Conto budista nos mostra como a estupidez não nos leva a nada

Conto budista nos mostra como a estupidez não nos leva a nada

A insensatez e a estupidez dos tolos
Sutra Samyuktaratnapitaka

Havia, certa vez, um homem que se irritava com facilidade.

Um dia, dois outros homens estavam conversando a respeito do homem irritadiço, em frente à casa onde ele vivia. Um dizia ao outro : “Ele é um belo homem, mas é impaciente demais; tem um temperamento explosivo e se zanga rapidamente.”

O homem irritadiço, ouvindo a observação, irrompeu da casa e atacou os dois amigos, batendo, chutando e magoando-os.

Este fato nos ensina que quando um sábio é advertido sobre seus erros, refletirá sobre isso e melhorará sua conduta. Quando, entretanto, um insensato tem sua má conduta apontada, não somente desprezará o aviso, como também continuará a repetir o mesmo erro.

Era uma vez um homem rico, porém tolo.

Ao ver uma bela mansão de três pavimentos, invejou-a e decidiu construir uma igual a ela, julgando-se suficientemente rico para tal empreendimento.

Contratou um carpinteiro e lhe ordenou que construísse a sua mansão.

O carpinteiro começou imediatamente a construir o alicerce para depois fazer, sucessivamente, o primeiro, o segundo e o terceiro andares. O homem rico, vendo isso com irritação, disse : “Não quero um alicerce, nem o primeiro, nem o segundo andares; apenas quero o lindo terceiro pavimento. Construa-o rapidamente.”

Um tolo, portanto, pensa apenas nos resultados, impacientando-se com o esforço necessário para se conseguir bons resultados. Nada de bom pode ser conseguido sem esforço, assim como não se pode construir um terceiro pavimento sem que se façam primeiramente o alicerce, o primeiro e o segundo andares.

Um outro tolo estava, certa vez, fervendo mel.

Recebendo a inesperada visita de um amigo, ele lhe ofereceu algum mel, mas como estivesse muito quente, tentou esfriá-lo com um abanador, sem retirar o mel do fogo.

Da mesma maneira, é impossível obter-se o mel da fresca sabedoria, sem que primeiro se remova o fogo das paixões e desejos mundanos.

Imagem de capa: szefei/shutterstock

“Almas perfumadas”, por Ana Jácomo

“Almas perfumadas”, por Ana Jácomo

Para minha avó Edith Esteves Jácomo

Tem gente que tem cheiro de passarinho quando canta. De sol quando acorda. De flor quando ri. Ao lado delas, a gente se sente no balanço de uma rede que dança gostoso numa tarde grande, sem relógio e sem agenda. Ao lado delas, a gente se sente comendo pipoca na praça. Lambuzando o queixo de sorvete. Melando os dedos com algodão doce da cor mais doce que tem para escolher. O tempo é outro. E a vida fica com a cara que ela tem de verdade, mas que a gente desaprende a ver.

Tem gente que tem cheiro de colo de Deus. De banho de mar quando a água é quente e o céu é azul. Ao lado delas, a gente sabe que os anjos existem e que alguns são invisíveis. Ao lado delas, a gente se sente chegando em casa e trocando o salto pelo chinelo. Sonhando a maior tolice do mundo com o gozo de quem não liga para isso. Ao lado delas, pode ser abril, mas parece manhã de Natal do tempo em que a gente acordava e encontrava o presente de Papai Noel.

Tem gente que tem cheiro das estrelas que Deus acendeu no céu e daquelas que conseguimos acender na Terra. Ao lado delas, a gente não acha que o amor é possível, a gente tem certeza. Ao lado delas, a gente se sente visitando um lugar feito de alegria. Recebendo um buquê de carinhos. Abraçando um filhote de urso panda. Tocando com os olhos os olhos da paz. Ao lado delas, saboreamos a delícia do toque suave que sua presença sopra no nosso coração.

Tem gente que tem cheiro de cafuné sem pressa. Do brinquedo que a gente não largava. Do acalanto que o silêncio canta. De passeio no jardim. Ao lado delas, a gente percebe que a sensualidade é um perfume que vem de dentro e que a atração que realmente nos move não passa só pelo corpo. Corre em outras veias. Pulsa em outro lugar. Ao lado delas, a gente lembra que no instante em que rimos Deus está dançando conosco de rostinho colado. E a gente ri grande que nem menino arteiro.

Costumo dizer que algumas almas são perfumadas, porque acredito que os sentimentos também têm cheiro e tocam todas as coisas com os seus dedos de energia. Minha avó era alguém assim. Ela perfumou muitas vidas com sua luz e suas cores. A minha, foi uma delas. E o perfume era tão gostoso, tão branco, tão delicado, que ela mudou de frasco, mas ele continua vivo no coração de tudo o que ela amou. E tudo o que eu amar vai encontrar, de alguma forma, os vestígios desse perfume de Deus que, numa temporada, se vestiu de Edith, para me falar de amor.

Ana Jácomo

***

Abaixo, a publicação original na página da autora.

Imagem de capa: Alena Ozerova/shutterstock

“Não me pergunte as razões, mas preciso chorar”, por Ita Portugal

“Não me pergunte as razões, mas preciso chorar”, por Ita Portugal

Não me pergunte as razões, mas preciso chorar. Isso não é coisa de um coração magoado ou dor de algum amor inacabado. Não, não é!

É explosão dos guardados. Excesso de opção. É pó acumulado onde não deveria mais estar. Preciso chorar, isso é fato! Desenterrar algumas verdades. Semear alguma metáfora sobre ser gente sensível e repetir com as infalíveis lágrimas a limpeza da alma.

Preciso chorar com a mesma força com que os colibris sugam as flores. Desmanchar todos os precipícios e aumentar a possibilidade de envelhecer por entre os olhos. Preciso chorar nem que seja um choro de paz, dando dicas de que ou virá primavera por aí, ou o outono aumentará sua força derrubando as folhas que ainda sobraram de minha sombra.

Preciso chorar sem fazer nenhum barulho. Sem discurso explicativo e improvisado. Preciso desse mau costume.

Milhares de vezes, preciso chorar. Ser silêncio engasgado. Palavra não dita. Seria até muito árduo explicar e eu não convenceria a humanidade, mas se consola saber, preciso chorar para aliviar, corrigir, respirar.

Sem nenhum pesadelo que me inocente do ato, sem arrumar desculpas e sem sofrer de dúvidas; preciso chorar. Recolher as histórias indecentes, os pensamentos impróprios, a preguiça social e continuar com o incerto com a coragem apenas para chorar.

Chorar uma inundação e sequer ficar marcas do vendaval. Nos próximos dias, sem muitas reações, sem abandono da vida, preciso chorar. Mastigar as lágrimas e soprar para o vento os últimos respingos. Esperar o choro tal como se espera uma ressaca de um porre e sobreviver sem nenhum efeito colateral.

Feito terra fértil, preciso verter o choro e deixa-lo se desfazer devagar. Sem essa de pressa, preciso chorar lentamente. Devastar as flores mortas.

Preciso chorar e ficar cinza. Me apossar dessa perturbável vontade que hoje é um luxo até que a missão do choro esteja cumprida e definitivamente traga uma satisfação intima.

Desde já, eu me autorizo a chorar.

***

Abaixo, a página e publicação original da autora.

Imagem de capa: Akulinina/shutterstock

O poder do “eu te amo”, por Marcos Piangers

O poder do “eu te amo”, por Marcos Piangers

“Tuas filhas te acham bonita?”, a Anita perguntou pra uma amiga nossa. A Anita tem esse dom de fazer perguntas constrangedoras e aguarda a resposta sem esboçar nenhuma vergonha, enquanto eu enrubesço. “Não, eu acho que elas não me acham muito bonita, não”. Nossa amiga estava em um dia de autoestima lá embaixo. A Anita, sem notar nenhum problema no diálogo, emendou: “Mas tu fazia carinho nelas? Tu fala que ama elas? Porque isso faz toda a diferença pra te acharem bonita”. Não sei onde ela aprendeu isso, mas faz todo sentido. O “eu te amo” tem poder.

O “eu te amo” muda vidas. O “eu te amo” causa explosões e pernas bambas. Um “eu te amo” não dito pode ser a vida que podia ter sido e não foi. O “eu te amo” muda histórias, deixa pessoas mais confiantes, massageia o espírito. Casais ficarão juntos, filhos se sentirão confortáveis. Pais ouvirão “eu também te amo”. Às vezes, digo “eu te amo” só pra receber um de volta. O “eu te amo” melhorou minha relação com a minha mãe. Às vezes, insisto em dizer, mesmo que esteja meio cansado das ligações dela no meu telefone fixo. Telefone fixo só serve pra ligação de mãe e telemarketing.

Há quem se assuste e saia correndo. Há quem tenha medo do “eu te amo”. Não sei o que pensam estes, se não acham que merecem, se não querem se envolver com essas profundidades emocionais. Mas eu sou fã do “eu te amo”. Digo o tempo todo, pra minha mulher, mãe, filhas. Digo mesmo quando não estou lá, explodindo de amor. Digo pra reforçar pra mim mesmo. Digo pra quem não tem muito acesso a “eu te amo”. Uma espécie de distribuição de renda, uma bolsa eu te amo. Certa vez, disse até pra um garçom que era realmente muito competente na arte de tirar e servir chopes gelados. “Eu te amo, bicho”. Ele achou estranho, mas agradeceu.

Lembro quando falei “eu te amo” pela primeira vez pra minha madrinha. Ela ficou muito emocionada. Agora, fala “eu te amo” sempre que conversamos. Lembro quando minha filha disse “eu te amo” pela primeira vez pro meu sogro. Avesso a sentimentalismos, o velho começou a chorar. Disse que deveria ter dito mais isso aos filhos. Mas achou que já era muito tarde pra começar e ele não quis passar a distribuir “eu te amo”, assim, sem mais nem menos. Acho que ele tentava, mas ficava constrangido.

O “eu te amo” constrange. O “eu te amo” liberta.

Nunca é tarde pra começar a praticar.

Imagem de capa: Giselle Sauer, divulgação

3 medos que você precisa superar

3 medos que você precisa superar

Existem medos que nos salvam e existem medos que nos afundam. A sabedoria consiste em ter maturidade, paz e discernimento para separar os medos que nos preservam daqueles que nos limitam;

Leia mais sobre esses 3 medos:

1. Medo do Desconhecido

De acordo com os estudos científicos, nossa mente humana é projetada para permanecer na sua zona de conforto. Nós tememos o desconhecido que oferece riscos. Entretanto, quem não se arrisca nunca muda ou empreende coisas novas.

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Por frankie’s/shutterstock

2. Medo de Falhar

Você conhece alguém que aprende sem errar? Toda evolução consiste no erro, correção e aprimoramento. Só não erra quem não tenta. Só não fracassa quem não ousa. Calcular riscos é bom e necessário, mas não ousar por medo deles escraviza e apavora.

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Por Marcos Mesa Sam Wordley/shutterstock

3. Medo do Sucesso

Como lidar com o desconhecido? Muita gente permanece apenas fazendo as coisas que já conhece e, dentre elas, pode permanecer em um papel de fracasso pessoal. Algumas pessoas, sempre que começam a ter progressos, se autoboicotam por medo do sucesso. Você é uma delas?

Uma vez que você identifique quais são os seus medos, poderá pensar neles com racionalidade e tomar atitudes práticas para superá-los.

Perceba como tem sido a sua vida desde a infância, como se comportam seus familiares e observe se os seus medos realmente são seus ou se são apenas uma reprodução do que conhece ou teme mudar.

Fica a dica.

Editorial CONTI outra. Imagem de capa: shutterstock/HomeArt

12 frases descoladas para você declarar o seu amor de forma original e não passar vergonha

12 frases descoladas para você declarar o seu amor de forma original e não passar vergonha

O maior dom dos artistas é a sua capacidade de traduzir os nossos sentimentos, através das palavras, e descrever o que nós gostaríamos de falas, mas não fomos capazes sozinhos.

Os amantes, quando arrebatados pelo sentimento que os consome, nem sempre sabem como demonstra-lo.

E é nesse momento que artistas e amantes se unem enquanto as palavras de um empresta voz para o sentimento do outro.

Abaixo, selecionei 12 frases descoladas da cultura pop e da literatura para que você possa declarar seu amor de maneira carinhosa, descontraída e leve, sem deixar de ser profunda. Ah, e mais um detalhe, como elas são agradáveis, têm personalidade e são diferenciadas, se o “amor” ainda for só alguém que você paquera, a sua chance de sucesso aumenta porque todo mundo gosta de uma “cantada” ou “paquera” criativa.

Espero sinceramente que alguma delas seja fonte de inspiração e que ela ajude esse mundão a suspirar mais amor. No final, se você quiser acrescentar mais sugestões para ajudar aos corações apaixonados, é só escrever nos comentários.

1- “Ainda bem que a gente tem a gente.”
Fernanda Mello

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2- “Amava seus erros assim como amava os acertos, porque o que eu amava, enfim, era você.”
Tati Bernardi

3- “Para você guardei o amor que aprendi vendo meus pais, o amor que tive e recebi e hoje posso dar livre e feliz.”
Nando Reis

4- “Às vezes te odeio por quase um segundo, depois te amo mais…”
Cazuza

5- “Digo que não ligo, mas não vivo sem você. Eu falo, não me calo. Só pra ver se eu consigo despertar o seu amor, Deixa estar…”
Los Hermanos

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6- “Beije-me, e você verá o quão importante eu sou.”
Sylvia Plath

7- “Quando o medo não evita, o amor acontece.”
Gabito Nunes

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8- “Respirei fundo e escutei o velho e orgulhoso som do meu coração. Eu sou, eu sou, eu sou.”
Sylvia Plath

9-  “Aí chega a hora em que distribuo um segredo: o tudo que faltava, talvez seja você.”
Caio Fernando Abreu

10- “Eu amo você, menina…
Amo você…”
Tim Maia

11- “— E se não der certo?
— A gente vai tentando até acertar.”
PS. Eu Te Amo- frase do filme

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12- “Complicada e perfeitinha
Você me apareceu
Era tudo que eu queria
Estrela da sorte”
Rodolfo Abrantes / Rodolfo Leite Goncalves De Abrantes / Rodrigo Campos / Rodrigo Aguiar Madeira Campos

Todas as imagens meramente ilustrativas: cenas do filmes PS EU TE AMO

Pergunta para os leitores

1- Você gostou de alguma delas? Comente com a gente qual usará!

2- Você conhece outras frases incríveis e descoladas, escreva nos comentários.

Boa sorte e muito amor para todos!

Repara bem no que não digo

Repara bem no que não digo

“Repara bem no que não digo.”

Paulo Leminski

Há alguns meses uma amiga de longa data ficou chateada com algo que postei e me enviou vários áudios falando tudo que ela achava sobre mim e que não soavam nem um pouco como elogios, ela terminou com a famosa frase que a turma-dos-extremamente-sinceros usa para tentar amenizar o peso de suas palavras: “estou falando isso porque gosto de você, porque sou sua amiga”. Após o ocorrido não nos falamos mais, eu até pensei em procurá-la para conversarmos pessoalmente, mas achei melhor me calar.

Calei-me porque o que eu queria dizer para ela também não vinha do melhor de mim: que ela estava infeliz com suas escolhas e incomodada com as minhas, que ela não estava falando nada daquilo porque gosta de mim ou porque é minha amiga, mas para esgotar sua raiva e frustração, para se sentir melhor. Ela estava dizendo aquilo por qualquer outro motivo, menos porque se importava comigo. E isso me fez entender que naquele momento da nossa amizade não existia mais espaço para diálogos construtivos, então era melhor calar.

É certo que nos tempos atuais, com tanta facilidade de comunicação o que não sobra são opiniões rápidas e sinceras, que em sua maioria, são desprovidas de afeto ou cuidado. Mas, o pior tipo de informação é aquela que não foi pedida, que vem de graça e sem avisar. Não tem cuidado, não tem carinho. E palavras sinceras sem afeto, sem contexto, sem um convite para serem faladas, não são sinceridades, são retaliações. Quem fala o que pensa, sem se preocupar com a maneira, com o meio ou em como isso pode ser recebido pelo outro, não é sincero, é insensível.

Em situações assim calar não é uma escolha arrogante, mas sim respeitosa. É importante preservar o que foi bom na relação e o outro. Diálogos construtivos somente são feitos quando existe disponibilidade emocional de ambas as partes, e é difícil criar essa disponibilidade em momentos de raiva, tristeza ou tensão.

O escritor japonês Haruki Murakami escreve em seu romance 1Q84: “Se você não consegue entender uma coisa sem receber explicações, você continuará não entendendo, apesar das explicações”. Pois é, existem muitas pessoas que não entenderão nossas explicações e situações que não precisam ser conversadas. Levei tempo para entender isso e para aprender que em alguns momentos na vida é preciso falar, mais existem tantos outros que o mais importante é aprender a calar, saber distingui-los é essencial.

Muitas vezes fazemos o contrário: calamos quando deveríamos falar e falamos quando deveríamos calar. Nós temos coragem para discutir sobre política, religião ou outros assuntos diversos e polêmicos. Somos bravos quando falamos dos outros, mas nos falta coragem para falar de nós, sobre nossas dores, frustrações e medos.

O mundo não precisa do barulho da nossa ira e indignação, o mundo não precisa saber tudo o que pensamos, que nos empenhemos em desprender tanta energia em explicar o óbvio. O mundo não precisa de nossos textões e lições de moral. O que o mundo precisa é de falas mais presentes e assertivas, é de verdades construtivas. O que o mundo precisa é de mais gente que sabe quando é hora de calar, o que o mundo precisa é de silêncio.

Imagem de capa: Reprodução

5 perguntas que você deve se fazer antes de terminar um relacionamento

5 perguntas que você deve se fazer antes de terminar um relacionamento

Antes de tomar a decisão de terminar um relacionamento, é fundamental avaliar se é algo que realmente sai de nós ou se estamos sendo influenciados por opiniões externas.

Terminar um relacionamento é uma decisão muito difícil de se tomar, mas ao mesmo tempo, muito importante.

Por isso, seria imprescindível encarar essa situação como uma oportunidade para nos fazermos certas perguntas altamente relevantes.

Perguntas que nos farão abrir os olhos e refletir sobre se estamos escolhendo bem esta opção de ruptura ou se, pelo contrário, estamos tomando um caminho errado.

Também, todas estas questões nos ajudarão a aprender dessa relação para que, se terminarmos, possamos estabelecer vínculos mais saudáveis no futuro.

1. Você buscava o modelo de parceiro ideal na outra pessoa?

Isto é muito importante, pois todos temos expectativas e às vezes isso nos prejudica.

Em ocasiões, não consideramos a outra pessoa como um ser humano, mas sim como um protótipo, algo que, sem dúvidas, não é bom e não tem como terminar bem.

As expectativas são só isso e, com o tempo, podemos vê-las frustradas, o que nos causará decepções e fará com que recriminemos o outro por determinadas coisas.

É essencial que tenhamos isso em conta para sabermos se é esse o problema que nos leva a desejar o fim do relacionamento.

Caso seja, precisaremos aprender a eliminar essa venda dos olhos, que nos faz apaixonarmos por um ideal, mas não por um ser humano real.

2. Meu relacionamento é tóxico?

Se terminar um relacionamento é uma decisão tomada devido a um mal-estar que surgiu e aumentou, é preciso refletir sobre o quão tóxica essa relação pode ser.

Para isso é importante tomar certo distanciamento e, principalmente, tempo.

Os sentimentos, as emoções e a dor, podem fazer com que não enxerguemos com clareza e que não captemos os sinais de abuso, manipulação, mentiras e maus-tratos que nos machucaram.

Se estamos em um relacionamento tóxico, é imprescindível terminá-lo o quanto antes. É que, como o próprio termo assinala, envenena, machuca e faz com que duas pessoas que não estão aproveitando seu relacionamento ou seu amor sofram.

3. A situação na qual me encontro é tranquila ou é o estresse quem predomina?

Ainda que possa parecer algo inútil, os períodos de muito trabalho e estresse importantes podem fazer com que sejamos menos flexíveis, menos tolerantes e com que tomemos decisões precipitadas e incorretas.

Quando nos encontramos em uma fase de muito estresse e inclusive ansiedade, podemos levar qualquer coisa ao limite e inclusive perder a perspectiva de tudo o que acontece ao nosso redor.

Por isso, é necessário considerar se estamos em um período de nossa vida tranquilo ou não, porque pode ser que seja por isso que estejamos decidindo terminar o relacionamento.

4. Terceiras pessoas estão afetando o meu relacionamento?

A importância que outras pessoas têm em nosso relacionamento é mais alta do que acreditamos. Por isso, nos perguntarmos se isso tem uma grande relevância.

Às vezes, o discurso negativo de um pai que não admite o relacionamento do filho, por exemplo, pode causar conflitos e discórdias entre o casal que não vive seu relacionamento de uma maneira saudável.

Quando um progenitor rejeita nosso parceiro podemos nos sentir agredidos, doídos.

O pior é que tudo isso, de forma inconsciente, será projetado por nós em nosso parceiro, sobre quem deixaremos cair todas e cada uma de nossas frustrações.

5. Confio em minha decisão ou tenho dúvidas?

Nos educaram para prestar muita atenção nas opiniões que os outros têm sobre aspectos de nossa vida sobre os quais deveríamos ter um critério sólido.

Se algum amigo diz que nosso relacionamento não é bom, ou que ele não gosta do seu parceiro ou se, pelo contrário, diz que você está perdendo algo muito bom, que vai deixar escapar um bom partido…

Tudo isso pode nos afetar na hora de tomar ou não uma decisão em função do que os outros dizem.

Por isso, é muito importante que tenhamos claro o que queremos, que nos afastemos de toda opinião e busquemos dentro de nós a resposta que só nós podemos saber.

Antes de terminar um relacionamento faça-se estas cinco perguntas. Você vai descobrir coisas sobre si mesmo que não sabia, aprenderá desta experiência e, principalmente, confiará que a decisão que está tomando é a correta.

Fonte indicada: Melhor com Saúde

Imagem de capa: View Apart/shutterstock

8 coisas surpreendentes que a sua aparência física diz sobre você

8 coisas surpreendentes que a sua aparência física diz sobre você

Todo mundo julga. Depois de ver alguém, seja num encontro ou aleatoriamente na rua, em poucos segundos construímos muitas opiniões sobre as pessoas. E sobre tudo. Desde quão espertas elas possam ser até pensar se ela cometeu um crime ou não.

Surpreendentemente, nossas primeiras impressões podem acertar em cheio, serem extremamente precisas. Outras vezes, erramos feio! Mas tudo tem motivos, e embasamento científico.

Aqui estão algumas das coisas que determinam o que pensamos sobre as pessoas, baseadas na aparência delas:

1 – Se alguém é bonito, achamos que tem mais qualidades boas
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Esse é um fenômeno que os psicólogos chamam de “Efeito Auréola”, no qual tendemos a assumir que uma pessoa muito bonita tem outras qualidades igualmente bonitas, proporcionais à sua beleza. Imaginamos automaticamente que alguém bonito é também inteligente e dedicado, por exemplo. E é exatamente por esse motivo que as pessoas bonitas tendem a receber salários maiores, de acordo com um estudo realizado na Universidade do Texas.

2 – Pessoas conseguem identificar sua personalidade pelas fotos

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Apenas vendo sua foto de perfil, independente da rede social, as pessoas geralmente conseguem fazer uma leitura precisa dos traços da sua personalidade. Um estudo feito pela Universidade do Texas, fizeram um teste com 123 pessoas, pedindo para que elas fizessem diversas poses, mas permanecessem com uma expressão neutra. Independente da pose, as pessoas conseguiam identificar se os modelos eram extrovertidos ou introvertidos, se tinham uma boa auto-estima ou se era baixa, quão religiosos eram, quão maduros, racionais, etc. E acertaram na grande maioria.

3 – Pessoas usam suas medidas para julgar suas capacidades de liderança

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Um grupo de Psicólogos, Neurocientistas e Analistas de Computação da Europa e dos Estados Unidos fizeram um estudo. Nele, eles exibiam fotos de 47 mulheres e 83 homens, e analisavam eles pela altura e pela habilidade de liderança. Eles descobriram que as pessoas se baseavam em altura, tamanho e formato do rosto e gênero para dizer se as outras tinham capacidade de liderar ou não. Rostos mais cumpridos dão a impressão de que você consegue ser um líder melhor.

4 – Seu rosto indica se você é agressivo

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Um estudo feito pelo Centro de Mudanças de Comportamento da Universidade de Londres descobriu que homens com níveis mais elevados de testosterona tinham rostos mais largos, com queixos e bochechas mais definidos e maiores. Esses homens também tendiam a ser mais agressivos ou com personalidades fortes.

5 – Seu rosto diz se você é forte

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Um estudo foi realizado, no qual os cientistas mostravam imagens de rostos de diferentes pessoas, com 5 expressões faciais diferentes. Depois, pediam para as outras pessoas os classificarem em amigáveis, confiáveis e fortes. Pessoas com expressões felizes eram consideradas mais amigáveis e confiáveis do que as pessoas com expressões de raiva. E as pessoas com expressões sérias eram consideradas mais fortes.

6 – Se você não é considerado confiável, as pessoas te veem como criminoso

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Não se sabe ao certo por que algumas pessoas parecem menos confiáveis do que as outras, mas esse traço da sua aparência tem consequências que podem mudar sua vida. Pesquisadores de Israel e do Reino Unido pediram para um grupo de pessoas observarem as fotos de alguns modelos e classificarem eles em estado emocional, personalidade e aparência criminosa. Haviam fotos de criminosos de verdade, e de alguns modelos copiando essas poses. Independente disso, todas os rostos sérios foram considerados de criminosos.

7 – Seu rosto fala muito sobre sua saúde

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Um rosto enrugado, desgastado, vem com a idade, mas pode também sugerir algo mais sério. Um estudo realizado em 2012 constatou que pessoas com mais rugas nos rostos tem chances maiores de desenvolver problemas de coração. Mas o motivo é o oposto do que se pode achar. É que os problemas no coração causam as rugas excessivas. E isso vai muito além…

8 – Olhos e Saúde

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Os médicos podem diagnosticar muitas doenças simplesmente olhando nos seus olhos. Manchas vermelhas na retina, por exemplo, podem ser um sinal de diabetes.

E então, leitor(a), o que achou desses itens? Quais você já percebia nas pessoas? Vai mudar alguma coisa em você depois disso? Deixa pra gente nos comments (:

Do original:   Business Insider  Imagens Business Insider
Imagem de capa: Vulp/shutterstock

O conto budista que nos ensina a ignorar quem nos machuca

O conto budista que nos ensina a ignorar quem nos machuca

Estamos tão acostumados a reagir por impulso quando alguém nos machuca, que acabamos envenenando o nosso dia ou, às vezes, a nossa vida. Este conto budista nos mostra que muitas vezes nossa felicidade pode depender da nossa capacidade de ignorar aqueles que nos prejudicam.

Quantas vezes nos sentimos ofendidos, tristes, irritados com o comportamento dos outros? Estas reações são comuns e fazem parte do comportamento normal do ser humano. O problema surge quando os sentimentos negativos começam a aflorar e acabam nos desgastando.

Aprender a ignorar uma pessoa tóxica não é simples, mas envolve uma profunda mudança de atitude. Devemos aprender a abrir a mente e a ver as coisas sob um outro ponto de vista. Nesse sentido, falaremos da “aceitação radical”, uma técnica desenvolvida pela psicóloga Marsha M. Linehan da Universidade de Washington.

Do que se trata a aceitação radical?

Trata-se de aceitar algo sem julgamentos. Vamos dar um exemplo: quando alguém nos irrita com suas palavras ou com seus gestos, é porque nós mesmos esperamos determinados comportamentos daquele alguém, e rejeitamos um comportamento diverso daquele que tínhamos imaginado.

Segundo Linehan, essa rejeição alimenta a frustração, o ressentimento, o ódio ou a tristeza e, ao contrário, quando se pratica a aceitação radical, se aceita simplesmente o que quer que tenha acontecido, sem entrar no julgamento do mérito. A distância psicológica cria uma espécie de escudo e garante que, em uma ou em outra situação, não sejamos emocionalmente prejudicados.

O CONTO BUDISTA: Para ser feliz, é preciso ignorar

Dizem que uma vez, um homem se aproximou de Buda e, sem dizer uma palavra, cuspiu-lhe em seu rosto. Seus discípulos ficaram super bravos.

Ananda, o discípulo mais próximo, perguntou a Buda:

– Dê-me permissão para dar a este homem o que ele merece!

Buda se enxugou calmamente e respondeu a Ananda:

– Não. Vou falar eu com ele.

E juntando as palmas das mãos em sinal de reverência, Buda disse ao homem:

– Obrigado. Com seu gesto, você permitiu que eu visse que a raiva me abandonou. Estou extremamente agradecido. Seu gesto também mostrou que Ananda e os outros discípulos ainda são assaltados pela raiva. Obrigado! Somos muito gratos!

Obviamente, o homem não acreditou no que ouviu, ele se sentiu comovido e angustiado. Ele não conseguia explicar o que tinha acontecido. Ele foi acometido por um tremor por todo o corpo e seu suor molhou os lençóis onde dormiu. Em sua vida, nunca havia conhecido um homem com um carisma tão forte. O Buda modificou todos os seus pensamentos e todo o seu modo de viver e de agir.

Na manhã seguinte, o homem voltou ao mestre e jogou-se aos seus pés. Então o Buda se voltou para Ananda:

– Você viu? Esse homem voltou para me dizer algo. Esse gesto de tocar meus pés é a maneira dele de me dizer algo que não poderia ser explicado em palavras.

O homem olhou para o Buda e disse:

– Perdoe-me pelo que fiz com você ontem.

O mestre respondeu que não havia nada para perdoá-lo e explicou-lhe:

– Como o fluxo do Ganges faz com que suas águas nunca sejam as mesmas, então nenhum homem é o mesmo de antes. Eu não sou a mesma pessoa com a qual você esteve ontem. E nem mesmo aquele que me cuspiu, está agora aqui. Não vejo ninguém tão bravo quanto a ele. Agora você não é mais o mesmo homem de ontem, você não está fazendo nada comigo, então não há nada de que eu possa te perdoar. As duas pessoas, o homem que cuspiu e o homem que recebeu o cuspe, já não estão mais aqui. Então, agora vamos falar de outra coisa.

***

O que Buda nos ensina com essa história?

A pessoa sincera e justa não tem motivos para reagir às ofensas porque estas provêm da imagem que uma mente distorcida pode ter, e não da realidade dos fatos. Então, se alguém se comportar mal com você, não deixe sua atitude alterar seu equilíbrio psicológico. Isso só prejudica você e à quem você dá muita importância.

Buda então nos ensina que as coisas podem mudar rapidamente, e também que devemos ter inteligência para compreender isso. Às vezes, passam-se meses antes das desculpas chegarem (se é que chegam), mas o mestre nos diz que não há motivo para levar a mal algo que, tendo passado, no presente já não existe mais.

Fonte indicada: Green Me

Imagem de capa: SantiPhotoSS/shutterstock

3 técnicas psicológicas para acalmar crianças nervosas

3 técnicas psicológicas para acalmar crianças nervosas

O que podemos fazer para acalmar crianças nervosas? Lidar com os nossos filhos nem sempre é fácil, especialmente nos momentos em que as suas emoções estão “à flor da pele” e eles não conseguem controlá-las.

Quando nossos filhos estão nervosos, nós os vemos sofrer e desejamos fazer todo o possível para que seus sentimentos negativos se acalmem o quanto antes.

No entanto, às vezes precisamos de alguma ajuda externa para conseguir tranquilizá-los. Neste artigo você encontrará 3 técnicas psicológicas eficazes para acalmar crianças nervosas.

As melhores técnicas psicológicas para acalmar crianças nervosas: considerações prévias

Vamos listar algumas considerações prévias para que você possa escolher a técnica que pode ajudá-lo em cada momento:

  • Dependendo da sua própria personalidade, do relacionamento que você tem com os seus filhos e do seu modo de ser, algumas técnicas serão mais úteis do que outras. Portanto, é importante que você experimente várias delas até encontrar a que funciona melhor na sua situação específica.
  • É essencial que você permaneça calmo durante todo o processo. Quando o seu filho está nervoso ou ansioso, ele precisa que você, que é a sua figura de referência, lhe assegure de que tudo ficará bem. Por isso, utilizar técnicas como a respiração profunda ou a meditação pode ser útil antes de tentar acalmar as suas emoções descontroladas.
  • Lembre-se de que por melhor que seja a técnica, você precisará de um pouco de paciência para que ela funcione adequadamente. As técnicas para reduzir a ansiedade ou o nervosismo dos seus filhos não funcionarão como mágica. Em algumas ocasiões as suas emoções estarão muito alteradas. Neste momento, o seu trabalho será aguardar a passagem da tempestade e acompanhá-los durante o processo.

Técnica 1: dê um nome para as suas emoções

Um dos problemas mais comuns sofridos pelas crianças nervosas com as suas emoções descontroladas é que elas veem tudo isso como algo muito poderoso e aterrorizante.Portanto, a primeira das nossas técnicas psicológicas para acalmar crianças nervosas é ajudá-las a dramatizar a sua ansiedade.

O funcionamento da técnica é muito simples: basta pedir ao seu filho para imaginar um nome engraçado para as emoções desagradáveis que está sentindo. É importante que o nome seja o menos ameaçador possível.

Depois de encontrar um nome que pareça adequado, tudo o que seu filho precisa fazer é mandar essas emoções embora. Por exemplo, se ele decidiu que as suas emoções serão chamadas de “Pepe”, seu filho poderia lhe dizer algo assim:

“Deixe-me em paz, Pepe!

“Pepe, pare de me fazer sentir assim!”

Quando colocar um nome engraçado nos seus sentimentos e conversar com eles em voz alta, o seu filho conseguirá minimizar o que está sentindo e será capaz de se acalmar rapidamente.

Técnica 2: escute o seu filho

Quando alguém fala sobre seus problemas, geralmente um dos nossos primeiros impulsos é ajudá-lo. Mas no caso dos nossos filhos, como ainda são menos racionais do que os adultos, aplicar a lógica para explicar que tudo vai dar certo nem sempre funciona tão bem quanto deveria.

É por isso que, com os nossos filhos, tentar mostrar que nada de ruim vai acontecer pode aumentar a sua ansiedade. Em vez disso, tente ouvi-los atentamente e demonstrar-lhes todo o seu amor. Por exemplo, através do contato físico, com beijos e abraços. Em geral, se o seu filho se sentir compreendido e protegido, o seu nervosismo diminuirá quase imediatamente.

Técnica 3: dê ao seu filho um objeto que o acalme

Vários estudos mostram que é possível associar um objeto a uma determinada emoção.Por exemplo, se o seu filho tiver um bicho de pelúcia especial, ou algum acessório que lhe dê segurança (como um lenço ou uma pulseira), aproveite-o!

As pesquisas mais recentes indicam que dormir com um bicho de pelúcia ajuda as crianças a superarem os medos noturnos. Esse mesmo princípio pode ser aplicado em muitas outras situações: se seu filho tem medo do primeiro dia de aula, por que não fazê-lo carregar algo que o deixa tranquilo? Se for algo pequeno o suficiente, as outras crianças nem perceberão.

Essa técnica será ainda mais eficaz se você disser ao seu filho qual é a sua intenção e pedir que ele escolha um objeto para acompanhá-lo em seus maus momentos. Dessa forma, a criança se envolverá mais no processo e os sentimentos positivos serão mais intensos.

Fonte indicada: A Mente é Maravilhosa

Imagem de capa: Ramona Heim/shutterstock

Já sentiu raiva de si mesmo por ter um coração tão bom com quem não merece?

Já sentiu raiva de si mesmo por ter um coração tão bom com quem não merece?
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Acredito que a vida seja uma jornada de aprendizados. As experiências felizes se intercalam com aquelas não tão boas, mas são os infortúnios que nos lapidam e nos impulsionam a encontrar formas de estarmos em paz com o mundo e com nós mesmos. Aquele momento em que você percebe que cometeu “uma grande e inesquecível burrada” pode ser um divisor de águas em sua vida.

Um dos meus maiores anseios é encontrar equilíbrio e paz. Depois da fase de buscas, inseguranças, pressa e alguma impaciência, hoje quero mesmo é a tranquilidade do meu coração. Por isso reduzi a intensidade de minhas expectativas e tenho me esforçado para não me magoar por aquilo que não posso controlar. Reciprocidade, amor, atenção, amizade e consideração são coisas que não se cobram, e por isso não se controlam. O máximo que podemos fazer é nos resguardar. Não correr o risco de nos machucar. Aprender a proteger a nossa vulnerabilidade. Aprender a nos amar em primeiro lugar.

Quantas vezes não sentimos raiva de nós mesmos por termos um coração tão bom com quem não merece, e nos arrependemos de nossa bondade, docilidade e generosidade para com aqueles que simplesmente não estão nem aí? Quantas vezes não sentimos que perdemos nosso tempo alimentando relações unilaterais, tentando ser gentis, atenciosos e amorosos com quem jamais se importou? Não se trata de endurecermos nosso coração, de deixarmos de lado a doçura e a delicadeza, mas sim de aprendermos a separar o joio do trigo. De começarmos a ser mais afetuosos com nós mesmos, e com isso aprendermos a distinguir o que deve ser valorizado do que tem a obrigação de ser ignorado.

Muitas vezes a gente se engana. Erra feio. Investe tempo e atenção em alguém “especial” na certeza de que em algum momento será retribuído. Fantasiamos desfechos dignos de contos de fadas e projetamos nossas ilusões em cima de pessoas tão diferentes de nós, romantizando atitudes e acreditando em inúmeras possibilidades irreais. Quando tudo corre conforme o planejado, ótimo. Porém, com alguma vivência e algumas “quedas do cavalo”, percebemos que a expectativa é prima-irmã da decepção. Mas ninguém está imune à desilusão; simplesmente porque amar, ainda que seja um risco, continua sendo o maior combustível da vida.

Não espere retribuição. Não espere reciprocidade. Não espere “pagamento” ou premiação por aquilo que você se dedicou de graça, porque quis. Faça o que quer fazer porque isso te faz bem, isso te torna uma pessoa melhor, isso acalma o seu coração ou te livra de remorsos. Porém, não crie expectativas nem espere ser reconhecido por sua bondade e generosidade. Tenha um coração bom porque isso será bom para você também, mas não porque deseja aplausos ou reconhecimento. Seja atencioso, cuidadoso e afetuoso, mas antes tome conta de você. O maior responsável por você é você mesmo, e por isso não se descuide de suas necessidades e vontades.

Tenha sempre em mente que você não precisa ser útil pra ser amado; que quem te ama de verdade não está nem aí para sua utilidade, para sua serventia, para o seu aproveitamento. E isso tem que ser o suficiente para você relaxar, deixar de ser tão exigente consigo mesmo ou almejar a perfeição. Isso tem que ser suficiente para você respeitar seus limites e finalmente deixar para trás quem maltrata o seu coração.

A geração “floco de neve”: pessoas sensíveis que se ofendem por tudo

A geração “floco de neve”: pessoas sensíveis que se ofendem por tudo

Quando imaginamos um floco de neve, nós o associamos à beleza e singularidade, mas também à sua enorme vulnerabilidade e fragilidade. Estas são precisamente duas das características que definem as pessoas que atingiram a idade adulta na década de 2010. Afirma-se que a geração “floco de neve” seja formada por pessoas extremamente sensíveis aos pontos de vista que desafiam sua visão do mundo e que respondem com uma susceptibilidade excessiva às menores queixas, com pouca resiliência.

A voz de alarme, por assim dizer, foi dada por alguns professores de universidades como Yale, Oxford e Cambridge, que notaram que a nova geração de alunos que frequentavam suas aulas era particularmente suscetível, não tolerante à frustração e eram inclinados a fazerem uma tempestade em um copo de água.

Cada geração reflete a sociedade em que vive

Dizem que as crianças saem mais ao padrão da sua geração que aos pais. Não há dúvida de que, para entender a personalidade e o comportamento de alguém, é impossível abstrair do relacionamento que estabeleceu com seus pais durante a infância e a adolescência, mas também é verdade que os padrões e expectativas sociais também desempenham um papel importante no estilo educacional e moldam algumas características de personalidade. Em resumo, podemos dizer que a sociedade é a terra onde a semente é plantada e crescida e os pais são os jardineiros que são responsáveis por fazê-la  crescer.

Isso não significa que todas as pessoas de uma geração respondam ao mesmo padrão, felizmente há sempre diferenças individuais. No entanto, não se pode negar que as diferentes gerações têm metas, sonhos e formas de comportamento característico que são o resultado das circunstâncias que tiveram que viver e, em alguns casos, tornam-se inimagináveis em outras gerações.

Claro que não devemos colocar rótulos, mas analisemos para entender o que está na base desse fenômeno, para não repetirmos os erros e para que possamos dar a devida importância a habilidades de vida tão importantes quanto a Inteligência Emocional e a Resiliência.

3 erros educacionais colossais que criaram a geração “floco de neve”

1. Superproteção. A extrema vulnerabilidade e escassa resiliência desta geração têm suas origens na educação. Estes são, geralmente, crianças que foram criadas por pais superprotetores, dispostos a trilhar antecipadamente todos os caminhos e resolver o menor problema que surgisse para criança. Como resultado, essas crianças não tiveram a oportunidade de enfrentar as dificuldades e conflitos do mundo real. Ou seja não desenvolveram a tolerância à frustração, ou resiliência.

Não devemos esquecer que uma dose de proteção é necessária para que as crianças cresçam em um ambiente seguro, mas quando ela impede que explorem o mundo e isso limite seu potencial, essa proteção se torna prejudicial.

2. Egocentrismo. Outra característica que define a educação recebida pelas pessoas da geração “floco de neve” é que seus pais os fizeram sentir muito especiais e únicos. Claro, somos todos únicos, e não é ruim estar ciente disso, mas também devemos lembrar que essa singularidade não nos dá direitos especiais sobre os outros, já que somos todos tão únicos quanto os outros. A ideia exagerada de “eu” pode dar origem ao egocentrismo e à crença de que não é necessário tentar muito, uma vez que, afinal, somos especiais e temos o sucesso garantido. Quando esses jovem percebem que este não é o caso e que temos que trabalhar muito para conseguir o que queremos, perdemos os pontos de referência que nos guiaram até esse momento. Então começamos a ver o mundo hostil e ameaçador, assumindo uma atitude de vitimização.

3. Insegurança e catástrofe. Uma das características mais distintivas da geração do floco de neve é que eles exigem a criação de “espaços seguros”. No entanto, é curioso que essas pessoas tenham crescido em um ambiente social particularmente estável e seguro, em comparação com seus pais e avós, mas em vez de se sentirem confiantes, eles temem. Esse medo é causado pela falta de habilidades para enfrentar o mundo, pela educação excessivamente superprotetora que receberam e que os ensinou a ver possíveis abusos em qualquer ação assim como a superestimar eventos negativos transformando-os em catástrofes. Isso os leva a se fecharem em seus próprios casulos, para criar uma zona de conforto limitado onde eles se sintam seguros.

Para entender melhor como a educação recebida afeta uma criança, é importante ter em mente que as crianças procuram pontos de referência em adultos para processar muitas das experiências que experimentam. Isso significa que uma cultura paranóica, que vê abusos e traumas por trás de qualquer ato e responde com sobreproteção, gerará efetivamente crianças traumatizadas. A forma como os adultos enfrentam uma situação particularmente delicada para a criança, como um caso de abuso escolar, pode fazer a diferença, levando a uma criança que consegue superar e se torna resiliente ou uma criança que fica com medo e torna-se uma criança vítima

Qual é o resultado?

O resultado de um estilo de parentesco superprotetor, que vê o perigo em todos os lugares e promove uma ideia exagerada de “eu”, são pessoas que não possuem as habilidades necessárias para enfrentar o mundo real.

Essas pessoas não desenvolveram tolerância suficiente à frustração, então o menor obstáculo os desencoraja. Também não desenvolveram uma Inteligência Emocional adequada, então. eles não sabem como lidar com as emoções negativas que certas situações suscitam.

Como resultado, eles se tornam mais rígidos, se sentem ofendidos por diferentes opiniões e preferem criar “espaços seguros”, onde tudo coincide com suas expectativas. Essas pessoas são hipersensíveis à crítica e, em geral, a todas as coisas que não se encaixam na visão do mundo.

Também são mais propensos a adotar o papel das vítimas, considerando que estão todos contra ou equivocados. Desta forma, eles desenvolvem um local de controle externo, colocando a responsabilidade sobre os outros, em vez de se encarregar de suas vidas e mudar o que podem mudar.

O resultado também é que essas pessoas são muito mais vulneráveis ao desenvolvimento de transtornos psicológicos, do estresse pós-traumático à ansiedade e à depressão. Na verdade, não é estranho que o número de transtornos de humor aumente ano após ano.

***

Fonte:
Mistler, BJ et. Al. (2012) The Association for University and College Counseling Center Directors Annual Survey Reporting. Pesquisa do AUCCCD ; 1-188

Este artigo foi publicado originariamente no site Rincón Psicología e fora livremente adaptado pela equipe da Revista Pazes.

Imagem de capa: Victoria Chudinova/shutterstock

Os dois menores e MELHORES contos de fadas do mundo, por Luis Fernando Verissimo

Os dois menores e MELHORES contos de fadas do mundo, por Luis Fernando Verissimo
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1. Conto de fadas para mulheres do séc. 21

Era uma vez uma linda moça que perguntou a um lindo rapaz:
– Você quer casar comigo?
Ele respondeu:
– NÃO!

E a moça viveu feliz para sempre, foi viajar, fez compras, conheceu muitos
outros rapazes, visitou muitos lugares, foi morar na praia, comprou outro
carro, mobiliou sua casa, sempre estava sorrindo e de bom humor, nunca lhe
faltava nada, bebia cerveja com as amigas sempre que estava com vontade e
ninguém mandava nela.

O rapaz ficou barrigudo, careca, o pinto caiu, a bunda murchou, ficou
sozinho e pobre, pois não se constrói nada sem uma MULHER.

2. Conto de fadas para mulheres do séc. 21

Era uma vez, numa terra muito distante, uma linda princesa independente e
cheia de auto-estima que, enquanto contemplava a natureza e pensava em como
o maravilhoso lago do seu castelo estava de acordo com as conformidades
ecológicas, se deparou com uma rã.

Então, a rã pulou para o seu colo e disse: -Linda princesa, eu já fui um
príncipe muito bonito. Mas uma bruxa má lançou-me um encanto e eu
transformei-me nesta rã asquerosa. Um beijo teu, no entanto, há de me
transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir um lar
feliz no teu lindo castelo.

A minha mãe poderia vir morar conosco e tu
poderias preparar o meu jantar, lavarias as minhas roupas, criarias os
nossos filhos e viveríamos felizes para sempre…
E então, naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã à sautée,
acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a
princesa sorria e pensava:
-Nem mortaaaa!

Luis Fernando Verissimo

Fonte indicada: A grande arte de ser feliz

Imagem de capa: iordani/shutterstock

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