Não tem outro jeito, sinto muito se estou te desapontando. Sabe, é louvável tudo o que você tem conquistado, especialmente, nos quesitos maturidade e crescimento pessoal. Entretanto, você precisa, definitivamente, entender uma coisa: você precisa perdoar a pessoa que você foi no passado. Compreenda, de uma vez por todas, que ela não tinha a maturidade que você tem hoje. Não a julgue, não a condene. Tudo o que a sua versão do passado precisa e espera de você é compaixão e empatia.
Pare de olhar para o que passou com as lentes da crítica e do arrependimento. Entenda, isso não vai te ajudar em nada. Uma vez que você já identificou onde errou e o que não pode repetir mais em sua vida, o melhor a fazer é encher a alma de gratidão pelos aprendizados e tocar o seu barco. Não, não é fácil olhar para trás e ter a consciência de que foi feito de trouxa, isso causa revolta, dor, constrangimento, raiva e etc.
Indiscutivelmente, é horrível se dar conta de que zombaram e pisotearam as suas atitudes e intenções mais genuínas. Talvez você tinha reservado o que tinha de melhor para ofertar a alguém e recebeu de volta o pior dele. Mas, entenda, cada um oferece o que tem, e você ofertou o seu sagrado. Se não foi valorizado, a culpa não é sua. Não permita que essa experiência te transforme num eterno ressentido.
Olha a situação por um outro prisma. Você adquiriu muitos aprendizados através dos seus desacertos. Não, isso não é uma frase clichê, é fato. Os seus dissabores contribuíram para a construção da pessoa que você é hoje: mais seletiva, mais observadora, mais prudente e, acima de tudo, consciente da sua capacidade de superação. Tudo o que você precisa agora é fazer as pazes com o seu passado. Dê um desconto à sua versão anterior. Não é justo se crucificar pelos erros cometidos, você fez o que estava ao seu alcance, agiu conforme entendia que era certo.
Experimente uma nova forma de olhar para as suas experiências passadas, mude o prisma. Extraia o que teve de positivo. Se, por exemplo, você viveu um relacionamento infeliz e abusivo e saiu dele isso merece ser comemorado. Nem todos tem a mesma capacidade ou sorte de se livrar de algo tão nocivo. Você conquistou o direito de recomeçar e isso é o que mais importa agora. Evite se lamentar pelo tempo em que esteve aprisionado. Se você ficar focado na mágoa e no ressentimento, você não terá condições emocionais de se refazer. Oxigene a sua alma, perdoe-se pelos dissabores, ainda que você tenha permitido, entenda que você estava, de alguma forma, sem imunidade emocional. Hoje o contexto é outro. Perdoe-se pelas escolhas que te fizeram sofrer, isso é fundamental para que você caminhe em paz pela vida e atraia as pessoas e circunstâncias que você merece. Combinado?
Alguma vez se perguntou como consegue lidar com o stress de um prazo apertado de entrega de um trabalho, um período de exames, ou a doença de um familiar, mas depois fica doente quando o stress já passou?
Não é um acaso. Trata-se uma espécie de “efeito do relaxamento”, que leva as pessoas a desenvolverem um padrão de doença depois de o stress já se ter dissipado, ao invés de durante o período de maior stress, conforme explica o psicólogo Marc Schoen, professor assistente de Medicina na Universidade da Califórnia, Los Angeles, EUA.
Num estudo de 2014, investigadores da Albert Einstein College of Medicine, Nova Iorque, controlaram diariamente os sintomas e padrões de stress de pessoas que sofriam constantemente de enxaquecas, durante três meses. Os níveis de stress dos participantes não tiveram impacto nas enxaquecas, mas havia uma relação entre a diminuição do stress de uma noite para a outra e o aumento da enxaqueca nas 6 a 18 horas seguintes.
O efeito do relaxamento pode desencadear também sinais de asma, doenças autoimunes, problemas digestivos ede pele, explica Schoen.
“Stress emocional e stress físico têm a mesma resposta inflamatória, o que abre a porta para a doença. Depois do stress passar, há uma regulação do sistema imunitário (…) como uma reação para aliviar o stress”, acrescenta.
Gosto de você como gosto das estrelas do céu; sei que não são minhas, mas dão luz à minha vida e aos meus sonhos. Gosto além do apego porque você faz com que meu mundo pareça mais íntegro do seu lado, porque se encaixa em minhas esquinas, porque você desenha caminhos nos mapas que desejo transitar.
Isso é um amor sem apego. São relações onde não há dependências cegas, e onde cada um dos membros é capaz de respeitar espaços comuns e o desenvolvimento pessoal da pessoa amada, contribuindo com um enriquecimento cheio de reciprocidade.
O amor deve contribuir com alegria e dar a oportunidade de descobrir todos os dias o melhor de si mesmo. Se ele oferecer tristeza e sofrimento, e não queira tê-lo, é dependência. Se enche você de ciúmes, medos e obsessões desmedidas, é apego.
Em algumas ocasiões a palavra “apego” suscita um ou outro desencontro. Não podemos negar que gostar de alguém é desejar estar com essa pessoa a cada instante, é se preocupar, é desejar, é pensar a cada segundo nesse rosto, nessa voz, nessa essência que forma parte de nós.
O amor tem um pouco de obsessão, ao mesmo tempo que tem necessidade, é algo normal, em especial nas primeiras fases. Agora, falamos de apego em seu sentido mais íntegro quando de alguma forma, perdemos nossa própria identidade e nosso equilíbrio interior por essa pessoa.
Não deixamos espaços para possibilitar o crescimento e a liberdade pessoal de cada um. É aí que surgem as desconfianças e, inclusive, a necessidade de controle.
O apego emocional é um tipo de vício muito destrutivo
Relacionar o apego emocional com um vício não é ser exagerado. Pense nessas paixões cegas onde precisamos ter a pessoa amada a cada instante. Nos momentos em que não os temos do nosso lado, o mundo se derruba, desconfiamos e desenvolvemos uma necessidade de controlar o nosso parceiro. É um risco.
Desejar algo não é mau nem perigoso. O desejo dá emoção à vida, estabelece propósitos e prazeres. O risco se inicia quando o desejo se trasforma em necessidade. É então quando aparece o apego e a perda de controle sobre nós mesmos ao pensar que não podemos viver sem a outra pessoa.
É importante poder e saber viver sem a outra pessoa. Não podemos ser barcos à deriva quando não temos o ser querido ao nosso lado durante uns dias. Se houver confiança não há por que desenvolver esses medos desmedidos.
Devemos aprender a viver com nós mesmos e nos sentir plenos, seguros e felizes com o que somos para poder estabelecer uma relação de casal saudável e sem apegos negativos. Ame, mas não precise. Compartilhe, mas jamais dê tudo sem esperar nada em troca, nem sequer reconhecimento.
As pessoas precisam de um apego positivo na infância para criar um vínculo com nossos progenitores. Isso nos oferece segurança e a possibilidade de ir crescendo e nos sentindo amados e reconhecidos.
Passada essa fase, temos que construir nossa identidade, nossa personalidade e essa integridade onde nos sentir seguros com nós mesmos, com o que somos e conseguimos.
Se você se sentir bem, se vê a si mesmo como alguém seguro, feliz e com uma boa autoestima, será capaz de construir uma relação de casal estável e feliz.
Não precise de ninguém que preencha seus vazios, porque você não os tem. Não precise que ninguém alivie seus medos porque você não os tem. Não precise que ninguém alivie suas solidões porque você gosta delas.
Praticar o desapego ou evitar as relações codependientes
De nada nos serve o amor se o entendermos como sofrimento. Se o vemos habitado por essas sombras que nos mascaram com o medo de sermos abandonados, com o temor de sermos traídos ou do fato de depender de outra pessoa até o ponto de nos tornarmos marionetes sem identidade.
Não se dilua na outra pessoa, não faça algo pelo ser querido a um preço tão alto que você acabe se esvaindo, como um envoltório que acaba de perder sua alma. Vença seu vício ao apego, lute contra as relações codependentes.
Sabemos que essas idéias são fáceis de ler e compreender, mas isso não faz com que, mesmo sabendo, não caiamos em uma relação desse tipo. No amor ninguém tem o controle, mas se você cair em uma situação com estas características, é responsabilidade sua saber reagir quando perceber.
Será o momento de pôr em prática o desapego emocional para caminharmos mais livres, mais seguros. Mais sábios e capazes de amar com integridade e sem medos.
-Se permitirmos o crescimento pessoal do ser querido, vamos ajudá-lo a ser uma pessoa mais rica internamente e com mais nuances que, por sua vez, enriquecerão a própria relação.
-Devemos entender que praticar o desapego não é romper vínculos. Ao contrário, é nos respeitar e elogiar essa confiança cúmplice onde eu “deixo ser” porque “sei que sou amada”, porque amo e confio em quem me escolheu pelo que sou, e não por evitar sua própria solidão.
-O desapego não quer dizer que não se tenha direito de amar, de desejar ou de se iludir por uma pessoa com toda sua alma e seu coração. Trata-se simplesmente de que “nada possua você”. O que o possui impõe vetos, e quem impõe vetos é que não lhe permite ser você mesmo.
Muito se fala sobre como somos seres superiores aos animais “irracionais”. Você pode se achar muito evoluído quando assiste o seu cachorrinho perseguindo o próprio rabo, mas a realidade é que uma boa quantidade de estudos provam que as suas ações são tão motivadas por fatores biológicos quanto eram as dos selvagens que marretavam a cabeça das mulheres e as arrastavam pelos cabelos há milhares de anos.
Muitos desses estudos chegaram a conclusão que, dependendo da situação, você seria capaz de fazer coisas dignas de campo de um concentração nazista. Coisas como…
Você seria capaz de torturar pessoas por um “bem maior”
Se um pesquisador respeitado de Harvard te pedisse para aplicar perigosos choques elétricos em outras pessoas para provar uma teoria, você o faria? A maioria das pessoas responderia não, mas não foi isso que o experimento de Stanley Milgram demonstrou na prática em meados da década de 60.
XXX nunca significou nada de bom
Interessado no argumento de que muitos nazistas estavam apenas cumprindo ordens quando mataram milhares de pessoas, Milgram armou um grande teatro em que voluntários do experimento teriam que aplicar choques elétricos em outros voluntários se estes não respondessem algumas perguntas corretamente. No entanto, os voluntários que deveriam ser eletrocutados não eram voluntários coisa nenhuma, e sim atores, que, apesar de não receberem choque nenhum, foram instruídos a gritar de dor, pedir para que os voluntários parassem e se queixar de problemas cardíacos ao longo do experimento. Os torturados – isto é, os reais voluntários e objetos da pesquisa – foram posicionados em outra sala frente a uma grande máquina causadora de dor, com vários botões que indicavam choques de 30V a 450V (dose letal) e que possuía indicações como Choque Moderado, Choque Severo, Perigo e XXX.
A ideia era que, a cada resposta errada, o voluntário teria que aplicar choques cada vez mais potentes no ator que, livre e escondido em outra sala, choque após choque implorava para que o liberassem. Na sala da tortura estava presente o pesquisador responsável pelo estudo (também um ator) que, séria e calmamente, reafirmava aos voluntários que era extremamente importante ou essencial que eles continuassem o experimento até o fim. Apesar de claramente estressados, ansiosos e preocupados, 65% dos voluntários prosseguiram até o último e letal choque de 450V – mesmo quando o indivíduo que estava supostamente sendo eletrocutado ficou mudo e parou de responder às perguntas 3 choques antes.
O experimento de Milgram foi replicado muitas vezes depois disso e ficou conhecido como o Experimento da Obediência, por demonstrar os efeitos que uma figura de autoridade produz em todos nós. O fato de o dono do experimento ser um respeitado pesquisador de uma respeitada universidade (no caso, Yale) deu a confiança que os voluntários precisavam para prosseguir, pois, em seu raciocínio, estavam fazendo aquilo por um bem maior – a ciência. Mais assustador ainda, a presença da autoridade na sala reafirmando a necessidade de o voluntário prosseguir até o fim acabou também fazendo com que ele não sentisse que era inteiramente responsável pela dor que estava infligindo.
A ideia era que, a cada resposta errada, o voluntário teria que aplicar choques cada vez mais potentes no ator que, livre e escondido em outra sala, choque após choque, implorava para que o liberassem. Na sala da tortura estava presente o pesquisador responsável pelo estudo (também um ator) que, séria e calmamente, reafirmava aos voluntários que era extremamente importante ou essencial que eles continuassem o experimento até o fim. Apesar de claramente estressados, ansiosos e preocupados, 65% dos voluntários prosseguiram até o último e letal choque de 450V – mesmo quando o indivíduo que estava supostamente sendo eletrocutado ficou mudo e parou de responder as perguntas 3 choques antes.
O experimento de Milgram foi replicado muitas vezes depois disso e ficou conhecido como o Experimento da Obediência, por demonstrar os efeitos que uma figura de autoridade produz em todos nós. O fato de o dono do experimento ser um respeitado pesquisador de uma respeitada universidade (no caso, Yale) deu a confiança que os voluntários precisavam para prosseguir, pois, em seu raciocínio, estavam fazendo aquilo por um bem maior – a ciência. Mais assustador ainda, a presença da autoridade na sala reafirmando a necessidade de o voluntário prosseguir até o fim acabou também fazendo com que ele não sentisse que era inteiramente responsável pela dor que estava infligindo.
Você prefere estar errado com todo mundo a estar certo sozinho
Você se considera uma criatura bem informada, certo? É razoavelmente inteligente e confiante o suficiente para expressar suas próprias ideias e opiniões. Será mesmo? De acordo com o Experimento da Conformidade de Asch você é muito mais conformista às normas de um grupo do que imaginava. Nesse famoso experimento, o participante é informado de que vai participar de um teste de visão junto com outros quatro ou cinco voluntários. No teste, dois cartazes são mostrados: o cartaz 1 contém três linhas verticais de tamanhos diferentes, enquanto o cartaz 2 contém uma linha vertical idêntica a uma das linhas do cartaz 1. Os voluntários, então, devem responder em voz alta qual entre as três linhas do cartaz 1 é igual a linha do cartaz 2.
Mais uma vez, parte dos voluntários eram atores orientados a dar a mesma resposta errada. O que se observou foi que, quando todos davam a mesma resposta errada, mesmo atrapalhado e confuso, o participante preferia também seguir o resto do grupo dando a mesma resposta. Mais tarde, informados sobre o real objetivo do estudo e questionados sobre o porquê de terem respondido errado, alguns participantes responderam que sabiam que estavam errados, mas não queriam contrariar o grupo e enfrentar o ridículo; outros responderam que realmente acharam que o resto do grupo sabia mais que ele e respondeu o mesmo que os outros para não evidenciar a própria imbecilidade.
De qualquer forma, esse estudo prova a nossa necessidade de sermos aceitos pelo grupo a que pertencemos
e explica muitos comportamentos abomináveis que vemos por aí: pré-adolescentes quietos e taciturnos em casa viram macacos descontrolados e barulhentos quando juntos no cinema; torcedores de futebol tranquilos com a família tocam o terror com os colegas no metrô; e você, a imagem do bom senso, dança a macarena com a galera na festa de fim de ano da empresa.
Você deixaria de salvar uma pessoa em perigo
Sabe quando você está andando na avenida Paulista, cheia de gente em plena luz do dia, e pensa que nada de ruim pode acontecer?
Tá, nem sempre é o caso, mas você entendeu.
Pode parar de se sentir tão seguro, pois a ciência nos mostra que, na verdade, quanto mais pessoas estiverem na rua quando aquele Bob’s que você comeu no almoço resolver fazer o caminho inverso, menor as chances de alguém parar para te ajudar. O chamado Efeito Espectador é um fenômeno psicológico e social amplamente estudado que explica inúmeros casos de negligência por parte de observadores em situações em que alguém é alvo de extrema violência ou perigo. Por exemplo, quando uma bolsa é roubada no metrô na frente de todo mundo e ninguém faz nada.
São dois os motivos principais pelos quais as pessoas se tornam, de repente, “filhos da puta” com um pedaço de gelo no lugar do coração. O primeiro deles diz respeito à difusão da responsabilidade. Você olha para aquele mendigo definhando e pensa: oras, tem mais um monte de gente aqui. Eles deviam ajudar tanto quanto eu. Compartilhando a responsabilidade pela ajuda entre vários indivíduos, você não se sente tão pressionado a tomar uma atitude. O segundo e tão importante quanto é a sua necessidade de se comportar como o resto do grupo (lembra do Asch?). Basicamente, você deixa de tomar uma atitude porque as outras pessoas também não estão tomando nenhuma atitude e você não quer destoar. Isto significa que o comportamento de pessoas completamente estranhas a você está influenciando significativamente o seu comportamento. E você achando que a “pressão dos pares” só acontecia na escola ou em eventos do trabalho.
Você seria capaz de lembrar de algo que nunca viu para agradar alguém
Não se preocupe – você pode até ser capaz de torturar, mentir ou ignorar uma pessoa em perigo para fazer parte de um grupo, mas você tem certeza de que não mudaria sua memória para agradar alguém de propósito. O que acontece é que a memória é uma coisinha complicada. Ela muitas vezes se adapta às nossas próprias expectativas para parecer mais coerente ou fazer mais sentido. Como quando você se convence de que suas férias foram incríveis, mesmo tendo ficado com “piriri” a maior parte do tempo. Claro, as fotos e um bom filtro do Instagram ajudam bastante.
Infelizmente, isso acaba fazendo com que ela não seja muito exata. Foi isso que os pesquisadores Loftus e Palmer descobriram com o experimento do acidente de carro. Nesse experimento, um grupo de pessoas teve de assistir a um vídeo de um acidente de carro e depois responder a perguntas sobre esse acidente. Cada grupo de pessoas recebeu as mesmas perguntas, mas elas foram perguntadas de forma diferente. Enquanto alguns foram interrogados sobre a velocidade dos veículos quando eles colidiram um com o outro, outros foram interrogados sobre a velocidade do veículo quando eles encostaram um no outro; ou trombaram um
Moral da história: Inocente até que se prove o contrário.
com o outro; ou bateram um no outro, e assim por diante.
O que os pesquisadores descobriram é que as pessoas que receberam as perguntas com palavras que sugeriam uma batida de pouca intensidade (encostaram, por exemplo) responderam uma velocidade menor do que aqueles que foram interrogados com palavras que sugeriam uma batida mais grave (colidiram, no caso). Da mesma forma, a palavra colidir fez com que mais pessoas lembrassem de ter visto vidro quebrado no vídeo do acidente do que a palavra trombar (só para constar, o vídeo não mostrou vidro quebrado). Isso tudo indica que a sua lembrança de um acontecimento continua em construção após o ocorrido, conforme você agrega novas informações de outras fontes – seja de outra testemunha, seja pela fraseologia do seu interrogador.
Internacionalista, ex-Googler e fanática por ler e escrever textos bem-humorados. Optou por ser pobre e feliz na praia ao invés de rica e triste em São Paulo.
Para mais artigos da autora acesse seu blog Nó de Oito
Hoje, pela manhã, eu estava passando os olhos pelo Facebook, quando me deparei com uma postagem sobre biquínis para garotas gordinhas e gordas, publicada por uma revista feminina. Os modelos me chamaram a atenção mesmo não sendo adepta ao biquíni (desde criança, sempre preferi o maiô), e depois, por curiosidade, resolvi ler alguns comentários sobre a postagem, porque sei que manifestações preconceituosas sempre aparecem em comentários de posts e artigos relacionados a gordos (sempre, e isso não é uma generalização).
O preconceito em relação a gordos não nasceu hoje; ele é antigo. Convivo com tal presença há anos. Atravessei minha infância e adolescência ouvindo barbaridades por ser gorda. Tornei-me adulta e continuo a ouvir e ler barbaridades e sei que, quando me tornar uma anciã, ainda terei de conviver com os ecos de tanta ignorância e total (total, reitero) ausência de empatia em relação ao outro.
A obesidade tem origem multifatorial. Não se reduz simplesmente à ingestão excessiva de comida. Ninguém é obeso apenas por comer muito; há muito por trás da obesidade. Sedentarismo (quantas pessoas trabalham de seis a dez horas por dia, sentadas diante de um computador?), problemas metabólicos causados por desequilíbrios hormonais, compulsão (que está relacionada a questões psicológicas), e até a questões econômicas e sociais. Muitas vezes o indivíduo não ganha o suficiente para manter uma alimentação saudável e variada e acaba apelando para alimentos rápidos e baratos para sobreviver. Enfim, esses são apenas alguns fatores relacionados à obesidade. Alguns fatores, friso.
Enquanto você grita que não temos o direito de viver uma vida comum, nós estamos vivendo!
Paralelamente aos desafios cotidianos que todo gordo enfrenta (transporte público, mercado de trabalho muitas vezes excludente à imagem do obeso, a eterna briga com o peso etc.), ainda há a pressão social diária e a agressão gratuita, seja nas ruas, em casa, no ambiente de trabalho, ou até mesmo em comentários de postagens sobre biquínis para mulheres gordas, artigos sobre uma exposição de Botero ou sobre a vida sexual de pessoas obesas. Sempre, pode checar, há uma enxurrada de comentários grosseiros e agressivos sobre nós. Sim, nós, porque eu me incluo neste grupo.
O que me intriga diante dessas manifestações de ódio são os seus motivadores. O que faz uma pessoa agredir verbalmente outra na rua ou na internet por ser gorda? O que motiva o ódio dessas pessoas? O que elas estão tentando preservar? Do que elas têm medo?
Assim como a obesidade é uma questão de origem multifatorial, o preconceito certamente nasce de questões diversas. O problema, no entanto, é tentar entender de onde ele vem e para quem ele trabalha. Quem ganha com o preconceito aos gordos? Quem está lucrando com isso?
Vivemos em uma sociedade capitalista e somos bombardeados o tempo todo pelos mecanismos de estímulo ao consumo. Longe de querer reduzir o preconceito aos gordos apenas a isso, não posso deixar, no entanto, de imaginar como muitas pessoas estão sendo utilizadas por essa “máquina” como uma engrenagem, sem mesmo ter noção disso.
A indústria farmacêutica lucra com a obesidade (vendendo remédios, shakes e uma infinidade de produtos para emagrecimento). Clínicas estéticas lucram com a obesidade (com plásticas, lipoaspirações e outros procedimentos). Academias lucram com a obesidade. Revistas vendem receitas milagrosas para o emagrecimento. Há muitos setores que lucram com o combate à obesidade e que se encontram orquestrados para garantir o fluxo contínuo do lucro.
Usei o termo “orquestrados”, porque, por mais que esses setores pareçam desconectados, eles trabalham juntos para lucrar com o combate à obesidade. A mídia, inclusive, é um grande e importante fator nesta equação. Ela dita os padrões (somos bombardeados o tempo todo pelo padrão “magro” como o ideal a ser alcançado), que são assimilados por uma parcela considerável da sociedade, que não só reproduz tal padrão, como pressiona aquele que não se encaixa nele. E essa pressão ou se dá de forma mascarada por uma pseudopreocupação com a saúde alheia ou por meio de ataques grosseiros e diretos. Disse “pseudopreocupação com a saúde alheia”, porque duvido muito que a minha obesidade ou a de quem quer que seja atinja diretamente a vida de alguém.
Penso, então, que o preconceito ao gordo, que deve ter razões diversas, também bebe da nossa sociedade de consumo, que não só cria padrões, como usa esses padrões para continuar a lucrar. O preconceituoso, dessa forma, acaba sendo uma peça importante nessa engrenagem. Ele faz a pressão sobre o gordo acontecer, faz o gordo partir para dietas e remédios milagrosos, para intervenções cirúrgicas invasivas, para a punição e rejeição ao seu corpo. O preconceituoso, no entanto, muitas vezes nem sabe o quanto é manipulado nem identifica que é apenas um joguete. Ele acredita que aquilo que profere como discurso é fruto de sua “opinião”, mas nem consegue imaginar o quanto a sua “opinião” é construída e reiterada em seu imaginário por mecanismos silenciosos e eficientes. O preconceituoso é um indivíduo que se esqueceu de analisar o mundo criticamente, mas que ainda acredita no contrário.
Não saberei responder à pergunta que fiz a mim mesma em um dos parágrafos do texto. Não saberei responder quais seriam os motivadores do ódio às pessoas gordas, das agressões gratuitas, do grito de muitos de que não temos o direito a viver uma vida como todos. Apenas continuo a afirmar que, por mais que a sociedade nos aponte o caminho da homogeneização, tentando nos fazer acreditar que devemos obrigatoriamente e cegamente seguir padrões, temos que, individualmente, lutar pelo contrário: pelo respeito à diferença. E não só pelo respeito à diferença, mas sobretudo pela inclusão. Devemos lutar cada vez mais por uma sociedade inclusiva e não excludente, em que as diferenças não sejam atacadas, combatidas e violentadas, mas acolhidas em sua pluralidade. Portanto, meu corpo não é problema seu, mas o seu preconceito é problema nosso.
As boas pessoas não tiram férias nem têm horário de trabalho. Ninguém as recompensa pelo que fazem, nem elas desejam esta recompensa. São feitas de um material pouco usual, mas é desse modo que entendem a vida, e é assim como fala a elas o seu coração.
Entretanto, ser bom não é ser ingênuo. É ter valores próprios pelos quais lutar e que nos definem, mas no momento em que nos sentimos vulneráveis ou usados de forma egoísta, há algo por dentro que começa a se quebrar.
No momento em que as boas pessoas se deixam levar por uns e por outros sentindo a sombra do egoísmo em cada movimento, aparece a sombra da decepção. Então já não esperam nada, porque deixam de acreditar em si mesmas.
Na realidade, é algo mais complexo do que pensamos. Quando alguém faz as coisas por livre e espontânea vontade, é seu espírito quem o guia, é a espontaneidade e sua própria integridade. Mas quando outras pessoas vulneram esses princípios para chegar a um objetivo em busca de um benefício próprio, em lugar de culpar quem os manipulou, elas culpam elas mesmas. É o mais comum.
As boas pessoas ouvem que são ingênuas, que dão muito, que não sabem intuir as coisas, as pessoas…. E tudo isso, todos estes comentários negativos, vão minando pouco a pouco a autoestima de um modo perigoso.
As boas pessoas e seus castelos
Quando percebemos a invasão dos outros em nossos espaços pessoais, costumamos criar estratégias para nos protegermos. E mais ainda, responsabilizamos os outros por esta ofensa. Mas no caso das boas pessoas, isso nem sempre acontece desse modo.
Devemos ter claro que todos nós precisamos ter um espaço de controle, um limite pessoal depois do qual é obrigatório elevar nossos muros para não ficarmos vulneráveis. Para se convencer ainda mais sobre isso, é importante ter em conta esses simples aspectos:
Estabelecer limites não vai afastá-lo dos outros
As boas pessoas têm todo o direito de dizer “chega” sem que sejam chamadas de egoístas. Sabemos que quem as rodeia está mais do que acostumado a que sempre digam sim, a que estejam disponíveis com um sorriso.
Estabelecer limites vai ajudar você a conhecer a si mesmo e aos outros. Você deve saber até onde quer chegar, e a partir daí, devem se ajustar também os demais.
No momento em que estes limites estiverem claros, as relações serão mais saudáveis.
Isso o ajudará a ter um melhor conhecimento de si mesmo/a.
Mesmo o amor precisa de limites
Se alguém pensava o contrário, está enganado. Não há contexto mais necessário no qual marcar limites claros do que nas relações afetivas, familiares ou de amizade. Em realidade, não haverá forma mais afetuosa e de companheirismo do que poder dizer com tranquilidade um “não” sem nos preocuparmos com medo de que a outra pessoa se sinta ofendida ou contrariada por isso.
Dizer “eu gosto de você” não irá se traduzir jamais em “estou disposto a fazer o que você me pedir no momento em que você desejar.”
Gostar de alguém, seja esse alguém seu par, um amigo ou até um familiar, é poder atuar com liberdade de acordo com nossos princípios, sabendo que vamos ser respeitados a todo momento.
Dizer “chega” nunca o fará ser má pessoa
Antes de convencer os outros, você deve se convencer a si mesmo. É necessário poder dizer “chega”, e dizê-lo em voz alta com convicção, sem nos envergonharmos por isso nem nos sentirmos mal. Pense que se dia após dia, você ceder em tudo aquilo que lhe pedem, o que acaba acontecendo, na verdade, é que estão roubando sua energia, a autoestima, e, por sua vez… vão convertê-lo em alguém que você não é.
Chegará um momento em que, quando desejar ajudar alguém de verdade, isso vai se tornar impossível. Você não terá forças, nem ânimo, e pior ainda, já não acreditará em você.
A importância de traçar uma linha imaginária entre você e os outros
Criar limites ao seu redornão é como criar, da noite para o dia, uma linha de castigopara os outros, onde você fica isolado e protegido ao mesmo tempo. É exatamente o contrário…
Traçar limites não é levantar muros. Visualize-o como uma linha de luz, como uma linha de energia que você traça ao redor do seu corpo, onde suas energias, suas emoções e seus valores ficam protegidos.
Tudo isso vai oferecer a você a segurança de estar agindo com integridade para construir autênticas relações positivas. Desse modo, quem de verdade gosta de você vai compreender, porque as boas pessoas, apesar de não quererem nada em troca, precisam de reciprocidade e de respeito.
Imagens cortesia de Karen Jones Lee, Miranda Klark, Art Graphic Swit
Na atual fase na qual vivemos no país percebo, com alegria, as pessoas se posicionando contra ou a favor do que vem acontecendo na esfera política. Muitos no calor do momento acabam se exaltando e expressam com palavras não tão bonitas, não tão delicadas, não tão ponderadas o que pensam.
Existem os que se incomodam com essa forma de se expressar, que dizem que não é ajuizada, mas para mim essa exaltação, tão própria nossa, de rir e chorar alto, é uma explanação sincera e plausível de quem sente com o coração e se indigna.
Podemos definir como indignação um sentimento de cólera diante do que nos parece injusto. Logo, em um momento em que a justiça é colocada em pauta é bastante plausível que nos indignemos com o que não nos parece correto.
A mim estranho seria se hoje ao acordar, encontrássemos os meios de comunicação mudos e as pessoas silenciosas. A mim essa forma de comportamento seria sim deveras assustadora. E pensando nisso me lembrei do livro “O Doador de Memórias”, uma bela distopia, escrito pela autora Lois Lowry em 1993 e que recentemente virou filme.
Resumidamente neste livro, e em sua adaptação cinematográfica, todos vivem em uma sociedade hipoteticamente perfeita. Contudo não há emoções – silenciadas por comprimidos – nesse mundo imaculado. Não há lembranças, não há vontade própria, nem escolhas nele. Não há contato físico e sexual, todos seguem a mesma regra e a cada ano todos fazem até mesmo aniversário no mesmo dia. Ninguém sente ódio ou paixão e tudo é monocromático por lá. Não que as cores não existam, mas é que as pessoas foram condicionadas a não as verem.
Nessa sociedade vive o protagonista, Jonas. Um menino de 12 anos que no dia de seu aniversário recebe uma designação especial e diferente, nesse dia ele é escolhido pelo governo, que se mostra como absoluto em suas decisões, como um receptor de memórias e de sentimentos. Jonas então começa a perceber, ao conhecer o passado e tudo que lhe foi escondido, que a sociedade e a vida não são perfeitas, mas que há uma beleza sem fim nessa imperfeição. Nesse ponto as cores começam a voltar ao seu mundo.
Essa distopia é encantadora, pois nos mostra que questionamentos, não importa em que tom, levam a mudanças de comportamentos. Aceitar o andar da carruagem e não indagar, não se indignar, não se exaltar é algo não humano, é algo que se alonga para além da nossa natureza.
Somos de carne e osso e ansiamos poder escolher e explanar sobre nossas escolhas. É da nossa natureza nos indignar com aquilo que subverte, que chama para a briga, que nos salta aos olhos.
Há os que dizem por aí que o correto é opinar apenas quando os pareceres forem irrevogáveis. Quando o martelo for batido. Mas o sentir não deixa para depois o que cutuca no agora. Então os ânimos se exaltam e o silêncio morre.
E para mim existe muita vida e riqueza nesse não silêncio e desde que, mesmo com os ânimos exaltados, as opiniões, por mais contrárias que sejam, possam ser explanadas, debatidas, digeridas ou cuspidas, todo parecer se mostra precioso.
Cada palavra que se explana e se indigna é um ponto de tinta que se borrifa na tela da vida. É a vida se fazendo em múltiplas cores e não só com uma.
Então que corram soltos nossos pareceres e indignações. Que nós possamos gozar da liberdade de sentir e falar o que pensamos, pois quando o correto for calar, quando os olhos não enxergarem mais cores, não serão mais nossas as decisões e as escolhas.
É não sentir vergonha ou medo de se declarar. É decidir que aquela pessoa merece os sentimentos e pensamentos que você carrega. É muito mais do que trocar o status e publicar várias fotos de momentos a dois. Namorar é uma escolha que não implica em perdas.
Namorar é saber navegar pelos defeitos do outro. É sobre entender que ninguém é perfeito e que vocês podem ficar muito bem juntos se souberem admirar as qualidades que cada um emana. Porque não importa o tanto de tempo que passe, sempre haverá alguma coisa diferente para ser descoberta da pessoa com quem você está. Namorar é ter empatia pela história do outro.
Namorar é saber respeitar espaços e não criar caso com isso. É dedicar carinhos, mas também ouvidos. É ter paciência e preocupação com a felicidade de quem você escolheu para trilhar uma jornada. Porque ninguém nasceu obrigado a ficar com ninguém, mas quando você se permitiu abrir um lado da sua vida para alguém, você escolheu fazer o possível para que ela seja bem-vinda. Namorar é um laço que não foi feito para machucar.
Namorar é estar em paz consigo. É estar com disposição de querer construir um mundo compartilhado. Sem egos, sem prisões e, principalmente, sem proibições. Porque quem realmente quer passar uma vida inteira ao lado de alguém, não mente, não inveja e nem sabota o outro. Namorar é ter um sentimento genuíno de satisfação em ver quem você se importa conquistar sonhos.
Namorar é ter parceria nas loucuras. É somar sorrisos nos dias difíceis. É não desistir de dar o melhor para o outro. Porque se namorar é o resultado de que é impossível ser feliz sozinho, então que sejam feitos os devidos arranjos no coração. Namorar é amor sem peso.
Namorar é escolher morar no outro. É amor e lar. É um dia de cada vez até o próximo dia.
Nos últimos anos estamos vendo uma importante transformação dos costumes de consumo elétrico nos lares das pessoas. É algo em grande processo de mudança. Esta mudando a concepção que as pessoas têm que as lâmpadas pequenas e as fluorescentes mais comuns são superiores do que as de LED, tão em moda atualmente. Este novo paradigma foi criado devido a normalização e da banalização do uso em muito âmbitos já que vem demonstrando que, ao serem lâmpadas mais caras que as convencionais, apresentam várias vantagens que as fazem ser muito competitivas em qualidade e preço. A primeira vantagem está na durabilidade, já que as lâmpadas de Led podem chegar a durar o dobro do tempo do que as fluorescentes tradicionais. Por outro lado temos a vantagem de que as luzes deste tipo acendem de forma automática, ou seja, não temos que esperar alguns segundos para que o centro da lâmpada se aqueça e assim haja um luz mais forte.
Ainda podemos somar as essas vantagens que este tipo de lâmpada não possuem tanta resistência para ligar e apagar. Essas vantagens estão sendo aproveitadas pelos fabricantes de diferentes produtos de iluminação que vão desde lâmpadas até produtos de decoração para casa e eventos, para criar produtos que se iluminem durante mais de meio dia sem a necessidade de estarem conectados a alguma corrente eléctrica.
Todas essas vantagens são possíveis devido ao sistema interno criado para que quando os polos opostos entrem em contato e façam luz sem a necessidade de estarem conectados a corrente. Neste sistema estão baseados os produtos de decoração para festas e eventos que também utilizam a tecnologia Led. São exemplos significativos cubos de gelo Led que iluminam as festa neon tão recorrentes hoje em dia. De uma maneira similar funcionam, por exemplo, os produtos ou balões LED. A única diferença neste caso é que não se pode desativar e a fonte de luz se esgotará em 24 horas.
O sistema Led funciona em origem de uma maneira similar que as lâmpadas e sistemas de iluminação mais tradicionais. A ideias é que chegue corrente através do choque dos polo já que seja por fricção, por o uso de pilhas ou pela eletricidade. Em qualquer caso, e sem entrar em técnicas muito específicas, o que podemos observar é que ultimamente este sistema de iluminação vem se adaptando em torno do mais moderno e contemporâneo do que as lâmpadas tradicionais que estão presas em nossos tetos. E mais, a febre dos produtos de LED é tão grande que até estão sendo adaptados para utilizar-los em produtos de decoração como as conhecidas lâmpadas de mesa em forma de gota com bombona de LED ou Lâmpadas de letras feitas com um sistema Led que se iluminam ao apertar o interrruptor para ativar a corrente ou as pilhas no seu interior.
Este tipo de iluminação também tem sido adaptada em temas infantis como, por exemplo, luminárias para quarto de bebês. Isto porque entre todas as funções já mencionadas anteriormente, outra grande vantagem deste tipo de sistema de iluminação é que permite que criamos diferentes cores mas as luzes produzidas. O que o torna mais atrativo, ainda mais para as crianças.
Antes de ler esse texto, recomendo que coloque sua música favorita e relaxe. As doses de realidade aqui apresentadas serão fortes e podem mudar a sua vida para sempre.
Sejamos realistas: nem todo mundo vale a pena. Essa é a grande verdade. Nem todo mundo vale uma noite de sábado, o tempo gasto de uma ligação ou uma roupa nova. Em contrapartida, há aqueles que valem os 600km percorridos pra encontrá-lo, a música tirada no violão dedicada a ela e o Everest que você escala (e olha que não estou exagerando). O grande segredo da vida está em saber discernir entre um relacionamento em potencial e um fracasso que você insiste em chamar de amor.
Cazuza dizia isso “Tem coisa que eu deixo passar. Não vale a pena. Tem gente que não vale a dor de cabeça. Tem coisa que não vale uma gastrite nervosa. Entende isso? Não vale. Não vale dor alguma, sacrifício algum”.
Não sei se me fiz clara até aqui, mas o ponto ao qual pretendo chegar é que nós, com tanta liberdade e conhecimento, estamos permitindo que o coração tome as rédeas das nossas vidas e nos faça escravos de suas decisões. E isso é tão assustador quanto ridículo!
Talvez pela sociedade ou por pura carência, mas a verdade é que nos sujeitamos a relacionamentos abusivos, destruidores e perigosos. Eduardo Galenao, no livro “As veias abertas da América Latina”, escreveu que ““Vivemos em plena cultura da aparência: o contrato de casamento importa mais que o amor, o funeral mais que o morto, as roupas mais do que o corpo e a missa mais do que Deus.”
Antes de nos relacionarmos, deveríamos fazer alguns questionamentos que nos poupariam tempo e dor de cabeça: “o que nos faz querer tanto alguém?”, “na relação: há reciprocidade, respeito, sentimento?”, “ele (a) me assume?”, “eu o assumo?”, “há futuro nessa relação?”. O que parece ridículo ao ler hoje, pode ser a salvação de anos de sofrimento amanhã.
Raramente defeitos graves de personalidade e problemas no relacionamento são resolvidos, racionalmente, em meio à relação e os motivos são simples: ambos estão frágeis, cansados e feridos. Por isso, é tão importante saber discernir, antes, entre quem vale ou não a pena.
Adquirir inteligência emocional antes de se envolver é uma obrigação e não uma dádiva. É preciso entender que nem todo charme é falta de interesse, nem toda mensagem visualizada e não respondida falta de tempo e nem toda desculpa do estilo: “o problema não é você, sou eu”, é verdadeira.
Seja sábio, pese as coisas e veja quem, realmente, vale a pena ter na vida. Diferente do que te ensinaram, não são os leões os animais mais perigosos aos homens, são as borboletas no estômago.
Não deixe que usem a liberdade de que você desfruta para dizerem que você é promíscuo. Não leve em conta quem usa o bom humor que você irradia para falar que você é imaturo. Não dê ouvidos a quem julga o amor próprio que você vive como egoísmo. Não permita que usem a autenticidade que faz parte de sua essência para afirmarem que você é louco.
Há muitas pessoas maldosas, por aí, infelizes e insatisfeitas consigo mesmas, incapazes de olharem para si e se responsabilizarem pela parte que lhes cabe na miséria emocional em que se encontram. Pelo contrário, culpam a todos e a tudo lá de fora pelas tempestades que caem sobre suas cabeças e que elas próprias criaram. Portanto, não permita que distorçam o que você tem de melhor, pois é esse golpe baixo que costumam usar para se sentirem melhor.
Não leve em conta quem usa o bom humor que você irradia para falar que você é imaturo. Existem pessoas que não conseguem ser felizes, não veem graça na vida, uma vez que são insatisfeitas com aquilo que enxergam no espelho. Assim, tentarão, a todo custo, neutralizar qualquer traço de felicidade por onde andarem. Não suportarão a felicidade alheia, simplesmente porque não sorriem nunca com verdade.
Não deixe que usem a liberdade de que você desfruta para dizerem que você é promíscuo. Muita gente não consegue ser amada porque não sabe como ofertar amor. E quem não tem amor dentro de si jamais será capaz de atrair esse sentimento para sua vida. Não acreditam em nada que seja recoberto de afeto sincero e não suportam ver ninguém experenciar o amor, não aceitando pessoas livres para se relacionarem com quem bem entenderem, pelo tempo que for, da forma que convier.
Não dê ouvidos a quem julga o amor próprio que você vive como egoísmo. Tem gente que aceita qualquer coisa, qualquer um, pois não se valoriza o suficiente para selecionar o tipo de amizade, de amor, de trabalho que aceita pelo que merece. Muitas pessoas não conseguem ser recíprocas, só querem receber e receber, sem ao menos demonstrarem um mínimo de gratidão. Irão cobrar cada vez mais, porque de dentro delas nada sai nem nunca sairá.
Não permita que usem a autenticidade que faz parte de sua essência para afirmarem que você é louco. Há pessoas que vivem uma vida comedida, sufocadas pelos próprios medos, pois temem abrir os portões da zona de conforto com que se acostumaram, embora não se sintam bem. Não conseguirão aceitar quem ousa, quem se lança, quem vai além daquilo que é convencionalmente estabelecido.
Não, você não é imaturo, promíscuo, egoísta, nem louco. Você apenas vive de acordo com a dimensão de sua essência ilimitada. Você somente respira com tranquilidade e dorme com a consciência leve, pois não se permite sobreviver penosamente através de atuações teatrais, de sorrisos forçados, de amores pela metade. Você só é gente de verdade e isso nunca ninguém conseguirá tirar de dentro de seu coração.
Toda a atenção se faz necessária quando estamos atravessando momentos difíceis. Isso porque, quando estamos fragilizados, ficamos vulneráveis e o nosso discernimento pode ficar comprometido. Nesse contexto podemos ser vítimas daquelas pessoas que não se importam conosco ou que nos desejam mal. A porta de entrada pode ser uma curiosidade disfarçada de interesse.
Isso mesmo, algumas pessoas nunca se interessam pelo nosso bem estar, entretanto, são tão dissimuladas que podem nos convencer do contrário, dependendo da situação. São verdadeiros mestres na arte de se passarem por “bons samaritanos”, quando, na verdade, estão apenas buscando uma forma de acessar a intimidade do outro para colher todas as informações possíveis e depois expor aquela vida.
Todo o cuidado é pouco sobre com quem falar a respeito dos nossos problemas. O que não falta é curiosidade disfarçada de ombro amigo ou lobo em pele de cordeiro. Sei bem da importância do desabafo, é maravilhoso ter com quem dividir as nossas dores, sei também que sofrer calado pode piorar, e muito, a situação de alguém. Entretanto, vale lembrar que, as consequências de expor os nossos problemas às pessoas erradas poderão ser muito mais graves do que as de sofrermos calados.
Quando estiver atribulado e sentir vontade de falar com alguém sobre isso, ou alguém perceber que você está abatido e se aproximar tentando investigar a respeito, não seja impulsivo(a), pense bem se vale a pena expor algo tão delicado. É preciso avaliar o grau de intimidade que você tem com essa pessoa, é preciso considerar se essa pessoa tem a devida maturidade para lidar com o sua questão. Se ficou em dúvida, não se exponha.
Às vezes o melhor a fazer é silenciar-se, fazer uma prece e focar na resolução do seu problema. Se é para buscar ajuda, busque-a em quem possa te oferecer algum recurso, pois falar apenas para desabafar poderá ser desastroso e as consequências, irreversíveis. Precisamos entender que nem tudo o que sofremos precisa chegar aos ouvidos alheios, isso é prudência, é zelo com a nossa privacidade. Precisamos treinar o nosso discernimento nos momentos de angústia, caso contrário, teremos que lidar com os nossos problemas e as consequências da exposição indevida deles.
Nossas aflições e dores precisam, no mínimo, da empatia do ouvinte que escolhemos compartilhar e, convenhamos, nos dias atuais, esse atributo tornou-se artigo raro. Felizmente, a capacidade de se colocar no lugar do outro ainda não foi extinta, entretanto, faz-se necessário um olhar microscópico para encontrar alguém que ainda possua tal capacidade. Como, sabiamente, diz o provérbio popular: “prudência e água benta não fazem mal a ninguém”.
Uma crise pode atingir os casais inesperadamente e abalar mesmo o mais sólido dos relacionamentos. Não importa o quão apaixonado você está por seu amado, a dúvida pode fluir em sua mente, obscurecendo a sua visão do que seja um par perfeito. Então, como você sabe realmente se esta relação é ideal para você? Aqui estão algumas maneiras de descobrir:
1. Apoio moral
Quando seus amigos e familiares querem ver você e seu parceiro juntos, é um bom sinal. Às vezes uma perspectiva externa é necessária para ver coisas que você está muito perto e emocionalmente investido para apreciar ou ver claramente. Não baseie o valor de seu relacionamento na opinião dos outros, mas ouça as vozes de quem você ama e respeita.
2. Brigas justas
Quando uma briga acontece é uma “briga limpa”. Seus argumentos convergem para a resolução das questões e problemas, enquanto ainda se apreciam e cuidam dos sentimentos e necessidades um do outro.
3. Problemas novos
Suas discussões são sempre novas discussões. As questões do passado foram enterradas e não voltam para puxar sua perna. Velhos ressentimentos não são reavivados em novas discussões, e a sujeira velha não vem à tona nas novas conversações.
4. Esforço conjunto
Vocês dois estão dispostos a trabalhar para o bem da relação. Vocês entram em ação sem perder o ritmo e trabalham em um problema até que esteja resolvido. Sem hesitações.
5. Crescem juntos
Você e seu parceiro estão evoluindo juntos – emocional, mental e espiritualmente. Crescer juntos é fácil e um curso natural de seu relacionamento.
6. A maior mudança
Você está naturalmente mudando para melhor, porque você é mais feliz por ser quem é neste novo caminho. Não porque ele lhe pediu para mudar, e certamente não é para segurá-lo. Talvez você nunca quisesse ter filhos antes e agora você não pode esperar para ser um pai/mãe com seu parceiro. Ou talvez ele sempre precisou de espaço, e agora longe de você sente-se incompleto.
7. Parceiros de vida
Você não vê a si mesmo ou a sua vida sem ele. E você sabe que ele se sente da mesma forma.
8. A palavra amor
A palavra “Amor” sai da boca sem esforço. Você não pode imaginar ficar sem dizê-la; iria doer muito. Você quer dizer e quer que lhe traga alegria. E é o mesmo para ele.
9. Conexão espiritual
Há alguma coisa cósmica que puxa vocês dois para perto novamente quando se afastam. É inexplicável. Mas é assim. E é sempre em direção ao melhor para ambos.
10. O amor é cego
Você não vê outra pessoa como um potencial parceiro, e você não está interessado em construir qualquer tipo de ligação amorosa com outros. Ninguém é tão incrível quanto o parceiro que você tem. A atração física por outra pessoa pode surgir e surpreendê-lo, mas o desejo de intimidade emocional ou conexão não se desenvolve.
Saber que você está exatamente onde deve estar pode ser difícil em meio a tudo isso. A percepção pode vir após uma perda e se você é do tipo que não sabe o que tem até que perca, mantenha os olhos abertos e veja as bênçãos que você tem em seu amor. Deixe esta lista incentivá-lo a continuar e manter a fé quando a estrada fica áspera e o céu cinza. Você pode construir um belo lar para si e sua família quando você aprecia a tudo e a todos dentro dele.
Quem nunca sonhou em ser arrebatado de uma situação embaraçosa ou sufocante, um emprego que violenta os ideais legítimos da alma, uma relação que transformou a alegria e o desejo em lembranças distantes?
Quem de nós poderá dizer que jamais teve o ímpeto de sair correndo, qual um “Forrest Gump” que subverteu o destino que lhe cabia como um garoto qualquer, definido como alguém que possui inteligência fora da média e se transformou num homem sensível, ingênuo e com uma incrível propensão para estar nos lugares certos na hora certa. Quem de nós, nunca alimentou o desejo secreto de tal um “Forrest”, tornar-se ídolo de uma nação inteira por salvar um pelotão completo de homens em meio à guerra sangrenta e injusta?
Assim como “Forrest”, temos nossas idas e vindas em momentos cruciais, de nossa própria história e, também, de histórias alheias, as quais tocamos com maior ou menor intensidade, intencionalidade, delicadeza ou violência. Somos todos meio perdidos à espera de alguém que nos organize, nos acalente, nos tranquilize em colos de amor incondicional ou nos faça despertar para uma força já nossa, mas que sequer suspeitávamos existir.
Existimos e somos constituídos pelas inevitáveis invasões de território dos nossos semelhantes e dos nossos absolutamente diferentes. Somos ovo, lagarta, pupa e borboleta. Mas, não exatamente nessa ordem perfeita que vive contida na metamorfose de seres cuja vida é tão mais breve (e leve), do que a nossa.
Perseguimos coisas cuja utilidade não é nada clara pra nós; abandonamos a infância cedo demais; passamos pela adolescência qual raios carregados de uma energia violenta, ruidosa e explosiva; chegamos à fase adulta como viajantes perplexos que embarcaram numa nave desconhecida, escolheram um destino e foram aportados num lugar qualquer… Diferente, estranho, assustador! Não era aí, afinal, que esperávamos chegar. Tínhamos sonhos, éramos audaciosos e atrevidos. Não sabemos o que fazer com essas superfícies polidas, essas linhas retas, essa vida previsível. Olhamos ao redor e o que vemos nos assusta. Somos tão iguais. Somos tão diferentes.
Estamos à nossa própria sorte, percorrendo labirintos de vontades que deixamos para trás; sentados sobre pilhas de certezas que não nos respondem nada; cercados de muros que nos protegem do que está lá fora, mas não nos ajuda em nada a tentar descobrir o que nos vai por dentro.
Então… Quem sabe um dia desses, ao abrir nossos olhos pela manhã, sejamos surpreendidos por uma brincadeira amorosa do destino: teremos recuperado a habilidade de ver o que víamos quando ainda não havíamos feito a passagem para o lado de cá. Somos crianças outra vez! Nosso medo é volátil, passa no calor de um colo amoroso. Não temos certeza de nada. Somos cheios de perguntas. Estamos vivos!
E, com essa segunda chance palpitando em nosso peito feito um bichinho selvagem que não conhece nem as grades, nem as gaiolas… Teremos a coragem de viver uma vida diferente. Uma vida cuja grandeza afetiva, fará cada segundo valer à pena; cuja libertação da alma, transformará cada passo no começo de um caminho novo, que inclui o outro e exclui a arrogância. Assim, descobriremos que em nosso coração, tenso e fechado em concha, havíamos guardado um bilhetinho amassado e gasto; um bilhetinho que escrevemos com a caligrafia incerta e redonda de criança. Nele, a libertação: ARRUMA A MALA, FUGIMOS HOJE Á NOITE! A criança que fomos veio resgatar o adulto que já estamos cansados de ser. Que sejamos fortes, atrevidos e libertos para aproveitar a viagem!