Quando os pais devem procurar um psicólogo para seus filhos?

Quando os pais devem procurar um psicólogo para seus filhos?

Muitas vezes os pais não procuram atendimento psicológico infantil, por sentirem que falharam na educação do filho, receio de serem julgados pelo profissional, medo de serem responsabilizados pelos sintomas da criança, etc.

Esse singelo texto tem como objetivo apresentar alguns “sinais” que, se emitidos pelas crianças, devem ser observados pelos pais com mais atenção para que eles intervenham e, se necessário, procurem ajuda profissional.

Acredito que “semear” informações é importante para desfazer o estigma que envolve a psicoterapia e diminuir a resistência de buscar um profissional, quando há um sofrimento apresentado pela criança.

Antigamente havia uma crença generalizada de que as crianças não tinham problemas e de que a infância era um período de plenitude da vida de todas as pessoas. Entretanto, estudiosos descobriram que as crianças, assim como os adultos, apresentam: ansiedade, angústia, medo, tristeza, entre outras emoções negativas. Esses e outros sentimentos desagradáveis fazem parte do desenvolvimento normal da criança, entretanto se forem estendidos por muito tempo ou impactarem a vida escolar, social ou familiar, deve-se tentar identificar os causadores do sofrimento.

Muitas vezes a criança sinaliza que há um problema familiar, já que ela capta com facilidade as circunstâncias vividas, mas não verbalizadas pela família. E a criança acaba fazendo a função de expor alguma dificuldade enfrentada dentro do contexto familiar.

Não é verdade que os pais precisam sair correndo em busca de um profissional se algo não vai bem, pois muitos “sintomas” fazem parte da faixa etária que a criança se encontra. E antes de procurar um psicólogo, acredito que muitas vezes os pais possam compreender as dificuldades de seus filhos e alinhar o funcionamento familiar para a melhora dos sintomas de suas crianças.

Como as crianças, principalmente as menores, expressam suas emoções através do brincar, sugiro que os pais passem algum tempo da semana com seu filho e proponham algumas atividades, como: brincar de faz de conta, desenhos livres ou ainda pedir para a criança contar uma historinha inventada por ela e observar, durante essas atividades, as palavras, comportamentos  e os afetos que transbordam da criança durante essas práticas.

Certamente os pais identificarão algumas fantasias ou aspectos emocionais que poderão ser cuidados dentro do contexto familiar, através de conversas e ajustes da rotina.

Alguns  “sinais” que devem ser observados pelos pais:

  1. Choro excessivo, tristeza, apatia e falta do desejo de brincar. Normalmente as crianças brincam boa parte do tempo, mas quando estão tristes não conseguem realizar essa atividade com naturalidade.
  2. Insônia ou sono excessivo: as crianças sempre têm uma rotina de sono, caso mude muito e perpetue horários diferentes por semanas, melhor observar com atenção;
  3. Dificuldade de aprendizagem: se a criança tem bom desempenho na escola e começa a apresentar déficit, há algo diferente acontecendo;
  4. Adoece frequentemente: um dos sintomas muito comuns na infância é a somatização, ou seja, a criança que não consegue entrar em contato com suas emoções, acaba adoecendo seu corpo;
  5. Desinteresse em interagir com outras crianças: o brincar é inato às crianças, a linguagem universal de comunicação entre elas é a brincadeira, se há dificuldade de interação, pode sinalizar algum problema emocional como tristeza ou ansiedade;
  6. Excesso de comida ou inapetência: assim como a rotina do sono a criança tem um hábito alimentar constante, caso haja mudança drástica, pode ser um sintoma emocional;
  7. Dificuldade com limites/regras: geralmente as crianças acatam as regras com facilidade se explicadas e seguidas por todos da casa, ou seja, o exemplo é o melhor modelo, mais importante do quê palavras. Se o(s) filho(s) estão com dificuldade de respeitar regras há indício de dificuldades de aceitar as frustrações impostas pela vida. Vale a pena investigar com atenção;
  8. Problemas em controlar os esfíncteres: controlar o xixi e o cocô é algo que as crianças já nascem programadas para adquirir com o tempo, caso não aconteça, ou perca esse controle depois de ter conseguido, o problema pode ser emocional.
  9. Agitação: algumas crianças têm sentimentos tão confusos e intensos e, por não conseguirem lidar com estes, acabam por tornarem-se hiperativas em comportamentos;
  10. Dificuldade de concentração: há crianças que podem se sentir tão ameaçadas pelo meio ambiente que preferem ficar apenas em seu mundo interno, perdendo a capacidade de manter a concentração nas coisas que acontecem ao seu redor.

Acredito que não se deve “psicopatologizar” todas as emoções ruins ou difícil de lidar, entretanto, esses “sinais” se  emitidos pelas crianças, por um determinado tempo, requerem atenção e, se necessário,  os pais devem procurar um profissional da área para ajudar a criança e obter maiores orientações.

Imagem de capa: Olimpik/shutterstock

Elegância é algo que a gente carrega e não veste.

Elegância é algo que a gente carrega e não veste.

Ser elegante vai além de ter bom gosto com roupas e saber se vestir. Elegância é algo que a gente carrega e não veste.

Regras de etiqueta da vida e não do armário para uma vida onde elegância é sinônimo de educação e bom comportamento.

Sabe o que é mesmo elegante? Ter bom senso e respeito.

Não é preciso estar em cima de um salto alto ou dentro de um terno caríssimo para ser elegante. As atitudes enfeiam pessoas que não tem bom comportamento.

A elegância está na simplicidade de um bom dia sincero para o porteiro que passou a noite toda acordado, no falar baixo quando o outro está perto, no saber ouvir quando o outro fala, e no saber sorrir quando isso é tudo o que você pode oferecer. No saber agir sem agredir.

Uma pessoa elegante tem encantamento na voz, fala com propriedade e tem jeito com as palavras. Sabe chamar a atenção sem ser rude, saber observar sem se intrometer, sabe respeitar o espaço alheio.

A elegância está no tom da voz e no silêncio que também comunica. Na forma de se posicionar quando precisa, no jeito de ver o mundo.

Um pessoa elegante não vive de fofocas, não inventa mentiras e não se mete em baixaria. Quem é elegante tem positividade, atrai pessoas do bem, vibra com a vida, com os sucessos, torce pelo outro, não tem inveja, carrega alegrias e otimismo, e sente com verdade. Não sabe viver de oportunismos, sabe se colocar nas oportunidades e não puxa saco nem tapete.

Elegância está no “com licença” e “muito obrigado”. No reconhecimento do esforço, na empatia e na colaboração.Está na mão que ajuda, está também na gratidão
E quanto mais conheço pessoas, mais percebo que a elegância está vestida de simplicidade e não de rótulos e invólucros sociais. Encontrei mais elegância calçada de chinelos que vestida de etiquetas, e isso não tem haver com situação financeira, mas com referência de vida, criação e sabedoria.

Encontrei a elegância no ser e não no ter, e percebi que é mais elegante aqueles que se vestem de amor.

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Algumas orientações aos pais que precisam procurar um psicólogo para seu filho- Parte II

Algumas orientações aos pais que precisam procurar um psicólogo para seu filho- Parte II

A maioria dos pais sentem-se frustrados e inseguros quando precisam procurar um psicólogo para acompanhar seu filho.

Ouvi muitas vezes dos pais que recebi no consultório que sentiam que tinham falhado e que erraram nos cuidados de seus filhos. Sempre havia o peso da culpa em suas palavras.

É importante ressaltar que a criança já nasce com um temperamento e a personalidade vai se constituindo nos primeiros meses de vida dentro do seu contexto familiar, entretanto as crianças também vão compreendendo o mundo que as cerca de acordo com suas próprias condições mentais.

Dessa forma, alguns comportamentos dos pais ou funcionamento da família, pode melhorar ou agravar essas condições que a criança tem de “compreender” e sentir todas essas experiências.

Portanto, um profissional poderá auxiliar a identificar esses aspectos e orientar a família.

Seguem algumas dicas para os pais que sentem a necessidade de procurar um psicólogo para seu filho:

  • Marque entrevista com mais de um profissional: é importante que os pais se identifiquem com o psicólogo que irá atender seu filho;
  • O profissional deve realizar uma boa avaliação : o psicólogo precisa obter informações desde a concepção até a idade atual da criança;
  • O psicólogo não deve julgar/criticar: o profissional tem que estar apto a ouvir sem julgamentos;
  • Deve ter experiência em atendimento infantil: atender crianças exige conhecimento, material e consultório adequados para o atendimento de crianças;
  • Acessibilidade: o psicólogo deve estar disponível aos pais para esclarecer dúvidas ou realizar orientações;
  • Disponibilidade do profissional em entrar em contato com os profissionais da escola da criança: Geralmente os professores têm informações valiosas sobre o comportamento da criança no contexto escolar;
  • Os pais devem se sentir acolhidos pelo profissional: o psicólogo preparado consegue acolher e aliviar a angústia e temores dos pais;
  • Devem estar preparados para trabalhar junto com o profissional: o profissional primeiramente fará o diagnóstico da criança e interpretará suas emoções através do brinquedo. Muito provavelmente, haverá algumas orientações que se faz importante que os pais consigam colocar em prática para obter bons resultados com a criança;
  • Os atendimentos tem resultado a médio longo prazo: a psicoterapia se desenvolve dentro de um processo, ou seja, existe o “passo-a-passo” a seguir. Os resultados são progressivos, mas levam um determinado tempo.
  • Se programar para levar a criança semanalmente: os dias e horários agendados serão os mesmos, por exemplo: todas as segundas-feiras às 16 horas. Dessa forma, os pais devem reservar esse tempo para levar a criança aos atendimentos, pois as faltas podem comprometer o processo;
  • Estar à disposição do profissional: depois da entrevista com os pais, o psicólogo trabalhará algumas sessões com a criança e, depois de coletar informações do campo emocional, é que os pais serão chamados novamente para orientação. É importante comparecer à esses encontros, pois o psicólogo terá melhores resultados no seu trabalho se os pais forem comprometidos com o tratamento psicológico de seus filhos;
  • Sobre o custo do tratamento: Para trabalhar com crianças o profissional deve ter materiais adequados, deve montar uma caixa de brinquedo para cada criança atendida, o consultório deve ser adaptado para o atendimento infantil e ter realizados cursos nessa área, pois atender crianças exige conhecimentos específicos. Portanto, todos esses investimentos realizados pelo psicólogo estarão embutidos no preço do seu trabalho. Não existe psicólogo bom e experiente que consiga trabalhar com preços irrisórios, pois o profissional deverá sempre atualizar seu conhecimento e material de trabalho.

Essas são as principais dicas para os pais que necessitam buscar um profissional. Portanto, os pais têm que estar programados para investir tempo e dinheiro. Devem estar preparados para ouvir e compreender os aspectos emocionais do seu filho e estarem aptos para realizar algumas mudanças.

E, certamente, se estiverem com o profissional certo todos esses investimentos serão válidos e gerarão resultados perpetuados ao longo da vida seu filho.

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Personalidade Borderline: o desespero de atrair a tão temida rejeição.

Personalidade Borderline: o desespero de atrair a tão temida rejeição.

Caro leitor, certamente, você já teve acesso aos mais variados conteúdos sobre esse tema, provavelmente, com uma linguagem específica do universo da psiquiatria e psicanálise. Visando uma melhor compreensão, escrevi esse artigo utilizando uma linguagem bem cotidiana para que você possa, ao mesmo tempo em que ler essa matéria, traçar “links” com pessoas com as quais tenha se relacionado de alguma forma, ou mesmo identificar alguns personagens da ficção.

Segundo a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa da Silva, autora do livro “Corações descontrolados”, o Transtorno de Personalidade Bordeline afeta cerca de 1% a 6% da população mundial e sua prevalência é maior em mulheres. O termo “Borderline” sugere que o portador desse transtorno vive às margens ou no limite das emoções, ou seja, são emoções que transbordam. O sujeito “borderline” tem como principal característica as dificuldades nos contatos afetivos e íntimos, pois a sua instabilidade de humor torna qualquer relacionamento praticamente insustentável.

As alternâncias de humor são muito rápidas, ou seja, acontecem num intervalo de tempo muito curto. Por exemplo, a pessoa acorda feliz da vida e super otimista, mas um acontecimento corriqueiro que a desagrada, como por exemplo, um objeto que cai, coloca tudo a perder, levando-a a experimentar os mais profundos sentimentos de fúria e irritabilidade. É possível que o Bordeline seja confundido com o bipolar, porém, algo os difere: o bipolar vive fases de euforia e tristeza, contudo, há um espaço de tempo considerável entre as duas fases, já o Borderline vive as duas fases praticamente misturadas, o espaço de tempo entre elas praticamente não existe, de um instante para o outro, o humor pode despencar ou elevar.

O carro chefe do comportamento instável do Borderline é o medo do abandono e da rejeição, ele sofre de forma visceral com a ideia do abandono real ou imaginário. Ele precisa estar “grudado” em outro para validar a sua existência. Ele sempre se projeta no outro, praticamente assumindo a personalidade alheia. Isso pode ser percebido, por exemplo, nos casos em que uma mulher namora um roqueiro, e, mesmo sem interessar-se por rock, investe em aprender o máximo possível sobre esse gênero musical, assumindo uma personalidade que não é dela. O borderline possui, essencialmente, uma personalidade muito fluida, uma espécie de vazio existencial, por isso, ele acaba assumindo a personalidade das pessoas com as quais se relaciona.

Os portadores desse transtorno se dividem em dois perfis: os explosivos e os implosivos. Os primeiros são aquelas pessoas que extravasam tudo o que sentem no ambiente externo, seja agredindo as pessoas verbal ou fisicamente, ou quebrando objetos. Já os implosivos, não externam as suas emoções destrutivas, porém, elas implodem por dentro e costumam adotar comportamentos autodestrutivos como ferir o próprio corpo, e em casos mais extremos, o suicídio.

Os “borderlines” são o oposto dos psicopatas, pois eles sofrem e fazem os outros sofrerem por excesso de sentimento, o oposto dos psicopatas que causam o sofrimento alheio sem ser afetado por isso, uma vez que não experimentam nenhum sentimento. O borderline é 100/% emoção e 0% razão enquanto o psicopata é 100% razão e 0% emoção, conforme afirma a Psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva.

Nos contatos superficiais, os borderlines são excelentes companhias, pois são extrovertidos, intensos e divertidos, porém se a convivência ganha um caráter mais íntimo, começam a aparecer as dificuldades e os conflitos. É na intimidade que o Borderline revela-se como inseguro, controlador e ciumento. Ele, por ter muito receio de ser rejeitado, sufoca a pessoa(amigo ou namorado) e acaba atraindo a tão temida rejeição por incomodar demais o outro.

Ainda de acordo com a Psiquiatra Ana Beatriz Barbosa, as mães Borderlines são aquelas que cobram demais dos filhos e nunca se doam a eles, pois estão focadas demais em controlar a vida do parceiro amoroso. São mulheres extremamente dramáticas e inseguras, percebendo ameaça de abandono e rejeição mesmo nos contextos em que não há motivos para isso. Os Borderlines possuem uma péssima imagem de si próprios, tanto do ponto de vista físico, intelectual ou patrimonial. Eles estão sempre se avaliando de forma muito negativa, sempre aquém do que realmente são. Há ainda a predisposição ao apego a tudo o que for negativo e vinculado ao sofrimento, por exemplo, uma mulher que levou um fora na adolescência irá lembrar disso vinte anos depois com tanto sofrimento como se tivesse ocorrido na semana passada.

De acordo com a psiquiatra e neurologista Maria Fernanda Caliani, o diagnóstico só será possível no final da adolescência ou na fase adulta, uma vez que os primeiros traços do transtorno costumam manifestar-se com as primeiras decepções amorosas. Quanto às causas desse transtorno, não há um fator desencadeador específico, e sim uma conjunção de fatores que podem estar relacionados ao abuso sexual na infância, abandono, negligências, vivências traumáticas, separações abruptas etc.

Sobre o tratamento, não é possível falar em cura, mas o controle é plenamente possível. Para isso é necessário que o indivíduo faça uso de medicamentos para o controle da ansiedade, e psicoterapias para que ele tenha acesso às questões que lhe causam conflitos e encontrar a melhor forma de administrá-las.

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Todo defeito é uma qualidade esperando para ser lapidada

Todo defeito é uma qualidade esperando para ser lapidada

Por Tatiana Nicz

Para ler com trilha sonora clique aqui 

O filme “As vantagens de ser invisível”*conta a história de um adolescente que sofre ao sentir-se invisível e de seu anseio por inclusão. Muitas passagens no filme me tocam, mas a mensagem mais importante para mim é que ele só se sente incluído após uma árdua jornada de conhecer a dor, ficar de cara com a loucura e entrar em contato com seus maiores traumas e finalmente conhecer o amor, por si mesmo e pelos outros.

É um filme leve, mas que contém muito conteúdo de vida. Certa vez o Lama Padma Santen disse que não é com os que sofrem que ele se preocupa, pois os que sofrem de depressão ou qualquer “distúrbio” mental são agonizantes e isso significa que eles estão enxergando o mundo como ele está e sendo profundamente tocados por isso. Nesse contexto só não sofre hoje quem é incapaz de sentir empatia e esses sim deveriam nos preocupar, então precisamos olhar com mais carinho para os agonizantes.

Assim como Charlie, o protagonista do filme que fica cara a cara com seus traumas e medos, eu também já enfrentei o pior de mim. E hoje olhando com mais carinho para esse período da minha vida, entendo que, também como no filme, a maioria de nossos grandes erros nasce dessa vontade que temos de amar e ser amados, de nos sentir incluídos. E a nossa capacidade de amar é o que torna a vida tão especial. Sendo assim, nossos erros nascem do melhor que temos. Quando me dei conta disso aprendi a me perdoar, minha intenção não era ruim, mas eu apenas estava buscando amor em fontes e de maneiras equivocadas.

Eu, assim como muitos, perdi anos de minha vida nessa busca, achando que me amava muito, que já havia passado essa etapa, no entanto vivia de pequenas doses de amor, me alimentando de fragmentos, tentando encontrar no outro algo que eu deveria buscar em mim mesma. E não existe outro caminho, não importa que seja clichê ou que a gente saiba de tudo isso, o processo é esse mesmo, cair e levantar diversas vezes, pois o acerto assim como o caminho em si, só se fazem ao errar ou caminhar.

É deveras básico o fato de que só sabe amar o outro quem aprende a amar a si mesmo, todavia ainda assim insistimos em seguir atalhos ou em fazer o caminho inverso. O maior “problema” com o amor é que ele não se alimenta de migalhas, embora muita gente insista nesse erro. Portanto, se não aprendermos a nos acolher por completo, nossas esquinas mais sombrias, nossos erros e nossas dores, nós nunca saberemos o que é amor de fato. Sim, mais fácil falar do que fazer, mas é possível.

Amor próprio é complexo porque não acontece através do olhar e reconhecimento do outro ou da validação de ninguém. É algo que só depende de nós e que não aprendemos em livros, não tem exemplo em lugar algum a ser seguido. E nós não somos muito acostumados a viver sem parâmetro de comparação. Por isso, é árduo, temos que aprender do zero, sozinhos. E o que sei é que amor próprio não tem a ver com todo aquele romantismo que (erroneamente) costumamos associar ao amor. Não tem a ver com arrogância, paternalismo e muito menos com auto-confiança. O amor próprio é silencioso e nele cabem todas as nossas auto-críticas e inseguranças. Amor próprio tem muito mais a ver com acolhimento do que com afeto, porque o afeto vem do outro. E é difícil mesmo fazer do amor um verbo intransitivo. Contudo é imprescindível acolher todas as nossas partes quebradas, aquilo que nos deixa descontentes, tudo que queremos mudar em nós.

 

Um dia eu resolvi aprender sobre amor próprio. Foi um processo intenso e árduo, que durou minha vida toda até aqui, mas foi libertador. Foi um período de muita mudança. E mudar dá medo. Perdi pai e mãe, mudei de profissão, mudei de empregos, mudei estilo de vida e hábitos, mudei amigos, mudei minhas crenças, mudei de religião, mudei o corte de cabelo, mudei de casa, mudei terapias, mudei tudo isso, mas principalmente mudei de canal e aprendi a sintonizar em mim. Aprendi que meus erros e traumas do passado não me definem. Antes de tudo, aprendi a perdoar meus pais e me senti muito tola por exigir deles o que nem eu sei se um dia poderei dar a um filho. Depois aprendi a me perdoar, assim como eles, eu sei que fiz o melhor que pude com o que me foi dado, mesmo quando meu melhor parecia ser nada ou quase nada. Virei pai e mãe de mim mesma, aprendi a me proteger e que posso (devo) dizer não.

Aprendi sobre a finitude da vida e que sou limitada, muito mais limitada do que imaginava. E precisei também respeitar e acolher essas limitações. Aprendi a olhar para meus defeitos para finalmente entender que tal conceito não existe. Um defeito é apenas uma qualidade esperando para ser lapidada. Então acolhi um por um e aprendi a enxergar o que de bom havia neles, principalmente a escutar o que eles queriam me dizer. Se eu era uma pessoa muito ansiosa é porque um dia eu precisei desenvolver aquilo para sobreviver no meio em que um dia estive inserida. Então foi importante entender e validar isso para então decidir que posso mudar porque agora isso não me serve mais uma vez que, ao contrário de quando eu era criança, o meio agora sou eu que escolho.

Aprendi que sou capaz de mudar o que quiser e me dei autonomia para isso. E a autonomia anda lado a lado com o amor, porque quando nos amamos nos validamos como seres humanos e então descobrimos que o mundo é um grande palco para esse show que é a vida, tudo começa a fazer sentido, os olhos ganham um brilho diferente, nossos pequenos gestos se tornam grandiosos e nos tornamos gigantes. Sim, gigantes pela (em nossa) própria natureza.

No filme Charlie se questiona sobre o amor, ele não consegue entender porque pessoas tão especiais escolhem amores tão fragmentados. A resposta que seu professor de literatura lhe dá é tão certeira e simples, ainda que complexa na prática: “Charlie, nós aceitamos o amor que achamos que merecemos”. E eu acrescentaria também nessa categoria a maneira como aceitamos o amor que temos por nós mesmos.

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Palestra: A Desafiadora Missão de Educar na Era Digital

Palestra: A Desafiadora Missão de Educar na Era Digital

A Desafiadora Missão de Educar na Era Digital

O mundo está mudando. Mas a educação, como fica?

Ana Macarini é natural de São Paulo. Educadora, Pedagoga, Psicopedagoga, Mestre em Disfunções de Leitura e Escrita e Escritora, Ana Macarini traz em seu currículo renomadas universidades, como USP, PUC/SP, Escola Paulista de Medicina e Harvard School of Education.

Público Alvo:
Professores e profissionais de áreas correlatas.

Investimento:
R$ 25,00

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Como você vem se relacionamento consigo mesmo?

Como você vem se relacionamento consigo mesmo?

Textos que abordam relações amorosas têm sempre um apelo a mais. Trazem aquilo que precisamos saber para os novos engates, dicas de como se comportar, como lidar com determinadas pessoas, como agir e não agir, tem também um “quê” de consolo e referência para aprender e entender mais sobre a arte de se relacionar…

Mas neste texto em especial eu não vou escrever nada do tipo “encontre alguém que…” ou “você deve amar alguém com essas qualidades.” Não! Pelo menos neste momento o trato aqui será do relacionamento de você com você mesmo. Sim! De você com a sua melhor companhia, porque no fim a vida é mesmo uma jornada solitária marcada por pessoas que vem e vão e por isso também a necessidade de cuidar bem de si.

E ninguém deveria ter medo de ficar sozinho. Na verdade, é muito bom marcar um encontro consigo mesmo, ainda mais e principalmente depois de um término de relacionamento.

O que acontece na maioria das vezes, é um depósito além da medida de expectativas e de satisfação da felicidade no parceiro. Há uma entrega absoluta da própria vida na relação como se não houvesse nada além dela para ser feliz. E quando ocorre o rompimento do casal, há uma tremenda sensação de vazio, uma falta profunda de algo como se tivesse acabado de perder um membro ou órgão vital. E no fim, ficam duas perdas: do ser amado e da própria pessoa que se doou o tempo inteiro sem ao menos ter a chance de cuidar de si e de se resgatar durante a relação.

É verdade que viver uma relação amorosa transforma dois seres humanos, um fenômeno acontece. Sem relacionamento o ser é uma pessoa, na relação se transforma em outra. As relações são criadas pelo homem, que por sua vez cria o ser humano.

Porém o amor deve ser como o ar que respiramos. Nossa qualidade, algo natural e sem esforço. Algo que já nos pertence e que não haveria necessidade de buscar aquilo que já existe em nós em outras pessoas. Não dá pra depender apenas das relações afetivas para sentir amor. Não depender tanto do objeto amado é tão importante quanto se nutrir de amor.

Claro que ser amado é delicioso e essencial. Não dá para amar sozinho, mas o que quero dizer neste texto é da importância de se relacionar consigo em todos os momentos da vida.

E mesmo vivenciando uma relação amorosa, é importante cada um preservar a sua individualidade, se amar, se gostar e ainda assim curtir a própria companhia. O encontro consigo mesmo te coloca em estado de abundância permanente e não faz do outro um “step” para preenchimentos. O outro será sempre uma grata surpresa. Um algo a mais para se ter na vida.

E após um término é importante dar tempo ao tempo. Marcar este encontro consigo para regeneração e autocuidado. Fazer aquela viagem que tanto deseja, programar o futuro, tirar os sonhos da gaveta e os realizar. Canalizar energia para as realizações pessoais. Satisfazer o ser!

Não estou dizendo para a pessoa se isolar do mundo, mas para ter consigo uma linda e agradável companhia, daquelas de quando chegar o final de semana ter a chance de se curtir. Comprar aquela garrafa de vinho, colocar aquele pijaminha de algodão e ficar apenas consigo e seu universo, sem provações e satisfações a ninguém. Uma liberdade sem medidas. Sem necessitar se perder numa multidão para fugir de si. A solitude é uma bênção quando entendemos a sua importância. Ela é importante até mesmo quando somos um casal. Ter bons momentos sozinho não deveria ser algo a se estranhar muito menos de não querer. É importante se satisfazer na solitude, em todos os momentos da vida.

E quando estamos bem conosco e nos colocamos para jogo, para novas apostas de romance, parece que o universo nos guia. Quando estamos bem e em paz com nossos corações, magnetizamos pessoas fabulosas em nosso caminho.

Por isso é importante se manter elevado, com uma boa autoestima para atrair pessoas de qualidade, que cheguem para acrescentar e somar à nossa companhia. Quando nos amamos, naturalmente atraímos boas pessoas e temos uma maior noção de quem sim, quem não e quem nunca em nosso espaço sagrado.

Não tenha medo de ficar sozinho, não é o fim do mundo. Na verdade, vamos partir dessa vida sozinho então, aproveite a viagem. Divirta-se, ame-se, ame e se for pra ter alguém que seja pra somar e não subtrair. No mais viva bem sem medo de ser feliz com você.

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12 filmes psicológicos para entender mais sobre relacionamentos abusivos

12 filmes psicológicos para entender mais sobre relacionamentos abusivos

Eu acredito muitíssimo na capacidade terapêutica do cinema. Se antes contávamos histórias ao redor da fogueira, hoje nos empoleiramos em torno de uma tela para compartilharmos experiências, reais ou fictícias, contadas por atores e diretores.

Se eu pudesse apostar com o cs go apostas, eu diria que um bom filme pode ensinar muito quando falamos de saúde emocional. Hoje existe até mesmo um projeto espanhol, o Medi-Cine, criado pela terapeuta Mercedes Martínez Moreno, cujo intuito é tratar a saúde psíquica através de filmes. Mercedez não receita remédios, ela receita histórias para seus pacientes. E o tratamento tem sido fortuito.

No Brasil ainda não há um projeto parecido, mas felizmente através da internet podemos encontrar dicas que nos ajudam a pontuar determinados assuntos como o Fortune Tiger. Particularmente, quem acompanha meus textos, sabe que eu gosto de abordar diversas questões falando de filmes.

Para esse artigo selecionei 12 filmes que tratam de relacionamentos amorosos abusivos ou tóxicos. Muito se tem falado hoje sobre o que duas pessoas podem promover de bom ou de ruim na vida uma da outra. E aqui eu escolhi listar principalmente filmes que mostram relações cuja violência, não explícita, se revela aos poucos, principalmente no âmbito psicológico, sem excluir, no entanto, filmes que mostram a gradação da violência psicológica para a física.

Muitas vezes a violência psicológica é tão brutal quanto a física. Na violência psicológica a vítima, homem ou mulher, é agredida através de insultos constantes, ameaças de morte ou de algum outro mal. Sofre com a privação de contato com amigos e familiares ou até de recursos materiais. Recebe ameaças dirigidas aos filhos e tem comumente seus bens pessoais destruídos. A vítima em uma relação assim pode ser duramente criticada sobre seu desempenho no trabalho ou na vida íntima, inclusive sendo caluniada e difamada. Muitas vezes, ela é até mesmo impedida de sair de casa ou trabalhar.

As vítimas de qualquer tipo de relacionamentos abusivos devem procurar a delegacia da mulher e assistência jurídica. No entanto, acontece muitas vezes da vítima não se dar conta de que está efetivamente em um relacionamento abusivo. É nesse ponto, na identificação de padrões muito frequentes em abusadores e agressores, que essa lista pode ser de grande valia.

Seguem então 12 indicações de filmes sobre relacionamentos amorosos abusivos. Muitos estão na Netflix, mas lembro aqui que sugestões são sempre bem-vindas:

1 – À meia luz, 1944

contioutra.com - 12 filmes psicológicos para entender mais sobre relacionamentos abusivosO roteiro desse filme é baseado na peça teatral de Patrick Hamilton, e conta a história de Paula Alquist, sobrinha de uma famosa cantora de ópera, e Gregory Anton, pianista e futuro esposo de Paula. Após o casamento, Gregory passa a torturar psicologicamente sua jovem esposa, fazendo-a acreditar que está enlouquecendo. Esse filme certamente não agradará a todos, no entanto seu título original “Gaslight” deu origem a um termo muito difundido na psicologia desde 1960, o “Gaslighting” que diz respeito ao abuso psicológico no qual informações são distorcidas ou seletivamente omitidas para favorecer o abusador ou simplesmente inventadas com a intenção de fazer a vítima duvidar de sua própria memória, percepção e sanidade.

2 – Dormindo com o inimigo, 1991

contioutra.com - 12 filmes psicológicos para entender mais sobre relacionamentos abusivos Martin Burney é um homem de boa aparência, bem-sucedido e sedutor, porém, após o casamento, ele se mostra um marido compulsivo, ciumento e violento que apavora sua esposa, Laura. Durante uma noite tranquila na qual os dois estão velejando com um conhecido, acontece uma tempestade, e a jovem aproveita para simular um afogamento e desaparecer. Esse filme é emblemático e tem Júlia Roberts no papel da protagonista. Martin trata Laura como um objeto cuja única função é satisfazê-lo quando, como e onde ele quiser. Notem que ao tomar ciência da situação em que vive, Laura se prepara em segredo para poder escapar e viver longe do seu algoz.

3 – O piano, 1993

contioutra.com - 12 filmes psicológicos para entender mais sobre relacionamentos abusivosEsse filme retrata a sofrida trajetória de Ada McGrath, uma mulher que não fala desde os seis anos de idade e que se muda para a Nova Zelândia recém-colonizada. Em companhia da filha, ela conhece o futuro marido, Alisdair Stewart, o qual não parece ter, assim como ela, grande sensibilidade. Para piorar a situação, ele recusa-se a transportar o piano de Ada, que é não só sua paixão, mas também a sua voz. Nesse filme fica evidente que o marido não deseja compreender Ada. Ela, que é “muda”, perde completamente o poder de se comunicar sem o piano e é vista pelo marido como uma pessoa esquisita. Ada sofre inúmeras agressões, psicológicas e físicas, vê sua liberdade de sair de casa cerceada, e tem até mesmo sua integridade física maculada.

4 – Retrato de uma mulher, 1996

contioutra.com - 12 filmes psicológicos para entender mais sobre relacionamentos abusivosEm 1872 a americana Isabel Archer herda 70 mil libras. Ela resolve então viajar para a Europa onde recebe inúmeras propostas de pretendentes, contudo ela recusa todas, pois deseja ser livre. Em certo ponto Isabel, desatenta, é convencida pela ambiciosa Madame Serena Merle a conhecer Gilbert Osmond, um colecionador de arte que a seduz maliciosamente. Isabel se casa com Gilbert e só então descobre que ela é só mais uma peça na trama diabólica de Osmond e Madame Merle para roubar sua fortuna. Esse filme tem um elenco maravilhoso, com Nicole Kidman como Isabel e John Malkovich como Osmond. Aqui a personagem de Nicole vai sendo envolvida em uma trama que mais parece uma imensa teia de aranha da qual ela se sente sozinha e incapaz de escapar. Fiquem atentos à cena na qual Isabel caminha ao lado da filha pequena de Osmond. Em certo ponto a menina estanca, e questionada por Isabel ela menciona que o pai não a deixa passar daquele ponto. Ou seja, mesmo quando não está por perto, o poder de manipulação de Osmond é evidente.

5 – Onde mora o coração, 2000

contioutra.com - 12 filmes psicológicos para entender mais sobre relacionamentos abusivosNovalee Nation (Natalie Portman), tem 17 anos, está grávida e nunca teve uma família de verdade. O mais próximo que ela chegou disso foi viver com o namorado narcisista, Willy Jack (Dylan Bruno), com quem decide viajar para a Califórnia. Quando chegam em Oklahoma eles fazem uma parada para ela ir ao banheiro, mas, quando Novalee retorna, não encontra mais Willy, que fugiu. Sozinha e sem nada, exceto uma máquina fotográfica, Novalee ronda uma loja da rede Wal-Mart, onde fica até o bebê nascer. Na trama o namorado de Novalee a humilha constantemente, prestem atenção na forma como ele a trata principalmente dentro do carro, no começo do filme. Willy volta a aparecer no meio da trama como um cantor de sucesso que canta, pasmem, declarações de amor e carinho. Aqui temos a figura de um homem que parece o que não é e uma mulher que redescobre seu valor.

6 – Garçonete, 2007

contioutra.com - 12 filmes psicológicos para entender mais sobre relacionamentos abusivosJenna (Keri Russell) trabalha como garçonete e sonha em juntar dinheiro suficiente para largar Earl, seu marido prepotente e controlador. Ela possui o dom de fazer tortas especiais, as quais são inspiradas pelos problemas e circunstâncias da sua vida. Entretanto, uma gravidez inesperada muda seus planos. O marido de Jenna é extremamente abusivo, no entanto, ela aceita passivamente seu martírio até olhar para o rosto de seu bebê e não desejar para ele as coisas pelas quais ela passa cotidianamente. O nascimento do bebê desperta Jenna de sua letargia e ela encontra forças para sair da relação. O amor verdadeiro a fez perceber que aquilo que vivia no casamento estava longe de ser algum tipo de amor. Uma história supersensível. Não se enganem, parece uma comédia romântica, com um médico atencioso na trama, mas não é.

7 – Entre segredos e mentiras, 2011

contioutra.com - 12 filmes psicológicos para entender mais sobre relacionamentos abusivosEsse filme fala de David Marks (Ryan Gosling), um jovem bonito e problemático que conhece uma moça gentil e sonhadora, Katie Mars, (Kirsten Dunst). Iludida pelo passado do moço, que parece traumatizado pelo suicídio da mãe, Katie entra nessa história acreditando que o amor pode tudo. No começo, ela até mesmo convence o marido a montar com ela uma loja de produtos naturais, mas logo a família influente do rapaz trata de minar as esperanças do casal. Com o passar do tempo David vai se tornando cada vez mais agressivo e sua verdadeira personalidade vai se revelando. Esse filme é baseado em um caso verídico e mostra o martírio vivido por Katie até seu desaparecimento.

8 – Effie Gray, 2014

contioutra.com - 12 filmes psicológicos para entender mais sobre relacionamentos abusivosEssa é uma cinebiografia que conta a história da vida conjugal de um dos mais famosos críticos de arte da Inglaterra, John Ruskin, com uma jovem de 19 anos, “Effie” Gray. Ruskin não toca em sua esposa durante todo o casamento. Ele é indiferente aos sentimentos dela e não lhe demonstra qualquer estima. O homem parece não ter um traço sequer de empatia ou amor. Effie adoece por conta dos maus tratos psicológicos do marido e passa a ser tratada por Ruskin como uma pessoa de índole má, sem ter feito absolutamente nada para isso. Nesse filme as agressões psicológicas sofridas por Effie são severas.

9 – In your eyes, 2014

contioutra.com - 12 filmes psicológicos para entender mais sobre relacionamentos abusivosEsse filme fala de Rebecca (Zoe Kazan), a esposa de um famoso médico e de Dylan (Michael Stahl-David), um ex-condenado buscando recomeçar a vida. Estranhamente os dois descobrem estar conectados telepaticamente. Eles podem conversar como se estivessem frente a frente. A partir desta ligação, Rebecca e Dylan começam um inexplicável romance metafísico. Fiquem atentos ao marido de Rebecca no filme. Ele a trata de forma autoritária, como se ela fosse uma criança. Em uma das cenas ele tira a bebida das mãos dela, em outra, descobrimos que ele tentou acabar com todas as fotos que mostravam a infância de Rebecca junto da família. Rebecca é tratada pelo marido como uma pessoa doente e incapaz e é levada a crer nisso por muito tempo.

10 – Antes de dormir, 2014

contioutra.com - 12 filmes psicológicos para entender mais sobre relacionamentos abusivosDia após dia, Christine Lucas (Nicole Kidman) desperta sem se lembrar de absolutamente nada que aconteceu em sua vida nos últimos 20 anos. Isto acontece devido a um acidente sofrido há uma década. Com isso, cabe ao seu marido Ben (Colin Firth) a tarefa de relembrá-la de sua vida, através de um mural de fotos e detalhes do passado. Além disto, ela passa por uma terapia sigilosa com o Dr. Nasch (Mark Strong), que procura incitá-la a ter lembranças sobre o que aconteceu. Só que, aos poucos, ela percebe que nem tudo é o que parece ser. Esse filme é quase uma metáfora e mostra que muitas vezes somos levados a crer em histórias sobre nós mesmos.

11 – Grandes olhos, 2015

contioutra.com - 12 filmes psicológicos para entender mais sobre relacionamentos abusivosEssa cinebiografia conta a história do casal Walter e Margaret Keane, que ficou famoso no final dos anos 1950 e início dos 1960 pelos retratos de mulheres e crianças com olhos grandes. Tudo parecia ir bem na vida dos Keane, até Walter começar a ter fama e dinheiro às custas da mulher, que era a verdadeira pintora das obras. Esse filme mostra um casamento cujo marido começou a vida conjugal dizendo: Você é linda e talentosa, ao meu lado você terá o mundo. E terminou com um: pinte dezenas de quadros para tais datas que eu os venderei como meus e se disser algo será presa como cúmplice. Notem que Walter é um mentiroso contumaz que engana não só a esposa, mas também aqueles que assistem ao filme.

12 – A garota do trem, 2016

contioutra.com - 12 filmes psicológicos para entender mais sobre relacionamentos abusivosNesse filme a história é narrada especialmente por Rachel Watson (Emily Blunt), que afundada em um grande sofrimento causado pelo divórcio e pelo vício em bebida, mora de favor na casa de uma amiga. Ela viaja diariamente de trem e durante o percurso observa a casa do seu ex-marido Tom (Justin Theroux), novamente casado, enquanto remói culpas, remorsos e dúvidas. Fragilizada, Rachel desconfia da própria sanidade diante da incapacidade de cumprir padrões sociais. Paralelamente à solução do mistério do filme, ela se redescobre como mulher, aprendendo consigo mesma a se fortalecer. Tom, por outro lado se revela um vilão que sabe manipular muito bem as mulheres com as quais se relaciona através do “Gaslighting”. Técnica de abuso na qual a vítima é levada a crer que está perdendo a sanidade.

Extra: Série Jéssica Jones, 2015

contioutra.com - 12 filmes psicológicos para entender mais sobre relacionamentos abusivosJéssica Jones (Krysten Ritter) leva a vida como detetive particular no bairro de Hell’s Kitchen, em Nova York. Traumatizada por eventos anteriores de sua vida, um relacionamento abusivo com um homem cujo grande poder era manipular as pessoas, ela sofre de Transtorno de Estresse Pós-Traumático. Jéssica tenta fugir do passado, mas sente-se perseguida por ele. Ela percebe então que existe apenas uma saída: enfrentar seus medos e provar que é mais forte que o homem que a traumatizou no passado. Essa série é ficcional, pois trata de personagens com superpoderes, no entanto mostra de forma bastante contundente os desdobramentos causados por um período de grande desgaste emocional e físico ao lado de uma pessoa manipuladora e abusiva.

Acompanhe a autora no Facebook pela sua comunidade Vanelli Doratioto – Alcova Moderna.

 

15 coisas que os introvertidos nunca vão te dizer

15 coisas que os introvertidos nunca vão te dizer

Em um mundo que celebra comportamentos extrovertidos incessantemente, os introvertidos têm grande chance de ficar com uma má reputação.

Há coisas que os introvertidos gostariam que você soubesse sobre eles e que ajudariam na convivência e nas relações. Por exemplo, introvertidos não são anti-sociais ou deprimidos. Na verdade, muitos os admiram pelo seu jeito independente e que mantém as pessoas calmas, concentradas e seguras. As pessoas amam os introvertidos. Entretanto esse “caminho” só é aparente para os amigos mais íntimos.

Aqui estão algumas coisas sobre os introvertidos você não pode deixar de saber. (Lista feita por um introvertido)

1. Nós não queremos ser convidados para o seu aniversário.

Qualquer pessoa introvertida que trabalha em um escritório sabe como se sente ao ser empurrada para uma festa de aniversário. Os introvertidos se contorcem quando recebem esses convites de pessoas com as quais têm pouca intimidade. Achamos que eles esperam que nós tenhamos entusiasmo e interesse, e talvez até mesmo aceitemos o convite para nos juntarmos a eles para beber (com um grupo de cerca de 300 outras pessoas aleatórias) para comemorar. Trezentos é um pouco de exagero, mas é como um introvertido sente uma vez que ele só quer ir para casa. Se você não nos convida, nós não ficamos ofendidos. Ficamos aliviados. Longe de ser um comportamento arrogante, realmente temos muita dificuldade com grandes grupos.

2. Nós não queremos que você se preocupe com o nosso aniversário.

Como a maioria dos introvertidos não gosta de festa, eles não se importam que seu próprio aniversário não seja um evento. Nós temos amigos que realmente nos conhecem e se importam e levar a data com mais discrição nos deixa mais felizes.

3. Nós realmente não queremos saber como foi o seu fim de semana.

Ao menos que você seja parte de nosso círculo de amigos, não importa o que você fez na semana passada. Somos da opinião de que todos têm o direito à privacidade, e se você escolheu gastar seu tempo bêbado ou batendo na porta do seu ex, então isso é com você. Introvertidos simplesmente não gostam de “jogar conversa fora”.

4. Odiamos multidões.

Grandes grupos de pessoas nos deixam cansados. Alguns introvertidos são sensitivos, então eles tendem a captar a energia dos outros facilmente. Nós, às vezes, nos sentimos como se conhecêssemos todos na sala e isso facilmente nos sobrecarrega.

5. Nós realmente não gostamos de eventos de networking.

Isto é especialmente difícil para os introvertidos que dirigem um negócio. Networking nos faz sentir como se nós tivéssemos que atuar. Lutamos para dizer a coisa certa e ouvir com atenção. Mesmo no mundo dos negócios, temos que nos sentir conectados com alguém em outro nível para tirar o máximo proveito de um tipo de rede ou evento.

6. Nos forçamos a agir com sinceridade sem sermos indelicados.

Esta é a verdade que pode ser desagradável. Nós sabemos do que nós gostamos e do que não gostamos de fazer. Nós também sabemos que a honestidade, às vezes, dói. Para sobreviver, temos que superar esses sentimentos e sermos agradáveis. Afinal, é difícil viver em um mundo onde não queremos fazer coisas que a maioria das pessoas quer.

7. Nós sabemos como fazer outras coisas.

Nós ocupamos nosso tempo a sós com atividades, telefonemas, e-mails, rascunhos e projetos para aquisição da nossa próxima grande ideia (temos muitas). Valorizamos a solidão porque ela nos permite experimentar novos conceitos, planos e ampliar nossa imaginação. Tudo é possível quando passamos um tempo sozinhos.

8. Gostamos de escrever as coisas.

Nós amamos e-mail porque ele nos ajuda a conseguir o que precisamos sem interrupções. Interrupções nos tiram da estrada, e nós precisamos gastar mais energia para voltar à pista. Então, por favor, não nos chame a menos que seja emergência.

9. Sentimo-nos seguros com as pessoas certas.

Quando temos as pessoas certas em nossas vidas, nós damos o nosso melhor. Tornamo-nos guerreiros, protegemos  e lutamos por alguém que amamos. Basta perguntar a nossos amigos.

10. Nós temos amigos que realmente gostam de nós.

A maioria dos introvertidos não têm nenhum problema para sair em grupos e passar algum tempo com os outros. Se temos amigos, é porque nós conscientemente os escolhemos. Nós dedicamos esforço para o relacionamento e os nossos amigos sabem disso. Vamos para bares, festas e conhecemos novas pessoas. A diferença é que nem todos com quem nos encontramos tornam-se amigos.

11. Nós podemos fazer as coisas que os extrovertidos fazem, por um tempo.

Nós podemos ser a vida do partido, sediar o evento de networking, e ser o presidente da obra de caridade. Fazemos isso de boa vontade, sabendo que no final do dia podemos ir para casa. Mas quando chegarmos lá, pode levar dias ou semanas para nos reabastecermos e estarmos prontos para fazer isso novamente.

12. Não somos tímidos, rudes ou tensos.

Na primeira, pode até parecer que assim. Conheça-nos, entretanto, e nós podemos realmente fazer você rir, assim como manter uma conversa que dura mais de 15 minutos. A coisa é, nós não compartilhamos isso com todos. Ser “social” ou “sociável” é uma opção, não um modo de ser. Não podemos fingir felicidade ou animação muito bem, e nós mostramos o que pensamos em nossa própria cara, não tanto em nossas palavras.

13. Ficamos bem sozinhos.

Temos muita coisa acontecendo em nossas cabeças e não precisamos de mais. Ao contrário de nossos colegas extrovertidos, nós não precisamos de outras pessoas por perto para nos  estimular.

14. Odiamos conversa fiada.

Somos pensadores, e saboreamos conversas sobre grandes teorias e ideais. Nós raramente entramos em conversa fiada confortavelmente.

15. Fazemos uma escolha para estar com você e aprecia-lo.

Valorizamos nosso tempo sozinhos e somos exigentes sobre com quem nós vamos interagir. Gastar tempo com pessoas erradas vai nos drenar, não deixando nada para nós mesmos. Nós tendemos a atrair pessoas extrovertidas que sugam nossa energia, e buscamos introvertidos com pensamentos similares para o nosso enraizamento-pensamento profundo e senso de controle. Agradecemos o nosso tempo que passamos com outros introvertidos que têm uma compreensão de limites e fronteiras de cada um.

Por MARYANN REID, via: Life Hack

Traduzido e ADAPTADO por Josie Conti

Do original:  15 Things That Introverts Would Never Tell You

Imagem de capa: pathdoc/shutterstock

10 razões pelas quais uma viagem de busca espiritual pode mudar sua vida

10 razões pelas quais uma viagem de busca espiritual pode mudar sua vida

Imagem de capa: soft_light/shutterstock

Sejamos sinceros:  Viver o dia a dia no ambiente das grandes cidades não é muito divertido. Excesso de trabalho, correria, tráfego, McDonalds …. 

Tudo isso, por mais que você esteja acostumado, não é apenas chato, mas em sua essência é triste e deprimente. 

Às vezes, a melhor coisa que você pode fazer por si mesmo é sair em uma viagem de busca para purificar seu espírito, mente e corpo, e se integrar com a natureza e com quem você é. (Acredite em mim, você pode ter se esquecido!)

Sendo assim, abra sua mente e seu coração e leia esses 10 motivos pelos quais uma viagem de busca espiritual pode mudar a sua vida.

1. A rotina de trabalho, muitas vezes,  pode fazer você esquecer da beleza da vida

Se você está em um ponto em que anda pela rua e não percebe que o sol está brilhando no céu, você precisa de um recomeço! Se todos nós tivéssemos a vida do jeito que gostaríamos, teríamos muito menos “empregos” e passaríamos muito mais tempo inspirados com a criação. Não existe tempo certo para mudar sua percepção da vida, a sua mudança pode começar agoraO que você está esperando? Talvez você não saiba o que fazer, talvez você se sinta preso. Pois saiba que sair de seu ambiente pode ser a atitude que você precisa para fazer uma transição do que não está te satisfazendo para encontrar coisas que são reais fonte de  felicidade e bem estar existencial.

2. A vida não é estática

Você já reparou comer  uma mesma coisa repetidas vezes nos deixa enjoados…especialmente se for uma comida cheia de amidos e gorduras e vazia em nutrientes. Talvez seja a hora de mudar essa válvula de entrada para algo um pouco mais livre!  Ninguém quer uma vida repetitiva e sem nutrientes.  Aventurar-se faz o coração se sentir revigorado e novo outra vez.

3. Viajar te inspira a ter relacionamentos mais ricos e construtivos com as pessoas

Seja viajando ao redor do mundo ou mesmo em para algum lugar próximo, o movimento será uma grande oportunidade para você se abrir para coisas diferentes. Quando isso acontece, você pode observar os seus relacionamentos de uma maneira nova e voltar para o mesmo lugar com uma nova perspectiva de vida totalmente diferente. Viajar com uma pessoa querida também pode ser uma ótima maneira de fortalecer seu relacionamento, independentemente do tipo de relação que você nutrir com essa pessoa.

4. Redefinir a relação que você tem consigo mesmo

 Todo mundo precisa de um tempo sozinho, e assim tirar algum tempo para estar consigo mesmo pode ser um momento de poderosa meditação, sem constantemente se envolver com quem você não escolheu ou mesmo não quer estar. Basta lembrar-se  de não se afastar para longe demais. Isolar-se totalmente e por períodos longos demais pode deixar cicatrizes que levam muito tempo para serem apagadas.

5. Novos caminhos lhe fornecerão diferentes olhares sobre sua educação

Sair pelo mundo fará com que você encontre novas pessoas, você conhecerá pessoas de grande potencial e riqueza cultural (isso quer dizer diferença). Quando você está no seu ambiente normal, em sua zona de conforto, tudo é muito parecido: você permanece “dentro da caixa” e quase não sofre alterações em suas maneiras de ver a vida e o mundoNo entanto, o nosso verdadeiro potencial nunca é encontrado dentro de qualquer caixa, mesmo que, figurativamente falando, encontremos um cartão que aponte para os nossos sonhos, nós nunca vamos chegar a esse lugar mágico a partir do conforto de nossas caixas. A maioria das pessoas no interior da caixa querem a educação e as carreiras que a caixa promove, mas uma vez que permitem que suas mentes se expandam, podem descobrir rapidamente novos lugares onde canalizar suas energias.

 

6. Você pode inverter suas prioridades de vida

Vamos apenas ser honestos, a vida pode ser  muito difícil. Está bem…a vida pode ser dura a maior parte do tempo à medida que crescemos e nos tornamos mais responsáveis. No entanto, apenas porque temos um monte de responsabilidades não significa que tenhamos que priorizá-las. Saindo do ambiente antigo, mesmo que por pouco tempo, sua mente permitirá um novo embaralhar de cartas e então você poderá classificar o que é verdadeiramente importante para você e o que precisa ser feito para o benefício de todos e de tudo.

7. Você pode aprender a analisar melhor as situações dramáticas da vida

Quando as coisas ficam dramáticas, geralmente há uma razão para isso. Se há um problema entre você e um ente querido ou um desentendimento no local de trabalho – quando existe pânico pode se tornar difícil de ser positivo e fazer a coisa certa. Às vezes, dar um passo fora da caixa para uma tarde de reflexão pode fazer toda a diferença no mundo. Para mim, esse momento acontece quando eu subo na árvore na frente da casa e medito por um tempo. É necessário parar a fim de chegar a uma compreensão mais completa da situação e encontrar a resolução para o problema.

8. Ganhar clareza mental em sua vida

A vida está densa, espessa e pegajosa como caminhar através da sujeira? Uma viagem espiritual pode cortar esse ciclo de experiências terrenas e te oferecer mais ângulos para reflexão e para tomadas de decisões. Ao praticar o aumento de nossa consciência, nós podemos “seguir com o fluxo” mas com muito mais cuidado e menos presos do que antes.

9. Seu otimismo geral vai aumentar

Sim, você adivinhou! Árvores, rios, relva, templos, línguas estrangeiras, e acesso limitado à banheiros parece desempenhar um grande papel no aumento da valorização do que você tem e uma perspectiva positiva mais global sobre a vida abençoada que você pode levar. Uma perspectiva positiva sobre a vida pode fazer toda a diferença em sua criatividade.

10. Promover jornadas espirituais aumenta a consciência sobre a saúde física

Ter sabedoria no que se refere a saúde muito se resume a gestão de recursos quando você está seguindo um real caminho espiritual. A maioria de nós normalmente come muito mais do que é saudável, enquanto em uma viagem espiritual você pode focar sua atenção para uma ideia melhor de como manter o corpo em um melhor estado de conforto através de práticas mais saudáveis e holísticas.

Viaje! Crie algo novo para si mesmo e crie algo novo para seus amigos e familiares. Você é um reflexo deles e quaisquer ajustes que você faça em si mesmo terá um impacto sobre eles, quer você esteja ciente disso ou não.

***

Por Christopher Taylor,  Via: The Spirit Science

Traduzido e adaptado por Josie Conti

Do original: 10 REASON’S WHY A SPIRITUAL JOURNEY WILL IMPROVE YOUR ENTIRE LIFE 

25 coisas com as quais você perde tempo demais!

25 coisas com as quais você perde tempo demais!

Esta manhã eu recebi um mail de agradecimento de uma leitora chamada Hope. Ela disse que o nosso blog e livro a ajudaram e motivaram através de um processo de recuperação após um grave acidente de carro ocorrido no ano passado. Toda história de Hope é muito comovente e inspiradora, mas esta linha, em particular,  me fez parar e pensar:

“O momento mais feliz da minha vida ainda é aquela fração de segundo que aconteceu há um ano atrás, quando, como eu me vi esmagada sob o carro, mas percebi que o meu marido e meu menino de 9 anos de idade estavam fora do veículo e absolutamente bem.”

Momentos terríveis como este nos forçam a reconhecer o que é verdadeiramente importante para nós. No caso de Hope era saber que seu marido e filho estavam bem.

No restante de seu e-mail, ela fala sobre como sua família compartilha muito mais tempo  agora, simplesmente contando histórias, rindo com piadas  e apreciando a companhia do outro.

“O acidente nos fez perceber quanto tempo nós tínhamos perdido a cada dia com coisas que não eram importantes.”, disse ela.

É difícil pensar em uma história como a de Hope e não parar e se perguntar: “Quais são as coisas que me fazem perder tempo e nem são importantes para mim?”

Aqui está uma lista de coisas a considerar, talvez algumas delas também não façam tanto sentido em suas vidas:

1. Distrações durante momentos especiais com pessoas especiais. – Preste atenção às pequenas coisas porque quando você realmente sentir falta de alguém serão as pequenas coisas que farão diferença e te darão as “grandes lembranças”. Rir com alguém,  fazer longas caminhadas, deliciar-se com grandes conversas. Separe um pouco de tempo e apenas esteja junto com quem ama.

2. Ocupação compulsiva. – Separe um tempo diário para não estar ocupado. Dedique algum tempo para a inatividade: são nesses momentos que você vai refletir, descansar e recarregar. Não se engane; você não é tão ocupado para abrir mão de alguns poucos minutos destinados a sua sanidade.

3. Pensamentos negativo sobre a sua situação atual – A vida é como um espelho; obtemos os melhores resultados quando sorrimos.Então, fale sobre suas bênçãos mais do que fala sobre os seus problemas. Só porque você está lutando, não significa que você está falhando. Todo grande sucesso requer algum tipo de luta digna para chegar lá.

4. O drama desnecessário em torno de você. – Seja sábio o suficiente para andar longe do que te faz mal. Concentre-se nos pontos positivos e os negativos em breve serão mais difíceis de ver.

5. O desejo de tudo o que você não tem. – Não, você não vai sempre obter exatamente o que você quiser, mas lembre-se: Há muitas pessoas que nunca terão o que você tem agora. As coisas que você toma por etapas superadas são coisas pelas quais alguém está orando. A felicidade nunca vem para aqueles que não apreciam o que já têm.

6. Comparando-se a todos os outros. – a comparação social é o maior  ladrão de felicidade que existe. Você poderia passar a vida inteira se preocupando com o que os outros têm, mas não iria receber nada por isso.

7. Pensando em quem você era ou o que você teve no passado. – Você não é a mesma pessoa que era há um ano, um mês atrás, ou há uma semana. Você está sempre em crescimento. Experiências não param de acontecer. Assim é a vida.

8. Preocupar-se com os erros que você cometeu – Tudo bem se você fracassar; é assim que você ficará mais sábio. Dê a si mesmo uma pausa. Não desista. Grandes coisas levam tempo, e você está chegando lá. Deixe que seus erros sejam a sua motivação, e não suas desculpas. Decida agora que as experiências negativas do seu passado não vão definir o seu futuro.

9. Preocupar-se com o que todo mundo pensa e diz sobre você. – Não leve as coisas tão para o lado pessoal, mesmo que pareça pessoal.Raramente as pessoas fazem as coisas por causa de nós; elas fazem as coisas por causa delas mesmas . Honestamente, na maior parte das vezes você não pode mudar a forma como as pessoas tratam você ou o que elas dizem sobre você. Tudo o que você pode fazer é mudar a forma como você reage e quem você escolhe para estar ao seu redor.

10. O auto-engano. – Sua vida só melhorará quando você aprender a aproveitar as pequenas chances. E a primeira e mais difícil chance que você deve se dar é ser honesto consigo mesmo.

11. Um caminho de vida que não se sente bem. – A vida é para ser apreciado, não suportada. O sucesso na vida é para quem está animado com o caminho que está seguindo. Trata-se de caminhar confortavelmente em seus próprios pés, na direção dos seus sonhos.

12. Definição dos outros de sucesso e felicidade. – Você simplesmente não pode basear a sua ideia de sucesso e felicidade em opiniões e expectativas de outras pessoas.

13. Aqueles que insistem em usar e manipular você. – O que você permitir é o que vai continuar. Dê o máximo que puder, mas não se permiti  ser utilizado. Ouça aos outros com atenção, mas não perca a sua própria voz. 

14. Tentando impressionar a todos. – Uma das coisas mais libertadoras que aprendemos na vida é que não temos que gostar de todo mundo assim como todo mundo não tem que gostar de nós, e isso é perfeitamente normal. Não importa como você vive, alguém vai se decepcionar. Portanto, apenas viva a sua verdade.

15. Todos os medos que te impede. – O medo é um sentimento, não um fato. A melhor maneira de ganhar força e auto-confiança é fazer o que você tem medo de fazer. Atreva-se a mudar e crescer. No final, há apenas uma coisa que faz um sonho completamente impossível de alcançar: Falta de ação com base no medo do fracasso.

16. Duvidando e questionando a si mesmo. – Quando estiver em dúvida apenas dê o próximo pequeno passo. Às vezes o menor passo na direção certa acaba sendo o maior passo de sua vida.

17. Permanecer perto de pessoas que boicotam seus sonhos. – É melhor estar sozinho do que permitir que as pessoas negativas e as suas opiniões o tirem de seu destino. Não deixe que os outros esmaguem seus sonhos. Faça apenas uma vez o que eles dizem que você não pode fazer, e você nunca mais vai prestar atenção à sua negatividade novamente.

18. Pensando o momento perfeito virá. – Você não pode esperar o momento perfeito. Às vezes você tem que se atrever a fazê-lo, porque a vida é curta demais para saber o que poderia ter sido.

19. Band-Aids e correções temporárias. – Você não pode mudar o que você se recusa a enfrentar. Você não pode encontrar a paz, evitando coisas. Lide com os problemas diretamente antes que eles influenciem em sua felicidade. 

20. Julgamentos fechados. – Abra sua mente antes de abrir a boca. Não odeie o que você não sabe. A mente é como um pára-quedas; ele não funciona quando ele está fechado.

21. Erros e omissões de outras pessoas. – Tente ser tolerante com os erros e descuidos das pessoas. Às vezes as pessoas boas fazem más escolhas. Isso não significa que elas são ruins; Isso simplesmente significa que elas são humanas.

22. O ressentimento. – A bondade não deve ser confundida com fraqueza, nem perdão com aceitação. Trata-se de saber que o ressentimento não é o caminho para a felicidade. Lembre-se, você não perdoa as pessoas porque você é fraco. Você perdoa porque você é forte o suficiente para saber que as pessoas cometem erros.

23. Pensamentos de ódio. – Defina um exemplo. Trate a todos com bondade e respeito, mesmo aqueles que são rudes com você – não porque eles são bons, mas porque você é. Faça da bondade um ritual diário; é o que torna a vida mais feliz e mais gratificante a longo prazo.

24. Lamentações– Você não tem que ser definido pelas coisas que você fez ou deixou de fazer. Não se deixe ser controlado por arrependimentos. Talvez haja alguma coisa que você poderia ter feito diferente, ou talvez não. De qualquer forma, é apenas algo que já aconteceu. Deixe o passado imutável atrás de você e siga no momento presente.

25. Cada ponto no tempo é diferente de agora. – Não chore sobre o passado, ele foi embora. Não se estresse muito sobre o futuro, ele não chegou. Faça o seu melhor para se viver agora e fazer dele um momento que vale a pena viver.

É a sua vez …

Quais são as coisas que acabam com o seu tempo?

Por MARC CHERNOFF , via Marc and Angel Hack Life
Traduzido e adaptado por Josie Conti
Do original: 25 Things You Need to Stop Wasting Time On

Imagem de capa: Amelia Fox/shutterstock

A mais linda animação sobre dar de comer a quem tem fome

A mais linda animação sobre dar de comer a quem tem fome

“Há uma arma de destruição massiva que está sendo usada todos os dias, em todo o mundo, sem que seja preciso o pretexto da guerra: essa arma chama-se fome.”
Mia Couto – Conferência de Estoril 

Baseada em uma história ancestral sobre a fome e partilha, este vídeo de animação faz parte da campanha da Caritas “One Human Family, Food for All” e teve a direção de arte de EALLIN.

A “alegoria das colheres longas” nos ensina que quando lutamos para alimentar apenas a nós mesmos, todo mundo passa fome. Mas quando nos concentramos na fome do nosso vizinho, descobrimos que há maneiras de alimentar a todos.

10 verdades sobre o Alzheimer que precisam ser encaradas

10 verdades sobre o Alzheimer que precisam ser encaradas

A página do Facebook Cuidador de Idosos, gerida e com as publicações do médico geriatra  Dr. Márcio Borges, constantemente publica artigos de extrema importância prática e social.

Hoje, além de reiterar a indicação para que os leitores visitem e curtam a página, apresento um texto selecionado de uma das postagens da página.

A autoria é do próprio Dr. Márcio Borges.


10 verdades sobre o Alzheimer


1-Temos 1 milhão e meio de pessoas idosas com Alzheimer no Brasil.

2-Cada pessoa idosa com Alzheimer carrega junto mais 3 familiares que cuidam e estão severamente afetados pela doença. Perto de 6 milhões de brasileiros são diretamente afetados pelo Alzheimer!

3-A cada 5 minutos é feito um novo diagnóstico de Alzheimer no Brasil!

4-A cada dia, perto de 300 novos casos de Alzheimer são diagnosticados no Brasil. 9 mil por mês… 100 mil por ano!

5-Não existe pessoa mais estigmatizada, mais desamparada pela sociedade que a pessoa idosa com Alzheimer. No Brasil, é considerado cidadão de segunda classe pelos nossos gestores e políticos.

6-O Estatuto do Idoso declara no seu artigo terceiro que é OBRIGAÇÃO do Governo Brasileiro, dos governadores e dos prefeitos, JUNTAMENTE, com as famílias, o amparo e o cuidado com os idoso brasileiros. SÓ AS FAMÍLIAS CUMPREM O SEU PAPEL. Nossos governantes…NECA!

7-Apesar da doença de Alzheimer não ter cura, nossas famílias afetadas têm o direito de receber treinamento e capacitação para cuidar melhor de seus queridos idosos familiares. Nossos governantes…NECA!

8-Há evidente descaso dos gestores de saúde do Brasil, em relação às pessoas idosas com Alzheimer. Nossos médicos, enfermeiros, assistentes sociais, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, dentistas e demais profissionais de saúde NÃO RECEBEM CAPACITAÇÃO sobre Alzheimer. Muitos destes profissionais, inclusive, não sabem trabalhar com esta doença e pouco se importam com pessoas idosas com Alzheimer.

9-A doença de Alzheimer já é considerada em todos os países do mundo com A GRANDE EPIDEMIA DO SÉCULO XXI. Daqui a 20 anos, no Brasil, teremos certamente mais de 4 milhões de idosos com Alzheimer! Mais de 12 milhões de brasileiros familiares serão afetados! O Brasil não enxerga a gravidade da situação presente e futura do drama de milhões de famílias brasileiras!

10- Alzheimer não é doença somente da pessoa idosa, é doença que afeta toda a família!

Imagem de capa: Photographee.eu/shutterstock

Não nasci para relacionamentos mais ou menos

Não nasci para relacionamentos mais ou menos

Não sou a favor de fazer promessas em vão. Mas te digo, não nasci para relacionamentos mais ou menos. Se chegar ao ponto do tesão não ser o mesmo, do respeito trocar de uma via de mão dupla para uma estrada em linha reta e do tal amor ficar escondido sob presenças casuais, prometo, desocupo os meus inteiros na manhã seguinte.

Algumas coisas não podem ser consertadas. Certos relacionamentos não foram feitos para durar. Alguns, com muita paciência e entrega, até duram umas boas estações. Mas são exceções, obviamente. Porque querer ficar com alguém é só o início de uma intimidade maior. Uma intimidade que depende da afinidade emocional entre os envolvidos. Vai além dos gostos em comum. E afinidade emocional é sinceridade, cumplicidade e amor mútuo. É quando o mais importante não é quem consegue ficar mais tempo sem dizer o que sente, mas sim quando ninguém precisa deixar de dizer o que está sentindo. Percebe a diferença?

Os meus inteiros não foram feitos para ficarem estacionados num amor qualquer. Se o que busco é um relacionamento composto de reciprocidade, devo ter em mente o momento certo para ancorar nas emoções de alguém e, a partir disso, também necessito estar em paz e sintonia com as minhas próprias intensidades. Espelhar expectativas sem antes cultivar um nível de autoconhecimento é a grande falha dos relacionamentos atuais. Como resultado, promessas e mais promessas vêm sendo quebradas com a justificativa do amor não ter dado conta.

Para relacionamentos mais ou menos, não nasci. Não tenho interesse, não aproveito, não sou a minha melhor versão. Porque não vejo sentido em prometer um amor que não está entregue, transbordando excitação e de mãos dadas com o daqui por diante.

Imagem de capa: jujikrivne, Shutterstock

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