Afaste-se das pessoas más e as coisas boas começarão a acontecer

Afaste-se das pessoas más e as coisas boas começarão a acontecer

Não se iluda: pessoas maldosas não são vítimas, não estão passando por momentos difíceis e não fazem nada para o seu bem. Na verdade elas são mal resolvidas consigo e destilam, na vida alheia, a maldade que carregam nas próprias veias.

Nem sempre a maldade é perceptível e, por essa razão, demoramos anos para notar as consequências que sofremos com ela. São pequenas ofensas, sutis agressões, demonstrações confusas de inveja, ciúmes e ódio que se misturam à rotina e a falsa demonstração de afeto, fazendo reféns quem deveriam ser livres.

Na frente dos outros ele é um gentleman, mas em casa te faz sentir culpada por apanhar. Ela não é ciumenta, mas quer que você seja só dela. Ela é sua amiga confidente, mas sempre que pode, fala mal da sua postura pelas costas. A verdade á uma só: se o comportamento não condiz com as palavras, está na hora de correr.

Geralmente disfarçadas de amigos, namorados e parentes, as pessoas más carregam sempre a fisionomia de bondade e trazem uma coleção de bons conselhos, tudo para deixar submissos, dependentes e cegos aqueles que eles invejam em segredo e desejam manter em cárcere emocional privado.

O grande médico psiquiatra, psicoterapeuta e escritor brasileiro Flávio Gikovate dizia que “existem enormes diferenças entre as pessoas predominantemente boas e aquelas predominantemente más. (..) Umas poucas pessoas, talvez 1% da população, não têm compaixão, não se preocupam em demonstrar bondade nem mesmo em situações sociais, não sentem qualquer tipo de medo de represálias, de modo que parecem ser portadoras exclusivamente de interesses pessoais e a maldade pode se exercer com enorme facilidade sempre que se sentirem contrariadas. Pequenas adversidades poderão desencadear reações brutais. Esses são os antissociais, os psicopatas e penso que não têm nem uma gota de bondade em seu sangue”.

Infelizmente, as pessoas más não carregam letreiros dizendo quem são,nem as boas percebem tão facilmente suas intenções. Por isso, ao menor sinal de descontrole e humilhação, afaste-se.Os jogos da dominação e a agressividade disfarçadas de amor, acabam no momento em que você se afasta de quem comete os atos.

Quando somos capazes de conviver com pessoas constantes, simples e do bem, somos capazes de enxergar as mesmas qualidades que essas pessoas oferecem. Vemos as coisas mais leves, solucionamos os problemas com mais facilidades e entendemos que a vida é muito curta para se perder com gente fria.

Entenda que ser bom não significa ser ingênuo. Ter caráter não significa ser tolo e, ser sincero, não significa ser antissocial. As mentiras que a maldade inventa são tentativas para destruir o caráter de quem ela nunca conseguiu ser. Como dizia Olavo de Carvalho: “Burrice e maldade jamais foram termos antagônicos”.

Imagem de capa: Master1305/shutterstock

Amor não se cobra, se sente

Amor não se cobra, se sente

O amor não deve ser algo forçado, exigido nem cobrado. Não devemos colocar ninguém contra a parede e pedir para que nos ame.
O amor deve ser solto, livre…sem juras, promessas e deveres.

Depositar expectativas de amor em quem não tem a intenção de nos amar, é perder o brilho da espontaneidade, é se deixar massacrar pelos sentimentos. Viver na dependência emocional, na aba do amor do outro, nos torna seres miseráveis.

É preciso aprender a ter amor-próprio, valorizar-se para provar e receber do amor do próximo. Este deve ser sempre um complemento do que já existe e nunca uma necessidade para as próprias faltas.

O ser humano é amor em essência, por isso encontre este amor em si.

Mais vale um amor conquistado que um forçado, e ninguém gosta de fazer nada obrigado. Na verdade, o amor não nasce na obrigação, nasce no cuidado, na entrega, na admiração e respeito.

A medida que acessamos o nosso amor interno, permitimos ele florir e perfumar o nosso ser. Despertamos auto estima e permitimos que os outros nos amem, de forma natural e despretensiosa.

Será como emitir um aroma do amor que será atraído por um coração disposto a amar.

Não devemos querer que o outro nos ame a qualquer custo, nem nos colocar como servos das necessidades do outro acreditando que isto seja amor. Ser digno de amor é valorizar este sentimento que é mais profundo que satisfações fulgazes.

Se houver reciprocidade, gratidão, se não, use este amor para coisas bonitas em sua vida e não o torne destrutivo.

Pessoas que amamos muito são as que mais nos geram dor, pois quanto maior o amor, mais sentidos ficamos em relação à dor que nos foi causada.

Nossos inimigos jamais terão esta capacidade. Eles não ocupam espaços em nossos corações –
” Vivam os meus inimigos! Eles, ao menos, não me podem trair “- Henry de Montherlant .

E enquanto a nossa saga for do amor, fatalmente seremos machucados, já que não estamos livres das mágoas e decepções diante das expectativas criadas. E que esta dor sirva também como lição para as relações futuras, para os nossos aprendizados, evolução pessoal, entendimento das nossas carências e reconstrução de nós mesmos.
Nada como a dor para um belo renascimento.

O “Amar” estará sempre em nós. Será uma necessidade, como respirar. E desta forma, que seja possível doar mais do que apenas querer receber.

O ego pede amor, a essência dá. Sejamos amor em essência! O mundo precisa de mais pessoas boas de amor e menos egoístas na forma de amar, pois dessa forma despretensiosa, o amor volta como um bumerangue numa avalanche de recompensa e merecimento. Essa é a lei natural, e não há como escapar.

Seja amor na integridade e na sua liberdade de existir.

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Por que tanta urgência em assumir um novo relacionamento?

Por que tanta urgência em assumir um novo relacionamento?

Hoje, após uma longa conversa com duas amigas na faculdade, voltei para casa com essa quase certeza, a de que, lamentavelmente, somos mais descartáveis do que um par de sandálias que compramos na feira da esquina. Não, não estou me referindo à nossa indiscutível fragilidade diante desse planeta extraordinário. Trato aqui sobre a nossa condição descartável nos contextos relacionais. Não sei, ao certo, se essa é uma tendência contemporânea, ou se sempre foi assim. Mas, carrego comigo a sensação de que, no passado, as pessoas eram mais apreciadas, respeitadas ou consideradas.

Sendo mais direta, já perceberam a rapidez com que as pessoas são substituídas? Não existe mais aquela história de dar um tempo para colocar as emoções em ordem quando um relacionamento acaba. Calma, leitor(a), não me refiro à uma paquera ou uma “ficada” qualquer, falo de casamentos de décadas que são desfeitos e, na semana seguinte, um dos que compunha aquele ex casal, ou ambos, já está assumindo aos quatro ventos, um novo relacionamento nas redes sociais. Expressões como “minha vida”, “alma gêmea” e “amor eterno” são pronunciadas e compartilhadas com tanta desenvoltura que chegam a constranger os amigos e os familiares do ex casal.

Parece não haver o mínimo de respeito pela imagem do(a) ex, é como se, de uma hora para outra, a história que viveram fosse reduzida à uma fumaça que se dissipou no ar. Pouco importa o sentimento dos filhos, pouco importa se o(a) ex está em sofrimento pela ruptura da relação, o que importa mesmo é mostrar ao mundo que está “amando” e que a “fila andou”. Mas que amor é esse, tão instantâneo, se na semana passada estava se declarando para outra pessoa nas redes sociais e a atmosfera que envolvia o ex casal parecia digna desses filmes açucarados que passa na sessão da tarde? É impressionante a capacidade ultra rápida que o ser humano contemporâneo adquiriu para amar e deixar de amar. É tudo 8 ou 80, ou seja, ou é amor para incendiar tudo ou é gelo total para quem, apesar das dificuldades da convivência, agregou muito na vida do outro.

Basicamente, funciona assim: hoje você é o amor da vida de alguém, mas na semana que vem, você corre o risco de se resumir a um contato bloqueado, algo descartado que não merece a mínima consideração. Ah, e as redes sociais, que foram o palco para as demonstrações do amor efervescente e eterno, se transformarão no cenário perfeito para destilar o rancor e o veneno destinados à(ao) ex. E é tão deplorável assistirmos a esse espetáculo vergonhoso. É praticamente impossível não sentirmos a vergonha alheia nessas horas. Homens ou mulheres supostamente maduros(ao menos cronologicamente), ofendendo e expondo o(a) ex parceiro(a), trazendo à tona aquilo que era para ser tratado em reservado, ridicularizando aquele(a) que um dia foi o “príncipe” ou a “princesa”.

Tudo bem, desde que o mundo é mundo, os relacionamentos são desfeitos e essa tendência está cada vez mais crescente. Mas qual a necessidade de provar para todos que já superou o relacionamento anterior? Seria uma maquiagem, uma forma de mascarar uma provável ferida que ficou? E por que tanta necessidade de ferir e ridicularizar aquele(a) com o(a) qual compartilhou a vida, os sonhos e os projetos, ainda que tenha sido por um curto período? O que esconde essa ânsia de se vingar e de se mostrar imune às dores que são inerentes a qualquer ruptura relacional? Independente das motivações que levaram ao término do relacionamento, acredito que caberia o mínimo de respeito e consideração, até porque o respeito é aquela roupa que veste bem a qualquer corpo, ele sempre será bem vindo, sempre será bonito…ele nunca sairá de moda.

Diante de tudo isso, eu desenvolvi uma percepção diferenciada. Especialmente, nas redes sociais, tenho tido muitas amostras de que, quanto maior a exposição e a necessidade de impressionar com um “romance dos sonhos”, maior a fragilidade e vulnerabilidade dessa relação. E, muito provavelmente, existe, nos bastidores, uma bagunça emocional oriunda da ruptura da relação anterior, que por imaturidade ou orgulho a pessoa entende que não deve esperar um tempo para por a casa interna em ordem para, no momento oportuno, relacionar-se novamente sem a necessidade de alfinetar o tempo todo aquele(a) que um dia foi o(a) parceiro(a) Como dizia minha saudosa avó materna: quando você ouvir muita trovoada, é sinal de pouca chuva.

Imagem de capa: Anetlanda/shutterstock

Quer me encher a paciência? Pega a senha e vai pro fim da fila!

Quer me encher a paciência? Pega a senha e vai pro fim da fila!

Descobrir que é libertador mandar um chato se catar é dessas maravilhas da maturidade que nenhuma alma pouco vivida é capaz de compreender. Pois é… tem gente que é chata mesmo. Não é ruim. Não é mau-caráter. Não é sem-vergonha. Nada disso! É chata! Chata de galochas, de chinelos, de bota, descalça, de salto alto… É chata e pronto!

Acontece que durante uns bons anos de nossas vidas, achamos de verdade que a chatice é uma espécie de efeito colateral. O cara tem sempre uma história melhor que a nossa para contar, a dor dele é sempre mais lancinante, o problema é sempre mais grave, o sucesso nunca é proporcional ao seu espetacular talento e se a gente se der melhor que ele… foi sorte, NUNCA merecimento. O cara é chato! Mas a gente arranja desculpas para o infeliz. “Coitado, gente! Já viram como a família dele é um caos!”; “Ahhh, judiação! Mas ele tem o dedo podre para o amor!” E o chato, que já era chato de nascença, vai virando chato profissional.

Pior que um chato egocêntrico, só mesmo um chato com pena de si mesmo. Esse sujeito tem um poder de sucção muitas vezes superior a qualquer equipamento de última geração daqueles para fazer lipoaspiração nos gordinhos inconformados. A diferença é que esses trastes, em vez de chupar gorduras indesejáveis, chupam a sua energia, a sua alegria e a sua paz. Sim! Além de chatos são inúteis! E destrutivos!

Chatos com talento para “vítimas do destino” chegam de mansinho, ganham a sua confiança, pegam você bem naquele ponto mais vulnerável, seduzem sua alma de samaritano e te arrastam junto com ele para dentro do buraquinho particular de autocomiseração que a criatura cavou, graças ao apoio de outros trouxas que vieram antes de você.

E se você ainda não foi apresentado a um sanguessuga desses em forma de gente, ou você tem o corpo fechado ou – pasme, porque isso pode ser verdade -, você é que é o chato modelo vampiro disfarçado. Fazer o quê? Acontece… nas melhores e nas piores famílias, inclusive.
Ocorre que tem gente que parece ter um imã para atrair chatos de todas as categorias. O chato pode estar de férias no Acre, a pessoa mora num sítio bucólico no meio da Serra da Mantiqueira e é descoberta pelo tal do chato.

Eu confesso que ando meio sem paciência. Para não dizer que ando sem nenhuma. O chato suspira, já me arrepia os pelos da nuca, sabe como é?!

E é por isso que eu venho fazer um convite a você, meu estimado e querido leitor – desde que você não seja um chato, que fique bem claro, ok? Vamos nos unir em proteção contra a chateação. O método é simples: distribuição gratuita de senhas. E eu garanto que dá certo; porque se tem uma coisa que gente chata curte é achar que vai lucrar alguma coisa com você. O infeliz recebe a senha e fica crente de que está diante de uma oportunidade imperdível de ascensão.

Pois que peguem a senha e se acomodem lá no fim da fila. E se ficarem cansados de esperar a vez, ou se sentirem ofendidos pela espera… Tanto melhor! Que sumam, derretam, explodam ou simplesmente arranjem outro tonto para alugar, porque essa aqui, meu bem, encontra-se feito aqueles aparelhos celulares da década de 1990: DESLIGADA, OU FORA DA ÁREA DE COBERTURA!

Imagem de capa meramente ilustrativa:  “Minha mãe é uma peça 2!”

De interesse ao desinteresse é só uma questão de (falta) atitude

De interesse ao desinteresse é só uma questão de (falta) atitude

Esqueçam as palavras, engavetem as fotos, arquivem as declarações. O que faz as pessoas permanecerem interessadas nos relacionamentos são as atitudes diárias e não as declarações escancaradas.

Não que as palavras não mereçam credibilidade, nem que ouvir um ‘eu te amo” não seja maravilhoso, mas entre verdade e teoria, há uma grande diferença.

No livro “Rebelião das Massas”, José Ortega y Gasset afirma que as palavras “servem basicamente para enunciados e provas matemáticas; já ao falar de física começa a ser equívoco e insuficiente. Porém quanto mais a conversação se ocupa de temas mais importantes que esses, mais humanos, mais “reais”, tanto mais aumenta sua imprecisão, sua inépcia e seu confusionismo. Dóceis ao prejuízo inveterado de que falando nos entendemos, dizemos e ouvimos com tão boa fé que acabamos muitas vezes por não nos entendermos, muito mais do que se, mudos, procurássemos adivinhar-nos.”

A verdade é que sabemos muito de tudo e aplicamos pouco de quase nada. Na teoria vivemos o manual do amor perfeito, discursamos sobre fidelidade e temos, na ponta da língua, o exemplo do amor feliz. Na prática, vivemos atrás de relacionamentos perfeitos, mas nunca nos entregamos a nenhum.

Parece que as relações mais bacanas do mundo foram infectadas por um vírus de vaidade sem tamanho. Colocando nas mentes humanas que se ignorarmos, não iniciarmos o diálogo e fizermos charme, despertaremos interesse a ponto de sermos amados incondicionalmente. Nessa linha, o amor parece mais uma tática de jogo do que uma possibilidade de felicidade.

Funciona assim: o que demonstrar menos interesse na relação é o que “vence”. Para tanto, algumas “táticas” devem ser seguidas à risca: não telefone, não responda às mensagens e não diga, em hipótese alguma, que sente saudades. Grande ilusão! Mal sabemos que as pessoas gostam do difícil, não do impossível!

Pela lógica, ninguém gosta de ser rejeitado, humilhado e ignorado. Nessa luta de egos, perde quem finge não se interessar e, perde, quem é alvo do desinteresse, já que ambos anulam a oportunidade de serem felizes. Entenda que amor nunca esteve aliado à rejeição. Essa teoria de que quanto mais charme você fizer, mais amor receberá de volta, é tão enganosa quanto ingênua. Relacionamentos dão certo quando as pessoas estão dispostas a isso. E só!

Portanto, a não ser que você tenha 14 anos, esteja no colegial e nunca tenha namorado, joguinhos amorosos estão fora de cogitação. Tenha bom senso, utilize sua inteligência emocional e jogue limpo. Mais vale um relacionamento real do que vários pseudo- relacionamentos carregados de charminhos.

Imagem de capa: nd3000/shutterstock

Muitas pessoas preferem não enxergar os sinais que antecedem uma decepção amorosa.

Muitas pessoas preferem não enxergar os sinais que antecedem uma decepção amorosa.

As decepções amorosas, em sua maioria, são permitidas ou até mesmo buscadas por suas vítimas.

Nos contextos relacionais, as pessoas estão o tempo todo mostrando como são e como estão, o problema é que os apaixonados ignoram todos os sinais possíveis que possam configurar como desapontamentos sobre o que elas idealizam a respeito da pessoa amada.

Parece haver uma recusa em ler e interpretar os sinais emitidos pelo parceiro provavelmente pela possibilidade de alguma constatação que seja prejudicial à imagem dele.

Partindo do princípio de que, quem procura acha, muitas pessoas optam por não fazer nenhuma investigação acerca do outro, bem como atribuem sempre uma justificativa a qualquer fato negativo que apareça relacionado ao parceiro.

É o famoso medo da verdade. Há casos em que são evidenciadas coisas graves sobre a conduta do(a) namorado(a), porém, a pessoa nutre a crença de que o mesmo mudará e será diferente com ela.

Creio que todo mundo conhece alguém que se relaciona ou se relacionou com uma pessoa cujo passado amoroso foi totalmente reprovável, onde essa pessoa enganou, mentiu, feriu, traiu etc. e que acredita piamente que a postura dessa pessoa será totalmente diferente na relação atual.

Por mais dissimulada que uma pessoa seja, ela não será capaz de representar um papel por muito tempo, uma hora ou outra máscara há de cair. É muito simples, toda pessoa tem um passado que fala por ela, o que não significa que ela tenha que ser uma eterna refém dos seus erros. As pessoas mudam, se arrependem, aprendem, repensam a própria história, tudo isso pode acontecer, porém, essa mudança não acontece com todas as pessoas, poucas passam por esse processo de transformação, outras, terão atitudes reprováveis a vida inteira.

Diante disso não podemos ser tão ingênuos ao ponto de contar com uma transformação de alguém que talvez nem considere como inadequada forma de se comportar diante de algumas questões.

A gente nunca perde por analisar bem a conduta da pessoa com a qual estamos nos relacionando. Existem casos em que a família e os amigos da pessoa percebem o relacionamento como perigoso para a pessoa e a advertem, porém, esta ignora todos os conselhos e ainda vê nessas pessoas uma suposta intenção de prejudicar o seu relacionamento por pura maldade.

Há um ditado popular que afirma que “o pior cego é aquele que não quer enxergar”. É fato que, muitos dos nossos percalços teriam sido evitados se tivéssemos prestado mais atenção aos sinais do comportamento que o outro emitiu, mas optamos por fazer cara de paisagem.

Imagem de capa: shyshak roman/shutterstock

A verdade e a mentira têm um ponto em comum: a consequência

A verdade e a mentira têm um ponto em comum: a consequência

Dizer e ouvir verdades não são atitudes prazerosas. A verdade liberta, mas também fere. Saber que você engordou, que ela teve outros namorados mais interessantes que você e que a sua piada foi sem graça é ter a alma rasgada. Talvez, por isso as pessoas a evitem tanto. Mentem para o médico, para o chefe, para a companheira. Como dizia Oscar Wilde: “Um pouco de sinceridade pode ser bem perigoso, muita sinceridade é absolutamente fatal.”

A verdade é que se tratando da mentira não existem inocentes. Em algum momento, todos já mentiram ou distorceram a verdade. Voluntária ou involuntariamente, a mentira já esteve presente na conversa de alguém ou no diálogo interno com as próprias razões. “Cheguei atrasado por causa do trânsito”, “Não liguei porque perdi seu número”, “Claro que lembro de você”. Essas são apenas algumas das mentiras que as pessoas usam para conviverem, socialmente, uns com os outros.

Nietzche tinha uma visão da mentira mais sutil. Em 1898, escreveu que “a mentira mais frequente é a que se conta para si mesmo; mentir para os outros é relativamente a exceção.” Para o filósofo a mentira não era capaz de ser realizada com perfeição: “podemos mentir com a boca, mas com a expressão da boca ao mentir dizemos a verdade.” Porém, atualmente, as coisas mudaram muito e o ato de mentir sem necessidade e com extrema perfeição acontece diariamente. E é aí que mora o grande problema, pois uma única mentira, coloca em xeque todas as outras verdades.

Os motivos são os mais diversos: mentem para si mesmos quando acreditam serem culpados pela agressividade do companheiro. Mentem quando se culpam pelo relacionamento abusivo que suportam. Mentem quando dizem estar tudo bem, quando na verdade, estão sangrando na alma. Nietzsche afirmava que, para quem sofre, a mentira pode ser um refúgio justificável: “Quem teria razões para se afastar da realidade com mentiras? Só quem com ela sofre”.

Há quem diga que as pessoas usam a mentira como defesa. Mentem por medo de perder quem se ama, ou por medo da separação. Na concepção delas, é melhor acostumar-se com a dor, do que enfrentar a própria vida.

De qualquer forma, mentir não é uma boa opção de relacionamentos. A mentira é enganosa. Tenta justificar, amenizar, acalmar as situações, mas somente de quem a profere. Ninguém mente para preservar o outro, as pessoas mentem para se defenderem ou se justificarem.

As coisas seriam mais fáceis se a sinceridade prevalecesse. Se os “nãos” fossem ditos com mais facilidade e a realidade encarada tal qual ela é. Shakespeare, em Hamlet, dizia “sê sincero contigo mesmo e disto se seguirá, como a noite segue o dia, que não poderás ser falso com quem quer que seja.”

Que sejamos maduros para ouvir e dizer “ não quis te ligar”, “dormi, por isso perdi a hora” ou “não lembro de você, desculpe”. A verdade crua sempre será mais bonita que qualquer mentira produzida.

Imagem de capa: Kl Petro/shutterstock

Nossas digitais ficam tatuadas na alma de quem tocamos

Nossas digitais ficam tatuadas na alma de quem tocamos

Imagine se você tivesse a possibilidade de assistir, num telão, o depoimento de todas as pessoas com as quais você conviveu ou teve algum contato, ainda que breve, mas que teve algum impacto na vida delas. O que você acredita que iria prevalecer, os comentários que expressam gratidão ou ressentimento pela forma com você agiu com elas?

O fato é que nunca teremos a real dimensão do que deixamos, como uma espécie de digital, na alma das pessoas que tocamos com as nossas palavras, com o nosso exemplo, com o nosso olhar e com as nossas atitudes. Nunca saberemos, ao certo, se aquela frase áspera que dissemos num momento de irritabilidade feriu alguém de forma profunda, embora, para nós, tenha sido algo “da boca para fora”. Nunca saberemos a diferença que fizemos quando falamos ao jovem desanimado e que tinha largado os estudos que ainda dava tempo, sim, de recomeçar de onde parou e reescrever a história dele.

Não duvidemos disso, em algumas situações, somos comparados aos anjos na vida de algumas pessoas, que pode ser aquele estranho que nos pede uma informação no meio da rua e que, por alguma razão, nos expõe um pouco da sua dor. Aquela pessoa que te você encontra chorando no meio da rua e que se compadece dela, que empresta seus ouvidos, ainda que por um breve instante e que despede-se dele dizendo algo como: “não se sinta culpado por algo que não dependia somente de você”. Talvez, uma frase dessa tenha o poder de retirar daqueles ombros um peso terrível.

São tantas vidas que cruzam o nosso caminho, não é? Vidas que deixam um pouco de si e levam um pouco de nós, nas palavras de Antoine de Saint- Exupéry. Acontece de lembrarmos de algumas pessoas, e, imediatamente, o sorriso nos vir aos lábios e a nossa alma emanar aquela gratidão gostosa. Essas pessoas, embora nem sempre tenham a consciência disso, deixaram em nossa alma uma “tatuagem” que nunca será apagada. Suas digitais ficaram em nós, em forma de gratidão ou de encantamento.

Existem, também, aquelas pessoas que deixaram em nós, uma tatuagem que lutamos para apagar, uma marca nada bonita. Lembrar dessas pessoas é o suficiente para entristecer o nosso semblante e nos deixar angustiados. Certamente, nem todas elas terão a consciência do estrago que fizeram na vida de alguém, afinal, já afirma o ditado popular: “quem bate esquece”.

Se fosse possível tirar uma radiografia da nossa alma, lá estariam registradas um monte de “digitais”, boas e ruins. Estariam tatuados os abraços curadores, as frases que motivaram, os olhares acolhedores os sorrisos encorajadores e os perdões liberados e recebidos. Seriam encontrados, também, as digitais malignas, dos tatuadores perversos. Sobre as últimas, talvez elas não possam ser apagadas, mas podem, perfeitamente, ficar embaçadas em meio às digitais do amor e da benevolência que ficaram em nós. E, caso elas sejam maioria, corra em busca de pessoas iluminadas que possam deixar as digitais delas em você, ainda dá tempo. Misture-se às pessoas benevolentes, contagie-se com generosidade delas e seja, também, um tatuador de almas, distribua o amor que recebeu. Distribua com a certeza de receber de volta, de forma multiplicada, sim, o amor é assim: multiplica-se sempre que é dividido.

Seja o motivo da gratidão de alguém, seja o motivo da oração, seja a razão do riso que surge apenas porque você apareceu nas lembranças dele. Em última hipótese, se entender que não tem nada de edificante para dizer a alguém, oferte o seu silêncio, ele pode valer ouro em determinadas circunstâncias. Gratidão!

Imagem de capa:   Stone36/Shutterstock

O problema não é odiar na Internet. É não amar na vida.

O problema não é odiar na Internet. É não amar na vida.

Pensemos juntos. Não foi a Internet que inventou os haters, essa gente com o cérebro do tamanho de uma ervilha que dedica seus dias a buscar o que odiar por aí. Ela existe desde sempre. No primeiro dia do mundo já tinha alguém por aí insultando, perseguindo, manipulando, ofendendo e fazendo todas essas coisas próprias dos cretinos. Isso não é de hoje.

As redes sociais apenas amplificaram o expediente e facilitaram o trabalho dos odiadores, sobretudo porque eles não precisam mostrar a cara nem o nome para fazer das suas, escondidos em pseudônimos e apelidos que só confirmam sua falta de criatividade.

Agorinha mesmo, tem alguém babando fúria nos comentários de uma postagem alheia, vociferando idiotices nos sites de notícias, maldizendo celebridades em seus perfis sociais e o pior: fazendo tudo isso enquanto empunha o salvo-conduto de que tudo isso é um puro e simples direito seu. O sujeito dispara absurdos inúteis para todo lado e depois justifica que só está exercendo o seu “direito de expressão”.

Mais uma vez, confirma o tamanho diminuto de seu cérebro atrofiado. Com tanta coisa nesta vida merecendo reflexão e ponderamento, o sujeito exerce o seu direito de se expressar atacando a opinião alheia, sua orientação sexual, seu jeito de vestir e de pensar. Enfim, investe sua energia odiando o outro sem mais.

Tem nada não. Fiquemos à vontade. Agora, eu tenho a impressão de que o problema não é o excesso de haters nas redes sociais, não. É a falta de lovers na vida real. É a escassez de amantes amando franca e deliberadamente neste mundo de Meu Deus.

Eu acredito. Quanto mais amor a gente pratica em nossas relações pessoais – amor de verdade mesmo, no duro, no olho no olho, nos gestos gentis de cada dia, nas atitudes diárias, na vontade de ajudar, no cuidado com o outro, no pedido de perdão depois do erro, no empenho de acertar – mais a gente se fortalece e mais enfraquecidos ficam os bobocas habituados a atirar pedra no telhado dos outros.

Sei lá. Eu só acho que a melhor forma de combater um hater na Internet é ser um lover na vida. E essa é uma tarefa para cada um de nós. Se não estamos ajudando a tornar o mundo melhor, estamos ajudando a torná-lo pior. Eu só acho.

Imagem de capa: Photographee.eu/shutterstock

Quem teme as pessoas interessantes, que se contente com as interesseiras

Quem teme as pessoas interessantes, que se contente com as interesseiras

Quem não se lança, além das aparências, fica somente ali, paradinho, em relações rasas, desprovidas de entrega e de inteireza. São os que se contentam com a superfície, com o morno, com intensidade pouca.

Li uma citação muito interessante de Marla de Queiroz, que dizia: “para os homens que têm medo das mulheres interessantes, que sejam felizes com as interesseiras”. A partir dela, refleti sobre o temor que certos tipos de pessoas causam às demais, a ponto de serem deixadas de lado e, muitas vezes, serem alvos de preconceito. Simplesmente porque o que não conhecemos pode ser assustador mesmo.

Geralmente, pessoas ousadas, destemidas, que vivem conforme aquilo em que acreditam, não se importando com as censuras alheias nem com o que os outros irão pensar, sendo felizes do jeito que acharem melhor, serão mal interpretadas. Isso porque quem não tem coragem de viver o que possui dentro de si tende a discordar com veemência de todos que demonstram a coragem que lhe falta.

E, mesmo que se caminhe sem pisar ninguém, sem fazer mal, sem prejudicar os outros, basta a pessoa remar do lado contrário do que se prescreve como o mais normal, para ser posta em evidência negativamente. Pessoas que se lançam com mais verdade, além do que está dentro de regras sociais, nunca serão aceitas confortavelmente, porque a multidão obediente se incomoda com tudo o que lhe traz algo de fora de sua zona de conforto.

Muitos, infelizmente, ainda preferem o que é aparentemente cômodo a conhecer outros horizontes, pois isso requer coragem. Além do mais, vivemos a era das aparências, da supervalorização do que se compra, do que se tem, do que se é esteticamente. Nesse contexto, poucos tentam conhecer o outro além do que ele oferece aos olhos. Poucos têm disposição para se demorar e compartilhar as verdades de dentro com o outro.

Na verdade, quem não se lança, além das aparências, fica somente ali, paradinho, em relações rasas, desprovidas de entrega e de inteireza. São os que se contentam com a superfície, com o morno, com intensidade pouca. São os que vivem pela metade, porque quem se contenta com as aparências jamais vivenciará o mergulho intenso e arrebatador na profundidade do amor verdadeiro.

Imagem de capa: Volodymyr Tverdokhlib/shutterstock

Sou de dar o coração antes do corpo, a alma inteira antes do sorriso.

Sou de dar o coração antes do corpo, a alma inteira antes do sorriso.

Sou feito do bordado invisível alinhavado pelo tempo, sacudido pelas perdas, ressignificado pelas alegrias. Sou desses poucos, que os tombos não limitam a capacidade de sonhar. A cada queda, levanto mais forte e decidido, com mais projetos do que tinha antes de cair.

Sou da rara natureza dos que amam de graça, e nada pedem por abrir o coração. Acolho também sonhos que não são meus, e insisto em acompanhá-los até que se concretizem.

Sou de dar o coração antes do corpo, a alma inteira antes do sorriso. De bandeja, ofereço os bons sentimentos, porque são eles que me regem e fazem maior, que me tiram do limbo egoísta de pensar somente no que posso ganhar. Adquiro consistência quando pareço que sou a mais fraca das criaturas, e aí, descubro com lágrimas nos olhos, onde moram a minha força e a capacidade de superação.

Sou de renascer depois de cada crise, de confortar no aconchego dos meus braços àqueles que se aproximam com danos na alma. Assim, reúno irmãos, que se fazem mais fortes quando se imaginam em queda livre, é aí que descobrem o dom das asas – em pleno exercício do voo.

Sou feito desse emaranhado de tons inéditos que não estão disponíveis na rica tabela Pantone, e na escuridão das minhas dúvidas, descubro um brilho fosforescente num olho, e no outro, a lágrima esperançosa, que me empurra para o próximo desafio. Cedo, recomponho a postura de quem vai firme na direção dos sonhos, e mesmo com receio, não esmoreço, não cedo à tentação de me esforçar menos do que posso. Sou feito dessa vontade louca de progredir, mesmo quando os caminhos estão abarrotados de placas proibitivas.

Sou desses, corajosos, que desobedecem quando tudo diz não. Refaço os cálculos e contorno os abismos com a desenvoltura de um trapezista, e sigo, porque sou feito de caminhos nunca trilhados, inúmeras possibilidades, e mesmo que, não haja estrada, busco na reinvenção o dom de cavar saídas. Sou feito desse fiapo de esperança, que se fortalece quando os abalos teimam em sacudir o interior.

Sou feito de pontas soltas, retalhos e nenhuma costura visível. O tempo me alinhava por dentro e guarda no meu peito, histórias, amores, risadas, um punhado de sonhos coloridos e um desejo renovável de aprender a amar.

Sou feito do tecido leve que reveste as pessoas de verdade, que amam sem impor condições e se doam sem entender a doação como sacrifício. Promovo incursões pelos labirintos internos e reconheço as vulnerabilidades como partes do que sou, humano. Sou dessas almas fluidas, que guardam pássaros nas pálpebras e rios nos bolsos da camisa. Deposito esperança imortal nas coisas que dão sentido e fazem sentir.

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Violência psicológica é a forma mais subjetiva de agressão contra a mulher;

Violência psicológica é a forma mais subjetiva de agressão contra a mulher;

Por Andréa Martinelli

Diferente do que se imagina, não é preciso ser agredida fisicamente para estar em uma relação violenta. Algumas palavras e atitudes podem ferir a autoestima de uma mulher tanto quanto. E isso tem nome: violência psicológica. Esta é a forma mais subjetiva e, por isso, difícil de identificar.

Para romper esse silêncio, desde 1981 o movimento feminista comemora em 25 de novembro, o Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher.

Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) divulgados na última semana, uma em cada três mulheres é vítima de violência no mundo. E esta violência, de tão latente, chega a ser classificada entre: física, sexual, moral e psicológica.

Por ser subjetiva e, por isso, de difícil identificação, a violência psicológica, na maioria dos casos, é negligenciada até por quem sofre – por não conseguir perceber que ela vem mascarada pelo ciúmes, controle, humilhações, ironias e ofensas.

Segundo definição da OMS ela é entendida como:

Qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação.
“Em uma briga de casal, o agressor normalmente usa essa tática para fazer com que a parceira se sinta acuada e insegura, sem chance de reagir. Não existe respeito”, explica Maria Luiza Bustamante, chefe do Departamento de Psicologia Clínica da Universidade Estadual do Rio de Janeiro ao GNT.

Esse tipo de violência normalmente precede a agressão física que, uma vez praticada e tolerada, pode se tornar constante. Na maioria das vezes, o receio de assumir que o casamento ou o namoro não está funcionando ainda é um motivo que leva mulheres a se submeter à violência – entre todos os tipos e não apenas a psicológica.

Como identificar?

Dificilmente a vítima procura ajuda externa nos casos de violência psicológica. A mulher tende a aceitar e justificar as atitudes do agressor, protelando a exposição de suas angústias até que uma situação de violência física, muitas vezes grave, ocorra.

A violência psicológica acontece quando ele…

#1. Quer determinar o jeito como ela se veste, pensa, come ou se expressa.

#2. Critica qualquer coisa que ela faça; tudo passa a ser ruim ou errado.

#3. Desqualifica as relações afetivas dela: ou seja, amigos ou família “não prestam”.

#4. A xinga de “vadia”, “imprestável”, “retardada”, “vagabunda”…

#5. A expõe a situações humilhantes em público.

#6. Critica o corpo dela de forma ofensiva, e considera como uma “brincadeira”.

…entre outras formas de violência que são subjetivas e que, muitas vezes, passam despercebidas no dia a dia.

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Quando nosso cérebro escolhe não sentir para não sofrer

Quando nosso cérebro escolhe não sentir para não sofrer

O sofrimento não é uma escolha pessoal; ninguém escolhe a dor ou o isolamento emocional por vontade própria. Infelizmente não existe nenhuma anestesia para não sofrer; as épocas escuras devem ser confrontadas com integridade, valentia e ilusões renovadas.

A vida nem sempre é fácil. Esta frase é dita a nós com muita frequência, e quem até o momento teve a sorte de não ser “tocado” pela adversidade não compreende ainda o realismo destas palavras.

Viver é confrontar provocações, construir um, dois, seis ou mais projetos, é permitir que a felicidade abrace nossas vidas, e aceitar que, de vez em quando, o sofrimento baterá na nossa porta para nos colocar à prova.

E não, nem todos assumimos esses golpes que a vida nos traz da mesma maneira. Há quem confronte melhor as decepções e quem, por outro lado, as interiorize permitindo que minem sua autoestima.

Nenhuma tristeza é vivida de igual maneira, assim como nenhuma depressão tem a mesma origem, nem é sentida igualmente por todas as pessoas.

Mas existe um sintoma muito comum que, de algum modo, todos teremos que experimentar alguma vez: a anedonia.

A anedonia é a incapacidade de sentir prazer e aproveitar as coisas boas. Nosso cérebro, por assim dizer, “decide se desconectar”. Não sentir para não sofrer, isolar-se, ficar anestesiado.

Pode ser que você já tenha sentido isso durante alguns dias, quando é consumido pela apatia e pelo desânimo, mas o que acontece quando isso se torna crônico? O que acontece quando deixamos de “sentir a vida” por completo de forma crônica?

Hoje queremos tratar desse assunto para oferecer a você informações que nos aprofundem no conhecimento deste aspecto tão importante.

A anedonia, quando perdemos o prazer de viver

Como indicamos no início, não existe nenhuma anestesia adequada para a dor da vida.Quando a anedonia aparece em nosso cérebro, como um mecanismo de defesa, ela não está nos causando nenhum bem. Pelo contrário.

Vamos começar esclarecendo alguns aspectos:

  • A anedonia não é uma doença, nem um transtorno: é um sintoma de algum processo emocional ou de algum tipo de doença.
  • Embora seja certo que, na grande maioria dos casos, ela está relacionada de forma íntima com a depressão, ela também pode se manifestar como resultado de uma esquizofrenia ou de demências como o Alzheimer.
  • Todos, em maior ou menor medida, experimentamos anedonia alguma vez: falta de interesse pelas relações sociais, pela comida, pela comunicação com os outros…
    O verdadeiro problema chega quando a anedonia levanta um muro a nossa volta e nos tira todas as nossas características de humanidade: não sentimos nada diante das expressões de carinho, não precisamos de ninguém do nosso lado e nenhum estímulo nos produz prazer, nem a comida, nem a música… nem nada.

Se escolhemos deixar de sentir para não sofrer, não estaremos nos protegendo de nada. Estaremos fechando as portas à vida, seremos almas que vão definhando aos poucos…

A anedonia a nível cerebral

Esta baixa receptividade frente aos estímulos exteriores tem seu claro reflexo em um cérebro deprimido.

É importante levarmos em conta que tipo de processos se desencadeia em nosso interior quando experimentamos a anedonia:

  • Se esse estado se tornar crônico e se prolongar no tempo, nossas estruturas cerebrais sofrem mudanças, e isso afeta nossos julgamentos, pensamentos e emoções.
  • O lóbulo frontal, relacionado com a tomada de decisões, se reduz.
  • Os gânglios basais, relacionados com o movimento, ficam afetados até o ponto em que até nos levantarmos da cama exige um grande esforço.
  • O hipocampo, relacionado com as emoções e a memória, também perde volume. É comum que tenhamos falhas de lembranças, que soframos sem defesa, que fiquemos obcecados por pensamentos negativos.

Frequentemente, a depressão é conhecida como a doença da tristeza. Mas na realidade, ela é uma coisa que vai mais além, ela é a prisão de um cérebro emocional que não encontra respostas para os vazios da vida, a decepção, a perda da ilusão.

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Estratégias para enfrentar a anedonia e a depressão

A depressão não se “cura”, não se enfrenta de um dia para outro. Ela requer múltiplos enfoques, dependendo, como sempre, da realidade de cada pessoa.

Os medicamentos, as terapias, o apoio familiar e, acima de tudo, os recursos próprios que cada um possa usar são elementos fundamentais.

Além disso, queremos convidá-los a refletirem sobre os seguintes aspectos:

Não sentir para não sofrer não é um mecanismo adequado com o qual viver. Ele permitirá que você “sobreviva”, mas estando vazio/a por dentro. Não se permita ser um prisioneiro eterno do sofrimento.

Se há alguma coisa positiva que podemos tirar da anedonia, é que você deixou de lado a capacidade de sentir. Agora que está “anestesiado/a” em relação à dor, é o momento de se perguntar do que você PRECISA.

  • Precisa que a tranquilidade e a felicidade voltem para a sua vida? Volte a criar ilusões consigo mesmo.
  • Precisa deixar de ser prisioneiro do passado? Faça uma mudança rumo ao futuro.
  • Precisa deixar de sofrer? Atreva-se a viver de novo, abra as portas do seu coração, permita-se ser feliz outra vez.

Pense nestes aspectos durante alguns momentos e lembre-se sempre de que viver é SENTIR em toda sua intensidade. Seja no seu lado positivo ou no negativo.

Texto original em espanhol de Valeria Sabater.

Fonte indicada: A Mente é Maravilhosa

Liberdade de expressão não vale nada se forem consideradas apenas ideias favoráveis às próprias crenças

Liberdade de expressão não vale nada se forem consideradas apenas ideias favoráveis às próprias crenças

Liberdade de expressão não vale nada se forem consideradas apenas ideias favoráveis às próprias crenças. E isso serve para todas.

Preocupa-se mais em mostrar o que é certo ou errado, permissível ou absurdo, do que inspirar o outro a fazer um julgamento pessoal coerente às suas reflexões e histórias. A preguiça é dupla: de pensar por si mesmo e de tentar entender os reais motivos da opinião alheia.

O discurso de aceitação das diferenças será mais uma jogada política para angariar solidariedade em troca de vantagens egoicas, a menos que se torne um hábito incorruptível.

Estar aberto para tolerar algo a si inaceitável é, em teoria, atitude democrática e, na prática, utopia declarada em sociedades que veem malevolência em dogmas opostos, e ainda se dão ao luxo de não assumir deslizes hipócritas naturalizados inclusive dentro de seus círculos de influência. Muita calma no pregar o livre expressionismo, pois há uma diferença entre ter mente aberta para reduzir a potência dos preconceitos e ter mente aberta e propensa à politicagem. Quando o senso partidário ideológico entra em questão, o circo da barbárie está armado e não faltam atores inseguros e dispostos a menosprezar opiniões alheias para tentar alavancar as suas.

Sempre haverá espaço para crítica, pois as pessoas não gostam de desperdiçar sua capacidade de juízo ao tomarem consciência de fatos e boatos que as influenciam. Então, concorda-se que toda essa liberdade de raciocínio precisa ser policiada por critérios éticos, no intuito de manter um mínimo grau de respeito e organização. Mas quem quiser brigar achará adversários igualmente dispostos; há quem pense que suas opiniões só serão ouvidas se enviadas à guerra. A premente insociabilidade do homem está evidente em seu discurso de repressão moral para firmar o silêncio que julga ser benéfico à segurança coletiva, mil vezes preferido à verbalização total de suas incontinências que o faria ser exilado ou até morto.

A máxima da tolerância foi expressa por Voltaire: “Posso não concordar com uma só palavra sua, mas defenderei até a morte seu direito de dizê-la”. Hoje está mais para: “Defenderei seu direito de expressão até a morte enquanto não discordar de uma só palavra sua”.

Despir da mente todas as opiniões sinceras não é uma qualidade tão elogiável quanto imediatamente repudiada em sua própria iniciativa. O medo das consequências do livre expressionismo é muito maior que a necessidade de se dizer exatamente aquilo que se acredita, já que a sinceridade também pode levar à intolerância.

Se a todos fosse dado um aval para dizerem tudo, absolutamente tudo que passa na sua cabeça sobre os outros, sem informações distorcidas ou manipuladas para fins de preservação da imagem civilizada, as verdades individuais viriam à generalização e mesmo os relacionamentos mais pacíficos entrariam em colapso conforme fossem descobertos os segredos imperdoáveis e as mentiras indesculpáveis. Sem um pouco de dissimulação não se vive em paz, por mais indecoroso que isso seja e mais genuinidade se defenda.

Quando a liberdade de expressão não é muito valorizada, inexistem problemas maiores em relação à abordagem de tabus. Quando é valorizada, esses problemas são consequências inevitáveis e fazem parte de qualquer manifestação cultural por liberalidade.

Sem autoridade não há como a liberdade atuar de forma íntegra, já que as pessoas não se mostram nem um pouco preparadas para conviver muito tempo em comunidade sem o medo de certas punições a que se submetem por pura necessidade. A aplicação de restrições legais é fundamental para se validar direitos de expressão, mas isso se aceita até o ponto em que a autoridade seja legítima; não sendo, sobrarão rebeldes para todo tipo de causa liberal.

Uma abordagem de expressão permissiva demais prejudica a própria liberdade para exercitar habilidades orais, independente do contexto em que estejam inseridas.

Há um limite ético em qualquer debate civilizado, seja na sala de reunião corporativa, na igreja, na arquibancada do estádio de futebol, no programa de televisão ou na mesa de jantar, onde as palavras de quem fala serão ouvidas enquanto aquele limite for respeitado, e ignoradas ou reprimidas quando violado. Esse limite varia entre culturas e situações, mas existe, pois do contrário o debate vira confronto. A principal diferença entre debate e confronto é que no primeiro há vontade de aprendizado e abertura a novas perspectivas; no segundo, ciúme das próprias ideias e ódio sobre as do outro. Sem um pouco de ciúme não se deixa claro a correspondência ativa entre autor e ideia, mas com ódio aquele ciúme se transforma num indicador de que o autor está inseguro e sua ideia precisa de fortalecimento.

A questão é que pouquíssimas pessoas estão preparadas para ouvir aquilo que discordam, uma vez que a ignorância é popularmente vista como negativa (burrice) em vez de animadora constante da procura do conhecimento.

Quem tem segurança do que fala não se esforça para execrar pontos de vista contrários, pois sabe que estes são tão importantes quanto aquilo que defende.

Atribui-se a falta de respeito à pessoa em si e não aos dogmas a ela associados, e isso expõe aquilo que Saramago disse sobre a dificuldade de tolerância:

“Eu acredito no respeito pelas crenças de todas as pessoas, mas gostaria que as crenças de todas as pessoas fossem capazes de respeitar as crenças de todas as pessoas.”

As pessoas possuídas por suas crenças – que parecem ter sensibilidade e vida própria – se mostram reféns da autocrítica, agindo como se apenas seu mundo fosse verdadeiro, e todos os outros representações de mentes estúpidas e degeneradas.

Toda sociedade contém sua horda de proselitistas, para os quais há um caminho uno e correto que viabiliza a sobrevivência da humanidade. Alguns pseudossacerdotes metem-se na vida dos outros com tanta fluidez e indecência que devem ter uma solução definitiva para o bem estar geral na ponta da língua, esperando apenas a demanda para usar a saliva. Por melhor intenção que porventura aleguem, não podem simplesmente oferecer fórmulas universais para problemas que não condizem a todos, nem tratar todos como se motivados pelos mesmos incentivos.

A simulação de um cenário de hostilidade pode ser feita juntando-se política com religião. É como carregar um galão de álcool na companhia de uma fogueira. Vai explodir, não adianta quão descolada e evoluída seja a sociedade. Se o povo não fosse de alguma forma corrupto, os políticos não precisariam trabalhar para representá-los. E se todos fossem moralmente imaculados, os religiosos não teriam espaço para exercitar suas cruzadas contra o mal.

O preconceito começa no julgamento que se tem da observação. A lei seriamente aplicada punirá racismo, homofobia, discriminação, etc, mas não pode impedir tal julgamento, até porque sem ele não haveria necessidade alguma de se fazer justiça.

Em certos casos, a melhor atitude é o silêncio, mas quem decide se é melhor ou não, aquele que não quer ouvir ou aquele que precisa falar? Esse impasse é vivido diariamente no universo da arte.

Os discursos repressores que se lê por aí são abarrotados de certezas de cunho religioso, então não dá para ignorar a influência legisladora que a espiritualidade exerce na mente de seus oradores. A arte está sujeita a perguntas interpelativas, interpretações contraditórias, provocações críticas e à dúvida sistemática, mas tudo isso confronta a natureza da religião. Não é porque um artista rebelde questiona a ordem das coisas que não tenha princípios morais bem fundamentados, como também ele pode não os ter, mesmo se os manifesta. Entrementes, curiosamente a arte é igual a religião em dois aspectos importantes: 1) Quanto mais se a reprime, mais ela cresce; 2) São bem-vindas em épocas de crise.

O artista que intencionalmente insulta seu público não se merece, nem aquele preocupado em receber feedbacks cem por cento positivos. Algumas das obras mais relevantes da literatura foram censuradas em suas épocas de concepção e, embora inúmeros autores tenham sacrificado a própria reputação na luta pela sobrevivência de seus filhos culturais, nunca é alto o preço a se pagar por fazer alguma coisa responsabilizada com a verdade, desde que não fira o livre-arbítrio dos outros.

Nenhum artista em sã consciência deseja ferir seu público, mas nenhuma obra poderá agradar todo o público e o artista, se depende unicamente do agrado dos outros e precisa o tempo todo fugir do constrangimento social, não sai do lugar.

O problema não está na defesa de apologias em si, mas na tentativa obstinada de recrutar apóstolos para validá-las, como se o objetivo do trabalho fosse puramente aceitação, e a sua realização, um ideal terceirizado. A espontaneidade em produzir obras livres da perseguição de uma crítica opressora raramente satisfaz os populares influenciadores de opinião, porque a obtenção de fama fala mais alto e as empresas que representam não são ilhas. Mesmo se o fazem por conta própria, precisam disputar influência para não desanimar.

Entre morrer de fome a vender sua originalidade em troca de sustentabilidade financeira, a quase totalidade de artistas já se vendeu há muito tempo. Alguns não se orgulham disso, outros estão honrados enquanto a família tem o que comer e onde dormir, e o restante já se voltou contra o sistema.

A arte sempre foi atormentada por um dilema antigo do qual comumente se reclama: traz um senso lúdico de vitalidade, mas não um justo retorno financeiro. Basta fazer um levantamento na mídia e se verá que os artistas mais consagrados são os mais ricos. Inimiga do dinheiro desde cedo, a arte gera alguma repulsa nos capitalistas ferrenhos. Para grande parte de seus entusiastas, a arte não enriquece em termos monetários, mas ajuda a curar a pobreza de espírito.

Os jovens versados em artes e que estão para ingressar no mercado de trabalho são pouco ou nada incentivados por seus pais, estes que, com seu olhar profético, adiantam uma era de vacas magras para seus pupilos sonhadores. Eles dizem: “Ideologia não paga as contas”.

Por que a necessidade absoluta de reconhecimento social faz muitos artistas infelizes? A arte, em si, está completamente despreocupada com a fama; ela não tem um senso de vaidade, mas os artistas sim. Os melhores nem sempre são reconhecidos, pois, muitas vezes, o melhor depende dos favores pessoais concedidos e não de merecimento puro.

Se uma manifestação artística não satisfaz as exigências éticas de uma pessoa, e ela deseja recriminá-la até a destruição na tentativa de salvar vidas, domar prazeres esquisitos e varrer a imoralidade da Terra, está oferecendo mais insumos à arte em vez de resolver essas pendências.

Na publicidade, diversas campanhas sensacionais são frequentemente rejeitadas por violarem os parâmetros de censura morais baseados no modelo comportamental de família tradicional, especialmente no Brasil. Os conservadores são criticados, mas o fato é que complicações jurídicas estão em jogo e não dá para batalhar por ideais artísticos “diferentes” sem uma possível má interferência na saúde dos negócios. O lucro é reduzido à medida que os criadores de família – que detêm enorme poder e influência de compra – decidem sabotar o produto. Os anunciantes são castigados em não providenciar o que se espera deles.

Somente quando a fala causa uma violação clara e direta aos direitos humanos fundamentais a censura é justificada; aquém disso, não. O cidadão que convenientemente manipula um dizer a si inadmissível a fim de poder denunciá-lo terá tanta moral para se defender quanto alguém que distorce aqueles direitos em favor dos bons costumes.

O ódio que destilam por aí é tão óbvio que precisaria haver um renascimento literal na Terra para todos se darem conta de que a arte não serve a ninguém além de si mesma. Se a beleza está nos olhos de quem vê e gosto não se discute, muitos estão perdendo seu tempo tentando induzir a adoção de um modo de vida pacificamente perfeito que o próprio mundo estranha desde seu reconhecimento.

A pornografia é um dos casos mais explícitos de como a liberdade de expressão pode ser execrada; quando envolve crianças, então, não faltam razões convincentes que justifiquem a sua censura. Assim como o trabalho infantil escravo é um ataque à dignidade humana, expor crianças à sexualidade contra sua vontade também. Mas, se elas se mostram curiosas a explorar o corpo humano e seus responsáveis permitem que o façam, estes estarão formando estupradores potenciais? Para grande parte dos moralistas, sim, pois pensam que é melhor prevenir que remediar. Parece correto, só não se pode ignorar o fato de que muitos dos pedófilos mais inescrupulosos tiveram uma boa educação sexual familiar quando crianças. Mal caráter não vem do berço. O que estabelece um crime moral não é a má intenção de cometê-lo, mas a má intenção colocada em prática por livre e espontânea vontade. As crianças carecem de discernimento sobre o adequado ou inadequado, ainda mais em se tratando de sexo. A censura se torna inquestionável nesse caso única e simplesmente para preservação de sua integridade.

Deve haver censura de idade e não de tema ou espécie. Senão, os filmes de guerra serão banidos porque a guerra é um impedimento da paz mundial; as músicas de funk serão proibidas porque incentivam a vulgaridade e objetificação do corpo humano; as organizações tabagistas serão extintas porque inúmeras doenças são causadas pelo hábito de fumar; as empresas que comercializam bebidas alcoólicas terão que fechar as portas porque o alcoolismo é capaz de destruir famílias e vidas; a indústria pornográfica terá que cancelar suas atividades para evitar que fantasias sexuais perversas ofendam o ideal de vida puritana.

Se um livro apresenta um conteúdo ofensivo, que se o feche. Se um filme está causando indigestão, que se pare de assisti-lo. Se uma música está provocando sensações negativas, que se pare de ouvi-la. Haverá quem goste. Embora incontáveis materiais artísticos ofendam uma parcela da população, não é motivo suficiente para censurá-los.

A moderação parte também do esforço do consumidor para discriminar o que lhe agrega valor e o que lhe prejudica moralmente. A liberdade de uns sensatos não pode ser prejudicada pela insensatez de outros. Bom senso é que nem sexo: a vontade é tanto maior quanto mais se o pratica, mas sem correspondência externa vai bem a autocomiseração.

Dos preconceituosos que julgam como cancerígenas expressões artísticas destoantes de tudo que perfaz seu fantástico complexo de normalidade não se espera que possam se redimir e, mesmo que o façam, mais provável que seja para pôr em prática alguma outra artimanha a favor de seus dogmas engessados.

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