Pessoas livres não enclausuram outras pessoas

Pessoas livres não enclausuram outras pessoas

Imagem: Jacob Lund/shutterstock

Pessoas livres têm uma perspectiva interessante do mundo e das relações. Não cultivam o medo dos rompimentos, não constroem armadilhas para prender outras pessoas.

Pessoas livres enxergam beleza na fragilidade dos encontros, se fortalecem de momentos felizes, vivenciam as fases difíceis e comemoram intensamente as superações e progressos.

Não alimentam neuroses, não sentam ao lado de paranoias, não dão conversa para os pensamentos possessivos. Sabem que nada nem ninguém lhes pertence e jamais pertencerão. Pessoas livres convivem com idas e vindas sem grandes dores. No máximo, saudades e recordações, até mesmo as tristes e doloridas.

Ninguém jamais será aprisionado por uma pessoa livre! Ainda que possa parecer desamor, uma pessoa livre não concebe a prisão como forma de vida. E tanta gente se querendo aprisionar, obedecer, se submeter… Uma ordem não natural das coisas que a gente acaba se acostumando, e as pessoas livres transgridem, ainda bem.

Da mesma forma, nunca será possível encarcerar uma pessoa livre. As mais fabulosas e criativas maneiras terminarão em fracasso e frustração. A pior das notícias para os dominadores de plantão.

Ser livre é estado de espírito. Estar livre é momento sublime. Quando nada prende, a gente sabe exatamente onde e com quem quer estar. Pessoas livres nos mostram o caminho, mas quase sempre preferimos as correntes e os segredos dos cadeados. E damos passos tão curtos quanto pequena é a corda que nos aprisiona.

Se o mundo é dos que não se acovardam, a liberdade é para os que enfrentam o que vida lhes oferece. Aceites, recusas, êxitos, fracassos, amores intensos, infidelidades, mentiras, verdades… Liberdade é conviver com tudo o que faz parte da vida sem negociar o direito de viver plena e pessoalmente.

Não há proteção nem conforto, tampouco promessas e esperanças, que paguem o preço de uma liberdade. Pessoas livres sabem disso e aprendem bem cedo que, mais valem passos errantes no mundo, do que uma bola de ferro nos tornozelos.

Quando os pais atrapalham os filhos

Quando os pais atrapalham os filhos

Imagem: Breslavtsev Oleg/shutterstock

A menina tem 13 anos e o menino 15. Estão sempre juntos, na companhia dos amigos, dos pais, dos responsáveis, do grupo de jovens da igreja.

Mal se tocam, nem pegam na mão, mas todo mundo sabe que ali se formou uma duplinha inseparável. Riem ao mesmo tempo. Ficam vermelhos ao mesmo tempo. Acham graça de tudo. Dançam sem se tocar.

Não se importam de andar sempre em grupos de amigos ou de parentes. No meio da festa, de repente, ambos se voltam para o celular, para uma plataforma digital qualquer, e silenciam. Pare o mundo que eles estão jogando. A prioridade é o jogo. Jogos de ação, tiros, fugas, explosões cinematográficas. Abstraídos da realidade voltam a ser crianças ganhando, perdendo, esboçando reações de alegria, de raiva, de medo ,buscando resultados e placares que só a cada um deles interessa.

São namorados ou são amigos? São os dois.
São jovens ou são crianças? São os dois.
É amor ou é paquera? É amor e é paquera.
Uma fase que veio para NÃO ficar. Uma experiência sazonal, dessas que não deixam marcas.

Um dia, acaba: deixam de se ver. No outro, mal se cumprimentam. E mais um outro, são capazes de jurar que nem se conhecem. Trocam de igreja, são transferidos de colégio, mudam de cidade. Acaba.

Poderia ser diferente? Poderia!

Poderia ser o principio de um namoro adulto, de um noivado adulto, de um casamento adulto, que fosse eterno enquanto durasse, ou até para sempre, desde que a relação ganhasse estabilidade e contornos de uma realidade estável e planejada.

Aos poucos e sempre, um passo de cada vez. E por que não ganha? Por falta de interesses comuns? Nem sempre!

Muitas vezes o que falta é o crédito dos adultos. Sem o crédito emprestado, o jovem casal recém formado não tem estrutura emocional para vencer as fases da vida.

Quando se conheceram, a menina acreditava no menino, e o menino acreditava na menina. Ambos acreditavam em si e nem sabiam que estavam em construção. Ele se viam prontos, porque se correspondiam, porque estavam ombreados, no mesmo estágio.

Ela o via como sempre viu: um menino divertido. Não percebia as pernas finas, a voz que ora falava grosso, ora falava fino, o rosto imberbe, o corpo desengonçado.

O menino não reparava que ela era a gordinha da sala, que tinha espinhas no rosto, e uma barriguinha que se insinuava sob a camiseta baby look.

Ele olhava para ela e a via como amenina mais legal da terra.Ela olhava para ele e o via como um porto seguro, um cara que a defenderia em qualquer circunstância, e se fosse preciso, partiria para a porrada.

Até que chega a irmã mais velha, o irmão mais velho, a mãe, a prima, o primo, ou qualquer pessoa da família, e aponta o primeiro defeito. Depois outro, e outro, e mais outro, quase todos relativos à aparência física, ou à forma de se portar. A sabotagem começa.

Nessa idade, os relacionamentos se desfazem por nada. Por um tênis. Por uma botina. Por um jeito de dançar. Por um jeito de sentar sem jeito. Por uma postura relaxada. Por comer com muita fome. Por não comer. Por falar que tem preguiça de estudar. Por não falar nada.

Os pais não têm paciência para cozinhar em banho-maria uma nora ou um genro em construção. As famílias não percebem que todo edifício começa com um alicerce e se constrói tijolinho a tijolinho. Querem ver o edifício pronto da noite para o dia. E desse jeito, sob uma montanha de censuras veladas ou declaradas, um jovem de boa família, e uma jovem de boa família, se perdem por culpa das respectivas famílias: o envolvimento acaba.

Anos depois aquele jovem desabrochou, atingiu a maturidade, virou um profissional competente, ganhou músculos e nervos de aço, aprendeu a sentar, a falar, a conduzir-se na vida. Está noivo, vai se casar. A noiva lembra um pouco o amor da sua adolescência. Que ele nunca mais viu.

Aquela jovem ganhou altura, emagreceu, as espinhas sumiram, o corpo ganhou contornos de feminilidade, o trabalho fez dela uma mulher segura que não precisa de um protetor, mas oh mundo cruel, ela ainda precisa de um homem para chamar de seu, e não consegue vislumbrar nenhum no seu horizonte de executiva.

Os homens sumiram. Os que ficaram, querem só FICAR.

Sem querer parecer dramática, mas já colocando na vitrola o Luciano Paravarotti cantando O Sole Mio – e você que me aguente -, quero encerrar dizendo isto:

Pais não atrapalhem a vida dos seus filhos .Deixem que eles decidam por si o que lhes for melhor, no momento da decisão.

Se o amor acabar no meio do caminho, eles saberão. Se o amor se fortalecer no meio do caminho, eles também saberão. Mas se vocês atrapalharem, no início do caminho, eles nunca saberão.

Um perverso tipo parasita pode ser aquele que habita sua casa

Um perverso tipo parasita pode ser aquele que habita sua casa

Imagem: ferasphoto/shutterstock

Algum tempo atrás falei a respeito do narcisista bem sucedido, endinheirado e como ele usa sua posição e recursos para convidar seus alvos para dentro de sua vida, assumindo não só todas as obrigações financeiras, mas também o controle, exercendo poder ilimitado sobre o outro indivíduo.

Proporcionam uma boa vida ao custo da identidade e dignidade do outro. Para esse tipo, tudo o que é de seu alvo é inferior ou inadequado: família e amigos não prestam, seus pertences são defeituosos ou não bons o suficiente, suas conquistas não têm valor, ou seja, sem ele seu alvo não é nada.

No outro extremo encontramos o perverso narcisista do tipo parasita que também roubará a identidade e dignidade de seus pares, mas não só. O parasita é charmoso, sociável e vitimista. Ele encanta por onde chega, é simpático, carismático, faz amigos com muita rapidez e ganha facilmente a confiança de todos.

O parasita pode ter ou não boa formação acadêmica, mas invariavelmente é mal sucedido na vida profissional. Ele é instável, não consegue, a despeito dos estudos ou oportunidades que surjam, crescer profissionalmente e se firmar de alguma forma.

Todos os seus empreendimentos acabam por ruir, pois é péssimo administrador. Sua grandiosidade não lhe permite seguir o curso natural do crescimento e a manutenção estável de dedicação diária. Quer tudo para ontem e muito. Seu senso de merecimento lhe diz que deve de pronto ocupar um alto cargo ou ganhar mais que os outros, ser ajudado ou favorecido.

Esforço e dedicação são coisas para mortais. O parasita narcisista merece mais, tudo e rápido. Ele é especial. Vitimista, atribui seu insucesso às outras pessoas, às circunstâncias ou a planos futuros que “logo serão colocados em prática”, o que nunca ocorre, por culpa de todos ao seu redor, é claro.

Exatamente por ser eloquente, articulado, carismático e vitimista, o perverso parasita encontrará com facilidade alvos que lhe proporcionem um vida boa enquanto ele “ajeita as coisas” ou “fecha aquele grande negócio”. Para ser sustentado e cuidado, colocará sua mira egoística sobre pessoas bem sucedidas ou com emprego estável, de preferência que morem sozinhas e se mostrem solitárias, sem uma boa rede de apoio ou carentes.

Antes de encontrar esse alvo provedor, parasitam em cima dos pais, que não percebem que são adultos de 30, 40 anos ou mais, e não criancinhas incapazes. Outras vezes, os pais até percebem o fracasso que é a personalidade de seu rebento, mas carregam esse peso insuportável, pois se sentem ameaçados, reféns, culpados ou simplesmente não conseguem impor limites à cria parasita e vitimista.

Rapidamente, o enredamento, bombardeamento de amor e aparente interesse numa relação séria vão deixar o alvo tão distraído e confiante que não perceberá que em questão de semanas ou meses, o parasita já terá se instalado em sua casa, onde passa a se comportar como dono ou já estará usando seu carro, seu cartão, suas coisas como se o alvo tivesse a obrigação de prover seu conforto como pagamento por “aquele ser incrível tê-lo escolhido”.

Muitas vezes, com a crueldade e manipulação que lhes são peculiar, dará a entender que escolheu seu alvo por admirá-lo e não pelos atributos físicos, fazendo referências a “pessoas lindas e maravilhosas que já passaram por sua vida”, minando a autoestima do par, de modo que se esmere cada vez mais para agradá-lo já que não tem beleza suficiente para manter a atenção do parasita. O alvo se compara e trabalha para ser cada vez melhor aos olhos do insaciável parasita.

Algumas vezes, não se trata de um alvo que more sozinho, mas com potencial econômico para tal. Quase sempre é alguém em busca de um ideal de amor que os leve para fora de casa para viver um sonho. O parasita chega sedutor e, em tempo record, propõe “morar junto e dividir as despesas”. Nos 2 ou 3 primeiros meses cumprirão sua parte no trato, mas eu pouco tempo as desculpas e lamentações chegarão e quando o alvo se dá conta, está bancando tudo “temporariamente”. Veja, isso é diferente de assumir a casa quando ocorre uma doença ou desemprego. Bem diferente!

Os jantares serão pagos pelo alvo, o supermercado, a padaria, a pizza ou a comida japonesa pedida no delivery, o motel, as viagens. O parasita está sempre quebrado ou “em transição” e a pessoa empática, muito compreensiva, vai atravessar essa “fase” como uma heroína incansável. Mesquinho com seu próprio dinheiro, se sentirá muito à vontade em usar o dinheiro de seus alvos, oferecendo presentes, festas e favores aos outros às custas do empático, já que para o perverso parasita o que é dele é dele e o que seu é nosso.

Os meses avançam e quando o alvo se dá conta está pagando por cada pãozinho que o perverso parasita come. O dinheiro dele não dá para nada, somente para seus interesses pessoais. Ele parece bem a vontade em ser bancado. Num desenrolar natural, contará tantas misérias e desgraças, insinuará que precisa ou gostaria de ter ou fazer certas coisas para que o alvo, empático por natureza, se adiante para lhe satisfazer as “necessidades”, caprichos e desejos. Quase nunca pedem abertamente, dão a entender e o alvo empático se mostrará sempre um ótimo entendedor.

Quando se der conta, o alvo já terá feito financiamentos e empréstimos em seu nome e terá uma parte substancial, quando não toda, de sua receita empenhada com gastos e necessidades do parasita. Vaidosos, não se contentam com pouca coisa: adoram grifes, bons restaurantes e conforto. Para conseguir esses favorecimentos, algumas vezes lançarão mão de chantagens emocionais e outras; de promessas de amor eterno e elogios jamais antes ouvidos pela parte empática, bem sucedida, mas insegura e desejosa de validação.

Não raro, o alvo será sugado e explorado também por outros membros da família. A pessoa empática, que faz qualquer coisa para agradar e ser aceita, passará a cobrir a todos de presentes e mimos, buscando ser vista como especial e insubstituível por todos. Quando presentear, dirá que é um presente “do casal”, para enaltecer o parasita que em nada colabora, apenas recebe os créditos.

Em sua mente, ainda que inconscientemente, a parte empática acredita que aquela servidão lhe garantirá que o parasita não a deixará, a menos que seja maluco de largar tantas benesses e uma pessoa “tão boa e compreensiva” que o “apoia tanto”. Ao estender sua doação à família e amigos do parasita, busca aprovação e apoio dos mesmos para ajudá-la na empreitada de mantê-lo por perto.

O que esse empático não sabe é que está compartilhando a vida com um indivíduo dono de um buraco negro onde toda e qualquer doação de amor ou material se perderá. São incapazes de amar, estabelecer laços afetivos reais e desinteressados; reconhecer e retribuir. Todas as suas ações são pensadas segundo sua conveniência e agenda de interesses.

Para eles, só o fato de estarem com seus alvos já é uma grande retribuição, afinal, “são pessoas incríveis, especiais, extraordinárias e qualquer pessoa daria tudo para estar no lugar privilegiado do alvo”…

Em pouco tempo, toda energia e patrimônio do alvo serão sugados e, quando não restar nada, será substituído ou reiteradamente desrespeitado. Nesse ínterim, sua conta engorda, seus bens aumentam e, quando se encontrarem em situação privilegiada ou com um alvo que ofereça mais vantagens em vista, fará movimentos de desvalorização e descarte, deixando novas vítimas em potencial em pole position, caso necessitem, sejam desmascarados ou simplesmente não tenham mais o que sugar do alvo atual.

Aos poucos, a situação do alvo começa a ficar insustentável. Nesse momento, ao ousar questionar a falta de apoio financeiro ou perguntar o porquê de, depois de ter ajudado e feito tanto pelo perverso parasita, está sendo tratado daquela forma, receberá respostas como: “eu não lhe pedi nada”, “nunca precisei de você para nada”, “você deu ou fez porque quis” , “fez ou deu porque queria me comprar ou me atrair para essa relação”, deixando o alvo tonto diante de tanto cinismo. Passado um tempo, tendo havido ou não o descarte, mal poderá funcionar ao compreender o quanto permitiu ser usado.

O perverso parasita reúne em si todas as características de outros perversos narcisistas e mais a capacidade de devorar seu patrimônio por completo sem nunca parecer que o está fazendo. Eu costumo dizer que o perverso do tipo parasita tem alto potencial lesivo porque além da devastação emocional, devastam materialmente a ponto de deixar seus alvos sem nada, nem mesmo a noção de quem eram antes daquela relação.

Consegui meu equilíbrio cortejando a insanidade

Consegui meu equilíbrio cortejando a insanidade

Imagem de capa: KIRAYONAK YULIYA, Shutterstock

Não foi por pouco, mas por muito. Precisei entender que a minha felicidade só depende do olhar no qual enxergo o mundo. É quando permito que a alma fique aos cuidados de um coração corajoso, disposto e sonhador. É sobre deixar transparecer o que importa.

Marasmos não me inspiram. Faço questão de recolher, em cada vida tocada, vontades e quereres. Um bocado de liberdade para respirar, uma xícara de amor para recordar e duas colheres de sentimentos cheios para compartilhar. A receita é das mais antigas, mas funciona. Porque é necessário acreditar que, até nos dias mais pesados, sempre existirá uma ponta de sobrevivência a ser reconhecida.

E ainda que o corpo esteja dolorido e imerso num estado profundo de decepções, nada fará desaparecer essa minha reviravolta de completude. Porque sou capaz de externar sorrisos quando o mundo me dá lágrimas. E também por saber que fins justificam novos inícios.

Então preste atenção, não interceda. Não tente me calar. Não tente nem mesmo me fazer mudar de ideia. Sou tempestade e compreendo o meu próprio ritmo. Atingi um nível de maturidade que flerta com a ousadia. Cheguei em um patamar onde invento a melhor forma de amar. Porque, para tudo isso sair, tive que alcançar um pouco mais de mim. Consegui meu equilíbrio cortejando a insanidade. Agora começo a viver de verdade.

Título inspirado na canção Sereníssima, de Renato Russo e Dado Villa-Lobos.

“Aquilo que faz “tic… tac…” no seu pulso não é o relógio, é a sua vida.”

“Aquilo que faz “tic… tac…” no seu pulso não é o relógio, é a sua vida.”

Muito da sabedoria, talvez o que existe de mais sábio no mundo, acontece no hoje e pode ser visto através da simplicidade.

Como disse Sadhguru.: “Aquilo que faz “tic… tac…” no seu pulso não é o relógio, é a sua vida.”

Confiram o vídeo!


Vídeo via Mensagem Espírita.

A vida muda num instante

A vida muda num instante

Imagem: Alena Ozerova/shutterstock

Nem só de doce se faz a vida. Nem só de poesia. Nem só de amor. Nem só de felicidade. Há dias amargos, tristes, sombrios, desesperadores.

E não é preciso que façamos nada para alterar o rumo das coisas.
De repente a bússola da felicidade aponta para a direção da infelicidade, e ela nos colhe dentro de casa, sem que tivéssemos nos movido meio centímetro do nosso caminho feliz.

O contraponto nos pega no contrapé da normalidade, dizendo assim:

– “Ei você, você que está sossegado na praia, jogando frescobol com a família, a maré mudou, o céu se tingiu de chumbo, aguente esse Tsunami que estou mandando em sua direção, esse raio que vai cair sobre a sua cabeça, neste exato segundo.”

São os contrapontos do caminho: o claro se torna escuro, o céu se faz de bronze, como de bronze é o gongo anunciando secamente, mecanicamente, que a vida mudou, que ela acabou de mudar.

– Não dá para retroceder um segundo em direção ao passado? – você pergunta.
– Há algum buraco negro na próxima esquina, onde eu possa entrar na máquina do tempo, de volta para o passado?

-Infelizmente, não há. A vida acabou de mudar. Siga em frente. Quem sabe ao final do arco-íris possa haver um pote de ouro.

A vida muda num instante, como tão lindamente descreveu a escritora americana Joan Didion, em seu livro autobiográfico O Ano do Pensamento Mágico:

“A vida se transforma rapidamente. A vida muda num instante. Você se senta para jantar e aquela vida que você conhecia acaba de repente.”

O que fazer com o jantar da noite em que a vida muda de repente?

Jogue fora. Não há reaproveitamento possível.

Aquela comida que estava sobre a mesa, preparada com tanto carinho, jamais poderá ser degustada de novo.

Aquela toalha, aquele serviço de jantar, os cristais transparentes, os lugares demarcados, a familiaridade entre sons, cheiros, e sabores, jamais será recuperada.

Por mais que você queira, quando a vida muda, impede a substantificação de percepções felizes e gratuitas, das quais antes você usufruía e nem agradecia, sequer percebia.

É o tal negócio: “ eu era feliz e não sabia.”

Se você quer saber se é possível ser feliz de novo, eu posso responder:

Não daquele jeito. Não como naquele tempo.

Mas sim, depois de muitos dias que parecem anos, e depois de muitos anos que parecem dias, – porque uma das coisas que se altera é a percepção do tempo – voltam alguns instantâneos de felicidade.

Algumas novas amostras grátis para testar se a terra ja foi sarada, se é possível voltar a semear, se ela está apta – de novo – para produzir frutos.

A terra sempre volta a produzir frutos.
A sementeira sempre exibe a sua força germinativa.
A produção de frutos precisa prosseguir porque o tsunami não mata a todos.

Sobram alguns.

E os que ficam, têm fome. Fome de você.

E por causa deles, um dia, você volta a matar a fome daqueles que ainda te amam.

É preciso encontrar um novo jeito para continuar.
É preciso dar tempo ao tempo, para que a mente assimile que a vida, como você a conhecia, não volta mais e uma outra vida lhe espera.

Há que reconstruir um novo cenário, o cenário de um novo tempo. E esse novo tempo, essa nova vida que lhe foi oferecida no meio do caminho, sem que lhe fosse perguntado se você aceitaria a troca, essa vida, – de modo algum, na verdade,- representa o frescor de algo novo, mas o ranço de um mundo velho, feio, antigo, assustador, e muito, muito solitário, temperado com o amor de Deus e a fraternidade dos homens.

É tão estranho que Deus nos ame antes, durante, e depois do Tsunami e mais estranho ainda que sejamos capazes de reconhecer esse amor. Mas somos. E ele é quem nos salva.

Por isso, se você conhece alguém que teve a sua vida mudada num instante, acolha-o como a um recém nascido no planeta Terra.

Trate-o com a delicadeza de um bebê, não se escandalize com o choro fora de hora, não se espante se no melhor da festa ele quiser ir embora, não se ofenda com o seu silêncio repentino, e se ele dormir durante o dia, compreenda: é porque a insônia o venceu nas madrugadas.

Acostume-se com as novas latitudes desse habitante, com os novos parâmetros desse sobrevivente, com os estranhos hábitos desse exilado, até que a memória lhe desbote, e as lembranças se confundam, e ele não saiba mais a qual dos dois mundos pertence, por não pertencer a nenhum.

Quando a solidão aperta, quem tem lembrança boa não passa apertado

Quando a solidão aperta, quem tem lembrança boa não passa apertado

Imagem: RPBaiao / Shutterstock, Inc.

Eu não estou só. Estou sempre na companhia de uma saudade. Vê esse meio sorriso, esse olhar distante, esse jeito quieto? É a lembrança que me visita agora. Veio cheia de histórias e presentes, disposta a me fazer sentir alegria. Eu agradeço e retribuo.

Ser só é viver na companhia de nossas lembranças. É encher a casa de risos largos e saudades longas. Vozes familiares apontam de longe, cheiros carinhosos voltam no vento, gostos há tanto partidos retornam no pão com manteiga sem graça de um dia qualquer. Sentimentos chegam de manhã cedo como visita rara, desavisada, cheirando a banho, vestindo roupa de domingo.

Ficam conosco até a noite, ajudam no almoço, caminham ao nosso lado até o mercado, cochilam no sofá, falam do tempo. Quando partem fazem tanta falta que dão na gente um desejo de voltar as horas na marra. As lembranças também partem, sim. Lembranças têm vida própria.

Logo chegam outras, carregando sentimentos em sacolas coloridas de supermercado e carrinhos de feira. Quem vive só anda envolto em tanta saudade que quase nunca sobra espaço para mais ninguém. Não cabe mais ninguém na casa tão cheia de nostalgias alegres, gargalhando pelas janelas, jorrando felicidade eterna para um mundo triste.

Pessoas sozinhas nunca estão sós. Apartam-se do mundo em apartamentos silenciosos, casulos de quarto, sala e cozinha que abotoam em si mesmas como casacos ao fechar a porta e tirar os sapatos, sabendo que vão trombar nos corredores com lembranças vivas, prendas do tempo que nos liberta de obrigações corriqueiras e prazos curtos para sermos quem somos: bichos humildes feitos de saudade e esperança, sentimentos e lembranças se abraçando com carinho, como velhos amigos de infância comovidos de gratidão e de amor na alegria do reencontro.

Ahh… quando chega essa hora eu sinto saudade de tanta coisa, tanta gente. Ficou tudo aqui, guardado numa tardinha que jamais passou, com o sol se pondo para sempre sobre nós e os nossos sonhos. Quando a solidão aperta, quem tem lembrança boa não passa apertado.

Por que a morte de um animal de estimação dói igual a de um familiar?

Por que a morte de um animal de estimação dói igual a de um familiar?

Imagem capa: Nick Chase 68/shutterstock

Quando o nosso cão ou gato morre, sentimo-nos tão vazios como se tivéssemos perdido um filho, um irmão ou um de nossos pais. Experimentamos uma dor imensa que não se pode comparar a nada e que é difícil de explicar. Neste artigo, contaremos por que a morte de um animal de estimação dói igual à de um familiar.

A dor pela morte de nosso animal de estimação

Aqueles que amam os animais sabem que não existe uma dor maior do que a de perdê-los. Os cães e os gatos passam muitos anos ao nosso lado para que a morte deles nos seja indolor. Só o ato de pensarmos que algum dia eles morrerão, nos dá um nó na garganta. Entretanto, temos que levar em conta que cedo ou tarde isso acontecerá e que é preciso que estejamos preparados.

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A conexão que experimentamos com os animais de estimação é tão grande que não podemos imaginar a vida sem eles. Nada será como antes, porque seu amor e sua lealdade eram como um bálsamo entre os nossos problemas.

Infelizmente, o ciclo de vida destes animais de companhia é muito menor do que o nosso. Portanto, é natural que sejamos nós que venhamos a sofrer pela morte de nosso animal de estimação. De acordo com psicólogos, isso gera um grande impacto emocional nas pessoas, tal e como acontece quando um membro de nossa família morre. Por quê? Porque o cão ou o gato também formam parte desse núcleo íntimo.

Além disso, como indica um estudo da Universidade do Havaí, a dor provocada pela morte do animal de estimação não só é intensa e profunda, mas também dura bastante tempo. Uma em cada três pessoas consultadas disseram que sofreram pelo menos seis meses depois da perda.

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A morte de um animal de estimação, o final de uma relação mais que especial

Os animais de companhia nos oferecem seu amor, seu apoio e sua lealdade (em muitos casos, mais do que recebemos de outras pessoas). Devido a isso, quando eles morrem, perdem-se ou são roubados, experimentamos o que os cientistas chamam de “fim de uma relação especial”.

A dor pela perda do animal de estimação não costuma ser compreendida por aqueles que não têm um cão ou um gato. Eles acham estranho que alguém chore desconsoladamente por um animal, se o que morre é um cão ou um felino, desprezam os sentimentos.

Como cada vez mais casais e famílias adotam um animal de estimação e o transformam em um membro a mais da casa, é habitual que se organizem funerais e enterros como se se tratasse de uma pessoa. Inclusive há cemitérios especiais para animais de companhia.

Como superar a morte de um animal de estimação

Não importa se seus amigos ou familiares não lhe entendem ou dizem que você é exagerado por se sentir triste pela morte de um animal de estimação. Se seu cão ou gato morreu, você deve expressar sua tristeza e confrontar a perda. Tire o tempo que necessitar para atravessar este horrível momento.

Embora não tenha que derramar milhares de lágrimas, não as reprima. Alivie toda sua dor através do choro.

Não se deve assumir a culpa pelo ocorrido, já que essa não é a melhor maneira de encontrar alívio. Simplesmente seu animal de estimação morreu e isso não é sua responsabilidade. É melhor que você esteja tranquilo consigo mesmo e que se perdoe.

Seja paciente, já que, durante as primeiras semanas, você se sentirá realmente triste. Se não tiver vontade de falar do assunto, não fale, se preferir passar o final de semana dentro de casa, faça isso. Mas leve em conta que, em algum momento, você deverá retomar a sua vida habitual.

Por último, lembre-se de seu cão ou gato fazendo travessuras e estando feliz ao seu lado. Tente não guardar nenhum elemento que ele utilizava, porque isso causará mais dor. Certamente há muitos animais sem lar que necessitam de comida, camas e brinquedos. E espere um tempo prudencial para levar outro animal de estimação para casa. Uma vez que você saiba que não será uma substituição, você estará preparado para dar a oportunidade para essa nova vida entrar em seu lar.

Quando grita, você demonstra sua fraqueza, não sua força!

Quando grita, você demonstra sua fraqueza, não sua força!

Imagem: Kamil Macniak/shutterstock

Alterar a voz é uma tentativa desesperada de se fazer ouvir. Ninguém sai por aí gritando à toa. Grita-se em situações de medo, descontrole e falta de outros recursos. Às vezes, grita-se para ser capaz de ouvir a si próprio.

Há pessoas normalmente serenas que gritam com estranhos no trânsito, porque foram provocadas ou tiveram sua segurança ameaçada. Há chefes que gritam com seus subordinados, baseados na equivocada premissa de que o outro, quando acuado, produzirá mais e melhor. Há casais que gritam um com o outro, porque perderam a dignidade e a amorosidade na relação.

Há pais que gritam com seus filhos, porque acreditam que autoridade é algo que se estabelece assim, no grito. Gritam ainda, porque sentem-se esgotados e perdidos diante de inúmeras tarefas e desafios cotidianos, dentre elas, educar crianças que não vêm com manuais de instrução.

Crianças podem ser extremamente desafiadoras em relação ao papel de autoridade. São muito agitadas, pedem atenção ou companhia em tempo integral, demonstram dificuldades em entender e seguir regras.

Ocorre que, quanto mais “difícil” for a criança, maior autocontrole precisará ter cada um dos adultos que lidam com ela. Educar é aquele tipo de trabalho que só pode ser assumido por quem tenha absoluta certeza do tamanho da encrenca em que está se metendo.

Não há como negar que criança dá trabalho. Ainda que tenham sido geradas com uma dose imensa de amor, combinada com outra dose igualmente gigantesca de responsabilidade, há que se ter consciência de que a chegada de uma criança à vida de um casal, promoverá uma revolução completa na rotina e na transformação de papéis de todos os envolvidos em seu sustento, acolhimento, instrução e educação.

Crianças vêm equipadas com uma potente antena para captar comportamentos ao seu redor. Quanto mais hostil, inseguro e intempestivo for o ambiente em que a criança estiver inserida, mais complicado e desafiador será o seu comportamento.

A criança reage aos estímulos que recebe. Se for tratada com autoridade amorosa, tranquilidade, respeito e alegria, as chances de desenvolver comportamentos opositores, retraídos ou violentos, diminui consideravelmente.

Quando o adulto grita com a criança, a primeira reação que ela manifesta – mesmo que não demonstre -, é preparar-se para enfrentar uma ameaça. Tanto ela pode encolher-se dentro dessa sensação, como pode desenvolver atitudes reativas de enfrentamento.

Em seguida, a criança passa a perceber que há coisas que ela faz que desestabilizam os adultos por ela responsáveis. E isso é bastante perigoso. No caso de essa criança estar vivendo com menos atenção afetiva do que necessita, ela vai repetir ações parecidas para conseguir audiência. Afinal, se é o grito a atenção que ela recebe, que seja; melhor isso do que nada.

Outro padrão de comportamento que pode se estabelecer, nasce da curiosidade da criança em relação aos limites que pode testar. Muitas vezes, os pais repetem a forma de agir diante da desobediência ou agitação dos filhos. É como se fosse um “script” a ser seguido pelo “elenco” da família. A criança descobre que aquela gritaria é o ápice; e assim, acaba por provocar a situação.

O ideal é que se entenda o quanto essa falta de controle emocional é prejudicial ao desenvolvimento infantil, antes de envolver crianças em um relacionamento. No entanto, errar faz parte de qualquer processo. O que importa, neste caso, é reconhecer que elevar o tom de voz, não só impede a solução do problema, como termina por agravá-lo.

Romper o ciclo de um comportamento instalado não é fácil; mas não é impossível. Vão aqui algumas reflexões que podem ser bastante úteis para que se estabeleça com as crianças uma relação mais harmoniosa, disciplinada e saudável.

1. Estabeleça uma parceria de diálogo e troca entre todos os envolvidos na educação das crianças. É fundamental que todos possam se colocar a respeito de como se sentem e que se firme, entre os adultos, um acordo de conduta, assim a criança se sentirá mais segura e protegida.

2. Procure localizar quais são as circunstâncias que acabam por desgastar a tranquilidade e exaurir a paciência. Faça um registro. A ideia é analisar a situação de fora do momento de explosão.

3. Uma vez localizadas as situações de conflito, procure por outras alternativas de conduta que respeitem aqueles acordos feitos anteriormente. Faça novamente um registro com as novas possibilidades de atitudes a serem tomadas.

4. Encontre uma maneira de fazer com que a criança tenha acesso e possa compreender, com clareza, o que é permitido, o que é vedado, o que é negociável, o que é inegociável.

5. Seja coerente! Jamais haja em desacordo com o que prega! Jamais dê permissão para algo em um momento e proíba em outra circunstância; a criança fica confusa e tentada a insistir, afinal “vai que cola, né?”.

6. Caso a criança descumpra um combinado, ou porte-se de maneira inadequada, procure repreendê-la de forma simples (nada de sermões intermináveis!); com autoridade; gentileza; firmeza e justiça.

7. Fale baixo; e nunca chame a atenção dos pequenos em público. Assim como nós, os adultos, a criança se sente constrangida e humilhada, quando exposta.

8. Procure garantir que a criança tenha sua atenção em algum momento do dia. E nesse momento, esteja por inteiro nesse encontro. Não vale dizer que é hora de brincar com seu filho e ficar grudado na televisão ou no celular!

9. Partilhe suas experiências, converse, conte coisas interessantes, ouça o que os pequenos têm a dizer ou a perguntar. Demonstre interesse genuíno.

10. E, o mais importante de tudo: encontre o SEU JEITO ESPECIAL de incluir a criança no grupo familiar. É na convivência das pequenas coisas de todos os dias, que se estabelecem os mais bonitos e verdadeiros laços de confiança e respeito; isso é o que se chama VÍNCULO AFETIVO. Educar ainda é o maior ato de amor! Isso não mudou e nunca vai mudar!

Os 10 conselhos que recebemos antes de nascer

Os 10 conselhos que recebemos antes de nascer

Cada pessoa carrega consigo crenças que aprende e desenvolve ao longo da vida. Não existe certo ou errado e a liberdade faz morada nas escolhas que acalmem seu coração e tenham significados particulares.

Independente de crença religiosa, os 10 conselhos que estão listados abaixo trazem em si sabedoria e possibilidade de reflexão. Por isso, e por nenhum motivo além desse, os reproduzimos para o público CONTI outra.

1. Você receberá um corpo. Poderá amá-lo ou odiá-lo, mas ele será seu todo o tempo.

2. Você aprenderá lições. Você está matriculado numa escola informal de tempo integral chamada Vida. A cada dia, terá oportunidade de aprender lições. Você poderá amá-las ou considerá-las idiotas e irrelevantes.

3. Não há erros, apenas lições. O crescimento é um processo de ensaio e erro, de experimentação. Os experimentos ‘mal sucedidos’ são parte do processo, assim como experimentos que, em última análise, funcionam.

4. Cada lição é repetida até ser aprendida. Ela será apresentada a você sob várias formas. Quando você a tiver aprendido, passará para a próxima.

5. Aprender lições é uma tarefa sem fim. Não há nenhuma parte da vida que não contenha lições. Se você está vivo, há lições a serem aprendidas e ensinadas.

6. ‘Lá’ só será melhor que ‘aqui’ quando o seu ‘lá’ se tornar um ‘aqui’. Você simplesmente terá um outro ‘lá’ que novamente parecerá melhor que ‘aqui’.

7. Os outros são apenas espelhos de você. Você não pode amar ou odiar alguma coisa em outra pessoa, a menos que ela reflita algo que você ame ou deteste em você mesmo.

8. O que você faz da sua vida é problema seu. Você tem todas as ferramentas e recursos de que precisa. O que você faz com eles não é da conta de ninguém. A escolha é sua.

9. As respostas para as questões da vida estão dentro de você. Você só precisa olhar, ouvir e confiar.

10. Você se esquecerá de tudo isso.. e ainda assim, você se lembrará.

Autor desconhecido

18 coisas para fazer enquanto não está pronto para se apaixonar novamente

18 coisas para fazer enquanto não está pronto para se apaixonar novamente

Imagem: Iriska_Ira/shutterstock

A vida oferece diariamente um universo de possibilidades. Todas as vezes em que mudamos o foco de nossas vidas, percebemos como anteriormente estávamos estagnados em vícios comportamentais ou em uma rotina que, nem sempre, era a melhor para nós.

O artigo abaixo foi inspirado (não é uma tradução) em 30 Things To Do Instead Of Falling Back In Love e traz ideias interessantes para nos ajudar a pensar em possibilidades e nos distrair, caso ainda não estejamos prontos para nos apaixonar novamente. Também é um guia criativo para pessoas que vivem bem sozinhas e optam por não manter relações amorosas.

Confira 18 dos tópicos que a CONTI outra escolheu e adaptou para você.

1 Sempre é tempo para aprender um idioma novo. Além de dar um gás no seu cérebro, isso pode te abrir muitas portas tanto na vida pessoal quanto no trabalho.

2- Viaje! Visite novamente as cidades vizinhas, aventure-se por um outro país, conheça novas culturas e pessoas, aprenda a se virar com menos dinheiro. Ah, e se gostar muito, nem volte mais.

3. Faça algo realmente novo. Pode ser tirar carteira de motorista para motos, andar de patins ou skate, andar de bicicleta. Atividades ao ar livre te lembrarão de como é sentir o vento do rosto e praticar a liberdade em um mundo em constante movimento.

4. Cuide do seu corpo e da sua saúde. Estar saudável melhora o humor e nos enche de sonhos e energia para viver. Faça ioga, medite, vá para ginástica, aprenda a dançar, faça caminhadas…qualquer coisa que te faça sentir a vida pulsando, que aumente sua intimidade com seu corpo.

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Iriska_Ira/shutterstock

Iriska_Ira

5. Pegue a sua malinha e vá visitar um amigo que você adora, mas que nunca mais viu.

6. Faça coisas sem esperar nada em troca. Ajude pessoas na rua, seja gentil, faça algum voluntariado. Aprender que dar algo de si engrandece a alma e exercita a humildade.

7. Ganhe seu próprio dinheiro e seja independente. Muitas vidas permanecem amarradas por estarem atreladas à dependência de alguém. Quem “se banca” tem uma estima mais alta e muito, muito mais liberdade.

8. Exercite seu pensamento fazendo cursos, rememore sua vida e escreva um livro. Lembre-se, entretanto, que aprendizagem é mudança de comportamento e não adianta acumular conhecimentos: é preciso vivenciá-los.

9. Coloque um pijama confortável e cultive seus momentos de descanso. Se precisar, durma mais e não sinta culpa por isso. Depois, volte para vida renovado!

10. Planeje seu futuro sem barreiras e depois faça uma lista das etapas que precisa cumprir para seguir em sua direção.

11. Converse com pessoas com quem não costuma conversar, vá à lugares que não costuma ir. Vivencie experiências sem tanto medo de errar. O erro faz parte da jornada.

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Yuriy Bartenev/shutterstock

12. Saia com os amigos e, se o coração mandar, só volte quando o sol raiar.

13. Faça amigos que gostem das mesmas coisas que você. Muitas vezes, para se cultivar uma nova amizade, basta que um primeiro passo seja dado.

14. Receba intercambistas. Se você não tem condições de viajar, tenha essa experiência de receber parte do mundo em sua casa.

15. Pinte sua casa, chame amigos para ajudar. Divirta-se com a bagunça que as mudanças promovem.

16. Aprenda a cozinhar três refeições de maneira diferenciada. Impressione os amigos, e a si mesmo,  com esses três pratos para o resto de sua vida.

17. Tente fazer algo que sempre te deu muito medo.

18. Pense em características que deseja em um parceiro e cultive-as em si mesmo. Você é a pessoa com quem seus dias são vividos: seja seu melhor companheiro!

Tenho ciúmes dos nossos momentos

Tenho ciúmes dos nossos momentos

Eu sei, eu sei, pode parecer bobo e infantil o que vou dizer. Acho bonito você aí vivendo, exercendo sua liberdade, sorrindo, se abrindo para sua espontaneidade.

Respeito o seu jeito de ser, os seus olhos que veem beleza, a sua abertura para conversar com todos e compartilhar amor e sentimentos.

Mas, eu aqui no meu canto, te admirando, guardo no espaço mais especial da minha memória os nossos encontros. Eu acesso essas pequenas grandes lembranças quase que diariamente para sentir um gosto doce na boca e fazer meus dias valerem a pena.

Então, meu amor, sou bobo sim, mas tenho que te dizer que tenho ciúmes dos nossos momentos. Tenho medo de eles se tornarem menos especiais por ver você por aí repetindo tudo igual, apesar que acho que suas ações são espontâneas e não são jogos inventados para serem repetidos. Cada momento é único de toda forma, eu sei.

Mas, eu ouso aqui te pedir, por favor, para que você não suba por aí escadas rolantes pelo lado errado com qualquer amigo que em vez de aproveitar a graça, vai julgar seu ato.

Peço que você não colha as acerolas daquela árvore da rua e distribua para qualquer pessoa que não vai notar a beleza da sua intenção e gesto. Vai apenas achar tudo uma bobeira, ver a cena e passar reto.

Peço que você não arranque as flores, as lágrimas de cristo do vizinho, e dê de presente para qualquer amigo que não vai ter a delicadeza de colocá-las num copo e trocar a água todos os dias para que sobrevivam mais tempo perto da vista.

Quero te pedir que você não distribua por aí aquelas piadas bobas que você me conta enquanto a gente fica esperando chegar nossa comida no restaurante da esquina. Porque pode ser que ninguém sorria para elas e para você como eu gosto de fazer, e mesmo sua piada não tendo graça nenhuma, é um grande divertimento assistir seus trejeitos enquanto elabora uma história.

Eu sei, meu bem, você não é minha, sua vida não é minha, suas estradas seguem, suas horas se dividem entre afazeres, pessoas, momentos… Mas é que eu aqui gosto de pensar que algumas coisas entre nós são únicas e especiais, eu coloco moldura dourada nas nossas cenas simples e sei que muita gente por aí não enxerga o valor da obra de arte que pode ser passar umas horas com você.

Eu que enxergo a beleza dessas nossas singelezas, não quero saber como outros tratam o encantamento dos seus olhos. Prefiro pensar que é nosso espaço, que é nossa química, que são nossas almas que sabem voar juntas e que isso nos conecta pela poesia, pela verdade nesse mundo veloz, devorador de pessoas e sentimentos e que se liga demais em aparências.

Eu espero que a sua linda alma não encontre barreiras nos olhares anestesiados. E eu estarei aqui esperando os nossos próximos encontros que dentro do meu coração fazem do mundo um lugar lindo de se viver.

Como adquirir a verdadeira Sabedoria

Como adquirir a verdadeira Sabedoria

Era uma vez um jovem que visitou um grande sábio para lhe perguntar como se deveria viver para adquirir a sabedoria.

O ancião, ao invés de responder, propôs um desafio:
– Encha uma colher de azeite e percorra todos os cantos deste lugar, mas não deixe derramar uma gota sequer.

Após ter concordado, o jovem saiu com a colher na mão, andando a passos pequenos, olhando fixamente para ela e segurando-a com muita firmeza. Ao voltar, orgulhoso por ter conseguido cumprir a tarefa, mostrou a colher ao ancião, que perguntou:
– Você viu as belíssimas árvores que havia no caminho? Sentiu o aroma das maravilhosas flores do jardim? Escutou o canto dos pássaros?

Sem entender muito o porquê disso tudo, o jovem respondeu que não e o ancião disse:
– Assim você nunca encontrará sabedoria na vida; vivendo apenas para cumprir suas obrigações sem usufruir das maravilhas do mundo. Assim nunca será sábio.

Em seguida, pediu para o jovem repetir a tarefa, mas desta vez observando tudo pelo caminho. E lá foi o rapaz com a colher na mão, olhando e se encantando com tudo. Esqueceu da colher e passou a observar as árvores, cheirar as flores e ouvir os pássaros. Ao voltar, o ancião perguntou se ele viu tudo e o jovem extasiado disse que sim. O velho sábio pediu para ver a colher e o jovem percebeu que tinha derramado todo o conteúdo pelo caminho.

Disse-lhe o ancião:
– Assim você nunca encontrará sabedoria na vida; vivendo para as alegrias do mundo sem cumprir suas obrigações. Assim nunca será sábio.

Para alcançar a sabedoria terá que cumprir suas obrigações sem perder a alegria de viver.

Somente assim conhecerá a verdadeira sabedoria.

Autor desconhecido

Enquanto o sábio agradece, o pobre de espírito reclama

Enquanto o sábio agradece, o pobre de espírito reclama

Por
Imagem: reprodução

Para ser feliz, você não precisa de grandes conquistas materiais. Já tem o pôr-do-sol, as estrelas, os pássaros, o sorriso dos amigos, seus irmãos.

Agradeça a Deus, pois você tem sua vida, o dia que está começando, sua força e determinação.

Com todos esses presentes da vida, o resto você constrói…
O sábio agradece às pessoas que acreditaram nele porque o ajudaram a se sentir abençoado, mas agradece também àqueles que o desqualificaram, pois foram eles que o ensinaram a ser um guerreiro.

Numa equipe integrada, as pessoas agradecem aos companheiros.
Agradecem não só individualmente mas também — e principalmente — na frente dos demais.

A gratidão gera um clima em que todos se sentem importantes para o resultado do grupo.

Agradeça: uma ajuda, um toque, uma orientação oportuna, uma crítica pertinente.

Agradeça: o esforço de varar a noite para entregar um projeto, o de chegar mais cedo numa emergência, o de ficar uma semana sem almoço para substituir um colega doente.

Agradeça: uma boa idéia, uma presença positiva e cooperativa.

O agradecimento faz o outro se sentir importante e cria a consciência de pertencer a um grupo.

Excerto do livro: Os Donos do Futuro

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