Faça o teste e descubra qual trauma de infância afeta sua vida atual

Faça o teste e descubra qual trauma de infância afeta sua vida atual

Nossa infância, em grande parte, define nossas vidas futuras. Isso porque as experiências que vivemos durante essa fase ajudam a moldar quem nos tornaremos.

A qualidade de nossas vidas e de nossos relacionamentos familiares, quando somos pequenos, influencia em nossa personalidade, forma de ver a vida e desejos futuros.

Por mais que já sejamos adultos ou idosos, esses eventos permanecem em nossas mentes, afetando nossas vidas diariamente. Por esse motivo, é muito importante identificarmos quais os traumas que carregamos e trabalhar neles para vivermos vidas melhores.

Este teste vai ajudá-lo a descobrir qual trauma de infância afeta sua vida atual. Escolha um dos desenhos mostrados acima e depois role para baixo e depois leia seus resultados.

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Se você escolheu o desenho 1

Você pode ter vivido dificuldades nos relacionamentos com pessoas próximas durante infância, o que por um tempo tornou difícil a criação de novos relacionamentos. No entanto, você buscou um caminho mais positivo na vida e descobriu que, a todo momento, você tem o poder de criar uma nova história para si mesmo.

Hoje, você confia em si mesmo e em sua capacidade de ser feliz. Sua confiança o ajuda a criar conexões saudáveis ​​com as pessoas ao seu redor.

Se você escolheu o desenho 2

Se você escolheu o desenho 2, pode ser que sua confiança tenha sido traída por alguma pessoa próxima durante a infância. Isso o machucou por um tempo e causou uma dificuldade em confiar nas pessoas, mas hoje você está muito mais aberto ao mundo, porque aprendeu a selecionar as pessoas que estão seu lado, e prioriza aqueles que o fazem feliz.

Hoje, você tem muito mais confiança em si mesmo e em sua vida e encara os relacionamentos com mais alegria e positividade.

Se você escolheu o desenho 3

Se o seu escolhido foi o desenho 3, seu trauma está provavelmente relacionado à alguma ferida em ambientes sociais durante a infância. Você pode ter sido rejeitado ou humilhado por colegas de escola ou por pessoas de seu círculo íntimo.

Hoje em dia, você aprendeu que não precisa de aprovação de outras pessoas. Amar a si mesmo e viver uma vida que o faz bem é o que importa. Por isso, você busca seus próprios sonhos e objetivos com todo o seu coração, sabendo que aqueles que o amam sempre estarão ao seu lado.

Se você escolheu o desenho 4

Seu grande trauma de infância pode ser o medo do fracasso. Você pode ter sido tratado com dureza e por isso passou muito tempo se cobrando por seus erros.

Mas hoje, você aprendeu o seu valor, e apesar de cometer erros, você sabe que ainda é amado, respeitado e admirado pelas pessoas que verdadeiramente querem o seu bem. Você é gentil consigo mesmo e enxerga todos os seus potenciais de vitória.

O que você achou do seu resultado? Comente suas impressões abaixo!

Fonte.

Nota da página: conteúdo exclusivamente de entretenimento. Sem nenhum valor científico.

“Somos todos imigrantes. Ninguém tem moradia fixa nesta Terra.”

“Somos todos imigrantes. Ninguém tem moradia fixa nesta Terra.”

Nas últimas semanas, veio à tona o horror das 2,3 mil crianças separadas dos pais que tentavam entrar clandestinamente nos Estados Unidos e foram despachadas para jaulas em diversas cidades do território americano, gerando sofrimento entre os filhos e seus pais. O presidente Trump esbravejou mais uma vez o seu discurso de ódio contra os imigrantes e refugiados.

Essa onda de ódio contra imigrantes, refugiados e asilados também se dissemina pela Europa, como se fosse uma epidemia. O mundo desenvolvido está adoecido pela xenofobia. Assim, o futuro é sinistro para milhares de famílias, que se arriscam ao mar e sonham em ter uma vida melhor nesses países. Mas o que encontram são muros de concretos ou de arames farpados, barricadas e policiais armados.

Hoje, são 64 milhões de pessoas que deixam para trás suas vidas na África e no Oriente Médio, fugindo da miséria, das guerras, da intolerância política ou religiosa e do terrorismo, sobrevivendo em campos de refugiados ou na fronteira entre países. E muitos travessam oceanos em canoas, barcos e botes em condições perigosas, levando consigo a esperança do que restou.

Porém, um grande número de seres humanos naufraga nessa travessia. Apenas em 2015 morreram 3.771 pessoas e na primeira semana de 2016 desapareceram 406, segundo a ONU. Essas mortes aumentam a cada ano diante do olhar paranoico das autoridades europeias, como se essas pessoas fossem criminosas.

O que assistimos é uma crise humanitária, gerada por expulsões coletivas e arbitrárias nos Estados Unidos e na Europa. Esses países foram responsáveis no passado pela exploração econômica da África e da América Latina. São Nações que têm todas as condições de garantir o respeito e dignidade aos imigrantes e refugiados, com base nos princípios da solidariedade internacional.

A insanidade disso, é que as mercadorias podem circular livremente e os capitais não têm fronteiras. Por que os produtos devem circular no mundo e os seres humanos não? É que a globalização maximizou a prosperidade econômica dos países ricos, em detrimento da falência de empresas nacionais e da pobreza de milhões de pessoas ao redor do planeta.

Diferente dessa lógica, o sociólogo Zygmunt Bauman afirma que ninguém é superior ou inferior a ninguém, já que vivemos em um mundo multicultural, onde há espaço para todos. Os imigrantes que chegam a um novo país querem trabalhar, pagar impostos, cumprir as leis, ou seja, ser reconhecidos como cidadãos.

Portanto, os refugiados são pessoas que deixam seus países, uma vez que estão sendo perseguidos por motivos de raça, religião, nacionalidade e opiniões políticas. Os asilados são cidadãos que buscam abrigo, pois estão sofrendo algum tipo de perseguição política. Já os imigrantes são pessoas que abandonaram os seus países, em busca de melhores condições de vida.

Entretanto, o narcisismo maligno de Trump e a postura esquizofrênica de alguns governos europeus negam essa realidade. O nosso Papa Francisco faz um alerta a esses líderes mundiais: “Somos todos Imigrantes. Ninguém tem moradia fixa nesta terra. ”

“Há uma tragédia silenciosa em nossas casas”, viral que tem contagiado a internet

“Há uma tragédia silenciosa em nossas casas”, viral que tem contagiado a internet

Por Victoria Prooday 

Há uma tragédia silenciosa que está se desenvolvendo hoje em nossas casas e diz respeito às nossas joias mais preciosas: nossos filhos. Nossos filhos estão em um estado emocional devastador! Nos últimos 15 anos, os pesquisadores nos deram estatísticas cada vez mais alarmantes sobre um aumento agudo e constante da doença mental da infância que agora está atingindo proporções epidêmicas.

As estatísticas:
-1 em cada 5 crianças tem problemas de saúde mental;
-um aumento de 43% no TDAH foi observado;
-um aumento de 37% na depressão adolescente foi observado;
-um aumento de 100% na taxa de suicídio foi observado em crianças de 10 a 14 anos.

O que está acontecendo e o que estamos fazendo de errado?
As crianças de hoje estão sendo estimuladas e superdimensionadas com objetos materiais, mas são privadas dos conceitos básicos de uma infância saudável, tais como:
-pais emocionalmente disponíveis;
-limites claramente definidos;
-responsabilidades;
-nutrição equilibrada e sono adequado;
-movimento em geral, mas especialmente ao ar livre;
-jogo criativo, interação social, oportunidades de jogo não estruturadas e espaços para o tédio.

Em contraste, nos últimos anos as crianças foram preenchidas com:
– pais digitalmente distraídos;
– pais indulgentes e permissivos que deixam as crianças “governarem o mundo” e sem quem estabeleça as regras;
– um sentido de direito, de obter tudo sem merecê-lo ou ser responsável por
obtê-lo;
– sono inadequado e nutrição desequilibrada;
– um estilo de vida sedentário;
– estimulação sem fim, armas tecnológicas, gratificação instantânea e ausência de momentos chatos.

O que fazer?
Se queremos que nossos filhos sejam indivíduos felizes e saudáveis, temos que acordar e voltar ao básico. Ainda é possível! Muitas famílias veem melhorias imediatas após semanas de implementar as seguintes recomendações:
– Defina limites e lembre-se de que você é o capitão do navio. Seus filhos se sentirão mais seguros sabendo que você está no controle do leme.
– Oferecer às crianças um estilo de vida equilibrado, cheio do que elas PRECISAM, não apenas o que QUEREM. Não tenha medo de dizer “não” aos seus filhos se o que eles querem não é o que eles precisam.
– Fornecer alimentos nutritivos e limitar a comida lixo.
– Passe pelo menos uma hora por dia ao ar livre fazendo atividades como: ciclismo, caminhadas, pesca, observação de aves/insetos.
– Desfrute de um jantar familiar diário sem smartphones ou tecnologia para distraí-lo.
– Jogue jogos de tabuleiro como uma família ou, se as crianças são muito jovens para os jogos de tabuleiro, deixe-se guiar pelos seus interesses e permita que sejam eles que mandem no jogo.
– Envolva seus filhos em trabalhos de casa ou tarefas de acordo com sua idade
(dobrar a roupa, arrumar brinquedos, dependurar roupas, colocar a mesa, alimentação do cachorro etc.).
– Implementar uma rotina de sono consistente para garantir que seu filho durma o suficiente. Os horários serão ainda mais importantes para crianças em idade escolar.
– Ensinar responsabilidade e independência. Não os proteja excessivamente
contra qualquer frustração ou erro. Errar os ajudará a desenvolver a resiliência e a aprender a superar os desafios da vida.
– Não carregue a mochila dos seus filhos, não lhes leve a tarefa que esqueceram, não descasque as bananas ou descasque as laranjas se puderem fazê-lo por conta própria (4-5 anos). Em vez de dar-lhes o peixe, ensine-os a pescar.
– Ensine-os a esperar e atrasar a gratificação.
Fornecer oportunidades para o “tédio”, uma vez que o tédio é o momento em que a criatividade desperta. Não se sinta responsável por sempre manter as crianças entretidas.
– Não use a tecnologia como uma cura para o tédio ou ofereça-a no primeiro segundo de inatividade.
– Evite usar tecnologia durante as refeições, em carros, restaurantes, shopping centers. Use esses momentos como oportunidades para socializar e treinar cérebros para saber como funcionar quando no modo “tédio”.
– Ajude-os a criar uma “garrafa de tédio” com ideias de atividade para quando estão entediadas.
– Estar emocionalmente disponível para se conectar com crianças e ensinar-lhes autorregulação e habilidades sociais.
– Desligue os telefones à noite quando as crianças têm que ir para a cama para evitar a distração digital.
– Torne-se um regulador ou treinador emocional de seus filhos. Ensine-os a reconhecer e gerenciar suas próprias frustrações e raiva.
– Ensine-os a dizer “olá”, a se revezar, a compartilhar sem se esgotar de nada, a agradecer e agradecer, reconhecer o erro e pedir desculpas (não forçar), ser um modelo de todos esses valores.
– Conecte-se emocionalmente – sorria, abrace, beije, faça cócegas, leia, dance, pule, brinque ou rasteje com elas.
E compartilhe se você percebeu a importância desse texto!

Traduzido do original: The silent tragedy affecting today’s children

Via Revista Pazes

Eu não sei me comportar de acordo com a minha idade. Eu nunca tive essa idade antes.

Eu não sei me comportar de acordo com a minha idade. Eu nunca tive essa idade antes.

Esse negócio de ficar estabelecendo regras só pode ter sido invenção de gente muito azeda.

Eu não estou me referindo às práticas regidas pelo bom senso, baseadas no bem comum.

Não! Esses limites são absolutamente indispensáveis para orquestrar as relações interpessoais, estabelecendo direitos e deveres de cada um.

Falo daquelas regrinhas que só servem para engessar as pessoas e acabar com a espontaneidade e a leveza, igredientes tão desesperadamente necessários para salvar a receita desandada na qual se converteu a vida do ser humano contemporâneo.

E há proibições para tudo. Desde que o alvo em questão esteja em situação… digamos… vulnerável!

E convenhamos, não há nesse mundo de meu deus grupo mais alvejado do que as mulheres maduras! Todo mundo tem uma opinião!

“Imagine, fulana agora – depois de velha, resolveu pintar o cabelo de rosa!”
“Imagine, fulana outra, disse que vai assumir os grisalhos! Cortou o cabelo curtinho!”
“Imagine, fulana de tal agora deu para namorar uns garotões! Que absurdo!”
“Imagine se essa senhora tem idade pra usar biquini!”

Ora, ora, ora… será falta do que fazer???

Tanta guerra, tanta criança abandonada, tanto bichinho sem dono nas ruas, tanta fome no mundo… E o povo acha tempo para prestar atenção nesses detalhes pessoais?!

Eu não tenho paciência! Sei lá como é que se comporta alguém na minha idade… nunca tive essa idade antes! E quer saber? Nem faço questão de aprender! E já vou logo distribuindo uns boletos pra os opinadores de plantão. Afinal, se está a fim de palpitar na minha vida, que ao menos tenha a fineza de pagar as minhas contas! Não é não?

As pessoas costumam ver duas coisas diferentes nessa imagem. Abra e descubra.

As pessoas costumam ver duas coisas diferentes nessa imagem. Abra e descubra.

As imagens dúbias, que possuem vários objetos diferentes simultaneamente, podem te ajudar a entender melhor a si mesmo e sua postura perante a vida.

Por incrível que pareça, identificar uma coisa- e não outra- mostra como você está.

contioutra.com - As pessoas costumam ver duas coisas diferentes nessa imagem. Abra e descubra.

  • Porta entreaberta. Você está pronto para mudanças e já começou a dar os primeiros passos nessa direção. Em sua mente, já há uma ideia exata do que acontecerá no futuro próximo..
  • Nota musical. A expressão criativa é muito importante para você neste momento. Definitivamente, há algo que precisa ser dito ao mundo. Seu potencial pode ser atingido com sucesso se os esforços necessários forem feitos.

Nota da página: conteúdo de entretenimento- sem valor científico

A primeira coisa que você enxergar na imagem revelará como vai sua vida

A primeira coisa que você enxergar na imagem revelará como vai sua vida

As imagens dúbias, que possuem vários objetos diferentes simultaneamente, podem te ajudar a entender melhor a si mesmo e sua postura perante a vida.

Por incrível que pareça, identificar uma coisa- e não outra- mostra como você está.

contioutra.com - A primeira coisa que você enxergar na imagem revelará como vai sua vida

  • Rosto. Você é uma pessoa de orientação social. Se importa com as pessoas e tenta sempre se comunicar. Além disso, tende a confiar nas capacidades intelectuais para resolver problemas cotidianos.
  • Peixes. Você está contente com a vida e tende a acreditar no sucesso dos negócios a que se dedicará no futuro. Ainda que algo dê errado, confia que será possível se adaptar facilmente às novas condições.

Nota da página: conteúdo de entretenimento- sem valor científico

10 Filmes que você precisa ver

10 Filmes que você precisa ver

A vingança está na moda

Elenco: Kate Winslet, Liam Hemsworth

Myrtle Dunnage, quando criança foi acusada de assassinato e enviada a um internado. Anos depois, ao voltar à sua cidade natal, depara-se com a rejeição dos vizinhos, que ainda se lembram das circunstâncias de sua partida. No entanto, Myrtle, pouco a pouco, consegue estabelecer relações com eles, graças ao seu talento como costureira. Mas os velhos segredos, como se sabe, não desaparecem, apenas se escondem. Por um tempo.

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Capitão Fantástico

Ben é o pai de uma família bem incomum que vive longe da civilização. Ele ensina os filhos a caçar e lutar, sem esquecer do desenvolimento espiritual. Ele transmite ainda conhecimentos sobre ciências exatas, literatura e filosofia. Uma tragédia familiar o obriga a viajar por todo o país, perguntando-se o que será de seus filhos quando chegar a hora de enfrentar a sociedade. É uma trama filosófica sobre criação e família, interessante para todo mundo, mas principalmente para quem tem filhos.

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Juventudes Roubadas

Elenco: Alicia Vikander, Kit Harington

Ano de 1914. A vida de Vera Brittain promete ser feliz e bem-sucedida. Ingressa em Oxford, tem uma família amorosa e um namorado. Mas tudo muda quando a Primeira Guerra Mundial entra em suas vidas e seus irmãos, amigos e namorado são recrutados. A própria Vera se torna uma enfermeira e ajuda a salvar soldados ingleses e alemães feridos.

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Histórias cruzadas

Elenco: Emma Stone, Viola Davis

Sul dos EUA, década de 1960. Eugenia Phelan, que todos chamam de “Skeeter”, volta para casa depois de se formar, sonhando em se tornar uma escritora bem sucedida e sair da atmosfera sonolenta de sua cidadezinha. Tentando encontrar uma razão pela qual a empregada foi embora, abandonando-a durante sua ausência, começa a se interessar pelos problemas dos negros e percebe que o tratamento que recebem pouco difere da época da escravidão.

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Desejo e Reparação

Elenco: Keira Knightley, James McAvoy, Saoirse Ronan

Ano 1935. Briony, 13 anos, tem uma grande imaginação e sonha em ser escritora. Um dia, sua prima Lola é violentada, e a consciência de Briony cria cenas que não aconteceram. A menina acusa Robbie do crime, filho de uma empregada doméstica e amante de sua irmã mais velha, Cecilia. Todos, exceto Cecilia, acreditam que ele é culpado e o jovem é preso. Da prisão, vai para os campos de batalha da Segunda Guerra Mundial.

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A dama dourada

Elenco: Helen Mirren, Ryan Reynolds

Durante a Segunda Guerra Mundial, todos os bens da família de Ferdinand Bloch-Bauer, incluindo o quadro de Klimt “Retrato de Adele Bloch-Bauer I”, foram furtados pelos nazistas. Meio século depois, Maria Altmann, a sobrinha de Ferdinand, a quem declarou herdeira, decide lutar na justiça e reaver os bens roubados.

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Livre

Elenco: Reese Witherspoon, Laura Dern

Cheryl Strayed passa por um divórcio complicado e com a morte da mãe, decide realizar uma viagem de 1.800 km sozinha. E a pé, por trilhas. Seu caminho segue ao longo da trilha do Pacífico, uma rota turística de trilheiros que se estende por cadeias de montanhas, longe das áreas mais habitadas. Nessa jornada, ela irá encontra-se com seus medos, desejos e terminará a trilha como uma nova mulher. Baseado em história real.

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Alexandria

Elenco: Rachel Weisz, Max Minghella

Alexandria, final do século IV. O Império Romano está chegando ao fim e as disputas políticas e o derramamento de sangue tornando-se comuns. Nessa época trágica, vive Hypatia: o maior cientista de seu tempo, que tem um amplo conhecimento de filosofia, matemática e astronomia. No entanto, como dizem os sábios chineses, não há nada pior do que viver numa época de mudanças…

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Frances Ha

Elenco: Greta Gerwig, Mickey Sumner

O filme, em preto e branco, conta a história de Frances, uma bailarina não profissional de 27 anos. Sua vida é difícil, e ela tem um problema atrás do outro. Qualquer um poderia cair em depressão. Qualquer um, exceto Frances.

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Um Homem Chamado Ove

Este filme, baseado num bestseller, teve grande sucesso na Suécia. De acordo com as estatísticas, um em cada seis moradores do país viu o longa. O protagonista é um idoso rabugento chamado Ove: ele sempre respeita todas as regras e obriga todo mundo a fazer o mesmo. No fundo, sente saudades da esposa falecida e até pensa em acompanhá-la na morte. Só que ninguém consegue pensar em suicídio quando uma família estrangeira e barulhenta mora na vizinhança.

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Elegância: A sutil arte de combinar simplicidade, educação e discrição

Elegância: A sutil arte de combinar simplicidade, educação e discrição

Gosto de gente simples. Gente pé no chão. Gente que aprendeu que luxo não se trata de afetação, ostentação ou presunção. Gente que sabe que elegância não é esnobismo ou arrogância. Elegância é, antes de tudo, saber se comportar com uma simplicidade sofisticada e uma sabedoria discreta perante a vida.

Coco Chanel dizia: “Não é a aparência, é a essência. Não é o dinheiro, é a educação. Não é a roupa, é a classe”. Eu, igualmente, acredito que ser elegante vai muito além de conhecer e assimilar regras cerimoniais ou juntar dinheiro para comprar uma jóia cara. Ser elegante é adquirir um conjunto de bons hábitos que revelam uma civilidade harmoniosa por dentro e por fora. É aprender agir com cortesia, empatia, gentileza, cuidado, educação e discrição. É descobrir o quanto é vulgar lavar roupa suja em praça pública; cuspir no prato em que comeu; participar de fofocas e boca a boca; fazer discursos inflamados sobre política e religião; assediar sem consentimento; criticar mais que elogiar; fazer diferença entre as pessoas; exagerar na roupa transparente, no tom de voz, na vontade de aparecer e na obscenidade.

Engana-se quem pensa que o contrário de luxo é a escassez de bens e recursos. Luxo é se despir de excessos. É descobrir que você não precisa exagerar na maquiagem, no brilho da roupa, no tom de voz, na quantidade de perfume, no filtro da selfie, na indiscrição. Luxo é conhecer seu lugar, não invadir a privacidade alheia, respeitar os limites (seus e dos outros), ser polido e refinado. Luxo é saber ser sofisticado na simplicidade, não desperdiçar, não esbanjar, não ostentar. Luxo é prestar atenção às próprias maneiras, e, na dúvida, agir com mais sobriedade que vulgaridade.

Pessoas elegantes não precisam impressionar ninguém, e por isso agradam a si mesmas em primeiro lugar. Não necessitam ostentar o último modelo de celular, não se incomodam em repetir vestidos, não competem pelo número de curtidas na última foto da viagem. Pessoas elegantes investem mais no brilho do olhar que na plástica das pálpebras, mais na naturalidade do sorriso que no preenchimento dos lábios, mais no caimento da vestimenta que na etiqueta famosa bordada na lapela.

A monarquia britânica, com suas Kates, Meghans e Rainha Elizabeth são referência de elegância e sofisticação para o mundo todo, não somente pela fortuna, mas, acima de tudo, pela classe, discrição, educação e ausência de excessos. A maquiagem sóbria de Meghan Markle e o hábito de Kate Middleton de repetir suas vestimentas vieram reforçar a ideia do quanto é bonito, fino, clássico, elegante e muito sofisticado adotar um estilo sóbrio, desprovido de exageros e despropósitos. É como diz o velho ditado: “menos é mais”.

A elegância está no comportamento, e não na posse disso ou daquilo. Já vi muita gente desprovida de recursos ter gestos nobres, e muita gente endinheirada ser extremamente desagradável e mesquinha. Isso me dá a certeza que não se mede grandeza por riqueza nem elegância por aparência.

Finalmente uma historinha: Quando eu tinha dezenove anos, fui conhecer a família do meu namorado na época. No dia de ir embora, ao acordar e ainda sonolenta, ouvi a mãe dele falando com a filha (que morava fora) ao telefone. Ela me descrevia exatamente assim: “ela é muito simples…” e me recordo que naquele dia, no auge da minha imaturidade, fiquei meio perdida, sem entender se aquilo era uma crítica ou elogio. Hoje, mais de vinte anos depois, me sinto privilegiada de ter passado essa impressão, e contente com a percepção dela. Porque sei que o meu valor não estava na minha fachada, e sim dentro de mim. Hoje continuamos próximas, amigas, e nos admiramos mutualmente. Nunca lhe contei esse episódio, e talvez fosse deselegante comentar que meus ouvidos captaram mais do que o necessário naquela manhã. Porém, mais tarde, esse incidente me trouxe lucidez. A compreensão de que, se houver educação e essência, a elegância chegará com a maturidade e o bom gosto. Pois como dizem por aí: “O mais importante não é ter, e sim ser…”

Viva – A vida é uma festa

Viva – A vida é uma festa

Viva é uma animação estadunidense de 2017, da Pixar.

O filme retrata de forma poética a relação com a morte. A história se passa em Santa Cecília, uma cidade do México, onde uma mulher Amelia Rivera, esposa de um músico, é abandonada, junto com sua filha, pelo esposo que decidiu seguir sua carreira musical.

Amelia se sente magoada pelo abandono e culpa a musica pelo ocorrido, banindo – a de sua vida. Assim, ela abre uma empresa de confecções de calçados e cria sua filha – Ines -, que se casa e tem a sua própria família.

O tempo passa e o bisneto de Ines – Miguel – um garoto de 12 anos, sonha em ser músico e se espelha em seu ídolo Ernesto de La Cruz, um ator e cantor extremamente famoso na época em que Amélia foi abandonada pelo marido. Mas ele terá que lutar por esse sonho, pois sua família – onde todos são sapateiros – desaprova o trabalho de músico.

Com essa introdução vemos que o filme retrata uma jornada de resgate familiar, de algo reprimido no seio da família. E isso afeta diretamente a criança em seu desenvolvimento psíquico.

Para Jung (1988):

“Via de regra, o fator que atua psiquicamente de um modo mais intenso sobre a criança é a vida que os pais ou antepassados não viveram (pois se trata de fenômeno psicológico atávico do pecado original).”

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Essa atuação da vida não vivida dos antepassados surge na criança como um destino, e que se situa além do que é possível à capacidade humana consciente. São compensações do destino, uma espécie de função da índole moral (ethos), que cuida de abaixar o que é alto demais e de levantar o que é demasiado baixo. Contra isso de nada adianta nem a educação nem a psicoterapia. (Jung, 1988).

Miguel irá resgatar uma parte reprimida no contexto familiar que é a relação com a música.

A música possui um simbolismo muito forte. Ela é uma manifestação artística, da beleza, da alma. Ela é presidida na Grécia por Apolo, deus da beleza, da perfeição, do equilíbrio e razão. Considerado um deus solar e da luz da verdade. Um deus da consciência que vence as forças obscuras do inconsciente.

A música como arte tem uma importância imensa como expressão do inconsciente para a consciência.

A manifestação artística é uma forma de encontrarmos a sensação de significado, uma vez que em nossa sociedade – com o declínio da religião tradicional – vivemos um momento de alienação, com um sentimento disseminado de falta de sentido e significado para a vida humana (Edinger, 2012).

A musica traz o significado de forma subjetiva e viva. E não de forma objetiva, externa e racional.

A família segue o oficio de sapateiro. O sapato tem um simbolismo de nos colocar em contato com o terreno, com o chão firme. Nos ajuda a pisar e a se colocar diante da realidade do mundo.

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O sapateiro está diante da realidade objetiva, tem os pés plantados no chão, vê a vida pelo prisma da objetividade. Sendo assim, a família de Miguel excluiu o elemento subjetivo, o elemento do sentir de forma viva a existência humana.

E Miguel através da música irá resgatar esses aspectos inconscientes da família. Enfrentando a morte de frente e trazendo luz a consciência.

Muitos questionamentos se passam em Miguel, que com 12 anos, enfrenta o dilema de todo jovem com a família: como articular o amor a família e o amor pela arte que pulsa em si? Transgredir um acordo familiar inconsciente e seguir seu caminho/destino ou permanecer aceito no seio familiar?

Como todo herói ele recebe o chamado a aventura e reluta a princípio, sabendo que isso custará seu conforto e aceitação familiar.

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Contudo, o filme mostra que a jornada de Miguel traz uma nova dinâmica e consciência para a família. Ele consegue trazer o que é reprimido e assim transforma a sua realidade e a da família. Bem típico do herói, que representa aquele que restaura a situação saudável da psique.

Além disso, o filme tem como inspiração o feriado mexicano do Dia dos Mortos, onde se festeja os antepassados.

Nesse festejo é celebrada a vida dos ancestrais e trata-se de uma festa mexicana bastante animada. Acredita-se que os mortos vêm visitar seus parentes, por isso a festa é recheada de comida, bolos, festa, música e doces preferidos dos mortos.

Ou seja, vemos na animação uma forma completamente diferente de encarar a morte. Nossa sociedade encara a morte de forma muito puritana, chegando a despreza-la. A morte é um tabu em nossa sociedade!

Jung (2009) aponta o quanto não sabemos lidar com a morte e o quanto ela ainda nos assombra:

“Temos, naturalmente, um repertório de conceitos apropriados a respeito da vida, que ocasionalmente ministramos aos outros, tais como: “Todo mundo um dia vai morrer”, “ninguém e eterno” etc., mas quando estamos sozinhos e é noite, e a escuridão e o silencio são tão densos, que não escutamos e não vemos senão os pensamentos que somam e subtraem os anos da vida, e a longa serie daqueles fatos desagradáveis que impiedosamente nos mostram até onde os ponteiros do redigiu já chegaram, e a aproximação lenta e irresistível do muro de trevas que finalmente tragarão tudo o que eu amo, desejo, possuo, espero e procuro; então toda a nossa sabedoria de vida se esgueirara para um esconderijo impossível de descobrir, e o medo envolvera o insone como um cobertor sufocante.”

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Porém a vida é um processo que segue seu curso para o repouso. A vida humana em seu crescimento, expansão e declínio.

Jung (2009) diz que da mesma forma que a trajetória de um projétil termina quando ele atinge o alvo, assim também a vida termina na morte, que é, portanto, o alvo para o qual tende a vida inteira.

Mas nos esquecemos dessa trajetória e dessa meta. Estamos fixados nos impulsos da primeira metade da vida e não aceitamos o declínio. Cultuar os mortos e os ancestrais nos lembra do nosso destino e nossa meta.

Temos a celebração atual do dia de finados, porém trata-se de uma celebração triste e vivida muitas vezes de forma banal. O dia de los muertos, no México, é uma celebração viva e alegre, que abarca a morte na vida

Jung coloca que só́ permanece realmente vivo quem estiver disposto a morrer com vida. Então, psiquicamente quando não aceitamos a morte – tanto a real quanto as simbólicas – não aceitamos a vida. Com isso, não conseguimos deixar que as coisas “morram”, e assim nos mantemos presos em estados infantis, apegos já desnecessários, crenças que não fazem mais sentido.

Miguel acredita que é descendente de seu ídolo Ernesto de La Cruz e ele vai ao museu de La Cruz para pegar emprestado o seu violão. Ao tocar o primeiro acorde, ele se torna invisível para todos os presentes na praça da vila. Porém, ele pode ver e ser visto por Dante, um cão de rua de raça que acolheu às escondidas, e por seus parentes falecidos em forma de esqueleto que saíram do Mundo dos Mortos para visitar seus familiares nesse feriado. Os familiares levam Miguel ao Mundo dos Mortos após descobrirem que Amelia não pode visitar os familiares vivos porque Miguel removeu sua foto da oferenda.

A ida de Miguel ao mundo dos mortos, pode ser comparada a uma regressão de libido. Onde os conteúdos arcaicos do inconsciente para uma adaptação ao mundo da psique (Jung, 2008).

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A família do menino possuía uma atitude unilateral frente a vida. A adaptação unilateral é falha e por isso é necessária a regressão para resgatar os aspectos excluídos da consciência.

Um aspecto está desaparecendo no mundo dos mortos, que é Amélia, que é justamente a entrada do conflito e a saída dele.

Vemos o movimento da regressão no herói. O famoso ventre da baleia, ou seja, o alheamento completo do herói com relação ao mundo exterior (Jung, 2008).

Na jornada do herói (Campbell, 1997), é uma passagem para uma esfera de renascimento. O herói, em lugar de conquistar ou aplacar a força do limiar, é jogado no desconhecido, dando a impressão de que morreu. O herói vai para dentro, para nascer de novo.

Nosso herói vai nada mais nada menos do que o próprio reino dos mortos. La ele enfrentará a própria morte.

Miguel deve retornar antes do nascer do sol, senão ele ficará no Mundo dos Mortos para sempre. Mostrando os perigos da regressão da libido, ou seja, o perigo de dissociar completamente da realidade.

Para retornar para o mundo dos vivos, ele precisa receber a benção de um membro de sua família. Amelia oferece sua benção a Miguel, mas sob a condição de que ele abandone seu sonho de ser músico quando retornar. Miguel recusa a condição e tenta procurar a benção de Ernesto. No caminho conhece Héctor, um esqueleto tolo que o acompanha nessa jornada.

Miguel se torna o herói na trama, pois o herói é aquele que vem restabelecer a condição saudável da psique (Von Franz, 2005). Ele empreende uma jornada ruma a transformação dessa maldição em benção.

A benção corresponde ao elixir, que o herói recebe em sua jornada (Campbell, 1997). Mas essa benção não pode impedi-lo de ser quem ele é, pois nesse caso se transforma em maldição.

contioutra.com - Viva – A vida é uma festa

O herói busca, por meio do seu intercurso com os deuses, não propriamente a eles, mas a sua graça, isto é, o poder de sua substância sustentadora. Essa miraculosa energia/substância, e só ela, é o Imperecível; os nomes e formas das divindades que, em todos os lugares, a encarnam distribuem e representam, vêm e vão (Campbell, 1997).

Projetamos esse imperecível no pedido de benção para os nossos ancestrais. Projetando assim, a proteção e a benção dos arquétipos divinos de forma simbólica.

A aventura se passa toda no mundo dos mortos, ou seja, no mundo do inconsciente. No mundo magico das imagens arquetípicas.

Nesse mundo Miguel e Héctor se dão conta de que são tataraneto e tataravô, respectivamente. Mas a medida que o sol nasce, Héctor corre o risco de ser esquecido e de desaparecer. Amelia enfim abençoa Miguel, permitindo que ele siga em frente com o sonho de ser um músico, e ele retorna ao Mundo dos Vivos. Ele se reconcilia com Abuelita, que por sua vez enfim o aceita de volta na família e encerra o banimento à música na família.

Miguel consegue fazer com que o espírito de Hector, seu tataravô seja salvo do esquecimento iminente. A verdadeira morte, onde o espírito da música desapareceria totalmente dessa família. A alma não pode se expressar. Resgatar a memória de Hector é resgatar algo que foi perdido e que deve ser resgatado.

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Referências Bibliográficas:

CAMPBELL, J. O herói de mil faces. 10. ed. Cultrix, São Paulo, 1997.

EDINGER, E.F. Ego e arquétipo – Individuação e função religiosa da psique. 4ª Ed. Cultrix, São Paulo, 2012.

JUNG, C. G. A Natureza da Psique. 7. ed. Petrópolis: Vozes, 2009.

__________O desenvolvimento da personalidade. 4 ed.Vozes. Petrópolis: 1988.

__________ Energia Psíquica. 10 ed.Vozes. Petrópolis: 2008.

VON FRANZ, M. L. A interpretação dos contos de fada. 5 ed. Paulus. São Paulo: 2005.

__________. A sombra e o mal nos contos de fada. 3 ed. Paulus. São Paulo: 2002.

Não deixe para dizer “Eu te amo” quando o outro já tiver desistido de você

Não deixe para dizer “Eu te amo” quando o outro já tiver desistido de você

Quantos de nós não lutamos para conquistar alguém, dando o nosso melhor, para, depois de termos nos estabilizado junto ao amor de nossas vidas, deixarmos de lado as gentilezas que alimentam o afeto que embasa a vida a dois? É como se, uma vez juntas, as pessoas não precisassem mais que se lhes regassem os sentimentos, como se sentimento fosse eterno, mesmo no vazio de um vai sem volta.

Na verdade, os dias estão por demais céleres e atribulados, roubando-nos quase todo o tempo de que dispomos, assoberbando-nos os sentidos e estafando nosso corpo e nossa alma. Ao final do dia, estamos exaustos e acabamos levando para além das paredes do escritório as preocupações que acumulamos lá dentro. Avolumam-se os problemas, as contas, as dívidas, as minhocas na cabeça.

Embora saibamos o quão nocivo é não conseguirmos nos desligar dos compromissos, quando estamos tentando usufruir de nossos horários de lazer junto à família, aos amigos, ou mesmo sozinhos, na quietude de nosso lar, torna-se quase que impossível conseguir esse distanciamento dos contratempos, para que a calma nos alcance. E é assim que acabamos descontando, muitas vezes, nossos desgostos justamente em quem não tem nada a ver com eles.

Não tem outro jeito: não podemos nos esquecer de regar o amor, de valorizar quem caminhou conosco de mãos dadas, quem nos ama com afeto sincero. Ainda que estejamos alquebrados, mesmo que a canseira tome conta de nosso corpo, não importa o tanto de problemas enfrentados naquele dia, quem nos espera de braços abertos no retorno disso tudo merece ao menos um sorriso, olhos nos olhos, um “eu te amo”, se não dito, demonstrado, em gestos singelos, em ficar junto de fato.

Cuidado que o tempo que cura é o mesmo que acostuma

Cuidado que o tempo que cura é o mesmo que acostuma

As emoções possuem uma função importantíssima nas relações sociais estabelecidas entre os indivíduos: defender ou aproximar as pessoas, distinguindo o grau de perigo ou de amizade que existe entre elas.

Pelas emoções somos capazes de discernir o bem do mal, o interesse da generosidade e o amor da paixão. O problema é que, muitos, não sabem utilizar-se delas para crescer emocionalmente e afundam-se em medos, dúvidas e escolhas erradas.

Sinceramente não entendo muito essa perspectiva de ter que ter um “relacionamento sério” para se autoafirmar já que, embora sejamos seres sociáveis, não temos a obrigação de estarmos em relacionamentos amorosos para termos uma felicidade diária. Porém, percebo que, cada dia mais, as pessoas buscam “o par perfeito” que “complete” sua vida e, até isso acontencer, a depressão, a ansiedade e a angústia são companheiras de viagem inseparáveis dos envolvidos.

Acredito que deva existir algo no universo que explique o fenônemo da carência afetiva no ser humano (porque humanamente está muito difícil de entender). Parece incoerente, mas acontece exatamente assim: começamos uma relação, vemos que a probabilidade dela dar certo é zero, mas tentamos nos convercer de que, aos poucos, as coisas irão mudar. E tudo por um motivo específico: o medo de ficar sozinho.

“É o jeito dele falar”, “ela é estourada assim mesmo”, “eles são frios porque já passaram por muita coisa na vida”. Alto lá, baby! Ninguém tem obrigação de aguentar os traumas e neuras das relações anteriores, não. Cada um que resolva seus próprios problemas e, somente, depois crie laços sentimentais com alguém (pronto, falei!).

Longe de mim estipular uma forma de amar ou de julgar os sentimentos alheios. O que apresento aqui é uma forma diferente de ver a vida e de encarar os próprios fantasmas sentimentais.

Eu sei que a gente tem dessas de se acomodar nas situações e por temos medo tomar iniciativa e terminar sozinhos, preferimos aguentar ofensas e nos convencer que tudo o que acontece de anormal na relação é natural. Encare a verdade: isso é loucura!

O conformismo é uma morte lenta que te faz acreditar que “estar em um relacionamento serio” é o ápice da felicidade.

É preciso coragem de ser feliz, de arriscar, de mudar o rumo das coisas. Até porque, o máximo que pode acontecer é você ser muito, mas muito feliz!

Você não presta.

Você não presta.

Porque você sente demais, se importa demais. Talvez se você fosse um pouco daquela gente que prega o tanto faz, bastasse. Mas não, você não consegue ficar de coração fechado. Ao menor sinal de reciprocidade, você se permite, você se transforma em entrelace e você se entrega demais. Você não presta, essa é a realidade.

O mundo de hoje não está preparado para tanto não prestar em uma única pessoa. Ele bem que tenta tirar o seu chão com decepções, mentiras, friezas e outras consequências capengas, mas cadê que você aprende? Cadê que você passa a prestar, a entrar nos eixos e, com isso, a ser mais a cara da rotina dos amores tradicionais? É jogo perdido, você sabe. Porque você não presta e o mundo precisa aceitar que existem sentimentos diferentes. Às vezes intensos. Às vezes pontuais. Mas sempre sinceros.

Você só quer saber de ter a liberdade para escolher o que/quem morar melhor nos seus dias. Se isso é não prestar, que seja. Você não está nem aí. Não presta e pronto. Sem discussão, sem defesas, sem arrependimentos.

E deixe que digam que você nasceu assim. Deixe até que digam que você andou com más companhias, que a TV influenciou as suas atitudes ou que você perdeu a linha e contraiu vícios emocionais da pior qualidade. Afinal, você não presta.

Portanto, continue não prestando. Continue sendo e sentindo muito mesmo conhecendo relacionamentos que são acostumados a transbordar pouco. Sinta vulgarmente, urgentemente e em todas as posições que você encontrar leveza e aceitação. Coração recatado não é pra você. Você não presta, né?

O que eu aprendi longe de você

O que eu aprendi longe de você

Minha vida era tão conjugada a sua que, quando me despedi de ti no aeroporto e te perdi de vista ao entrar no portão de embarque, eu procurei uma cadeira e me senti paralisada. Precisei pensar para fazer o básico: chamar o Uber, comprar uma água, respirar. Respirar, nossa ação involuntária principal, ficou difícil de repente. Eu precisava me lembrar de puxar o ar pros pulmões e continuar vivendo, sem você.

No primeiro dia, cai na cama e só chorei. Não comi, não sai do quarto, não mexi no celular. As pessoas me perguntariam sobre você e eu não saberia como responder que você tinha ido embora e, mentindo, dizer que tudo ficaria bem.

Quando finalmente enfrentei os cômodos da minha própria casa, senti o vazio me preencher nos detalhes. Fiz os ovos da forma que você gostava, mas era eu quem ia comer; fui tomar banho e lavar o cabelo, mas aquele era o shampoo que você usava; me arrumei para ir ao mercado e passei perfume, o perfume que você dizia que amava quando eu usava. Eu piscava e sentia você dentro de mim, mas você já não estava ao meu lado.

Na primeira vez que realmente sai de casa com a intenção de me distrair, não me reconheci, não me encontrei em mim mesma. Fui à lugares que no passado eu chamava de lar, abracei amigos que até outro dia considerei irmãos, engoli comidas que sempre achei que seriam as minhas preferidas. Tudo e todos continuavam lá, do mesmo jeitinho que eu havia deixado, mas eu tinha mudado tanto que aquela vida já não me completava mais. Todo mundo viu no meu olhar que eu já não era mais a mesma e, com carinho, respeitaram meu luto e não perguntaram de você.

Aos poucos, fui retomando a vida. Reaprendi a fazer as escolhas sozinha, a andar do lado de fora da calçada, a sentar no banco do motorista no carro, a escolher a proteína durante as compras. Foi difícil e por muitos dias eu desisti no meio das tarefas, voltei pro meu quarto e chorei até secar meu sangue correndo nas veias. Entretanto, a cada novo amanhecer eu acordava disposta a tentar mais uma vez.

A minha primeira conquista como singular foi retornar às atividades físicas. Eu amava aquilo, e desde que conheci você tinha abandonado uma rotina que era uma das minhas maiores paixões. Não foi tão ruim voltar, na verdade eu me senti bem como não me sentia desde que havia deixado de lado o hobbie. O momento em que voltei pra academia foi a primeira vez que me senti dona da minha vida novamente depois que você partiu. Depois desse dia, vieram outros. Voltou o meu hábito diário da leitura, voltou a minha busca por conhecimento em medicinas alternativas e estilos de vida, voltou a minha autoconfiança profissional. Retomei as rédeas da minha vida e das minhas escolhas, não porque eu quis, mas porque seguir em frente era a única escolha possível.

Os conhecidos viram a mudança e ficaram felizes com a minha reação, mas nenhum teve a coragem de dizer “Que bom que você superou” porque todos viram meus olhos sem brilho piscando por ai.
Eu me sentia viva e produtiva de novo, mas os dias eram apenas 24 horas que eu precisava aprender a preencher novamente. Eu conseguia preencher o tempo, mas nada preenchia a falta que você fazia. Perder um amor é como tirar o coração do peito: você continua respirando, enxergando, conversando, mas já não sente mais aquela pulsação acelerada pela felicidade de ser parte importante na vida de alguém.

Não muito tempo depois das minhas engatinhadas solo, você voltou. Me disse que sentiu a mesma ausência, que o nosso amor era o único sentimento valioso que você conheceu na vida e pelo qual queria lutar. Te ouvi, suspirei profundamente, peguei em sua mão e caminhei de volta ao seu lado. Meu amor por você nunca mudou nem diminuiu, mesmo com a distância e com todas as noites procurando respostas que não encontrei. Porém, eu mudei com sua despedida e hoje, com você ao meu lado novamente, me sinto mais mulher ao seu lado.

Atualmente dependo menos do seu afeto e mais das minhas escolhas pessoais. Aprendi que o amor não faz ninguém feliz, o que nos traz a felicidade somos nós mesmos encontrando sentido pra nossa vida e pro nosso tempo. Nosso propósito na Terra é individual, e deve ser seguido. O amor é a graça de poder compartilhar essa caminhada com alguém.

Aprendi que ser plural significa cantar a mesma música, cada um com sua própria voz. Entendi a importância de tirar de ti a responsabilidade de me fazer feliz, afinal essa conquista é de cada um. Quando você percebeu se sentiu mais leve, me abraçou com força e, finalmente, me amou de volta.

Ninguém tem que se intrometer na dor que somente você sentiu

Ninguém tem que se intrometer na dor que somente você sentiu

É preciso coragem para ficar triste hoje em dia, nesse contexto de felicidade estampada nas vitrines, nas revistas, nas redes sociais, nos comerciais de margarina. É como se não pudéssemos nos sentir desanimados e desesperançosos, vez ou outra, como se tivéssemos a obrigação de vencer e de sorrir, sempre, para tudo e para todos.

A sociedade cada vez mais tenta camuflar a tristeza, escondendo-a em recantos recônditos, onde ninguém possa vê-la ou senti-la. É preciso sorrir, ser feliz, agradecer, olhar sempre o lado bom de tudo. Sim, essas posturas nos ajudarão a superar as tempestades da vida, porém, ninguém consegue usar artifícios o tempo todo: uma ou outra hora, a gente acaba implodindo.

Todos temos o direito ao sofrimento, ao desencanto, às lágrimas e lamentações. É assim que a gente consegue doer até esvaziar o coração e começar a preenchê-lo novamente com luz e esperança. Demorar-se na dor é perigoso, mas passar por ela quando assim nossa alma pedir será benéfico, uma vez que o enfrentamento dos próprios fantasmas nos torna cada vez mais fortes e certos da felicidade que queremos dentro de nós.

Temos, porém, que tomar o cuidado de não demonstrar fraqueza na frente de certas pessoas, pois existe quem sempre usará tudo aquilo contra nós, quem se aproveitará da vulnerabilidade alheia para destilar veneno e maldade, de forma covarde. Mesmo assim, necessitamos ter a consciência de que nos sentirmos mal ou tristes não nos torna mais fracos e sim mais humanos.

Sofrer faz parte da vida de todos nós. Dói a dor da decepção, da maldade, da ilusão quebrada, do abrigo que desmorona. Deixa doer, permita-se chorar, permita-se fraquejar, tenha medo, revolte-se. Só não fique encostado nessa escuridão por muito tempo, porque tudo passa, até mesmo as tempestades.

E sempre se lembre: ninguém tem nada que se intrometer na dor que você – e somente você – sentiu.

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