber o outro como um ser individual que tem direito a escolhas e limites.

Uma pessoa carente sempre exige, mesmo que de forma disfarçada, que o outro lhe dê o que quer. Não compreende que o outro tem o direito de dizer não. O outro tem o direito de não querer lhe dar algo. O outro tem o direito de não gostar de você. (Afinal, quem é amado por “todas” as pessoas?)

Quando alguém carente se aproxima das pessoas, essa aproximação quase nunca é descompromissada ou relaxada. Existe sempre uma certa tensão. Por um lado os carentes polvos querem agir sempre adequadamente, para garantir que serão aceitos. (Sua liberdade de ser, ser simplesmente quem são, está limitada pela necessidade de saciar a suposta fome). Por outro lado, aproximam-se na expectativa de receber. Raramente aproximam-se para dar algo ao outro.

Como polvos ambulantes, pessoas carentes estendem na direção da vítima seus enormes tentáculos, tentando trazer em sua direção o que necessitam. Me dê… me dê… me dê… Essa é a mensagem inconsciente que acabam transmitindo, mesmo que o discurso seja muito diferente.

Só que, por ironia do destino, por mais que tentem disfarçar suas intenções, o outro acaba pressentindo os tentáculos e na maior parte das vezes se afasta de você. Isso faz com que a pessoa carente se sinta rejeitada, o alimento lhe foi negado, a fome aumenta e ela tenta com ainda mais intensidade, numa bola de neve sem fim.

Quando vamos com sede demais ao pote acabamos derrubando-o, e lá se vai nossa chance de beber seu conteúdo. As pessoas se afastam quando percebem alguém se aproximar na expectativa de ser suprido, como um náufrago desesperado em busca de algo a se agarrar. E a pessoa fica lá, sozinha no meio do oceano. Como uma brincadeira maldosa do destino, a pessoa acaba afastando cada vez mais a possibilidade de receber o que quer.

Ora, a pessoa carente não faz isso por que queira ser má, ou lesar o outro. Na verdade ela age baseada na falsa crença de que não consegue suprir a si mesma. Talvez venha de um lar onde não tenha se sentido amada, ou querida. Talvez tenha até recebido amor, mas por algum motivo não tenha conseguido sentir que isso tenha acontecido.

Por trás dessa atitude carente, existe uma dor e uma ilusão. A dor de uma criança ferida. A ilusão de que não se é nada mais do que essa criança.

Entenda: hoje você não é mais uma criança que precisa de alguém para cuidar de você. Aceite a ideia de que hoje você é grande o suficiente para cuidar de si mesmo!

Se a pessoa carente conseguir perceber que, não importa o que lhe tenha acontecido, isso é passado. E que hoje existe dentro dela uma força capaz de curar qualquer ferida. Se conseguir se identificar com seu lado adulto, parando de esperar que a cura venha de fora, ou das outras pessoas. Se conseguir pegar sua criança ferida no colo, e dar-lhe todo o amor, e atenção, e carinho… esse é o caminho para a transformação.

Se em vez de estender seus tentáculos na direção das pessoas, usar todos aqueles braços para abraçar, proteger e acariciar a si mesmo… se fizer isso, algo mágico começará a acontecer. O polvo vai aos poucos se transformando em uma espécie de ninho, seguro e quentinho… e nesse ninho você conseguirá se lembrar de sua verdadeira essência, e de lá sairá assumindo sua verdadeira forma, a da mais bela ave, e seu canto será tão pleno que todas as pessoas sentirão o desejo de se aproximar e acariciar suas suaves plumas.

De mãos dadas com o adulto que existe em você, sua fome será saciada por você mesmo. E a sua relação com as pessoas se transformará. Deixará de ser uma busca de alguém que supra suas necessidades infantis e passará a refletir o prazer e a alegria de uma troca genuína e adulta com outro ser humano. E com certeza, essa mudança fará com que as pessoas parem de se afastar de você e passem a querer estar a seu lado.

Fonte indicada: Psicologia Comportamental

Neurocientista da Harvard: Meditação não apenas reduz estresse, ela muda o seu cérebro

Neurocientista da Harvard: Meditação não apenas reduz estresse, ela muda o seu cérebro

Postado por Carolina Senna da Mandala Escola 

Sara Lazar, neurocientista do Hospital Geral de Massachusetts e da Escola de Medicina de Harvard, foi uma das primeiras cientistas a aceitar as subjetivas reinvindicações a respeito dos benefícios da meditação e atenção plena e a testa-los com o uso de tomógrafos computadorizados. O que ela encontrou a surpreendeu – que a meditação pode, literalmente, mudar seu cérebro. Ela explica:

Porque você começou a prestar atenção para a meditação, atenção plena e o cérebro?

Eu e uma amiga estávamos treinando para a maratona de Boston. Tive algumas lesões por esforço e procurei um fisioterapeuta, que me disse para parar de correr e apenas fazer alongamentos. Então comecei a praticar ioga como forma de fisioterapia. Percebi que era muito poderoso, que eu tinha benefícios reais, então fiquei interessada em saber como funcionava.

A professora de ioga usou de vários argumentos, dizendo que a ioga iria aumentar a compaixão e abrir o coração. E eu pensei: “ok,ok,ok, estou aqui para alongar”. Mas comecei a perceber que eu estava mais calma. Estava mais apta a lidar com situações mais difíceis. Estava mais compassiva e com o coração mais aberto, e capaz de ver as coisas pelo ponto de vista dos outros.

Pensei, talvez fosse apenas uma resposta placebo. Mas então fiz uma pesquisa bibliográfica da ciência, e vi evidências de que a meditação havia sido associada à diminuição do estresse, da depressão, ansiedade, dor e insônia, e ao aumento da qualidade de vida.

A essa altura, estava fazendo meu PhD em biologia molecular. Então simplesmente resolvi mudar e comecei a fazer essa pesquisa como um pós- doutorado.

Como você fez essa pesquisa?

O Primeiro estudo avaliou meditadores de longa data versus um grupo controle. Descobrimos que os meditadores de longa data tem a massa cinzenta aumentada na região da ínsula e regiões sensoriais do córtex auditivo e o sensorial. O que faz sentido. Quando você tem atenção plena, você está prestando atenção à sua respiração, aos sons, a experiência do momento presente, e fechando as portas da cognição. É lógico que seus sentidos sejam ampliados.

Também descobrimos que eles tem mais massa cinzenta no córtex frontal, o que é associado à memória de trabalho e a tomada de decisões administrativas.

Já está provado que nosso córtex encolhe à medida que envelhecemos – se torna mais difícil entender as coisas e se lembrar das coisas. Mas nessa região do córtex pré-frontal, meditadores com 50 anos de idade tinham a mesma quantidade de massa cinzenta que pessoas de 25 anos.

Então a primeira pergunta foi, bem, talvez as pessoas com mais massa cinzenta no estudo já tivessem mais massa cinzenta antes de terem começado a meditar. Então fizemos um segundo estudo.

Pegamos pessoas que nunca tinham meditado antes, e colocamos um grupo deles em um programa de oito semanas de atenção plena com foco na redução de estresse.

O que você descobriu?

Descobrimos diferenças no volume do cérebro depois de oito semanas em cinco regiões diferentes dos cérebros dos dois grupos. No grupo que aprendeu meditação, encontramos um aumento do volume em quatro regiões:

  1. A diferença principal encontramos no giro cingulado posterior, o qual está relacionado às lembranças e auto- regulação.
  2. O hipocampo da esquerda, o qual dá suporte ao aprendizado, cognição, memória e regulação emocional.
  3. A junção temporoparietal, ou JTP, à qual está associada a tomada de decisões, empatia e compaixão.
  4. Uma área do tronco do cérebro chamada de Ponte, onde muitos neurotransmissores reguladores são produzidos.

A amigdala, a parte do cérebro responsável pelo instinto de ataque ou fuga, e que é importante nos aspectos da ansiedade, medo e estresse em geral. Essa área ficou menor no grupo que participou do programa de oito semanas de atenção plena com foco na redução de estresse.

A alteração na amigdala também foi associada a uma redução nos níveis de estresse.

Então por quanto tempo alguém precisa meditar até que comece a ver mudanças no seu cérebro?

Nossos dados mostram mudanças no cérebro após apenas oito semanas. Em um programa de atenção plena com foco na redução de estresse, nossos pesquisados participaram de uma aula por semana. Eles receberam uma gravação e foram solicitados a praticar por 40 minutos por dia em casa. E foi assim.

Então, 40 minutos por dia?

Bem, foi altamente variável no estudo. Algumas pessoas praticaram 40 minutos todos os dias. Algumas praticaram menos. Algumas apenas umas duas vezes na semana.

No meu estudo, a média foi de 27 minutos por dia. Ou em torno de meia hora por dia.

Ainda não existem dados suficientes sobre quanto alguém precise praticar para se beneficiar.

Professores de meditação lhe dirão, apesar de não existir absolutamente nenhuma base científica para isso, que comentários de estudantes sugerem que 10 minutos por dia podem trazer benefícios subjetivos. Ainda precisamos testar.

Nós estamos apenas começando um estudo que, com grande esperança, nos permitirá acessar quais são os significados funcionais dessas mudanças. Estudos de outros cientistas mostraram que a meditação pode melhorar a atenção e a habilidade de regular a emoção. Mas a maioria dos estudos não foi com neuroimagens. Então agora estamos esperançosos em trazer o aspecto comportamental e a ciência da neuroimagem para trabalharem juntos.

A partir do que já sabemos da ciência, o que você encorajaria os leitores a fazer?

Atenção plena é similar a um exercício. É uma forma de exercício mental, na realidade. E assim como o exercício melhora a saúde, nos ajuda a administrar melhor o estresse  e promove longevidade, a meditação se propõe a partilhar alguns desses mesmos benefícios.

Mas, assim como o exercício, não pode curar tudo. Então, a ideia é de ser útil como uma terapia de apoio. Não é uma coisa em separado. Já foi usado com muitos outros distúrbios e os resultados variam tremendamente – impactam alguns sintomas, mas não todos.  Os resultados são às vezes modestos. E não funciona para todos.

Ainda está muito cedo para se tentar concluir o que a meditação pode ou não fazer.

Então, sabendo-se das limitações, o que você sugeriria?

Lazar: Parece sim ser benéfico para a maioria das pessoas. A coisa mais importante, se você for tentar fazer, é encontrar um bom professor. Porque é simples, mas também é complexo. Você precisa entender o que está acontecendo na sua mente. Um bom professor não tem preço.

Você medita? E você tem um professor?

Sim e sim.

Que diferença fez em sua vida?

Tenho feito isso por 20 anos, então tem uma influência profunda em minha vida. Dá muito “chão” (ancoragem). Reduz o estresse.  Me ajuda a pensar mais claramente. É maravilhoso para interações interpessoais. Tenho mais empatia e compaixão pelas pessoas.

Qual a sua prática pessoal?

Altamente variável. Alguns dias pratico 40 minutos. Alguns dias cinco minutos.  Alguns dias não pratico nada. É muito parecido com exercício. Exercitar-se  três vezes por semana é maravilhoso. Mas se tudo o que você pode fazer é se exercitar um pouquinho todos os dias, isso também é uma coisa boa. Tenho certeza de que se praticasse mais me beneficiaria mais. Não tenho ideia se estou tendo mudanças no meu cérebro ou não.  E é isso que funciona para mim nesse momento.

Via mandalaescola.org. Encontrado em Nowmaste

Texto original: Brigid Schulte
Tradução: Joann Schaly

Tudo depende da importância que você dá

Tudo depende da importância que você dá

Saber com quem dividimos nossas energias, em maior ou menor grau, é possivelmente uma das maiores dificuldades que teremos ao longo de nossa vida. Costumamos, infelizmente, gastar um tempo precioso nos preocupando com coisas e com pessoas dispensáveis, que não somam nada de novo, muito pelo contrário.

Quantas vezes não ficamos chateados com algum tipo de comentário maldoso que alguém faz, como se a opinião daquela pessoa fosse mudar alguma coisa em nossa vida, como se todo mundo fosse concordar com o pensamento dela. Precisamos ter a certeza de que quem nos conhece de fato e nos ama com verdade saberá o que somos e jamais acreditará em qualquer coisa que disserem a nosso respeito.

Outras vezes, deixamos que um fato desagradável acabe com o nosso bom humor, tornando nosso dia carregado e praticamente perdido, fazendo-nos esquecer o tanto que somos agraciados diariamente, o tanto que já conseguimos avançar em nossa jornada. Valorizar nossa saúde, nosso trabalho, nossas companhias verdadeiras deverá ser um exercício diário, ou nos tornaremos pessoas ingratas e desgostosas.

Não raro, somos obrigados a conviver em ambientes onde existem pessoas emanado energia negativa, espalhando agressividade com o semblante pesado. De maneira alguma poderemos nos deixar contaminar por esse tipo de negatividade, por problemas que não nos dizem respeito, nem que tenhamos que nos esforçar duramente. Será difícil mantermos o sorriso ao lado de gritos e de cara feia, mas isso garantirá nossa sobrevivência.

Da mesma forma, costumamos lamentar exageradamente certas perdas que enfrentamos em nosso caminhar, como se não fôssemos conseguir viver sem aquilo a que tanto nos apegávamos ou que tanto queríamos obter. Para que nos reequilibremos, no entanto, necessitaremos de muita ponderação, para percebermos que muito do que se foi não era nosso de fato e que ainda há muita coisa boa nos esperando diariamente.

Uma coisa é certa: caso depositemos demasiada importância em bens que não nos preencham a essência e em pessoas que não nos trazem momentos especiais, estaremos fadados a pouco sorrir e a muito lamentar. Não podemos aceitar uma vida que se arrasta ao sabor amargo das infelicidades alheias, deixando o peso do que desagrada ser maior do que a leveza dos momentos felizes que temos junto a quem dá e recebe amor com intensidade. É isso que nos deve mover e é disso que é feita a vida a que temos direito, bela e digna de se viver.

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