O que acabou foi o relacionamento não sua chance de ser feliz

O que acabou foi o relacionamento não sua chance de ser feliz

Acabou! “E agora, José? E agora, José? A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou, e agora, José? E agora, você?” (Drummond).

Temos um grande problema em aceitar o fim das coisas. A saída da casa dos pais, o término da faculdade ou assumir que o relacionamento chegou ao fim, são alguns dos fins que relutamos em aceitar baseados em um único medo: a solidão.

De qualquer forma, com ou sem a nossa aprovação, as despedidas acontecem. E, no caso de relacionamentos amorosos, indiferente dos motivos que levem ao término, a separação sempre vem acompanhada de sofrimento.

Por medo da solidão ou do arrependimento do término, fingimos não enxergar os explícitos sinais que o relacionamento dá ao longo dos anos. Mas, a verdade é que, no fundo, sabemos que o fim aconteceu quando os pequenos cuidados foram deixados de lado e não quando um dos dois abandonou a relação.

A gente percebe quando a cama esfria, quando o diálogo vira monólogo e quando a presença não é mais sentida. A gente sempre sente. Mas deixa-se enganar por medo da solidão, por medo de enfrentar a vida sozinho ou, pior, por não ter respostas para as inconvenientes perguntas “por que vocês não deram certo?”

Terminar um relacionamento não é uma das atitudes mais agradáveis do mundo, já que significa sair da zona de conforto e começar uma nova história. O grande problema está na supervalorização da situação, já que as pessoas parecem temer mais a infelicidade eterna do que acreditar em uma dor provisória.

Drummond, em toda a sua sabedoria, dizia que “a educação para o sofrimento evitaria sentí-lo com relação a casos que não o merecem” e o poeta estava, mais uma vez, certo. Se fôssemos capazes de selecionar nossas dores por importância, seríamos muito, muito, mais felizes.

Embora, no processo de cura, o coração traga à tona todos os momentos felizes vivenciados e tente transformá-los em bons, aumentando a saudade e fazendo-nos acreditar em uma possível reconciliação, é preciso focar na cura e entender que, para ter direito a um bom futuro é preciso, primeiro, estar disposto a esquecer o passado.

Sem drama, sem chantagens, sem mágoas. Aceitar que a relação deu certo até aqui, mas que seguirem juntos não é mais possível, é uma forma inteligente de amar. É entender que amor bom é amor próprio e que esse é o único amor que você não deveria temer perder.

Imagem de capa: Zoom Team/shutterstock

Tenho amigos de infância que conheci na vida adulta

Tenho amigos de infância que conheci na vida adulta

Tenho amigos de infância que conheci na vida adulta.

Pessoas que, sem querer, sem receio ou demagogia, apareceram em alguma esquina do meu caminho, me pegaram pela mão e pelo coração e com os olhos cheios de liberdade me convidaram ‘vamos brincar!’.

Fiz amigos depois de adulta que parecem me conhecer desde o berço, parecem que me viram crescer, que caminharam ao meu lado por todos esses anos. Compartilhando quedas e conquistas, ideias e planos.

Tenho amigos que, apesar de nunca termos morado na mesma cidade, bairro, estado, ou frequentado a mesma escola, aula de inglês ou brincadeiras de rua, traçamos caminhos paralelos de vida e aprendizado e por alguma feliz coincidência, nos encontramos e reconhecemos.

Tenho amigos que descobri depois de velha que, inexplicavelmente, sabem completar minhas frases, sentem como se estivessem na minha pele, pensam como se compreendessem profundamente os meus pensamentos. Me conhecem muito mais que minha mãe, meu terapeuta e meu marido. Amigos que me adivinham, que chegaram prontos e inteiros, se encaixando tão bem nas dimensões do meu coração.

Fiz amizades na vida adulta que me resgatam a infância. Amizades com gosto de sábado à tarde, castelo de areia, picolé de frutas, acampamento no quintal.

Dividimos os segredos, os medos, as dúvidas, as aventuras. Brincamos, sorrimos, choramos. Conversamos sobre o mundo e suas possiblidades, sobre a amplitude da vida e sobre as pequenas coisas que, na grandiosa e fugaz vida adulta, passam desapercebidas. Nos encontramos para celebrar a existência.

Nos interessamos mais em saber como vamos aproveitar o dia do que como vamos ganhar a vida.

Tenho a sorte de ser adulta e ter amizades infantis. Daquelas sem formalidades, mas cheias de curiosidades, conversas intermináveis, imaginação solta. Energia que transcende tempos e espaços.

Tenho a sorte de nesta fase ‘madura’ ter encontrado a textura verde e fresca de uma amizade pura.

Imagem de capa: Dean Drobot/shutterstock

Perdoar também cansa…

Perdoar também cansa…

Uma das dúvidas que nos acompanham enquanto estamos compromissados com alguém diz respeito ao perdão – o que, como, quantas vezes perdoaremos? Vale a pena? Se fôssemos levar em consideração a célebre frase do livro “Love Story”, de Jennifer Echols – “Amar é jamais ter que pedir perdão” -, como parâmetro para termos certeza dos sentimentos do parceiro, nunca conseguiríamos amar alguém, tampouco sermos amados.

Ninguém é perfeito, todos erramos, machucamos e decepcionamos as pessoas que nos amam, e vice-versa. O perdão faz parte da dinâmica de fortalecimento dos relacionamentos amorosos, pois, na maioria das vezes, traz aprendizado e mudança positiva de atitudes. Porém, ter que perdoar todos os dias os erros que se repetem e avolumam acaba por extenuar nossas forças e nossa crença na verdade daquilo tudo.

Enquanto os parceiros se conhecem mais intimamente, no início da relação, vão se conectando mais fortemente, sentindo-se, descobrindo-se, tateando os terrenos em busca de tudo aquilo que no outro é encantador, onde se pode ou não avançar. Costumamos então atender às expectativas do amado, objetivando o mesmo em troca. Faz parte da conquista e do fortalecimento da união explorar o parceiro, sua personalidade, anseios e pontos de vista, para que o sentimento se fortaleça mais e mais.

Nessa fase em que ambos estão se conhecendo, inevitavelmente irão se decepcionar com mais frequência, pois é assim que nos impomos enquanto pessoas que pensam, agem e sentem diante das ações do parceiro. Com o passar do tempo, já sabemos bem como agradar ou desagradar nosso companheiro, ou seja, quanto mais conhecermos a pessoa que está ao nosso lado, menos teremos chances de errar em relação a ela. Infelizmente, para muitos, isso não acontece; os erros se repetem e/ou aumentam ao longo do tempo.

Nesses casos, teremos de encarar continuamente questionamentos sobre se vale ou não a pena perdoar tantas e tantas vezes. Muitos nos aconselharão a desistir e a partir para outra, outros pedirão que ouçamos o nosso coração e talvez haja até quem nos encoraje a tentar de novo. É muito difícil opinarmos sobre a vida dos outros, pois somente quem passa pelos acontecimentos e sofre de fato é que sabe o quanto dói, o quanto aquilo importa, o tanto de amor que ainda resta e merece ser cultivado.

 

Seguramente, o perdão deve sempre se acompanhar de ressalvas, não sendo concedido de forma incondicional, pois tudo o que é fácil demais não traz motivação para que reflitamos e mudemos para melhor, tampouco traz aprendizados. Da mesma forma, devemos perdoar enquanto ainda houver esperança lúcida e ponderada de que conseguiremos conviver com aquilo, sem nos atrapalhar emocionalmente. Somente perdoar enquanto ainda se carrega dentro do peito uma mágoa que teima em queimar não significa perdoar de fato, e isso certamente transbordará um dia ou outro, machucando de novo aos dois.

Ninguém fugirá às decepções com as atitudes alheias, tampouco estará livre de ter que optar entre o perdão e a renúncia a um amor por que não valha mais a pena lutar. Qualquer que seja a escolha, enfrentaremos dias de pesar e dor, pois decepcionar-se com quem amamos demais é muito difícil, sendo que muitas vezes tentamos buscar em nós mesmos a culpa pelas falhas do outro. É sempre bom analisarmos a forma como estamos vivendo e compartilhando nossas vidas, de maneira a tentarmos não nos esquecer de nosso bem estar nesse caminho, em favor da manutenção de algo que já pode ter acabado.

Trata-se daquela velha e famigerada história: ninguém perdoa ninguém sem que tenha perdoado a si próprio. Somente assim estaremos prontos para recomeçar, sem pendências, sem rancor, sozinhos ou com alguém que nos mereça de verdade. No mais, sigamos a sabedoria popular, que tão bem nos ensina a antes estarmos sós do que mal acompanhados.

Imagem de capa: Goran Bogicevic/shutterstock

A importância das emoções negativas

A importância das emoções negativas

Por Carolyn Gregoire

Entre os livros, os seminários e os blogs, o estudo de como viver uma vida feliz é praticamente um gênero por si só. Mas será que toda essa caça à felicidade funciona de fato?

O psicólogo Todd Kashdan disse ao Huffington Post que a ideia de que deveríamos nos sentir bem sempre nos faz mal. Algumas pesquisas sugerem que os americanos estão ficando menos felizes, na realidade, à medida que os anos passam. E, segundo Kashdan, é justamente nossa busca incansável da felicidade que pode nos estar levando no rumo errado.

Mas, dada a cultura de positividade em torno das pesquisas e dos textos sobre felicidade, é fácil esquecer que os sentimentos “ruins” são saudáveis e, na realidade, essenciais para compor o espectro emocional total da experiência humana. “Os dados científicos são muito claros: quando tentamos esconder nosso sofrimento, somos menos produtivos e eficazes e acabamos nos sentindo emocionalmente pior”, disse Kashdan.

Em seu novo livro, The Upside of Your Dark Side: Why Being Your Whole Self — Not Just Your ‘Good’ Self — Drives Success And Fulfillment, escrito em co-autoria com Robert Biswas-Diener, Kashdan advoga o valor dos sentimentos negativos. (O título pode ser traduzido como “O lado positivo de seu lado sombrio: por que ser seu eu inteiro – não apenas seu eu ‘bom’ – alimenta o sucesso e a realização”.)

Kashdan acha que essa procura concentrada da felicidade anda de mãos dadas com uma tendência forte a buscar o conforto e evitar qualquer tipo de desconforto, e isso, ele argumenta no livro, nos está enfraquecendo psicologicamente.

Então qual seria a solução? Para começar, é hora de abraçar o que é incômodo, aprendendo a vivenciar e apreciar plenamente as emoções negativas, enxergando-as como um aspecto natural e até útil de nossas vidas. Segundo o psicólogo, também deveríamos cultivar o que ele chama de “agilidade emocional”: a habilidade de reconhecer e atrelar emoções apropriadas (positivas ou negativas) para qualquer situação em que nos encontremos.

A seguir, quatro ensinamentos importantes de The Upside of Your Dark Side.

O sentimento de culpa nos torna pessoas melhores.

“O sentimento de culpa fortalece nossa fibra moral, nos motiva a ser cidadãos mais socialmente sensíveis e conscientes do que seríamos de outro modo. Por exemplo, pesquisadores descobriram que adultos que tendem a sentir culpa têm menos probabilidade de dirigir embriagados, consumir drogas ilegais, roubar ou agredir outra pessoa. Se o caráter se reflete no que você faz quando ninguém está olhando, então a emoção moral chamada culpa é um dos blocos básicos dos quais o caráter é construído.”

Duvidar de si mesmo fortalece seu desempenho.

“Uma coisa que muitas pessoas não percebem é o fato de que a dúvida, em doses moderadas, exerce uma função salutar. A dúvida é um estado psicológico que nos leva a avaliar nossas habilidades e nos esforçar para melhorar em áreas onde podemos ser insuficientes. Karl Wheatley, pesquisador da universidade Cleveland State, argumenta que a dúvida pode ser benéfica, pelo menos no caso de professores escolares. Ele observa que, quando professores sentem incerteza quanto a seu desempenho, esses sentimentos incentivam a colaboração com outros, fomentam a reflexão pessoal, motivam o desenvolvimento pessoal e preparam a pessoa para aceitar mudanças.”

A ansiedade nos ajuda a encontrar soluções para problemas.

“Nas zonas de perigo, a ansiedade fala mais alto que a positividade. Em situações em que o perigo é uma possibilidade mas os indícios podem ser obscuros, complicados ou incertos, a ansiedade pesa mais que a positividade. Em tais casos, as pessoas ansiosas rapidamente descobrem soluções, e, quando há uma equipe em volta delas (amigos, família, colegas de trabalho), elas compartilham o problema e as soluções. Os grupos são mais bem-sucedidos quando incluem um misto de vários tipos de personalidade, com pontos fortes diferentes – e incluindo pelo menos uma sentinela ansiosa.”

Deixar a mente vagar à toa nos deixa mais criativos.

“A criatividade é associada há muito tempo à incubação inconsciente. Você provavelmente já conhece a ideia do ‘momento aha’, aquele insight repentino que de repente traz a solução de um problema ou apresenta uma ideia relevante, no momento mais inesperado. Parece que há algo de inventivo na atenção solta, não focada. As pesquisas fundamentam a ideia de que a criatividade nos pega de surpresa.”

Fonte indicada: Brasil Post

Imagem de capa: Photographee.eu/shutterstock

9 coisas que você nunca deve dizer em uma briga com seu filho

9 coisas que você nunca deve dizer em uma briga com seu filho

Por Georgia Lee

As divergências entre você e seus filhos são um fato da parentalidade. Quando as crianças crescem elas começam a afirmar sua independência, e as coisas podem rapidamente se transformar para pior quando os seus “não tão pequeninos” tornam-se descaradamente desobedientes e desrespeitosos.

Quando se trata de brigar com seus filhos, faça-o de forma justa, evitando estas nove frases a todo custo:

1. Palavrões

Nem chegue perto dos palavrões. Não dispare de volta quando seu filho os atirar contra você. Afinal, você é o adulto e tudo o que você faz está ensinando seu filho como se comportar quando ele atingir a idade adulta. Se você soltar palavrões durante uma briga com seu filho, ele vai fazer o mesmo com seus netos.

2. “Você é um (insira qualquer rótulo insultante aqui)”

Parte de ser justo em uma briga é expressar seus sentimentos reais e preocupações e depois trabalhar para resolvê-los. Rótulos e insultos não fazem nenhuma dessas duas coisas e apenas causam sentimentos de mágoa ou mais raiva. Estas palavras grudam em seus filhos como cola e podem afetar significativamente seus relacionamentos e autoestima durante os próximos anos.

3. “Eu nunca quis você”, ou “Eu queria nunca ter tido você!”

É fácil atacar a clássica birra infantil, “Eu queria nunca ter nascido”, com uma dessas frases. Mas não solte essa bomba. Questionar a validade do direito de seu filho de existir não é um pensamento que você quer implantar em sua mente – e pode voltar para assombrá-lo se ele tentar torná-lo realidade.

4. “Você foi um erro”, ou “Você acabou com a minha vida!”

Culpar seu filho por estar aqui não faz sentido e não faz você parecer maduro o suficiente para ser pai/mãe. Nascer não foi decisão dele – foi sua. E, mesmo no calor do momento, fazer uma reivindicação tão feia diz mais sobre você do que sobre ele.

5. “Porque você não pode ser mais como ___?”

Comparar seu filho rebelde a um cidadão mais íntegro é fácil quando ele atinge esses anos de adolescência tumultuosa. Mas seu filho está apenas tentando encontrar a si mesmo. Ele é quem ele é, e pedir para ele ser outra pessoa é o mesmo que dizer a ele: “Você não é bom o suficiente do jeito que você é.”

6. “Eu te odeio”, ou “Eu não te amo!”

Vamos torcer para que nenhuma dessas afirmações seja verdadeira. Inúteis e sem tato, elas apenas criam uma maior divisão entre você e seu amado filho. Mesmo que sejam verdadeiras, não precisam ser ditas e talvez seja hora de aconselhamento!

7. “Cale a boca, eu não ligo!”

Escutar é muito mais difícil e mais importante do que falar. O que causou o argumento em primeiro lugar foi provavelmente uma falha de comunicação, então reforçar o ponto de que você não está disposto a ouvir seu filho só vai aumentar o insulto e lesões.

8. “Eu vou embora”, ou “Eu não vou voltar!”

Seu filho precisa de você, não importa o quanto ele alega que não. Nunca dê ao seu filho um motivo para se sentir abandonado. Se você precisa sair para tomar um ar, faça-o. Mas não pegue suas chaves, e dê-se um limite de tempo no qual retornar. Em seguida, volte!

9. “Saia!”

Seu filho precisa de um refúgio seguro para chamar de lar e um lugar confortável para descansar a cabeça. Tirar isso dele não é apenas contra a lei, provoca danos catastróficos em seu relacionamento. E o seu filho pode não estar muito disposto a retornar quando você tiver se acalmado e quiser que ele volte.

Manter seu juízo no meio de uma briga com seu filho requer graça, paciência e imensas quantidades de autodisciplina e autocontrole. Mas como o pai/mãe, esta é a responsabilidade que você assumiu quando começou sua família. Seja o adulto, e certifique-se de que toda discussão caminhe em direção a uma solução – e lembre-se de guardar essas palavras duras para si mesmo.

Traduzido e adaptado por Sarah Pierina do original 9 things you should never say in a fight with your child.

Fonte indicada: Família

Imagem de capa: Yuganov Konstantin/shutterstock

Violência VELADA…

Violência VELADA…

Por  Márcio Leandro Bombardieri

¨ aquele que domina os outros é forte, mas, aquele que domina a si mesmo é poderoso…¨

Não é uma dor física, mas machuca da mesma forma, e deixa marcas profundas na alma.
A violência velada é muitas vezes aquela que vêm em tom de brincadeira, mas pode ser muito mais que isso.

Pode ser, inclusive o ciúme doentiu, uma cobrança excessiva.

Acreditem, ela pode inclusive causar a morte em vida.

Essa violência pode ser disfarçada, direta, ou subliminar. Pode começar de forma suave, devagar até chegar a raíz de sua auto estima e causar danos irreversivéis.

Muitas vezes, começa na infância e persegue vitima e agressor por uma vida toda.
Tem gente que diz: fui criado assim e não morri.

É horrível, mas acontece, tem gente que começa a dizer a bebês ainda, que não têm condições de se defender: ei você é um marginal, marginalzinho, meliante, burro, veadinho, mal educado, nossa como você está sujo hoje, vem aqui porquinho. Pode uma coisa dessas? Pode sim, acontece nas melhores famílias e em todas as classes sociais.

Bem, que triste pra quem cresce escutando esse tipo de coisa. E por ai vai, tem aquela violência quase imperceptível, funciona mais ou menos assim: o sujeito faz com que você pense que não tem condições de ser alguém, ou ele vê potencial em você , mas isso o incomoda.

Daí, acontece algo muito venenoso e manipulador, o sujeito lhe enche de mimos e coisas caras e muito superficiais, tudo pra lhe agradar, é uma forma maquiavélica de tentar te vender a ideia de que você nunca conseguirá possuir algo sem ajuda. Afinal você não tem capacidade pra gerar e conseguir por seus meios tais conquistas, e se não fossem pela ajuda de tal pessoa, você jamais estaria onde esta.

São frases tão lindas, delicadas na verdade: olha eu sou uma pessoa desprendida de bens materiais e você AINDA não está na condição, puxa eu ajudo, isso eu faço por você, não se preocupe dinheiro não é problema, um dia você vai ter também.

Quanta maquiagem pra dizer que a pessoa não confia no teu taco. E inclusive tem medo do seu valor, e de até onde você pode chegar.

Cuidado quando alguém lhe entregar muitas coisas usando essas frases, no momento a tua alegria se expande, mas depois é como um vírus poderoso que ataca o teu desejo de vencer.

Esse vírus, aos poucos  te impede de buscar algo de bom pra ti, pois ganhar da menos trabalho.

Esse vírus faz com que você desenvolva todas as tuas potencialidades para ser um vitimista. Você fica expert em mendigar, fica também oco por dentro.

O pior é que esse vírus deforma também a visualização de teus valores. A futilidade ganha vez , você começa a brigar com tua esposa ou com teu esposo, e por mais que vocês tenham tudo pra ser felizes vocês jamais vão conseguir. Porque quem não gera seu alimento se nutre de um vazio existencial capaz de causar neuroses e levar uma pessoa a um estado de dor incontrolável.

E , alimenta aquele que te manipula também. É um círculo vicioso.

CUIDE-SE

VALE A PENA VIVER SEM VIOLÊNCIA. EXISTE UM MUNDO SEM VÍTIMA E SEM AGRESSOR.
SÓ EXISTE O VITIMISMO, PORQUE ALGUÉM O ALIMENTA.

Fonte indicada: Márcio Leandro Bombardieri

Imagem de capa: Alexander Lukatskiy/shutterstock

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PRECISA DE AJUDA?

Você chegou até o final do texto e se identificou com alguma dessas situações?

Um processo psicoterápico pode fazer a diferença na sua vida nesse momento.

Indicamos: Josie Conti- psicóloga. Saiba mais aqui.

Eu sou eu, você é você

Eu sou eu, você é você

“Eu sou eu, você é você. Eu faço as minhas coisas e você faz as suas coisas. Eu sou eu, você é você. Não estou neste mundo para viver de acordo com as suas expectativas. E nem você o está para viver de acordo com as minhas. Eu sou eu, você é você. Se por acaso nos encontrarmos, é lindo. Se não, não há o que fazer.” Fritz Perls

A Gestalt-terapia, também conhecida como terapia do contato, é uma das muitas abordagens humanistas da psicoterapia. O contato para a GT é tão fundamental que grande parte da literatura gestáltica é baseada nisso (fronteiras de contato, mecanismos de evitação de contato). Porém, esse contato a que se referem os estudiosos da GT não é exatamente o contato como entendemos de maneira literal, nem somente o encontro com o outro. As formas possíveis de contato descritas na GT são diversas e dinâmicas.

Perls, Hefferline e Goodman descreveram: “contato é todo tipo de relação viva que se dê na fronteira, na interação entre o organismo e o ambiente, é um processo contínuo de reciprocidade em que homem e mundo se transformam. O contato acontece no diferente, é o reconhecimento do outro, o lidar com o outro, o que eu sou, o diferente, o novo, o estranho. O contato acontece na fronteira eu-outro, conhecido-desconhecido, velho-novo, todo contato é dinâmico e criativo”.

Em um sentido mais abstrato, conseguimos encerrar nossos conflitos emocionais quando finalmente entramos em contato com a verdade dos fatos como eles são; quando nos damos conta das verdades que tantas vezes evitamos, justamente por serem tão dolorosas; quando lamentamos nossas histórias mais tristes. Esse momento do “dar-se conta” é fundamental para que deixemos de repetir antigos padrões (neuróticos) de comportamento, que se tornaram anacrônicos e, portanto, inadequados. Dar fechamento aos nossos conflitos emocionais, ou “gestalten”, é fundamental para que façamos as pazes com nossa história e possamos então trazer para o mundo um “eu” mais completo e emocionalmente saudável.

Quando nos referimos ao contato com o outro, ele é autêntico quando ocorre na fronteira, ou seja, quando existe interesse e disponibilidade emocional de ambos, sem que haja manipulações ou invasões. Não é necessário que haja esforço, não é necessário que uma pessoa precise ajustar-se à outra para ser amada ou aceita. Contato autêntico é aquele que inclui as duas partes, e todas as partes dessas duas partes.

Eu sou eu, você é você.

Constantemente me pergunto quanto de mim devo deixar de lado para ser amada? A resposta da GT é clara, nada. Dentro da visão gestáltica, para sermos verdadeiramente amados, devemos incluir (e não alienar) todas as nossas partes que muitas vezes tentamos anular na ânsia de sermos amados. Na prática isso requer um boa dose de bom senso, maturidade, auto-conhecimento e (muito) treino. Isso não quer dizer que não devo me moldar para incluir o desejo do outro, mas que esse desejo de mudar deve ser voluntário.

Nos escritos que ficaram conhecidos como “Oração da Gestalt-terapia” o convite de Fritz Perls, considerado o pai da GT, é para que nos empenhemos em trazer para nossa vida e nossos relacionamentos auto-responsabilização. Eu sou responsável pelo meu caminho, você é responsável pelo seu. Eu sou responsável pelas minhas dores, você é responsável pelas suas. Se por acaso nos encontrarmos, é lindo. Se não, não há o que fazer.

Imagem de capa:  Sergey Nivens/shutterstock

Eu tenho a honra de encontrar você! Seja gentil, mesmo em tempos rudes.

Eu tenho a honra de encontrar você! Seja gentil, mesmo em tempos rudes.

Estava vendo um filme alemão na TV, rodado na Baviera, onde se fala um dialeto regional. Lá, quando alguém se despede, não diz “Auf Wiedersehen!” ou “Tchüss!“, como no resto da Alemanha. Lá se diz “Servus!” (que é ótimo para estrangeiros, pois é fácil de pronunciar), mas se diz também “Habe die Ehre!”, que significa Eu tenho a honra. Tanto “Servus!” como “Habe die Ehre!” podem ser ditos ao chegar como ao se despedir.

No filme, dois homens se encontraram e se cumprimentaram com “Habe die Ehre!”. Eles conversaram por um longo tempo e, ao se despedirem, disseram novamente “Habe die Ehre!”.

Fiquei pensando sobre isso. É uma forma bonita de se saudar e se despedir. “Eu tenho a honra de encontrar você!”, “Eu tive a honra de encontrar você!”. É uma maneira de dizer ao outro que ele é estimado e respeitado (mesmo que as pessoas nem sempre pensem no significado dessas palavras ao dizê-las). São palavras gentis.

Identifiquei-me com “Habe die Ehre!” porque é assim que costumo encontrar as pessoas.

Ser gentil não é questão de ser politicamente correto nem de mera formalidade social. É muito mais uma questão de ser humano, um ser social, que precisa das pessoas à sua volta e que por isso precisa honrá-las para assim honrar a si mesmo, já que cuidar bem de suas relações é cuidar bem da própria necessidade humana de ter a companhia de outros humanos e não viver isolado.

Seria tão bom se não desaprendêssemos a nos respeitar mutuamente, mesmo em momentos críticos, em fases duras da vida, mesmo quando a discussão é cerrada, a tensão à nossa volta aumenta e os histéricos já ensaiam entrar em pânico.

Precisamos ter cuidado para não perdermos um dia esse dom tão lindo que temos de viver em grupos sociais, de sermos capazes de nos relacionarmos pacificamente com nossa própria espécie e de superarmos os obstáculos da vida juntos, unindo nossas forças e nossas ideias.

O problema é que muita gente anda rude, a hostilidade, a grosseria e a falta de respeito e boas maneiras só parecem aumentar. Os rudes, porém, não são a maioria, disso estou convicto. Os rudes só são mais barulhentos e chamam mais a atenção. Mas, mesmo como minoria, eles são perigosos porque polarizam e atrapalham assim nossas relações.

Gente insegura, assustada com o barulho dos rudes, termina se deixando instrumentalizar, o que faz com que a grosseria cresça ainda mais e o resultado é essa grande falta de empatia e respeito que vemos por aí atualmente.

Não precisamos disso. E isso não nos faz bem! O que precisamos é despertar, sim, acordar e perceber o óbvio: se os rudes são uma minoria barulhenta, eles só incomodam porque uma maioria gentil anda calada. Sim, é isso mesmo: andamos nos calando perante a grosseria, dando espaço para que os rudes se espalhem e façam ainda mais barulho.

Peço aos gentis que não se calem, pois precisamos de palavras gentis. Precisamos de gente que honre o outro, mesmo quando o outro é difícil, mesmo quando a situação é complicada, mesmo quando muitas coisas incentivam a pagar grosseria com a mesma moeda. Precisamos de gente que entende que perder o respeito pelo outro, por sua dignidade, reagindo então com a mesma grosseria, não é somente desonrar o outro, mas também a si mesmo.

Não tenha medo de ser gentil, não tenha medo de honrar o outro ao encontrá-lo, mesmo que ele seja grosso, mesmo que você não goste dele, mesmo que queira manter uma distância saudável daquela pessoa. Não somos obrigados a gostar de ninguém, podemos discordar de opiniões e não temos que conversar com todo mundo, mas, quando o fazemos, quando entramos em contato com o outro, seja de que forma, o respeito é intocável, inviolável e deveria valer sempre e para todos.

Se um rude cruzar seu caminho, lhe tratar mal e faltar com respeito por sua pessoa, não aceite, diga isso a ele, mas diga com gentileza. O resto depende então do outro: se ele estiver aberto ao diálogo e disposto a se comunicar de forma respeitosa, tudo bem, prossiga gentil. Mas, se ele reagir com grosseria, rejeitando o diálogo civilizado, despeça-se cordialmente e se afaste, pois a gentileza é um presente que não devemos desperdiçar com gente que insiste em ser grossa e não está interessada em um outro nível de comunicação. Se afaste, mas sem ser grosso, pois, assim, você não estaria sendo diferente de quem lhe tratou com grosseria.

Nunca esqueça: gentileza gera gentileza!

O importante é cuidar da própria gentileza, respeitando o outro e também a si mesmo, sem se deixar contaminar pela grosseria dos rudes, já que a gentileza é a base que segura nossos relacionamentos em um nível saudável e respeitoso. Seja gentil e a gentileza à sua volta aumentará. Seja grosso ou se cale diante da grosseria e os rudes vencerão!

Vamos ser então gentis, pois é nossa gentileza que cicatriza muitas feridas causadas pela grosseria que vemos por aí.

“Habe die Ehre!“, prezado leitor ou prezada leitora. Foi uma honra encontrar você 🙂

Imagem de capa:  Ivanko80/shutterstock

 

Em nossas vidas, nada acontece por acaso

Em nossas vidas, nada acontece por acaso

Falem o que quiserem, apresentem os argumentos mais bonitos, poetizem o destino. Mas, a verdade é que não somos frutos de acaso algum. Tudo o que acontece em nossas vidas tem um motivo, um tempo e uma aprendizagem.

É humano procurar explicações para tudo. Queremos entender o fim do relacionamento, a traição do amigo, a morte de alguém querido. Normal! Mas a verdade é que nem tudo tem explicação e que os motivos pelos quais as coisas acontecem, nem sempre nos são revelados.

A vida gosta de mistérios. Na música “Variações sobre um mesmo tema” do grupo Engenheiros do Hawaí, Humberto Gessinger fala, exatamente, disso: “(…) nem tudo tem explicação, há mistério em quase tudo, nem todo veludo é azul, o coração sempre arrasa a razão, o que é preciso, ninguém precisa explicar.”

Embora queiramos ter o controle de tudo, precisamos entender que há coisas que fogem dele e, geralmente, são as coisas mais importantes. A vida não é um carro que entramos e escolhemos o caminho percorrido. Na verdade (e mesmo que isso possa soar agressivo), ela não nos deve explicações de absolutamente nada. A vida segue seus próprios percursos, suas próprias regras e suas próprias razões. Cabe a nós a sabedoria da aceitação e da apreciação da viagem.

Precisamos deixar a teimosia de lado e entender que somos incapazes de realizar tudo a todo o tempo e aceitar que somos humanos e que a vida não precisa seguir o nosso roteiro pré-determinado de expectativas.

Em o “Trem Noturno para Lisboa”, de Pascal Mercier, o acaso é tratado em forma de romance. Com quase 500 páginas, o livro conta a história de Raimund Gregorius, um reconhecido professor suíço de línguas clássicas, que, acostumado com sua rotina monótona se depara com uma portuguesa misteriosa que tirou sua vida dos trilhos.

Entre temas e subtemas a obra ficou famosa por levar o leitor a refletir sobre a própria existência: “a vida que temos é a que gostaríamos de ter?”, “até que ponto somos responsáveis pelo próprio destino?”, “o que faz uma pessoa largar tudo e partir para outro lugar, aprender outra língua, apenas para conhecer a vida de um desconhecido?”

Reflexões a parte e sugestão de leitura explícita, voltemos ao tema do nosso texto. É preciso muita sabedoria para entender que o sofrimento vivido não foi em vão. O nascimento do filho não foi na hora errada e que o amor não chegou tarde demais. As coisas acontecem como devem acontecer e na hora que estão marcadas para isso (mas, por favor, excluam dessa lista os acontecimentos opcionais como traições, mentiras e jogos de poder. Essas atitudes configuram desvio de caráter e não tragédias do destino).

Aprenda com as situações, faça a sua parte e deixe o destino fazer o seu papel. Há caminhos que a vida só nos levará para conhecer, se formos capazes de sentarmos no banco do passageiro.

Imagem de capa: Fulltimegipsy/shutterstock

Eu já não me apaixono mais, agora eu apenas me encanto

Eu já não me apaixono mais, agora eu apenas me encanto

Eu já não me apaixono mais, agora eu me encanto.

Paixão é um momento de êxtase, é efeito alucinógeno causado por uma necessidade de vida. Paixão muda a química do corpo, deixa tudo à flor da pele, o sangue corre mais rápido, a vida fica cheia de sensações e de pequenas explosões. Paixão é algo que surge para que as rotinas se quebrem, a monotonia desapareça, e a gente se lembre que ainda está vivo.

A paixão é cega, parece ser uma necessidade de sentir a vida no seu ápice, de sentir vibrações intensas percorrendo as veias; por isso a paixão inventa, é amiga da ilusão, vê mais cor no mundo, transforma o cheiro do ser amado no perfume preferido, acha tudo lindo, louco e imenso, e quer sempre mais uma dose para alimentar essa chama alta e passageira. Pela necessidade de fascinação, vê coisas onde não existem, coloca pessoas no patamar de deuses, chega perto de sentir a perfeição. Mas só pelo tempo que durar… Depois se dissipa em nada e a gente até ri de si mesmo.

Eu já não sinto paixão. Pra mim qualquer ser humano é apenas um ser humano, claro, ainda me admiro com as pessoas, ainda vejo beleza e vontade de ficar perto, de me vincular, ainda sinto arrepios na pele, e tenho sonhos rondando meus pensamentos. Mas, meu coração parece não ficar mais assim cheio de adrenalina a todo momento, é outra vibração o que agora me passa por dentro, é isso o que eu chamo de encantamento.

O encantamento é uma energia mais sutil. No encantamento a gente não vê coisas a mais numa pessoa, a gente não precisa sentir ciúmes, querer saber dos caminhos da vida dela, a gente não precisa ficar inseguro, com medo de que se a gente não chegar muito perto, a queda pode ser muito grande. (Na paixão é assim, porque da ruptura da bolha de ilusão até a realidade, a queda é longa). No encantamento não há queda, pois já estamos com os pés no chão. É um sentimento consciente, lúcido, que não cria coisas extras, fantasias e apetrechos para enfeitar a vida; o encantamento enxerga da pele pra dentro. Quem aprende a se encantar por pessoas, fica empático, vira observador, sorri com detalhes pequenos, essas coisas que quase passam despercebidas, mas revelam tanto do interior de uma pessoa.

O encantamento se interessa por seres que brilham de dentro pra fora. Se interessa pelo jeito de viver, pelo tom de voz, pela forma de olhar. O encantamento sabe ver pessoas de verdade, conecta um humano no outro, rompe grandes expectativas, cria meditação e amizade. A vida vira uma contemplação.

O encantamento é a surpresa boa de encontrar uma pessoa tão bonita no mundo. E isso, por si só, já é uma grande alegria.

Não importa se a pessoa é minha, dela ou de mais ninguém. A felicidade é ter o prazer desse encontro e é saber que ainda existem pessoas que valem a pena sentir.

O encantamento se satisfaz com um aprendizado compartilhado, com momentos de verdade, com carinho, amizade, trocas de qualquer tipo…

No encantamento o coração não fica descompassado, o estomago não queima, as emoções não vão de um extremo à outro dentro da gente. Isso é paixão. No encantamento a gente reaprende a respirar mais profundamente, a não se preocupar com o caminhar de cada um, a gente gosta da troca, e ela é mais saudável e menos exigente.

A paixão é um foguete que se perde no espaço, o encantamento é um pássaro planando no ar.

Imagem de capa:  Anetlanda/shutterstock

A Lei do Antagonista

A Lei do Antagonista

O leão que você encara todo dia é o reflexo externo de sua realidade interior, é você mesmo que o cria e ele será tão forte quanto sua capacidade de encará-lo, de dominá-lo.
Essa é a lei do antagonista, esse é o caminho para o crescimento intelectual, emocional e espiritual.

A expressão “matar um leão por dia” está associada ao sentimento de termos que vencer os desafios que a vida nos impõe a cada dia. E por que um leão e não um outro animal deve ser encarado todos os dias, deve ser vencido todos os dias?

Acredito que é pelo fato do leão ser imponente, majestoso, seguro, forte e não atoa ser considerado o rei dos animais. Penso também que, quanto mais forte for o leão que encaramos, mais forte nos tornamos, logo matá-lo não é a melhor estratégia, pois certamente estaremos nos enfraquecendo e morrendo junto com ele, portanto, o que precisamos é aprender amar nosso leão, deixar que ele cresça e se torne cada vez mais forte.

Observem como a figura do leão está associada a realeza e ao entendermos essa relação, também nós poderemos estar destinados à realeza. É uma questão de escolha, daí uma outra expressão popular: Você é um homem (leão) ou um rato? Temos que saber onde vamos nos posicionar na cadeia alimentar, pois a natureza é sábia e a realidade é inexorável.

Segundo o autor do livro “A Escola dos Deuses”, o professor Elio D’anna, “O destino de uma pessoa, e tudo aquilo que ela possui, é ligado por um fio duplo à saúde de seu corpo, assim como o destino financeiro de uma pessoa depende de sua integridade física, da sua impecabilidade corpórea (corpo, mente e espírito). Grandes empreendimentos, fortunas financeiras, impérios industriais, assim como nações e civilizações formam-se e prosperam, ou adoecem e morrem com seu líder, com seu fundador-idealizador. Um fio de ouro liga sua imagem e seu destino pessoal ao de sua organização e de seus liderados. Seu SER corpóreo coincide com a dinâmica de sua organização, como foi para os antigos soberanos. O REI É A TERRA E A TERRA É O REI.”

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Percebam a relação direta com a imagem refletida no leão que encaramos, que alimentamos, na expressão que vem de uma das leis da sabedoria hermética quando diz: “O rei é a terra e a terra é o rei”.

Trazendo para os dias atuais, é fácil perceber isso ao olharmos as organizações que estão surgindo, crescendo e prosperando, bem como aquelas que estão definhando, regredindo e morrendo. As primeiras estão sabendo amar e alimentar os leões que são vistos e refletidos como ameaça, as últimas estão os matando a cada dia, e por temê-los estão morrendo junto com eles.

“Lembre-se sempre! Nada é fora de você… O mundo que você vê e toca é somente um efeito. Tem o seu sopro… vive se você é vivo e morre com seu morrer. Não tema o Antagonista! Sob sua máscara feroz esconde-se nosso maior aliado, nosso mais fiel servidor.” ( A Escola dos Deuses)!

Tudo o que é forçado acaba espanando

Tudo o que é forçado acaba espanando

Não force nada, nem roupa, nem sapato, nem sentimento, nem relacionamento. Tudo o que for insistência apenas trará dor, decepção e sofrimento. Deixe a vida fluir e lute pelo que vale a pena e por quem faz diferença positiva na sua vida.

A regra é clara: cada vez que insistimos em alguém ou em algo que não retorna, acabamos desistindo, aos poucos, de nós mesmos. Ficar correndo atrás do que não tem chances de fazer parte da vida da gente só serve para trazer decepção e para minar qualquer autoestima. É preciso discernir o que pode do que não pode acontecer, ou adoeceremos e viveremos infelizes e intranquilos.

Existirão pessoas que gostarão de nós já na primeira vez e manterão amizade sincera conosco pelo resto de nossas vidas, sob sol ou sob tormentas. Outras pessoas jamais gostarão muito de nós. Afinidade não se explica nem se cobra, simplesmente acontece. Não conseguimos explicar direito, mas os amigos verdadeiros serão aqueles que, não importa há quanto tempo conhecemos, parecerão como amigos de infância.

Alguns empregos parecerão serem feitos para nós, por mais que relutemos em aceitá-los. Poderemos até tentar nos aventurar por ocupações outras, investindo e nos dispondo a dar certo naquilo, porém, nem sempre nosso perfil será afim com o trabalho que desejamos. Aceitarmos nossas limitações e valorizarmos nossas potencialidades é o que nos tornará mais abertos a nos sentirmos realizados fazendo aquilo que se encaixa perfeitamente em nossas habilidades e aptidões.

Nem todo mundo que amarmos nos amará de volta. Não seremos a escolha de todos por quem nos apaixonarmos. Por mais que nos entreguemos, por mais que nos doemos e ofereçamos o nosso melhor, não conseguiremos ser morada de quem não tiver a real intenção de ficar. Sentimento também é algo que não se explica, ele simplesmente acontece ou não. Deixar de insistir em sentimentos não correspondidos pode ser penoso, de início, mas, com o tempo, irá nos oportunizar vivenciar afetividade recíproca junto a quem retornará afeto na mesma medida.

Não force nada, nem roupa, nem sapato, nem sentimento, nem relacionamento. Tudo o que for insistência apenas trará dor, decepção e sofrimento. Deixe a vida fluir e lute pelo que vale a pena e por quem faz diferença positiva na sua vida. O que não ficar, foi-se, já era, adeus. O que permanecer então será intenso, verdadeiro e recíproco, como deve ser.

Imagem de capa: Michelangelo Gratton/shutterstock

“Comigo ele(a) será diferente” – A ilusão que atrai para os relacionamentos abusivos.

“Comigo ele(a) será diferente” – A ilusão que atrai para os relacionamentos abusivos.

Você conhece alguém que se submete aos maus tratos nos relacionamentos amorosos? Neste momento, lendo este artigo, vem em sua lembrança alguém que comporta-se com total submissão dentro de um relacionamento, aceitando humilhações, traições, desrespeito e até mesmo agressões físicas? Certamente, toda pessoa conhece alguém que vive ou já viveu essa realidade tão deprimente, como também é possível que este artigo esteja nas mãos de alguém que esteja vivendo esse drama.

É fato que, perceber uma pessoa querida vivendo um relacionamento abusivo, nos causa uma série de sentimentos conflituosos. Causa muita indignação ver uma pessoa cheia de atributos intelectuais, físicos e morais sendo tratada como se fosse um entulho, pior ainda é perceber a passividade dessa vítima, aceitando tudo sem nada questionar e ainda demonstrando muito temor em perder o seu algoz a quem ela refere-se como “amor”. Diante disso, uma pessoa será sempre vista como alguém que “não tem vergonha na cara”, “que só dá valor em quem não presta” dentre outros julgamentos. O que a maioria das pessoas talvez não compreenda é o motivo que leva alguém a se posicionar dessa forma nos relacionamentos amorosos e, também, em outros contextos.

Ocorre que costumamos avaliar as pessoas pelo o que elas apresentam externamente, então, diante de uma pessoa bonita e culta, tendemos a acreditar que ela é dona de si e que faz sempre as escolhas mais sensatas para ela. Entretanto, não é bem assim que a coisa funciona. Nem sempre uma pessoa com um elevado nível intelectual possui independência emocional. Esses dois atributos, não são, necessariamente, vinculados. Inteligência emocional e autoestima não são adquiridos nas cadeiras das universidades.

Obviamente, uma pessoa esclarecida intelectualmente e com independência financeira terá menor vulnerabilidade no que se refere às relações abusivas, uma vez que ela não terá a dependência econômica como um fator agravante que venha a dificultar a ruptura de uma união tóxica.

A forma como uma pessoa se comporta num relacionamento afetivo é o reflexo da forma como ela se percebe. Normalmente, as vítimas de relacionamentos abusivos aprenderam, em alguma fase da vida ou ao longo da vida, que isso é normal e aceitável. Provavelmente, essa pessoa tenha vindo de um contexto familiar desajustado, onde, dentre outras disfunções, presenciava o pai bater na mãe, por exemplo. Ela aprendeu a associar o amor à dor e ao desrespeito, então, ainda que ela adquira esclarecimentos teóricos sobre a forma saudável de se relacionar, aquilo que ela viveu na prática ainda terá um peso gigante na sua percepção. Entretanto, vale lembrar que esse quadro não é irreversível, contudo, é fundamental que a vítima se disponha a buscar essa desconstrução. O processo pode ser lento, mas vale a pena investir todos os esforços nessa busca, que tem na psicoterapia individual, uma poderosa aliada.

As vítimas de relacionamentos tóxicos não se percebem como pessoas dignas e merecedoras de afeto e respeito. No geral, elas não exigem nada do parceiro, no fundo, elas se percebem como inferiores demais para pedir algo ou manifestar alguma vontade. Tudo o que vier será aceito, e, como elas temem muito a rejeição, elas evitam, ao máximo, contrariar o parceiro. Na realidade, quando você olha aquela mulher super bonita e interessante ou aquele homem super bacana vivendo essa realidade tão triste, é preciso entender que eles não se enxergam assim. Eles não tem a menor consciência da beleza física, ou de qualquer outra virtude que eles possam ter. Essas pessoas já entraram no relacionamento com a autoestima adoecida e, se ainda tinha algum resquício de amor próprio, ele foi extinto na convivência com o parceiro.

Reforçando que a construção da autoestima e a percepção de si próprio como um sujeito digno de amar, de ser amado, de ser respeitado e de ser tratado com dignidade poderá ser reforçado nos bancos das escolas e universidades, porém, essa compreensão será adquirida pelo sujeito no seu contexto familiar, o seu núcleo de referência. Contudo, vale lembrar que, no geral, o histórico de relações abusivas tendem a se perpetuar se não sofrer uma interrupção, dessa forma, as vítimas farão novas vítimas, repassando o modelo doentio de se envolver afetivamente aos seus descendentes. Contudo, faz-se necessário compreender que ninguém deverá encarar o histórico de vida sofrido dos antepassados como uma sentença irrevogável que será estendida aos descendentes, basta buscar ajuda e se posicionar como um agente de transformação desse ciclo, beneficiando a si próprio bem como as gerações futuras da própria família.

Imagem de capa: Billion Photos/shutterstock

Um guerreiro que caminha na trilha do coração é capaz de enfrentar o desconhecido

Um guerreiro que caminha na trilha do coração é capaz de enfrentar o desconhecido

A vida é mesmo uma grande caixinha de surpresa. A gente nunca sabe o que vai encontrar, sentir e experienciar. A cada novo dia, refeitos do sono, com as energias recalibradas, nos colocamos em contato com o mundo, para um novo encontro que requer preparo (físico e psicológico) para enfrentar todo tipo situação que possa surgir pela frente. E porque na verdade, é disso mesmo que a vida é feita – de (fortes) emoções.

Preparo para vivê-las é requisito básico de formação mas que nunca, jamais estaremos prontos, completos e formados pois enquanto encarnados, estaremos jogando o grande jogo da escola da vida. E é por isso que aceitamos este convite, para colocarmos nossos seres em prova, confrontar nossas almas e nos colocar em teste para seguir dentro da espiral da evolução.

Encarnar é um grande desafio que requer coragem e humildade. Sem estas duas bagagens não há individuo que passe com louvor nas provas que serão aplicadas no caminho
Coragem, pois muitas situações ela será essencial para não nos acovardar e sentirmos menos capazes. E a palavra coragem traz na sua origem o significado de coração. Portanto, ser corajoso é viver com o coração, e viver com coração é viver no amor.

No coração há a sabedoria da alma, aquilo que somos em essência.

Quem vive muito no plano mental acaba se perdendo diante do pensamentos egoicos, intelecto, das reações primitivas e de muitas ideologias, fundamentos e paradigmas.

Quem vive com o coração tem a chance de expandir, compreender e aplicar a sua força interior, agir com mais sabedoria nas diferentes situações da vida, motivados pela sua essência, o amor.

Um ato de coragem é um ato de amor.

Levar a humildade como escudo também se faz necessário pois sem ela nada se aprende. Um ser que vive na arrogância não é capaz de reconhecer um ensinamento, saber ouvir quando necessário e observar. O arrogante acha que já está pronto e não dá oportunidade para seu crescimento pessoal.

E mesmo diante dos embates mais emblemáticos da vida, a solução jamais será o de “ir embora”, até porque, ninguém vai embora de si mesmo, nós sempre nos levaremos junto seja pra onde for. Nós jamais escaparemos da eternidade. A solução será sempre o de ser um guerreiro.

Um guerreiro que caminha na trilha do coração é capaz de enfrentar o desconhecido, as batalhas mais perigosas, os riscos, carregando consigo a espada da sabedoria e o escudo da humildade.

A covardia não permite os ganhos e os louros das experiências, pois quem se acovarda já está morto. Estar vivo é encarar os combates com fé, confiança e coragem.
E a vida é assim mesmo, com seus dias de luta e seus dias de glória. Jamais pense que não é capaz, pois se você está aqui, nesta vestimenta humana, é porque sem dúvida em você existe todos os instrumentos e capacidades necessárias para esta vivência.

Acredite! A vida vai fazer você se mexer e o objetivo será sempre a sua evolução.

Por isso, abrace a vida com amor, e não permita se esquivar ou paralisar diante das dificuldades. Você pode sim ter dúvida, e elas fazem parte das escolhas, você pode também ter medo, pois elas auxiliam na sua proteção, mas não se permita paralisar diante disso.

Os combates são na verdade os presentes que a vida te deu para seu crescimento pessoal e espiritual. Aceite com amor.

Imagem de capa: Samet Guler/shutterstock

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