Preciso contar para vocês como a religião destruiu a minha família

Preciso contar para vocês como a religião destruiu a minha família

“Esses dias encontrei minha mãe na farmácia e ela me ignorou, como uma estranha. Quando eu me tornei dissociada na igreja que frequentava eu sabia que minha mãe não aceitaria facilmente, mas eu nunca imaginei que ela me ignoraria. Já sofri muito e até pensei em tirar a minha vida nos momentos mais difíceis. Hoje estou bem, estou grávida e sei que minha escolha foi a correta, mas existe uma cicatriz imensa dentro de mim e ela é fruto de um corte profundo que foi causado por anos e anos em que eu estive em lugares que não gostaria e fiz coisas de maneiras que não foram minhas escolhas. Para ser “eu” tive que abrir mão de um nós que ainda faz muita falta, mas a minha vida teve que vir primeiro. Ela é a única que eu tenho ”

Relatos de dor, como o apresentado acima, são exemplos de como coisas acontecem em nichos específicos da sociedade, sem que nós nem mesmo façamos ideia.

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A Lei 9.459, de 1997, considera crime a prática de discriminação ou preconceito contra religiões. A liberdade religiosa deve ser respeitada, tendo como princípio a imparcialidade em assuntos religiosos, não apoiando ou discriminando nenhuma religião, com fulcro no artigo XVIII da Declaração Universal dos Direitos Humanos, assinada em 1948, sendo esta uma garantia constitucional, conforme dispõe o artigo 5º, inciso VI, da Constituição Brasileira de 1988. (Fonte)

Entretanto, continuando o relato acima: “Assistindo ao programa do Pedro Bial sobre suicídio refleti muito sobre um tema que sou sempre incentivada a não me expor. Sempre defendi temas como LGBTs, lutas contra o racismo, direitos a liberdade e igualdade, mas me calei sobre o tema que pega diretamente a mim: Intolerância religiosa, fanatismo e suas consequências. Mas hoje, baseada em tudo o que tenho passado e na minha capacidade de fala, que venho resgatando aos poucos, quero e preciso falar.”

A FALTA DE OPÇÃO

“Durante anos fui Testemunha de Jeová. Por opção? Escolha? Não! Obrigação! Ou era isso ou era seguir meu caminho… por medo do abandono emocional e medo de um Deus assassino, cedi… adoeci, desenvolvi transtorno de ansiedade, quase pirei…”

Apesar da lei respaldar a liberdade de credo, característica de um país LAICO, quando você nasce em uma família religiosa ou é uma criança e faz parte de uma família que segue uma determinada linha religiosa, você, automaticamente, também é direcionada para o mesmo caminho que seus pais acreditam que é o melhor e mais correto para você. ( Referência para consulta)

Mas a criança, à medida que cresce, também desenvolve seus próprios traços de personalidade. Na escola, quando inserida junto aos outros pares da sociedade, ela vê e sente as diferenças de hábitos e costumes. Ela se compara, e sente, e sofre quando não se percebe incluída ou quando não pode participar das atividades que são usuais no grupo.

A INFÂNCIA CERCEADA PELO MEDO E PELA CULPA

Todas as crianças que são Testemunha de Jeová são orientadas a esperar pelo fim do mundo desde início. Pesa, sobre elas, a ideia de que o mundo pode acabar a qualquer momento e que, se cometerem atos que contrariem as escrituras, elas não serão salvas. Para uma criança, que ainda possui o pensamento concreto, a ideia de ser destruída por um “Jeová” punitivo, pode ser devastadora. Além disso, o sentimento de exclusão na escola, ao não poder participar de aniversários (e nem cantar parabéns para os amigos), não poder comemorar datas consideradas pagãs, como Páscoa e Natal, sempre com desejo de ser inserido e imediata culpa por desejar o proibido.

NA JUVENTUDE

Se as crianças possuem uma dependência direta dos pais, na adolescência, com o aumento gradativo da autonomia e do questionamento, fica ainda mais difícil permanecer em um grupo religioso onde a identificação não é pessoal e voluntária.

Os Testemunhas de Jeová, por exemplo, apenas aceitam namoro com pessoas da mesma religião. Não são admitidos contatos íntimos e até mesmo a autoestimulação é altamente condenada. Por condenação, entendam, não estamos falando de alguém passar um sermão. Estamos falando da expulsão da igreja.

A ARBITRARIEDADE DAS REGRAS

Mas, se por um lado, existe essa rigidez quanto a pureza, a fidelidade dos casais e ao pertencimento, o mesmo parece não acontecer com casos de violência doméstica, por exemplo. Relatos indicam que a orientação dos anciões, em tais casos, seria para, na negativa da parte agressora e na presença apenas de uma acusação, deixar o julgamento para Jeová. Logo, a comunidade religiosa estaria se omitindo de proteger a parte mais fragilizada de seus membros e, ao contrário disso, reforçando seu ciclo de violência. (ver referência). Recentemente também temos visto polêmicas internacionais também envolvendo abafamento de casos de abuso de crianças.

E QUANDO ALGUÉM DECIDE SAIR?

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Uma das maiores agressões dessa religião aos seus membros, ex-membros e familiares, parece que vai além da polêmica da transfusão de sangue, mas está relacionada a escravização das pessoas utilizando-se de seus vínculos emocionais. (ver referência)

Todos sabemos que um dos maiores alicerces da vida de qualquer ser humano é a sua família. Logo, privá-lo de seu convívio, pode trazer prejuízos devastadores.

Quando uma pessoa  opta por ser “dissociada” da igreja, seus familiares e todos os amigos com quem ela conviveu por toda a vida, são orientados e literalmente proibidos de manter qualquer contato com ela.

“Eu, assim como um menino gay que não é aceito, também não era por não ser mais uma testemunha de Jeová. Qdo resolvi seguir meu caminho, escolher outra crença, minha mãe me deu um intimato: ou volta pra Jeová ou vc não pode mais frequentar minha casa… ela fez isso comigo e com a minha irmã. Pra quem não sabe, testemunhas de Jeová são proibidas de conviver com membros familiares que são desassociados do grupo. Isso foi agora, no início de minha gestação… como estou, como meu filho ficou? Como minha irmã e seus filhos ficaram? Esses dias a encontrei na farmácia e ela me ignorou, como uma estranha.”

LAVAGEM CEREBRAL

Segundo o sociólogo e psicanalista Jackson César Buonocore, “o conceito de lavagem cerebral é definido como – um método – cujo o objetivo é mudar certas atitudes e crenças de pessoas ou grupos, através de técnicas agressivas de persuasão.”

No caso dos Testemunha de Jeová, os seus integrantes são desestimulados a frequentar faculdades, pois devem ler apenas a Bíblia e o material publicado pela Sociedade Torre de Vigia, como a revistas “Sentinela” e “Despertai”. Como se consideram “a organização cristã verdadeira”, não aceitam qualquer outra religião e nem o convívio com pessoas que não exerçam a mesma fé que eles. Essa base, que aparece claramente em sua literatura impressa, deixa claro que pessoas que deixam a igreja não devem nem mesmo ser cumprimentadas, porque falar com elas pode estimular aproximação e amizade. Logo, não se pode ler o que não é da igreja, não se pode criticar o que é da igreja e não se pode ter relações com quem não é da igreja mediante risco de expulsão. Seria isso lavagem cerebral? Deixo a conclusão para o leitor.

DANOS PSICOLÓGICOS

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As pessoas que optam por serem dissociadas  ou foram desassociados (expulsos da igreja por terem pecado e não pedirem misericórdia) sofrem com a ausência dos seus afetos. Não é incomum o sentimento de solidão, culpa e desamparo.

“Hoje faço parte de alguns grupos de ex testemunhas de Jeová, que sofrem ostracismo familiar por não serem da mesma crença, serem desassociados… e conheço muitos casos de suicídio, depressão, vários transtornos por serem abandonados por seus entes… já pensei em suicídio? Simmmm…”

Logo, relatos de sofrimento psíquico e adoecimento são muito frequentes.

Outro ponto de vista, além do desassociados é do das famílias onde um de seus membros tornou-se Testemunha de Jeová e foi afastado de seu convívio.

Há alguns anos acompanhei em um serviço público de saúde, como psicóloga, o caso de uma mãe que, após o casamento de sua filha de 18 anos com um membro da igreja, foi totalmente afastada de seu convívio. A filha era proibida pelo marido e seus familiares de receber suas visitas e telefonemas. A mãe desenvolveu um quadro de depressão e tinha, na época, pensamentos suicidas.

INFORMAÇÃO IMPORTANTE: Não se combate injustiça fazendo injustiças

Todos nós, ora ou outra, recebemos visitas de pessoas que são membros dessa igreja e hostilizá-las, mesmo frente as injustiças que vemos, nunca é uma opção. Lembrem-se que essas pessoas acreditam que estão fazendo o bem e que estão visitando as casas (eles são obrigados a fazer as visitas) com o objetivo nobre de salvar vidas. Como dito anteriormente, existe um envolvimento de todo um grupo social, laços de amizade e família que pode estar atrelado a essas pessoas por gerações. Entretanto, não destratá-los, não nos obriga a concordar com eles e muito menos a sermos coniventes quando presenciamos injustiças.

ASPECTOS POSITIVOS DA RELIGIÃO

Enfatizo que esse não é um texto contra a religião e sim contra práticas religiosas que causam sofrimento e exclusão.

Alain de Botton, é um filósofo e escritor suíço residente em Londres. É o autor do livro internacionalmente conhecido “Religião para Ateus”. E, embora seja ateu, em seu livro exaltou os benefícios que os homens têm a partir de sua vida religiosa. De maneira geral, esses benefícios estão relacionados ao apoio e união comunitária, ao sentimento de pertencimento. As religiões, segundo ele, também se justificariam por serem um grande auxílio na necessidade de um controle moral e de lidar com diferentes graus de dor, que surgem da nossa vulnerabilidade ao fracasso profissional, a relacionamentos problemáticos, à morte de entes queridos e a nossa decadência e morte.

A PROBLEMÁTICA

O problema começa quando a religião deixa de ser fonte de união e construção de valores para, utiliza-se violência psicológica, e passa a incentivar a exclusão de seus pares a partir da intolerância frente à diferença. Nós podemos compreender e respeitar um pensamento que foi escrito dentro de seu momento histórico, mas acreditar que ele será válido, sem variações, séculos depois, não pode trazer nada além do alienamento.

Para saber mais sobre o tema veja o vídeo.

A MENSAGEM DA FILHA QUE FOI REJEITADA

“Deus é amor, ele está onde está o amor. Hoje, não tenho contato com meu irmão mais velho pelo mesmo motivo que com minha mãe, e dói ver como o fanatismo religioso acabou com minha família!!! Meu Deus é o sorriso do meu filho todos os dias, é minha família, é o privilégio de gerar uma vida!!! Cuidado com suas escolhas!! Muitas pessoas podem pagar por isso… e gostaria de deixar o meu muito obrigada aos meus companheiros e amigos que encontrei nessa mesma luta que eu: a luta de poder ser quem eu sou e ser amado por isso! Intolerância mata! Seja qual for!”

***

Todas as imagens são de Por kang hyejin/shutterstock

Nota da página: As falas apresentadas entre aspas e em itálico são de uma jovem desassociada e foram utilizadas para exemplicar os sentimentos das pessoas que passam por situações semelhantes.

E vocês, leitores? O que pensam sobre assunto? Já passaram por situações similares ou muito diferentes?

Por favor utilizem os comentários para falar de seus exemplos e posicionamentos sobre o tema. 

Têm pessoas que não querem amar, querem apenas saber que tem alguém ao seu lado.

Têm pessoas que não querem amar, querem apenas saber que tem alguém ao seu lado.

Apenas isso.

O comportamento revela que, na verdade o que elas querem mesmo é a boa companhia, a energia da pessoa por perto, o apoio, o carinho e não amor, ou relacionamento e planos.

Sim, nem tudo é como se quer. É possível se frustrar nesse negócio de relações humanas. Por isso é bom ficar atento aos sinais!

Existem pessoas que despertam uma maior afinidade, química, enrosco, aquele “algo a mais.” A partir destes sentimentos é normal pulsar o desejo de se construir algo juntos, levar adiante aquele encontro rico de bom papo, boa química, bom beijo e companhia… Mas aí vai desenrolando a trama e é possível realizar que nem tudo é como parece.

Têm pessoas que não buscam conexão, não querem contato profundo, e não estão interessadas em fazer o outro feliz, em ama-lo! São rasos. Vão até a página dois.

São capazes até mesmo de magoar por ignorar os sentimentos do outro, de não saber dar atenção e ser recíproco. São capazes de traição, sem remorso.

Esse tipo de pessoa não costuma se interessar. No seu repertório não existe o “Como você está” ? A relação nunca será de um interesse sincero .
Elas são egoístas. Pensam apenas em seus sentimentos e podem até mesmo manipular uma relação para tirar o melhor proveito para si.

São pessoas sem amor-próprio que acabam usando da energia de qualquer um para se fortalecerem e por isso também se passam de bons amigos, bons parceiros, mas no fim , estão apenas usufruindo dos seus interesses.

E se deparar com pessoas assim pode ser uma grande cilada, pois de início é possível achar que tudo não passa de viagem do ego. Que a falta de interesse e cuidado é porque é do tipo desligado mesmo ou que isso não tem importância… É bom saber quando a reciproca é verdadeira ou se esta numa grande emboscada emocional!

Ser apenas um doador de boa energia não faz ninguém especial, pelo contrário. Uma boa relação se constrói juntos. Ambos no mesmo caminho.

É bom estar atento a estas pessoas. Elas não querem amar querem apenas alguem por perto para saber que não estão sozinhas sem ao menos se dar o trabalho de cultivar uma boa relação.

Quando não sai da forma que se deseja é bom parar. Nunca ache que merece menos. O amor deve existir de forma real e interessada! As vezes não é viagem do ego, é mesmo uma relação de mão única, e esse caminho não leva a lugar algum.
Fica a aquela máxima ” Antes só que mal acompanhado”!

Anieli Talon

Imagem de capa: Reprodução

Ser chique – Sempre

Ser chique – Sempre

Por Gilka Maria

Nunca o termo “chique” foi tão usado para qualificar pessoas como nos dias de hoje.

A verdade é que ninguém é chique por decreto. E algumas boas coisas da vida, infelizmente, não estão à venda. Elegância é uma delas.

Assim, para ser chique é preciso muito mais que um guarda-roupa ou closet recheado de grifes famosas e importadas. Muito mais que um belo carro Italiano.

O que faz uma pessoa chique, não é o que essa pessoa tem, mas a forma como ela se comporta perante a vida.

Chique mesmo é quem fala baixo. Quem não procura chamar atenção com suas risadas muito altas, nem por seus imensos decotes e nem precisa contar vantagens, mesmo quando estas são verdadeiras.

Chique é atrair, mesmo sem querer, todos os olhares, porque se tem brilho próprio.

Chique mesmo é ser discreto, não fazer perguntas ou insinuações inoportunas, nem procurar saber o que não é da sua conta.

Chique mesmo é parar na faixa de pedestre e evitar se deixar levar pela mania nacional de jogar lixo na rua.

Chique mesmo é dar bom dia ao porteiro do seu prédio e às pessoas que estão no elevador. É lembrar do aniversário dos amigos.

Chique mesmo é não se exceder jamais! Nem na bebida, nem na comida, nem na maneira de se vestir.

Chique mesmo é olhar nos olhos do seu interlocutor. É “desligar o radar” quando estiverem sentados à mesa do restaurante, e prestar verdadeira atenção a sua companhia.

Chique mesmo é honrar a sua palavra, ser grato a quem o ajuda, correto com quem você se relaciona e honesto nos seus negócios.

Chique mesmo é não fazer a menor questão de aparecer, ainda que você seja o homenageado da noite!

Mas para ser chique, chique mesmo, você tem, antes de tudo, de se lembrar sempre de o quão breve é a vida e de que, ao final e ao cabo, vamos todos retornar ao mesmo lugar, na mesma forma de energia.

Portanto, não gaste sua energia com o que não tem valor, não desperdice as pessoas interessantes com quem se encontrar e não aceite, em hipótese alguma, fazer qualquer coisa que não te faça bem.

***

Imagem de capa: Reprodução

Nota da página: em 06 de maio de 2018 fomos informados que a verdadeira autoria do texto é de Gilka Maria e não de Glória Kalil.

Amiga, a ciência afirma que nem os seus óvulos aceitam qualquer parceiro. Por que você aceitaria?

Amiga, a ciência afirma que nem os seus óvulos aceitam qualquer parceiro. Por que você aceitaria?

Se, no mundo moderno, a cada dia a mulher se torna mais e mais a protagonista da sua história pessoal, a ciência revela que geneticamente ela nunca foi “passiva”.

Ao contrário do que há muito se pensa, um novo estudo realizado em Seattle, nos Estados Unidos, comprova que os óvulos não são as células passivas e que não é verdade que a corrida da fecundação é determinada apenas pelos espermatozoides. Segundo os cientistas, os óvulos são capacitados para escolher os espermatozoides com a melhor carga genética, na tentativa de garantir saúde do feto a ser gerado.

O que sempre se acreditou é que a reprodução começava com uma corrida na qual os espermatozoides eram os competidores e o óvulo figurava meramente como a “linha de chegada” – quem primeiro chegasse seria, assim o vencedor.

Com a nova teoria resultante da pesquisa, as coisas não seriam assim tão simples para o competidor espermatozoie. Além da corrida, ao sagrar-se vencedor, seria submetido ao exame genético por parte do óvulo. Os cientistas também perceberam que os gametas masculinos não são recrutadores – ao contrário dos femininos, eles não têm habilidade de detectar genes ruins. Não se trata, assim, conforme afirma Joe Nadeau, do Pacific Northwest Research Institute´ e responsável pela pesquisa, de uma combinação aleatória. Segundo ele, seria “o equivalente a escolher um parceiro”.

A teoria de Nadeau faz com que pensemos na “importância da escolha”, pois, se até os óvulos exercem o seu poder de decisão, quanto mais podemos esperar da livre deliberação da mulher quando aos seus parceiros sexuais e também os seus parceiros de vida.

Aceitar parceiros de alma apequenada, de caráter débil e que muitas vezes se valem da força física para abusar, de todos os modos, de suas parceiras não está na predisposição genética feminina, ao menos não o está se levarmos em consideração o que diz essa pesquisa sobre a genética.

Que a permanência desses pseudo machões em nossoas vidas esteja com os dias contados.

Com informações da Revista Superinteressante. Via Revista Pazes.

Imagem de capa- uso editorial: MR.Yanukit/shutterstock

Você conhece a parábola sobre o julgamento apressado? Pois deveria.

Você conhece a parábola sobre o julgamento apressado? Pois deveria.

Uma garota segurava em suas mãos duas maçãs. Sua mãe entrou e lhe pediu com uma voz doce e um belo sorriso:

– Querida, você poderia dar uma de suas maçãs para mamãe?

A menina levanta os olhos para sua mãe durante alguns segundos, e morde subitamente uma das maçãs e logo em seguida a outra.

A mãe sente seu rosto se esfriar e perde o sorriso. Ela tenta não mostrar sua decepção quando sua filha lhe dá uma de suas maçãs mordidas. A pequena olha sua mãe com um sorriso de anjo e diz:

– A mais doce é essa!

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Por Sergey Kaliganov/shutterstock

Pouco importa quem você é, que você tenha experiência, seja competente ou sábio. Espere para fazer seu ‪‎julgamento. Dê aos outros o privilégio de poder se explicar. Mesmo que a ação pareça errada, o motivo pode ser bom. Pense nisso!

Imagem de capa: Petr Bonek/shutterstock

Certas pessoas devem ficar lá onde as conhecemos: no passado

Certas pessoas devem ficar lá onde as conhecemos: no passado

Muitas pessoas passarão pelas nossas vidas, mas poucas ficarão de verdade. Existem amigos para uma vida toda, amigos para momentos específicos e amigos que o tempo e a saudade levam. Algumas delas, por mais que desejemos, não poderão permanecer em nossas vidas; já outras, teremos que fazer de tudo para expulsá-las de perto de nós. É desse jeito.

Infelizmente, muita gente é movida por interesse, apenas se aproximando de quem possa lhe oferecer algo em troca, algo que atenda às suas necessidades materiais e de status, por exemplo. Poderemos estar apenas servindo como peças de xadrez nas mãos de certos indivíduos que nos descartarão, assim que tivermos atingido o propósito deles, assim que não tivermos mais serventia alguma.

Nós nos enganamos muito com quem chega a nossas vidas, principalmente porque costumamos julgar o coração dos outros de acordo com o ritmo de nossos corações. É assim que a gente se estrepa, é assim que a gente se machuca com decepções em relação a quem julgávamos o oposto do que acaba por se mostrar. A gente confia, a gente se abre, a gente se doa e, de repente, o outro usa o nosso melhor da pior forma possível e contra nós mesmos.

Esses tombos serão inevitáveis na vida de todos nós. Uma ou outra hora, acabaremos nos deparando com uma faceta inesperadamente negativa das pessoas e o mundo parecerá desabar sobre nossas cabeças. Caberá somente a nós aprender com aquilo tudo e reunir forças para que erros como aquele não mais se repitam, para que não tragamos para nossas vidas quem não compartilha, não soma, não agrega, não ama.

Por essa razão é que devemos valorizar ainda mais as pessoas que ficam em nossas vidas com verdade e afeição sincera, sem cobranças, sem melindres, com um único interesse: partilhar amor verdadeiro. As demais, aquelas que decepcionam e fazem doer, que fiquem apenas, quando muito, como uma lembrança do que não queremos mais, uma lembrança distante, de um passado descartável.

Imagem de capa: Voyagerix/shutterstock

17 reflexões Meryl Streep que mostram o que é ser uma grande mulher

17 reflexões Meryl Streep que mostram o que é ser uma grande mulher

Meryl Streep é uma grande atriz, mas acima de tudo demonstrou ser uma mulher admirável, colhendo sucesso e atraindo admiradores por onde passa. Falamos de uma mulher enigmática, com temperança e caráter, que se tornou um pilar insubstituível no coração de Hollywood e de seus fãs.

Os prêmios e reconhecimentos por seu desempenho e sua carreira são muitos. Streep recebeu vinte e uma indicações ao Oscar, o recorde feminino; ganhou o prêmio por seu papel no elenco de Kramer vs. Kramer, em A escolha de Sofia e em A Dama de Ferro.

Nos Globos de Ouro, ela recebeu trinta indicações, das quais ganhou oito. Além disso, em 2017, recebeu o Prêmio Cecil B. DeMille em homenagem a toda a sua carreira. Outros reconhecimentos importantes que recebeu são: três prêmios Emmy, dois prêmios do The Actors Guild, dois BAFTAs e um prêmio no Festival de Cinema de Cannes. Como podemos ver, seu histórico profissional é impressionante.

17 reflexões de Meryl Streep

Sua crítica a Donald Trump e sua defesa dos direitos das mulheres nos mostram uma pessoa comprometida com o que acontece no planeta. Nestas e em outras afirmações, encontramos sensibilidade, mas também bom senso. Seu olhar vital é transcendental e coerente, de modo que suas reflexões deixam um resíduo de riqueza para aqueles que prestam atenção. Vamos rever algumas delas:

“Que ninguém tire as rugas da minha testa, obtidas pelo assombro diante da beleza da vida; Ou as de minha boca, que mostram o quanto ri e o quanto beijei; e nem as bolsas sob meus olhos: nelas está a lembrança de quanto eu chorei. São minhas e são belas”.

“Já não tenho mais paciência para algumas coisas, não porque me tornei arrogante, mas simplesmente porque cheguei a um ponto na minha vida em que não sinto vontade de perder mais tempo com aquilo que me desagrada ou machuca. Não tenho paciência para cinismo, inveja, críticas excessivas e exigências de qualquer tipo. Perdi a vontade de agradar a quem não me agrada, de amar quem não me ama e de sorrir para quem não quer sorrir para mim. Eu não gasto mais um minuto do meu tempo com quem mente ou quer manipular a mim ou a outras pessoas”.

“Decidi não conviver mais com a pretensão, a hipocrisia, a superficialidade, a desonestidade e os elogios baratos. Eu não consigo tolerar a erudição seletiva e arrogância acadêmica. Eu não suporto conflitos e comparações. Acredito em um mundo de opostos e por isso evito pessoas de caráter rígido e inflexível “.

“Na amizade eu não gosto da falta de lealdade e da traição. Não me dou bem com quem não sabe elogiar ou encorajar as pessoas. Os exageros me aborreceram e tenho dificuldade em aceitar quem não gosta de animais. E, acima de tudo, já não tenho paciência nenhuma para quem não merece minha paciência”.

“Minhas ações são o que me representa como ser humano, não minhas palavras.”

“A gratificação instantânea não chega rápido o suficiente.”

“Minha família vem em primeiro lugar, sempre foi assim e sempre será.”

“Não confunda ter um diploma universitário com ter educação. O título é um papel, a educação é responder quando lhe dão bom dia “.

“A grande dádiva dos seres humanos é que temos o poder da empatia”.

“Sempre leve suas crenças em todas as áreas de sua vida, leve seu coração para o trabalho e espere o melhor de todos.”

“No final, o que importa é o que você sente. Não o que sua mãe lhe disse. Não o que outra atriz lhe disse. Não é o que todo mundo lhe disse, mas sim aquela pequena, mas pulsante, voz dentro você.”

“Prefiro ser rebelde do que escrava. Incentivo as mulheres à rebelião.”

“Algumas pessoas estão cheias de compaixão e do desejo de fazer o bem, e outras simplesmente acreditam que nada fará diferença.”

” Se você tem um cérebro, é obrigado a usá-lo.”

“Você deve aceitar que vai envelhecer. A vida é valiosa e quando você perde muita gente, percebe que todo dia é um presente.”

“Mulheres: não se preocupem com a sua aparência. O que te faz diferente ou bonita é a sua força.”

“A maternidade tem um efeito muito humanizador. Tudo se resume ao essencial. “

“Você tem que continuar fazendo o que faz. É a lição mais importante que aprendi com meu marido, ele sempre diz: Vá em frente, comece pelo começo.“

Estas são algumas das reflexões de vida que Meryl Streep transmitiu à sociedade.

Compartilhar os próprios pensamentos é um grande ato de generosidade. Sem dúvidas, é difícil que algumas dessas palavras não nos seduzam, porque são cheias de lucidez, certeza e simplicidade.

Com informaçãoes de:  A Mente é Maravilhosa

Imagem de capa: Reprodução

Mãe ensina maneira genial de incentivar os filhos a ler ao invés de ficar só na internet

Mãe ensina maneira genial de incentivar os filhos a ler ao invés de ficar só na internet

Querido pai, querida mãe,

Com que frequência você censurou seus filhos por terem passado muito tempo na internet ou nos games? Algo como:

“Em vez de se sentar com os olhos colados ao seu celular, por que você não lê um livro legal! Os livros são os objetos estranhos que você pode encontrar na biblioteca”.

E então as queixas e discussões começam.

Os smartphones envolvem completamente os jovens… são onde as crianças entram nas mídias sociais e conversam com os amigos. A conexão wi-fi é sua chave mágica para a felicidade.

Se você está procurando uma maneira inteligente de aproximar seus filhos da leitura e tirá-los do WhatsApp, veja o exemplo desta mãe engenhosa que encontrou uma maneira original de educar seus filhos sobre como usar a internet com sabedoria. Sua ideia, que tornou viral na web, também foi relatada na edição italiana do Huffington Post:

“A senha do wi-fi desta semana é a cor do vestido de Anna Karenina no livro. Eu disse o livro, não o filme!! Boa sorte! Mamãe”, ela escreveu em um pedaço de papel.

A única maneira que seus filhos (em idade escolar) poderiam encontrar a senha para a conexão à internet era lendo o livro de Tolstoi.

Não é ruim quando um truque faz as crianças se apaixonarem pela leitura e isso faz obter o seu wi-fi muito desejado se a resposta for correta!

O destino final é a experiência de navegar pela literatura, mas uma pequena caça ao tesouro em uma obra literária é uma ótima maneira de eles começarem.

E quem não gosta de caça ao tesouro?

A propósito, você já leu Anna Karenina?

Imagem de capa: Tatiana Bobkova/shutterstock

Quem é desapegado é frio?

Quem é desapegado é frio?

Neste momento em que escrevo esse texto estou lendo um livro muito rico de ensinamentos chamado “No coração da vida”, da querida monja budista Jetsunma Tenzin Palmo, um livro que recomendo fortemente que adquira para ler do começo ao fim.

Num determinado trecho ela falava sobre o DESAPEGO trazendo uma reflexão que muita gente se faz e que mostra o quanto verdadeiramente não sabem o que é o desapego, uma das maiores virtudes que os seres humanos podem desenvolver.

Você acha que ser desapegado é ser frio? Pode ter certeza que sua visão não será mais a mesma depois de ler as suas palavras. Confira…

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“As pessoas pensam que se alguém é desapegado, é frio. Mas isso não é verdade. Qualquer um que encontre grandes mestres espirituais, realmente desapegados, ficará impressionado com o afeto deles por todos os seres, não só aqueles dos quais gostam ou com quem se relacionam. O desapego libera algo muito profundo dentro de nós, porque libera aquele nível de medo. Todos nós temos muito medo: medo de perder, medo da mudança, uma incapacidade de simplesmente aceitar.”

Jetsunma Tenzin Palmo

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Não é lindo? Ela está nos dizendo em outras palavras, que somente depois que nos livramos dos nossos medos mais arraigados e profundos é que podemos de fato ser desapegados.

Quanto mais desapegados nós somos maior a nossa capacidade de amar a todos com PLENITUDE, com ENTREGA, sem nenhum tipo de exigência, de cobrança nem expectativas.

Ao longo desse livro ela também fala muito sobre o amor apegado e amor desapegado. Se tenho o amor desapegado, eu deixo a pessoa seguir sua vida a qualquer momento. Se ela de repente não me quiser mais na sua vida, simplesmente digo: “Seja feliz! Se minha presença não lhe agrada mais, tudo que quero é a sua felicidade, vá em paz…”.

Quantos de nós consegue reagir dessa maneira quando alguém decide ir embora das nossas vidas? A minoria! O nome disso é DESAPEGO, e somente com muito amor no coração é que podemos deixar as pessoas irem sem ressentimentos e mágoas.

Aproveito essa parte do texto para compartilhar um áudio bem bonito que gravei inspirado em uma das minhas músicas favoritas do grande cantor e compositor Vander Lee, chamada “Siga em paz”, uma música que infelizmente, é conhecida por bem pouca gente. Uma das frases dela diz assim: “E vem você dizer, que o meu amor não te apetece mais, o que posso fazer além de desejar que você siga em paz…”. É disso que estou falando! Isso se chama DESAPEGO no mais profundo da palavra! Grande Vander Lee, um mestre que nos deixou em agosto de 2016. Segue o link.

O medo que carregamos no nosso coração é muito profundo, e por causa desse medo nos agarramos às pessoas que amamos e de forma totalmente ilusório confundimos isso com amor.

Gosto muito da alegoria feita por um grande amigo que faz palestras sobre o budismo chamado João Vale Neto. Ele sempre diz que quando amamos uma pessoa, no momento que esse amor é despertado, já surge na nossa pele um GANCHO e corremos para “enganchá-lo” na outra pessoa.

Ele brinca nas suas palestras que tem pessoas com tantos ganchos que por onde vão se engancham em um montão de gente! hehehe

Não precisa ser assim! E você? Quantos ganchos você tem grudados na sua pele? Você está enganchado em quantas pessoas? Talvez esteja na hora de desenganchar, ou utilizar o lema do site OLX: “Desapega!”

O resumo do que venho lhe dizer é isso. Se aprofunde cada vez mais no autoconhecimento, porque ele nos leva a desenvolver mais o amor próprio. Aprendendo a amar mais a si mesmo, consequentemente o amor às outras pessoas irá crescer na mesma proporção. Quanto mais amor eu nutrir pelos outros, menos medo terei no meu coração. E quando chegar a esse patamar de não ter mais medo da vida, entrarei no coração da vida, que é o título desse maravilhoso livro da monja Jetsunma Tenzin Palmo.

Como diria o mestre Jesus: “O amor afasta todo o medo…”.

Então eu complemento: também afasta o apego que nos engancha às pessoas que amamos…

Imagem de capa: Reprodução

Conhecer “A Teoria das Janelas Quebradas” deveria ser obrigatório

Conhecer “A Teoria das Janelas Quebradas” deveria ser obrigatório

Artigo de Sergio Enrique Faria

Título original: A Teoria das Janelas Quebradas

Há alguns anos, a Universidade de Stanford (EUA), realizou uma experiência de psicologia social. Deixou duas viaturas idênticas, da mesma marca, modelo e até cor, abandonadas na via pública. Uma no Bronx, zona pobre e conflituosa de Nova York e a outra em Palo Alto, uma zona rica e tranquila da Califórnia. Duas viaturas idênticas abandonadas, dois bairros com populações muito diferentes e uma equipe de especialistas em psicologia social estudando as condutas das pessoas em cada local.

Resultou que a viatura abandonada em Bronx começou a ser vandalizada em poucas horas. Perdeu as rodas, o motor, os espelhos, o rádio, etc. Levaram tudo o que fosse aproveitável e aquilo que não puderam levar, destruíram.Contrariamente, a viatura abandonada em Palo Alto manteve-se intacta.

Mas a experiência em questão não terminou aí. Quando a viatura abandonada em Bronx já estava desfeita e a de Palo Alto estava há uma semana impecável, os pesquisadores partiram um vidro do automóvel de Palo Alto. O resultado foi que se desencadeou o mesmo processo que o de Bronx, e o roubo, a violência e o vandalismo reduziram o veículo ao mesmo estado que o do bairro pobre. Por quê que o vidro partido na viatura abandonada num bairro supostamente seguro, é capaz de disparar todo um processo delituoso? Evidentemente, não é devido à pobreza, é algo que tem que ver com a psicologia humana e com as relações sociais.

Um vidro partido numa viatura abandonada transmite uma ideia de deterioração, de desinteresse, de despreocupação. Faz quebrar os códigos de convivência, como de ausência de lei, de normas, de regras. Induz ao “vale-tudo”. Cada novo ataque que a viatura sofre reafirma e multiplica essa ideia, até que a escalada de atos cada vez piores, se torna incontrolável, desembocando numa violência irracional.

Baseados nessa experiência, foi desenvolvida a ‘Teoria das Janelas Quebradas’, que conclui que o delito é maior nas zonas onde o descuido, a sujeira, a desordem e o maltrato são maiores. Se se parte um vidro de uma janela de um edifício e ninguém o repara, muito rapidamente estarão partidos todos os demais. Se uma comunidade exibe sinais de deterioração e isto parece não importar a ninguém, então ali se gerará o delito.

Se se cometem ‘pequenas faltas’ (estacionar em lugar proibido, exceder o limite de velocidade ou passar com o sinal vermelho) e as mesmas não são sancionadas, então começam as faltas maiores e delitos cada vez mais graves.Se se permitem atitudes violentas como algo normal no desenvolvimento das crianças, o padrão de desenvolvimento será de maior violência quando estas pessoas forem adultas.

Se os parques e outros espaços públicos deteriorados são progressivamente abandonados, depredados e pichados pelas pessoas, estes mesmos espaços são progressivamente ocupados pelos delinquentes.

A Teoria das Janelas Partidas foi aplicada pela primeira vez em meados da década de 80 no metrô de Nova York, o qual se havia convertido no ponto mais perigoso da cidade. Começou-se por combater as pequenas transgressões: lixo jogado no chão das estações, alcoolismo entre o público, evasões ao pagamento de passagem, pequenos roubos e desordens. Os resultados foram evidentes. Começando pelo pequeno conseguiu-se fazer do metrô um lugar seguro.

Posteriormente, em 1994, Rudolph Giuliani, prefeito de Nova York, baseado na Teoria das Janelas Partidas e na experiência do metrô, impulsionou uma política de ‘Tolerância Zero’. A estratégia consistia em criar comunidades limpas e ordenadas, não permitindo transgressões à Lei e às normas de convivência urbana. O resultado prático foi uma enorme redução de todos os índices criminais da cidade de Nova York.

A expressão ‘Tolerância Zero’ soa a uma espécie de solução autoritária e repressiva, mas o seu conceito principal é muito mais a prevenção e promoção de condições sociais de segurança. Não se trata de linchar o delinquente, pois aos dos abusos de autoridade da polícia deve-se também aplicar-se a tolerância zero.

Não é tolerância zero em relação à pessoa que comete o delito, mas tolerância zero em relação ao próprio delito.Trata-se de criar comunidades limpas, ordenadas, respeitosas da lei e dos códigos básicos da convivência social humana.

Essa é uma teoria interessante e pode ser comprovada em nossa vida diária, seja em nosso bairro, na rua onde vivemos.

A tolerância zero colocou Nova York na lista das cidades seguras.

Esta teoria pode também explicar o que acontece aqui no Brasil com corrupção, impunidade, amoralidade, criminalidade, vandalismo, etc.

Publicado originalmente em Estúdio da Mente

Referência bibliográfica: Manhattan Institute

Imagem de capa: Gina Buliga/shutterstock

Nota da página:  Matheus Maciel Paiva, pesquisador na área de criminologia e sociologia e leitora da página, nos informou que:

“A “Teoria da Broken Windows” foi implantada nos EUA no século XX, como uma politica de controle social e, claro, criminalidade crescente nos centros urbanos. Acontece que ela se guia por um principio maximalista do direito penal, alem de utilizar um pensamento do século XVIII e XIX (da Escola Positivista) para justificar a atuação do poder sancionador em locais específicos, ou seja, é uma teoria que move todo o sistema de acordo uma estigmatização socio-individual. Atualmente tenta-se sobressaltar, evoluir, essa teoria, ela não deve ser mais utilizada ou propagada, principalmente no contexto constitucional contemporâneo que o todo o mundo está passando. Ela não é utilizada na maioria dos países desenvolvidos.”

E, devido a isso, fazemos a ressalva quanto a desactualização do tema. Entretanto, mantemos a matéria porque é uma linha de raciocínio interessante dessa área de conhecimento e também do processo de evolução na aplicação e estudo da criminologia.

5 formas de semear o seu lado espiritual e ter uma vida mais plena

5 formas de semear o seu lado espiritual e ter uma vida mais plena

Todo ser humano, em algum momento de sua vida, questiona a razão do seu existir. Na maioria das vezes, isso gera ansiedade e uma sensação de desamparo que só é suprida quando a pessoa descobre um propósito.

Por propósito podemos entender aquilo que nos dá motivo para levantar todas as manhãs. São, de maneira geral, as coisas que fazem nossos olhos brilharem. Alguns sentem isso por suas famílias, outros por sua profissão. Há que se alimente de ajudar ao próximo. É algo que, no final das contas, tem relação com o que existe de mais sincero dentro da pessoa.

Quando somos fieis a esse propósito, seja ele laboral, familiar e/ou espiritual, sentimo-nos mais felizes e completos. A partir desse momento, somos capazes de desenvolver o nosso lado espiritual, pois nos sentimos plenos com em nossos objetivos e razões de existir.

Abaixo, estão 5 maneiras de semear o seu lado espiritual 

1.  Desapego

Quanto menos você precisa, mais livre você é. A descoberta de que “o não apegar-se a coisas materiais e mesmo relações falidas” é um dos grandes segredos da felicidade e do cultivo de uma alma mais espiritualizada.

2. Aceitação de si

Um dos males da humanidade é a hipocrisia e ela não está distante das pessoas que cultivam a espiritualidade. É importante que a pessoa reconheça suas qualidades e seus defeitos, que não renegue e sim aceite sua história de vida.

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Por Olesya Kuprina/shutterstock

3.Perdão

Só após a aceitação pode vir o perdão de si e do outro. Quando nos aceitamos falhos vemos com mais gentileza a falha do outro. Sabermos que somos imperfeitos nos torna mais humildes e tolerantes.

4. Identificação do propósito

Como foi dito na introdução do texto, o propósito é algo que nos guia e nos motiva a continuar. Pense em quais são as coisas da sua vida que são as mais importantes. Aquelas que te dão a impressão de que a vida não teria sentido sem elas. Aí você terá a sua resposta. Mas lembre-se também que identificar o propósito é só o começo. É preciso que você o cultive e lute por ele.

5. Abertura para coisas novas

Toda unanimidade é burra. Logo, se você nunca questiona suas próprias verdades existe um grande risco de que você esteja engessado em ideias que não fazem mais sentido. Lembre-se que para desapegar é preciso deixar ir, para perdoar, é preciso mudar, para ver o novo, é preciso repensar o velho. O desenvolvimento de si só acontece quando aceitamos que não somos donos da verdade.

Lembre-se que qualquer pessoa que você conhecer será melhor em você em alguma coisa. Seja humilde e aprenda. 

PS: Você também pode chamar seu lado espiritual de MATURIDADE ou FELICIDADE- a espiritualidade não costuma andar muito longe delas.

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Por favor, não romantize os amores imperfeitos

Por favor, não romantize os amores imperfeitos

Se não é recíproco, se não tem respeito, se não é acompanhado de sintonias, somas e parceria. Se não é amor, na sua essência, livre. Se nada disso está incluso no amor que você vive ou quer viver, esqueça. Porque nunca teve nada a ver com defeitos. Amores que não têm esses afetos essenciais são imperfeitos. Trate de não romantizá-los.

Em qualquer relação, defeitos e imperfeições não querem dizer a mesma coisa. Defeitos podem variar de uma pessoa para outra. Eles são pontos de vista. Tem gente que acha que o amor deve combinar nas situações mais triviais. Exemplo, um lado gosta do gênero musical x e outro lado do y. Para muitos, isso é um problema, um defeito. E tudo bem. É direito de cada um enxergar afinidades e afetos sob os próprios gostos. A questão que pega, que quase sempre passa despercebida, é no que diz respeito aos comportamentos imperfeitos.

Imperfeição, em um relacionamento, não é só ter uma visão de vida diferente e não estar de acordo com. Também tem a ver com a personalidade e as escolhas daquela pessoa. Quem agride verbalmente, quem está sempre em busca de manipular e fazer refém emocionalmente quem está do lado, quem tem a necessidade de dominar o amor entregue nessa espécie de superioridade afetiva. Tudo isso caracteriza um amor imperfeito.

É tempo de entendermos que o amor não é obrigado a aceitar certos laços por um “eu te amo” pronunciado. Não é assim que funciona. Quando romantizamos e, principalmente, confundimos amores possíveis com amores imperfeitos, não só estamos nos esquecendo do amor próprio, como também distorcemos a importância de um amor saudável.

Não, o amor não tem que ser perfeito. Perfeição nunca foi o lance do amor. Ele também passa por dias difíceis e complexos. Mas ele não aprisiona, brinca ou oferece mentiras para quem o recebe. Por favor, não romantize os amores imperfeitos. Fique de coração aberto apenas para os cúmplices e dispostos por um amor inteiro – mesmo que com defeitos.

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3 liberdades que ninguém pode tirar de você

3 liberdades que ninguém pode tirar de você

O ser humano necessita da vida em sociedade. A agregação das pessoas em grupos, com o advento da civilização, aumentou de proporção, até a formação dos países como os conhecemos. Isso tudo aconteceu por razões culturais, de segurança e sobrevivência.

Permanecemos juntos uns dos outros. Contudo, nos é cobrado um alto preço por isso, pois as necessidades e vontades individuais devem ser adequadas ao bem estar do grupo. Ou seja, nós não podemos transgredir as regras sociais, sem que haja uma punição para isso, caso invadamos os direitos dos demais.

Por mais que não concordemos com certas normas sociais, por sermos pessoas de bem, entendemos que elas são imprescindíveis para manter um equilíbrio e o respeito mútuo entre as pessoas, devido às diferenças intrínsecas entre cada indivíduo.

A lei serve a todos, mas em alguns sentidos, não serve para todos, pois algumas atitudes residem em nossa mente como ilícitas mas, em outras mentes, tais atitudes podem ser entendidas como lícitas. À exemplo disto, podemos citar as Leis de Trânsito, em nosso país. Ela coíbe atitudes que nem todas as pessoas têm, como por exemplo, dirigir após ingestão de bebidas alcoólicas ou drogas. Há pessoas que dirigem e nunca ingeriram ou ingerirão álcool ou qualquer substância psicoativa. Para essas, a lei é desnecessária. Já outras, fazem isso com frequência e necessitam ser coibidas, para que não se tornem um risco à outras pessoas, ao ingerir tais substâncias, o que não consideram como um ato ilícito, e conduzir um veículo.

Entretanto, há atitudes que ninguém pode nos tirar, sendo elas bem vistas ou não pelas tradições e costumes.

Porque sim, somos todos os dias bombardeados por costumes e tradições, que restringem nossa liberdade e que são transformados, dia a dia, devido à modificação e evolução natural da sociedade.

Abaixo, descrevo três dessas tradições vistas como corretas e que ainda são tabus, mas cuja liberdade de escolha reside apenas na nossa vontade pessoal e que ninguém, que não habite nossa pele, pode nos impor, ou definir por nós.

São liberdades que fazem parte de nossa opção de vida e do encontro com nosso verdadeiro eu. Uma vez que tomamos esse poder em nossas mãos e elegemos as melhores opções para nossa felicidade, cabe ao outro, seja quem for, aceitar nossa decisão e conviver pacificamente com ela. Aceitar, não no sentido de concordar, mas sim de respeitar e tolerar com olhos benevolentes e ciente que, somos iguais como seres humanos, mas diferentes na maneira de expressar essa humanidade.

1) A liberdade de escolher sua sexualidade:

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Por Lopolo/shutterstock

A questão sexual sempre foi um dilema na sociedade, que apontava padrões diferentes da heterossexualidade como aberrações, doença ou mesmo, transgressão religiosa. Com o passar dos anos, a verdade que existem muitos padrões sexuais, teve que ser admitida até pelos mais preconceituosos. Mas, há duras penas, inclusive provocando ódio e aversão.

Atualmente, muitos gêneros sexuais são reconhecidos, não apenas por “modismo”, mas porque existem realmente. Mesmo assim, uma infinidade de pessoas esconde ou sublima sua orientação sexual, pelo medo do julgamento social e, primordialmente, medo do julgamento e da não aceitação de seu próprio núcleo familiar. Poder exercer a sua sexualidade é uma liberdade primordial que todo ser humano deve ter. Não se escolhe a quem se ama ou deseja, simplesmente se deseja e ama. Ter desejo é uma premissa básica do ser humano, e querer direcionar esse desejo para determinados padrões, não é natural, como pensam alguns. O seu corpo é seu templo pessoal e como você o mantém ou utiliza, não interfere na vida do outro.

Assim, respeite suas inclinações e desejos e imponha sua essência, por mais difícil que seja enfrentar as batalhas que isso possa acarretar. Liberdade na orientação sexual exige coragem, amor-próprio e enfrentamento de nossos medos. Mas lutar por si é a mais gloriosa de todas as batalhas.

2) A liberdade de querer ou não ter um relacionamento:

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Por djile/shutterstock

Atualmente, com todas as mudanças na vida de homens ou mulheres, não é mais possível seguir a ideia de que a pessoa só é feliz se tem um companheiro ou companheira, a fim de formar um casal ou uma família. O conceito de nascer, crescer, casar e morrer, se ampliou. Apesar disso, principalmente no caso das mulheres, a pressão, muitas vezes, não somente social, mas também familiar, para que se casem, é desmedida.

Esquecem que a prioridade das pessoas, deve ser sua realização pessoal e, em determinados casos, o casamento não faz parte dessa prioridade, pois não trará a consumação de outros projetos que lhe são mais caros. As pessoas precisam aceitar que ter um relacionamento não é um paradigma de felicidade. Pelo contrário, vemos aqueles que, na busca incessante do par ideal, lançam-se em relações desde o início falidas, com pessoas totalmente desprovidas de afinidades e sentimentos, e que causam prejuízos emocionais enormes. Nunca se sinta obrigado, por ninguém, a ter ou manter um relacionamento. A beleza da vida está no encontro consigo mesmo e não somente no encontro com o outro. Tampouco, se quiser ter um relacionamento, se prenda a padrões tradicionais, se não for de sua absoluta vontade. Respeite seu modo de ser, sua individualidade e seu querer, e aprenda que podem existir relacionamentos sem o coabitar, apenas convivendo. Imponha sua vontade e procure alguém, caso queira, que aceite e compartilhe de suas ideias. Amar é libertar-se, ampliar horizontes e partilhar ou não, a própria existência!

3) A liberdade de querer ou não ter filhos:

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Por Kichigin/shutterstock

“Crescei e multiplicai-vos!” Mesmo? Num planeta superlotado, onde milhões padecem fome, sede, guerras e injustiças? Será que é preciso procriar e deixar descendência para ser feliz? Não, obviamente. Mas para ser aceito, talvez sim. O desejo de ter filhos é outro paradigma que foi abalado com as mudanças sociais e ascensão da mulher na esfera profissional. Ademais, a sociedade e a família cobram esse posicionamento, principalmente das mulheres, embora, atualmente, casais de mesmo sexo que assim o desejarem, têm a opção de ter filhos, sendo essa uma conquista maravilhosa da ciência e também do amor sem preconceitos ou barreiras.

Eu já ouvi, de muitas mulheres com vida conjugal, que só tiveram filhos porque a família, ou mesmo o esposo, queriam que elas os tivessem. A ideia da necessidade da procriação é ancestral e teve sua validade quando do povoamento do planeta. Em épocas remotas, nas quais o ser humano mal atingia 30 anos de idade, por questões de sobrevivência dos grupos, era necessário que eles aumentassem. Portanto, essa valorização do ato da procriação.

Atualmente, com toda tecnologia e necessidade de equilíbrio populacional, ter filhos é uma opção. Uma opção extraordinária, mas para quem realmente deseja e sente-se capaz de assumir esse compromisso, que acaba se tornando algo principal na vida de quem assim escolhe. Uma criança necessita de muitas coisas, mas essencialmente, ela necessita ser querida.

A mulher, mesmo engravidando em circunstâncias inesperadas, tem que ter, despertada em si, a vontade de ser mãe. É lindo e nobre ser mãe, mas é uma inclinação que nem toda mulher possui. E não é por isso que podemos supor, que mulheres que optam por não ter filhos, apreciem menos as crianças.

Exato, uma mulher que não quer ter filhos pode adorar crianças e ser formidável com elas e, não obstante, ter como opção pessoal outras prioridades, independentemente de seu estado civil.

Ter filhos é um ato de amor incondicional e este amor tem que ser entendido como uma escolha plena, consciente e repleta de responsabilidades.

Hoje, também há homens que desejam ter relacionamentos, mas não ter filhos. Assim, a decisão mais acertada para um casal, é sempre ser racional e expor ao parceiro sua decisão nesse sentido. E jamais sucumbir ao intento de impor suas vontades ou escondê-las. Um dos caminhos para a autossatisfação consigo mesmo, é ser verdadeiro naquilo que se pretende com e do outro. Se você não deseja ter filhos, seja íntegro o bastante para admitir ser uma bela e necessária árvore como qualquer outra, que pode não produzir frutos, contudo produzindo muitas flores!

Imagem de capa: Vasilyev Alexandr/shutterstock

Decepção não mata, ensina!

Decepção não mata, ensina!

Todos os dias, antes de dormir, tenho o costume de ler. Ontem, em uma de minhas leituras noturnas, encontrei um texto um tanto sábio. A escrita falava sobre enxergar o lado positivo de cada decepção.

Todos nós já nos decepcionamos, e fomos decepcionados. Às vezes, decepcionamos pessoas sem intenção de as machucar. Em outros casos, nos decepcionamos com outras pessoas.

Existem casos onde as decepções poderiam ser evitadas, mas optamos por continuar apostando em algo que no fundo, sabemos que não vai dar certo.

De qualquer forma, a decepção é amiga da expectativa. Nos decepcionamos quando criamos expectativas em relação aos outros. Na maioria dos casos, idealizamos alguém, e esperamos dela coisas que jamais poderiam nos oferecer.

Todos nós estamos sujeitos a nos decepcionar, contudo, nossa maior defesa, é não esperar absolutamente nada de ninguém.

Após ler esse texto, e refletir sobre o assunto, conclui que decepção não nos mata, apenas nos ensina a sermos melhores. As decepções nos mostram que somos mais fortes do que imaginávamos. Quando a gente acha que é o fim, é a chance de um recomeço. E podemos recomeçar quantas vezes for necessário.

Lembro-me de uma de minhas decepções amorosas. Achei que aquela dor jamais teria fim. E teve. Da dor, tirei grandes aprendizados. Aprendi que jamais devemos agir conforme nossas emoções. Temos que dar ouvidos a razão também. O coração deve estar na mesma sintonia que nosso cérebro.

Aprendi a me amar, e me valorizar mais. Entendi que só poderia amar alguém, quando aprendesse e me amar em primeiro lugar.

Aprendi que reciprocidade não se cobra, se tem. E quando existe, é uma via de mão dupla. Quem quer demonstra, quem não quer, demonstra também.

E por fim, aprendi que o amor existe, e todos nós temos o direito de vivê-lo. Se o que queríamos não for possível, existirão outras oportunidades de amar novamente.

A roda gigante da vida está aí para nos mostrar que tudo muda. Um dia podemos estar em baixo, noutro, em cima. O que vale são as lições grandiosas que aprendemos no meio do percurso.

Imagem de capa: Novikov Alex/shutterstock

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