Estudos mostram como viajar pode torná-lo mais inteligente e saudável

Estudos mostram como viajar pode torná-lo mais inteligente e saudável

No mundo de hoje é difícil fazer uma pausa. E não digo uma pausa de 15 minutos para um café. Falo da ruptura de suas tarefas diárias, responsabilidades e pressões do trabalho para desfrutar de um período de férias em alguma ilha tropical ou uma road trip pelos Estados Unidos.

E falando em Estados Unidos, um estudo recente realizado por lá pelo Project Time Off mostrou que os americanos estão optando por trabalharem meses a fio para cumprirem prazos apertados e demonstrarem lealdade à empresa. Seus gerentes apreciam toda essa dedicação ao trabalho e lhes dão alguns tapinhas nas costas enquanto suas mentes e seus corpos clamam por uma ruptura. Cá entre nós, diante da atual situação financeira e política do Brasil, nossa situação é a mesma. Todos querem mostrar trabalho e garantir seu emprego. Mas, isso pode ser perigoso. Outro estudo, chamado 10 YEARS OF AMERICAN VACATIONS: A RETROSPECTIVE LOOK também pode ser consultado.

E como curar essas mentes e corpos que precisam desesperadamente de um afastamento de suas rotinas? Remédios tarja preta? Que nada. Viajando! Viajar pode melhorar sua saúde, aumentar sua criatividade e sua capacidade de ter empatia.

É isso mesmo. Viajar pode afetar positivamente sua capacidade de ser inovador ao mesmo tempo que lhe ajuda contra o stress e a depressão, melhorando sua saúde física e mental.

Viajar aumenta a criatividade

Para a maioria, a criatividade surge através de experiências novas e emocionantes. Meu blog, por exemplo, surgiu depois de uma viagem para a Europa. O livro que estou escrevendo – e ainda não foi lançado porque preciso de uma nova ruptura – também. O problema surge quando a coisa mais excitante do seu dia é o trajeto para o trabalho ou a fofoca do escritório na hora do café. Você está limitando a capacidade da sua mente de se expandir e pensar fora da caixa.

Adam Galinksy, professor e autor, diz que “experiências estrangeiras aumentam a flexibilidade cognitiva e a profundidade de pensamento, além da capacidade de fazer conexões profundas entre coisas diferentes”. Isto significa, basicamente, que novos sons, cheiros e paisagens aceleram as sinapses do cérebro.

Utilizando exemplos brasileiros de empreendedores de destaque nos últimos anos, podemos olhar as biografias de Flávio Augusto da Silva, Bel Pesce e Erico Rocha. Todos tem em comum experiências de vida no exterior. Tais experiências certamente os ajudaram a estabelecer conexões profundas em seus negócios.

Muitos outros criativos, como os escritores Ernest Hemingway e Mark Twain, usaram suas experiências internacionais para esculpirem seus trabalhos. Os romances de Hemingway são fortemente inspirados em seus tempos na França e na Espanha, enquanto Twain documentou suas aventuras pelo Mediterrâneo em seu livro de viagensInnocents Abroad. Essa exposição a novas e diferentes culturas permitiu-lhes escrever alguns dos seus melhores trabalhos.

Viajar para outro país ou mesmo outro estado pode lhe ajudar a abrir sua mente. Você pode experimentar alimentos exóticos, visitar monumentos notáveis, fazer amizade com os moradores locais ou mesmo caminhar através das montanhas. Basta mergulhar em um ambiente diferente por vários dias e deixar seu pensamento livre.Você não será apenas mais criativo, você será mais saudável e mais feliz. 

Viajar melhora a sua saúde

Sua saúde mental também desfruta as vantagens de viajar. Uma pesquisa realizada pela Associação de Viagens dos EUA (U.S. Travel Association) descobriu que a viagem, especialmente para os aposentados, evita a demência e o Alzheimer.

O estudo também descobriu que 86% das pessoas que viajam estão mais satisfeitas com a sua visão da vida em comparação com os 75% que não viajam.

Viajar também reforça a sua saúde do coração. O Framingham Heart Study descobriu que aqueles que não tiram férias durante vários anos são mais propensos a sofrer de ataques cardíacos do que aqueles que viajaram anualmente.

Por que isso? Porque aqueles que ficam longe de seus trabalhos e casas são tipicamente menos estressados e menos ansiosos, diminuindo a pressão sobre seus corações.

Viajar te deixa mais feliz e te torna uma pessoa melhor

Um estudo do Centro de Pesquisa Cornell descobriu que as pessoas sentem mais felicidade sabendo que suas férias estão próximas do que comprando algo. Um outro estudo feito por professores da Universidade de Surrey descobriu que as pessoas são mais felizes quando sabem que têm uma viagem chegando. Assim, apenas o ato de planejar uma viagem pode melhorar significativamente o seu bem estar. Imagine, então, viajar de fato?!

Já o Centro de Pesquisa Matheus de Souza (haha, zoeira) descobriu que a convivência com outras culturas pode levar as pessoas a terem mais empatia. Seu “estudo de caso” foi publicado em abril de 2014 neste mesmo blog sob o título de “Estereótipos“.


E aí, qual sua próxima viagem?

A força do destino é incontrolável, quando existe amor de verdade

A força do destino é incontrolável, quando existe amor de verdade

Ainda que soe piegas, mesmo que pareça papinho de autoajuda, certas pessoas parecem destinadas a se encontrar e se amarem para sempre, ainda que não na primeira vez, pelo menos de uma vez por todas. E, por mais que o tempo passe, por mais que se desencontrem, acabarão se unindo no momento mais propício, quando menos esperarem, porque nada nem ninguém poderá separá-las ali no instante certo. É o destino, é amor verdadeiro.

Quem de nós não conhece algum casal que se reencontrou depois de anos e acabou reatando um relacionamento antigo, ou mesmo pessoas que não estão juntas, mas que sabemos o quanto se amam, torcendo para que reatem? Diversas razões chegam a separar dois destinos que parecem fadados a se unir, mas muitos deles, felizmente, voltam a se fundir, uma ou outra hora.

É claro que temos que fazer a nossa parte nesse contexto todo, dispondo-nos a receber e a dar com entrega e sinceridade, ou tudo se enfraquecerá. A força do amor é avassaladora, mas se esvai a pouco e pouco, quando em terreno arenoso, vazio, incerto e preguiçoso. Sem dedicação, cuidados, carinho e atenção, nada vinga, nada flui, nada sai do lugar.

Além disso, tudo tem sua hora certa, ou seja, as coisas costumam acontecer no momento em que as condições são as mais propícias, para que sejam melhor aproveitadas, para que concorram ao prazer e à felicidade plena. As pessoas que se amam com intensidade e transparência têm tudo para dar certo, a despeito do que e de quem estiver torcendo em seu desfavor. É preciso, sobretudo, mais do que tudo, querer e permanecer.

Algumas vezes, elas se encontram em situações nas quais ainda não estão maduras o suficiente e nem prontas para que possam estender-se além de si e acabam não se permitindo que o amor preencha toda a dimensão necessária. E se perdem um do outro, mas não para sempre. Há quem caminhe por um tempo faltando um pedaço, para que amadureça e se torne capaz de então se aceitar e aceitar o outro, com tudo a que tiver direito.

A vida dá voltas e reviravoltas, vem com força, esmaga sonhos, desmancha ilusões, faz doer, mas ensina, fortalece e traz verdades. E, caso entre as nossas verdades esteja o amor que sentimos, iremos, sim, ficar juntos, porque necessitaremos e lutaremos para ficar com ele, com ela, enfim, com a pessoa que o destino escolheu, com o nosso aval e com a nossa disposição, para ser o amor de nossas vidas.

”Meu filho nasceu com vinte quilos e um metro de altura” por Priscilla Portugal

”Meu filho nasceu com vinte quilos e um metro de altura” por Priscilla Portugal

Histórias de paternidade já costumam me comover por natureza. Talvez isto aconteça porque tenho um pai muito presente e carinhoso, sem o qual não consigo imaginar quem eu seria. Ou talvez porque já vi muita gente sofrer pela ausência física ou emocional de seu pai – e percebi o quanto isso pode ser triste. Mas quando o Yahoo! me pediu para escrever um caso emocionante relacionado à figura paterna fiquei pensando: qual seria a mais bonita história que eu já ouvi? E me veio a ideia de escrever a chegada do meu sobrinho à nossa família: afinal, ele fez do meu irmão caçula, o Beto, um pai. Olha o dia em que eu conheci a figurinha:
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E aí, meu irmão topou dividir a história dele aqui com vocês, queridos leitores. Detalhe: o nosso Samuca chegou exatamente no dia dos pais do ano passado, o que deu um novo significado, ainda mais especial, à data.
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“Fui pai aos 28 anos, mas de certa forma já fui pai aos 23. O parto de meu filho foi de risco, e levou um pouco mais que nove meses. Mas o mais impressionante foi o fato de que meu filho nasceu com vinte quilos e um metro de altura. Até ele chegar muita gente disse que éramos loucos, que um filho com o peso e a altura dele poderia ser complicado. Meu filho nasceu aos cinco anos, mais forte que um bebê, mas mais indefeso que um bebê. Porque um bebê não tem consciência do que está acontecendo no mundo, e ele sabia exatamente como estavam as coisas. As coisas que todo pai sonha não foram diferentes pelo fato de meu filho ter vindo à (minha) vida pela adoção. Ouvir, pela primeira vez a palavra “pai”, mesmo que ele já soubesse falar tantas coisas mais difíceis, teve a mesma intensidade em meu coração. Pegá-lo no colo, e colocá-lo na cama quando o sono chega, beijar-lhe a testinha e ficar por horas zelando seu sono é a coisa mais gostosa de ser pai. Quando a gente se olha e se identifica, ele, tendo sido gerado por um casal que não conheço, me diz: olha, pai, como a gente é parecido. E as pessoas sempre confirmam esta assustadora semelhança. Quando ele chegou ao nosso mundo, e nós consequentemente chegamos ao dele, muita coisa foi feita em vão. Lembro-me que ao receber a ligação de uma assistente social dizendo que no dia seguinte podíamos ir buscá-lo, para sempre, corri ao mercado e comprei estoques de comida. Quem visse o carrinho logo pensaria que a terceira guerra mundial estava por vir. Como você recebe pra sempre em casa uma pessoa que não conhece?! Não sabe o que ela gosta de comer, de vestir, como dorme… Então era preciso ser rápido e deixar todas as possibilidades à mão. Mas, na chegada, ele queria tomar café e comer um bolo de fubá. Eram as únicas coisas que não tínhamos. Eu ali, querendo ser herói, e no primeiro pedido do meu filho tive que dizer que não podia resolver. Claro. Saí de casa e comprei os ingredientes. Mas nesta volta do mercado é que me dei conta disso… ser pai é justamente isso. É tentar oferecer tudo que julga ser melhor, e, tão difícil quanto, muitas vezes dizer “não posso, filho!”. A mãe é fundamental na vida de uma criança. Mas a mãe pode ser o pai, ou um dos pais, ou a avó. Seja quem for. A figura que a mãe representa é que é importante, o afeto que está ali em todas as horas, a paciência. O pai, por sua vez, que também pode ser a mãe, ou uma das mães, ou o avô, ou qualquer outra pessoa, quando empoderado da figura paterna, é a segurança dos medos, a força física que sustenta, o porto seguro quando lá dentro tudo é tempestade. Como pai do Samuel, eu espero e só quero que meu filho seja um homem de bem, e feliz. Tal como meu pai quis que eu fosse. Eu quero ser o exemplo das coisas boas que posso fazer, e quero ser o exemplo das coisas que não consegui fazer e quero que meu filho faça. Eu quero que ele seja o espelho do espelho que sou eu, e como já disse João Nogueira, o meu medo maior é o espelho se quebrar. Meu filho é dono da casa, dos bichos que temos, dos nossos planos, das nossas vidas. É ele quem nos ensina todos os dias que não temos alternativa: temos que encarar tudo que pintar, porque agora somos responsáveis por uma vida no mundo. Ser pai não é ter feito um filho, mas é ter um filho. A adoção me tornou pai. Eu adotei o Samuel e, mais que isso, o Samuel me adotou como pai. As pessoas ainda vêem um pouco de tabu, mas hoje quando perguntam se ele é meu filho de coração, como quem entende tudo sobre o mundo, ele responde (e cala quem perguntou): – Claro! Se não for de coração, não tem família. Né, pai?!”

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Matéria original: Yahoo!

Tem pessoas que são verdadeiros buracos negros

Tem pessoas que são verdadeiros buracos negros

Ahhhh, sim, é verdade que ninguém é perfeito, que tem dias que a gente acorda de “ovo virado” e nem a gente se aguenta. Também é verdade que a gente costuma ser mais benevolente em relação aos próprios defeitos e muito mais críticos com os outros. Inclusive, não deixa de ser verdade que cada um é que sabe onde é que aperta o próprio sapato e que é muito fácil cair na tentação de sair julgando os outros por aí.

Mas, tirando de lado o fato de que somos todos imperfeitos e cheios de manias e chatices, existe um tipo de pessoa que capricha na necessidade de se sentir sempre o pior, o mais injustiçado, o pobre coitado, a eterna vítima do destino. E é claro que eu não estou falando aqui de nenhuma patologia ou transtorno de humor, caso contrário estaria obviamente sendo irresponsável, injusta e desumana.

O que proponho aqui é uma reflexão acerca dos comportamentos de queixa eterna, que se não houver algum cuidado ou vigilância, acabam virando uma coisa crônica. A pessoa simplesmente adquire uma espécie de postura rebaixada diante da vida e termina se acostumando a ficar nesse lugar, onde o risco de ser exigido é menor; mas também é menor a chance de viver coisas maravilhosas e novas, e diferentes, e desafiadoras.

O “coitado de mim” crônico, tem dificuldades para perceber quando a tragédia atinge outro lugar que não seja o buraco do seu umbigo, ou o topo da sua cabeça que vive coroada com uma nuvem escura de propriedade particular. O queixoso contumaz vê maldade onde não tem, não suporta deixar de ser o centro das atenções e tem absoluta certeza que você tem obrigação de estar disponível para ele no exato momento em que ele acha correto e justo.

Gente que vive de cultuar a própria vida como se fosse um drama eterno, como se tudo nesse mundo conspirasse secretamente para sacaneá-lo, como se as dificuldades fossem apenas direcionadas a ele, como se ninguém nesse imenso mundo fosse capaz de entendê-lo, nunca, e o fizesse de propósito, gente assim é, na verdade, um verdadeiro buraco negro que vai sugar você dia após dia, até que não sobre nada entre vocês.

E no fundo, a gente percebe quando está embarcando numa relação que de saudável não tem nada. A gente sabe quando está sendo usado, abusado e explorado. A gente sabe que vem sucumbindo a pequenas e mesquinhas chantagens emocionais e que o único jeito de acabar com isso é colocando um definitivo e explícito ponto final. E, a gente precisa parar de carregar para dentro da gente o peso do outro, como se isso fosse normal, ou esperado ou fosse desumano não o fazer.

Se você estiver lidando com “gente buraco negro”, é preciso saber, quanto mais tempo você demorar para colocar limites, mais difícil será ter a sua vida de volta. Sim, porque quando menos você esperar, estará no fundo do buraco junto com o vampiro de emoções. E, claro que vai chover gente esperneando e dizendo que eu estou incentivando as pessoas a serem egoístas, individualistas e sabe-se lá mais o quê. Paciência!

Esse texto aqui, especificamente, é uma licença de alforria àqueles que vem sendo feitos de depósito de lixo mental e emocional alheios, àqueles que estão exaustos porque por mais que façam, nunca é o suficiente. Esse texto é para dizer o seguinte: essa situação só vai continuar se você permitir. Quer esteja você no lado do que abusa ou no lado de quem é abusado, quem tem que assumir a gravidade da situação e agir para transformá-la é você!

Criança saudável é espontânea, barulhenta, inquieta, emotiva e colorida!

Criança saudável é espontânea, barulhenta, inquieta, emotiva e colorida!

Por Raquel Aldana

Uma criança não nasce para ficar quieta, para não tocar nas coisas, ser paciente ou entreter-se. Uma criança não nasce para ficar sentada a ver TV ou a jogar no tablet. Uma criança não quer ficar quieta o tempo todo.

Crianças precisam se mover, navegar, procurar notícias, criar aventuras e descobrir o mundo ao seu redor. Elas estão aprender, são esponjas, jogadores natos, caçadores de tesouros.

Elas são livres, almas puras que buscam a voar, não ficar de lado. Não as façamos escravas da vida adulta, da pressa e falta de imaginação dos mais velhos.

Não as apressemos em nosso mundo de desencanto. Impulsionemos o seu sentimento de maravilha, garantindo-lhes uma vida emocional, social e cognitiva rica em conteúdo, perfume das flores, expressão sensorial, felicidade e conhecimento.

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O que acontece no cérebro de uma criança quando brinca?

Os benefícios das brincadeiras para as crianças estão presentes em todos os níveis (fisiológicos-emocionais, comportamentais e cognitivos), isso não é um mistério. Na verdade, podemos falar de múltiplas repercussões:

Regula o humor e ansiedade.

Promove atenção, aprendizagem e memória.

Reduz o stress, favorecendo a calma neuronal, bem-estar e felicidade.

Amplia a sua motivação física, graças à qual os músculos reagem impulsionando-as a brincar.

Tudo isso promove um estado ótimo de imaginação e criatividade, ajudando-as a apreciar a fantasia do que as rodeia.

A sociedade tem alimentado a hiperpaternalidade, que é a obsessão dos pais para que seus filhos tenham habilidades específicas para assegurar uma boa profissão no futuro. Esquecemo-nos, como sociedade e como educadores, que o valor das crianças não é definido por uma nota na escola e que com os esforços para priorizar os resultados, negligenciamos as habilidades para a vida.

“O valor das nossas crianças é que desde pequenas precisam que as amemos de forma independente, elas não são definidas pelas suas realizações ou fracassos, mas por serem elas mesmas, únicas por natureza. Quando somos crianças, não somos responsáveis por aquilo que recebemos na infância, mas, quando adultos, somos inteiramente responsáveis por corrigi-lo.”

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Simplificar a infância, educar bem

Dizemos sempre que cada pessoa é única, mas temos isso pouco interiorizado. Isso reflecte-se num simples facto: estabelecer um conjunto de regras para educar todos os nossos filhos.

Na verdade, esse é um equívoco generalizado que não é de todo coerente com o que acreditamos ser claro (que cada pessoa é única). Portanto, não é de se estranhar que a confluência de nossas crenças e ações resultem em confusão na criança.

Por outro lado, como afirma Kim Payne, professor e conselheiro estadunidense, estamos criando nossas crianças com excesso de quatro pilares:

Muita informação.

Muitas coisas.

Muitas opções.

Muita velocidade.

Impedimo-las de explorar, refletir ou aliviar as tensões que acompanham a vida quotidiana. Enchemo-las de tecnologia, brinquedos e atividades escolares e extracurriculares, distorcemos a infância e, o que é pior, impedimo-las de brincar e se desenvolver.

Hoje em dia as crianças passam menos tempo ao ar livre do que as pessoas que estão na prisão. Por quê? Porque nós as mantemos “entretidas e ocupadas” em outras atividades que acreditamos mais necessárias, tentando fazer com que permaneçam imaculadas e sem manchas nas roupas. Isto é intolerável e, acima de tudo, extremamente preocupante. Consideremos algumas razões pelas quais devemos mudar isso …

Higiene excessiva aumenta a probabilidade de que as crianças desenvolvam alergias, como mostra um estudo do Hospital de Gotemburgo, Suécia.

Não lhes permitimos desfrutar do ar livre é uma tortura que limita seu desenvolvimento potencial criativo.

Mantê-las “agarradas” ao telemóvel, tablet, computador ou televisão é altamente prejudicial para nível fisiológico, emocional, cognitivo e comportamental.

Poderíamos continuar, mas neste momento a maioria de nós já encontrou inúmeras razões pelas quais está destruindo a magia da infância. Como o educador Francesco Tonucci diz:

“A experiência das crianças deveria ser o alimento da escola: sua vida, suas surpresas e descobertas. O meu professor fazia-nos sempre esvaziar os bolsos na sala de aula, porque estavam cheios de testemunhas do mundo exterior: bichos, cordas, cartas… Bem, hoje devem fazer o oposto, pedir às crianças para mostrarem o que carregam em seus bolsos. Desta forma, a escola se abriria para a vida, recebendo as crianças com os seus conhecimentos e trabalhando em torno deles “.

Esta certamente é uma maneira muito mais saudável de trabalhar com elas, educá-las e assegurar o seu sucesso. Se esquecermos isso em algum momento, devemos ter bem presente o seguinte: “Se as crianças não precisam de um banho urgente, não brincaram o suficiente.” Esta é a premissa fundamental de uma boa educação.

Joe Webb: colagens cínicas sobre problemas crônicos do mundo atual

Joe Webb: colagens cínicas sobre problemas crônicos do mundo atual

Joe Webb é um artista gráfico inglês que, cansado das dependências da tecnologia, se voltou para a arte da colagem, uma técnica que ele descreve como “mais imediata e gráfica do que a pintura”.

Ávido colecionador de revistas antigas e artigos impressos, Webb utiliza recortes de material original esquecidos em sebos e livrarias para criar justaposições surreais, feitas à mão.

Combinando apenas dois elementos em cada peça a fim de reinventar o cenário inicial e criar uma narrativa, o trabalho de Webb lembra um pouco a arte surrealista de Tanguy e Magritte que, inclusive, são influências diretas para suas composições.

Webb coleta imagens antigas e faz edições nelas, transformando uma figura original em algo novo, particularmente surreal e com mensagens sociais impactantes.

O inglês começou a fazer essas colagens simples em reação a trabalhar como artista gráfico em computadores por muitos anos. Hoje um crítico ferrenho da tecnologia, ele procura se manter fora das mídias sociais o máximo de tempo possível.

Em seu site, ele escreveu o seguinte:

“Acho que me tornei bastante anti-tecnológico, embora eu agora promova minha arte em sites, tenha um iPhone e perfil no Facebook. É confuso, mas eu gostaria de ter nascido há 100 anos atrás.”

As colagens cínicas de Webb são feitas em seu estúdio, que fica no distrito de East Sussex. Milhares de pessoas ao redor do mundo compartilham seu portfólio artístico. O artista tem vendido sua arte para diversas galerias e revistas que aderem a seu estilo. Suas colagens e gravuras podem ser encontradas na galeria Saatchi, em Londres, e na revista Another Magazine, por exemplo.

Essas imagens artísticas de Webb fazem com que viajemos para meados da década de 50, quando o estilo vintage estava na moda. As colagens do artista parecem anúncios publicitários comuns daquela época, em sua forma estética, as quais constavam em revistas, jornais, panfletos e outdoors.

As obras de Webb exploram problemas crônicos de cunho universal, relações humanas e a interação do homem com o meio-ambiente por intermédio de técnicas de impressão meticulosas. Suas obras são instigantes, simbólicas e metafóricas, inspiradas em recursos visuais típicos de 60 anos atrás.

A artista Wangechi Mutu deu sua opinião sobre o trabalho de Webb. Ela disse:

“Joe Webb navega em uma paisagem rica com graça e humor, tornando agradáveis muitos passatempos visuais reconhecíveis. Ele joga com as colagens de uma forma que coloca diferentes eras no diálogo social, permitindo que personagens viajem para longe de suas raízes.”

Em suas colagens, o artista inglês aborda temas como guerra, aquecimento global, miséria, fome, desigualdade social, exploração trabalhista, examinando assim alguns dos inúmeros desafios de se viver no mundo moderno.

Abaixo estão as principais colagens cínicas de Joe Webb:

contioutra.com - Joe Webb: colagens cínicas sobre problemas crônicos do mundo atual

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10 coisas que você precisa começar a encontrar tempo para fazer

10 coisas que você precisa começar a encontrar tempo para fazer

Por Stephanie Gomes

A palavra “vida” é um substantivo com vários adjetivos. Alguns deles somos nós que determinamos: ela pode ser linda, incrível, bem aproveitada, apaixonante, feliz… Outros, são característicos e inalteráveis, funcionam igualmente para todas as pessoas. Um exemplo: a vida é curta. Curta, mas não insuficiente. Temos tempo o bastante para construirmos e vivermos uma vida que vale a pena.

É nessa hora que você diz: “mas eu não consigo encontrar tempo para nada!”. Tem razão. Tempo não se encontra, se cria. E se você não pretende se dar ao trabalho de criar tempo para viver a sua vida da forma que te faz feliz, qual a razão de viver? Se essa pergunta te toca e faz você sentir que precisa criar mais tempo para investir em sua felicidade, comece com o seguinte:

1) Dedicar-se ao que você ama

Este é o primeiro item da lista porque ele é, definitivamente, o mais importante. O que é realmente importante para você? Sua família, seus amigos, seu animal de estimação, sua casa, um grande projeto, seu hobby, algo que esteja tentando aprender, um objetivo… O que você ama de verdade? Tudo bem não amar todas as atividades que você faz (ninguém ama pagar contas, ir ao médico, acordar cedo…), mas não está tudo bem se você nunca tem tempo para aquilo que ama.

2) Planejar sua vida

É claro que muitas coisas boas surgem sem planejamento, de surpresa. Mas jogar a vida ao vento e esperar que ela te surpreenda trazendo tudo o que você sonha, sem tomar nenhuma atitude e fazer escolhas não é uma boa ideia. Tão importante quanto saber o que você quer é ter tempo para pensar em seus planos de ação. Ao contrário do que muitos pensam, planejamento não é perda de tempo. Quando você se planeja as coisas ficam mais claras, organizadas e possíveis. Fazer um planejamento é também uma ótima forma de encontrar motivação. Crie algum tempo para se planejar e vai ficar mais fácil partir para a realização.

3) Conectar-se às pessoas (não na internet!)

É muito importante saber ser feliz quando você está sozinho, mas isso não significa que isolar-se do mundo seja o ideal. Vivemos em sociedade e somos seres que precisam se relacionar com outros. É essencial para a felicidade compartilhar momentos, experiências e aprendizados e nós precisamos das outras pessoas para conversar, rir, desabafar, ter companhia… Sei que tudo isso pode ser feito pelo Whatsapp, mas nada se compara à conexão da presença. Comece a criar algum tempo para estar com sua família e amigos e você vai conseguir perceber por si só como isso é importante.

4) Olhar para dentro si

Ter consciência de suas emoções, sentimentos e desejos, sejam eles positivos ou negativos, bons ou ruins é, com certeza, a parte mais importante do autoconhecimento. Mas como chegar a uma conclusão certa sobre tudo isso? É simples, mas requer tempo para se dedicar a refletir e ser honesto com você mesmo. Desligue-se do mundo externo por algum tempo e olhe para si. Pergunte-se: eu estou bem? Qual emoção predomina em mim neste momento? Por que? O que fiz para estar assim? Estou no caminho certo ou preciso mudar algo? O que posso fazer agora? Parece simples demais, mas raramente nos damos tempo para fazer isso, e depois dizemos que não sabemos como buscar autoconhecimento. Arrume um tempo e comece por aí.

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5) Ter momentos de paz

Viver 24 horas por dia, sete dias por semana, 30 dias por mês envolvido com obrigações e atividades estressantes, e não ter nem um tempinho para relaxar e descansar a cabeça deixa qualquer um infeliz. É importante ter alguns momentos de desaceleração e reenergização todos os dias, senão a mente e o corpo não aguentam. Pelo menos uma vez por dia, apenas pare e faça algo que dê paz para o seu coração. Descubra o que funciona para você. Pode ser ficar em silêncio, deitar no escuro por alguns minutos, meditar, fazer yoga, caminhar, praticar um esporte, dançar, cozinhar… Encontre algo que te faça bem e coloque em prática.

6) Pensar

Acalmar a mente e diminuir os pensamentos é necessário, mas pensar também pode nos fazer muito bem. Quando bem usado, o pensamento tem poderes maravilhosos de melhorar a nossa vida e as nossas emoções. Sempre que tiver algum tempo livre e quiser refletir, faça isso de forma que te traga algum bem. Agradeça pelas coisas boas de sua vida, resgate boas memórias, pense em seus planos e sonhos, pratique pensamentos positivos… o que você quiser. Lembre-se: o pensamento tem poder. Vale a pena investir algum tempo para usá-lo a seu favor.

7) Fazer o que quiser

Sabe aquelas vontades que dão de vez em quando, e você não sabe de onde vêm, mas gostaria de realizar? De ver o seu filme favorito pela milionésima vez, de organizar suas coisas, de dar uma volta por aí, ouvir música, plantar bananeira, fotografar seu cachorro, desenhar, andar de patins, preparar brigadeiro… podem ser coisas bobas mesmo, mas é importante ter tempo para aproveitar a liberdade de escolher qualquer coisa para fazer, sem se preocupar com nada, só em ser feliz. Esse tempo dedicado às nossas vontades acabam muitas vezes sendo deixados em segundo plano, mas são importantes para que a felicidade das pequenas coisas esteja sempre presente.

8) Entretenimento enriquecedor

Conhecimento, aprendizado e crescimento são coisas que todas as pessoas passam a vida em busca, até mesmo os mais desinteressados. Atividades que expandam a mente e aumentem a cultura e o conhecimento são coisas que devemos fazer com o máximo de frequência possível. Se só pensar nisso não te dá vontade de criar tempo para enriquecer seus conhecimentos, pense na possibilidade de fazer isso com atividades que te dão prazer. Ler é uma delas, mas não é a única. Você pode assistir a filmes, séries e documentários de assuntos que acha interessantes, ir ao teatro, jogar um jogo ou ter experiências na prática. Arrume tempo e use a criatividade para se divertir e aprender.

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9) Tentar coisas novas

É claro que não há nada de errado em voltar várias vezes no seu restaurante favorito, repetir uma viagem que você amou ou gostar muito de ir a um mesmo lugar, mas experimentar coisas novas também é muito bom! Não seja apegado àquilo que você já conhece por medo de errar em novas tentativas. Vá sim muitas vezes aos lugares que gosta e faça de novo aquilo que você adorou fazer, mas invista tempo também em novidades. Sempre haverá coisas para você descobrir e dentro de você sempre há espaço para gostar de coisas novas. Não use todo o seu tempo dentro da sua zona de conforto, vá passear e se divertir fora dela também!

10) Realizar

Sonhar e planejar é muito bom, mas pode ser melhor ainda se incluirmos ação. Precisamos criar tempo para realizar nossos desejos e sonhos. Mesmo que não seja o quanto gostaria, o pouco que conseguir é muito precioso. Tempo, aliás, é o nosso bem mais valioso, portanto, quando usá-lo para algo que importa para você (e eu acredito que seus sonhos importem muito) dê tudo de si, faça com amor. Não deixe que seus objetivos parem antes da ação, encontre tempo para agir por eles. Dez minutos de dedicação por dia é muito mais do que nada.

Imagem de capa: KieferPix/shutterstock

Nota da CONTIoutra: os textos de Stephanie Gomes são publicados neste site com o conhecimento e autorização da autora.

contioutra.com - 10 coisas que você precisa começar a encontrar tempo para fazer
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Stephanie Gomes

Uma desassossegada de 24 anos. Paulistana, formada em jornalismo. 

Blog Desassossegada

Mando para o inferno? Devolvo na mesma medida? Sento e choro? 

Mando para o inferno? Devolvo na mesma medida? Sento e choro? 

Se há uma tarefa terrível, é a de aturar um mal humorado permanente, o que crê que a vida está sempre lhe devendo algo, que está dispensado de utilizar modos e comportamentos educados.

De primeira, a gente pondera, tira algumas conclusões, imagina alguma dureza que a pessoa passou ou está passando, e releva. E aí, toma outra patada, daquelas de ficar rodando até enjoar. O bico do sisudo começa a perder a graça.

O mal humorado é um sujeito que está se lixando para o mundo a sua volta. O mundo dele está desconjuntado e ele não quer nem saber se esbarrou, derrubou ou chutou o direito do outro de ser tratado com cortesia e cordialidade.

Ser contrariado e continuar de boa é um talento difícil de cultivar, mas muito gratificante.
Delícia é ver que o mau humorado é a outra parte. Melhor deixá-lo com seu drink de vinagre e resmungo infeliz.

Ruim, ruim mesmo é quando o mau humor contamina e passa. Aí chega a doer, porque ele vem com tudo, e traz de rodo todas as situações aturadas, toda a paciência dispensada, todos os foras e malcriações escutados. E quando esse bicho pega, ele gruda.
Desfazer um humor enfezado é difícil, é como se limpar de um óleo seboso que não quer desgrudar.

Melhor prevenir, sempre. Convidar a passar, abrir o caminho, estender o tapete, retribuir com um sorrisinho, mesmo que amarelo. Deixar o sujeito fazer o discurso da razão odiosa, xingar, espernear, rebolar, se exaurir. No meio do silêncio feito para o show de amargor, tem até chance de ele perceber o quanto está sendo inconveniente. E isso vai gerar mais mau humor ainda, mas é o processo.

Mas, e essa é a grande esperança, em algum momento ele vai se tocar, vai enxergar, vai ponderar. Se vai mudar, não tenho a menor ideia. Mas, me afogar na piscina de visgo, isso ele não vai!

Fique à vontade, mas fique com vontade!

Fique à vontade, mas fique com vontade!

Quantas e quantas vezes não nos perguntamos se o que está em nossas vidas seria mesmo essencial, se tudo aquilo faz parte de nós mesmos ou se apenas nos acostumamos, seja com o emprego, com o parceiro, seja com a moradia, com os amigos. Fariam realmente falta? Não conseguiríamos sobreviver de outra forma?

Costumamos nos sentir bem com aquilo que já está estabelecido, com o que não muda nem traz incerteza, pois o que é cômodo implica, aparentemente, conforto e segurança. Por essa razão, às vezes nem nos dispomos a refletir sobre o rumo que nossas vidas vêm tomando, resistente que somos a mudanças que nos abalem o que parece certo.

E assim seguimos trabalhando, morando junto, presos a rotinas imutáveis, vestindo as mesmas roupas, penteando o cabelo do mesmo lado, comprando os mesmos produtos, frequentando sempre os mesmos lugares. Mal percebemos o quanto esse conforto pode ser desconfortável, o quanto ele nos limita e nos paralisa, mantendo-nos presos no mesmo lugar, afastando-nos de novas experiências para além de seus limites.

Mesmo que possa não ser agradável, refletirmos sobre o que e quem mantemos em nossas vidas nos possibilita tomadas de decisão imprescindíveis ao nosso caminhar, pois não conseguiremos respirar tranquilos, caso não nos desfizermos de muito daquilo que carregamos inutilmente. Tentar olhar para nossas vidas, do lado de fora, como espectadores de nós mesmos, nos tornará mais certos quanto à utilidade das coisas e à qualidade das pessoas ao nosso redor.

Empurrar as horas enquanto trabalhamos, enquanto estamos ao lado de alguém, enquanto vivemos, enfim, faz muito mal, indica vida pela metade, felicidade sufocada, tristeza camuflada, amor fajuto. Significa que estamos ausentes de nós mesmos, passando pela vida mediocremente, sem sorver todos os sabores, sem ver todas as cores, sem alcançar tudo o que poderíamos, tudo o que se encontra à nossa disposição, o dia todo, todos os dias.

Na verdade, já temos dentro de nós todas as respostas de que precisamos. Sabemos muito bem o que nos incomoda, o que nos emperra, quem não nos completa, quem não acrescenta. É preciso, pois, cair fora de onde estamos acomodados desconfortavelmente, desprendendo-nos dos relacionamentos sufocantes, fugindo de gente falsa e de ambientes desarmônicos. Pois é, ser feliz requer uma coragem absurda…

Vaiar não é torcer. É querer ganhar no grito.

Vaiar não é torcer. É querer ganhar no grito.

Pergunte a qualquer especialista em esportes. Não há em nenhum regulamento, de nenhuma modalidade, qualquer linha que reconheça a vaia como “parte do jogo”, “estratégia de competição” ou “recurso utilizado para desequilibrar o adversário”, como querem os seus defensores. Logo, vaiar em competição esportiva não é torcer por um time. É atrapalhar o outro.

E não, não se trata da antiga “pressão da torcida”, tão consagrada entre nós. Quem faz esse tipo de comparação está sendo, no mínimo, desonesto. Na boa e velha participação da torcida, um grupo de torcedores pressiona seu time a ir em frente, dar o seu melhor, superar seus limites. Mas a nefasta inversão de valores transformou a prática legítima de torcer em um negócio desprezível e covarde: em vez de despertar as qualidades daqueles para quem eu torço, eu incentivo o pior daqueles para quem eu não torço. Pura e simples trapaça. Torcida contra a esse ponto é jogo baixo e sujo. Quem vaia o adversário não tem espírito olímpico. Tem espírito de porco. Nada além de palermas querendo aparecer, chamar atenção, entrar no jogo de qualquer jeito.

É tão engraçado. A gente aqui achando que os jogos no Rio de Janeiro ficariam marcados pelos desmandos nas obras, pelo superfaturamento, pela desorganização, pelas ações que escondem moradores de rua em abrigos compulsórios até os turistas irem embora. E olha só que coisa. Pagamos a boca!

As Olimpíadas no Brasil já entraram para a história por outro motivo: como as mais “barulhentas” de todas. É. Por conta sobretudo dos grupos que vão aos jogos vaiar os adversários como mulas no cio, como se isso fosse fundamental para a vitória dos atletas da casa.

E olha que eficiente a trabalheira do povo da vaia: além de não conseguir ampliar nosso baixíssimo quadro de medalhas, seremos reconhecidos no mundo por um duvidosíssimo espírito competitivo. Parabéns aos envolvidos!

Vaiamos a Argentina na abertura do evento, o hino de outros países estrangeiros, os atletas no tênis de mesa, os gringos nas provas de natação e de esgrima. Atrapalhamos francamente o desempenho alheio como se isso fosse bonito ou correto ou “parte da festa”. Em uma das partidas do vôlei de praia, aporrinhamos tanto as atletas tchecas a ponto de uma delas declarar à imprensa: “vocês acham que isso é patriotismo?”.

Não, minha senhora. Não é, não. A senhora está certa. Isso é falta de educação mesmo. Coisa de gente que não conhece os limites. E o pior, meia dúzia de cretinos, bobocas e mimados que acham bonito causar, atrapalhar, encher o saco e só representam o que este país tem de pior. Sinceramente, vão aqui minhas comovidas desculpas por esse povo.

Imagem de capa: REUTERS

O vietnamita que foi considerado um salvador de vidas.

O vietnamita que foi considerado um salvador de vidas.

Tong Phuoc Phuc é um vietnamita que há mais de 15 anos tomou para si o trabalho de sepultar apropriadamente todos os bebês que são abortados em uma clínica de sua cidade. Tudo começou em 2001, quando sua própria mulher ficou grávida. Juntos foram ao hospital e, durante todos os dias que estiveram esperando que o bebê nascesse, ele se deu conta que muitas outras mulheres grávidas entravam em um quarto e saíam sem seus bebês. – “Mas o que está acontecendo aqui?”, se perguntou.

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Depois de um tempo ele finalmente descobriu o que ocorria e ficou com o coração tão dilacerado que não conseguiu evitar o choro. A ideia de que crianças eram abortadas sem a mínima oportunidade de vir a este mundo lhe doía muito e, então, decidiu perguntar se talvez pudesse levar os corpos dos bebês mortos para, ao menos, lhes dar um enterro apropriado.

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O ex-trabalhador da construção civil pegou suas economias de anos e comprou um terreno no topo de uma colina chamada Hon Thom, na cidade de Nha Trang, no sudeste do Vietnã, e começou a sepultá-los, um por um, como correspondia.

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No princípio, sua mulher achou que ele havia enlouquecido, mas Tong não renunciou a sua tarefa auto-imposta e desde então este homem sepultou mais de 10.000 bebês.

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No entanto, o que ninguém sabia até então, era sua verdadeira intenção: gerar consciência para salvar a vida dessas crianças. Dizem que seu cemitério não é só um lugar de tristeza, senão que um jardim feito para tocar o coração das mulheres que estão duvidando de suas gravidezes.

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Assim, as mães que não tinham os meios para dar a luz, foram se aproximando de Tong em busca de ajuda. O homem passou de ser um cavador de sepulturas infantis, a um salvador de vidas.

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O que ele fez? Começou a adotar as crianças com a ideia de que, quando as mães possam (arrumem um trabalho, aceitação da família, etc.), venham buscá-los para então criá-los com dignidade. E, se não retornarem, ele mesmo cria e educa. Hoje em dia, Tong alberga mais de 100 crianças em seu lar.

contioutra.com - O vietnamita que foi considerado um salvador de vidas.

Como não é possível lembrar o nome de todos, ele inventou uma forma fácil de chamá-los. Os meninos são chamados de Honra, e as meninas, Coração. No entanto, este pai não trata as crianças como se fossem a de um lar adotivo, ele os vê realmente como seus próprios filhos.

contioutra.com - O vietnamita que foi considerado um salvador de vidas.

Criar e cuidar de crianças é obviamente uma enorme tarefa, mas Tong ama seu papel de pai.

contioutra.com - O vietnamita que foi considerado um salvador de vidas.

“Continuarei este trabalho até o dia que morra, e espero que meus filhos sigam fazendo o mesmo uma vez que eu já não esteja neste mundo”, assinalou este incrível e bondoso ser humano.

Matéria original: Metamorfose Digital

Acredite, a vida só dá aquilo que a gente consegue carregar

Acredite, a vida só dá aquilo que a gente consegue carregar

Imagine que um dia, ao acordar, você encontre em sua cabeceira um rechonchudo envelope com uma mensagem. Dentro desse envelope, em letras garrafais, toda sua vida futura está descrita em detalhes, sem confetes ou enfeites, com todas as alegrias e tristezas, com todos os acertos e equívocos, com todas as expectativas e decepções.

Então, você lê e relê a carta com bastante atenção e, com certeza, levanta arrasado da cama. Levanta querendo sumir desse planeta para um outro onde não consiga se lembrar das previsões ruins da carta.

Tudo tem seu tempo e é nesse tempo que aprendemos as nossas mais preciosas lições. Com a fraqueza valorizamos a força, com a doença entendemos a importância da cura, com a ruptura nos é ensinado o valor do perdão e do recomeço.

No filme “Dezesseis Luas” o personagem Ethan vai até a casa da nova aluna de seu colégio, Lena, e lá conhece o tio da moça, Macon, um homem enigmático que sentado ao piano pergunta ao jovem quais são seus planos para o futuro. Em pouco tempo, como se hipnotizado, Ethan fala de sua vida toda, a qual terminaria com ele varrendo a calçada de um bar. Uma vida marcada por desencontros e desilusões é o que sai da boca do rapaz. Logo depois ele sai do transe e esquece tudo que disse.

O filme não é um exemplo, pois extrapola na previsão do pior, mas mostra como em determinados momentos ainda somos imaturos para lidar com questões difíceis, questões que poderiam ser superadas em outro ponto da vida. Se ele se lembrasse do que disse com certeza sairia correndo, desnorteado, sem olhar para trás.

Dessa forma se por ventura algo está acontecendo em nossa vida, algo pelo qual não esperávamos, certamente essa situação veio no momento certo, pois somente agora estamos preparados para passar por ela.

Acredito que a vida nos dá apenas aquilo que podemos carregar. Muitas vezes olhamos para trás e pensamos “Nossa, foi difícil”. Contudo, superamos e cá estamos. A mesma coisa podemos dizer para coisas muito boas. Precisamos ter maturidade para aceitá-las também.

No bom ou no ruim é a maturidade emocional que nos fará continuar em frente. Cada coisa a seu tempo pode nos guiar para o melhor. Imagine se aos cinco anos você soubesse de todas as coisas pelas quais passou até agora? Certamente teria perdido noites de sono preocupado não com o bicho papão, mas em como se preparar para o futuro. Entretanto no decorrer da vida imprevistos surgiram, assustaram, deixaram lições, exigiram bastante, mas passaram.

A vida é como é, na hora certa, na medida certa, no ponto exato. Flores nascem em fendas do asfalto, contrariando todas as probabilidades, guiadas por sua natureza instintiva de resistir e florir.

Só depende da gente acreditar no melhor, acreditar que merecemos vencer as dificuldades tirando delas lições para a vida. O ruim, se vier e quando vier, certamente acontecerá quando formos grandes o bastante para lidarmos com ele. O bom também.

Tudo passa e é para frente que a gente vive. Sem previsões futurísticas detalhadas, mas com a certeza de que podemos muito mais do que pensamos poder.

Acompanhe a autora no Facebook pela sua comunidade Vanelli Doratioto – Alcova Moderna.

É possível prevenir a depressão?

É possível prevenir a depressão?

A OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou que a depressão, provavelmente, será a doença mais comum em 2030. Existem diversas definições para a depressão em inúmeros segmentos da medicina, não é minha intenção neste texto criar mais uma, apenas vou lhe apresentar uma definição segundo a psicologia analítica comportamental.

Para a psicologia analítica comportamental a depressão é um conjunto complexo de comportamentos emitidos por uma pessoa na interação com seu ambiente, ou seja, é a maneira de interagir com tudo ao seu redor, inclusive e principalmente com as pessoas. Essa interação é marcada por comportamentos denominados depressivos, como por exemplo : choro constante, irritabilidade, alta incidência de reclamações, pouco ou nenhum convívio social, dentre outros.

Por que uma pessoa passa a emitir comportamentos depressivos?
Podemos levantar algumas hipóteses acerca de como uma pessoa pode ter passado a comportar-se de maneira depressiva e o porquê desses comportamentos permanecerem ao longo da vida. Gosto de lembrar que todo caso é único e por isso precisa sempre ser analisado cuidadosamente, porém a literatura nos oferece uma gama de possibilidades a serem investigadas, vamos à elas:

– Redução ou pouco convívio social.
O convívio social é fundamental para que aprendamos infinitas possibilidades de repertório comportamental. Através do convívio com outras pessoas conhecemos diferentes maneiras de encarar a vida, aprendemos com exemplos como resolver nossos problemas, aprendemos também a quem recorrer diante de dificuldades, aprendemos com o outro possibilidades de um viver diferente do nosso.

Quando uma pessoa passa a isolar-se sinaliza que antes o que era prazeroso no convívio com pessoas deixou de ser , esse comportamento precisa ser investigado, algumas perguntas podem ajudar nessa investigação: -O que as pessoas estão dizendo a mim que tem me deixado mal e tem feito com que eu me afaste? Mas como eu tenho me comportado na presença dessas pessoas? Minha presença é agradável e atrai outros ou minha presença é aversiva e tem afastado as pessoas de mim?

Perceba que a interação com o ambiente é uma via dupla? É vai e vem, como você se comporta interfere e como os outros respondem também.

– Redução de atividades do dia a dia
Fazer atividades prazerosas aumenta a probabilidade de continuarmos fazendo tais atividades, pois nos sentimos bem ao fazê-las. Quando uma atividade deixa de ser prazerosa, devemos buscar outra e assim por diante.

Uma pessoa que não é capaz de encontrar outras maneiras de interagir (por falta de repertório comportamental) tende a ficar cada vez mais “parada” em casa ou numa rotina casa, trabalho, casa, trabalho….

O cultivo de uma variedade de fontes de reforçamento ou atividades reforçadoras, seria uma boa prevenção da depressão, em outras palavras, mexa-se , explore lugares, conheça pessoas, aprenda uma atividade nova, ficar parado é um fator de risco para a depressão.

-Perdas
Nosso ambiente é recheado de reforçadores, são relações, pessoas, até mesmo objetos, que reforçam nosso comportamento , nos deixam felizes e nos fazem sempre querer repetir um comportamento em relação a algo. Uma pessoa reforçadora, te deixa tão bem quando você está perto dela que você quer repetir sempre o comportamento de estar junto a ela.

Quando perdemos nossos reforçadores, perdemos também o que fazíamos na presença dele, deixamos de nos comportar, porque a pessoa não está mais lá ou não há mais um emprego, não há mais uma casa…

Perdas importantes costumam ser potencializadoras de comportamentos depressivos,nesses casos é preciso encontrar outras fontes de reforçamento , quanto mais, melhor.

-Histórico de punição prolongado
Depressão crônica pode ser comum a pessoas com histórico de punição prolongada, alguns exemplos são pessoas que sofreram abuso físico ou sexual, pais excessivamente críticos ou exigentes, etc.

Pessoas com esse tipo de histórico podem se tornar excessivamente defensivas, ou até mesmo punidoras de outros, pois aprendeu a punir ao ser punido e pode não saber como conseguir o quer de outra maneira.

Aprender que existem alternativas à punição é um fator importante para quebrar o círculo vicioso.

Estes são alguns fatores que podem desencadear o comportamento depressivo, perceba você que quando citei comportamentos que levam uma pessoa a emitir comportamentos depressivos implicitamente mencionei atitudes que podem prevenir a depressão, vamos recapitular de maneira bem simples:

Para evitar que a depressão se instale devemos procurar sempre manter um convívio social vasto, locais diferentes, grupos de pessoas diferentes. Prestando sempre atenção se somos uma pessoa agradável, se estamos atraindo pessoas para perto ou repelindo –as com nossas atitudes, lembre-se o mundo já esta repleto de chatos, se sua companhia for agradável estará sempre rodeado de pessoas.

Procure fazer atividades prazerosas, mais uma vez eu repito, quanto mais, melhor. Amplie seus comportamentos, aprenda coisas novas todos os dias, conheça novos lugares sempre que possível, e isso inclui aquela visita a casa de um amigo que você prometeu já tem um tempo. Assuma compromissos com as pessoas, ajude pessoas, se disponha a ensinar algo a alguém. Seu emprego está desanimador , reflita como você pode mudar seu ambiente para que ele te dê mais prazer. Atue sobre o mundo , você o transformará e ele a você.

Se você não estiver conseguindo sozinho, busque ajuda profissional, em psicoterapia, um bom profissional irá encontrar com você o que o está mantendo depressivo.

Reconhecer o brilho alheio é uma forma muito especial de brilhar

Reconhecer o brilho alheio é uma forma muito especial de brilhar

Por Sílvia Marques

O brilho das coisas não está realmente nas coisas em si, mas no valor que atribuímos a elas. Somos nós que significamos as pessoas , os objetos , as relações , os lugares , as profissões. O que é liberdade para uns, é solidão para outros. O que para uns é um relacionamento afetuoso, para outros é um relacionamento sufocante. O que pode ser um trabalho instigante para alguns , pode ser muito estressante para outros. O que pode ser considerado tranquilo para algumas pessoas , pode ser visto como tedioso por outros.

Um artigo hoje me inspirou a escrever o atual post. O artigo define o conceito de humildade , diferenciando-a de baixa autoestima. Sim, ser humilde não significa se depreciar. Ser humilde significa reconhecer as próprias virtudes e os próprios defeitos. Mais do que isso: é reconhecer o brilho alheio. É entender que por mais brilhantes que sejamos, as outras pessoas também brilham, também realizam, também fazem coisas importantes.

Valorizar as próprias conquistas , sentir-se feliz por ter construído uma boa carreira , uma boa vida social é um direito de cada um de nós. O problema é não conseguir aceitar que as outras pessoas também realizaram coisas importantes , que as outras pessoas também superaram dificuldades, que também se aprimoraram em algum sentido.

Todo aquele que fica jogando purpurina em cima de si o tempo todo como se fosse melhor do que as outras pessoas acaba virando uma companhia chata. Admitir determinadas virtudes em contextos específicos , ok. Às vezes , faz sentido ressaltarmos alguma qualidade positiva. Mas quem tem a mania constante de se auto elogiar e ignorar o que os outros fazem de bom, vai repelindo as pessoas, sem muitas vezes se dar conta.

Cada pessoa valoriza mais algum setor da vida. Algumas pessoas investem mais na carreira. Outras , na vida familiar. Existem ainda aqueles que querem amor acima de tudo. Existem também os que preferem passar por experiências, estudar , viajar , se conhecer melhor , ter tempo livre.

Quando investimos naquilo que valorizamos e obtemos bons resultados , temos a tendência de achar que as conquistas realizadas pelas outras pessoas , em outros setores da vida , são menos importantes do que as nossas. Se alguém luta para ter filhos e consegue, acho que pessoas sem filhos são infelizes. Mas de repente , para estas outras pessoas ter filhos não era o primordial.

Se alguém luta para ter uma vida materialmente boa , não consegue entender que outras pessoas preferem viver com menos dinheiro e mais tempo. O inverso também ocorre. Quem prioriza liberdade e tempo livre tem dificuldade para compreender a dinâmica de vida de alguém que aspira por status material.

Algumas pessoas tem um olhar mais romântico sobre o casamento. Outras , mais racional. Existem aqueles que não acreditam em nenhum tipo de casamento. Enfim, julgar o sucesso e a felicidade do outro por meio dos nossos valores e prioridades pode ser bem limitador.

O brilho das coisas não está realmente nas coisas em si, mas no valor que atribuímos a elas. Somos nós que significamos as pessoas , os objetos , as relações , os lugares , as profissões. O que é liberdade para uns, é solidão para outros. O que para uns é um relacionamento afetuoso, para outros é um relacionamento sufocante. O que pode ser um trabalho instigante para alguns , pode ser muito estressante para outros. O que pode ser considerado tranquilo para algumas pessoas , pode ser visto como tedioso por outros.

Enfim, é a própria pessoa que pode definir se tem uma vida de conquistas , se tem uma vida feliz. E faz parte da dinâmica emocional de qualquer pessoa , independente dos seus valores e prioridades , aceitar o brilho alheio, se comprazer com aquilo que o outro realizou e o faz feliz. Desmerecer uma conquista alheia , diminuindo o mérito do outro , por falta de alteridade ou por inveja mesmo, apequenas todas as outras realizações maravilhosas que a pessoa fez.

Fonte: Obviousmag

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