Amor virou troco em vez de troca

Amor virou troco em vez de troca

Presencio diariamente a renúncia do amor e o que poderia ter sido. Já não escolhemos os próximos passos do coração baseados em sentimentos. Hoje em dia, tudo é por afinidades e egos. O romantismo de outrora deu lugar para o pragmatismo emocional. Quer? Não quer? Demorou demais, tchau. Próximo (a). E assim vivemos na superficialidade. Teóricos como Zygmunt Bauman procuraram explicar esses relacionamentos líquidos, onde, perante tantas escolhas, a sensação da paz de estar ao lado de alguém fica em último plano no caso do parceiro (a) não atender os pré-requisitos. Talvez estejamos vivendo tempos dos quais romancizar o amor seja clichê e irreal. Talvez, dispersos por tantas bocas e sexos dobrando em cada match, realmente seja antiquado demais imaginar o sossego do coração pausado. Ou nem isso. De repente, estamos apenas reproduzindo todo o ideal romântico dos grandes amores, bem assim, para tudo e todos, na esperança vã de sermos correspondidos à altura.

Por outro lado, essa substância poética mostrada nos filmes e nas canções seriam, nada mais, que válvulas de escape que sequer acreditamos. Ou que merecemos. O amor pode estar morto, de fato. Pelo menos naquilo que diz respeito ao encontro do outro. Mantemos a energia do carinho somente para a família, trabalho e outros deveres, círculos e prazeres precisos. Mas para somar com alguém? Pra quê? Há coisas mais importantes para lidarmos. Lacunas emocionais podem ser curadas em sessões, leituras e gestos mais. Na pior das hipóteses, um match aqui e outro ali e fica tudo certo. E se nem isso der, estacionamos do lado de alguém aberto demais para perceber a diferença entre carência e amor real. Manipulamos através do ego, percebe? O amor virou moeda de troca, ou melhor, virou troco. E isso é triste. Deixa qualquer resquício do sonhar de lado. É rasteira certa quando você estava ali, suspirando e acreditando.

Mas não adianta. Mesmo depois de tantos percalços e sortes duráveis, jogamos no time dos românticos incuráveis. Não somos os últimos, porque assumir isso seria o início de nossa extinção. Só vende o amor que dura ciclos. Quando ele vislumbra continuidade, quase ninguém quer saber. Lutamos contra a maré. Damos de cara na porta. Noutras, até damos no pé. Por ter feito mal, por não ter acrescentado nada. E continuamos. Amamos. Não entramos em disputas ou contamos o placar. Não precisamos do outro alguém só por momentos de gozo. Não esquecemos de nos amarmos. Queremos simplesmente o amor inteiro. A parceria do que seria de nós sem nós. Se não for para vivermos de amor, pedimos a conta.

Para morrer, basta estar vivo. Para viver, não.

Para morrer, basta estar vivo. Para viver, não.

A morte não manda recado. Não pede licença. Não respeita ordem cronológica. Não respeita ordem alguma. É surpreendente. Intensa. Arrebatadora. Ladra de possibilidades. Ladra de futuros. Ladra de almas. Almas que quase nunca estão preparadas para serem roubadas, não importa a idade que seus corpos tenham.

Não sei se por vontade própria ou se por egoísmo de seus corpos aprisionadores, mas as almas insistem em ficar. Lutam pela vida até o fim. A morte, a alma, a pessoa… É desse perigo constante que a vida é feita.

A morte é matreira. Está sempre por perto, buscando uma oportunidade, um deslize. É tão delicada a fração de segundos em que tudo o que era passa a não ser… Num piscar de olhos, todo o futuro fica preso num presente doloroso que logo será passado. E é cruel saber que o tempo não regride. Não há como corrigir.
Não há negociações! O que está feito, está feito! É preciso ter cautela antes de agir. A prevenção é inimiga da morte.

Para morrer, basta estar vivo. Para viver, não. Para viver, estar vivo não é o bastante. Para viver é preciso estar atento. É preciso enxergar-se. Amar-se. Cuidar-se. É preciso trabalhar com prazer. É imprescindível vivenciar momentos de qualidade com pessoas queridas frequentemente.

É vital abraçar. Sentir-se querido e querer bem. É extremamente necessário fazer planos. E também traçar metas para alcançá-los. E seguir as metas. E saborear a delícia da conquista. E planejar de novo e de novo. E sonhar acordado. Ter orgulho de si mesmo. E compartilhar com o mundo a melhor parte de si. E evoluir. E aprender algo novo. Ajudar. Doar-se. Diminuir o sofrimento alheio. E sorrir. Rir sempre. Espalhar sorrisos. E fazer a diferença.

Se não for assim, nem vale a pena brigar tanto com a morte. Acho que nem ela entra na briga se não houver o que roubar…Talvez por isso digam que “vaso ruim não quebra”. Talvez por isso os bandidos permaneçam vivinhos da silva enquanto muita gente boa se vai.

A morte não se beneficia com mortos-vivos. Ela desiste deles. Sendo assim, não quero que a morte desista de mim. Quero apenas aprender a despistá-la por enquanto. Quero que ela tenha o que roubar, mas quero (mais do que tudo) saber me defender. E quando ela ousar tentar uma aproximação, desejo que minha alma mereça me pertencer e queira ficar. Já consegui isso uma vez.

Sei que não dá para enganar a morte eternamente, mas primeiro vou mostrar ao mundo o que eu vim fazer aqui. Depois aceito conhecer o que ela tanto quer me mostrar no lado de lá… O que até me atrai, porque do lado de lá deve estar Deus.

Eu mereço tudo o que desejo e ninguém vai me dizer o contrário

Eu mereço tudo o que desejo e ninguém vai me dizer o contrário

Precisamos saber quem somos e também quem desejamos ser no futuro, pois isso é necessário para nos construirmos como pessoas. Parece um problema de fácil resolução, mas é muito complicado simplesmente descobrir o que queremos fazer da vida e começar a colocar as coisas em prática para chegar até lá. Para conseguir o sucesso, sem dúvidas é necessário ter metas a alcançar. Acredite! O que merecemos logo vai chegar.

“Nunca deixe que alguém te diga que você não pode fazer algo. Nem mesmo eu. Se você tem um sonho, tem que protegê-lo. As pessoas que não podem fazer por si mesmas dirão que você não consegue. Se quer alguma coisa, vá e lute por ela. Ponto final.”
-Filme: À Procura da Felicidade-

Só eu sei o que mereço

Ninguém vai me conhecer melhor do que eu mesmo: somente eu sei o que vivi. Esse é o motivo pelo qual sempre peço que não me julguem. As experiências pelas quais passei são únicas e só minhas!

Quando a gente consegue se conhecer um pouquinho que seja, começa a estabelecer prioridades e agir conforme cada uma delas; marcamos os limites e descobrimos que gostamos de algumas coisas e odiamos outras. A partir desse momento, sabemos que precisamos aproveitar a vida ao máximo e que, quando nos permitimos merecer as coisas, acabamos atraindo tudo aquilo que precisamos.

Preciso daquilo que mereço e só posso consegui-lo depois de me dar a oportunidade de acreditar. Não quero na minha vida ninguém que me faça acreditar que eu não estou à altura das coisas que desejo. Quero aproveitar meus sonhos e ser grata pela vida!

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Mereço tudo o que desejo

Você provavelmente já ficou várias vezes com a autoestima lá embaixo porque as pessoas acabaram criando toda uma situação para que isso acontecesse — muitas vezes elas conseguem nos deixar desanimadas sem nem mesmo tentar. Temos que aprender, o quanto antes, a nos permitirmos ser tudo o que podemos e queremos ser.

Diante das situações ruins, já pensamos e ouvimos — centenas de vezes — frases como: “Não mereço isso”, “Não preciso passar por isso”, “Não fiz nada para que isso acontecesse” etc. Porém, e se a verdadeira pergunta for: “Onde fica o limite entre aprendizagem e dor excessiva?”

Sempre tive a certeza de que é bem melhor olhar para as coisas do ponto de vista daquilo que estamos permitindo: se permitimos que algo que não acreditamos merecer acabe nos desgastando, estamos apoiando a ideia dessa falta de merecimento; e todos estamos aqui nessa existência para garantir que vivamos cada dia como realmente queremos.

Se me faz feliz, é ideal para mim

Não me conformo com as insuficiências da vida. Não aceito receber menos do que aquilo que realmente mereço. Não me contento com pouco: não quero o mais bonito do mundo, quero apenas as pessoas e as coisas que tornem o meu mundo mais bonito. Não preciso de alguém que me faça sentir o contrário.

Tudo bem que muitas vezes acabamos ficando cegos e enxergamos apenas o que está na superfície. Por exemplo: você está num relacionamento amoroso, mas familiares e amigos não conseguem aceitá-lo por pensar que você merece coisa muito melhor do que aquilo.

contioutra.com - Eu mereço tudo o que desejo e ninguém vai me dizer o contrárioNesses casos, a gente acaba se fechando para o mundo e não querendo escutar ninguém. No entanto, é muito importante ouvir as pessoas que nos amam de verdade, pois elas só querem o nosso bem. Por outro lado, nunca se esqueça da possibilidade de a inveja estar dando as caras.

“E seja feliz.
Mas não por ninguém.
Nem mesmo por alguma coisa.
Talvez com alguém.
Nada disso;
seja feliz porque, no fim das contas, isso é o que você merece.”

-Loreto Sesma-

Antes de qualquer coisa, preciso pensar o seguinte: é importante que eu seja feliz para que as pessoas ao meu redor também sejam felizes. Eu tenho que lutar pelo que mereço. Se me faz feliz, é ideal para mim!

Fonte: A mente é maravilhosa

Globalitarismo: Milton Santos dialogando com Orwell, Huxley e Baudrillard

Globalitarismo: Milton Santos dialogando com Orwell, Huxley e Baudrillard

Milton Santos certa feita disse: “Vivemos num mundo confuso e confusamente percebido. Haveria nisto um paradoxo pedindo uma explicação?”. De fato, vivemos em um mundo confuso, uma vez que a realidade apresentada não corresponde à realidade, o que, por conseguinte, leva a formação de vários paradoxos inerentes aos nossos tempos, os quais ganham ainda mais campo na medida em que se observam pessoas confusas, ou como prefere Milton, “com os espíritos confusos”, tentando compreender tamanhas complexidades.

O mundo contemporâneo foi erigido, ou mais adequadamente ao real, anunciado sob o pilar da liberdade, em que esta possibilitaria a construção de um mundo mais heterogêneo, no qual o povo possuiria voz. O discurso da liberdade se consolida com a globalização e a dita aproximação dos mercados.

Entretanto, o que observamos é que o processo globalizante tem tentando atenuar as diferenças entre as regiões, a fim de criar uma homogeneização cultural capaz de estabelecer uma uniformidade a serviço dos atores hegemônicos. Ou seja, busca-se uma massificação por meio do consumo, para que a classe dominante, diga-se de passagem, uma parcela mínima do globo, seja beneficiada, enquanto as diferenças não são respeitadas e as desigualdades sociais aumentam.

Desse modo, a liberdade, a qual é tida como princípio maior da sociedade moderna, foi e é completamente tolhida para que haja uma padronização do comportamento que torne mais fácil o controle do povo por parte dos tiranos em seu modelo de globalitarismo. Milton considera dois elementos como imprescindíveis à formação do modelo ditatorial que se instalou, a saber, a tirania do dinheiro e a tirania da informação.

De um lado a tirania do dinheiro transformou o mundo em uma grande linha de produção, em que todos devem sempre produzir mais para que não sejam engolidos pela competitividade. O indivíduo convertido no apêndice dos meios de produção e regido pelo relógio moral da máquina, isto é, o “animal laborans” deve necessariamente estar condicionado à competitividade, não o permitindo, portanto, se desvirtuar das regras do jogo, já que isso significaria o consequente fracasso. Além disso, ao não estar adequado ao sistema, o indivíduo não terá os meios necessários para gozar das maravilhas oferecidas pelo capitalismo globalizado.

De outro lado, a subserviência à tirania do dinheiro só se tornou possível em função da tirania da informação, que possibilitou a difusão, para o mundo, de um sonho comum através de um modelo único que possui como meta absoluta o consumo. Cria-se, assim, uma fábula de inclusão e conexão, além, obviamente, de construir a fantasia de um modelo de mundo que permite a felicidade da ampla maioria das pessoas, como se todos estivessem com um tênis Nike, uma calça jeans e uma camiseta Lacoste circulando de mãos dadas em um Shopping Center à procura de um McDonald’s.

Esse mundo construído pela mídia é o que Milton chama de globalização como fábula e que, consequentemente, permitiu a tirania do dinheiro por meio da transformação da vida em uma grande linha de produção voltada para o consumo. Vale ressaltar que a criação dessa base ideológica depende da repetição das ideias, a fim de que estas sejam internalizadas como verdades, o que lembra Huxley no seu Admirável Mundo Novo, ao dizer que – “Sessenta e duas mil repetições criam uma verdade”. Em outras palavras:

“Este mundo globalizado, visto como fábula, erige como verdade um certo número de fantasias, cuja repetição, entretanto, acaba por se tornar uma base aparentemente sólida de sua interpretação.”

Sendo assim, há de se considerar, ainda nesse processo, que a manipulação das informações por parte da classe hegemônica constitui um fator perverso, dada a essencialidade das informações na vida social, sobretudo, pelo fato destas antecederem uma parte substancial das ações humanas, inclusive, o consumo. Posto isso:

“Não é de se estranhar, pois, que realidade e ideologia se confundam na apreciação do homem comum, sobretudo porque a ideologia se insere nos objetos e apresenta-se como coisa”.

Ou seja, o controle da informação por um grupo seleto de pessoas interessadas em manter o “establishment”, distorce a realidade, criando um mundo fantasioso, uma hiper-realidade criada a partir dos elementos sígnicos oferecidos pela mídia, para lembrar Baudrillard ou as verdades do “Partido”, que nesse caso não é só político, mas político-empresarial, para lembrar Orwell, já que quem controla a informação acaba por controlar a própria história.

Diante desse globalitarismo, de uma vida padronizada, controlada, voltada para o consumo e, consequentemente, do enriquecimento dos mais ricos e empobrecimento, cultural, inclusive, dos mais pobres, não existem possibilidades, pelo menos “explícitas”, de saída do indivíduo do modelo estabelecido, posto que a atual globalização:

“[…] aponta-nos para formas de relações econômicas implacáveis, que não aceitam discussão e exigem obediência imediata, sem a qual os atores são expulsos da cena ou permanecem escravos de uma lógica indispensável ao funcionamento do sistema com um todo”.

Assim, há uma supressão quase que completa do conhecimento real do que é o mundo para em lugar do conhecimento, haver a adequação em escala global ao sistema ideológico, a fim de que todos permaneçam na caverna contentando-se com meras sombras. O ser humano nesse modelo de globalização se transforma em um número que faz parte de estatísticas apresentadas no PowerPoint. Isto é, alguém a ser conquistado, padronizado, homogeneizado, massificado, robotizado, ou melhor, transformado em um zumbi consumista adequado a uma existência matematizada baseada em um sistema de vigilância e punição para os inadequados, atrasados e impuros necessitados da unção do mercado.

Embora existam instrumentos técnicos capazes de proporcionar uma “Outra Globalização”, aliás, como nunca houve na história, estes se transformaram em ferramentas políticas para a aplicação de uma globalização perversa que se utiliza de informações ideologizadas para criar um exército de pessoas iguais, preocupadas tão somente em produzir e consumir, estando, desse modo, totalmente alienadas ao mundo de fome, guerras e morte que as cerca.

Um exército preocupado apenas em gozar do “paraíso” anunciado na terra, ainda que, como no paraíso bíblico, não possam comer do fruto proibido, sendo que no caso terreno, este representa a liberdade prometida em um certo 14 de julho, a qual libertará os homens das vendas que os impedem de enxergar as grades de dor, morte e perversidade que cercam o seu paraíso global. Cabe aos homens lutarem por esse fruto.

Às vezes, a vida não pede escolhas e sim renúncias

Às vezes, a vida não pede escolhas e sim renúncias

Sempre teremos escolhas a serem feitas bem à nossa frente, diariamente, o tempo todo. São muitas as oportunidades e as opções que se descortinam ao longo da vida, sendo elas que determinarão a qualidade de nossa jornada, de nossas amizades, dos amores que nos acompanharão mundo afora. No entanto, muitas vezes, o que nos tornará mais felizes e aptos a manter nossos passos tranquilos e serenos serão as renúncias que faremos, exatamente o que deixaremos para trás.

Nem sempre poderemos levar conosco tudo o que pretendemos, todos de quem gostamos, tendo que, em vários momentos de nosso caminhar, optar por desistir do que parecia vital, mas, na verdade, não o era. Renunciar é deixar de escolher, é escolher pelo não, é tirar do leque de alternativas aquilo que não pode, não deve. Não é fácil, nunca será, mas desistir de algo que emperra e de alguém que inclusive já desistiu de nós e de si mesmo tornará nossa vida mais leve.

Teremos que renunciar a noites de diversão, a baladas com amigos, a tardes ociosas à beira da praia. Teremos que renunciar ao celular mais novo, ao carro do ano, às roupas da estação, à viagem de férias. Renunciaremos a ofertas de emprego, a oportunidades de estudo, a mudar de casa, de cidade, de país. Renunciaremos a antigas ideias, a planos, a sonhos, a amores, a amizades, a aventuras furtivas. Seja por amor ao parceiro, aos filhos, para salvar um relacionamento, um lar, seja para salvar a nós mesmos.

Tão penoso quanto renunciar é o que vem depois, aquele futuro em que nos encontraremos questionando a nós mesmos se fizemos o certo, se poderia ter sido melhor de outra forma, em outro lugar, com outras pessoas. Inevitavelmente carregaremos algumas dúvidas quanto ao que estamos fazendo de nossas vidas, porque somos humanos falíveis e estaremos sempre rodeados de outras formas de se viver que não a nossa.

No entanto, caso estejamos junto a quem amamos e nos ama de verdade, respirando a serenidade de vivermos aquilo que somos, de acordo com o que acreditamos, teremos a certeza de que trilhamos o melhor que a vida nos ofereceu. As dúvidas virão, bem como alguns arrependimentos, pois não acertaremos o tempo todo. Mas podermos conviver serenamente com o resultado de nossas escolhas e renúncias sempre será melhor do que viver uma vida sozinha porque só pensamos em nós mesmos e em mais ninguém. Vivamos, enfim.

A sorte de ter a mãe e a amiga na mesma mulher

A sorte de ter a mãe e a amiga na mesma mulher
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Se eu não tivesse você como mãe, certamente a teria escolhido como amiga.

Você esteve ao meu lado em todos os meus momento, ensinando-me as coisas bonitas dessa vida e me preparando para enfrentar os desafios que dela possam vir. Você me ofereceu o seu colo quando eu não tinha mais para onde ir, enxugou as minhas lágrimas e ficou ali em silêncio, como quem quer apenas estar presente. Como quem despende o seu tempo para ser apoio, para ser abrigo.

Na calada da noite, nas madrugadas frias, você esteve lá com o coração partido, ouvindo-me chorar. Então, você acordou e me fez companhia quando você, mãe, como alguém que dispensa o descanso e esquece o sono. Como quem quer oferecer um ombro amigo.

Você chorou junto comigo quando a dor era grande demais, quando o meu coração estava machucado e ferido e então você dobrou os seus joelhos e orou por mim, como quem pede por socorro. Você cuidou de mim quando eu estava doente e quantas vezes, mãe, eu vi os seus olhinhos cansados olhando para mim com tanto amor. Quantas vezes, mãe, eu vi você chorar em silêncio ao ver a minha tristeza. Quantas vezes você não deu tudo de si deixando até mesmo de pensar em você.

Mãe, sua força e coragem enchem o meu coração de orgulho e de alegria por ter você em minha vida. A sua força mãe foi o meu alicerce e me sustentou quando o meu mundo parecia desmoronar. O seu amor envolveu a minha história e me ensinou que o amor é mesmo bonito. Sua paciência moldou a velocidade das minhas palavras e diminuiu a intensidade das minhas ações, de tudo aquilo que não era bom. Eu aprendi com você, mãe, que amar é muito mais do que estar ao lado de alguém quando tudo vai bem, amar é muito mais do que gostar das qualidades e dos feitos que o outro faz para a gente. Eu aprendi com você, mãe, que amar é ser paciente quando o outro não está bem, é ser companhia quando as coisas vão mal, é suportar os desafios e tolerar os defeitos. Eu aprendi com você que o amor é nobre e bonito, porque você me amou tanto, que me tornei o reflexo de uma alma feliz, uma alma que quer e precisa irradiar aquilo que recebeu. E eu, mãe, só recebi o seu amor, um amor sincero e puro.

Você que me ensinou a falar, ficou contente quando a chamei de “mamãe” pela primeira vez, segurou as minhas mãos enquanto eu aprendia a andar, escolheu as roupas e pensou nos detalhes do meu sapato, do meu cabelo… Você me levou para a escola e sempre estava lá me esperando na saída. Você, que me deu a minha primeira bolsa de rodinhas e que me levava para tomar sorvete depois da aula.

O tempo passou em uma velocidade assustadora e hoje você continua a sorrir quando a chamo de mãe e continua segurando as minhas mãos. Você não escolhe mais as minhas roupas e nem os detalhes do meu sapato e do meu cabelo. Mas você continua a orar por mim, continua a sonhar os meus sonhos e a vibrar com as minhas vitórias. Você continua pensando em mim até nos detalhes mais simples dessa vida.

Você continua preparando o café, continua lembrando que eu adoro sorvete, continua me surpreendendo com um bolo de cenoura com AQUELA cobertura de chocolate em um final de tarde, quando chego em casa cansada.Você continua sendo mais do que mãe, você continua sendo amiga. Você continua me ensinando sobre o amor, sem precisar dizer nada. Você continua me mostrando o que é amar, continua me ensinando a respeitar e a ser paciente.

Eu quero cuidar de você, quero estar ao seu lado sempre, quero continuar fazendo você sorrir, quero deixar mais bilhetes pela casa enquanto você trabalha, quero continuar a levando ao trabalho e tendo a alegria de buscá-la. Trocar ideias pelo caminho de volta para casa, como quem quer colocar o papo em dia. Eu quero continuar vendo filmes de romance com você no Netflix, numa quarta-feira à noite, enquanto você faz o brigadeiro e estoura a pipoca. Eu quero continuar a me deitar em seu colo quando precisar de alguém para conversar. Eu quero continuar sendo sua amiga, sua companheira; eu quero continuar ouvindo o seu boa noite, quero continuar a receber o seu abraço e o seu amor. Ah, que sorte a minha ter a mãe e a amiga na mesma mulher!

Nota da página: A linda imagem de capa é do blog Drama Queen Zen, de Lu Mich

Apaixone-se por alguém que adore a sua companhia

Apaixone-se por alguém que adore a sua companhia
Close-up of a senior couple poolside smiling holding lifebuoy

Outro dia li uma frase que dizia mais ou menos assim: “Não trate como prioridade quem só te trata como opção”, e fiquei pensando nos amores rasos que de vez em quando vejo por aí.

Tenho visto muita relação desigual, e por mais que um dos lados viva de esperanças, na expectativa infantil de que tudo pode mudar num piscar de olhos, é preciso enxergar os fatos como eles são.

Já ouvi muito a história: “A gente não escolhe quem vai amar”, mas será que é isso mesmo? Será que não podemos escolher o que fazer de nós mesmos quando estamos amando?

Nem sempre o coração está certo, e podemos entrar numa “canoa furada” pela simples dificuldade de sermos amorosos com nós mesmos.

Amor nenhum deveria doer. Amor nenhum deveria impor angústia e sofrimento. Amor nenhum deveria fazer você duvidar se o outro sente amor e alegria na sua companhia.

Acredito sim que a gente escolhe quem amar. E muitas vezes repetimos erros porque não aprendemos a ser gentis e generosos com aqueles que deveríamos colocar em primeiro lugar: nós mesmos.

Apaixone-se por alguém que adore a sua companhia e escolha estar com você sob o sol forte ou embaixo de uma chuva fria. Alguém que sinta a sua falta e demonstre que precisa do seu abraço a qualquer hora do dia.

Apaixone-se por alguém que goste do seu cheiro, que aprecia suas ideias e admira suas atitudes. Alguém que não titubeie ao andar ao seu lado nem tenha a intenção de guarda-la só para si.

Apaixone-se por alguém que assuma que lhe ama, alguém que tenha orgulho de ter sido cativado por você.

Apaixone-se por alguém que valorize seus gestos e escute sua opinião. Alguém que lhe queira sempre por perto, e que sinta saudades se você demora.

Apaixone-se por alguém que lhe dê segurança, alguém cujas atitudes dizem mais que mil “eu te amo” recitados da boca pra fora; alguém que faça valer a pena, pois sabe que não é todo dia que é possível encontrar alguém como você.

Apaixone-se por alguém que ame a sua risada e queira ter consigo todas as suas manias; alguém que lhe enxergue como uma pessoa especial e não vacile na hora de ter você como companhia.

Apaixone-se por alguém que releve suas variações de humor e se divirta com sua euforia; alguém que segure forte a sua mão numa turbulência e comemore as vitórias com alegria.

Apaixone-se por alguém que não tenha medo de se comprometer e amar; alguém que não tenha dívidas nem dúvidas, e que esteja disposto a fazer do encontro de vocês uma história especial.

Apaixone-se por alguém que não desista de você quando faltar grana, quando a receita daquela torta der errado, quando você passar mal, quando uma briga boba afastar vocês dois.

Apaixone-se por alguém com quem você não precise insistir para ficar; alguém que deseje estar ao seu lado por vontade e prazer; alguém que tenha a definitiva certeza de que fez a escolha certa ao querer você…

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Quando tudo for escuridão, acenda-se!

Quando tudo for escuridão, acenda-se!

O que não falta nesse mundo é gente louca para roubar a nossa luz, a nossa vontade e até mesmo a nossa ousadia. Parece absurdo, mas pode acreditar, tem gente que sente inveja até das dificuldades que enfrentamos! A explicação para esse fenômeno é simples: a dita cuja pessoa inveja nossa coragem de enfrentamento, mas não tem a menor ideia do quanto aquela coragem nos custou, em persistência, determinação, renúncias e resiliência!

O invejoso olha para a nossa vida a partir de uma lente reducionista, por meio da qual só vê a parte que lhe interessa. O invejoso olha para as nossas lutas e as avalia como infinitamente mais fáceis do que as que ele precisa enfrentar. O invejoso olha para nossas conquistas e tem absoluta certeza de que não as merecemos e de que elas ficariam perfeitas em suas vidas. O invejoso agride porque não tem competência para admirar nossa serenidade. O invejoso inventa histórias com o objetivo de nos diminuir perante o outro, simplesmente porque se sente tão pequeno e pouco, que precisa inverter a lógica do merecimento.

Lidar com gente é uma tarefa árdua, complexa e desafiadora. Exige de nós doses consideráveis de flexibilidade, tolerância e paciência. Mas, também, exige de nós firmeza e capacidade de estabelecer limites. Excesso de tolerância pode passar ao outro a falsa impressão de que somos pouco importantes, de que precisamos estar sempre disponíveis ou de que não há necessidade de reciprocidade no relacionamento.

Não raras vezes abrimos nossas vidas à visitação sem ter o cuidado de pedir ao outro que tenha a gentileza de limpar os pés antes de entrar. Não poucas vezes, fazemos das tripas coração, só para não deixar de atender a um pedido, uma súplica ou uma solicitação, sem nos importarmos com o fato de que estaremos tirando de nós mesmos tempo, presença e atenção.

E é claro que esse mundo anda muito esquisito porque parece estar na moda ser egoísta, individualista e seletivo quanto a quem merece ou não merece a nossa compaixão. E, não, não há aqui uma contradição em relação a toda a linha de raciocínio desenvolvida até aqui nesse texto. Aqui, faço um convite à reflexão. Aqui, proponho um exercício de equilíbrio nas relações. Aqui, pergunto a você, porque estou longe de ter todas as respostas…

O que devemos fazer quando percebemos que estamos há tempos permitindo que o outro roube a nossa luz? O que devemos dizer ao outro para que ele perceba que estamos esgotados e que, de vez em quando, é preciso trocar de lugar? Quais são as palavras certas a dizer para que o outro entenda que não gostar do que ele fez, deixou de fazer, falou ou deixou de falar não quer dizer que nós deixamos de querê-lo bem?

Ahhhh… como é difícil conviver, não é? No entanto, não há nada mais bonito do que o aprendizado da convivência. Não há nada mais importante do que a nossa disponibilidade para aprender a dar e receber ajuda, colo, amizade e amor. E se estivermos apagados e frios, não seremos capazes de enxergar as possibilidades, porque os olhos congelados de afeto não são capazes de contemplar o outro, com suas luzes e sombras. Sendo assim, quando tudo for escuridão… acenda-se! Revelar-se forte na compreensão da fragilidade da vida é um argumento contra o qual não é possível discordar!

14 filmes biográficos de pessoas que inspiram e podem influenciar a sua vida

14 filmes biográficos de pessoas que inspiram e podem influenciar a sua vida

Saber que um filme é baseado em histórias reais é capaz de tornar a nossa experiência ainda mais envolvente e marcante.

Não é incomum que as pessoas fiquem deslumbradas com o sucesso ou influência de alguém sem antes considerar o percurso que ela percorreu para chegar onde chegou. Livros e filmes biográficos são capazes de oferecer nuances de uma trajetória de maneira mais realista.

Ao ver pessoas notáveis através de uma outra perspectiva percebemos que elas são gente como a gente e isso aumenta a beleza ao constatarmos que todo e qualquer ser humano, dependendo de sua história de vida e escolhas, pode se tornar referência para todo o mundo.

Abaixo, sem ordem de maior ou menor referência, seguem alguns exemplos com sinopses do site Adoro Cinema.

1- Intocáveis, 2011

Philippe (François Cluzet) é um aristocrata rico que, após sofrer um grave acidente, fica tetraplégico. Precisando de um assistente, ele decide contratar Driss (Omar Sy), um jovem problemático que não tem a menor experiência em cuidar de pessoas no seu estado. Aos poucos ele aprende a função, apesar das diversas gafes que comete. Philippe, por sua vez, se afeiçoa cada vez mais a Driss por ele não tratá-lo como um pobre coitado. Aos poucos a amizade entre eles se estabele, com cada um conhecendo melhor o mundo do outro.

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2- Coco antes de Chanel, 2009

Quando criança Gabrielle (Audrey Tautou) é deixada, junto com a irmã Adrienne (Marie Gillain), em um orfanato. Ao crescer ela divide seu tempo como cantora de cabaré e costureira, fazendo bainha nos fundos da alfaiataria de uma pequena cidade. Até que ela recebe o apoio de Étienne Balsan (Benoît Poelvoorde), que passa a ser seu protetor. Recusando-se a ser a esposa de alguém, até mesmo de seu amado Arthur Capel (Alessandro Nivola), ela revoluciona a moda ao passar a se vestir costumeiramente com as roupas de homem, abolindo os espartilhos e adereços exagerados típicos da época.

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3- Uma mente brilhante, 2001

John Nash (Russell Crowe) é um gênio da matemática que, aos 21 anos, formulou um teorema que provou sua genialidade e o tornou aclamado no meio onde atuava. Mas aos poucos o belo e arrogante Nash se transforma em um sofrido e atormentado homem, que chega até mesmo a ser diagnosticado como esquizofrênico pelos médicos que o tratam. Porém, após anos de luta para se recuperar, ele consegue retornar à sociedade e acaba sendo premiado com o Nobel.

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4- Um Sonho Possível, 2010

Michael Oher (Quinton Aaron) era um jovem negro, filho de uma mãe viciada e não tinha onde morar. Com boa vocação para os esportes, um dia ele foi avistado pela família de Leigh Anne Tuohy (Sandra Bullock), andando em direção ao estádio da escola para poder dormir longe da chuva. Ao ser convidado para passar uma noite na casa dos milionários, Michael não tinha ideia que aquele dia iria mudar para sempre a sua vida, tornando-se mais tarde um astro do futebol americano.

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5- Na natureza selvagem, 2008

Início da década de 90. Christopher McCandless (Emile Hirsch) é um jovem recém-formado, que decide viajar sem rumo pelos Estados Unidos em busca da liberdade. Durante sua jornada pela Dakota do Sul, Arizona e Califórnia ele conhece pessoas que mudam sua vida, assim como sua presença também modifica as delas. Até que, após dois anos na estrada, Christopher decide fazer a maior das viagens e partir rumo ao Alasca.

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6- À procura da felicidade, 2007

Chris Gardner (Will Smith) é um pai de família que enfrenta sérios problemas financeiros. Apesar de todas as tentativas em manter a família unida, Linda (Thandie Newton), sua esposa, decide partir. Chris agora é pai solteiro e precisa cuidar de Christopher (Jaden Smith), seu filho de apenas 5 anos. Ele tenta usar sua habilidade como vendedor para conseguir um emprego melhor, que lhe dê um salário mais digno. Chris consegue uma vaga de estagiário numa importante corretora de ações, mas não recebe salário pelos serviços prestados. Sua esperança é que, ao fim do programa de estágio, ele seja contratado e assim tenha um futuro promissor na empresa. Porém seus problemas financeiros não podem esperar que isto aconteça, o que faz com que sejam despejados. Chris e Christopher passam a dormir em abrigos, estações de trem, banheiros e onde quer que consigam um refúgio à noite, mantendo a esperança de que dias melhores virão.

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7-Grandes Olhos, 2009

O drama apresenta a história real da pintora Margaret Keane (Amy Adams), uma das artistas mais comercialmente rentáveis dos anos 1950 graças aos seus retratos de crianças com olhos grandes e assustadores. Defensora das causas feministas, ela teve que lutar contra o próprio marido no tribunal, já que o também pintor Walter Keane (Christoph Waltz) afirmava ser o verdadeiro autor de suas obras.

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8- O pianista, 2002

O pianista polonês Wladyslaw Szpilman (Adrien Brody) interpretava peças clássicas em uma rádio de Varsóvia quando as primeiras bombas caíram sobre a cidade, em 1939. Com a invasão alemã e o início da 2ª Guerra Mundial, começaram também restrições aos judeus poloneses pelos nazistas. Inspirado nas memórias do pianista, o filme mostra o surgimento do Gueto de Varsóvia, quando os alemães construíram muros para encerrar os judeus em algumas áreas, e acompanha a perseguição que levou à captura e envio da família de Szpilman para os campos de concentração. Wladyslaw é o único que consegue fugir e é obrigado a se refugiar em prédios abandonados espalhados pela cidade, até que o pesadelo da guerra acabe.

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9- Tempo de Despertar

Bronx, 1969. Malcolm Sayer (Robin Williams) é um neurologista que conseguiu emprego em um hospital psiquiátrico. Lá ele encontra vários pacientes que aparentemente estão catatônicos, mas Sayer sente que eles estão só “adormecidos” e que se forem medicados da maneira certa poderão ser despertados. Assim pesquisa bem o assunto e chega à conclusão de que a L-DOPA, uma nova droga que já estava sendo usada para pacientes com o Mal de Parkinson, deve ser o medicamento ideal para este casos. No entanto, ao levar o assunto para o diretor, ele autoriza que apenas um paciente seja submetido ao tratamento. Imediatamente Sayer escolhe Leonard Lowe (Robert De Niro), que há décadas estava “adormecido”. Gradualmente Lowe se recupera e isto encoraja Sayer em administrar L-DOPA nos outros pacientes, sob sua supervisão. Logo os pacientes mostram sinais de melhora e também mostram-se ansiosos em recuperar o tempo perdido. Mas, infelizmente, Lowe começa a apresentar estranhos e perigosos efeitos colaterais.

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10-A lista de Schindler, 1993

A inusitada história de Oskar Schindler (Liam Neeson), um sujeito oportunista, sedutor, “armador”, simpático, comerciante no mercado negro, mas, acima de tudo, um homem que se relacionava muito bem com o regime nazista, tanto que era membro do próprio Partido Nazista (o que não o impediu de ser preso algumas vezes, mas sempre o libertavam rapidamente, em razão dos seus contatos). No entanto, apesar dos seus defeitos, ele amava o ser humano e assim fez o impossível, a ponto de perder a sua fortuna mas conseguir salvar mais de mil judeus dos campos de concentração.

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11- Piaf – Um Hino ao Amor, 2007

A vida de Edith Piaf (Marion Cottilard) foi sempre uma batalha. Abandonada pela mãe, foi criada pela avó, dona de um bordel na Normandia. Dos 3 aos 7 anos de idade fica cega, recuperando-se milagrosamente. Mais tarde vive com o pai alcoólatra, a quem abandona aos 15 anos para cantar nas ruas de Paris. Em 1935 é descoberta por um dono de boate e neste mesmo ano grava seu primeiro disco. A vida sofrida é coroada com o sucesso internacional. Fama, dinheiro, amizades, mas também a constante vigilância da opinião pública.

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12-O Mordomo da Casa Branca, 2013

1926, Macon, Estados Unidos. O jovem Eugene Allen vê seu pai ser morto sem piedade por Thomas Westfall (Alex Pettyfer), após estuprar a mãe do garoto. Percebendo o desespero do jovem e a gravidade do ato do filho, Annabeth Westfall (Vanessa Redgrave) decide transformá-lo em um criado de casa, ensinando-lhe boas maneiras e como servir os convidados.  Eugene (Forest Whitaker) cresce e passa a trabalhar em um hotel ao deixar a fazenda onde cresceu. Sua vida dá uma grande guinada quando tem a oportunidade de trabalhar na Casa Branca, servindo o presidente do país, políticos e convidados que vão ao local. Entretanto, as exigências do trabalho causam problemas com Gloria (Oprah Winfrey), a esposa de Eugene, e também com seu filho Louis (David Oyelowo), que não aceita a passividade do pai diante dos maus tratos recebidos pelos negros nos Estados Unidos.

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13-O discurso do rei, 2010

Desde os 4 anos, George (Colin Firth) é gago. Este é um sério problema para um integrante da realeza britânica, que frequentemente precisa fazer discursos. George procurou diversos médicos, mas nenhum deles trouxe resultados eficazes. Quando sua esposa, Elizabeth (Helena Bonham Carter), o leva até Lionel Logue (Geoffrey Rush), um terapeuta de fala de método pouco convencional, George está desesperançoso. Lionel se coloca de igual para igual com George e atua também como seu psicólogo, de forma a tornar-se seu amigo. Seus exercícios e métodos fazem com que George adquira autoconfiança para cumprir o maior de seus desafios: assumir a coroa, após a abdicação de seu irmão David (Guy Pearce).

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14- Hotel Ruanda, 2004

Em 1994 um conflito político em Ruanda levou à morte de quase um milhão de pessoas em apenas cem dias. Sem apoio dos demais países, os ruandenses tiveram que buscar saídas em seu próprio cotidiano para sobreviver. Uma delas foi oferecida por Paul Rusesabagina (Don Cheadle), que era gerente do hotel Milles Collines, localizado na capital do país. Contando apenas com sua coragem, Paul abrigou no hotel mais de 1200 pessoas durante o conflito.

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Pare de chamar quem não te ama de idiota!

Pare de chamar quem não te ama de idiota!

O amor, entre outras coisas, é um efeito colateral da distração. Acontece quando menos esperamos. Quando não estamos vestidas de encontro, quando esquecemos o guarda-chuva em casa, a TV ligada, a alma vazando e um poema com o pé quebrado esperando conserto.

Dizer que o cara que não te ama é “idiota” não ajuda a aflição passar, mon chérie.

Diminuir uma pessoa não necessariamente faz com que você se sinta superior: trata-se de um paliativo, um simples bombom num momento de TPM.

“Não nos querer é um direito do outro! A gente precisa parar com essa mania de achar que só podemos amar quem nos ama. O amor não tem nada a ver com nossas carências e vaidades. O amor não espera reconhecimento ou retribuição para acontecer, ele acontece sem quê nem para quê; acontece quando não estamos procurando por nada e só é pleno em si quando não espera nada além de amplidão”. (trecho do livro Sexo, champanhe e tchau)

E não é porque nos esforçamos para sermos a Mulher-Maravilha, ou seja, porque fazemos dieta, pagamos fortunas em tratamentos estéticos, estudamos fora do país e aprendemos várias línguas, chefiamos empresas, assistimos a bons filmes, lemos bons livros, aprendemos culinária marroquina, usamos roupas descoladas, decoramos ambientes com bom gosto e criatividade, aprendemos técnicas de pompoarismo, etc e tal, que temos que receber um prêmio por isso: o amor da pessoa que desejamos.

A perfeição não existe e o resultado da busca incessante por ela é quase sempre a frustração, porque “perfeição” não é sinônimo de “garantia” –  garantia de amor, de sucesso, de nada.

Quando uma “senhora-perfeitinha” não consegue o que quer o resultado é um só: uma baita cara de ué e muitas, muitas lágrimas.

“Ué, mas eu fiz tudo certo, por que não recebi o prêmio no final: o amor dele”?

O incomodo que essa pergunta gera não é proveniente apenas do sentimento de rejeição, mas da sensação de ter sido traída, enganada pela vida, como se a busca pela perfeição estivesse diretamente associada a alguma recompensa.

Non, non, não está. E dizer que o cara que não te ama é idiota é uma idiotice tremenda. Ele não te ama porque não te ama, ora bolas. Pode ter amado um dia, mas deixou de amar. Dói? Dói, porém aceitar que não podemos controlar nada nessa vida –  inclusive e principalmente o afeto alheio – é um exercício diário. Além disso, o fato de uma pessoa não nos amar (ou ter deixado de nos amar) não quer dizer que não somos (ou fomos) suficientemente boas, quer dizer, apenas, que a febre não aconteceu para ela ou, como acontece em geral com as febres, passou.

Não existe explicação. O amor só acontece à primeira vista ou mais tardar ao primeiro toque e se não aconteceu para o outro… Paciência.

Tentar medir nosso valor pelo afeto que nos ofertam é uma tremenda roubada.

Antes de se perguntar “por que ele não me ama?”, pergunte-se por que você quer tanto ser amada por ele, ou, por que você espera que seu esforço de perfeição seja recompensado pela vida e pelos outros?

Esse questionamento certamente vai trazer ganhos muito mais efetivos do que chamar o outro de idiota.

Erich Fromm e a arte de amar

Erich Fromm e a arte de amar

O psicanalista e filósofo alemão Erich Fromm se propôs a estudar ferrenhamente alguns temas essenciais da experiência humana, tais como moralidade, razão e, principalmente, o amor.

Em seu livro mais popular, A Arte de Amar, o autor oferece descrições teóricas e práticas do amor no sentido mais amplo da palavra. Ele revela as raízes de nossos anseios por amar e ser amado. Fromm apresenta-o da seguinte forma:

“Este livro quer mostrar que o amor não é um sentimento que pode ser facilmente cultivado por qualquer pessoa, independentemente do nível de maturidade alcançado por ela. Ele quer convencer o leitor de que todas as suas tentativas para o amor estão fadadas ao fracasso, a menos que se tente desenvolver sua personalidade total, de modo a alcançar uma orientação produtiva; que a satisfação do amor individual não pode ser alcançada sem a capacidade de amar o próximo, sem humildade, verdade, coragem, fé e disciplina. Em uma cultura em que essas qualidades são raras, a realização da capacidade de amar deve permanecer um feito raro.”

Fromm sugere que uma das maiores necessidades do homem é evitar a angústia da separação, provinda do sentimento de isolamento. O homem é dotado de razão, a qual lhe faz compreender a finitude de sua vida e os sentimentos desagradáveis que envolvem a desunião. Assim, ele busca resolver um vazio ao encontrar alívio para esses sentimentos, e o amor lhe parece a solução mais eficiente para tal propósito.

A consciência de si mesmo como entidade particular, separada; a consciência de seu próprio e curto período de vida, de morrer contra a vontade, antes daqueles que ama, ou estes antes dele; a consciência de sua solidão e separação, “tudo isso faz de sua existência apartada e desunida uma prisão insuportável”. Seres humanos ficariam loucos se não pudessem libertar-se de tal prisão e alcançar outros seres humanos, através do amor.

A experiência de separação desperta grande ansiedade, e dá origem à culpa e um sentimento de arrependimento. A fim de escapar da condição de separação, esta que, para Fromm, atormenta todos os homens, busca-se nas relações afetivas um antídoto. Entre as respostas procuradas para a existência humana, a mais completa, segundo Fromm, está na realização da unidade interpessoal, da fusão com outra pessoa: está no amor.

O próprio fato de que a humanidade continua a existir nesse mundo, apesar de todas as forças para destruí-la, é prova do poder unificador do amor.

Na história, os seres humanos sempre passaram a vida tentando resolver o problema fundamental de estarem separados de outras pessoas. É claro que, para muitos, essa separação não é tão dolorosa assim, mas não deixa de ser sentida, consciente ou inconscientemente. E seus efeitos são, comparativamente, os mesmos, embora cada pessoa reaja a eles de formas diversificadas, em resposta às suas motivações.

Mesmo quem evita ou ignora o amor procura estratégias para lidar com as sensações desagradáveis de solidão, tédio e melancolia, experimentadas universalmente. Essas estratégias costumam ser experiências de entretenimento e ocupação que, apesar de significativas e, cada uma à sua forma, intensas, são sempre transitórias. Por isso, muitos procuram o amor como ideal fixo, de forma a evitar necessidades superficiais que não oferecem mais do que satisfações de curto prazo. Segundo Fromm:

“A falência absoluta em alcançar esse alvo significa loucura, porque o pânico do isolamento completo só pode ser ultrapassado por um afastamento do mundo exterior de tal modo radical que o sentimento de separação desapareça – porque o mundo exterior, de que se está separado, também desapareceu.”

Muitas pessoas acreditam que o amor destrói sua liberdade como indivíduo. Mas Fromm diz que isso não é verdade. Em primeiro lugar, ele diz, o amor não se limita a dar no sentido material. Ao amar, nós oferecemos parte de nossa essência, contida em sentimentos, intuições, preocupações e interesses. Em segundo lugar, amar exige que se desprenda do ego; parte da disposição de estarmos livres para amar, não para sermos livres. O amor enriquece o doador, acredita Fromm, porque o amor produz a união, que reforça nossa verdadeira individualidade.

“No amor, ocorre o paradoxo de que dois seres sejam um e, contudo, permaneçam dois.”

No livro, Fromm disserta que o tipo de amor capaz de resolver alguns problemas existenciais pode ser descrito tanto por aquilo que é quanto pelo que não é. O amor é uma resposta satisfatória e sã para muitos desses problemas, mas, dependendo de sua compreensão, essa resposta pode soar banal.

Muitos pensam que o amor é um material a ser possuído, não uma emoção que deve ser cultivada e semeada como virtude. Como o amor, toda virtude deve ser aprendida e trabalhada, do contrário, torna-se disfuncional por falta de uso.

O filósofo alemão afirma, com segurança, que o amor é uma arte e, se é uma arte, exige conhecimento, esforço e disciplina. Ninguém pode se tornar um mestre do dia para a noite. Isso demanda tempo e prática. Com o amor não é diferente.

O autor, salientando sua metáfora do amor como arte, escreve:

“O primeiro passo a tomar é estar consciente de que o amor é uma arte, assim como a vida é uma arte. Se queremos aprender a amar, devemos proceder da mesma forma que temos de proceder se queremos aprender qualquer outra arte, como música, pintura, carpintaria, ou a arte da medicina e engenharia, por exemplo. Quais são os passos necessários para aprender qualquer arte? O processo de aprender uma arte pode ser dividido em duas partes: um, o domínio da teoria; outro, o domínio da prática. Eu deverei me tornar um mestre nessa arte só depois de uma grande quantidade de prática, até que os resultados do meu conhecimento teórico e os resultados do meu conhecimento prático misturem-se em um – a minha intuição, a essência do domínio de qualquer arte.”

Além de aprender teoria e prática, Fromm enaltece, há um terceiro fator necessário para se tornar um mestre em qualquer arte: o domínio da arte deve ser um motivo de preocupação final, não deve haver nada no mundo mais importante do que isso.

“E, talvez, aqui reside a resposta para a pergunta de por que as pessoas em nossa cultura tentam tão raramente aprender essa arte, apesar de suas falhas óbvias. Eu digo, apesar do desejo profundo de amor, quase todo o resto é considerado mais importante do que o amor: sucesso, prestígio, dinheiro, poder – quase toda nossa energia é utilizada para a aprendizagem de como alcançar esses objetivos, e quase nenhuma para aprender a arte de amar.”

Na visão de Fromm, o amor não é um substantivo ou objeto, mas sim um verbo e uma prática. Ao ler A Arte de Amar, entende-se melhor como muitas dores e frustrações existenciais são ocasionadas por um simples problema de abordagem em relação ao amor.

Se duas pessoas são estranhas e, de repente, a parede entre elas se quebra, esse momento de unificação é uma das experiências mais instigantes da vida. É ainda mais instigante para quem antes esteve isolado. Segundo Fromm, esse milagre de súbita intimidade muitas vezes é facilitado se for combinado com atração sexual e consumação. No entanto, ele diz, este tipo de amor é, por sua própria natureza, fragilizado e não duradouro.

“As duas pessoas se tornam bem familiarizadas, sua intimidade perde cada vez mais o caráter miraculoso, até que seu antagonismo, suas decepções e o tédio mútuo matem o que resta da excitação inicial. Porém, no início, essas pessoas não sabem disso: na verdade, elas tomam a intensidade da paixão, sendo e vivendo essa loucura um sobre o outro, para a prova da profundidade de seu amor, enquanto ele só pode revelar o grau de sua solidão anterior.”

De acordo com Fromm, não há praticamente qualquer atividade, empreendimento que é iniciado com tão tremendas esperanças e expectativas, e ainda, que falhe regularmente, como o amor.

A única forma de evitar esse histórico de fracasso, argumenta o filósofo, é examinar as razões subjacentes para a desconexão entre nossas crenças sobre o amor e sua atribuição real – que deve incluir um reconhecimento do amor como uma prática informada ao invés de uma graça oferecida.

Assim como não há um manual para ser artista, não há um manual de como amar. Segundo Fromm, não se deve consultar um guia “faça você mesmo” para o amor, já que não existe. Deve sim investir no desejo de se tornar um artista do amor. Para isso, é necessária uma conscientização acerca de teoria do amor e prática amorosa.

O autor teorizou que existem quatro atividades necessárias para o amor. A primeira atividade é o cuidado. Amar aquele pelo qual se trabalha, e trabalhar por aquele que é amado. A segunda atividade é responsabilidade. Ser responsável significa estar alerta, disposto e pronto para agir e responder. É um ato voluntário, elemento do amor. A terceira atividade é o respeito. O desejo por considerar e apoiar o outro como ele é, e não como queremos que seja. Respeito não é medo ou temor, mas a ausência de exploração. Fromm acrescenta que “responsabilidade poderia facilmente deteriorar-se em dominação e possessividade, se não fosse por respeito”. A quarta e última atividade necessária é o conhecimento. Fromm sugere que “não é possível respeitar uma pessoa sem conhecê-la”.

O autor também teorizou que, na prática, há três requisitos gerais para se dominar qualquer arte, como o amor. O primeiro requisito é a disciplina. Não se torna especialista em algo quem não dedica tempo e esforço suficientes para tal. O segundo requisito é a concentração. Deve-se manter a atenção, submersão em foco e evitar trivialidades. Como diz Fromm, “nossa cultura leva a um modo de vida desconcentrado e difuso; fazem-se muitas coisas ao mesmo tempo”. Por fim, o terceiro requisito é a paciência. Boa arte leva tempo. “Quem anda atrás de resultados rápidos nunca aprende uma arte”.

Outro elemento do amor, citado separadamente por Fromm, tão importante quanto todos os outros, é a fé. Amar é um ato de fé. Precisamos acreditar na outra pessoa, nos abrir para ela, mesmo sabendo que isso nos torna mais vulneráveis. Algumas pessoas hesitam em se abrir emocionalmente, com medo de ser feridas ou decepcionadas. Mas, sem essa permissão de abertura, não pode haver amor.

Após falar sobre alguns elementos teóricos e práticos sobre a arte de amar, Fromm discute os diferentes tipos de amor, que são: amor fraterno, amor maternal, amor paterno, amor erótico e amor próprio.

Ao discutir sobre amor fraternal, ele afirma que o amor é baseado em uma atitude; uma forma de pensamento que é solidificado pela prática, direcionada para tudo e para todos. Dessa maneira, sugere que devemos amar, além dos irmãos e amigos, nossos inimigos. Se alguém diz que só é capaz de amar uma pessoa ou grupo de pessoas, passa a impressão de ser indiferente para com as demais, o que, na opinião de Fromm, não demonstra amor verdadeiro. Pelo contrário, é mais uma forma de egoísmo. Para o amor ser realmente amor, e não matéria de egoísmo, deve ser totalmente inclusivo: uma atitude altruísta, a qual Fromm chama de fraternal. “O amor fraterno é amor por todos os seres humanos; caracteriza-se pela própria falta de exclusividade”.

Amar a todos é um desafio que poucas pessoas estão dispostas a enfrentar. É claro que isso não é nada fácil de acontecer, mas ninguém disse que o amor é fácil. Contra inimigos ou pessoas que ameaçam nosso bem-estar, é mais fácil sentir ódio e indiferença, uma vez que são comumente respostas imediatas para tudo o que nos testa o amor.

Já o amor maternal, este costuma ser incondicional, sem amarras. A mãe ama a criança, independente do que ela faz, pelo simples fato de que é seu filho. Por outro lado, sugere Fromm, o amor paterno é condicional, sujeito a fragilização em caso de desalinhamento entre as expectativas do pai e os comportamentos do filho.

Fromm aponta que, assim como todos nós temos uma mistura de características masculinas e femininas, cada pessoa tem a capacidade de expressar tanto amor maternal quanto paternal. Para o filósofo, a maturidade do amor resulta do equilíbrio entre estes dois tipos de amor.

“O amor infantil segue o princípio: ‘Amo porque sou amado’. O amor amadurecido segue o princípio: ‘Sou amado porque amo’. O amor imaturo diz: ‘Eu amo você porque preciso de você’. O amor maduro diz: ‘Eu preciso de você porque amo você’.”

A pessoa imatura coloca suas necessidades em primeiro lugar, ao passo que a pessoa madura considera o amor como mais importante.

Outro tipo de amor importante é o amor próprio. Fromm assinala que é preciso distinguir entre amor próprio e egoísmo. “O egoísmo e o amor próprio, longe de serem idênticos, são efetivamente opostos”. O egoísmo é uma forma de adoração narcísica que nada tem a ver com amor. Ou seja, o amor alheio não pode ser separado do amor por si mesmo.

Sobre o amor erótico, diz Fromm, há muita ilusão. Muitas vezes, as pessoas cometem o erro de pensar que, porque elas são atraídas fisicamente por outra pessoa, também sentem amor por ela. Mas, se a relação é apenas física, então ela não satisfaz as necessidades de união, uma vez que se considera suprir apenas um desejo transitório, por meio de sexo. Na verdade, se for apenas uma relação física, pode fazer os praticantes se sentirem ainda mais distantes do que eram antes de se conhecerem, porque sua satisfação não duradoura faz lembrar da solidão que precedeu a relação física. Se, por outro lado, essa relação é acompanhada por sentimento de amor fraternal, pode ser uma forma mais madura de amar, sendo um meio de atingir mais do que um prazer temporário. O amor, para ele, não é resultado da adequada satisfação sexual, mas a felicidade sexual é resultado do amor.

O amor é uma prática de um poder humano que só pode ser exercido na liberdade, e nunca como resultado de uma compulsão.

“O amor é uma atividade, e não um afeto passivo; é um erguimento e não uma queda. De modo mais geral, o caráter ativo do amor pode ser descrito afirmando-se que o amor, antes de tudo, consiste em dar, não em receber.”

Alguns consideram que dar é abandonar alguma coisa, ser privado de algo, sacrificar. Sentem que dar é um empobrecimento. A maioria, talvez, se recusa a dar por causa desse pensamento enviesado e orgulhoso. Para outros, no entanto, dar é a mais alta expressão de potência.

“Dar é mais alegre do que receber, não por ser uma privação, mas porque, no ato de dar, encontra-se a expressão de minha vitalidade […] Que dá uma pessoa a outra? Dá de si mesma, do que tem de mais precioso, dá de sua vida. Isso não quer necessariamente dizer que sacrifique sua vida por outrem, mas que lhe dê daquilo que em si tem de vivo; dê-lhe de sua alegria, de seu interesse, de sua compreensão, de seu conhecimento, de seu humor, de sua tristeza. Dando assim de sua vida, enriquece a outra pessoa, valoriza-lhe o sentimento de vitalidade ao valorizar o seu próprio sentimento de vitalidade. Não dá a fim de receber, dá em si mesma […] No ato de dar, algo nasce, e ambas as pessoas envolvidas são gratas pela vida que para ambas nasceu. Com relação especificamente ao amor, isso significa que o amor é uma força que produz amor.”

Dando prosseguimento aos raciocínios de Fromm, em A Arte de Amar ele também discute, a partir de uma perspectiva bastante crítica, sobre a desintegração do amor na sociedade contemporânea. Segundo ele, as relações humanas estão cada vez mais alienadas, desprovidas de união – não surpreende que as leituras de Fromm tenham ajudado Bauman a forjar sua teoria da liquidez. O alemão acerta:

“Nossa civilização oferece muitos paliativos que ajudam as pessoas a se tornar conscientemente inconscientes dessa solidão: antes de tudo, a estrita rotina do trabalho mecânico, burocratizado, que as auxilia a permanecer sem conhecimento de seus desejos humanos mais fundamentais, da aspiração de transcendência e unidade. Como a rotina, por si só, não o consegue, o homem supera seu desespero inconsciente através da rotina da diversão, do consumo passivo de sons e visões oferecidos pela indústria do divertimento; e, além disso, pela satisfação de comprar sempre coisas novas e de logo trocá-las por outras.”

O filósofo alega que a felicidade do homem, hoje em dia, está, primacialmente, em divertir-se. E divertir-se consiste na satisfação de consumir e obter. Na atual sociedade, tudo é engolido. E o amor também insere-se aí como relação de troca comercial, com seus negociantes numa feira discutindo qual fruta está mais madura ou mais podre.

Enfim, Fromm explora, nesse livro, os equívocos e tabus culturais que nos impedem de dominar a habilidade humana suprema de amar, destacando sua teoria e prática com visão lúcida, atemporal e dinâmica sobre as complexidades do amor.

Conheça os 100 maiores filmes do século XXI

Conheça os 100 maiores filmes do século XXI

A seleção, publicada pela BBC americana, foi baseada na avaliação de 177 críticos ao redor do mundo.

O primeiro lugar foi para “Cidade dos Sonhos”, de David Lynch.

Já o filme brasileiro “Cidade de Deus”, de Fernando Meirelles, ficou em 38º lugar.

Que tal conferir a lista e nos dizer quantos deles você já viu?

Abaixo, veja a LISTA COMPLETA:

100. Toni Erdmann (Maren Ade, 2016)

100. Réquiem Para um Sonho (Darren Aronofsky, 2000)

100. Carlos (Olivier Assayas, 2010)

99. Os Catadores e Eu (Agnès Varda, 2000)

98. Dez (Abbas Kiarostami, 2002)

97. Minha Terra África (Claire Denis, 2009)

96. Procurando Nemo (Andrew Stanton, 2003)

95. Moonrise Kingdom (Wes Anderson, 2012)

94. Deixa Ela Entrar (Tomas Alfredson, 2008)

93. Ratatouille (Brad Bird, 2007)

92. O Assassinato de Jesse James Pelo Covarde Robert Ford (Andrew Dominik, 2007)

91. O Segredo Dos Seus Olhos (Juan José Campanella, 2009)

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90. O Pianista (Roman Polanski, 2002)

89. A Mulher Sem Cabeça (Lucrecia Martel, 2008)

88. Spotlight: Segredos Revelados (Tom McCarthy, 2015)

87. O Fabuloso Destino de Amélie Poulain (Jean-Pierre Jeunet, 2001)

86. Longe do Paraíso (Todd Haynes, 2002)

85. O Profeta (Jacques Audiard, 2009)

84. Ela (Spike Jonze, 2013)

83. A.I. Inteligência Artificial (Steven Spielberg, 2001)

82. Um Homem Sério (Joel and Ethan Coen, 2009)

81. Shame (Steve McQueen, 2011)

80. O Retorno (Andrey Zvyagintsev, 2003)

79. Quase Famosos (Cameron Crowe, 2000)

78. O Lobo de Wall Street (Martin Scorsese, 2013)

77. O Escafandro e a Borboleta (Julian Schnabel, 2007)

76. Dogville (Lars von Trier, 2003)

75. Vício Inerente (Paul Thomas Anderson, 2014)

74. Spring Breakers: Garotas Perigosas (Harmony Korine, 2012)

73. Antes do Pôr-do-Sol (Richard Linklater, 2004)

72. Amantes Eternos (Jim Jarmusch, 2013)

71. Tabu (Miguel Gomes, 2012)

70. Histórias Que Contamos (Sarah Polley, 2012)

69. Carol (Todd Haynes, 2015)

68. Os Excêntricos Tenenbaums (Wes Anderson, 2001)

67. Guerra Ao Terror (Kathryn Bigelow, 2008)

66. Primavera, Verão, Outono, Inverno… E Primavera (Kim Ki-duk, 2003)

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65. Aquário (Andrea Arnold, 2009)

64. A Grande Beleza (Paolo Sorrentino, 2013)

63. O Cavalo de Turin (Béla Tarr and Ágnes Hranitzky, 2011)

62. Bastardos Inglórios (Quentin Tarantino, 2009)

61. Sob a Pele (Jonathan Glazer, 2013)

60. Síndromes e Um Século (Apichatpong Weerasethakul, 2006)

59. Marcas da Violência (David Cronenberg, 2005)

58. Moolaadé (Ousmane Sembène, 2004)

57. A Hora Mais Escura (Kathryn Bigelow, 2012)

56. A Harmonia Werckmeister (Béla Tarr, director; Ágnes Hranitzky, co-director, 2000)

55. Ida (Paweł Pawlikowski, 2013)

54. Era Uma Vez na Anatolia (Nuri Bilge Ceylan, 2011)

53. Moulin Rouge! (Baz Luhrmann, 2001)

52. Mal dos Trópicos (Apichatpong Weerasethakul, 2004)

51. A Origem (Christopher Nolan, 2010)

50. A Assassina (Hou Hsiao-hsien, 2015)

49. Adeus à Linguagem (Jean-Luc Godard, 2014)

48. Brooklin (John Crowley, 2015)

47. Leviatã (Andrey Zvyagintsev, 2014)

46. Cópia Fiel (Abbas Kiarostami, 2010)

45. Azul é a Cor Mais Quente (Abdellatif Kechiche, 2013)

44. 12 Anos de Escravidão (Steve McQueen, 2013)

43. Melancolia (Lars von Trier, 2011)

42. Amor (Michael Haneke, 2012)

41. Divertida Mente (Pete Docter, 2015)

40. O Segredo de Brokeback Mountain (Ang Lee, 2005)

39. O Novo Mundo (Terrence Malick, 2005)

38. Cidade de Deus (Fernando Meirelles e Kátia Lund, 2002)

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37. Tio Boonmee, Que Pode Recordar Suas Vidas Passadas (Apichatpong Weerasethakul, 2010)

36. Timbuktu (Abderrahmane Sissako, 2014)

35. O Tigre e O Dragão (Ang Lee, 2000)

34. Filho de Saul (László Nemes, 2015)

33. Batman: O Cavaleiro das Trevas (Christopher Nolan, 2008)

32. A Vida dos Outros (Florian Henckel von Donnersmarck, 2006)

31. Margaret (Kenneth Lonergan, 2011)

30. Oldboy (Park Chan-wook, 2003)

29. WALL-E (Andrew Stanton, 2008)

28. Fale Com Ela (Pedro Almodóvar, 2002)

27. A Rede Social (David Fincher, 2010)

26. A Última Noite (Spike Lee, 2002)

25. Amnésia (Christopher Nolan, 2000)

24. O Mestre (Paul Thomas Anderson, 2012)

23. Caché (Michael Haneke, 2005)

22. Encontros e Desencontros (Sofia Coppola, 2003)

21. O Grande Hotel Budapeste (Wes Anderson, 2014)

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20. Sinédoque, New York (Charlie Kaufman, 2008)

19. Mad Max: Estrada da Fúria (George Miller, 2015)

18. A Fita Branca (Michael Haneke, 2009)

17. O Labirinto do Fauno (Guillermo Del Toro, 2006)

16. Holy Motors (Leos Carax, 2012)

15. 4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias (Cristian Mungiu, 2007)

14. O Ato de Matar (Joshua Oppenheimer, 2012)

13. Filhos da Esperança (Alfonso Cuarón, 2006)

12. Zodíaco (David Fincher, 2007)

11. Inside Llewyn Davis: Balada de um Homem Comum (Joel and Ethan Coen, 2013)

10. Onde os Fracos Não Têm Vez (Joel and Ethan Coen, 2007)

9. A Separação (Asghar Farhadi, 2011)

8. As Coisas Simples da Vida (Edward Yang, 2000)

7. A Árvore da Vida (Terrence Malick, 2011)

6. Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças (Michel Gondry, 2004)

5. Boyhood: Da Infância à Juventude (Richard Linklater, 2014)

4. A Viagem de Chihiro (Hayao Miyazaki, 2001)

3. Sangue Negro (Paul Thomas Anderson, 2007)

2. Amor à Flor da Pele (Wong Kar-wai, 2000)

1. Cidade dos Sonhos (David Lynch, 2001)

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Vamos lá…quantos você já viu? Anote nos comentários!!!

Eu quero me casar com você

Eu quero me casar com você

Eu quero me casar com você, não como quem quer ser feliz, porque eu já sou. Não como quem quer ser inteira, porque não sou metade. Eu quero me casar com você, não como quem acha ser isso um conto de fadas, mas como quem quer construir uma vida ao lado da sua. Como quem está disposto a enfrentar as tempestades que possam vir, como quem não tem medo dos ventos fortes, porque sabe que esse amor está alicerçado em Deus.

Eu quero me casar com você, porque amo o seu sorriso disfarçado de amor, eu amo o seu abraço acolhedor e o seu cheiro que fica na minha roupa quando você me abraça.

Eu quero me casar com você porque amo fazer planos ao seu lado, amo fazer massagem nos seus pés, ao mesmo tempo em que você faz nos meus e, enquanto isso, falamos sobre como foi a nossa semana e rimos das coisas bobas dessa vida. Amo me encostar no seu peito, enquanto você mexe nos meus cabelos Amo quando me dá um beijo na testa e sussurra aos pés do ouvido o quanto estou linda.

Eu quero me casar com você, porque amo quando você me abraça e diz que vai ficar tudo bem; amo quando você se importa com os meus problemas e como se importa com o que sinto. É que eu amo quando você está por perto, é que a sua companhia me deixa sempre com um sorriso enorme no rosto. É que o seu jeito de me olhar reflete amor e isso invade a minha alma de um jeito tão bonito, que eu só tenho vontade de amá-lo.

Eu quero me casar com você, porque quero trocar as despedidas de domingo pelas despedidas diárias logo de manhã, levando comigo o seu beijo saudoso de quem voltará mais à tarde.

Eu quero me casar com você, porque minha vida corrida caminha junto com a sua e a saudade sempre caminha a uma velocidade assustadora, deixando-nos com os corações apertados. Eu quero me casar com você, porque quero acordar ao seu lado todos os dias, quero começar e terminar o dia na sua companhia.

Eu quero poder deitar na cama depois de um dia cansativo e, em vez de mandar uma mensagem de boa noite, poder olhar nos seus olhos e sentir seu corpo junto ao meu – eu quero sentir o entrelaço de duas almas que se amam. Porque nosso amor é laço e não nó. Nosso amor é liberdade e não nos aprisiona. E eu acho bonito essa coisa de ser livre para escolher e, mesmo assim, escolher amar a mesma pessoa todos os dias.

Eu quero me casar com você, porque, mesmo conhecendo bem os seus defeitos e você conhecendo os meus, essa coisa de amar continua a evoluir e eu adoro essa coisa de não querer encaixar o outro nos nossos anseios, desejando que ele seja uma cópia exata daquilo que idealizamos. É que, mesmo com todas as imperfeições, o nosso amor é perfeito e eu acho lindo o modo como lidamos com as nossas diferenças.

Eu quero me casar com você, porque Deus preparou o meu coração para a sua chegada e você, ao invés de espinhos, trouxe-me flores. Coloriu meu mundo de amor e me ensinou tantas coisas, que “obrigada” é uma palavra muito singela demais perto da gratidão que tenho a você por tudo que fez e ainda faz por mim.

Obrigada por ser meu abrigo, por me ouvir, por me aconselhar; obrigada por acreditar que sou uma fortaleza quando eu achava ser tão frágil; obrigada pelas tardes de domingo e por ter ficado ao meu lado, quando as coisas não iam bem.

Eu quero me casar com você, porque um amor não é feito apenas de momentos bonitos e você soube estar ao meu lado quando tudo ia mal; porque você foi e continua sendo meu companheiro. E eu sempre quis alguém para me amar do jeito que você me ama, eu sempre quis alguém pra me fazer companhia.

Eu quero me casar com você, porque com você sou soma e não divisão, com você meu mundo toma forma de amor. Eu quero me casar com você, porque sei que um amor construído com oração está bem firmado e então eu não tenho medo das tempestades, pois nosso castelo não é de areia. Nosso castelo é feito de amor e respeito. E é exatamente aí que eu escolhi morar.

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