Eu desejo que você se encontre antes de resolver ficar com alguém

Eu desejo que você se encontre antes de resolver ficar com alguém

Porque não há nada mais afrodisíaco do que cruzar o caminho de quem se conhece. De poder contar com alguém que já passou da fase das indecisões e dos jogos sentimentais. É bem mais leve quando o amor nasce ao lado de uma pessoa que não precisa mentir para conquistar. Quem já se encontrou sabe o que é parceria, entrega e respeito mútuo.

Eu desejo que você faça questão de valorizar os momentos em que não estiver dividindo instantes com alguém. Que você tenha tranquilidade e zelo nos dias de solidão. É importante não deixar o silêncio dos próprios pensamentos se transformarem em uma prisão. Não atropele etapas. Se não tiver companhia, tudo bem. Aprenda a curtir mais de você. Quanto mais você praticar essa independência física e emocional, mais entenderá o significado de permitir a chegada de alguém.

Eu desejo que você não repita os mesmos erros. O passado não dá para mudar, mas o presente ainda pode ser construído. Seja paciente com a vida, agregue muitos amores e nunca finja um sentimento que não te pertence. Todas essas experiências não são para você jogar na cara de alguém. Tudo isso é para que você não deixe o amor passar batido quando ele pedir abraços.

Eu desejo que você se encontre. Que você experimente viver, dia após dia, de jeitos e passos diferentes. Porque só assim você abrirá caminho para novas certezas e, dentre elas, aquela de não ficar com alguém por medo ou carência. É muito mais amor se for sentido por quem tem autoconhecimento do coração.

Imagem de capa: content diller, Shutterstock

O lugar comum

O lugar comum

“Mariana é viciada em repetições. Precisa viver e reviver sempre as mesmas frustrações porque, assim, sente-se segura. Dessa maneira, ela acha, outras frustrações não viverá. As mesmas, ela já tira de letra, acostumada.”
Fernanda Young em Aritmética

A Gestalt-terapia, também conhecida como terapia do aqui e agora, propõe um desafio grande em cada sessão: o bom gestalt-terapeuta é aquele que frustra o cliente sem ser invasivo, para que o vínculo de confiança não seja quebrado. Na prática esse é um desafio maior do que parece. É natural que tenhamos um comportamento defensivo ao ouvirmos verdades que não combinam com as histórias (fantasiosas) que nos contamos. Saber quando o cliente está preparado para ouvir algo sem que se sinta invadido é um talento que precisa ser refinado e constantemente aprimorado, mas é extremamente necessário. Dentro da clínica gestáltica, não há evolução sem frustração.

Muitas vezes deixo as sessões com uma sensação de desconforto na boca do estômago e um nó na garganta. É difícil e vergonhoso verbalizar minhas incapacidades de mudança. Quando me dou conta que (mais uma vez) me tornei comum, repetindo os mesmos papéis, que já não me caem tão confortavelmente, que andei tanto e fui parar novamente no lugar conhecido, meu coração se angustia.

“- E aí você se torna comum!”. Essas palavras da minha terapeuta ainda me descem atravessadas e de difícil digestão. Sim, a verdade liberta, mas tem gosto amargo.

E então entendo que voltar ao lugar comum é um comportamento quase que automático, instintivo. As repetições nos mantém presos à uma zona de conforto onde as frustrações são familiares. São frustrações que damos conta de viver. Ficar é muito tentador. Sair do lugar comum requer prontidão e exige de mim que eu seja melhor, maior, a cada escolha, em cada momento. Às vezes, sair do lugar comum também me parece exaustivo e impossível.

É natural reagirmos assim às mudanças, desviamos os passos do desconhecido, pois ele nos amedronta. E evitamos. Evitamos entrar em contato com o que não sabemos de nós mesmos, com o que não sabemos do outro. Engessamos comportamentos repetidos, previsíveis, nossos papéis mais comuns e (quem sabe) mais aceitáveis. E repetimos frustrações, porque ser fiel ao que almejamos ser, nos distancia de quem já somos. E como é desconfortável!

Mas, também é desconfortável e angustiante andar em círculos, reviver as mesmas histórias, com os mesmos desfechos, e é mais angustiante ainda entrar em contato com nossas incapacidades, essa nossa parte tão exposta, tão vulnerável, tão errante, tão… comum.

Imagem de capa: Dmytro Zinkevych/shutterstock

Sociedade, por gentileza, permita-me ser espontânea.

Sociedade, por gentileza,  permita-me ser espontânea.

De vez em quando, precisamos quebrar protocolos e dar voz ao que pulsa dentro dos nossos corações. Não é possível dar vazão à criatividade se vivermos em função desse “encaixotamento” em que a sociedade nos coloca. São tantas regras, tantos “não convém isso”, “não convém aquilo”…são tantos “copiar e colar”. Tudo indica que a espontaneidade está prestes a entrar em extinção nesse planeta.

Afinal de contas, o que nos é permitido nessa vida? Não temos liberdade nem mesmo para escolher o que vestimos. Não…eu não estou dizendo nenhum absurdo. Calma aí, você se esquece de que em algum lugar alguém decidiu o que seria moda na estação atual? As cores, os cortes, as tendências e sei lá mais o quê. Livres mesmo, são aquelas senhorinhas do interior que você encontra na fila do banco para receber a aposentadoria. Elas estão lá com seus lencinhos coloridos na cabeça, uma saia floral com uma blusa colorida com outra estampa, uma composição que, se fosse usada por uma mulher moderna, faria qualquer “guru” da moda surtar.

Parece absurdo, e é absurdo mesmo. Todos nós, principalmente as mulheres, usamos uniformes. Ah, para ilustrar o que digo aqui: não sei aí na sua cidade, mas aqui em Brasília, o uniforme do momento são peças que mostrem os ombros, virou febre, todas nós com as mesmas roupas. Nos vestimos iguais para nos sentirmos “antenadas” com a moda. Sabe como é, né?

Um dia desses, um rapaz fez uma observação, em tom de crítica, a meu respeito que, embora eu compreenda que ele estivesse bem intencionado, me fez repensar de novo sobre esse aniquilamento da espontaneidade. Ele me disse que não era “normal” eu postar sete textos por dia no meu blog. Fiquei pensando naquela fala dele e me perguntei: mas afinal, o que seria normal mesmo nesse quesito? Onde está escrito o que deve ser considerado normal ou anormal em termos de quantidade de textos para um blog? Talvez não seja comum o meu número de postagens de textos, mas é normal, sim. Por favor, não diagnostique como patológica a minha paixão com o meu projeto. Eu sou apaixonada pelo o que faço e não quero copiar ninguém, quero seguir aquilo que acredito e se eu tiver que moderar algo, isso será uma percepção que terei naturalmente.

Vivemos numa sociedade tão engessada, que, quando aparece alguém eufórico e motivado com algo, ele é tachado de esquisito, inadequado ou mesmo portador de algum transtorno psiquiátrico. Parece que o normal é empurrar tudo com a barriga e sair copiando tudo. Ser normal, para a nossa sociedade, é não esboçar encantamento com nada. É viver de forma mecânica. Eu tenho relutado em não viver dessa forma tão apática. Eu não sou um robô. Luto pelo direito de me emocionar, de gargalhar, de me entusiasmar, de pagar mico e de ser eu mesma. Eu só tenho essa vida para externar a minha essência.
Imagina quantas oportunidades as pessoas perdem de construir grandes projetos e revolucionar, simplesmente, porque não escutam aquilo que pulsa na alma delas. É tanta preocupação com o politicamente correto, é tanta necessidade de aprovação e de ser visto como normal que acabam seguindo um bando, como gados dentro de um rebanho sendo conduzidos pelo som de um berrante.

Por fim, faço aqui um apelo: evite desapontar alguém que esteja encantado com algo. Aquilo pode significar a cura dele. Aquilo pode simbolizar um recomeço de vida. Aquilo, talvez, seja o substituto de um monte de medicamentos tarja preta que ele esteja ou estivesse usando por falta de endorfina no organismo. Gratidão e entusiasmo são a senha para uma vida de verdade.

Imagem de capa: sun ok/shutterstock

Sua majestade: o amor próprio!

Sua majestade: o amor próprio!

Existe em nossas vidas, algo que tem mais valor que o ouro puro refinado – o amor por nós mesmos – que faz com que as pessoas evoluam numa experiência proveitosa a partir de de eventos cotidianos. Um tesouro excepcional.

Algumas pessoas não se preocupam em guardar esse tesouro que faz parte da sua vida, e que com certeza, tem um valor incalculável – o amor próprio – e que sempre é alvo de ataques por aqueles que insistem em querer nos desvalorizar, nos depreciar e nos colocar sempre “para baixo”. Para isso, elas se valem de vários artifícios e palavras, porque tem o objetivo de destruir nossa autoestima.

O nosso amor próprio nos direciona a uma vida de possibilidades. Podemos dizer que esse sentimento impõe limites que precedem ao orgulho e ao egoísmo, contudo nos domina a ponto de amarmos a nós mesmos pro toda a nossa vida, antes de amarmos qualquer outra pessoa. Sim, porque é fundamental que haja uma valorização que gere um estado permanente de alegria por tudo que nos envolva e que nos deixe confortável com nós mesmos, para então amarmos aos outros. Então passamos a fazer as coisas de modo que, aquilo que as outras pessoas pensam ou dizem ao nosso respeito, não fará a menor diferença, nem mesmo nos causará prejuízos emocionais ou incertezas quanto ao que vemos defronte ao espelho – A PESSOA MAIS LINDA E MARAVILHOSA DO MUNDO .

É evidente que todos nós gostamos de ser amados. E o bom de tudo isso, é que isso nos traz prazer, nos faz sentir fortes para que vivamos de forma prazerosa por dentro e por fora de nós mesmos. Em outras palavras, deixa-nos sempre “de bem com a vida.” Entretanto existem pessoas que não têm esse privilégio de amarem tanto a si mesmas. O que traz desconforto para a sua vida pessoal e profissional. Dentre as consequências de quem não tem amor próprio ou autoestima, está um sentimento que debilita as pessoas, chamado inveja. Pessoas que nunca estão felizes com o que são, quem são ou com o que tem. E que muitas vezes querem ser outras pessoas as quais admiram, chegando ao disparate de submeterem a cirurgias plásticas para ficarem parecidas com os seus ídolos, porque não têm referência própria. São pessoas que se sentem inseguras na sua vida habitual, que acabam perdendo sua identidade, sua personalidade, como também seu amor próprio. Elas se tornam hostis muitas vezes, porque não agem positivamente, e estão sempre indispostas a recomeçar. Isso é lastimável, pois nesse caso, vemos claramente que seu reinado interior sucumbiu, vindo a pertencer a outro senhorio, para que tenha domínio sobre a sua vida interior, trazendo medo, insegurança, depressão e dificuldade em se relacionar com outras pessoas.

É o amor próprio que nos embeleza e faz restituição daquilo que perdemos. Buscamos a cada dia, aquilo que mais desejamos. E nos permitimos ser vencedores em todas as batalhas, porque acreditamos no nosso potencial. E partilhamos ideiais e dividimos conquistas, porque amamos aos outros, apenas quando amamos a nós mesmos. E esse amor impera em nós, com soberania inquestionável. Com toda a sua majestade. Porque o amor é tudo em todas as coisas.

” O melhor modo de viver em paz é nutrir o amor próprio dos outros com pedaços do nosso. “(Machado de Assis)

Imagem de capa: Daxiao Productions/shutterstock

As pessoas não são viciadas em álcool ou drogas elas são viciadas no escapismo, no amortecimento da mente, na falta de coragem para encarar os fatos.

As pessoas não são viciadas em álcool ou drogas elas são viciadas no escapismo, no amortecimento da mente, na falta de coragem para encarar os fatos.

Elas não são dependentes químicas, elas são dependentes emocionais.

A fuga de si acontece quando o ser acredita que o complemento do que lhe falta está fora, e então passa a querer resgatar algo que perdeu, algo que ficou perdido no subconsciente diante do desvio da energia vital ocorrido por meio da repressão, negação, trauma, medo…

O ser que é reprimido perde a conexão da sua essência e sente necessidade de saciar esta falta – a falta do amor. Aquilo que não tem preenchimento interno se torna a ânsia de ter algo a mais, e então o ser parte em busca de comida, bebida, pessoas, se amortece na preguiça, usa da raiva, do orgulho, do medo como projeções extremas de sua carência. A falta, a saga do preenchimento interno se transforma nessa ansiedade.
.
O ser humano é divino e completo, tem em si tudo do que precisa, mas os padrões e condicionamentos o fazem acreditar que é um ser carente e vítima do mundo.

As faltas e anseios estão nesta desconexão com a própria natureza.

Vivemos tempos de remédios para dormir, outros para ansiedade, de terapias infinitas, de drogas e álcool como válvula de escape! Enquanto continuarmos buscando fora, iremos sempre criar falsas expectativas, projetar nossas carências nos parceiros e viver na co-dependência emocional. Enquanto não curarmos a criança ferida que está escondida nas máscaras e na falta de luz no inconsciente, não teremos oportunidade de ressignificar as experiências, e então nos colocaremos sempre como vitimas de um mundo injusto e cruel.

O relacionamento amoroso é um desses caminhos de troca, de lapidação do ser, e de acesso ao amor interno. A relação motivada pelo eros dá a oportunidade do acesso à totalidade por meio da sexualidade. Porém, sem entendimento, coragem e humildade, a relação pode virar um eterno jogo de acusação, sentimento de posse, e vingança ocasionado pelos mecanismos de defesa da carência afetiva.

Esta separação da fonte de amor traz um sentimento de não pertencimento, de separação – o que na verdade é tudo ilusão da mente, do ego.

Somos totais – O ego, que nos dá a individualização, o mediador dos mundos, pode também aprisionar e desconectar o ser da sua própria essência dando esta sensação de separação. Quanto mais ego, mais separação, mais angustia.

Devemos relembrar do propósito maior da humanidade – expandir a consciência! E é por meio do desidentificação do ego que é possível acessar a matriz divina que é o amor.

A medida que vamos nos conhecendo, vamos nos libertando das falsas crenças limitantes e dando oportunidade para o renascimento do ser, mais consciente, expressivo e responsável.

As repressões são o veneno do consciente, geram feridas emocionais, e é um jeito de destruir a si mesmo. Confie em si e vá para onde a espontaneidade o levar. Assim são as crianças! Elas não expressivas e naturais, são assim antes de serem condicionadas e reprimididas. Expressão é vida, repressão é suicídio.

O escapismo de si não será nunca o caminho. Tomar as rédeas da própria vida é ter consciência do ser que te habita e assim fazer o possível para acessá-lo e buscar caminhos de aperfeiçoamento e de novos entendimentos para a promoção da cura e do desenvolvimento pessoal e espiritual.

Tome consciência, desperte seu ser divino. Está tudo dentro de você.

Imagem de capa: Africa Studio/shutterstock

Nunca foi tão bom estar comigo

Nunca foi tão bom estar comigo

Cada vez mais percebo o quanto tenho ficado próxima de mim. Andei negligenciando a minha presença, mas isso mudou. Hoje, não só fiz as pazes comigo, como também aproveitei para traçar novos caminhos e sentimentos que preciso para a minha vida respirar sentido.

A verdade é que eu senti a minha falta por tempo demais. Não desperdicei instantes e afetos mas, sinceramente, deveria ter reservado um pouco das minhas melhores versões para os dias difíceis. Porque é normal desistir, não querer mais ou não achar mais atrativa alguma escolha. Eu não sou obrigada a seguir os passos dos outros. E também não assinei nenhum contrato permitindo que a minha energia seja sugada por quem pouco ou nada fez para os meus sorrisos.

Acho que mereço um descanso. Não me vejo como um alguém egoísta. Agora, tenho a maturidade necessária para vestir intensidades e para tratar como prioridade os planos e sonhos que acumulei. Quero paz, alguns silêncios e um amor para acompanhar. Mas não me iludo. Não quero nenhuma dessas coisas se isso custar o meu ímpeto pela vida. É importante mencionar, a liberdade de deixar os sentimentos comandarem sempre esteve dentro de mim.

Às vezes acabo me cobrando muito. Acabo deslizando e deixando a correria e o peso da dúvida entrarem no coração. Até que me dou conta do óbvio, só eu posso sair dessa situação. Como? Dedicando cumplicidades e respeitos e pela minha pessoa. Não existindo apenas para cumprir obrigações e outros tratos diários. Quando tenho vontade, bebo um excesso de loucura. Viajo, faço uma maratona de filmes, saio sozinha, fico em casa olhando pro teto, não importa. Procuro achar graça em coisas comuns e é assim que tento viver.

Então, ao fim de tudo, tento não esquecer de quem sobrevive todos os dias com o coração na mão e alma estampada nos olhos, eu. É de mim que preciso cuidar, ansiar e permanecer. E quer saber? Nunca foi tão bom estar comigo.

Imagem de capa: kudla, Shutterstock

O melhor remédio para as dores da vida é viajar. Intercâmbio é curador.

O melhor remédio para as dores da vida é viajar. Intercâmbio é curador.

Se você assim como eu que está escrevendo esse texto está cansado da rotina, não consegue dormir mais do que cinco horas por noite e tem sentido que a vida anda estacionada, te convido para uma leitura sobre um remédio que não está prescrito na medicina, nem fundamentado na ciência, mas que tem efeito curador.

Somos bombardeados a todo o momento pela lógica social de produtividade. Precisamos, aos 18 anos, escolher uma profissão que de acordo com aquilo que nos dizem será para “o resto de nossas vidas”, uma responsabilidade e tanto. Aos 30 é esperado que você já esteja em um bom emprego, e é claro morando em uma casa boa. A verdade é que esperam demais de nós e, mais do que isso, esperam coisas que nem sempre estamos dispostos a ser ou a fazer, mas na maioria das vezes acabamos entrando em uma busca incansável para tentar a todo custo se enquadrar em padrões.

Então, pode ser que você tenha 18 anos e ainda não saiba qual faculdade quer fazer ou se de fato quer fazer uma faculdade e sabe? Tudo bem. Pode ser que você esteja perto dos 30 e ainda não tenha uma estabilidade financeira, ou ainda não tenha se encontrado no quesito profissional e mais uma vez eu digo, tudo bem. Tudo bem mesmo. O que eu quero lhe dizer é que não há idade para ser feliz muito menos para recomeçar e tentar de novo. É por isso que eu estou aqui para te dizer o quanto viajar é restaurador, o quanto entrar em contato com novas culturas é revigorante e nos faz pensar que a vida é muito mais do que 8 horas de trabalho, noites em claro para dar conta de tantos compromissos. Viajar faz com que nós ultrapassemos horizontes e permite que nós olhemos a vida sob uma nova ótica: A de que algo ainda faz sentido.

A partir da segunda guerra mundial houve uma preocupação a cerca do termo “saúde”, sendo esta considerada não apenas como ausência de doença, mas sim uma consideração aos aspectos biopsicossociais. Dessa forma, lazer, família e outros elementos também passaram a integrar o conceito de qualidade de vida. Por isso, eu volto esse momento do texto para lhe fazer uma pergunta: Há quanto tempo você não faz algo por você? Como anda a sua saúde?

Acredito que dessa vida não há nada mais valioso do que as experiências que vivemos. Conhecer e explorar o mundo é, sem dúvidas, algo enriquecedor. Viajar é o melhor investimento, pois ao mesmo tempo em que somos revigorados, adquirimos conhecimento.

A verdade é que intercâmbio é curador. Não de males da vida, mas de monstros que nos assombram, de medos que criamos ao longo dessa vida. É curador no sentido de nos permitir ver a vida de outra forma, de conhecer e aprender com tanta gente diferente de nós. Viajar é aquele dinheiro que é retornado para nós sob a forma de lembrança, de experiência e de saudade. Para se ter uma ideia, de acordo com o site panrotas viagem é o quarto item mais comprado pela internet. Saia da rotina e reinvente uma nova rota, permita-se para o novo e acredite: Intercâmbio é curador.

Imagem de capa: soft_ligh/shutterstock

Tem gente que é tão pobre que só tem dinheiro

Tem gente que é tão pobre que só tem dinheiro

Rico é quem faz aquilo de que gosta, quem está junto à pessoa que ama, sentindo-se amado todos os dias, quem tem ao menos um amigo com quem possa contar, quem consegue ser grato à vida, à família, aos amigos, quem preza, acima de tudo, o amor por si mesmo e por quem caminha ali juntinho.

Hoje, em época de valores invertidos, o status conferido à riqueza material é um chamariz que promove a ostentação desmedida e a busca pelo sucesso a qualquer preço. Na ânsia de transparecer posses monetárias, perdem-se, em muito, os traços de humanidade de que deveriam se revestir as atitudes e comportamentos em sociedade. Confunde-se, assim, posses com virtude, salário alto com realização pessoal, conforto material com felicidade plena, o que nem sempre corresponde à realidade dos fatos.

Rico é quem faz aquilo de que gosta, sentindo-se realizado ao trabalhar e tendo certeza de que o que produz é útil não somente a si mesmo. Quem acorda feliz por ter o emprego em que as horas não se arrastarão, quem sente prazer com aquilo que faz. Pobre é quem trabalha com cara amarrada, sem olhar para o lado, sem saber o nome de ninguém das mesas ao lado, por maior que sejam os seus proventos.

Rico é quem está junto à pessoa que ama, sentindo-se amado todos os dias, sorrindo ao olhar nos olhos do amor de sua vida, sempre encontrando as mãos certas para entrelaçar as suas. Quem valoriza e é valorizado pelo companheiro, quem encontra em casa o bálsamo diário às atribulações que a vida traz. Pobre é quem conquista alguém em razão de sua conta bancária, tendo que sustentar aparências pelo resto de seus dias.

Rico é quem tem ao menos um amigo com quem possa contar, alguém que jamais se negará a ajudar, a escutar, apoiar, ou seja, um amigo de verdade. Quem também é esse amigo para o outro, dispondo-se sempre a acolher junto a si tudo a pessoa traz, aconselhando, compartilhando alegrias que se multiplicam e tristezas que se tronam então mais leves. Pobre é quem vive rodeado de pessoas interesseiras e vazias, com quem não troca nada de útil.

Rico é quem consegue ser grato à vida, à família, aos amigos, quem valoriza o que já alcançou na vida, sem se comparar com ninguém. Quem leva a gratidão no coração, valorizando cada passo dado, a saúde, os amores em sua vida, de forma a bastar-se a si mesmo, sem ter tempo para invejar a vida alheia. Quem não tem tempo para prestar atenção naquilo que não lhe diz respeito, pois se encontra ocupado em ser e em fazer gente feliz. Pobre é quem tem tempo de sobra para deturpar a vida de todo mundo.

Rico é quem preza, acima de tudo, o amor por si mesmo e por quem caminha ali juntinho. Quem não se deixa abalar por miudezas, quem não sucumbe aos tombos, nem perde a fé e as esperanças que motivam a sua jornada. Quem emana energia positiva, pois sabe que devemos trocar positividade com gente do bem, afastando-nos de pessoas negativas e mesquinhas. Pobre é quem semeia o ódio e a desesperança.

Infelizmente, muitas amizades, casamentos e relacionamentos em geral vêm se pautando pela valorização dos bens e do que o outro possa oferecer em troca em termos monetários. Na verdade, o que torna tudo melhor é o amor que carregamos enquanto vivemos e nos relacionamos, pois tudo o mais pouco durará, caso não seja construído sobre sentimentos verdadeiros. Porque será sempre o amor que nos sustentará e nos dará a força necessária ao ir em frente, mesmo que de ônibus, a pé, não importa. Quem ama e é amado, afinal, já encontrou o maior tesouro de sua vida.

Imagem de capa: oneinchpunch/shutterstock

Por um mundo de empatia

Por um mundo de empatia

Sabe aqueles dias em que você não está bem, ou quando você analisa a sua vida e percebe que as coisas não estão nem um pingo do jeito que você gostaria? Ou, ainda, quando acontece algo que tira o nosso chão e nos deixa sem rumo? Nesses momentos, a tristeza é inevitável, assim como o sentimento de impotência diante da vida, de tal maneira que a chama que nos mantém firmes enfraquece. Precisamos, então, de pessoas capazes de se colocar no nosso lugar e, de algum modo, sentir a nossa dor. Ou seja, precisaremos da empatia dos que nos cercam, para que percebamos que não estamos sozinhos e que, por mais dolorosa que seja a caminhada, chegaremos ao final.

Em uma sociedade tão individualista e egoísta como a nossa, torna-se extremamente difícil encontrar pessoas empáticas. Cada um pensa na sua satisfação pessoal e na resolução dos problemas que unicamente o incomodam, de forma que não há um olhar contemplativo em relação ao todo, para que possamos enxergar que a vida não se circunscreve apenas à nossa existência e que as outras pessoas também têm problemas e dores, já que são seres humanos como nós também somos.

Dessa forma, para que se possa ter empatia, antes é necessário fugir do senso comum, que prega apenas valores individualistas voltados para o próprio umbigo. Em outras palavras, jamais conseguiremos possuir empatia se o nosso mundo se circunscrever somente a nós, de modo que o outro seja algo totalmente inóspito e sem as mesmas constituições emocionais que as nossas.

Para ter empatia, é indubitável que o indivíduo permita ser tocado por um dor que não é sua e esteja aberto àquele novo mundo à sua frente. É preciso permitir ter as suas veias e artérias invadidas por um corpo estranho, com pensamentos diferentes dos seus, problemas diferentes dos seus e monstros diferentes dos seus. É preciso estar aberto a um ser que, mesmo diferente, precisa de um olhar e de um afago que o faça sentir que não está atravessando aquela tormenta sozinho.

No entanto, em uma sociedade em que o egoísmo predomina, é difícil encontrar pessoas que realmente possuem a capacidade de colocar-se no lugar do outro. Pessoas que vão além da simpatia, que é importante, mas não supre de modo algum a falta da empatia. Quando estamos tristes, não precisamos apenas de alguém que só saiba contar piadas e nos queira levar pra sair. Precisamos de alguém que entenda a nossa dor, que respeite o nosso luto e que demonstre que, apesar de incômoda, aquela é uma situação que faz parte da vida e que devemos enfrentá-la, por mais que seja difícil.

Precisamos de pessoas que sejam capazes de também mostrar a suas feridas, revelar os seus medos e confessar as suas fraquezas, para que percebamos que não somos os únicos que choramos e, às vezes, temos vontade de desistir. Não se trata de provocar “felicidade” em função de uma tristeza alheia, mas de demonstrar a humanidade que há em nós, que faz coisas belas e grandiosas e também tem fraquezas, dores e angústias. Isto é, demonstrar que todos nós caímos e precisamos de ajuda e que a dor, que agora sentimos, outros já sentiram e sentem, de modo que não há motivo para desespero, pois o fardo que parece insuportável, outros já suportaram, bem como não é necessário carregá-lo sozinho, pois há alguém para dividir esse fardo e ajudá-lo a sair dessa situação.

Assim, ter empatia é ter o coração aberto para outra vida que precisa de nós naquele momento. É saber que, naquele lugar, poderia ser eu, você ou qualquer um. É ter a sensibilidade para perceber que não é porque uma determinada situação não mexe conosco, que não mexe com o outro; que não é porque algo não aperta o nosso peito, que o outro não possa sentir o seu peito esmagado.

Ter empatia é entender que as pessoas são diferentes, sofrem por coisas diferentes, reagem às situações internas e externas de modo diferente, mas que, acima de tudo, são seres humanos que, em meio a divergências,fazem a mesma coisa: sentem. E, assim, precisam ser ouvidas, compreendidas e acarinhadas, pois o que há de mais nobre na empatia é essa capacidade de sentir uma dor que talvez jamais nos incomodasse, mas que nos incomoda pelo outro, em razão do outro e por isso é, ao mesmo tempo, tão pesada e bela e faz com que sintamos o âmago de outro ser ecoando dentro de nós. Como diz Kundera:

“Não existe nada mais pesado que a compaixão. Mesmo nossa própria dor não é tão pesada quanto a dor co-sentida com outro, por outro, no lugar de outro, multiplicada pela imaginação, prolongada por centenas de ecos.”

Imagem de capa:Irina Kozorog/shutterstock

Meu grande segredo: sofro de ansiedade

Meu grande segredo: sofro de ansiedade

A ansiedade é um transtorno que muitas pessoas sofrem em silêncio, ainda que afete a sua vida e as relações com os demais. Compreender quem sofre de ansiedade é o primeiro passo para ajudá-los a vencê-la.

Há muitas pessoas que sofrem com a terrível ansiedade. Um problema que afeta uma grande parte da população, causando-lhes um grande mal-estar e impossibilitando que possam realizar muitas de suas tarefas diárias. Mas esse estado de ansiedade às vezes não se manifesta de uma forma “chamativa”.

As pessoas com este problema talvez se comportem de uma forma negativa com os demais e, às vezes, seus atos podem parecer incompreensíveis. É por isso que você deve aprender a compreender o que estão passando ainda que, às vezes, nem mesmo as pessoas ansiosas o saibam.

O ansioso vive um verdadeiro calvário

Pensamos que a ansiedade é algo similar ao estresse: passageiro, mas isso não é verdade. A pessoa ansiosa pode conviver com esse estado durante um tempo mais que suficiente para que gere sérios problemas de saúde.

Se você sofreu de ansiedade em alguma ocasião, saberá que a pessoa ansiosa vive num contínuo estado de angústia. Essa angústia é algo que a persegue constantemente e, por mais que queira, não consegue livrar-se dela. Por isso, muitas pessoas que sofrem de ansiedade são muito irritáveis.

contioutra.com - Meu grande segredo: sofro de ansiedade

Lamentavelmente, as pessoas ansiosas sabem que sempre se encontram à espera de que algo ruim lhes ocorra.

Quem nunca sofreu com esse problema dificilmente pode se colocar no lugar da pessoa ansiosa. Por isso, a ansiedade às vezes é chamada de “a epidemia silenciosa”.

As pessoas que sofrem com esse problema vivem um verdadeiro calvário porque, na maioria das ocasiões, não sabem o que está acontecendo com elas, nem por quê. É algo que pode ser resultado de um fato que aconteceu há muitos anos, ou de um acúmulo de coisas. Em todo caso, elas precisam da sua ajuda.

As pessoas que sofrem de ansiedade precisam da sua ajuda

contioutra.com - Meu grande segredo: sofro de ansiedade

Ainda que existam enfermidades que não podemos identificar apenas olhando para a pessoa (isso não se passa apenas com a ansiedade, mas também com a depressão), devemos ser compreensivos e tentar ajudar de alguma maneira. Mas, o que podemos fazer? E mais… há algo que possamos fazer?

Claro que sim. Apresentamos aqui alguns conselhos que lhe permitirão ajudar as pessoas que sofrem de ansiedade:

  • Seja compassivo: às vezes, devemos apenas estar junto, fazer a outra pessoa saber que pode contar conosco se, em algum momento, precisar.
  • Entenda que a pessoa ansiosa não pode escapar: por mais que queira, a pessoa com ansiedade não pode escapar dela. Está presa, encurralada, e isso é algo que devemos compreender.
  • Até a coisa mais simples as satura: não é que se estressem ou se bloqueiem com facilidade, é que estão tão sobrecarregadas que qualquer coisa, por mais simples que seja, vai lhes saturar.
  • Não podem explicar o que acontece com elas, sobretudo porque, às vezes, a ansiedade não tem um motivo claro por trás dela. Por isso, não devemos crer que o que sentem não é algo real, porque é sim.
  • Preocupam-se com coisas ridículas: sim, com coisas que você pensará que são tolices, mas que para elas não são!

Quando sua mente é a sua maior inimiga

contioutra.com - Meu grande segredo: sofro de ansiedade

É difícil se colocar no lugar da pessoa ansiosa, mas devemos fazer um grande esforço para entendê-la e oferecer-lhe nossa ajuda, o máximo que pudermos. Não é fácil e, às vezes, não a compreenderemos.

Alguma vez você já esteve em contato com uma pessoa depressiva? Assim como as que sofrem de ansiedade, elas mostram, às vezes, um mau comportamento em relação aos outros, que faz com que se afastem. Elas não querem isso, mas estão sofrendo tanto que expressam seu mal-estar dessa maneira tão inadequada.

Quando temos um problema em nossa mente que não podemos controlar, este se volta contra nós. A ansiedade, como dito anteriormente, é muito difícil de solucionar. Também é difícil identificar a sua origem pois, às vezes, a causa se encontra no passado.

Tanto se você sofreu de ansiedade quanto se alguém próximo está sofrendo, você saberá agora que é algo com que se vive em segredo e em silêncio. A pessoa que sofre também não entende muito o que está acontecendo, mas precisa de toda a sua ajuda para poder superar este problema.

Imagem de capa: Camila Paez/shutterstock

Ame-me quando eu menos merecer, será quando eu mais vou precisar

Ame-me quando eu menos merecer, será quando eu mais vou precisar

Ainda que toda relação amorosa tenha seus altos e baixos, é fundamental estar sempre disponível para nosso companheiro e, na medida do possível, oferecer o nosso apoio, sejam quais forem as circunstâncias.

Abrace-me quando eu menos merecer, quando eu me sentir sozinho e acreditar que meu mundo desabou. Este será o momento em que eu mais vou precisar, quando somente você puder reconstruir meus pedaços quebrados.

Se em alguma ocasião você se sentir desta forma, você saberá sem dúvida o que significa este apoio incondicional das pessoas próximas a nós para nos lembrar que a vida sempre vale a pena. Sabemos que todos nós cometemos erros.

O apoio de nossos parceiros é algo imprescindível, e é exatamente nestes instantes de crise pessoal que podemos conhecer a grandeza das pessoas que fazem parte do nosso mundo emocional.

Preciso do seu apoio quando eu menos merecer

Todos cometemos erros, todos somos desastrados alguma vez em nossas relações e acabamos cometendo algum erro que causa problemas e sofrimentos.

Fica claro que sempre há um limite do que é perdoável e do que não é, que sempre dependerá do que a outra pessoa for capaz de aceitar.

Existem algumas situações nas quais é imprescindível contar com o apoio de nossos parceiros, e seria vital que a outra pessoa desse o passo da proximidade, que demonstrasse a sua empatia e fosse capaz de reconstruir “nossas peças quebradas”.

contioutra.com - Ame-me quando eu menos merecer, será quando eu mais vou precisar

As crises pessoais

Todos temos altos e baixos em nosso ciclo vital. As relações afetivas por si só não oferecem uma felicidade estável e duradoura.

Ao redor do núcleo do casal continuam existindo dimensões que podem afetar este equilíbrio interior:
-O trabalho
-As relações familiares e sociais
-Aspirações profissionais, pessoais e emocionais

Uma crise pessoal pode surgir por causa do trabalho, ou também pode ocorrer em durante uma época em que tenhamos que priorizar um familiar, ou um projeto pessoal que, ao final, não sai como nós esperávamos.

Este desamparo e esta preocupação podem fazer com que descuidemos de nossos parceiros. Seguimos amando o nosso companheiro, mas nos afastamos quase sem nos darmos conta. O fato de que a outra pessoa seja capaz de ver isso será, sem dúvida, uma grande ajuda.

O valor de oferecer o perdão

Como mencionamos no início, o perdão nem sempre é fácil de oferecer. A situação se complica ainda mais se nós castigamos a nós mesmos pelo dano causado, pelo erro cometido.

“Se você me der seu perdão quando eu menos merecer, este será o caminho pelo qual eu poderei curar minhas feridas e reconstruir a minha autoestima”.

Então… como conseguir que a outra pessoa consiga perdoar?

O amor nem tudo perdoa. Uma traição, por exemplo, dura para sempre e nos muda por dentro.

Temos que ser conscientes de quais aspectos são “zonas vermelhas” para o nosso parceiro. Os enganos, os egoísmos, as manipulações, e as mentiras nem sempre serão seguidas do perdão.

Em momentos de “perda pessoal”, quando nos afastamos da relação porque não tínhamos as coisas claras, porque tínhamos dúvidas que às vezes eram infundadas, precisamos desta proximidade.

O perdão é o ato mais nobre de valentia graças ao qual se liberam sofrimentos e se constroem, por sua vez, novos caminhos que podem nos unir.

Eu aceito o seu erro, eu o entendo e o libero desta culpa para que possamos tentar de novo. O ato de perdoar serve para fechar etapas, mas também para iniciar outras novas.

contioutra.com - Ame-me quando eu menos merecer, será quando eu mais vou precisar

Quando meu mundo cai e você o levanta de novo

É preciso entender que uma relação de casal não é um “organismo estável”. Como toda entidade vida, passamos por ciclos e etapas de crise nas quais precisamos aprender com os erros para seguir avançando.

Se um cair, o outro precisa criar meios e estratégias para que o vínculo volte a renascer. Ser um casal é aprender a ser arquitetos emocionais do dia a dia, em um ambiente em que não cabem egoísmos.

Não é necessário ser responsável pelo casal em todos os momentos. Trata-se de ser o apoio, o companheiro que pode fazer com que a outra pessoa aprenda a se levantar por si só de novo.

Prestar apoio não é obrigar, nem recriminar, nem renunciar a tudo pelo ser amado. É criar pontes, é dizer “estou aqui, com você”, é saber unir esforços para passarem juntos por épocas de crises.

Para concluir, fica claro que quando alguém comete um erro nem sempre é fácil perdoar. Entretanto, se o amor segue existindo, cada um é livre para decidir quais erros deseja superar e quais não.

Cada casal é único e tem a sua própria linguagem pessoal. O apoio em momentos de dificuldade cria, sem dúvida, vínculos autênticos que farão com que a relação se fortaleça e seja mais hábil para superar qualquer crise, qualquer dificuldade.

Não hesite em cuidar sempre da sua autoestima, pois um coração forte sabe o que quer e compreende sempre aquilo pelo qual vale a pena lutar.

Imagem de capa: Maksim Fesenko/shutterstock

A hora certa de dar um basta!

A hora certa de dar um basta!

Se você já não estranha mais os dedinhos apontados para o seu nariz. Se você já se acostumou ao volume alto das vozes que criaram o hábito de te criticar o tempo todo. Se a sua garganta anda arranhada e fechada, pelo acúmulo de coisas por dizer… Quer saber? Está na hora exata de você dar um basta!

Quando não queremos ver algo, fechamos os olhos. Quando não queremos nos envolver com opiniões próprias, fechamos a boca. Mas o que fazer com as orelhas, essas janelas indiscretas a ladear nossa cabeça e colocar-nos expostos a todo tipo de ruído externo? As orelhas não têm “portas” como os olhos e a boca. E é por isso, que a decisão de não ouvir, depende de um movimento intencional nosso: podemos usar as mãos, ou podemos simplesmente sair dali. Ora, o que vamos fazer para poupar-nos da verborragia descontrolada de quem quer que seja, na verdade pode representar um enorme avanço em nossa postura diante do mundo.

Limites foram criados historicamente para criar espaços garantidos a todos os envolvidos. Cidades têm limites, países têm limites, planetas tem limites! Então, por que raios nós não haveríamos de tê-los? É bem verdade que isso é coisa que se aprende. É parte das incontáveis lições de vida que só a vida sabe dar. Não é coisa que um ensine para o outro, posto que constitui aquele arsenal secreto de sobrevivência nas relações. Também é bem verdade que uns aprendem mais rápido, outros mais devagar e, outros, não aprendem nunca. Isso posto, basta que façamos a nossa opção. Em qual dessas turmas vamos escolher ficar?

Estabelecer áreas instransponíveis ao outro é, também, uma demonstração de afeto, de confiança e de valorização. Quando fazemos de nossa vida uma região amorfa, é como se disséssemos ao outro: ISSO AQUI É TERRA DE NINGUÉM! NÃO TEM VALOR! INVADA! TOME! USE! DESCARTE! E… FIQUE À VONTADE! Essa atitude frouxa chega a ser ofensiva àqueles que gozam de nossa convivência. Parece contraditório? Mas não é! Ao nos desvalorizarmos numa relação, estamos oferecendo algo, que na verdade, não tem valor nem para nós mesmos. Não faz todo sentido?!

E afinal, quem é que vai sentir prazer ao lado de alguém que não representa nenhum desafio, que não é capaz de discordar, que parece desprovido de energia? Gente sem fogo nos olhos, com o coração em cinzas e alma gelada. Gente que parece que já morreu, só se esqueceu de deitar.

Sendo assim, crie coragem e levante-se. Vá até o espelho mais próximo, olhe bem dentro dos olhos dessa pessoa que te contempla do outro lado e a convide a sair da sombra. Leve-se para fora dessa caverna, desse buraco de acomodação no qual você se meteu, com medo de desagradar os outros. Pode ser que no começo isso seja assustador. Mas acredite, desafiar-se a si mesmo é uma das delícias indescritíveis da vida. E uma vez experimentada a sensação de não depender do outro, o paladar afetivo nunca mais será o mesmo. Que sejam muito bem-vindos outros sabores, outras cores, outras melodias que façam coro aos “bastas” que nos libertam da posição de vítima.

Imagem de capa: nd3000/shutterstock

Esconder nossas fragilidades só nos faz mais frágeis do que já somos.

Esconder nossas fragilidades só nos faz mais frágeis do que já somos.

Nada contra as outras qualidades que há no mundo, mas o que eu mais admiro e respeito em toda gente é a sua fragilidade. Aquela não declarada, que não se anuncia mas que está ali, é parte do que somos, detalhe precioso da beleza de cada um. Fragilidade de planta, de animal sob a mira do fuzil. Fragilidade de gente.

Pensando agora com o distanciamento obrigatório, nas tantas vezes em que eu me peguei perdidamente apaixonado por alguém, primeiro eu me encantei por uma fragilidade da pessoa, o jeito inseguro como ela cruzava as pernas, sua tentativa sem sucesso de lembrar uma palavra que lhe escapava, um sorriso triste, o jeito esforçado como exercia suas outras qualidades, com o cuidado de quem conhece as próprias limitações, deliberadamente dedicada a fazer bem, a melhorar como puder. Sei lá. Gente consciente de sua imperfeição me emociona e humaniza.

Quem muito reclama de seus problemas e suas fraquezas me dá pena. Já quem segue em frente com força e com fé, apesar de suas fragilidades, me enche de ternura e gosto. Vão me perdoar os poderosos declarados, mas o que a gente tem de mais bonito é a nossa fragilidade.

Todos esses gurus de plástico se vangloriando de sua habilidade de enriquecer, essa exibição de força por todo lado, essa exposição de sucesso balizado pela quantidade de dinheiro acumulado, isso tudo me dá preguiça, enjoo, coceira, vontade de sair correndo.

É claro que eu não acho feio o sujeito ser rico, famoso, bem sucedido e feliz. Eu só acho um saco a imposição desses resultados como um padrão. Ajuda a criar uma multidão de zumbis preocupados em copiar o outro, o sucesso do outro, o caminho do outro, enquanto nem se tocam de que, no fundo, desocuparam-se de si mesmos e se tornaram incapazes de olhar o próprio caminho, reconhecer as próprias deficiências, fazer a mais simples autocrítica. Quanto engano! Esconder nossas fragilidades dos outros e de nós mesmos só nos faz mais frágeis do que já somos, presas fáceis dos picaretas de toda sorte.

Sejamos nós mesmos. Estejamos aqui. É o primeiro passo do caminho para qualquer lugar onde queremos estar.

Imagem de capa: AlessandroBiascioli/shutterstock

5 sinais que demonstram que você PRECISA viver algo novo

5 sinais que demonstram que você PRECISA viver algo novo

1- Está cansado da rotina

Se você anda cansado da rotina e não aguenta mais fazer a mesma coisa todos os dias pode ser que você precise viver algo novo antes que o cansaço do dia a dia engula todos os seus sonhos. Se a sexta-feira é para você um alívio assim como a segunda-feira é uma tortura, se acordar cedo tem sido um martírio e você tem que matar um leão todos os dias é um sinal de que você está cansado de viver e fazer a mesma coisa todos os dias.

2- Não consegue mais ver sentido em atividades que realiza

Há uma grande diferença em ser e estar. Assim como há uma grande diferença entre estar vivendo e estar apenas existindo. Acredito que grande parte das pessoas apenas existem sob modo piloto automático. Realizam atividades, comparecem a compromissos sociais, vestem máscaras para parecerem bem, mas na realidade vivem uma grande mentira, vivem sob grande disfarce. Então, se você não vê mais sentido no trabalho, no estudo e faz as coisas apenas para cumprir com as suas “obrigações” há uma grande probabilidade de você estar apenas existindo e não de fato vivendo. Isso também aponta para a necessidade de viver algo novo, isto é, algo que faça sentido para você.

3- Você vive planejando coisas, mas não consegue colocar nada em prática

Se você vive planejando, pesquisando sobre viagens, roteiros e lista lugares para conhecer, mas não consegue colocar isso em prática, pode ser que você esteja precisando se reorganizar e mergulhar nesse sonho de conhecer e explorar o mundo. Isso também demonstra o quanto você está saturado do seu dia-a-dia e tem buscado algo diferente, nem que seja por pouco tempo. Viajar é uma forma de sair da rotina e viver algo novo, totalmente diferente daquilo que vivemos cotidianamente. Viajar é um ótimo remédio para o esquecimento da rotina. Então, se você de alguma forma, pensa, comenta, planeja, pesquisa sobre viagens, lugares e culturas pode ser que você esteja de fato precisando viver esse algo novo.

4- Respostas emocionais

O nosso corpo responde a eventos estressores de diversas formas e as respostas emocionais é apenas uma das formas do nosso corpo nos alertar que precisamos dar uma pausa. Sendo assim, o nosso corpo responde de diferentes formas, como irritabilidade, nervosismo, choro constante e/ou sem motivo aparente, desânimo para realizar as atividades cotidianas ou até mesmo prazerosas. Falta de interesse e entusiasmo para sair com os amigos ou participar de encontros sociais que antes eram interessantes. Todas essas respostas podem emergir como forma do seu corpo sinalizar um esgotamento emocional diante de um evento estressor, conflitos vivenciados assim como a rotina que é na maioria das vezes, esmagadora para muitos.

5- Respostas físicas

Assim como respostas emocionais o nosso corpo também nos dá respostas físicas que indicam a necessidade de fazer uma pausa e rever o que está nos fazendo mal no sentido emocional. Os aspectos emocionais refletem também nas condições físicas do sujeito o que consequentemente afeta o nosso corpo, biologicamente falando. Sendo assim, em resposta ao cansaço e estresse, é importante estar atento a alguns sinais dados pelo nosso corpo como: Insônia, ou excesso de sono, dores de cabeça, tontura dentre outros. Portanto, estar atento a esses sinais é fundamental para compreender a necessidade de olhar para si e se cuidar, afinal cuidar de si mesmo também é um ato de amor, o próprio.

Às vezes tudo o que precisamos é de uma pausa para vivenciar algo novo. Isso nos revigora e nos devolve a energia que precisamos para enfrentar novamente a rotina. Pode ser que você esteja precisando viver algo diferente do que já está comumente acostumado, não espere o seu corpo chegar ao limite para só então perceber que ele precisa de uma pausa, invista tempo não apenas em coisas e compromissos, invista tempo em você e não deixe que os seus sonhos e planos sejam esmagados pela rotina.

Imagem de  capa: Look Studio/shutterstock

 

INDICADOS