A ciência prova: gatos são terapeutas holíticos e reduzem riscos de ataques cardíacos

A ciência prova: gatos são terapeutas holíticos e reduzem riscos de ataques cardíacos

Estudos científicos têm demonstrado que os gatos são mais do que bons amigos e animais de estimação. Eles são verdadeiros terapeutas e podem ser uma ótima opção para pessoas que sofrem de doenças, principalmente cardíacas.

Você sabia que possuir um gato pode reduzir o risco de ataque cardíaco? Essa descoberta foi resultado de um estudo com cerca de 4.000 americanos por pesquisadores da Universidade de Minnesota. Depois de 10 anos de pesquisa, os donos de gatos apresentaram um risco de 30% a menos de sofrer ataque cardíaco, em comparação com aqueles que não possuem gato.

Em um outro estudo recente, a Dra. Karen Allen, uma pesquisadora da Universidade Estadual de Nova York, descobriu que corretores com hipertensão que adotaram um gato, tiveram menores leituras de pressão arterial em situações estressantes do que aqueles que não possuem o animal de estimação. No início do estudo, os corretores foram prescritos com o remédio anti-hipertensivo Lisinopril. Metade dos participantes foram selecionados aleatoriamente para obter um cão ou gato como animal de estimação. Seis meses depois, Allen e seus colegas realizaram testes com os participantes para medir alterações na pressão arterial. Eles descobriram que a pressão arterial induzida pelo estresse continuou a subir nos corretores sem animais de estimação. Os corretores com animais também tiveram aumentos na pressão arterial, mas de apenas metade se comparado com o outro grupo.

Nessa pesquisa, que foi publicada no site da Univesidade de Buffalo e apresentada à Associação Americana do Coração, concluíram que os gatos controlam a pressão arterial melhor do que os medicamentos inibidores da enzima conversora da angiotensina (também chamados de inibidores da ECA), que ajudam a relaxar os vasos sanguíneos. Sendo assim eles são, literalmente, mais eficazes na regulação dos níveis de pressão arterial do que a medicina moderna.

Cura Psicológica
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Além de melhoria na saúde do coração, os gatos também auxiliam na produção de oxitocina no cérebro. Em um estudo publicado na revista Frontiers of Psychology, pesquisadores concluíram que os gatos, por causa do impacto que têm sobre os nossos níveis de oxitocina, são capazes de reduzir a agressão, aumentar a empatia, aprimorar a aprendizagem e produzir um aumento da confiabilidade em outras pessoas. A oxitocina é um hormônio produzido no hipotálamo, conhecido como hormônio do amor. Quando isso acontece, os níveis de cortisol (hormônio do stress) diminuem, promovendo uma sensação de bem estar físico e emocional, deixando corpo e mente em harmonia, fortalecendo o sistema imunológico, dentre outros benefícios.

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Nitikorn Poonsiri/shutterstock

O Ronronar dos Felinos

Alguns especialistas vão ainda mais longe e afirmam que o ronronar dos gatos pode curar graças às vibrações e sons graves que produz. De acordo com um artigo publicado na revista Scientific American, os gatos ronronam com um padrão consistente de frequência entre 25 e 150 hertz. Cientistas demonstraram que os felinos produzem o ronronar através de movimentos intermitentes da laringe e dos músculos do diafragma, e concluíram que as frequências de som nesse intervalo podem melhorar a densidade óssea e promover a cura de células. Os pesquisadores afirmam que, como o gato conserva energia através de longos períodos de descanso e sono, é possível que o ronronar seja um mecanismo que estimula músculos e ossos sem gastar muita energia. A resistência desses animais tem facilitado a noção de que possuem “sete vidas” e o ronrom pode fornecer uma base para essa mitologia felina.

Embora seja tentador afirmar que os felinos ronronam porque estão felizes, é mais plausível que o ronronar seja um meio de comunicação e uma fonte potencial de auto-cura. Esta descoberta pode fornecer ajuda para a medicina moderna, contribuindo para o tratamento de osteoporose e atrofia muscular.

Apesar das diversas pesquisas atuais, os dons do gato não eram segredo para os nossos ancestrais, principalmente para os antigos egípcios, que os tratavam como deuses. Eles eram adorados, sendo muitas vezes retratados em hieróglifos repletos de jóias. Além disso, naquela época matar um gato mesmo por acidente, era considerado um ato criminoso punível com a morte.

Os gatos podem não serem deuses, mas temos evidências suficientes com relação aos seus poderes de cura e podemos concluir que eles são verdadeiros terapeutas holísticos. Com estas novas descobertas, não existem dúvidas quanto à sua influência positiva na saúde dos seres humanos.

Não deixe de assistir o vídeo abaixo (em inglês), trata-se de uma experiência com os felinos e sua capacidade de nos transmitir momentos de alegria e serenidade sendo ótimos companheiros.

(Texto de Steven Bancarz | Traduzido e adaptado por Despertar Coletivo | Via: Spirit Science and Metaphysics)

Imagem de capa: Veera/shutterstock

Onde for que você estiver, esteja presente

Onde for que você estiver, esteja presente

Podemos estar na nossa sala de trabalho fazendo nossas atividades e não estar ali presentes. Podemos ir a um encontro familiar e não estar presentes. Podemos frequentar um curso e não estar nele presentes. Podemos, até mesmo, nos relacionar sexualmente com alguém ser estarmos presentes. Na verdade, muitas pessoas não estão presentes na maior parte das coisas que fazem.

Estar presente é estar com a ALMA ali. Não adianta só o corpo estar, pois o corpo disfarça muito bem. Nós conseguimos fazer com que pareça que realmente estamos presentes, quando estamos muito, muito longe. Falamos, olhamos e agimos como se estivesse tudo certo, tudo ali, mas pode não estar.

E a nossa mente é a grande vilã nessa história. Ela pode nos fazer ficar boa parte do tempo viajando para o passado e para o futuro, para outros lugares, outras dimensões, aos nossos mundos hipotéticos, às possibilidades, aos sonhos e aos traumas. Pode nos fazer ir, mentalmente, ao encontro de pessoas que estão distantes, de situações que não foram bem resolvidas, de lugares que poderíamos estar, mas não estamos. Na verdade, ela funciona demais da conta…

E, ao não estarmos presentes, perdemos a maior dádiva da vida, que é, verdadeiramente, VIVER. E viver é sentir o que está acontecendo exatamente agora, exatamente onde se está fisicamente e exatamente com quem se está. Ao brincar com os nossos filhos com a cabeça nos novos possíveis projetos de trabalho, na verdade, não estamos ali, não estamos presentes, não estamos com eles brincando. Ao trabalhar pensando nas decepções amorosas que passamos, certamente não estamos presentes no trabalho, não estamos vivendo aquele momento em toda a sua plenitude.

E, sem querer, podemos acabar ligando um piloto automático permanente e passar o dia lá longe, fora daqui, fora de si, enquanto o nosso corpo vai fazendo mecanicamente tudo o que está programado. Isso é muito triste, por mais que possamos ainda não ter nos dado conta.

A vida vai passando e, se não estivermos suficientemente presentes, nem perceberemos. Viveremos histórias que só existiram na nossa mente e não a nossa história real de vida. E isso trará prejuízo a tudo o que nos envolve (familiares, trabalho, amigos…), mas, sobretudo, a nós mesmos.

Por isso é tão importante nos darmos conta de que necessitamos prestar atenção ao que se passa na nossa cabeça. No que estamos pensando. Se estamos ficando presentes o suficiente no AQUI e AGORA. A nossa mente não pode ser terra de ninguém, território sem lei.

E é nesse contexto que se fala tão bem da meditação, inclusive a ciência a está reconhecendo como muito benéfica em vários aspectos. A meditação nos faz dar um tempo nas nossas “viagens” e na nossa mente tagarela. Descansar. Aliviar

Sim, pode ser difícil meditar, ainda mais nas primeiras vezes. Estamos acostumados ao completamente contrário, nos ensinaram que é mais “produtivo”. Mas começar com um minuto ao dia é uma boa pedida. Um minutinho de nada para simplesmente respirar e sentir a existência. Não é sair do ar, ao contrário, é estar completamente presente, completamente consciente, mas simplesmente sentindo, sem julgar, sem raciocinar, sem catalogar, só se conectando a tudo o que nos cerca.

Ainda que a princípio possa ser uma tortura, se persistirmos a coisa começa a ficar boa. Prazerosa. Revigorante. Até passar a ser essencial, a fazer falta.

Dar uma trégua para a mente, um espaço de tempo para o descanso. Isso nos centra. Isso nos ajuda a voltar ao aqui/agora. Isso nos permite estar mais e cada vez mais presentes. Onde quer que estejamos.

Imagem de capa: Zolotarevs/shutterstock

Às vezes, bloquear alguém não é criancice, mas estratégia de sobrevivência

Às vezes, bloquear alguém não é criancice, mas estratégia de sobrevivência

 

A melhor maneira de cultivarmos nossos relacionamentos, para que eles durem, é o constante diálogo, a fim de que não se acumulem pendências de nenhum lado. Falar o que incomoda com sinceridade evita futuros rompantes de discussões pesadas, por carregarem o que se calou por muito tempo. Infelizmente, porém, nem sempre será possível se acertar com o outro, tampouco continuar a conviver amigavelmente com ele.

Muito se fala, hoje, sobre a necessidade de mantermos certa cordialidade com as pessoas que saem de nossas vidas, para agirmos como alguém maduro e bem resolvido. Acontece que existem coisas que não foram nem nunca serão bem resolvidas, pois terminaram após muita mágoa, dor e decepção. A gente sobrevive, a gente se recompõe e segue, mas vai carregando muitas cicatrizes nesse caminho.

Para que possamos retomar as rédeas de nossa própria vida, após sairmos de um relacionamento em que tanto investimos, será preciso tempo, calma e distanciamento. Sim, teremos que nos distanciar daquela rotina a que nos acostumáramos, para que nosso emocional se acostume a uma nova situação afetiva. E isso implica, muitas vezes, evitar quem já não mais será parte de nós, porque então teremos que acordar, todos os dias pela frente, sob uma nova perspectiva de vida. E dói.

Isso também vale para outros tipos de relacionamentos além dos amorosos, uma vez que, em muitos casos, somente conseguiremos prosseguir e nos fortalecer, quando pudermos confinar alguns sentimentos, lembranças e pessoas na área do esquecimento. Não há demérito algum em ignorar, bloquear no face e na vida, em evitar qualquer tipo de contato com pessoas que nos machucaram demais, pessoas falsas, tóxicas. Caso tenham filhos em comum, então a história muda, pois os pais devem conversar sobre aquilo que diz respeito aos filhos, sim.

Não podemos prever os acontecimentos, o desenrolar das tramas que tecem nossa vida, tampouco mandaremos em nossos corações, entretanto, sempre teremos a possibilidade de optar por quem permanecerá ou não em nossa caminhada. Não será uma tarefa fácil e tranquila, muito pelo contrário, mas é assim que a gente faxina a alma e prossegue na lida.

Imagem de capa: oatawa/shutterstock

O verdadeiro indicador da pessoa “certa”

O verdadeiro indicador da pessoa “certa”

Nós, seres humanos, parece que somos apaixonados por ilusões. Sem ilusões é como se a vida fosse um “preto no branco” para muita gente! Só pra você ter uma noção do quanto somos desequilibrados!

Quase todos os dias lembro com alegria da ideia proposta pelo querido Prof. Hermógenes, de que a religião que ele queria fundar era o “desilusionismo”, porque a cada vez que nos desiludimos nos aproximamos mais da nossa verdade, e estando mais próximos da verdade, estaremos mais humanizados, e por consequência, mais divinizados também. Estaremos um passinho mais perto da iluminação! Não é interessante essa ideia?

Venho nesse texto falar sobre ilusões e desilusões sobre o amor. Está preparado para ser confrontado consigo mesmo? Vamos lá…

O que me inspirou a escrever esse texto foram as sábias palavras do filósofo suíço Alain de Botton, extraídas do seu magnífico livro “O curso do amor”. Segue abaixo um trecho no qual ele fala sobre a ilusão de encontrarmos a pessoa “certa” para casarmos!

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A visão romântica do casamento enfatiza a importância de encontrar a pessoa “certa”, o que em geral significa alguém sintonizado com nossos interesses e valores. Todavia, não existe uma pessoa assim a longo prazo. Somos por demais variados e peculiares. Não pode haver uma convergência duradoura. O parceiro realmente mais adequado não é aquele que por um milagre compartilha o mesmo gosto, mas o que é capaz de negociar diferenças de gosto com inteligência e elegância.

Em vez de alguma ideia fantástica de complementaridade perfeita, o verdadeiro indicador da pessoa “certa” é a capacidade de tolerar a dessemelhança. A compatibilidade é uma conquista do amor; não pode ser precondição.

Alain de Botton

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Amei essa forma que ele falou sobre quem de fato é a pessoa “certa”. É aquela que, com maestria, consegue se adaptar às nossas diferenças, nossas loucuras, nossas manias e vícios etc. Somos seres imperfeitos, inadequados e difíceis de conviver, qualquer um de nós! Por melhor que seja uma pessoa, no dia a dia, sempre haverá ATRITOS no convívio.

Mas você sabia que os atritos são bons? O ruim são os CONFRONTOS. Vou misturar a etimologia com a Física, e você certamente vai gostar do resultado!

A palavra confronto significa literalmente “estar de frente para o outro”, ou de forma mais coloquial “bater de frente com o outro”, ou seja, o casal está discordando um do outro, mas dificilmente um cede para que a paz volte a reinar no convívio. São quase como duas crianças teimosas que nunca “arredam o pé” quando querem ser donas da razão…

Já a palavra atrito vem da Física, e tem a ver com o contato entre duas superfícies, que faz com que um corpo não se movimente com velocidade constante eternamente, ou melhor que isso, faz com que haja uma força que impulsiona o corpo para a frente. Se não fosse pelo atrito não conseguiríamos caminhar ou correr, os carros ficariam patinando no mesmo lugar o tempo todo. Resumindo: O atrito nos empurra para a frente!

Da forma que é na Física, é na vida também. Os atritos com as pessoas que amamos servem para nos aperfeiçoar e olharmos a vida com olhos mais profundos, com novas concepções que foram agregadas a partir dos valores destas pessoas amadas.

Nessa hora eu lembro de uma celebre frase atribuída à querida Santa Teresa de Calcutá. Ela disse uma vez: “Amar quem está distante é muito fácil, difícil é amar o próximo…”. Ou seja, os pais, os irmãos, marido, esposa, filhos, os colegas de trabalho etc.

Precisamos destruir as nossas ideias de perfeição, porque definitivamente ninguém é perfeito. Aliás, existem ditados bem conhecidos por todos que expressam isso: “Perfeito só mesmo Deus” ou “Perfeita é aquela pessoa que já está no caixão”.

Concordo com essas frases, e mais uma vez vou para a etimologia. Perfeito significa “feito por completo, acabado”. Se nós estamos feitos por completo, o que estamos fazendo aqui? Era melhor já ter morrido!

Nesse mesmo livro, o Alain de Botton fala até de forma meio irônica sobre a perfeição. Veja só!

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Declarar que o amado é “perfeito” só pode ser um sinal de que não conseguimos entendê-lo. Podemos afirmar que começamos a entender alguém apenas quando essa pessoa nos decepcionou muito.

Alain de Botton

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Enxergar perfeição em alguém é como ter uma venda nos olhos, ou lentes que transformam a realidade.

A palavra DECEPÇÃO é outra palavra muito bonita. Não sei se você sabe, mas ela vem do verbo DECEPAR, ou seja, cortar, arrancar fora! Mas arrancar fora o quê? As ILUSÕES.

Perceba! Quando eu me decepciono com a pessoa que eu digo amar, eu estou um passinho mais perto de conhecê-la como de fato ela é, sem tantas sombras! E isso é maravilhoso, é um presente da existência para cada um de nós e talvez você ainda não tenha pensado sob esse ponto de vista.

Decepções e ilusões andam de mãos dadas, e elas, ao contrário do que muita gente pensa, são alicerces para se construir um casamento rico e feliz. Estou embaralhando a sua cabeça? Espero que sim! Essa é a intenção! Desconstruir o que você passou a vida inteira aprendendo nos filmes de Hollywood…

Em resumo. Nós certamente encontraremos a pessoa “certa” eliminando de nós as ideias de perfeição e sendo flexíveis tanto conosco quanto com a pessoa que dizemos amar. Esse é o caminho para ser feliz no casamento! Pense com carinho em tudo isso…

Imagem de capa: Shutterstock/Ruslan Guzov

Por que vivemos a sensação de déjá vu?

Por que vivemos a sensação de déjá vu?

Déjá vu é uma expressão francesa, que significa “já visto”, é usada para indicar um fenômeno que acontece no cérebro. O termo foi utilizado pela primeira vez por Emile Boirac, um investigador dos fenômenos psicológicos.

É uma palavra também usada nos manuais de neurologia, psicologia e biologia, assumindo vários significados. Porém, existem diferentes teorias dúbias, como as de vidas passadas, aparições sobrenaturais e o senso comum, que aparecem para mistificar o fenômeno.

Assim Déjà vu é quando sentimos alguma coisa pela primeira vez e temos a sensação de já ter visto ou experimentado aquela sensação antes, ou melhor, é um “replay” de alguma cena ou momento, mas que nunca aconteceu.

Déjá vu surge quando determinada memória, por algum motivo desconhecido, vai para a memória em longo prazo, sem passar pela memória em curto prazo. Alguns cientistas acreditam que esse fenômeno é disparado por uma ação neuroquímica no cérebro, que não está conectada a nenhuma experiência do passado.

As explicações de Freud nos ajudam a compreender o Déjà vu, ele afirma: “Todos os fenômenos dentro da psique são determinados, ou seja, desde que investiguemos, encontraremos a causa das associações. Os fenômenos externos, por outro lado, é uma mistura de outras causas e acasos. Melhor dizendo, o que acontece fora de nós não necessariamente vai significar alguma coisa”.

Esses pressupostos confirmam a explicação, de que Déjà vu se manifesta em uma reação psicológica da transmissão de ideias de que já estivemos naqueles lugares antes, que já se viu aquelas pessoas, mas sem saber ao certo aonde, como e quando vivemos tal situação. Freud resume: “Dito em termos sucintos, a sensação do Déjà vu corresponde à recordação de uma fantasia inconsciente.”

Assim a psicanálise entende que Déjà Vu é aquele conteúdo que é sentido pela consciência, que é um conteúdo inconsciente que, em outro momento, passou pela consciência em um sonho ou em uma fantasia quotidiana. Devido ao recalcamento, o conteúdo não está mais disponível à consciência, salvo quando acontece.

Déjá vu ocorre em cerca de 60% da população mundial, como sendo uma visão do futuro, uma vez que o fenômeno ocorre apenas em momentos exatos, e nunca em situações precedentes, que dura de 10 a 30 segundos e logo submerge.

Um exemplo é o britânico, de 23 anos, que há oito anos experienciou episódios de Déjá vu, com uma frequência que tem intrigado os cientistas. A dúvida dos pesquisadores é de que o problema tenha sido desencadeado por excesso de ansiedade. O jovem chegou a ter que evitar assistir televisão, ouvir rádio e ler jornais, pois sempre tinha a sensação de ter vivido essas histórias antes.

Enfim Déjà vu é uma experiência baseada nos vários tipos de memória, como a memória imediata, a memória de pouca duração, que dura algumas horas e a memória de futuro próximo, que dura meses ou até anos, dando assim a sensação que o fato já ocorreu antes.

Imagem de capa: Zolotarevs/shutterstock

A dor da hipersensibilidade

A dor da hipersensibilidade

Ser hipersensível neste planeta tal como ele se apresenta exige muito autoconhecimento, muita coragem e resiliência.

A dor que sentimos às vezes pode ser sufocante, pode nos derrubar.

Não bastassem as nossas próprias dores – passadas, presentes, conscientes ou não -, sentimos também a dor dos outros, sentimos a dor do mundo.

É como viver se equilibrando em uma corda bamba, hora pendendo pra cá, ora pra lá, pouco ficando firme e estável.

Não somos inabaláveis. Pelo contrário, somos permeáveis. Absorvemos. Sentimos. E sentimos muito.

Mais do que a dor, se não estivermos permanentemente atentos, seremos atingidos frontalmente pelo caos coletivo: escassez, injustiças, conflitos, desesperança, medo, traições. Somos especialmente vulneráveis ao inconsciente coletivo.

E todo esse turbilhão emocional nos causa ansiedade. Às vezes, muita ansiedade. Ansiamos que tudo fique bem, que tudo se acalme, que toda essa coisa ruim vá embora, logo.

Porém, se não tivermos o conhecimento necessário do fenômeno, poderemos sucumbir. Por não entendermos o que está se passando, que isso tudo não é nosso, que não é má vontade da nossa parte. Muitas vezes, também, por não sabermos que a melhora exige uma mudança de postura que só nós podemos fazer por nós mesmos.

Por isso, aprender a lidar com a hipersensibilidade é fundamental. Estamos vivendo uma experiência terrena, na densidade, e precisamos aprender a lidar com as suas dualidades e imperfeições.

Assim, antes de mudar o mundo, precisamos ajustar nossas reações, nosso ponto de vista, nossa vibração.

Compreender que precisamos nos conectar com frequências superiores, vibrar no amor, na alegria e na serenidade a maior parte do tempo. Porque, ao nos mantermos ligados a energias benéficas, o negativo não ressoará em nós. Ele continuará a existir, mas não nos afetará tanto. Estaremos um tanto blindados.

Precisamos entender, definitivamente, que sentir a dor dos outros não os ajudará, não aliviará ninguém. Pelo contrário, nos prejudicará e nos impedirá de realmente ajudarmos.

Auxiliamos o mundo a superar a negatividade e a evoluir quando aumentamos nossa frequência vibratória, ressoando harmonia, luz e amor. Simples assim.

Imagem de capa: Zolotarevs/shutterstock

Liberdade é se livrar do que faz mal

Liberdade é se livrar do que faz mal

Fala-se muito em liberdade, hoje em dia, ainda mais por estarmos vivendo cada vez mais presos a tarefas, a serviços, a regras de como viver, como aparentar, como ser feliz. Ditam-se normas e modelos a serem seguidos, atrelados ao consumismo que confere status e à necessidade de se estar em um relacionamento, para que a felicidade plastificada possa ser estampada pelas redes sociais.

Na verdade, liberdade a gente conquista e sente intimamente, quando consegue se afastar do que faz mal, do que aprisiona nossa capacidade de ser feliz. Triste é viver uma vida pela metade, uma vida que parece não nos pertencer, por medo de nos lançarmos em direção aos nossos sonhos de vida, ao encontro de tudo o que alimenta as batidas de nossos corações.

Liberdade é conseguir manter aquilo em que se acredita, a despeito das contrariedades e dos nãos que se enfrentam por conta disso. É não deixar de manter firmes as convicções que sustentam os passos da jornada, seguindo sempre em frente, mesmo que doa, mesmo que desacreditem, ainda que desencorajem de todas as formas possíveis.

Ser livre implica aceitar-se exatamente como se é, não se importando com os ditames de modas e estilos, vestindo o que é confortável, ouvindo a música que agrada, frequentando os ambientes que trazem conforto e acolhimento. Liberdade tem a ver com o ir e vir leve, solto e sorridente.

Liberdade é sabermos exatamente o que não deve fazer parte de nossas vidas, tendo certeza de quem deve cair fora, de quem não nos merece e não ficará nunca por perto. É conseguir sair de relacionamentos falidos, de amizades insossas, de empregos desumanos, antes de sermos esmagados pelo peso de uma infelicidade que não nos pertence.

Pessoas livres não têm medo da dor, não temem sofrer, pois conseguem enxergar o horizonte, o que vem depois da escuridão. Isso é esperança, fé, certeza de que recomeços podem vir todos os dias. Mesmo que sofram, que sejam julgadas, que percam e se percam, entendem que o tempo trará novas possibilidades e oportunidades.

Portanto, liberdade não cai do nada no colo de ninguém; conquista-se, luta-se por ela, atravessando barreiras e temores, enfrentando julgamentos e dores. Ser livre é um dos maiores prazeres da vida, simplesmente porque quem é livre já conseguiu expulsar de sua vida tudo e todos que a tornavam menos digna, menos vivida.

Imagem de capa: Look Studio/shutterstock

Se você maltrata uma mulher, não homenageie as demais.

Se você maltrata uma mulher, não homenageie as demais.

Em meio a essa infinidade de mensagens fofinhas que recebi e vi nas redes sociais, me peguei pensando nas milhares de mulheres espalhadas por esse planeta. Me dei conta de que, nesse exato momento, existem mulheres angustiadas diante do peso de serem pais e mães de seus filhos. Só quem cria um filho nessas condições saberá entender essa angústia.

Não é fácil olhar para um filho e vê-lo crescendo amputado emocionalmente pela ausência do afeto e da referência paterna. Principalmente quando essa mulher teve o melhor pai do mundo. Ver uma criança órfã de pai vivo dói e causa muita indignação.

Nesse exato momento, alguma mulher está recebendo um telefonema da escola do filho informando que ele não está bem e que apresenta sérias alterações no boletim e no comportamento. E essa mulher, talvez em pleno expediente do trabalho, não vai poder ir ao colégio do filho pois não pode dar motivos para perder o emprego, que, embora a escravize e pague uma miséria, é tudo o que ela tem para, ao menos, se alimentar com o básico. Há, também, aquelas que estão no trabalho pensando no filho pequeno que ficou doente em casa, queimando de febre, na companhia de irmãozinho. Imaginem o grau de angústia dessa mãe

Essa mesma mulher, provavelmente, foi ao banheiro chorar. Ela não tem com quem contar, o pai da criança é completamente ausente. Ela está a tempo de enlouquecer, cansada, exausta, sem tempo nenhum para cuidar de si. Ela carrega o mundo nas costas, mas isso é indiferente aos olhos da sociedade. Além de tudo, ela tem que lidar com um monte de dedos que a apontam como irresponsável por ter engravidado solteira ou por não ter sido “sábia o suficiente para edificar o lar e manter o casamento”. Por onde anda o pai das crianças? Não se sabe ao certo, mas, muito provavelmente, ele parabenizou muitas mulheres hoje pelo dia delas.

Essa mulher trocaria todas as felicitações que recebeu no whatsapp por alguma atitude prática, algo que realmente fizesse a diferença na vida dela. Quem sabe, alguém que dissesse: olha, quando você não puder ir à reunião do seu filho, eu irei, se eu tiver livre. Ela está se arrastando de tanto cansaço, de tanta dor na alma, de tanta insegurança, de tanto receio, de tanto medo do futuro. Ela tem medo de não dar conta de tanta responsabilidade que ela acabou assumindo sozinha. Ela não as assumiu porque é forte, ela as assumiu porque não teve outra alternativa.

Essa mulher não quer flores, não quer mensagens, não quer bombons, não quer nada disso. Ela só quer sentir que existe alguém nesse mundo que poderia estender-lhe a mão quando ela precisar.

As palavras, o vento leva. São as atitudes que fazem realmente a diferença.

Agora, pare e pense: há algo que você possa fazer de positivo por alguma mulher que faça parte do seu convívio? Se você é pai, tem dado assistência aos seus filhos ou finge que eles não existem? Pois é, caso você seja o responsável por algum sofrimento no cotidiano de uma mulher, não perca o seu tempo parabenizando as demais. Pense apenas que você poderia estar amenizando o sofrimento de uma e não o faz.

Sei que o texto é áspero, mas, nutro a esperança de que ele inquiete alguém, uma alma que seja, e que surta algum efeito. Textos fofinhos sobre o dia das mulheres, existem centenas circulando pela internet. Contudo, não consegui fazer nada poético sobre o tema.

Imagem de capa: tomkawila/shutterstock

4 coisas que os avós fazem pelos netos melhor do que qualquer outro membro da família

4 coisas que os avós fazem pelos netos melhor do que qualquer outro membro da família

Todos nós sabemos que não existe regra absoluta e que, assim como nem todos pais ou mães são pessoas boas, os avós também podem deixar a desejar. Entretanto, se pensarmos de maneira social e histórica no papel dos avós ao longo da existência humana, entenderemos que eles têm o seu lugar ao sol junto aos netos e aos benefícios que trazem.

Abaixo, seguem 4 coisas que os avós fazem pelos netos e que dificilmente outros membros da família farão com tamanha excelência:

1- ATENÇÃO DE QUALIDADE

pelo falo de estarem em outra etapa de suas vidas, os avós normalmente possuem mais TEMPO para dedicar aos seus netos. Eles também estão livres dos deveres e responsabilidades diretos da maternidade e da paternidade e por isso ficam disponíveis para direcionar uma atenção de maior qualidade para atender e suprir as necessidades dos netos nas mais variadas esferas, sem tantas responsabilidades com limites. E fazem isso com muito amor.

2- TRADIÇÃO E IDENTIDADE

eles são os contadores de histórias da família. Sabem explicar quem é parecente de quem e o que os seus pais faziam quando eram pequenos. Eles mostram álbuns de fotografia e falam de outras épocas com brilho nos olhos. Por serem mais velhos, também se tornam mentores, pois transmitem seus conhecimentos sobre a vida. Eles contam como tudo aconteceu e nos mostram como nós pertencemos e somos parecidos com tudo aquilo.

3- DIVERSÃO

os avós são do tempo em que criança construía seus próprios brinquedos. Alguns deles até sabem brincadeiras antigas e as ensinam para os netos. Com eles, até na hora de brincar, os netos também aprendem que o tempo não precisa ser tão rápido e que as pessoas podem viver em ritmo diferentes.

4- SEGURANÇA E CARÁTER

Todo mundo sabe que os netos podem fazer tudo o que querem, menos o que os avós não deixam. Sendo assim, os avós se esforçarão para serem exemplos, mas também para serem responsáveis dando bons exemplos. Suas presenças trarão conforto e encorojamento. Eles estarão lá quando o clica com seus pais não estiverem bom ou até se eles se separarem. Avós são âncoras afetivas.

Imagem de capa: StockLite/shutterstock

Método genial ensina pais a estimularem a leitura dos filhos

Método genial ensina pais a estimularem a leitura dos filhos

Afetividade, tempo, interatividade, critividade e curiosidade. Quando amamos, sem que percebamos, desenvolvemos meios para abranger toda essa lista, pois dividimos o nosso tempo e, com o tempo, passamos a interagir, criar, nos afeiçoar cada vez mais e instigar quem está conosco. Afinal, permanecer junto exige muita criatividade. E os pais que amam seus filhos sabem bem disso!

Na Itália, uma mãe fez o maior sucesso na internet quando divulgou uma maneira de incentivar a leitura de seus filhos que estavam passando tempo demais só na internet. A ideia foi tão boa que viralizou no mundo tornou um belo exemplo a ser seguido:

Segue a proposta:

Querido pai, querida mãe,

Com que frequência você censurou seus filhos por terem passado muito tempo na internet ou nos games? Algo como:

“Em vez de se sentar com os olhos colados ao seu celular, por que você não lê um livro legal! Os livros são os objetos estranhos que você pode encontrar na biblioteca”.

E então as queixas e discussões começam.

Os smartphones envolvem completamente os jovens… são onde as crianças entram nas mídias sociais e conversam com os amigos. A conexão wi-fi é sua chave mágica para a felicidade.

Se você está procurando uma maneira inteligente de aproximar seus filhos da leitura e tirá-los do WhatsApp, veja o exemplo desta mãe engenhosa que encontrou uma maneira original de educar seus filhos sobre como usar a internet com sabedoria. Sua ideia, que tornou viral na web, também foi relatada na edição italiana do Huffington Post:

“A senha do wi-fi desta semana é a cor do vestido de Anna Karenina no livro… Eu disse o livro, não o filme!! Boa sorte! Mamãe”, ela escreveu em um pedaço de papel.

A única maneira que seus filhos (em idade escolar) poderiam encontrar a senha para a conexão à internet era lendo o livro de Tolstoi.

Não é ruim quando um truque faz as crianças se apaixonarem pela leitura e isso faz obter o seu wi-fi muito desejado se a resposta for correta!

O destino final é a experiência de navegar pela literatura, mas uma pequena caça ao tesouro em uma obra literária é uma ótima maneira de eles começarem.

E quem não gosta de caça ao tesouro?

A propósito, você já leu Anna Karenina?

Ou seja, para se conectarem a internet, os pequenos precisam ler um livro e desvendar o enigma da senha.

Se os pais tiverem bom senso na escolha de leituras, isso certamente pode funcionar.  Vamos tentar?

Editorial CONTI outra. Imagem de capa:  Haywiremedia/shutterstock

Colírio que cura miopia e danos nas córneas foi desenvolvido e já está patenteado por israelenses

Colírio que cura miopia e danos nas córneas foi desenvolvido e já está patenteado por israelenses

A visão é um de nossos principais sentidos. Ela é porta de entrada para grande parte das informações que assimilamos ao longo de nossas vidas. Logo, tê-la prejudicada, ou mesmo perdê-la, costuma ser um obstáculo.

Como exemplo, vejam algumas imagens dos fotógrafos Kevin Burg e Jamie Beck que criaram a série animada que chamaram de “Vendo New York – através de minhas lentes Giorgio Armani’ (‘Seeing New York – through my Giorgio Armani lenses’), onde mostram sua percepção da realidade através das lentes.

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A pesquisa

Sabendo da importância social e interacional da visão, uma equipe de cientistas israeleses da Universidade Bar-Ilan e do Centro Médico Shaare Zedeke  desenvolveu um colírio capaz de reparar danos nas córneas e miopia. O colírio já foi patenteado e recebeu o nome de “nanodrops”. Seu uso, segundo informa a publicação de The Jerusalem Post promoveria o reparo gradativo dos problemas oftálmicos relatados sem a necessidade de intervenção cirúrgica.

Dr. David Smadja, que é um dos médicos responsáveis pelos estudos,  relatou que ainda não existe um tempo previsto para os resultados definitivos, mas acredita que a almejada comprovoção dos estudos causará uma revolução nos tratamentos que temos hoje disponíveis.

Segundo a publicação americana da revista Good News Network e do Blog brasileiro referência em boas notícias, Razões para Acreditar, os resultados iniciais das pesquisas em animais foram tão satisfatórias que agora é uma questão de tempo para que os testes em humanos sejam realizados e o produto fique cada vez mais próximo da comercialização.

Estamos aguardando e torcendo por bons resultados. Afinal, agora sabemos que tem gente trabalhando para facilitar a nossa vida!

Editorial CONTI outra. Imagem de capa: Por Nomad_Soul/shutterstock

Amor é uma questão de cuidado…

Amor é uma questão de cuidado…

Podemos disfarçar, fechar os olhos, distrair a própria vontade, mas a verdade é que sempre sabemos quando um amor chega ao fim.

Sabemos que nenhum amor acaba de repente. É aos poucos que o interesse vai se perdendo, o respeito dando lugar às grosserias e o companheirismo virando obrigação. O fim é apenas a sentença.

Ninguém acorda, do nada, e diz “não te amo mais”. Antes de qualquer fim, tem o cansaço. A gente cansa de compreender, de discutir, de avisar. Cansa de tentar arrumar a alma, de fazer carinho, de olhar nos olhos. O amor acaba das mais diversas formas e, nem sempre, o motivo é palpável.

O riso fácil não é mais espontâneo, o tempo dedicado à relação já não existe e os olhos já não sentem atração. Amor acaba quando a demonstração de afeto dá lugar às constantes desculpas, quando não há cuidado com as palavras ou quando a companhia vira angústia. Assim acaba o amor: no descuido do que é essencial e na valorização do supérfluo.

Por mais que fechemos os olhos para a verdade, sabemos que nenhuma relação sustenta-se sem amor. Guimarães Rosa, em Grande Sertão Veredas, dizia que “só se pode viver perto de outro, e conhecer outra pessoa, sem perigo de ódio, se a gente tem amor. Qualquer amor já é um pouquinho de saúde, um descanso na loucura”.

As pessoas parecem não entender que o comodismo cega. Confundem “amor tranquilo” com “amor acomodado” e esquecem que, assim como a Arte, o amor precisa de criatividade para permanecer.

Não é preciso jantares afrodisíacos, declarações em outdoor, nem tatuagem com o nome da pessoa amada. O que o amor exige é cuidado com os (básicos) detalhes da vida cotidiana.

Arrume um tempo para as mensagens inesperadas, mande flores sem motivos, perdoe sem condições. O que pode não fazer sentido hoje, pode salvar a relação amanhã.

Não negligencie o amor, a conta sempre vem. Seja capaz de amar sem medidas, demonstrar sem plateia e respeitar incondicionalmente. Amor, meu bem, é uma questão de cuidado.

Imagem de capa:4 PM production/shutterstock

Eu tenho a honra de encontrar você!

Eu tenho a honra de encontrar você!

Estava vendo um filme alemão na TV, rodado na Baviera, onde se fala um dialeto regional. Lá, quando alguém se despede, não diz “Auf Wiedersehen!” ou “Tchüss!“, como no resto da Alemanha. Lá se diz “Servus!” (que é ótimo para estrangeiros, pois é fácil de pronunciar), mas se diz também “Habe die Ehre!”, que significa “Eu tenho a honra”. Tanto “Servus!” como “Habe die Ehre!” podem ser ditos ao chegar como ao se despedir.

No filme, dois homens se encontraram e se cumprimentaram com “Habe die Ehre!”. Eles conversaram por um longo tempo e, ao se despedirem, disseram novamente “Habe die Ehre!”.

Fiquei pensando sobre isso. É uma forma bonita de se saudar e se despedir. “Eu tenho a honra de encontrar você!”, “Eu tive a honra de encontrar você!”. É uma maneira de dizer ao outro que ele é estimado e respeitado (mesmo que as pessoas nem sempre pensem no significado dessas palavras ao dizê-las). São palavras gentis.

Identifiquei-me com “Habe die Ehre!” porque é assim que costumo encontrar as pessoas.

Ser gentil não é questão de ser politicamente correto nem de mera formalidade social. É muito mais uma questão de ser humano, um ser social, que precisa das pessoas à sua volta e que por isso precisa honrá-las para assim honrar a si mesmo, já que cuidar bem de suas relações é cuidar bem da própria necessidade humana de ter a companhia de outros humanos e não viver isolado.

Seria tão bom se não desaprendêssemos a nos respeitar mutuamente, mesmo em momentos críticos, em fases duras da vida, mesmo quando a discussão é cerrada, a tensão à nossa volta aumenta e os histéricos já ensaiam entrar em pânico.

Precisamos ter cuidado para não perdermos um dia esse dom tão lindo que temos de viver em grupos sociais, de sermos capazes de nos relacionarmos pacificamente com nossa própria espécie e de superarmos os obstáculos da vida juntos, unindo nossas forças e nossas ideias.

O problema é que muita gente anda rude, a hostilidade, a grosseria e a falta de respeito e boas maneiras só parecem aumentar. Os rudes, porém, não são a maioria, disso estou convicto. Os rudes só são mais barulhentos e chamam mais a atenção. Mas, mesmo como minoria, eles são perigosos porque polarizam e atrapalham assim nossas relações.

Gente insegura, assustada com o barulho dos rudes, termina se deixando instrumentalizar, o que faz com que a grosseria cresça ainda mais e o resultado é essa grande falta de empatia e respeito que vemos por aí atualmente.

Não precisamos disso. E isso não nos faz bem! O que precisamos é despertar, sim, acordar e perceber o óbvio: se os rudes são uma minoria barulhenta, eles só incomodam porque uma maioria gentil anda calada. Sim, é isso mesmo: andamos nos calando perante a grosseria, dando espaço para que os rudes se espalhem e façam ainda mais barulho.

Peço aos gentis que não se calem, pois precisamos de palavras gentis. Precisamos de gente que honre o outro, mesmo quando o outro é difícil, mesmo quando a situação é complicada, mesmo quando muitas coisas incentivam a pagar grosseria com a mesma moeda. Precisamos de gente que entende que perder o respeito pelo outro, por sua dignidade, reagindo então com a mesma grosseria, não é somente desonrar o outro, mas também a si mesmo.

Não tenha medo de ser gentil, não tenha medo de honrar o outro ao encontrá-lo, mesmo que ele seja grosso, mesmo que você não goste dele, mesmo que queira manter uma distância saudável daquela pessoa. Não somos obrigados a gostar de ninguém, podemos discordar de opiniões e não temos que conversar com todo mundo, mas, quando o fazemos, quando entramos em contato com o outro, seja de que forma, o respeito é intocável, inviolável e deveria valer sempre e para todos.

Se um rude cruzar seu caminho, lhe tratar mal e faltar com respeito por sua pessoa, não aceite, diga isso a ele, mas diga com gentileza. O resto depende então do outro: se ele estiver aberto ao diálogo e disposto a se comunicar de forma respeitosa, tudo bem, prossiga gentil. Mas, se ele reagir com grosseria, rejeitando o diálogo civilizado, despeça-se cordialmente e se afaste, pois a gentileza é um presente que não devemos desperdiçar com gente que insiste em ser grossa e não está interessada em um outro nível de comunicação. Se afaste, mas sem ser grosso, pois, assim, você não estaria sendo diferente de quem lhe tratou com grosseria.

Nunca esqueça: gentileza gera gentileza!

O importante é cuidar da própria gentileza, respeitando o outro e também a si mesmo, sem se deixar contaminar pela grosseria dos rudes, já que a gentileza é a base que segura nossos relacionamentos em um nível saudável e respeitoso. Seja gentil e a gentileza à sua volta aumentará. Seja grosso ou se cale diante da grosseria e os rudes vencerão!

Vamos ser então gentis, pois é nossa gentileza que cicatriza muitas feridas causadas pela grosseria que vemos por aí.

“Habe die Ehre!“, prezado leitor ou prezada leitora. Foi uma honra encontrar você.

Imagem de capa:Tatiana Bobkova/Shutterstock

6 motivos surpreendentes para assistir o filme “Pequena Grande Vida”

6 motivos surpreendentes para assistir o filme “Pequena Grande Vida”

Dirigido por Alexander Payne e protagonizado pelo galã Matt Damon, o filme “Pequena Grande Vida” (Downsizing) surpreendeu-me em diversos aspectos que vão do humor nada convencional e tragicômico à crítica a diversos esteriótipos sociais da atualidade.

No enredo, devido a evolução científica, as pessoas passam a ter a opção de diminuir de tamanho, ficar com 13 cm de altura, e viver em pequenas comunidades ao redor do mundo.

Se o primeiro terço do filme se arrastou no que parecia um filme de sessão da tarde enfadonho e sem graça, o segundo momento deu abertura para uma explosão de reflexões sociais.  Ou seja, se você também achar o começo do filme chato, espere mais um pouco! E, o contrário é verdadeiro, se você gostar da primeira parte, a chance de não gostar da segunda é bem grande porque o estilo muda.

Abaixo, listo uma série de motivos relacionados ao comportamento humano que me fizeram gostar desse filme e indicá-lo para vocês:

1- Nem sempre as “causas sociais” que alegamos são as verdadeiras razões de nossas escolhas.

A ideia de uma grande mudança é atraente quando nos cansamos de nossas vidas. Viagens habitam nossos sonhos. Queremos morar em lugares diferentes e conhecer coisas novas. Sempre existe uma ilusão de que a felicidade está em um lugar além do que conseguimos alcançar hoje. Ainda existe a ideia de que quem tem mais é mais feliz. E isso não foi diferente para o protagonista do filme e sua esposa. Logo, quando surgiu um o convite para mudança com uma proposta sedutora- e que disse o que eles queriam ouvir- eles foram imediatamente iludidos. Vendia-se a ideia de que o encolhimento seria ecologicamente correto (ideia socialmente bem vista), mas logo no início percebíamos que as pessoas queriam era fugir das suas rotinas.

2- A insatisfação humana persiste independente das mudanças que façamos hoje.

O ser humano mantém-se em movimento pelo desejo que carrega dentro de si. Ele quer coisas novas, lugares e experiências diferentes. Depois da mudança e do período de adaptação, os problemas anteriores, que são levados junto com a pessoa em sua essência, permanecem. Outro ponto interessante é que as pessoas responsáveis pelo encolhimento não perdem o delírio de final apocalíptico do mundo- crítica aos movimentos radicais com os quais, de vez em quando, nos encontramos por aí.

3- As pessoas queriam ser menores para consumir mais e ter mais

A venda do processo do encolhimento traria uma possibilidade quase infinita de consumismo através do aumento do poder de compra. O filme satiriza essa situação humana com bastante ênfase. O dinheiro valeria muito mais e compraria muito mais. Comprando mais as pessoas seriam muito mais felizes….mas a coisa não é bem assim.

4- A oportunidade de ver a atuação da atriz  Hong Chau no papel da  faxineira vietnamita refugiada Ngoc Lan Tran

Ngoc Lan Tran é uma ativista refugiada que teve sua perna amputada. Sua entrada no filme é triunfante com momentos de humor.- inclusive humor negro. É ela que indica ao nosso protagonista, através de suas ações, que a vida precisa de um sentido e que existe uma beleza humana que está muito além da aparência externa.

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5- A exclusão social, oportunismo e conflitos nos acompanham por onde formos, pois estão na essência humana.

O filme mostra que a ideia de que existe um lugar perfeito e administrado com excelência é mais fruto das nossas expectativas do que da realidade. Uma vez que as pessoas estão na comunidade, suas personalidades e traços de carater vão com elas. E, como vocês poderão ver, nem sempre essas características são as ideais.

6- A vida, independente de nosso tamanho e posses, só tem razão de existir quando encontra um propósito.

A felicidade, dentro do enredo, só será encontrada quando o mundo for visto como ele realmente é. O homem, lá inserido, só achará razões para viver e voltar a ser feliz, quando nesse mundo tiver uma contribuição que justifique sua existência e auxilie na existência dos outros.

Eu adoraria saber a opinião de vocês sobre o filme. Qual parte mais gostou? Ou, se não gostou? Por que não gostou?

Lembrem-se sempre que esse é um espaço de discussão onde não existem donos da verdade. Estamos aqui para trocar informações e formarmos nossas próprias opiniões.

Imagens: reprodução

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