“Triste é viver mais de touch do que de toques”

“Triste é viver mais de touch do que de toques”

Imagem de capa: nelen, Shutterstock

“Triste é viver mais de touch do que de toques” – Zack Magiezi

A nossa realidade é respaldada de avanços e sucesso, dizem até que a nossa geração evoluiu muito e continua a evoluir. Mas o que percebo é que, nesse “mundo moderno” em que vivemos, temos deixado cada vez mais para trás coisas importantes.

No mundo “moderno”, as pessoas não se falam mais. Os telefones não param de tocar, devido aos inúmeros compromissos diários. Aquele “vamos marcar algo” fica apenas na teoria e deixamos sempre para depois, porque precisamos terminar a tese de mestrado, entregar o trabalho da faculdade ou estudar para aquela prova. Dispensamos as pessoas e assumimos cada vez mais compromissos.

No mundo moderno, a tecnologia continua a evoluir e a alma humana continua a mesma por aí, esbanjando egoísmo e preconceito, justificando suas intolerâncias com verdades que ela mesma cria. Os gestos afetuosos foram trocados por mensagens nas redes sociais, afinal, é mais fácil, porém, cada vez menos sincero.

Namoro já virou novidade e compromisso é coisa de quem quer perder tempo. A lei do desapego tomou conta e o desinteresse é o que paira sobre as relações. Quanto menos você demonstrar, melhor – esse é o ditame atual.

No mundo moderno, as mãos estão sempre ocupadas para segurar os aparelhos, os tablets, smartphones e afins, mas nunca estão dispostas a saudar com um bom dia as pessoas ao redor ou a ajudar quem tanto precisa de nós. Os olhos estão sempre atentos às mensagens e notificações, mas não conseguem perceber a dor de quem mora ao nosso lado, de quem convive e partilha o dia a dia conosco.

Os ouvidos sempre estão atentos para as novidades, mas não conseguem escutar aquele “eu te amo” ecoado baixinho pelos pais logo pela manhã, ao sair de casa. Não conseguem acolher alguém que precisa apenas do nosso abraço, da nossa força, da nossa coragem.

No mundo moderno, a boca sempre está pronta a indagar e responder bravamente, mas nunca preparada para soar uma palavra que transmita afeto e respeito ao próximo. Vejo cada vez mais ambição e menos compaixão nas pessoas. O tal “subir na vida” não respeita mais o espaço do outro, a ética e o bom senso. A competição é livre e vence quem jogar melhor.

No mundo “moderno”, ter é mais importante do que ser. E a alma humana continua a mesma: acreditando ser superior e dotada de razão, justificando suas falhas ao invés de assumi-las, apontando o dedo para o erro do outro, sem antes mesmo corrigir os seus.

É uma pena que, no mundo moderno, tenham se esquecido daquilo que não se perde com o tempo, daquilo que não sai de moda nunca: o respeito, o amor sincero e o toque acolhedor. Esqueceram-se de que ser feliz é uma proeza e não há nada melhor do que a consciência tranquila no final do dia. De que bonito mesmo é olhar para o outro com compaixão, saber olhar com bondade quem tanto precisa de nós.

Moderno mesmo é o amor que fica depois dos vendavais, quem é corajoso para desbravar uma história de amor e assumir o que sente, mesmo em meio a tanto caos do tal desinteresse.

Bonito mesmo é o respeito com as diferenças, as opiniões e quem evita a todo custo julgar o outro, mesmo quando todos insistem em apontar o dedo. É uma pena, como diz Zack Magiez, que a nossa geração seja cada vez mais do touch e cada vez menos do toque.

“Não existe mãe solteira, mãe não é estado civil”- feliz e nobre colocação do Papa Francisco

“Não existe mãe solteira, mãe não é estado civil”- feliz e nobre colocação do Papa Francisco

Por mais que o tempo passe, alguns ranços teimam em persistir, permeando os valores sociais, distorcidamente, de forma a emperrar os avanços necessários e urgentes. Um deles diz respeito às mulheres que engravidam sem estarem casadas. Sim, por incrível que pareça, ainda existe muita gente que condena, mesmo que veladamente, esse tipo de atitude, culpabilizando tão somente a mulher por uma responsabilidade que não é só dela.

É preciso que duas pessoas estejam envolvidas no ato sexual, para que se conceba uma criança, pois a mulher sozinha só concebe filho sem a presença física do homem com a ajuda da medicina, até onde se sabe. Embora seja a mulher quem abrigará o filho em seu corpo, aquele ser humano que se desenvolve é resultado do ato de duas pessoas, ou seja, tanto o pai quanto a mãe têm sua parcela de responsabilidade sobre as consequências do que ambos fizeram.

Mas, como é a mulher que empresta toda a sua força, abrigando o filho em seu corpo, é sobre ela que os olhares acusatórios se voltam, é contra ela que se atiram as censuras, é sobre ela que os comentários maldosos versam. É como se coubesse somente à mulher os cuidados e responsabilidades para que a gravidez indesejada fosse evitada, como se o homem se isentasse naturalmente de qualquer participação na concepção, afinal, não é a barriga dele que cresce. Quanta injustiça.

E, assim, atrelamos um “solteira” junto à qualidade de mãe, enquanto os pais, também “solteiros”, parecem sair incólumes frente aos atrasos que se juntam ao preconceito nos discursos de muitos. O Papa Francisco não poderia ter sido mais feliz e nobre em sua colocação sobre mãe não ser um estado civil: mães são pessoas que criam os filhos, acompanhadas ou não, simplesmente porque mães se assumem desde o início, ao passo que muitos pais se negam a arcar com o que lhes cabe e, pior, com a conivência de muita gente.

A sociedade necessita urgentemente rever alguns conceitos que, além de equivocados, trazem dor junto à vida de quem justamente precisa de apoio e de força para continuar. Existem mulheres que tomam para si a tarefa de serem mães, tenham ou não gerado a criança em seu ventre, assim como existem homens que assumem a responsabilidade sobre o filho, ao lado daqueles que fogem a qualquer coisa que lhes obrigue a crescer. Porque estado civil das pessoas não diz absolutamente nada a respeito de seu caráter. E ponto.

Campanha “Adote um Avô” une jovens e idosos que vivem em asilos

Campanha “Adote um Avô” une jovens e idosos que vivem em asilos

Imagem de capa: REPRODUÇÃO

A Adopta um Abuelo (Adote um Avô) é uma organização sem fins lucrativos que se encarrega de juntar jovens e idosos. O intuito é incentivá-los a compartilharem experiências, rir, aprender e falar sobre a vida. Além de quebrar preconceitos, o convívio entre eles ajuda a combater a solidão, que segundo o fundador Alberto Cabanes, é o inimigo número um da velhice.

O projeto circula por diversas cidades espanholas e nasceu no Natal de 2013, quando Cabanes foi visitar seu avô Clemente em um lar de idosos. Lá ele conheceu Bernardo, um dos residentes.

Sem filhos, Bernardo contou o seu desejo de ter netos, para que assim pudesse receber a visita deles no Natal. Emocionado ao ouvir o relato, Cabanes não teve dúvida e logo disse: “eu te adoto, Bernardo.”

“Tive a sorte de ser criado pelos meus avós e de aprender com eles valores impagáveis. Ninguém merece estar só. E nos lares há muita solidão”, contou o fundador em entrevista ao jornal El Mundo.

O contato e o cuidado desses jovens netos têm resultados concretos, pois ajuda a diminuir os índices de ansiedade e depressão, melhorando a autoestima.

A iniciativa conta hoje com mais de 200 voluntários, responsáveis pela adoção de aproximadamente 100 idosos.

Se você quer saber mais sobre o projeto ou como pode ajudar, basta clicar no site oficial da campanha.

Alguns vazios são absolutamente cheios de histórias

Alguns vazios são absolutamente cheios de histórias

O que seria de nós sem essa mistura, meio louca, meio linda, e meio atrapalhada, de tantas venturas e desventuras que vão nos arquitetando ao longo dessa jornada?

Amores que deram certo, amores que não chegaram a acontecer, amores com os quais vivemos a sonhar, até aqueles que não deram em nada, ou deram completamente errado… É esse o vento em nossas velas. É isso que nos faz navegar.

De nada vale um dia se não amamos as coisas que temos, o trabalho que escolhemos, os amigos que acolhemos, os planos que tecemos, as vitórias que merecemos e os erros que cometemos. Ainda que nada seja pra sempre. E não é. Ainda, assim, só terá valido a pena qualquer coisa que nos tenha feito sentir amor.

Amor não é só feito de encontros e histórias de romances. Amor é também desencontrar-se do idealismo e das projeções. Abrir espaço, no peito e na vida, para relações que vão além dos finais felizes.

E quem é que quer um final feliz, afinal de contas?! O que a gente quer é que a nossa história seja escrita em capítulos intermináveis. Que haja outros motivos novos pelos quais a gente queira sair da cama, sair na rua, sair do prumo!

E é bom que a gente entenda que haverá dias assim, assim… meio sem sal e sem açúcar. Dias morninhos. Dias de calmaria. Dias que podem oferecer espaço para pausas bem-vindas. Reticências. Vírgulas.

Pausas são aqueles intervalos de gozo ou dor, em que somos agraciados pela vida com algumas chances de aproveitar a própria companhia.

Parar. Respirar. Olhar para os vazios com a mesma amorosidade que se olha para as conquistas ou os sonhos. Páginas em branco podem ser tão lindas quanto aquelas preenchidas de aventuras.

Há vazios que são absolutamente cheios de história. Esses espacinhos vagos, desocupados. Momentos da vida que nos ensinam a silenciar, a não dizer, a observar. Histórias diáfanas, incompletas, singulares.

Parar. Respirar. Dar a si mesmo o tempo necessário de absorver o que foi sorvido na avidez de ser feliz; na ganância de abraçar o mundo sem medir os braços; na voracidade de viver tudo de uma vez, como se amanhã nunca fosse chegar.

O que já foi, é lição dada. Se temos, ou não, a sabedoria de aprender, fica na nossa conta. O que está ao nosso alcance é ler nossas próprias histórias, com o desprendimento necessário para deixar ir o que não cabe mais, e oferecer páginas em branco para que histórias diferentes possam ser escritas.

O que nos cabe é a imensidão de novas e insondáveis oportunidades. Outros erros. Quem sabe alguns acertos. E a certeza absoluta de que é no improvável que reside o gosto da vida. Porque sabores previsíveis acabam perdendo a graça e lições que se repetem não servem para quase nada.

Imagem de capa meramente ilustrativa: cena do belíssimo filme “Out of Africa”.

A era do medo crônico

A era do medo crônico

Imagem de capa: Everett Collection, Shutterstock

Tenho me deparado nos últimos tempos com pessoas que sofrem de medo crônico:

Medo de andar sozinho na rua, medo de dormir de janela aberta e algum bicho entrar; medo de perder a carteira, medo de se atrasar, medo de comer algo e passar mal, medo de perder algum prazo, medo de perder o (a) namorado (a), medo de ser incompreendido, medo de não realizar os próprios sonhos.

É claro que a falta de segurança nos grandes centros urbanos, bem como o aumento da violência, contribuem para o crescimento desse tipo de sentimento, e é claro também que devemos nos manter alertas para evitar certos perigos reais. Caminhar na orla do Rio de Janeiro ou na Avenida Paulista às onze da noite falando distraidamente num iPhone, por exemplo,  é dar sopa para o azar. Uma pena que seja assim, mas…

Uma pessoa que já foi assaltada diversas vezes, logicamente terá medo de passar pelo desconforto novamente. Como diz o velho ditado, “gato escaldado tem medo de água fria”. A instabilidade econômica também gera um medo real de perdermos nossos empregos, isso é natural.

Mas será que todos os nossos medos são reais?

Desconfio seriamente que não. E desconfio, também, que se não lutamos contra esses fantasmas eles acabam proliferando e se tornando um modo de ver a vida e, portanto, de estar no mundo.

Isso não seria um problema, se a mente condicionada no medo não gerasse tanto desconforto e sofrimento e não impedisse avanços e conquistas.

Para quê serve o medo, afinal? Numa primeira instância, para nos proteger. Ok. Porém ele nos protege de quê, exatamente?

Talvez de nós mesmos. Talvez da surra que daremos em nós mesmos se cometermos algum erro, se dermos mole em algo.

Tenho notado que as pessoas mais condicionadas na energia do medo são aquelas que exigem muito de si e não se permitem errar; pessoas que se preocupam demais com o que os outros possam falar ou pensar delas, que se maltratam em demasia quando cometem um pequeno deslize e que são, portanto, extremamente vaidosas.

O que pode nos levar a crer que o medo talvez possa ser um efeito colateral da vaidade, não?

O vaidoso não é aquele que cuida da aparência ou que se julga acima do bem e do mal. O vaidoso é aquele que não suporta a ideia de não ser bem quisto e bem visto por todos –  o que é impossível, nem Jesus Cristo e o brigadeiro de panela conseguiram essa façanha.

O contrário do medo não é a coragem. Corajosos são os que sentem medo e prosseguem apesar do medo.

O contrário do medo é a humildade. A humildade de reconhecer os próprios limites, de saber-se falho por natureza, de não querer agradar a todos, de não esmorecer diante de uma crítica, de saber-se impotente diante do grande mistério chamado “vida”.

Todavia ninguém padece de vaidade porque quer, trata-se de um mecanismo de defesa como qualquer outro, e, como qualquer outro mecanismo de defesa, acaba ativando emoções nada gratas, como o medo.

Sente medo quem não quer perder a admiração de alguém. Sente medo quem não conhece a própria força. Sente medo quem finge ser o que não é. Sente medo quem precisa desesperadamente de amor – não o amor das carnes, o amor do meio-dia, mas o amor pelo que se é; o amor que aceita e conforta, que dá sentido às coisas e que, ao invés de despir, oferta a melhor das roupas: a nossa própria pele.

É quando estamos nus de nossas vaidades e vontades que os medos se transformam no que realmente são: pequenos brincos perdidos no chão.

Ter fé e ver coragem no amor

Ter fé e ver coragem no amor

Imagem de capa: Hrecheniuk Oleksii, Shutterstock

Quem pensa que estamos distantes do amar, não sabe por quantos abraços já passamos para chegarmos até aqui. Vai muito além dos pesos e medidas embutidos nos relacionamentos frágeis e clichês. Não precisamos disso. Somos dois recipientes que transbordam cumplicidade pelos lábios. Ter fé e coragem no amor é o nosso lema, é a nossa história.

Estar com você dá um sossego na alma. Quando trocamos olhares, egos passam longe. É admiração mútua sem uma necessidade de cobranças e compensações. Apenas entregamos palavras, depositamos carinhos e permitimos êxtases. Não existe dúvida no tempo compartilhado. Todos os dias você me mostra que sorrisos são a melhor forma de demonstrar respeito e empatia. E fico tranquilo, afastando qualquer resquício de preocupação ao saber da nossa entrega por escolha.

Tenho fé em nós. Enxergo coragem em nós. Porque seguimos sinceros na contramão dos amores construídos através de encomendas e curtidas. Quem me vê desacompanhado de promessas, desconhece que você é o motivo. Abandonei, amores atrás, essa coisa de ficar declarando juras para falar de sentimentos. É bem mais honesto confiar no amor um instante por vez, gestos por dia. Desse jeito, não somente reconhecemos e contemplamos momentos com mais ternuras, como também traduzimos, sem ruídos, esse querer de dois.

Mas, acima de tudo, é importante deixar claro que você é livre, tanto para ficar quanto para ir embora. O que seria do amor se não entendêssemos que a sua amplitude reside na transitoriedade? Amar é movimento contínuo, indefinido e impreciso.

Quem pensa que estamos próximos do desamor, não sabe por quantas partidas já passamos para chegarmos até aqui. Vai muito além das indiferenças e possíveis opostos comentados nos relacionamentos preguiçosos e sem perdões. Não precisamos disso. Somos metades que não se preocupam com preenchimentos, mas que fazem questão de somar.

Ter fé e coragem no amor é o nosso princípio, meio e fim.

Sobre homofóbicos, machões, racistas e outros tipos que não gostam de gente.

Sobre homofóbicos, machões, racistas e outros tipos que não gostam de gente.

Imagem de capa: kudla, Shutterstock

Quando eu crescer, quando eu for mais que esse velho ranzinza de cara feia, esse operário aborrecido que mal consegue pagar o aluguel, esse amigo ingrato e distante de tanta gente amiga, ahh… eu bem me aplico a compreender o que passa na cabeça de um homofóbico, um machão, um xenófobo, um racista ou qualquer outra criatura que dedica a própria vida a incomodar a dos outros.

Você sabe como é difícil esse negócio de tratar das nossas próprias atribuições. Dá um trabalho danado. Toma tempo! Há sempre mais e mais o que fazer. Quem se ocupa com empenho de seu dia depois do outro pratica a arte do malabarismo, corre de um lado a outro equilibrando pratos em varetas delicadas, cospe fogo, anda na corda bamba, salta no trapézio sem rede. Cuidar da própria vida é mão de obra espinhosa, serviço pesado. E ainda tem gente que consegue aporrinhar e perseguir a vida alheia.

É muito esforço. Os semideuses que dão conta de tal proeza devem se importar de verdade com aqueles a quem perseguem. Se isso não é amor velado e mal resolvido, é um ódio violento e descarado. Aqui comigo, silencioso para não incomodar, eu tenho a impressão de que é pura raiva incontrolável, malquerença profunda, incontido recalque. Nada mais que isso.

Misóginos convictos de seu ódio irrestrito por mulheres, machões orgulhosos de sua masculinidade babando raiva dos homossexuais, racistas, fascistas, xenófobos e outros espécimes convencidos de sua superioridade em relação ao outro têm no mínimo um aspecto medonho em comum: eles são gente que não gosta de gente.

O canalha que espanca a mulher é pior do que um mero covarde e um criminoso rasteiro. É alguém que não gosta de gente. Quem persegue os que têm uma orientação sexual diversa da sua não é só homofóbico. É alguém que não gosta de gente. Quem deprecia, humilha e espezinha um ser humano pela cor de sua pele, o lugar onde nasceu ou o conteúdo de sua conta bancária é mais que um habitante do limbo moral onde vegetam os canalhas. É alguém que não gosta de gente.

Quem se presta a esse tipo de coisa devia ser estudado. De suas glândulas há de brotar substâncias que a ciência bem podia usar na produção de antídotos para tanto veneno, como das cobras saem os soros antiofídicos. É um mundo livre, Meu Deus! Cercear o voo dos outros, limitar seus movimentos como quem corta as asas de uma calopsita só pode ser coisa de quem não suporta o fato de que o mundo é habitado por seres diferentes, diversos, distintos, livres para ser o que são.

Um dia eu me aplico a compreender quem não tolera a liberdade do outro. Hoje não dá. Eu tenho mais o que fazer e o aluguel vai vencer de novo. Hoje não. Mas um dia. Um dia.

Tenha por dentro a mesma beleza que você expõe por fora

Tenha por dentro a mesma beleza que você expõe por fora

Imagem de capa: Veles Studio, Shutterstock

Não sejamos hipócritas: aparência importa sim! Importa em uma apresentação de trabalho, importa na vida social, importa para a autoestima e importa até, no primeiro encontro com aquela pessoa que você quer sair há séculos.

Sem contar que a aparência diz muito sobre quem somos e revela traços marcantes da nossa personalidade. Mas, chega uma hora em que é necessário mostrar além da beleza física. É necessário que outras qualidades como inteligência, senso de humor e generosidade venham à tona e deixem explícito quem, realmente, somos.

Entrar em uma calça 38 é mágico! Sentimo-nos as próprias mulheres maravilhas (sem o cinturão e o poder de voar). Mario Quintana tinha até um jeito irônico de dizer que a beleza física é tão importante quanto à interior: “dizes que a beleza não é nada? Imagina um hipopótamo com alma de anjo… Sim, ele poderá convencer os outros de sua angelitude – mas que trabalheira!” Não há como discordar. Claro que o ser humano é formado por um conjunto de qualidades que o tornam belo e isso envolve o físico, o interior e suas atitudes.

Chamar a atenção pela beleza externa é bom, mas você já experimentou encantar as pessoas com sua inteligência e com seu bom humor? Já sentiu a sensação de ser admirada por ser, simplesmente, você? Não tem silicone, bronzeamento a jato e 50 kgs cravados em uma balança que superem o prazer de uma boa conversa. Pessoas bem humoradas são agradáveis , inteligentes e estar perto delas é, no mínimo, apaixonante. José Ortega y Gasset dizia que “a beleza que seduz poucas vezes coincide com a beleza que faz apaixonar.”

Lembra da famosa frase de Antoine de Saint-Exupéry, em “O Pequeno Príncipe”: “Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos?” Então, não são os olhos que devem se lembrar da sua verdadeira beleza, é a alma. Pessoas bem resolvidas demonstram coerência entre aparência e essência e deixam isso explícito em suas atitudes diárias.

Claro que é importante cuidar da saúde e ficar atento a ela, mas cuidar da mente e do autocontrole emocional é tão importantes quanto. Karl Marx dizia que “se a aparência e a essência das coisas coincidissem, a ciência seria desnecessária.” Seu currículo pode ser invejado e a Apple e a Microsoft podem ser suas referências profissionais, mas se você desconhecer as palavras ética, caráter e humildade, sua reputação estará condenada a afundar mais rápido que uma âncora jogada ao mar.

Mesmo com os valores invertidos na sociedade, o “ter” jamais terá mais valor que o “ser”. Não importa se você tem o título de Miss Universo, o corpo mais definido que uma fisiculturista e toma mais Whey do que água. As pessoas não ligam para isso. Elas se importam com a forma como você as trata. As pessoas lembrarão de você pela generosidade que pratica, pela bondade que carrega dentro de peito e pelo sentimento que despertou nelas, seja bom ou ruim.

Nada contra gente sarada. Acho lindo (confesso que até queria ter aquele gominhos no abdômen)! Mas queremos gente sarada por dentro e por fora. Dessas que comem batata doce e batata frita. Que tomam suco verde, mas que não tentam convencer o outro de que é a melhor coisa do mundo. Que entrem em suas calças 38, mas que respeitem as nossas calças 44. Que chorem fazendo seus abdominais, mas riam com nossas piadas nos finais de semana. Gente que aparenta ser bonita por fora e que é maravilhosa por dentro.

Sabe, bonito mesmo é cumprimentar o senhor que busca as latinhas na rua da sua casa pelo nome. É sair para correr e levar água para os cachorrinhos de rua. É deixar mais leve a vida de quem carrega mais peso que você na academia, distribuindo amor, carinho e atenção. É deixar o narcisismo de lado e ser mais humilde.

Pele enruga, cabelo cai, corpo muda. O que fica mesmo é o bem que você fez para quem nunca pode te retribuir. Como dizia Nelson Rodrigues: “Ser bonita não interessa, seja interessante…”

A arte de ser feliz em pequenos instantes

A arte de ser feliz em pequenos instantes

Imagem de capa: KIRAYONAK YULIYA, Shutterstock

Embora tenhamos claro que a felicidade é uma construção diária, muitas vezes perdemos momentos únicos planejando-a. O tempo faz pressões para que sejamos tudo ao mesmo tempo agora e, em vez de saborearmos o hoje, escolhemos viver o amanhã. A arte de ser feliz deve ser focada em pequenos instantes. Ainda que sejam passageiros, é onde residem as melhores e mais sinceras experiências.

A vida não pode ser uma sucessão de obrigações e boletos a pagar. É importante abraçarmos cada sensação, como se fosse a primeira e a última de nossas vidas. Contemplar o novo, revisitar o gasto e criar o oportuno. Precisamos de mais coragem para sermos inteiros. Nada de esperarmos que a vida nos preencha lacunas. É nossa responsabilidade reconhecermos o querer primeiro. É afundar os pés na areia, sentir o cheiro da chuva no fim da tarde, comer algo com prazer, compartilhar mãos com quem se quer estar. Já que somos efêmeros, nada mais justo que apoiarmos a nossa própria felicidade o quanto pudermos, em qualquer lugar que estivermos.

Existe graça, leveza e virtude no amor derramado sem porquês. Sejamos artistas ao tratarmos dos nossos sorrisos. Sejamos acrobatas ao riscarmos infelicidades e maldades daqueles que não somam. Deixemos de lado os medos passados e, sem mais delongas, atentemos para um presente intrínseco. Egoísmo é querermos fazer adiamentos de uma paz possível para todos. Não se joga com afetos e liberdades. Só os ignorantes carregam descasos e saltam os olhos para o outro.

Banhemo-nos em gratidão. A felicidade é para ser urgente e inteira. Tenhamos pressa porque, antes que os próximos instantes alcancem a finitude futura, temos todo um espaço concebido por grandiosidades, doçuras e outras gotas mais de viver.

Amor pra mim é como café: não poder ser morno, precisa ser quente.

Amor pra mim é como café: não poder ser morno, precisa ser quente.

Imagem de capa: doodko, Shutterstock

Eu sinto falta de toda a nossa magia e de como tudo era tão bonito logo no início. Eu sinto falta dos seus abraços na chegada e dos seus beijos na despedida. Eu queria acreditar que tudo está exatamente como antes e que houve mudanças e evoluções entre nós. Mas esse amor, que antes era furacão, hoje virou tempestade.

Eu queria estar errada quando sinto que está tudo diferente entre a gente e queria que fosse verdade quando você me dissesse que está tudo bem. Enganos e mais enganos e nós estamos nos afundando. Eu queria os seus anseios novamente, seus elogios inesperados e aqueles bilhetes colocados no meio de um livro velho, ou na porta do meu guarda-roupa novo. Eu queria sentir que ainda somos dois inteiros e não metades. Queria ver o nosso amor sendo par e não ímpar. Achei ser loucura, achei ser saudade, achei ser falta ou exagero. Tentei encontrar respostas, mas as incógnitas permaneciam ali me torturando.

Achei que, talvez, se eu mudasse o corte de cabelo ou comprasse uma roupa nova, fizesse a sua sobremesa preferida, as coisas iram se acertar, as coisas iriam mudar. Enganos e mais enganos e nós estamos afundando. Eu sei que o amor tem dessas de não ser mais novidade depois de um tempo, mas é aí que a sua essência mora. É continuar achando o outro interessante, mesmo que a novidade desapareça, que o corte de cabelo do primeiro encontro cresça e que as palavras “linda” e “bonita” tornem-se chamamentos, em vez de adjetivos. Eu sei que o amor é isso, uma espécie de vício: quanto mais se tem, mais se quer. Por isso eu quero muito de nós. E já não me acho tão errada em pensar assim. Já não acho mais loucura querer um amor nesse ritmo bagunçado.

Não tem essa de esfriar, de se esquecer de elogiar, porque eu já sei o quanto você me acha bonita. Não tem essa de não sair mais, porque já conhecemos muitos lugares, ou de deixar as coisas como estão, porque, sei lá, “está bom assim”. Não exijo de você atenção o tempo todo, isso já é loucura, só volte a me mandar mensagens inesperadas dizendo que pensou em mim quando viu meu chocolate favorito no mercado. Só não deixe de dizer o quanto meu pijama velho combina com o meu mau humor matinal e como eu fico linda quando estou brava.

Só não deixe de elogiar minhas receitas, mesmo que esteja faltando sal ou que eu tenha exagerado no açúcar. Não deixe de comprar um ingresso daquele filme que eu pedi que você assistisse comigo e de deslizar seus dedos em minhas mãos, como quem quer prestar atenção no filme, mas também quer dar carinho. Eu lhe peço que não deixe de me beijar na testa enquanto esperamos o elevador e de me dar um beijo na bochecha quando eu escolher o lanche do cardápio. De roubar beijos e sorrisos e de me esmagar com seus abraços. Só não deixe de me amar por pouca coisa, ou de achar que já está tudo ganho entre nós.

Nós não precisamos nos afundar, nós precisamos ganhar um ao outro todos os dias. Amor, para mim, é feito café: não poder ser morno, precisa ser quente.

Minha casa e meu corpo são meus templos

Minha casa e meu corpo são meus templos

Imagem de capa: lzf, Shutterstock

Minha casa e meu corpo são meus templos. São espaços de liberdade, de amor e de respeito. Eu cuido da parte de fora e de dentro, eu compartilho meus sorrisos e ensinamentos, eu abro os braços nos meus dias de sol, eu tenho colo e acalento, mas também fecho as janelas para agitadas tempestades que querem me invadir, bagunçar, entrar e sair sem nem descalçar os sapatos, sem pedir licença, sem olhar nos olhos.

Aqui não é bem-vindo quem quer entrar sem ser convidado, ou sem tomar cuidado, sem jeito, sem tato. Minha casa e meu corpo são sagrados. Ofereço um café e um cafuné para quem se aproxima com boas intenções, quem traz uma oferenda, um ensinamento, um beijo, uma flor e com desprendimento deixa uma prenda perto do meu coração, que é meu altar.

Eu cuido dos sentimentos que nessa pele correm, eu olho com atenção para as flores que crescem na varanda. Eu celebro com comidas e bebidas as boas companhias e me fecho feito casulo nos dias de escassez energética. As portas não estão sempre abertas, a entrada não é livre e nem franca, minha casa e meu corpo não são a casa da mãe joana.

Não é só chegar, puxar um papo e uma cadeira, não é só tocar a campainha, não é tentando espiar pela fechadura, não é invadindo, exigindo, entrando, abrindo, ficando, se sentindo em casa. Dessa forma aqui você não vai conseguir nada.

Minha casa e meu corpo não são seus, são meus. Se eu te der passagem, pode sim ficar à vontade, abrir a geladeira, tomar uma cerveja, ser você mesmo. Pode sim fazer uma visita, desarrear as bagagens e os pesos do corpo, esticar as pernas, abrir o coração. Pode pegar um livro, pode cuidar dos bichos, pode relaxar, fechar os olhos, deixar os ventos te renovarem inteiro.

Aqui tem sim liberdade de expressão, espaço para deixar fluir a imaginação, um prato extra na hora da refeição, mas também tem limites, tem reclusão, tem a minha palavra contra (ou a favor) da sua intenção.

Por isso venha, mas peça licença, fale a senha, chegue com cuidado, carinho e devoção. Se for de minha vontade, se for pela nossa verdade, as minhas portas e janelas se abrirão.

10 dicas pra 2017 ser mais leve

10 dicas pra 2017 ser mais leve

Imagem de capa: Sjale, Shutterstock

Fiz algumas anotações no meu caderninho do ano passado e resolvi compartilhar aqui, já que são algumas dicas pra tornar a vida mais fácil de ser vivida. Claro que existem algumas coisas muito particulares e não vão ter nada a ver com você, mas acho que dá para encaixar algumas coisas na vida de todo mundo.

1 – Beber pelo menos 3 litros de água por dia

Acredite, beber água o tempo todo é bom para TUDO. Inclusive para o seu humor. É só andar com uma garrafinha de água e enchê-la sempre que der. No começo você vai esquecer, mas, depois, seu corpo vai pedir água o tempo todo.

2 – Assistir a algum TED, ou procurar pela Internet qualquer assunto de que você goste

Uma das coisas que mais me deixa feliz é aprender alguma coisa nova por que eu me interesse. Eu começo a pesquisar e fico o dia todo ou a semana toda debruçada naquele universo novo tentando entender mais, descobrir mais, discutir mais. “A mente não alimentada devora a si mesma.”

3 – Andar mais a pé

Andar a pé é uma forma de fazer exercício, mas você não anda pensando que está se exercitando e, mesmo assim, está liberando endorfina. O legal de andar a pé é poder observar tudo à sua volta. Observar os detalhes da rua em que você sempre passa, ver como as pessoas reagem, como a luz do dia muda totalmente a vibe do lugar, dependendo da hora.

4 – Descomplicar tudo

Pense duas vezes antes de criar caso com alguma coisa, ou antes de reclamar. Respire fundo, guarde para você. Se for realmente necessário, fale numa boa, sem soltar faísca.

5 – Não deixar os monstrinhos da cabeça (nóias) o dominarem

Você precisa prestar atenção ao que é real.  A gente não controla nada, muito menos o que as pessoas pensam. Preste atenção na realidade e se apegue a isso, em vez de ficar criando uma realidade paralela na sua cabeça. Se a pessoa não parece interessada, aja como se ela não estivesse interessada, em vez de fica criando mil e uma histórias para justificar a ausência dela. Só ela tem a resposta. Se a pessoa estiver lhe dando atenção e parecer gostar de você, não invente que ela não está nem aí. Tente se guiar pelas ações, mais do que pela sua imaginação. Não estou dizendo que é fácil, mas é a única forma de não entrar em parafuso.

6 – Dar a louca de vez em quando

Pode dar a louca, mas sem interferir na liberdade de qualquer outra pessoa, ok? Quando eu digo dar a louca, eu digo se permitir sentir as coisas lá do fundo do estômago. Permitir-se errar, permitir-se sentir, permitir-se perguntar, escrever uma carta de amor, ou uma carta esculhambando tudo de vez. Sair por aí, comprar uma passagem para a Tailândia, dividida em 12 vezes, pegar o carro e cair na estrada, beber todas, experimentar o mundo ou se esconder dele.

7 – Usar mais acessórios malucos, tipo peruca, unhas postiças, cílios coloridos

Essa é uma das minhas metas para este ano! Eu amo me fantasiar, amo glitter, amo peruca, amo poder ser outro personagem. Então, por que não? Por que só no carnaval a gente pode sair por aí fantasiado de alguma coisa? É tão mais divertido poder ser qualquer coisa em qualquer dia.

8 – Ler pelo menos um livro por mês

Gente, tem atividade mais gostosa do que viajar sem sair do lugar, viver outra vida sem parar a sua, aprender, refletir, conversar com você mesmo e se envolver com personagens? Então, vamos praticar isso mais!

9 – Pensar mais na sua saúde mental do que na estética perfeita

Eu abro o instagram e me deparo com um monte de corpos sarados o dia inteiro. As pessoas só falam sobre isso o tempo todo e eu comecei a perceber que estava gastando mais tempo do que o necessário pensando em como ficar com o corpo perfeito, se é que isso existe. Minha meta é ser saudável, comer bem e me exercitar, porque isso é bom para o meu equilíbrio e não porque eu quero ficar com a barriga da (insira qualquer blogueira fitness aqui). Acho que não tem problema nenhuuuuuum querer melhorar, ficar mais bonito, sentir-se mais confiante. O problema é quando isso passa a ser uma paranóia e não um estímulo.

10 – Conectar-se mais com tudo

Conectar-se com pessoas que estão longe ou perto. Conectar-se com pessoas desconhecidas. Conectar-se com a natureza, com as coisas inanimadas, com as histórias, com uma obra de arte. Conectar-se com você mesmo. Acho que “conectar” é a palavra do século e a palavra da minha vida.  Arte é conectar, amor é conectar, viver é conectar. O barato da vida é se sentir conectado com o que quer que seja. É a única forma de se sentir pleno.

Desacelere e olhe para o lado

Desacelere e olhe para o lado

Imagem de capa: Antonio Guillem, Shutterstock

A vida anda tão corrida e num ritmo frenético de 140 caracteres que tudo tem que ser rápido, objetivo e sucinto. Nada mais tem seu próprio tempo e momento, as coisas são apressadas e aceleradas o máximo possível.

Parece que temos medo do silêncio, das pausas, da reflexão. Não queremos esperar por mais nada e tudo tem que ser na hora e quando queremos, se possível, antes ainda.

Nosso dia parece ter menos horas em comparação a quantidade de coisas que temos que fazer. Estamos vivendo no looping, no piloto-automático, estamos igual a um avestruz com a cabeça enfiada debaixo da terra e não estamos nos dando conta nem de quem está ao nosso lado.

Não estamos presentes, não estamos acordados para o que está acontecendo ao nosso redor. Estamos cada vez mais autocentrados e focados apenas no que nos interessa, naquilo que queremos, e como iremos conseguir. Temos planejamento para os próximos cinco anos, metas, sonhos e nada vai nos parar até chegarmos lá, até o topo, até o cume do sucesso que tanto ansiamos.

Estamos tratando os outros como peças de xadrez, como instrumentos para um fim, como algo descartável. Não podemos tratar as pessoas dessa forma, como seres substituíveis, como algo para abrirmos mão quando não for mais necessário ou útil pra gente.

Temos toda essa tecnologia ao nosso favor para facilitar o nosso dia a dia, nosso processo de trabalho ou para encurtar as distâncias com quem a gente ama, mas parece que ao invés de termos mais tempo para vida real e o que realmente importa, temos cada vez menos disponibilidade para o outro, para a sua rotina, para sua vida.

A cultura do faça mais com menos, onde tudo tem que caber nos caracteres do Twitter ou nas 24 horas do snapchat.
Tudo é efêmero e instantâneo, parece que estamos em uma esteira aonde não podemos parar ou diminuir a velocidade ao longo do caminho.

Estamos presos a um status quo, ao que está preestabelecido e não vemos uma maneira possível de desacelerar sem ficar pra trás, sem ser sugado pelo olho do furacão.

Não acho que o problema seja a falta de tempo, o quão ocupado ou sobrecarregados estamos. De uma forma ou de outra, estamos todos no mesmo barco, naufragando em obrigações, reuniões e contas pra pagar. Acho que a disponibilidade tem muito mais a ver com o que é prioridade pra gente do que a nossa eterna correria e falta de tempo.

Quando alguém é importante, quando adoramos determinado programa ou ver os amigos está no top 5 da nossa lista de prioridades, a gente arruma tempo sim, sem ‘mas’, sem exceções ou desculpas. Tem coisas na vida que são complicadas e difíceis de entender, mas isso é bem simples.

Quando a gente quer tá junto, quando a gente quer tá o mais perto possível na vida do outro, participar ativamente da vida de alguém, a gente comparece, a gente tá ali, sempre ao alcance de um abraço, de um telefonema, nem que seja de um áudio do WhatsApp e pronto.

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