Às vezes, desconectar é ter paz

Às vezes, desconectar é ter paz

Sabe, a gente deveria aprender a se importar menos com certas coisas, dar menos pano pra manga para assuntos sem relevância, não dar corda para aquilo que beira ao precipício emocional.

A necessidade de querer estar sempre certo e provar isso, muitas vezes faz da vida um caos, um embate desnecessário, uma total perda de tempo.

É tão melhor desconectar de algo que não agrada do que bater de frente com a teimosia. É mais fácil assim, a gente se poupa de discussões tolas e segue a vida mais leve, solta, com a cabeça mais tranquila, tendo a oportunidade de criar … mente “pré-ocupada” toma espaço e não permite o fluir das ideias.

Uma mente ocupada com futilidade não se coloca em paz. Além disso, a saúde do corpo começa na mente, ter essa consciência ajuda a prolongar a vida.

Por isso penso que, em determinadas situações, é melhor se retirar, fingir que não entendeu, “sair à francesa” do que brigar para ter razão. Há situações que não precisam ser vencidas, as provações são apenas para si, por isso é bom não se perder nas ilusões.

Trocar pensamentos de baixa frequência por pensamentos elevados é transformador, requer prática, um exercício de vigiar a mente e de se colocar em paz. Perdoar e seguir a vida também traz vitalidade, mas isso é assunto para um outro artigo.

Dito isso, é importante destacar ainda que na vida, haverão determinadas situações que valerão sim a nossa atenção. Há certas vivências que são colocadas em nosso caminho para que possamos aprender, nos curar e evoluir, agindo com coragem e amor, pois aquilo que não é curado e resolvido em dado momento retornará a nossa vida até que tenhamos aprendido a lição.

Nesse sentido, é importante reconhecer as próprias batalhas e escolher bem os combates,para que assim seja possível fazer da vida uma rica e incrível jornada.

Discernir o que é importante e manter uma mente saudável é somar tempo à vida. Cuide-se.

Imagem de capa:  Billion Photos/shutterstock

A experiência do amor, mesmo quando não dá certo, é transformadora

A experiência do amor, mesmo quando não dá certo, é transformadora

Ontem conversamos e achei que sua voz carregava uma tristeza rara, que há tempos eu não via. Você tentou despistar, me convencer por alguns instantes que tudo estava bem, mas por trás da aparente calmaria pude reconhecer lapsos de agonia. Isso me fez lembrar a frase de Jostein Gaarder: “O fato de o mar estar calmo na superfície, não significa que algo não esteja acontecendo nas profundezas”. Então respeitei seu tempo, e mais tarde você confirmou: a vida estava lhe pesando mesmo.

Sabe quando a gente é criança e tenta fazer o movimento de subida numa escada rolante que está descendo? Nem sempre vencemos o desafio, a escada não dá trégua e é mais forte e mais rápida do que nós, e de vez em quando temos que nos render e simplesmente deixar que ela nos conduza para o lado que quer.

É isso que eu queria dizer para você hoje: às vezes a vida é mais forte que a gente. E embora eu acredite em milagres, em recomeços e superações, também aprendi que entrar no ritmo da vida é sinal de sabedoria. Pois nem tudo está ao nosso alcance no momento. Nem tudo podemos prever ou controlar. O que podemos fazer é tentar enxergar o que a vida está tentando nos ensinar. Porque isso é certo também: a vida ensina por meios tortos, e enquanto a gente não aprende, a dor se repete.

A gente pode amar muito uma pessoa, fazer planos de uma vida inteira ao lado dela, prometer que estará junto nos melhores e piores momentos, fazer pactos, sonhar que irá envelhecer lado a lado… mas nada disso é suficiente se a outra pessoa não quiser. Nada disso se concretizará se a outra pessoa não se comprometer. E a única coisa que você pode fazer é reconciliar-se com o adulto que você se tornou. A pessoa que, por forças que não dependiam de sua vontade, não teve suas promessas cumpridas. Como eu já disse: jamais se culpe por aquilo que não dependia somente de você.

 

O lado bom é que a experiência do amor, mesmo quando não dá certo, é transformadora. Você nunca mais será o mesmo após ter amado muito alguém. A experiência da dor também ensina. Por isso não há que se falar em arrependimentos. Não há espaço para arrependimento se você entender que tudo contribuiu para o seu crescimento e fortalecimento. Tudo foi permitido por Deus, e se hoje você é uma porcelana colada e remendada, isso o torna mais rico e amadurecido também. Às vezes você tem que fazer a coisa errada para aprender a certa.

Com o tempo e alguns tombos, me tornei uma pessoa mais intuitiva. E a cada dia tento dar mais ouvidos à minha voz interior. Porque a gente se confunde muito. Nos misturamos ao barulho de fora e perdemos a conexão com o fio invisível que carrega a maioria das respostas. Nos agitamos na superfície, vivemos ansiosos, queremos controlar aqueles que amamos, escolhemos mal, sofremos por antecipação e somos pegos de surpresa porque não damos ouvidos à nossa intuição. Talvez seja hora de recuperar esse poder escondido, fazendo perguntas e escavando no fundo de nossa alma os caminhos possíveis. Só assim entraremos no ritmo da vida e entenderemos a maioria dos acontecimentos. Pois enfim descobriremos que as histórias já haviam sido contadas dentro da gente, a gente já sabia o final, a gente já conhecia a maioria das perdas e ganhos, só que a gente escolheu viver aquilo que convinha; aquilo que, mesmo machucando, valia a pena viver…

Imagem de capa: SunCity / Shutterstock

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Acontece que a lagarta transformou-se em borboleta.

Acontece que a lagarta transformou-se em borboleta.

Moço, sinto muito em desapontá-lo, mas meu coração está fechado para balanço. Não, não se trata de amargura ou ressentimento, a questão é outra. Sabe, se fosse há pouco tempo, muito provavelmente, você teria chances comigo, eu seria capaz de te namorar mesmo sem empolgação, só para me livrar da sua insistência. Calma, não julgue a minha versão passada, você não conhece a minha história, tampouco o que me ensinaram sobre o que era amor. Aliás, quer saber? Pensando bem, julgue-me como você bem entender, isso não faz nenhuma diferença para mim.

Sei que a frase é bem clichê, mas vou lhe dizer: o problema sou eu, e não você. Eu passei por uma grande metamorfose, deixei de ser lagarta que rasteja e virei borboleta que voa, encanta e seduz, mas pousa onde ela quiser. Dos tempos de lagarta, não traga nenhuma saudade, apenas sólidos aprendizados. Não perca o seu tempo tentando me convencer de que você é diferente e que vale pena, a questão aqui não é essa. Eu, pela primeira vez, estou inteira e plena, curtindo cada nuance da minha nova versão. Não foi fácil chegar até aqui e superar o que superei. Se fosse possível visualizarmos a alma como visualizamos a pele, você ficaria chocado com a quantidade de cicatrizes que trago.

Entretanto, as cicatrizes que marcam minha alma, tornaram-se minhas tatuagens sagradas. Elas são indolores, apenas me sinalizam o quão guerreira eu fui e sou. Eu as vejo como adornos que enfeitam a minha essência. Você há de convir que nem todo enfeite é bonito aos olhos de todos, contudo, ele possui um significado especial e subjetivo para o dono.

Não fique chateado comigo, não estou te esnobando, você parece ser um rapaz muito bacana, mas, definitivamente, não há espaço para ninguém em meu coração, ao menos por agora. É que demorei tanto tempo para entender que é possível, sim, ser feliz solteira! Eu estou em lua de mel com essa compreensão tão recente. Na minha fase lagarta, eu acreditava que uma mulher precisava de um homem ao lado para ter seu valor confirmado. É que me ensinaram, desde criança, que uma mulher sem um companheiro é como um “cachorro sem dono”. Você faz ideia dos relacionamentos que acabei atraindo ao longo da minha vida em função dessa crença?

Na antiga “faculdade” onde me ensinaram sobre os relacionamentos amorosos, cursei uma disciplina que, dentre outras teorias, afirmava que “se está ruim com um homem, pior será sem ele”. E, eu, como uma aluna muito aplicada, levava essa disciplina muito à sério. Então, qualquer migalha de afeto e respeito tava bom. Acontece que o tempo passou e resolvi cursar outra “faculdade”, nela aprendi novos conceitos com os quais me identifico plenamente, e o principal é que o amor e o sofrimento não são sinônimos. O Lulu Santos canta: “eu me recuso a admitir que amar é sofrer”, eu também me recuso. Aprendi também que afeto é para transbordar e não para ser servido a conta gotas. Então, estou agora assimilando esse aprendizado, quero cristalizá-los em mim, para nunca mais esquecer.

Ainda estou me familiarizando com esses conceitos da nova “faculdade”, eles estão ganhando consistência na minha compreensão, então, preciso protegê-los para que eles não se dissolvam e eu acabe por esquecê-los. Enquanto isso, vou me apaixonando a cada dia por mim. Descobri tanta beleza em mim, tanta poesia, tanto encanto, tanto poder, tanta força e tanta doçura. E decidi: só vou permitir em minha vida, um homem que me veja assim também. Não quero mais homens com alma analfabeta. Eu ainda terei alguém que consiga ler as poesias que trago em cada silêncio e em cada gargalhada.

Ah, que bom que você me compreendeu…sejamos amigos. Vai valer a pena!

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Desejos de Simplicidade

Desejos de Simplicidade

Hoje é dia de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, e de repente muitas lembranças de minha infância vieram à tona junto com a música “Romaria”, de Renato Teixeira. A música é comovente e nos remete às nossas origens, à lembrança dos avós na varanda esperando a procissão, ao cheiro de incenso, às velas acesas na copa, à simplicidade daqueles que nos ensinaram a rezar e um tributo à fé dos peregrinos e de todos nós, que em um momento ou outro, nos curvamos com humildade esperando uma resposta ou milagre diante dos mistérios da vida.

De repente me vi com desejos de simplicidade. Carente de tudo que me lembra tardes chuvosas, passeio de bicicleta por ruas de paralelepípedos, café em canecas de ágata descascadas pelo tempo e fé de cidade pequena proclamada pelos sinos da igreja. Neste momento não preciso de nada além das paredes caiadas da casa de minha avó, da lembrança de seu tanque de cimento próximo à roseira, dos trocados que ela guardava na lata de biscoitos, do ranger das tábuas no chão sob meus pés.

As memórias de família enriquecem nosso repertório de significados, valores, fé e tradições. E nos acolhem naqueles momentos de dúvida, falta de sentido diante das inconstâncias da vida e descrença no futuro. Quem tem histórias de afeto ao redor de uma mesa simples, alegrias miúdas contadas através de causos de família, fé aprendida e praticada na intimidade, e melodia de tempos felizes numa voz antiga não se entristece à toa.

A vida é cheia de fases. Há momentos de buscar a novidade, de evoluir e aprimorar, de buscar uma certa elegância e requinte. E há momentos de resgatar o que é simples, descobrindo, como disse Leonardo da Vinci, que “a simplicidade é o último grau de sofisticação”.

É preciso não perder o encanto das coisas simples. Conseguir entender de poesia ao observar o tracejado das veias nas mãos finas do pai, decifrar delicadezas na marcha de pés descalços do filho, sensibilizar-se com o cheiro de simplicidade que só um bom refogado de cebola e alho traz, não se distrair dos sons de uma casa cheia de histórias, e correr o risco de chorar um pouquinho ao se lembrar dos quintais e ruas da infância.

Nas minhas horas de solidão quero agradecer tudo o que tive e me trouxe até aqui. Tudo que me apazigua a alma e traz consciência de que minha história ainda é linda e coerente, pois dela fez parte meu avô molhando o pão no leite, minha avó cantando enquanto esfregava roupas no tanque, minha mãe rezando em nossa cama à noite, meu pai me ensinando ciências, minha tia mandando a gente raspar o prato sem dar um pio. Não quero lamentar o que eu poderia ter tido e não tive, pois embaixo dos telhados de minha existência conheci e vivi tudo o que amei e ainda me sustenta: vestígios de uma vida jardineira, semeadora de contradições e buscadora de simplicidade…

Imagem de capa:  Cultura Motion/shutterstock

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Não há nada mais deselegante que a mentira.

Não há nada mais deselegante que a mentira.

Como é feio mentir…

Não há nada mais deselegante que a mentira.

Ela é traidora, corrompida, descarada, prepotente e ainda se acha a espertalhona.

Mentir para quem a se ama então é mais triste ainda, pois há tacitamente um contrato de respeito e lealdade, onde qualquer mentira sobrepõe ao que é verdadeiro e bonito entre pessoas que se amam.

Mentir para escapar de um flagra, mentir para omitir, mentir para enganar, mentir para não se aborrecer, mentir para permanecer…

De fato, a mentira carrega inúmeras justificativas, e só quem mente sabe o quanto deve se justificar, não para o outro, mas para si mesmo, pois quem mente, não vive na verdade, vive na ilusão, na fantasia, no egoísmo, no medo.

Quem mente deve carregar uma consciência extra, pois o fardo de uma única consciência deve pesar tanto que não caberia numa só.

Quem mente, vive na densidade, e assim não consegue ter uma vida leve, solta e feliz.

Pior que ser a pessoa enganada é o mentiroso, pois cedo ou tarde, tudo cai à luz da verdade, e o que tava no escuro será iluminado para ser esclarecido.

Quem não sabe mentir direito tem consigo coração puro, já quem entende do assunto é bom se avaliar.

Mentira não tem pé nem cabeça, é bicho estranho, sem coração, sem respeito que prega peça e acha que está tudo bem.

Não deveria haver dia para celebrar tal impostura.

Mentira só traz prejuízo. É preferível viver a dor de uma verdade que acreditar numa boba mentira.

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Não precisa ser meloso, só precisa ser amor verdadeiro

Não precisa ser meloso, só precisa ser amor verdadeiro

Caso a alma ali não fique enquanto há presença, o que restará será vazio e solidão acompanhada. E isso é muito pior do que estar sem ninguém.

A verdade contida em qualquer relacionamento depende muito mais das atitudes e da confiança em que se baseia do que de palavras que o vento pode levar. Da mesma forma, a qualidade do tempo gasto junto com o outro independe de sua durabilidade, mas tem a ver com a intensidade dos sentimentos que se acolhem, nem que por alguns instantes.

Existem casais que vivem grudados, mas estão sempre se digladiando, ou seja, pouco aproveitam os momentos em que deveriam estar compartilhando o melhor de cada um. Por outro lado, há casais que dispõem de pouco tempo para passarem juntos, no entanto, quando se veem, transformam cada segundo em imensidões de partilha afetiva, de troca sincera e de amor compartilhado.

O mesmo se dá em relação às amizades, pois algumas pessoas sempre serão próximas, mesmo que fiquem distantes por muito tempo. Todos nós temos alguém que, por mais que fique sem nos ver, quando nos encontra, parece que nunca esteve fora. Ainda que os anos nos afastem dos amigos, existirão aqueles que nunca sairão de nossas vidas, que poderemos manter dentro de nós para sempre, porque os reencontros serão mágicos e especiais.

Não precisa ser pegajoso, nem meloso, tampouco demorado, mas precisa ser verdadeiro, intenso, com amor e entrega. E entregar-se não significa, de forma alguma, passar vinte e quatro horas junto, mesmo porque podemos nos sentir sozinhos, ainda que com a pessoa ali do lado. Caso a alma ali não fique enquanto há presença, o que restará será vazio e solidão acompanhada. E isso é muito pior do que estar sem ninguém.

Trata-se daquela velha história: a qualidade dos encontros, e não a sua quantidade, é que determinará o quanto as pessoas se importam realmente conosco. Porque a gente sente quando existe verdade e reciprocidade numa relação, a gente sabe muito bem quem vem para acrescentar e quem vem para tão somente sugar. Por isso é que sempre existirão pessoas que deveremos manter por perto, mesmo que distantes. É assim que o nosso coração vibra, a cada reencontro, a cada lembrança.

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Pessoas que gostam de criticar – Flávio Gikovate

Pessoas que gostam de criticar – Flávio Gikovate

Sempre me surpreendo quando ouço alguém dizer que é pessoa muito sincera e que, por isso, fala tudo aquilo que pensa a respeito das outras. Penso que algumas criaturas sinceras costumam falar mais livremente de si mesmas e de suas mazelas: com os outros é bom agir com cautela!

Falar tudo o que pensa acerca de outra pessoa sem ter sido consultado é, no mínimo, deselegante. Na maior parte dos casos, é agressivo. É curioso observar que as pessoas ditas sinceras, que se sentem à vontade para falar das outras, raramente dizem palavras elogiosas a elas.

Criticar e falar mal dos outros não é sinal de boa autoestima; falar bem de si mesmo também não o é. Delicadeza e discrição são bons sinais. Muitas são as vezes em que as críticas, mesmo quando verdadeiras, são uma forma sutil de manifestação invejosa daquele que está falando mal.

Só deveríamos falar algo a respeito do outro se formos insistentemente solicitados: e convém verificar se ele está mesmo pronto para ouvir!

Para mais informações sobre Flávio Gikovate

Site: www.flaviogikovate.com.br
Facebook: www.facebook.com/FGikovate
Twitter: www.twitter.com/flavio_gikovate
Livros: www.gikovatelojavirtual.com.br

Imagem de capa: Reprodução

Por que não explicar tudo para a criança pequena?

Por que não explicar tudo para a criança pequena?

Por Pilar Tetilla Manzano Borba

O ser humano leva 21 anos para adquirir maior consciência das coisas. Esse tempo é o tempo que o sistema nervoso central leva para mielinizar todas suas células nervosas, isto é, deixa-las maduras. Essa bainha de mielina é a responsável pelas conexões nervosas (sinapses) entre os neurônios.

Nos primeiros anos de vida, até a troca dos dentes, por volta dos seis anos, a mielinização para a aprendizagem está sendo formada. A consciência da criança está ainda num estado de sono nesta etapa da infância, ou seja, ela não tem consciência das coisas como nós adultos já a temos. Por isso que a criança é criança e depende de nós para tudo. Ela não tem discernimento, crítica e julgamento ainda sobre as coisas da vida.

Ter consciência significa fazer as sinapses entre os neurônios. Nas sinapses há um dispêndio de energia muito grande. Por isso que quando prestamos atenção em algo ou quando usamos por demais nossos órgãos dos sentidos nos sentimos cansados. À noite necessitamos dormir para repor essa energia gasta durante o dia de vigília, de atenção a tudo.

Em antroposofia costumamos dizer que nos sete primeiros anos o corpo da vida ( vital, ou etérico) da criança está sendo plasmado, formado. Seus órgãos ao nascer não estavam de todo amadurecidos e para que esse amadurecimento ocorra é necessário ter energia, vitalidade. Lembre-se sempre que consciência é gasto de energia, é queima de substância cerebral.

O cérebro também é um órgão e ele é a base para o pensamento. Se a criança até três anos está formando cérebro para pensar como é que ela pode usá-lo pensando? Não se cozinha feijão numa panela que ainda está sendo feita! Como a criança ainda não tem a coordenação fina pronta porque lhe dar um lápis, uma agulha? Se ela ainda não se administra nos perigos porque lhe dar a tesoura, a faca?

Outros órgãos como o fígado, pulmões, coração, rins, estão amadurecendo também e quando exigimos da criança que aprenda algo com a cabecinha, ou entenda as coisas como nós queremos que ela entenda, estamos fazendo com que ela use essas forças formativas que estão plasmando os órgãos para a compreensão e o entendimento e aí nós as DESVITALIZAMOS e promovemos uma má formação dos órgãos PARA O RESTO DE SUAS VIDAS!

Já está provado pela ciência que o avanço da doença ALZHEIMER é também decorrente de uma exigência precoce do sistema neurosensorial na infância. Rudolf Steiner cita muitas vezes esse fator em seus livros. Por isso que a Pedagogia Waldorf, por estar baseada numa ciência antroposófica, preocupada em formar seres humanos saudáveis, verdadeiros e livres, é totalmente contra a alfabetização precoce. Essa pedagogia prima por excelência pela saúde física, emocional, mental e espiritual da criança e do adolescente principalmente no período de seu desenvolvimento.

Hoje, com essa mania de escolarização precoce, as crianças de um modo geral estão muito doentes: depressão, dores de barriga, dores de cabeça, pedra nos rins, pneumonia, cansadas, entediadas, tristes apáticas… O que estamos fazendo com nossas crianças?

As crianças aprendem pelo movimento e pela repetição. Se quiser que ela atenda uma ordem faça o que quer que ela faça: coma você com a boca fechada se quer que assim o aprenda; fale você mais baixo; feche a porta você sem bater; escove você os dentes com a torneira fechada; seja você carinhoso com ela, e assim por diante. Na infância as crianças aprendem pela IMITAÇÃO do que você faz e não pela palavra, pelo sermão. Mas, é óbvio que precisamos conversar com ela para que aprender a falar; mas devemos saber o que falar e o que não falar.

Deixe que a criança descubra o mundo por si mesma, vivenciando-o; experimentando-o; incorporando-o e, sobretudo, aprendendo ao vivo e não através da mídia. Promova-lhes as oportunidades. Quanto mais a criança descobrir por si através do movimento, do equilíbrio e dos seus órgãos dos sentidos, mais ela fará conexões nervosas e quanto mais sinapses ele tiver feito na infância por ela mesma mais espaço no cérebro ela terá para a aprendizagem posterior cognitiva.

Fonte Indicada Pedagogia Waldorf Joinville

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“Somos todos filhos das estrelas”, afirma Carl Sagan

“Somos todos filhos das estrelas”, afirma Carl Sagan

Em 1980, o astrônomo Carl Sagan narrou uma série televisiva de 13 episódios na qual explicou muitos temas relacionados com a ciência, como a história da Terra, a evolução, e a origem da vida e do sistema solar.

Uma declaração desse astrônomo mexeu com o público. Segundo ele, algumas partes do nosso ser mostram de onde viemos. Ele dizia que “nós somos feitos de matéria estelar”. Com isso, ele resumiu o fato de que os átomos de carbono, nitrogênio e oxigênio em nossos corpos, assim como os átomos de todos os outros elementos pesados, foram criados em gerações anteriores de estrelas há mais de 4,5 bilhões de anos.

Como todos os seres humanos e os outros animais – assim como a maioria da matéria na Terra – contêm esses elementos, sim, nós somos literalmente feitos de matéria estelar. Todo o carbono que contém matéria orgânica foi produzido originalmente nas estrelas.
No começo, o universo era feito de hidrogênio e hélio. O carbono foi feito posteriormente, durante bilhões de anos.

Quando se esgotava o suprimento de hidrogênio de uma estrela, ela morria em uma explosão violenta, chamada de nova. A explosão de uma estrela massiva, chamada supernova, pode ser bilhões de vezes mais brilhante que o sol. Essa explosão estelar lança uma grande nuvem de poeira e gás para o espaço.

Uma supernova atinge seu brilho máximo alguns dias depois de ter explodido. Nesse momento, ela pode ofuscar uma galáxia inteira de estrelas. Em seguida, ela brilha intensamente por diversas semanas antes de desaparecer gradualmente de vista.

O material da supernova, eventualmente, se dispersa por todo o espaço interestelar. As estrelas mais velhas são quase exclusivamente constituídas de hidrogênio e hélio. Posteriormente, outras estrelas mandaram oxigênio e outros elementos pesados ao universo.

Assim, segundo os astrônomos, toda a vida na Terra e os átomos em nossos corpos foram criados do resto de estrelas, agora mortas há muito tempo. Elas produzem elementos pesados, e mais tarde ejetam gases para o meio estelar para que eles possam fazer parte de outras estrelas e planetas – e pessoas.

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Conheça os sintomas anormais de ansiedade que você não pode ignorar

Conheça os sintomas anormais de ansiedade que você não pode ignorar

Por Fernanda Ferraz

Você tem notado que está mais ansiosa que o normal? A ansiedade torna-se um distúrbio, quando lhe atrapalha em seus afazeres do cotidiano, e quando ocorre em momentos ou situações em que não deveria acontecer. Os distúrbios de ansiedade são um dos distúrbios psiquiátricos mais comuns e presentes em uma boa parte da população.

O que é a ansiedade?

A ansiedade é um acontecimento ou sintoma de proteção ao ser humano, age como atuante para manter a mente alerta e pronta para um acontecimento, proporciona o estímulo para o indivíduo preparar-se de maneira adequada, como em momentos de um encontro, uma prova ou uma nova experiência, como uma seleção de emprego.

A ansiedade pode surgir de várias formas, pode surgir como alerta de pânico, gradualmente ou inesperadamente, com uma notícia ou nova informação. A ansiedade pode persistir e permanecer mesmo quando algo já aconteceu, como a morte de um parente próximo.

Pode durar minutos, semanas, meses ou anos, ela pode ser leve ou grave.

A ansiedade normal

Esse tipo de ansiedade é encontrado em situações difíceis, que testam nossos limites a respostas rápidas, apresenta sintomas físicos como:

– Dor de barriga.
– Sudorese.
– Inquietação.
– Palpitações.
– Aperto no peito.
– Dores de cabeça.

A ansiedade anormal

Conhecida também como ansiedade patológica, ocorre e deixa o indivíduo paralisado diante da informação ou experiência; atrapalha completamente a iniciativa de resolver a questão; impede que a pessoa se prepare diante da situação e traz prejuízos emocionais e talvez até psicológicos; passa uma sensação de incapacidade.

Principais distúrbios

Ataque do pânico – São pavores de muitas coisas, como de morte eminente, perda de controle das emoções. O ataque começa e vai crescendo de modo acelerado, a pessoa tem o desejo de fugir ou lutar. O ataque do pânico pode desaparecer na mesma hora em que o objeto de seu medo ou pavor sumir da sua frente ou pode levar à exaustão nervosa.
Transtorno obsessivo compulsivo (TOC) – São obsessões de pensamentos, ideias, sentimentos, impulsos, o mais comum é quando há compulsão por limpeza extrema.
Agorafobia – Medo de ambientes abertos ou de lugares fechados, medo de multidão, filas, trem, de se distanciar de casa, avião, qualquer lugar que dificulte ou dê a falsa impressão de que não vai poder ser socorrido, é uma extensão do ataque do pânico.
Fobia social – É o medo de comer, falar, escrever, beber, qualquer situação que o exponha publicamente e que lhe traga inquietação e vergonha de parecer ridículo.
Fobia generalizada – É a preocupação exagerada, ocorrida praticamente todos os dias sobre quase tudo que envolve esse indivíduo e que dura mais de 6 meses, os sintomas são:
– Fadiga.
– Irritabilidade.
– Falta de concentração.
– Dificuldades para respirar.
– Tensão muscular.
– Insônia ou sono de má qualidade.

Tratamentos

Para o distúrbio de ansiedade, os tratamentos podem ser feitos com medicação, como antidepressivos ou benzodiazepínicos ou também com psicoterapia comportamental.

Doenças que podem causar ansiedade

– Distúrbios cardiovasculares (insuficiência cardíaca, arritmias).
– Infecções cerebrais.
– Distúrbios endócrinos (hiperatividade das glândulas tireoide ou suprarrenal).
– Distúrbios respiratórios (asma, doença obstrutiva crônica do pulmão).
– Drogas que podem causar ansiedade. O distúrbio de ansiedade, também, pode ocorrer por uso prolongado de drogas legais ou ilegais, como:

– Cafeína.
– Álcool.
– Cocaína, maconha, entre outras drogas.
– Medicamentos controlados.
Referência: Fobia Social, Dr. Antonio Egidio Nardi.

Fonte indicada: Família

Imagem de capa: makler0008/shutterstock

Os falsos humildes são muito mais destrutivos que os prepotentes descarados

Os falsos humildes são muito mais destrutivos que os prepotentes descarados

Por traz de um pobre coitado que vive propagando sua “pobrecoitadeza” tem sempre um pobre coitado mesmo; nem espere qualquer outra coisa dessa pessoa. Além de não ter condições orgânicas e emocionais de se revelar de outra forma, ela também não tem interesse nisso. Fazer-se de vítima pode já ter se transformado numa deformação de caráter e num meio de vida.

Essa pessoa conquistou um buraco particular só para ela, com vista exclusiva para o seu próprio umbigo encardido. E se você não ficar esperto, vai acabar nesse mesmo lugarzinho esquecido e podre, na companhia indigesta desse contumaz manipulador.

Sim! Porque manipulador que se preza, não mostra o jogo nem que sua vida dependa disso. Manipulador que se preza pode, inclusive, viver cortejando a morte, colocando sua própria segurança em risco, só para atrair à sua pobre pessoa olhares de afeto e comoção. Manipulador que se preza, mente de forma compulsiva, a ponto de acabar acreditando na própria mentira. Manipulador que se preza, vai corroendo tudo ao seu redor; e se você fizer a bobagem de cair da conversa dele, pode terminar emaranhado numa complexa trama de jogo baseado na tortura emocional do “morde e assopra”.

A má notícia é que livrar-se de um manipulador é tarefa para os fortes; poderia fazer parte do enredo de filmes como “Missão Impossível”, sem nenhum risco de fazer feio. Livrar-se de um manipulador, principalmente aqueles que se fazem de humildes, vai levar você por labirintos emocionais, com direito a efeitos especiais, capazes de fazer inveja à mais assustadora série de suspense do Netflix.

O falso humilde é aquele tipo de pessoa que soa a fraude, tem cara de fraude, age como fraude e pensa de forma fraudulenta. E tudo isso por um simples motivo: ele é uma completa e indiscutível farsa ambulante. Tudo nele é planejado para provocar nos mais afetivos uma lenta e crescente empatia. Todos os seus passos são cuidadosamente arquitetados para fazer o outro acreditar que ele vive mergulhado numa vida trágica e sofrida; mas que apesar disso – a despeito de tudo conspirar contra ele -, ele é um presente na sua vida, porque é a mais dedicada, competente e resolutiva das pessoas.

Cair numa armadilha dessas é fácil demais; sobretudo no caso daqueles, cuja personalidade desarmada faz seu nobre possuidor ter um coração empático, amoroso e pronto para acolher até a mais sombria das criaturas. No entanto, sair dessa armadilha vai exigir dessa alma bondosa que a sua natural empatia seja desativada temporariamente, que a sua capacidade de amar ganhe travas de proteção e que seus braços aprendam que esse lugar sagrado só merece ser ocupado por alguém que seja gente de verdade, não por esses articulados e premeditados sugadores de talentos e amores alheios.

Imagem de capa: Antonio Guillem/shutterstock

Saudade de quando as coisas eram mais simples

Saudade de quando as coisas eram mais simples

Saudade de quando as coisas eram mais simples e não vivíamos sufocados por tantas complicações. Ou era a gente que não complicava tanto as coisas?

A vida seguia num ritmo bem mais lento, sem tanta cobrança, com menos movimento. E nós fazíamos um tempo pra ficar na varanda, só pra assistir o vento balançar os galhos das plantas que amorosamente colocávamos lá.

A gente sentia prazer em colocar água na chaleira e observá-la ferver; e depois apreciar o cheiro do café que subia de dentro da caneca esmaltada, enquanto esfriava sem ser sacudido. Nesse meio tempo, traçávamos planos menos ambiciosos que os de agora. Não tínhamos tanto desejo de subjugar o mundo; no máximo pensávamos em algumas melhoras.

E na frente das casas, com menos muros e poucas grades, podíamos sentar nos bancos e conversar. Ou nas praças, ou das janelas. A conversa não era debate e não ficava revirando os desconfortos de ninguém.

Fazer um pão, um bordado, jogar cartas e esperar o tempo de cada coisa acontecer. Fazer bem o que se sabia, sem se preocupar com as coisas que não se fazia bem era o segredo dessa vida pacata.

E quando a saudade vinha, a gente pegava a caneta e com prazer escrevia uma carta àquele alguém. Sem pressa. Com tempo para escolher com apreço as palavras noticiadoras. E esperava-a ir, como se tivesse asa, e chegar ao seu destino. Naquele tempo sabíamos que há um momento certo para tudo acontecer. E compreendíamos esse fato.

Andávamos de braços dados. Nossos pertences não eram tão cobiçados. Nem a beleza era tão exigente. Também não gastávamos tanto nosso tempo com notícias dos outros, nem nos comparávamos tanto.

Ficou a saudade dos sabores, dos sons mais calmos e dos amores que tínhamos. Amor pelo sossego, pela calma, pela charmosa harmonia.

Tínhamos tempo pra deitar na rede, pra ocupar as cadeiras ao redor da mesa, e pra encher a sala com conversas agradáveis e histórias biográficas. Tínhamos tempo para nos encontrar. E nos pertencíamos mais.

A urgência não nos apressava tanto. A paz era vista todos os dias, enquanto acenava sua bandeira branca em frente ao nosso portão.
Hoje os tempos não são mais tão calmos. As semanas correm velozes e o giro rápido às vezes nos entontece. A família, outrora reunida, agora luta com dificuldade para juntar seus pedaços. Ela já não sabe o que foi feito com o afeto que deveria fazer-lhe companhia.

Poucos, nesses dias de hoje, conseguem viver satisfeitos. Não basta mais ser, nem existir. E a premente necessidade de estar no topo faz novas vítimas a cada amanhecer.

Desaprendemos a viver. Desnecessariamente gastamos nossa vida com coisas complicadas, e por vezes sem sentido, simplesmente porque não sabemos onde as coisas simples foram parar.

Imagem de capa: Tanja Tatic/shutterstock

Pare de sofrer por quem já está feliz longe de você

Pare de sofrer por quem já está feliz longe de você

 

Perdemos tempo demais sofrendo por quem não merece. Infelizmente, a gente não consegue mandar direito no coração nem no sofrimento, embora lutemos para parar de sofrer, para tirar certas pessoas de dentro de nós. É difícil, muito difícil atravessar a ressaca afetiva, mas, mesmo assim, não podemos nos demorar além da conta na tristeza, pois há muita coisa boa nos esperando lá fora.

E parece que tudo fica ainda mais difícil, quando vemos nosso ex-amor por aí, sorrindo, como se estivesse bem melhor ali longe de nós, enquanto ainda sofremos sua ausência. A gente não quer, de início, ver o outro melhor, mais feliz, a gente quer que ele sofra como nós. Mesmo que, a alguns, ver a felicidade do ex possa dar força para sair da tristeza, muitas pessoas ficam ainda mais inconformadas com essa situação.

Na verdade, toda e qualquer separação nos deixa fragilizados e vulneráveis, minando a nossa autoestima, fazendo com que nos sintamos a pior das criaturas. Achamos que não vamos voltar a respirar direito, que não conseguiremos ser felizes novamente, que ninguém mais nos amará, que a vida nunca mais terá sentido longe de quem tanto amamos. Não adianta, é inevitável passar por isso, no entanto, teremos que retirar forças de onde pudermos, para conseguirmos recobrar alguma clareza de pensamento.

Nesses momentos, deveremos fazer um esforço imenso, no sentido de analisar o porquê de o outro estar bem e nós não. Não somos menos do que ninguém, não somos piores do que ninguém, portanto, se o outro passa bem, ali a uma grande distância de nossas vidas, obviamente também poderemos passar muito bem sem ele. Mesmo que pareça um pensamento por demais simplista, é assim que conseguimos retomar as rédeas de nossas vidas, para que possamos voltar a acreditar em tudo o que carregamos dentro de nós.

Afinal, por que achamos que não vamos sobreviver sem aquela pessoa que já vive feliz longe de nós? É preciso parar de chorar por leite derramado, por água que passou e foi amarga. Existe um monte de dias bem à nossa frente, repletos de novas pessoas, novos momentos, novas oportunidades.

Supere quem já te superou quando fingia estar junto com você. Vai, vai ser feliz e nem olhe para trás; olhe lá na frente, o sol nascendo junto com a esperança. Vai já. Vai agora, nesse momento mesmo, que o depois demora muito!

Imagem de capa: Aleshyn_Andrei/shutterstock

Sobre essa limitação: ela é real ou alguém te fez acreditar nela?

Sobre essa limitação: ela é real ou alguém te fez  acreditar nela?

Caro(a) leitor(a), você, por algum momento, já pensou na possibilidade de estar vivendo completamente desconectado(a) da sua essência? Calma, não desista de ler o texto por imaginar que eu esteja delirando. Vou te explicar direitinho. Confie em mim. Eu quero dizer o seguinte: é possível que as limitações que você tenha, ou imagina que tenha, sejam oriundas das limitações de outras pessoas que, por alguma razão, transferiram a você.

Sabe, existem pessoas que não se contentam em ter a percepção míope, elas fazem questão de embaçar a visão daqueles que cruzam o caminho delas também. Obviamente, refiro-me aqui às pessoas que são influenciadas negativamente por estarem num momento de vulnerabilidade. As crianças, os adolescentes, as pessoas adoecidas emocionalmente e aquelas que não possuem a devida imunidade que as capacitem a discernir o que deve ou não levar em consideração vindo de outras pessoas. Sabe, acredito que todos nós vivenciamos fases, ao longo da vida, em que ficamos totalmente desprovidos de “anticorpos” emocionais. E, são em momentos assim que nos tornamos presas fáceis para as mais variadas influências nocivas.

Defendo que nem sempre as pessoas que cortaram as nossas asas o fizeram por maldade. Pode ser que algumas tenham feito isso acreditando estar nos protegendo. Sim, alguém que tem medo de sonhar jamais vai encorajar o outro a lutar por alguma coisa, e não significa que essa pessoa esteja agindo por mal.

Entretanto, existem pessoas que puxam o freio de mão das outras por pura maldade mesmo. São pessoas perversas que têm consciência do poder de persuasão que elas possuem sobre alguém e aniquilam os sonhos dele. As pessoas frustradas sentem muito prazer em desanimar as outras, e sentem-se profundamente incomodadas ao perceberem alguém motivado com algo.

Existem uma infinidade de pessoas que teriam tudo para se destacar em algo, no entanto, sentem-se acorrentadas por palavras de descréditos que ouviram lá na infância. São pessoas que tiveram a infelicidade de conviver, ou ter tido contato com algum(as) pessoa(as) opressoras. Quantos já foram zombados ao expressarem um sonho? Você deve conhecer alguém, ou talvez você mesmo tenha sentido isso na pele. Aqueles que possuem imunidade suficiente para não se contaminam com a peçonha alheia, entretanto, nem todos possuem esse escudo psicológico e emocional.

Acontece de assumirmos limitações que não são nossas, elas nos foram entregues por outras pessoas. De tanto ouvirem “você não pode”, “isso não é para você”, “você não dá conta”, “você é burro” etc. muitas pessoas desistem dos próprios sonhos, aptidões, habilidades e projetos. Elas acabam transformando todas essas “sentenças” que ouvem em crenças cristalizadas e acabam por se comportarem de modo a confirmar tudo aquilo que ouviu de negativo de outras pessoas.

As palavras são muito poderosas, elas podem matar ou ressuscitar os sonhos de uma pessoa. E esse poder é potencializado quando são palavras proferidas por pessoas que são significativas para quem ouve. Um familiar próximo, um professor, uma autoridade, etc,

poderão representar um divisor de águas na vida de uma pessoa com suas palavras, tanto de forma positiva quanto negativa. Conheço uma mulher que desistiu de tirar a habilitação porque o marido disse várias vezes para ela que ela não tem condições de conduzir um veículo. Ela simplesmente acatou a fala do marido como um diagnóstico incurável. Que pena!

Sabe, nada é mais lindo do que os sonhos que nutrimos. Os sonhos são filhos que gestamos na alma e quando não damos luz a eles, é como abortá-los. Viver sem sonho não tem graça.

Te desafio a pensar agora sobre essas questões: pense bem sobre os seus sonhos sepultados. Que tal ressuscitá-los? Será que você deixou de fazer algo por ter dado razão à alguma pessoa que um dia te disse que você não era capaz? Que tal assumir as rédeas da sua vida agora?

Para finalizar, trago uma boa notícia: é possível você se livrar dessas crenças castradoras, sabia? Faça psicoterapia, misture-se às pessoas que são criativas e do bem, leia a respeito de pessoas que superaram dificuldades, que voltaram a estudar etc. Na internet você vai encontrar uma infinidade de relatos e vai se motivar. Quem disse que você não tem capacidade para fazer algo? Lembre-se: quando alguém diz que você não é capaz de algo, essa pessoa está falando dela mesma e não de você. Vá…avante!

Imagem de capa: DavidTB/shutterstock

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