E o que parecia ser o fim, acabou sendo um lindo novo começo!

E o que parecia ser o fim, acabou sendo um lindo novo começo!

O término de um relacionamento. A demissão do emprego. A não conquista da vaga na faculdade. A ruptura da família. A morte. São tantas as situações de “fim” a que estamos fatalmente destinados ao longo de nossa trajetória na Terra, que nem deveríamos nos surpreender e muito menos nos abater tanto com elas.

A questão é que a gente tem uma baita dificuldade em lidar com as mudanças de rota que vêm à nossa revelia, independentemente da nossa vontade ou querer; mas elas vêm, ou podem vir. E já que não há nenhum botãozinho que nos faça retroceder no tempo, qual um controle remoto de Smart Tv, o jeito é encarar os fatos, analisar sobre o tamanho do estrago, tirar da situação a maior aprendizagem possível e seguir em frente.

Agora, pense comigo: supondo que a vida fosse uma trilha a ser vencida a pé, você acha que é uma boa ideia colocar na sua mochila alimentos vencidos, sapatos que não servem mais ou mapas que mostrem destinos para os quais você não tem como voltar?! Quanto peso inútil, não é mesmo?

No entanto, é exatamente isso que a gente faz. Enche a mochila nova com coisas velhas bolorentas, que não servem para nada. E deixamos de abrir espaço para aquilo que realmente pode nos ajudar a encontrar novos caminhos, trilhar novas estradas, nutrir novos sonhos.

Então… pense na sua mente e no seu coração, como mochilas novinhas em folha. O que você realmente quer levar aí dentro? O que realmente importa para você agora?

Se o namoro, o casamento, o noivado, o rolo, ou a confusão de sentimentos que o unia a outra pessoa acabou. Dê a ele uma cerimônia digna de um fim digno. Agradeça a experiência vivida. Abençoe os momentos lindos vividos. Deseje o bem ao outro. E siga em frente!

Se o seu trabalho não existe mais, por sua própria iniciativa ou não, coloque a cabeça no lugar para analisar com clareza perdas e danos dessa sua vivência profissional. Olhe com ternura para os erros cometidos, sejam eles seus ou não. Coloque-os na prateleira das aprendizagens concluídas e libere espaço na prateleira das aprendizagens que virão. Vire a página. E siga em frente!

Se não foi dessa vez que você ingressou naquele curso tão sonhado, debruce sobre seus resultados; olhe para eles com olhar investigativo, e não pesaroso. Descubra o porquê de seu baixo rendimento, ou rendimento ineficiente. Trace novas metas, elabore um planejamento de estudo que contemple o que não foi contemplado anteriormente. Erga a cabeça. E siga em frente!

Se a sua família mais parece um amontoado de mafiosos sicilianos, vive se engalfinhando em disputas de poder, vive mergulhada na falta de comunicação amorosa, vive numa montanha-russa de “ata e desata”, “morde e assopra”… talvez esteja na hora de você guardar dessa gente algum distanciamento. Se errou, peça perdão e trate de descobrir um jeito de minimizar os danos causados, trate de se comprometer a não errar mais. Se sofreu com os erros alheios, perdoe. Retire-se do olho do furacão por um tempo. Respire. E siga em frente!

Se teve a dolorosa missão de ver partir para sempre alguém que lhe era caro e querido, seja humano ou um bichinho amado, permita-se viver o luto, permita-se guardar na memória apenas o que gerou alegria para ambos. Conjure uma bolha de luz para aquele que partiu. Deixe-o ir. E siga em gente!

“Não há bem que dure para sempre, nem mal que nunca se acabe”, aprendi essa bonita lição com a minha avó, Dona Nenê. Era uma velhinha danada de sabida. Tenho para ela uma linda bolha de luz, onde nos encontramos quando a saudade aperta demais. Nos olhamos. Nos abraçamos. Nos amamos. E depois… SEGUIMOS EM FRENTE!

Imagem de capa: soft_light/shutterstock

Que sejam doces os dias em que estivermos juntos: sobre um amor possível

Que sejam doces os dias em que estivermos juntos: sobre um amor possível

Que sejam doces os dias em que estivermos juntos. Que não nos falte ternura e entendimento nas nossas conversas. Que quando a saudade apertar, a sinceridade possa ser a primeira e a última palavra descrita pelos nossos lábios. Que tenhamos todo o tempo merecido, trocando abraços, planos e muitos sorrisos. Que nos dias em que nada disso puder acontecer, tanto eu quanto você ainda saibamos respeitar esses intervalos porque, no fim, o que realmente importa é nos querermos de um jeito leve e recíproco.

Que sejam doces os dias em que discordarmos. Que tenhamos a paciência e a cumplicidade de olharmos para o outro e percebermos que relação alguma funciona sem que existam pensamentos diferentes. Que a sintonia almejada pela maioria dos amores não nos iluda ao ponto de ignorarmos o que cada um de nós pode aprender e ensinar porque, no dia a dia, o que realmente importa é nos aceitarmos de um jeito livre e atencioso.

Que sejam doces os dias em que um de nós não estiver bem. Que tenhamos a entrega e a parceria de quem se importa com os sentimentos do outro. Que nesses dias o essencial seja oferecer colo para abrigar e confortar quem escolheu fazer parte, por interesse e poesia, de cada centímetro do coração. Que o entrelace das nossas mãos tenha disposição de sobra para segurar os instantes não tão felizes porque, nas horas difíceis, o que realmente importa é nos apoiarmos de um jeito gentil e bem-vindo.

Então, que sejam doces (principalmente) os dias em que decidirmos seguir caminhos opostos. Que se algum dia não enxergarmos mais um futuro, que sejamos gratos pelo amor compartilhado. Que não terminemos como os amores invejosos que, magoados e cansados, desistem de todos os instantes e passam a ser meros desconhecidos. Que o nosso amor seja um exemplo de memória, onde qualquer indício de realidade carregue o meu e o seu nome porque, em um amor possível, o que realmente importa não é pra sempre – e sim pra agora.

Imagem de capa: KIRAYONAK YULIYA, Shutterstock

Quando menos se merece- Ana Jácomo

Quando menos se merece- Ana Jácomo

No corredor da minha casa há um quadro de metal onde exibo, mais para os meus olhos do que para os alheios, fotos, textos, bilhetes, cartões, pequenas doses de doçura, capazes de me fazer lembrar de pessoas e coisas preciosas para mim. Às vezes passo semanas seguidas sem incluir ou excluir peça alguma e sequer pousar os olhos nelas, mas quando algum fato estreita o meu coração em lugar pouco arejado, eu costumo caminhar até lá para me nutrir com os recados que geralmente me ajudam a respirar um pouco mais macio.

Entre as relíquias, existe um cartão que comprei há muito tempo e que diz uma das frases mais interessantes com as quais já tive contato, identificada como um provérbio sueco. A primeira vez que li essas palavras, arrepiei literalmente, a pele é o lado de fora do sentimento, já arrisquei em outro texto. Parada na papelaria, sorri para aquele pedaço de papel na minha mão, admirada por um texto tão curto revelar uma verdade tão grande.

Procure me amar quando eu menos merecer,

porque é quando eu mais preciso.

Falamos e ouvimos à beça sobre o amor desde cedo e, apesar das nossas singularidades, costumamos ter pelo menos um desejo comum: queremos amar e ser amados. Amados, de preferência, com o requinte terno da incondicionalidade. Na celebração das nossas conquistas e na constatação dos insucessos. No apogeu do nosso vigor e no tempo do nosso encolhimento. Na vez da nossa alegria e no alvorecer da nossa dor. Na prática das nossas virtudes e no embaraço das nossas falhas. Mas não é preciso viver muito para percebermos que não é assim que o amor, na prática, costuma acontecer.

Temos facilidade para amar o outro nos seus tempos de harmonia. Quando realiza. Quando progride. Quando sua vida está organizada e seu coração está contente. Quando não há inabilidade alguma na nossa relação. Quando ele não nos desconcerta. Quando não denuncia a nossa própria limitação. A nossa própria confusão. A nossa própria dor. Fácil amar o outro aparentemente pronto. Aparentemente inteiro. Aparentemente estável. Que quando sofre, para não incomodar, por costume ou vaidade, não faz ruído algum.

Fácil amar aqueles que parecem ter criado, ao longo da vida, um tipo de máscara que lhes permite ter a mesma cara quando o time ganha e quando o cachorro morre. Fácil amar quem não demonstra experimentar aqueles sentimentos que parecem politicamente incorretos nos outros e absolutamente justificáveis em nós. Fácil amar quando somos ouvidos mais do que nos permitimos ouvir. Fácil amar aqueles que vivem noites terríveis, mas na manhã seguinte se apresentam sem olheira, a maquiagem perfeita, a barba atualizada.

É fácil amar o outro na mesa de bar, quando o papo é leve, o riso é farto, e o chope é gelado. Nos cafés, após o cinema, quando se pode filosofar sobre o enredo e as personagens com fluência, um bom cappuccino e pão de queijo quentinho. Nos corredores dos shoppings, quando se divide os novos sonhos de consumo, imediato ou futuro. É fácil amar o outro nas férias de verão, no churrasco de domingo, nos encontros temperados com erotismo, nas festas agendadas no calendário do de vez em quando.

Difícil é amar quando o outro desaba. Quando não acredita em mais nada. E entende tudo errado. E paralisa. E se faz de vítima. E perde o charme. O prazo. A identidade. A coerência. O rebolado. Difícil amar quando o outro fica cada vez mais diferente do que habitualmente ele se mostra ou mais parecido com alguém que não aceitamos que ele esteja. Difícil é permanecer ao seu lado quando parece que todos já foram embora. Quando as cortinas se abrem e ele não vê mais ninguém na plateia. Quando até a própria alma parece haver se retirado.

Difícil é amar quando já não encontramos motivos que justifiquem o nosso amor, acostumados que estamos a achar que o amor precisa estar sempre acompanhado de explicação plausível, estatísticas promissoras, balancetes satisfatórios. Difícil amar quando momentaneamente parece existir somente apesar de. Quando a dor do outro é tão intensa que a gente não sabe o que fazer para ajudar. Quando a sombra se revela e a noite se apresenta muito longa. Quando o frio é tão medonho que nem os prazeres mais legítimos oferecem algum calor. Quando ele parece ter desistido principalmente dele próprio.

Difícil é amar quando o outro nos inquieta. Quando os seus medos denunciam os nossos e põem em risco o propósito que muitas vezes alimentamos de não demonstrar fragilidade. Quando a exibição das suas dores expõe, de alguma forma, também as nossas, as conhecidas e as anônimas, as antiquíssimas e as recém-nascidas. Quando o seu pedido de ajuda, verbalizado ou não, exige que a gente saia do nosso egoísmo, do nosso sossego, da nossa rigidez, do nosso faz-de-conta, para caminhar humanamente ao seu encontro. E, ao encontrá-lo, talvez lhe dizer a verdade: “eu sei o quanto você está doendo porque eu já doí também” ou “eu sei o quanto você está doendo porque estou doendo também, agora” e/ou “porque vivo, eu estou à mercê de doer de novo. ”

Difícil é amar quando o outro repete o filme incontáveis vezes e a gente não aguenta mais a trilha sonora. Quando caminha pela vida como uma estrela doída que ignora o próprio brilho. Quando se tranca na própria tristeza com o aparente conforto de quem passa um feriadão à beira-mar. Quando sua autoestima chega a um nível tão lastimável que, com sutileza ou não, escolhe afastar as pessoas que acreditam nele. Quando nós também estamos incluídos nesse grupo.

Difícil é amar quem não está se amando. Mas esse talvez seja, sim, o tempo em que o outro mais precisa se sentir amado. Eu não acredito na existência de botões, alavancas, recursos, que façam as dores mais intensas desaparecerem, nos tempos mais devastadores, por pura mágica. Mas eu acredito na fé, na vontade essencial de transformação, no gesto aliado à vontade, e, especialmente, no amor que recebemos, nas temporadas difíceis, de quem não desiste da gente. Acredito porque nos momentos mais doídos da minha jornada eu não encontrei nenhum botão mágico, mas tive quem me amasse sem desistir de mim.

***

Nota da Conti outra: Ana Jácomo, depois de um tempo de ausência, está de volta ao Facebook. Se você a adora tanto quanto nós, siga sua página ANA JÁCOMO.

Imagem de capa: Anzheni/shutterstock

Muitas pessoas não conseguem se desligar de relacionamentos tóxicos, por acreditarem que o outro irá mudar.

Muitas pessoas não conseguem se desligar de relacionamentos tóxicos, por acreditarem que o outro irá mudar.

Muitas pessoas não conseguem se desligar de relacionamentos tóxicos, seja por acreditarem que o outro vai mudar, que as coisas vão melhorar ou porque não conseguem ver a sua vida sem aquele alguém.

A verdade é que você existia mesmo antes de conhecer essa pessoa. Você sabe que esse relacionamento só te faz mal e que você não é feliz. Talvez você tenha alguns momentos bons, mas no fundo você sabe que isso não é suficiente. Mas como dói pra você pensar na possibilidade de um fim, não é mesmo? Como é difícil se ver sem esse alguém. Como dói pensar em seguir a vida sem essa pessoa. Mesmo sabendo de todos os males que esse alguém o faz. Mesmo vivendo um amor morno cheio de ajustes e reajustes que parece não estar na média certa nunca. Eu entendo o quanto isso esteja doendo, o quanto você já suportou em nome do tal do “amor” que de amor não tem nada. Eu imagino o quanto você já acreditou em mudanças e de quanto se desdobrou em mil para fazer dar certo. Então meu conselho é:

Liberte-se. É esse o conselho que tenho para você.

Vai doer, mas também vai passar. Conviver com um amor mais ou menos não é o que você deseja para o resto da sua vida, pode acreditar. Pode bastar hoje, mas amanhã esse fardo será pesado demais. Chega de adoecer, de chorar e de ficar triste. Chega de dúvidas sobre o fato de realmente ser amado (a). Você merece certezas. A gente pode ser incerto quanto ao sabor da pizza, a roupa, mas no amor não. Amor exige certeza.

As vezes é preciso deixar algo que achamos ser tudo em nossa vida ir para percebermos que na verdade aquilo não era nada. Que aquilo que achávamos ser o nosso mundo, não passa de um pedacinho dele e que a sua ausência é necessária para que a gente consiga enxergar o nosso mundo, a nossa beleza e não perder a nossa paz. Não confunda amor com comodismo, dependência ou apego. Você não precisa dessa tempestade toda não. Liberte-se.

Imagem de capa:Federico Marsicano/shutterstock

“Há adulto que tortura criança e chama de educação”- Rubem Alves

“Há adulto que tortura criança e chama de educação”- Rubem Alves

Por Rubem Alves, em seu site oficial

Título original: Os grandes contra os pequenos

Vou contar uma estória que aconteceu de verdade. Sobre um menininho de oito anos, meu amigo. Passei, por acaso, na cidade onde ele mora. O avião chegou tarde. Seus pais foram me esperar no aeroporto. Enquanto íamos para casa perguntei:

– Então, e o Gui, como vai?

– Ah! Sua mãe me segredou, preocupada. Não vai bem, não. Na escola. O orientador educacional nos chamou. Problemas de aprendizagem, desatenção, cabeça voando, incapacidade de concentração. Até nos mandou para um psicólogo.

Fiquei surpreso. O Gui sempre me parecera um menininho alegre, curioso, feliz. O que teria acontecido?

Sua mãe continuou:

– O psicólogo pediu um eletroencéfalo…

Aí me assustei. Imaginei que o Gui deveria ter tido alguma perturbação neurológica grave, algum desmaio, convulsão…

– Não, não teve nada – a mãe me tranqüilizou. Mas o psicólogo pediu… Nunca se sabe… Até ele não aceitou o exame no lugar onde mandamos fazer. Pediu outro…

Fiquei imaginando o que deveria estar se passando na cabeça do Gui, pai e mãe indo conversar com orientador, entrevista com o psicólogo, depois aquela mesa, fios ligados à cabeça. Claro que alguma coisa deveria estar muito errada com ele. Tendo visto tantos desenhos de ficção científica na TV, é provável que ele tivesse pensado que, quando a máquina fosse ligada, os seus olhos iriam acender e piscar como luzinhas de diversões eletrônicas…

Quando acordei, no dia seguinte, estranhei. Não vi o Gui lá pela casa. Mas era sábado, dia lindo, céu azul. Com certeza estaria longe, empinando uma pipa, jogando bolinhas de gude, rodando pião, brincando com a meninada. Dia bom para vadiar, coisa abençoada para quem pode. Pelo menos é isto que aprendi dos textos sagrados, que o Criador, depois de fazer tudo, no sábado parou, sorriu e ficou feliz…

– Não, ele está estudando.

Foi aí que comecei a ficar preocupado. Assentadinho, no quarto, livro aberto à sua frente. Nem veio me dar um abraço. Ficou lá, com o livro. Cheguei perto e começamos a conversar. E ele logo entrou na coisa que o afligia:

– É, tenho de fazer quinze pontos, porque se não fizer fico de recuperação. E isto é ruim, estraga as férias…

Lembrei-me logo do ratinho preso na caixa. Se pular alto que chegue, ganha comida. Se falhar, leva um choque… O seu pêlo fica arrepiado de pavor, com medo do fracasso. Ficou doente. Fizeram-no doente.

Eu não sabia o que é que os tais quinze pontos significavam. Mas compreendi logo que eles eram o limite abaixo do qual vinha o choque. O Gui já aprendera lições não ensinadas: que o tempo se divide em tempo de aflição e tempo de alegria, escola e férias, dor e prazer… E a professora ainda queria que ele se concentrasse, e gostasse da coisa… Mas como? A cabecinha dele estava longe, o tempo todo, pensando em como seria boa a vida se a escola também fosse coisa gostosa. Desatenção na criança não quer dizer que ela tenha dificuldades de aprendizagem. Quer dizer que há alguma coisa errada com a escola, e que a criança ainda não se dobrou, recusando-se a ser domesticada…

Continuamos a conversa e ele começou a falar de uma forma estranha, que eu nunca ouvira antes. Vocês podem imaginar uma criança de oito anos falando em aclive e declive?

Pois é, não agüentei e interrompi:

– Que é isto, Gui? Por que é que você não fala morro abaixo e morro acima?

– Mas a professora disse…

Compreendi então. A pinoquização já se iniciara. Um menininho de carne e osso já não usava mais suas próprias palavras. Repetia o que a professora dissera…

Fiquei pensando em quem é que estava doente: o menino ou a escola…

Claro que o ratinho tem que ficar de pêlo arrepiado. Pois o choque vem… E eu pergunto se não está mais doente ainda quem dá o choque. Surpreendi-me com esta enorme e perversa conspiração entre a direção das escolas, os orientadores, os psicólogos. Todos unidos, contra a criança. O orientador, coitado, não tem alternativas. Se se aliar à criança, perde o emprego. Ele é o ideólogo da instituição, encarregado de convencer os pais, por meio de uma linguagem técnica, de que tudo vai bem com a escola e de que é melhor que eles cuidem da criança.

– Até que ela não é má. Só está tendo problemas. Seria bom levá-la a um psicólogo…

O psicólogo, por sua vez, fica atrapalhado. Que é que vai fazer? Desautorizar o diagnóstico de uma rara fonte de clientes? É melhor fazer um eletro. Fios e gráficos dão sempre um ar de respeitabilidade científica a tudo…

Lembrei-me da velhíssima estória do cliente que chegava ao analista e dizia:

– Doutor, tem um jacaré debaixo da minha cama!

– Sua cama não está na beirada da lagoa, está? Então não há jacaré nenhum debaixo da sua cama. Volte para casa, durma bem…

E assim foi, semana após semana, até que o tal cliente não mais voltou. O analista ficou feliz. O tipo devia ter-se curado da estranha alucinação. Até que, um dia, encontrou-se na rua com um amigo do homem do jacaré.

– Então, e o fulano, como vai? Sarou de tudo?

– Mas o senhor não soube do acontecido? Ele foi comido por um jacaré que morava debaixo da sua cama…

Há muitas escolas que não passam de jacarés. Devoram as crianças em nome do rigor, de ensino apertado, de boa base, de preparo para o vestibular. É com essa propaganda que elas convencem os pais e cobram mais caro… Mas, e a infância? E o dia que não se repetirá nunca mais? E os sonos freqüentados por pesadelos de quinze pontos, recuperação, férias perdidas e palavras de ventríloquo? Escolas- jacarés, que as crianças têm de freqüentar, e quando começam a demonstrar sinais de pavor diante do bicho, tratam logo de dizer que o bicho vai muito bem, obrigado, que é a criança que está tendo problemas, um foco cerebral com certeza, neurologista, psicólogo, psicanalista, e os pais vão, de angústia em angústia, gastando dinheiro, querendo o melhor para o filho…

Quanto a mim, considero que isso não passa de crueldade dos grandes contra os pequenos. Torturá-los agora, em benefício daquilo que eles poderão ser, um dia, se caírem nas armadilhas que os desejos dos grandes para eles armam…

Não, Gui, fique tranquilo. Está tudo certinho com você. São os outros que deveriam ser ligados a fios elétricos até que os seus olhos piscassem como se fossem lâmpadas de brinquedos eletrônicos…

Imagem de capa: Barbara Sauder/shutterstock

Eu sou intensa

Eu sou intensa

A minha vida inteira eu sempre fui intensa em tudo. Relacionamentos entre amigos, namorado. Ser intensa já me custou noites em claro, acordando de madrugada enquanto a cabeça não parava. Porém, ser intensa já me proporcionou o outro lado da moeda, momentos incríveis e com pessoas que naquele momento também eram incríveis.

Ser intensa é ir atrás do que quer, não importando as circunstâncias. Ser intensa é dar a cara pra bater não importando a dor. O problema é que quase ninguém está preparado para nós, os intensos. A gente quer pra ontem e embarcamos nos mais profundo dos sentimentos. Amamos com a alma, colorimos o cinza e trazemos um mar de agitação para a vida das pessoas.

Se a gente quer, a gente tenta. Vamos atrás, escrevemos textões românticos feito para a pessoa amada, falamos verdades em cima de verdades, demonstramos qualquer mínimo de sentimento. Não espera menos de uma pessoa intensa, porque não vai ter. Somos profundos.

Porém, a gente parece sofrer o dobro. É porque não amamos pela metade, amamos por inteiro. E quem hoje em dia ama assim, né? Só que ser intenso é também ter força pra levantar de uma queda e viver tudo de novo. Incrível a força que nos rege. Temos esperança no amor e acreditamos nele.
Sabemos que se não der certo hoje, amanhã vai dar.

A gente se doa, sofremos, levantamos e vivemos de novo.

Ser intensa é problema? Depende. Eu prefiro viver com a certeza que tenho capacidade de amar, do que viver sendo apática aos sentimentos mais lindos e profundos.

Então se é problema, eu tenho dos mais sérios.

Artigo publicado originalmente na página parceira A Soma de Todos os Afetos.

Déborah Izy é Taurina, cerveja, ler, escrever, barzinhos, cinema, séries, filmes, super heróis, e amante da vida, acredito fielmente no amor. Gerencio a página em meu nome no Facebook: Déborah Izy. Espero que gostem e se identifiquem.
Imagem de capa: Blend Images/shutterstock

Especialista em longevidade lista alimentos comuns que todo mundo come, mas não deveria comer

Especialista em longevidade lista alimentos comuns que todo mundo come, mas não deveria comer

O peixe morre pela boca, e nós também. E foi pensando nisso que o médico, escritor e palestrante especialista em longevidade, Victor Sorrentino, criou uma página no Facebook onde diariamente fornece dicas sobre alimentação para melhor qualidade de vida das pessoas.

Dentre suas dicas, a lista abaixo fez muito sucesso. Confira e forme a sua própria opinião.

“Fiz uma listinha dos alimentos que NÃO recomendo a nenhum ser humano ingerir. Espero que seja útil!

1. NUGGETS: se você imagina que está comendo peito de franco a milanesa, fique sabendo que esse alimento é feito de pasta de franco adornada por proteínas vegetais, amido de milho ou farinhas e goma. E que no Brasil a lei exige que os nuggets sejam compostos de no mínimo 10% de proteína e de no máximo 30% de carboidratos. Além de pré-frito em óleo vegetal e adicionado uma montanha de químicos para dar a liga como Guar, Xantana C35H49O29, Ácido ascórbico (ou derivados), Tripolifosfato de sódio Na5P3O10.

2. MIOJO: macarrão instantâneo é pré-cozido e pré-frito em gordura vegetal antes de ser embalado. O tempero é o campeão de glutamato monossódico e inosinato dissódico, substâncias químicas realçadoras de sabor que são altamente tóxicas e inflamatórias.

3. SALSICHAS E PEITO DE PERU: a proteína de alimentos embutidos talvez não faça sentido algum diante da carga química presente nesses alimentos. Geralmente possuem doses altíssimas de nitritos e nitratos que são altamente cancerígenos. Não se enganem, não há nada light em peito de chester light, o negócio é química pesada mesmo.

4. MARGARINA: pela milionésima vez, margarina nem chega a ser comida, é uma substancia comestível inventada pela industria para substituir a manteiga que tem o processo de fabricação mais caro e trabalhoso. Troque a margarina por manteiga, por favor!!!

5. FARINHA LÁCTEA: farinha de trigo + açúcares + conservantes. Vai dar isso para seu filho por quê?

6. BOLACHA RECHEADA: farinha + gordura hidrogenada + açúcar: tudo isso vicia e muito! Já postei sobre esse lamentável alimento que muitas famílias deixam à disposição das crianças diariamente. Veneno puro. Ah, bolacha maisena, água e sal, maria, clubsocial, tudo péssimo para a saúde de qualquer pessoa.

7. REFRIGERANTES E SUCO DE CAIXINHA: pra quem não sabe, um faz tão mal quanto o outro. Refrigerante, pela quantidade de glicose estratosférica em líquido e suco, pela quantidade de frutose e outros aditivos, fora a pasteurização que leva embora qualquer resquício de nutriente da fruta.

8. CEREAIS AÇUCARADOS: flocos de milho transgênico lavados em xarope de frutose e cobertos por açúcar refinado e adicionados de corantes coloridos e conservantes diversos. Quem precisa disso e ainda acha que é comida leve e saudável?

9. REQUEIJÃO (ATÉ O LIGHT): Me dei o trabalho de copiar os ingredientes do requeijão industrializado, bem diferente do creme de queijo que pode ser feito em casa e que levaria leite, creme de leite ou manteiga, e vinagre. Se o leite for orgânico e não de caixinha, a receita pode ser saudável. Mas vamos aos componentes do requeijão do mercado:
Leite desnatado/integral, creme de leite, manteiga, cloreto de sódio(sal), fermento lácteo, estabilizantes difosfato dissódico e fosfato trissódico e conservadores ácido sórbico e nisina, estabilizante polifosfato de sódio (INS 452), corante dióxido de potássio (INS 202), leite padronizado reconstituído, caseinato de cálcio, pirofosfato de sódio e pirofosfato ácido de sódio, regulador de acidez ácido láctico, conservador sorbato de potássio, agente de firmeza cloreto de cálcio, regulador de acidez ortofosfato de sódio, coalho. Preciso dizer mais?

10. BARRINHA DE CEREAL: A maioria delas são ricas em açúcar e sódio e os cereais de baixa significância nutricional. É o maior engodo do mercado de alimentos dos últimos anos, pois muita gente pensa que está comendo algo super saudável!

Bem, acima estão apenas citados FATOS! A decisão por colocar esses “produtos alimentícios” (que nem dá para chamar de comida) no seu carrinho será sempre SUA, assim como as CONSEQUÊNCIAS de tal ato também serão só suas (ou de seus filhos, caso seja o responsável por suas compras).

Meu papel é INFORMAR sobre o que existe de melhor e também de PIOR para a sua saúde. O que cada um fará com essa informação está fora de minha alçada, embora deseje do fundo do meu coração que todos alcancem uma vida mais plena, saudável e longe de doenças.

Seu futuro está em suas mãos, e de mais ninguém.”

Para ter mais informações e saber dos cursos oferecidos pelo especialista, acompanhe a página oficial de Victor Sorrentino no Facebook.

Às vezes é preciso doer muito, para não doer nunca mais.

Às vezes é preciso doer muito, para não doer nunca mais.

Às vezes a gente acha que não vai suportar a dor da saudade de quem decidiu partir de nossa vida. Doí pensar que aquela história bonita chegou ao fim. A gente adormece com o coração angustiado e quando acorda a dor na realidade toma conta e então a gente sabe: É preciso seguir em frente mesmo com o coração partido.

Por algum tempo eu queria saber onde você estava, queria mandar mensagem só pra te desejar bom dia. Já adormeci com o celular na mão esperando uma mensagem tua. Por muito tempo eu me torturava tentando pensar onde você estava, se havia encontrado outro alguém ou se ainda pensava em mim. Mas o telefone não tocou, as mensagens não chegaram e eu vi você seguindo a vida com um sorriso no rosto como quem parecia estar bem. Aos finais de semana eu me sentia sozinha como se faltasse algo. E me faltava você. Doeu muito. Algumas datas, encontros com amigos, rever fotos e relembrar alguns momentos foram dolorosos, confesso. Doeu muito sentir e saber que você não fazia mais parte da minha vida. E continuou doendo por mais um tempo.

Mas então eu vi que amor não é esse caos todo em que a gente vivia. Amor não combina com grosseria e com egoísmo. Doeu muito, mas depois parou de doer e eu comecei a entender que chorar baixinho pra você não ouvir não estava certo. Percebi que eu suportei muita coisa em prol de um amor egoísta. Eu digo que o egoísmo destrói relacionamentos e então eu vi que em nenhum momento você pensou em nós ou em mim, mas apenas em si mesmo, até mesmo quando decidiu partir.

Doeu mais ainda quando percebi que lutei por tanto tempo, que insisti tanto, que acreditei nas suas promessas de mudança. Por muito tempo as marcas de palavras que não deveriam ter sido ditas continuaram marcadas em mim. O teu silêncio me matou aos poucos. E doeu novamente. A sua vida estampada em redes sociais como quem está feliz fez com que doesse novamente. E de tanto doer, passou. Depois de doer muito eu recomecei. Sem raiva, sem mágoa, apenas a indiferença. Apenas o silêncio. Apenas o recomeço de um coração que deseja ser amado com toda a intensidade que um amor merece. Guardo tudo o que há de bom, jogo fora aquilo que me machucou para que eu não me torne alguém amargo. E depois de tanto doer hoje não doí mais, porque depois de tanto sofrer a gente entende que amor de verdade não é essa tempestade toda não. Amor é paz, é abrigo, é calmaria. E eu? quero a beleza de um amor maduro.

Imagem de capa: Srijaroen/shutterstock

Perdoar não significa que quem te faz mal merece perdão, mas sim que você merece paz.

Perdoar não significa que quem te faz mal merece perdão, mas sim que você merece paz.

Era o ano de 1961 quando Jonh Lewis, hoje uma lenda pela luta pelos direitos civis nos Estados Unidos, foi espancado brutalmente num pequeno povoado chamado Rock Hill. Seus agressores, membros da Ku Klux Klan, torturaram Lewis e seu amigo, depois deixaram os dois abandonados encharcados de sangue. O “delito” de Lewis havia sido ser afroamericano e ter entrado numa sala de espera para gente branca durante o segregacionismo.

Em 2009, Jhon Lewis recebeu uma inesperada visita em sua oficina. Elwin Wilson, um antigo membro do KKK e um dos homens que lhe atacou, pediu desculpas e perdão pelo que havia feito. Jhon Lewis, quinze anos antes, havia escrito para o The New York Times que era necessário perdoar George Wallace, o ex-governador segregacionista do Alabama, fez o que lhe fazia sentido: Perdoou seu agressor.

Trata-se de uma história famosa, porém muitas pessoas comuns também perdoaram seus agressores. Estas pessoas estavam convencidas de que o perdão, na verdade, libera a elas mesmas, devolvendo a paz e a serenidade que necessitam para seguir adiante.

contioutra.com - Perdoar não significa que quem te faz mal merece perdão, mas sim que você merece paz.
Jhon Lewis à direita, e o personagem em sua homenagem no Filme Selma.

Perdoar o que não se pode esquecer.
Algumas vezes sofremos situações difíceis de esquecer. Podem se tratar de grandes ofensas ou humilhações, incluído pessoas queridas que nos causaram grandes decepções, castigo que não merecíamos, lealdades traídas… A lista pode ser muito longa.

Nestes casos, é compreensível que, durante as primeiras fases, sentimos uma grande frustração, mágoa e ira. Durante esses momentos de dor profunda, não podemos sequer pensar na possibilidade de perdoar o que consideramos imperdoável. A simples ideia de perdoar gera uma rejeição imediata porque na nossa cabeça, a pessoa que nos machucou tem uma dívida conosco e queremos ser pagos.

Porém, se alimentamos esses sentimentos, faremos muito mal a nós mesmos. Não podemos cometer o erro de guardar rancor e esperar que a pessoa que nos magoou sofra com isso. Muitas pessoas acreditam que odiando seus agressores, estão devolvendo o que fizeram. Claro, trata-se de um pensamento mágico, uma ilusão.

Como dizem, alimentar o rancor é como tomar veneno e esperar que o outro morra. Nos castigamos com a secreta esperança de que este castigo, sem sabermos como, nem quando, converta-se em dano a quem nos machucou.

O perdão como ato de auto-liberação
Paul Boese disse que o “o perdão não muda o passado, mas amplia o futuro”. Perdoar significa cortar uma relação que está nos fazendo mal, e retomar o controle sobre a própria vida.

O ato de perdão muda a relação que começou com o dano. Quando uma pessoa nos magoa, ela se apossa da nossa vida e ocupa nossa cabeça. Enquanto não viramos a página, estamos de certa forma vinculados a nosso carrasco. Perdoar significa romper a dinâmica que alimenta este vínculo.

Por tanto, o perdão é uma forma de sair dessa transição que limita nossa vida. Quando fomos vítimas, nos tiraram o poder que o ato de perdoar é capaz de recuperar. É dizer “Fui magoado e sofri muito por isso, porém a partir de agora você não tem controle sobre mim”, porque os sentimentos negativos que experimentamos e nos mantiveram amarrados, desapareceu.
Perdoe quando estiver preparado, mas antes tenha o cuidado de preparar-se para perdoar.
O perdão leva tempo porque quando uma ferida é feita em nós sempre há incerteza, não conseguimos ver com clareza e encontrar um sentido para o ocorrido. Experimentamos dor, sofrimento e confusão.

Estas emoções são espontâneas e naturais, mas o quanto antes precisamos começar a nos prepararmos para perdoar. É importante ficar atento a evolução dos nossos sentimentos, porque a ira, a vingança, bloqueiam nossa razão e podem nos tornar semelhantes as pessoas que nos agrediram.

Ficamos como escravos da nossa ira e serventes de nossa dor. Toda nossa visão de mundo e relações são afetadas. Por isso, é importante se preparar para perdoar, caminha passo a passo, em direção a uma vida mais livre.

O Perdão tem seu próprio ritmo. Não é necessário violentá-lo. Porém também devemos trabalhar para nos asseguramos que estamos trabalhando para curar essa ferida.

*Não se esqueça. Fazer todo esse movimento sozinho nem sempre é proveitoso. Procure a ajuda de uma psicoterapia com um profissional capacitado.

Imagem de capa: Mayer George/Shutterstock

Texto traduzido e adaptado de Rincón Psicologia por Psicologias do Brasil, página parceira CONTI outra.

A primeira coisa que você vê nesta imagem revela seu medo mais profundo

A primeira coisa que você vê nesta imagem revela seu medo mais profundo

No entanto, nossa psique pode associar símbolos estranhos com um perigo potencial apenas porque temos emoções não resolvidas em nosso inconsciente.

A imagem que vamos mostrar é uma imagem perfeita para a psicanálise do seu medo inconsciente.

Ela em si desencadeia seus processos inconscientes para relacionar figuras com o medo porque mostra a mensagem subliminar de um crânio – símbolo do medo.

Dá ao seu inconsciente uma sensação de medo.

A primeira figura que você vê revela muito sobre o seu maior medo, pois é a primeira coisa com a qual você associa esse gatilho inconsciente.

O teste psicológico é rápido e fácil e sua eficácia é surpreendente. Tudo o que você precisa fazer é ler sobre a primeira figura que chamou sua atenção.

Dê uma olhada:

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Qual é a primeira coisa que você viu?

A menina

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Se a primeira figura que você viu nesta imagem foi a menina, seus medos fluem de emoções reprimidas que vêm da sua infância.

Existem inúmeros tipos de eventos que podem marcar a mente de uma criança.

Se eles não forem devidamente trabalhados, podem surgir na idade adulta em forma de medos, vícios, padrões cognitivos e desejos inapropriados.

O relacionamento com sua mãe é crucial para seu desenvolvimento emocional.

Se a criança teve que passar muito tempo longe da figura materna, ou se a mãe deu pouco ou nenhum afeto durante a primeira infância, é possível que tudo seja projetado inconscientemente por meio de medos.

Dessa forma, a criança pode desenvolver um medo em tomar decisões ou assumir responsabilidades, por exemplo.

O trauma não precisa estar na infância, pode também acontecer na fase perinatal, durante a gestação ou no parto.

A borboleta

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A borboleta é um dos símbolos que geralmente está ligada a um significado positivo.

No entanto, existe um significado inconsciente mais profundo para este símbolo que deriva de um lugar mais obscuro.

De acordo com a interpretação dos sonhos, a borboleta é um sinal de chances e começos.

Uma borboleta brilhante e colorida é um sinal de esperança, um novo acontecimento na vida de alguém, enquanto uma borboleta sem cor está ligada a uma boa oportunidade não realizada.

O significado espiritual desse símbolo é que ela seria um “transportador de almas” na vida após a morte. Isso leva a borboleta ao mundo dos mortos.

Se a primeira coisa que você viu nesta imagem foi a borboleta, é provável que seus medos inconscientes fluem do medo da morte, ou do medo de não viver, perdendo chances.

Você também pode resistir a sentir emoções reprimidas de dor por pessoas próximas que não estão mais aqui.

O morango

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O morango colocado perfeitamente no centro da imagem e em tamanho muito maior do que o fruto na verdade é, representa o coração.

Essa fruta representa o símbolo do amor há muito tempo.

Bem, uma melhor representação, nesse caso, seria um símbolo resultante da dor do amor.

Há até uma lenda que diz: por causa da morte de Adônis, a Deusa Vênus não conseguiu parar de chorar, e toda lágrima que caiu no chão produziu morangos.

Por isso, se a primeira figura que você viu é a do morango, o que você está procurando está em seu coração. Seu maior medo vem da resistência inconsciente que você tem para o amor.

A origem desse medo vem de uma resistência emocional em relação a algo tão bonito como o amor.

Muitas vezes, esse trauma vem da infância, a partir de como nossos pais expressavam seus sentimentos um com o outro na nossa frente.

No entanto, pode provir de alguma situação frustrante de um dos seus primeiros relacionamentos.

O tamanho exagerado do morango revela quanto amor você tem para dar. Ele diz que há tanto amor que você está suprimindo em si mesmo que você tem medo de dar, porque acha que será punido(a).

A aranha

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Uma aranha é um dos medos mais comuns entre as pessoas.

É um mecanismo de sobrevivência evolutivo que nos tornou conscientes dos pequenos perigos que poderiam nos cercar.

No entanto, a aranha simboliza no inconsciente o medo de não se sentir seguro com o que nos cerca.

Se você viu a figura da aranha primeiro nesta imagem, isso significa que seus medos inconscientes provêm da sua incapacidade de se sentir completamente seguro(a) em um ambiente.

Você sempre examina os detalhes e tenta encontrar algo errado e perigoso mesmo nos lugares mais seguros.

Esta visão constante do perigo impede que você se entregue completamente a momentos bonitos e felizes, e você geralmente pensa demais em todos os planos.

Ansiedade e ataques de pânico podem ser algo com que você luta.

Esse medo inconsciente de não estar em segurança geralmente vem por meio de um histórico de hiperatividade em combinação com um comportamento apreensivo.

Você pode ter sido criado(a) entre pessoas que se preocupam demais, ou pode ter sido simplesmente uma mentalidade que você desenvolveu.

As árvores

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A árvore é um poderoso símbolo psicológico.

Um dos melhores testes psicanalíticos avalia a psique da pessoa pela posição que ela desenha uma árvore em um pedaço de papel.

A árvore é o símbolo de nossas raízes e, neste caso, tem um simbolismo mais profundo.

Duas árvores que formam uma ponte provavelmente significarão que dentro de você há um conflito interno que ainda não conseguiu resolver – uma “divisão” emocional que não conseguimos “fundir”.

Se uma das primeiras coisas que você viu nessa imagem foram as duas árvores, significa que seu maior fluxo de medos aceita essa divisão emocional inconsciente.

Você tem medo de aceitar uma parte de você como sua e, por isso, desenvolve sua identidade em torno dessa sombra autorresistente para combiná-la consigo mesmo(a).

A maioria de nós conhece muito bem nossas maiores dúvidas e incertezas. No entanto, o efeito não é o mesmo quando alguém as revela para nós.

Precisamente por essa razão, o melhor seria consultar alguém que tenha um ponto de vista externo e neutro, sem qualquer preferência ou opinião predeterminada, pois pode nos ajudar a ver a situação de forma diferente.

Enfrentar o seu “eu sombrio” pode ser uma coisa poderosa.

Os ursinhos de pelúcia

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Uma das melhores maneiras que as crianças têm para encontrar conforto é abraçando seu ursinho de pelúcia.

É o local de refúgio, compreensão, segurança e até calor para uma criança.

É isso que simboliza um ursinho, um amigo que te compreende incondicionalmente, um lugar seguro, cheio de calor e amor.

Quando a criança que abraça seu ursinho está com medo, a sensação de acolhimento é a resposta natural das crianças.

No entanto, os ursos de pelúcia dessa imagem estão distorcidos, e o fato de você vê-los primeiro revela algo interessante: você tem medo de ter medo.

Este medo pode ter vindo de um trauma inconsciente que provavelmente aconteceu em algum momento de sua infância, algum evento em que você experimentou o medo e não teve nada para te consolar.

Você suprimiu essa experiência profundamente dentro do seu inconsciente e tenta evitar o medo a todo custo, porque isso lembra aquele momento em que estava indefeso(a) e sozinho(a).

Você pode ter medo de estar sozinho(a), ou mesmo de confiar nos outros.

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Confira também nosso teste de personalidade!

Esse é uma tradução do Awebic de artigo originalmente publicado em Life Coach Code. Reproduzido na CONTI outra com autorização.

Crédito da imagem: Trevor Brown

Nota da página: conteúdo de entretenimento, sem comprovação científica.

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“Pessoas que necessitam abaixar as outras para crescerem são pequenas demais” Mario Sérgio Cortella

“Pessoas que necessitam abaixar as outras para crescerem são pequenas demais” Mario Sérgio Cortella

Mario Sérgio Cortella é um filósofo, escritor, educador, palestrante e professor universitário que sempre nos concede várias lições para a vida.

No vídeo abaixo, publicado originalmente na Revista Pensar Contemporâneo,  Mário Sergio Cortella  fala sobre a falta de humildade de algumas pessoas que pensam que são superiores a outros indivíduos.

Imagem de capa: Reprodução

O que REALMENTE significa ter ansiedade”- o texto mais extraordinário que já li sobre o tema

O que REALMENTE significa ter ansiedade”- o texto mais extraordinário que já li sobre o tema

Este texto foi originalmente publicado no site Thought Catalog, por Kirsten Corley, e é, de longe, o texto mais simples, direto e esclarecedor que já li sobre o tema. A ansiedade, mal do século, doença que tem feito, ao longo dos anos, uma multidão de mentes cativas, é um mal a não ser desprezado, subestimado ou ignorado. É hora de encará-lo de frente. Você está pronto?

“O que realmente significa ter ansiedade”

Vai além de simplesmente se preocupar. Ansiedade significa noites em claro, conforme você suspira e vira de um lado para o outro. É o seu cérebro nunca sendo capaz de desligar. É a confusão de pensamentos que você pensa antes da hora de dormir e todos os seus piores medos se tornam realidade em sonhos e pesadelos.

É acordar cansada mesmo que o dia só tenha começado.

Ansiedade é aprender como funcionar em privação de sono porque você só conseguiu fechar os olhos às duas da manhã.
É toda mensagem que você pensa ‘como fazer isso da forma correta?’. É duas ou três mensagens que você manda caso tenha feito algo errado. Ansiedade é responder mensagens de forma embaraçosamente rápida.

Ansiedade é o tempo que você gasta esperando uma resposta enquanto um cenário se monta na sua cabeça, questionando o que a outra pessoa está pensando ou se ela está brava.

Ansiedade é a mensagem não respondida que te mata por dentro, mesmo que você diga a si mesma ‘talvez ele esteja ocupado ou irá responder depois’.

Ansiedade é a voz crítica que diz ‘talvez ele esteja só te ignorando mesmo’. É você acreditar em cada cenário negativo que você cria.

Ansiedade é esperar. Parece que você está sempre esperando.

É o conjunto de conclusões inexatas que sua mente cria, e você não tem outra escolha a não ser aceita-las.

Ansiedade é se desculpar por coisas que nem precisam ser desculpadas.

Ansiedade é duvidar de si mesma e falta de autoconfiança.

Ansiedade é ser superatenta sobre tudo e todos. Você consegue dizer se alguém mudou de humor apenas pelo tom de voz da pessoa.

Ansiedade é arruinar relacionamentos antes mesmo deles começarem. Ela te diz ‘você está enganada; ele não gosta de você e vai te deixar’. E você acredita.

Ansiedade é um estado constante de preocupação, pânico e viver no limite. É viver com medos irracionais.

É pensar demais, é se importar demais. Porque a raiz das pessoas ansiosas é se importar.

É ter mãos suadas e coração acelerado. Mas por fora, ninguém percebe. Você aparenta estar calma e sorridente, mas por dentro é o contrário.

Ansiedade é a arte da decepção por parte de pessoas que não te conhecem. E das pessoas que te conhecem, é ouvir constantemente ‘não se preocupe’, ‘você está pensando demais’, ‘relaxe’. É sobre seus amigos ouvirem suas conclusões e não entenderem como você chegou nelas.

Ansiedade é querer consertar algo que nem problema é.

É o amontoado de perguntas que te fazem duvidar de si mesma. É voltar atrás para checar novamente.

Ansiedade é o desconforto de uma festa por pensar que todo mundo está te observando e você não é bem-vinda lá.

Ansiedade é tentar compensar e agradar demais outras pessoas.

Ansiedade é estar sempre no horário porque o pensamento de chegar atrasada te deixa em pânico.

Ansiedade é o medo de fracassar e a busca incansável por perfeição. E então se punir quando você falha.

É sempre precisar de um roteiro e de um plano.

Ansiedade é a voz dentro da sua cabeça que diz ‘você vai falhar’.

É tentar suprir as expectativas dos outros mesmo que isso esteja te matando. Ansiedade é aceitar mais do que você consegue lidar para que você se distraia e não pense demais em outros assuntos.

Ansiedade é procrastinar, porque você está paralisada pelo medo de fracassar.

É o gatilho que te faz ter um ataque de pânico.

É estar quebrada na sua privacidade e chorar de preocupação quando ninguém mais está vendo.

É aquela voz crítica dizendo ‘você estragou tudo’ ou ‘você deveria mesmo se sentir um lixo agora’.

Mas mais que qualquer coisa, ansiedade é se importar. É nunca querer machucar alguém. É nunca querer fazer algo errado. Mais que tudo, é o desejo de simplesmente ser aceita e querida. Então você acaba tentando demais às vezes.
E quando você encontra amigos que entendem isso, eles te ajudam a superar juntos. Você percebe que essa pode ser uma batalha que você enfrente todos os dias, mas é uma que não precisa ser enfrentada sozinha.

Imagem de capa: Olga_Anourina/shutterstock

Estou aprendendo a não reagir a tudo que me incomoda

Estou aprendendo a não reagir a tudo que me incomoda

Por Rania Naim do Thought Catalog

Eu estou aprendendo que não preciso machucar de volta quem me machucou. Às vezes, o sinal máximo de maturidade é virar as costas ao invés de pagar na mesma moeda. Eu estou aprendendo que a energia que eu gasto para reagir a cada coisa ruim que acontece me esgota e me impede de ver o lado bom da vida. Eu estou aprendendo que não posso agradar todo mundo, e isso é ok. Eu estou aprendendo que tentar ganhar a afeição de todo mundo é uma perda de tempo e de energia, e que me enche apenas de vazio.

Eu estou aprendendo que não reagir não significa que eu estou bem com as coisas, e sim que eu apenas estou lidando com elas. Eu estou escolhendo tirar isso como lição e aprender com a situação. Eu estou escolhendo ser melhor. Escolhendo a minha paz de espírito porque é o que eu realmente preciso. Não quero mais drama. Não preciso de ninguém me fazendo sentir que não sou boa o suficiente. Eu não preciso de brigas e discussões. Eu estou aprendendo que, de vez em quando, não dizer nada diz tudo.

Eu estou aprendendo que reagir ao que me faz mal dá poder para outra pessoa sobre as minhas emoções. Você não pode controlar o que os outros fazem, mas pode controlar como você responde, como você lida, como você interpreta e quanto disso você leva para o lado pessoal. Eu estou aprendendo que na maior parte do tempo, essas situações não dizem nada a respeito de mim, mas sim a respeito do outro. Eu estou aprendendo que talvez todas essas decepções são simplesmente para me ensinar a me amar, porque esse amor é a armadura e o escudo que eu preciso contra quem tenta me derrubar. É o que me salva quando alguém tenta diminuir minha confiança ou questionar o meu valor.

Eu estou aprendendo que mesmo que eu reaja, isso não vai mudar nada, não vai fazer ninguém me amar ou respeitar e não vai magicamente mudar a mente de ninguém. Às vezes é melhor simplesmente deixar estar, deixar pessoas irem, não lutar por fechamento, não pedir explicações, não procurar respostas e não esperar que alguém entenda a minha história. Eu estou aprendendo que a vida é melhor vivida quando eu não foco no que está acontecendo ao meu redor, e sim quando eu foco em mim mesma. Trabalhar em mim e na minha paz interior me faz perceber que não reagir a toda pequena coisa que me incomoda é o primeiro ingrediente para viver uma vida feliz e saudável.

Texto originalmente publicado no Thought Catalog, livremente traduzido e adaptado pela Revista Pazes. Publicado na CONTI outra com autorização..

Imagem de capa: HPepper/shutterstock

Conheçam o Borzoi! Um gigante russo educado e gentil.

Conheçam o Borzoi! Um gigante russo educado e gentil.

Com a Copa da Rússia chegando, os curiosos de plantão vasculham por todos os cantos da internet sobre os hábitos russos. Vemos fotos do país, costumes, culinária e todo um arsenal oriundo desse continente tão peculiar. Aproveitando o ensejo, vamos destrinchar um pouco sobre uma raça canina de porte e coração gigantes, que é uma paixão dos “cossacos”. Há quem não goste muito de sua característica longilínea, focinho comprido e corpo magro, porém esse russinho arrasa corações com trejeitos elegantes, aristocráticos e sua infinita sensibilidade.

O Borzoi é do grupo dos Galgos, não é uma raça muito comum no Brasil, tendo poucos canis que registram filhotes. De origem russa, eram cães que acompanhavam Czares em suas caçadas, sendo um exímio caçador, foram animais adorados pela aristocracia russa desde o século 13. O principal foco naquela época eram as lebres, embora os Borzois também caçassem lobos, dando origem ao nome Wolfhound Russo, nome pelo qual também é conhecido. Dentro dos aposentos, de uma educação exemplar, fora deles, um incansável corredor. Em muitos países podemos ver corridas de Borzois, muito apreciadas por seus espectadores.

Extremamente elegante, apesar de seu tamanho enorme, participavam de filmes ao lado de grandes estrelas do cinema. Borzois são cães naturalmente educados e gentis, com uma expressão doce e serena, parecem enxergar além de seus olhos, podendo sentir o que não conseguimos perceber. São cães que se adaptam bem em apartamento, possuindo um intrigante senso de espaço, inclusive de seu tamanho, ou seja, não trombam nas coisas e pessoas, não derrubam objetos na casa e não são destrutivos. É um cachorro calmo e sensível, perfeito para pessoas mais discretas e que preferem animais pacatos. Um Borzoi facilmente dorme umas 20 horas por dia, intercalando seus cochilos. Não costumam acatar comandos com tanta velocidade, contudo, aprendem todas as normas da casa respeitando sua família humana com uma lealdade incrível.

Por ter um instinto mais apurado e um certo ar primitivo, aconselha-se passeios na guia, pois adoram correr em lugares abertos, sendo somente indicado a soltura em terrenos cercados. Um Borzoi devidamente socializado desde filhote, se dá bem com todos os animais, crianças e até estranhos. Dificilmente um russinho desses irá morder ou ser hostil com outras pessoas, porém, deve ser tratado com gentileza e carinho, pois são cães com uma fragilidade emocional fascinante. Caso estejam incomodados, apenas se retiram do ambiente procurando algum lugar sossegado para se esticarem.

Decerto o Borzoi não é um cão indicado para todos. Quem prefere deixar um cão somente no quintal ou sítio, não tem tempo ou uma rotina adequada, melhor procurar uma raça mais rústica, robusta e adaptável a ambientes externos, porque esse Galgo russo do qual falamos, ama uma almofada bem macia e passar horas ao lado de seus donos em um aconchegante lugar dentro de casa.

Imagem de capa: Arquivo pessoal da autora

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