A alma sempre sabe o que fazer para se curar, o desafio é silenciar a mente

A alma sempre sabe o que fazer para se curar, o desafio é silenciar a mente

Certamente nossa natureza é ser saudável, é estar em harmonia com o perfeito do universo, no entanto, parece que uma parte importante do jogo é entender como nossa mente opera e saber que sintonizar com todo o maravilhoso que podemos criar, incluindo nossa cura, será necessário para silenciá-lo.

Dentro de todos os mistérios que nos rodeiam e que tentamos esclarecer de alguma forma enquanto percorremos este caminho, descobrimos que toda a energia criativa, a inteligência divina, está contida em absolutamente tudo o que vemos, de modo que cada um de nós carregamos conosco essa possibilidade de materializar todas as coisas positivas que queremos.

Além disso, nós também podemos gerar a nós mesmos coisas negativas, especialmente quando a nossa mente, por algum motivo, nos alerta de uma situação de risco. As razões podem ser tão variadas, que pode variar da necessidade de chamar a atenção para a incapacidade de dizer não, a auto-estima instável, medo da solidão, crenças equivocadas, etc.

A verdade é que temos uma ferramenta super poderosa que não temos muita ideia de como funciona, é como ter um computador intransponível, com informações ilimitadas e não conseguir acessar as informações que contém. Agora, embora a mente tenha seu universo ininteligível, pelo menos sabemos que quanto mais tempo podemos silenciá-la, maior o benefício que obtemos.

Silêncio da nossa mente permite-nos curar de nossa essência, nos permite ver o mundo de forma diferente e apreciar o que realmente tem valor, quando parar de prestar atenção à mente, tudo se encaixa perfeitamente, toda vibração é diferente, sabemos que podemos fazer o que quisermos.

Quando nós fechamos nossas mentes, nós controlamos do nosso “Eu Superior” e de lá podemos aliviar a carga que desencadeou uma doença, nós perdoamos, nós deixamos medos de lado, aceitamos as coisas que temos sido capazes de discordar, e aceitar não significa dar-lhes consentimento, mas reconhecer sua existência e mudar nossa maneira de olhar para elas.

Ao tomar ações de um nível mais elevado de consciência, nossa mente acaba se alinhando ao novo panorama, evidentemente sempre será notada com o drama que a caracteriza, mas cada vez com menos força e frequência, até que ela se sinta confortável e trabalhe à nosso favor, sabendo que tudo vai ficar bem.

Pratique silenciar sua mente e você terá uma grande parte do caminho da cura percorrida. Sua alma sabe exatamente o que fazer, apenas dê entrada e sinta.

Por: Sara Espejo – Canto do Tibete

Tradução feita pela CONTI outra, do original de Rincon del Tibet

10 momentos que mostram que o amor dos cães é incondicional

10 momentos que mostram que o amor dos cães é incondicional

Eles podem ser chamados de parceiros de vida.

Ninguém pode tirar a ideia de nossas cabeças que a melhor companhia que podemos ter são nossos cachorros. Quem espera todos os dias para você voltar do trabalho? Quem acompanha você e mexe com você na cama se você está doente? Quem está desesperado para te ver depois de alguns dias?

Bem, a resposta para essas e muitas outras perguntas está nas imagens a seguir, que só confirmam porque os caninos são os melhores companheiros que existem.

1. Porque eles não se importam se você tem muito ou pouco
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2. Ou onde você mora
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3. E eles acompanham você nos momentos mais difíceis
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4. Porque seus abraços são suficientes para eles
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5. E eles são babás perfeitos
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6. Eles vão cuidar de você na doença
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7. E eles nunca mais quererão se separar de você
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8. Independentemente do frio ou qualquer outra coisa
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9. E toda vez que você sair, você vai esperar pelo seu retorno
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10. Porque eles estarão com você até o último momento
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Tradução feita pela CONTI outra, do original de UPSOCL

Amorosidade e agressividade: a diferença entre masculinidade e macheza

Amorosidade e agressividade: a diferença entre masculinidade e macheza

Na minha infância e adolescência ouvia dos meus amigos e parentes:“homem não chora.” Comecei achar que garotos não podiam expressar suas emoções, pois homens de verdade eram valentes, inclusive não deviam cuidar de sua aparência.

Hoje, do mesmo modo, os traços másculos precisam ser predominantes, devido à influência cultural que herdamos do patriarcado. Assim, o debate sobre identidade masculina declinou para uma crise da masculinidade do homem contemporâneo.

Essa discussão deu uma ênfase distorcida ao conceito de masculinidade, vinculando com ideias machistas.Uma masculinidade tóxica,que se caracteriza pela agressividade, e que considera as emoções como “frescura” feminina.

Entre os efeitos perversos da toxicidade masculina estão o desprezo pelos sentimentos, a apologia da violência, a banalização do abuso sexual, a prática da homofobia e da misoginia. Isso ocasiona danos à saúde mental e física, que pode levar a morte das pessoas – que são dominadoras e dominadas – pelos delírios da pseudo masculinidade.

As mulheres encontram-se nesse contexto em uma situação de subordinação, que exige que elas sirvam as vontades dos pais, namorados e maridos. Um sistema hierárquico, que coloca o masculino sempre em posição superior ao feminino.

No século 20 tentou-se reconstruir o consenso que apenas as qualidades masculinas eram positivas, como por exemplo: resistência, esperteza e imponência. Aliás, o discurso psicomédico da época desqualificou os negros, judeus, homossexuais, mulheres e pessoas com deficiências com o argumento de que esses sujeitos não se enquadravam na lógica burguesa de masculinidade.


Porém, o termo masculinidade se modificou, porque se criou mecanismos que impedem que a opressão e a violência machista não sejam mais naturalizadas.  Os reflexos das mudanças estão sendo gerados pelas ações dos movimentos políticos, culturais e sociais, filosóficos, psicanalíticos e espirituais, que têm como objetivo comum a busca da libertação de homens e mulheres dos padrões patriarcais.

Além disso, a redefinição da função de pai, a preocupação dos homens com o cuidado do corpo, a intimidade e o sexo com amor deram novos contornos à percepção de masculinidade, se diferenciando dos patológicos modelos de macheza.

O século 21 está mostrando que os homens não precisam mais dominar e nem expor que possuem potência viril. Eles estão aprendendo que a opção inteligente é lutar junto com as mulheres pela igualdade e pelo respeito nas relações de gênero.

Portanto, o que aprendemos na meninice foi uma inculcação errada de masculinidade, mas nos dias atuais os homens choram no cinema, escutam tudo que as mulheres têm a falar, cozinham, participam das tarefas de casa, tomam conta dos filhos e têm a consciência de que a sua amorosidade, não diminui a virilidade. 

Enfim, a verdadeira masculinidade, que está emergindo, tem a capacidade de propor todas as formas de “ser homem”, que estabelece relações equitativas e saudáveis. E também desconstrói a infeliz concepção de que macheza é igual à masculinidade.

Surpresas Dadivosas, belíssimo texto de Ana Jácomo

Surpresas Dadivosas, belíssimo texto de Ana Jácomo

Abençoadas sejam as surpresas risonhas do caminho. As belezas que se mostram sem fazer suspense. As afeições compartilhadas sem esforço. As vezes em que a vida nos tira pra dançar sem nos dar tempo de recusar o convite. As maravilhas todas da natureza, sempre surpreendentes, à espera da nossa entrega apreciativa. A compreensão que floresce, clara e mansa, quando os olhos que veem são da bondade.

Abençoados sejam os presentes fáceis de serem abertos. Os encantos que desnudam o erotismo da alma. Os momentos felizes que passam longe das catracas da expectativa. Os improvisos bons que desmancham o penteado arrumadinho dos roteiros da gente. Os diálogos que acontecem no idioma pátrio do coração. Abençoada seja a leveza, meu Deus.

Abençoadas sejam as dádivas generosas que vêm nos lembrar que viver pode ser mais fácil. Que amar e ser amado pode ser mais fluido. Que dá pra girar o dial. Que dá pra sair da frequência da escassez e sintonizar a estação da disponibilidade, onde alegrias já cantam, mas a gente não ouve.

Abençoadas sejam as dádivas que vêm nos lembrar, com alívio, que há lugares de descanso para os nossos cansaços. Que há lugares de afrouxamento para os nossos apertos. Que dá pra mudar o foco. Que não é tão complicado assim saborear a graça possível que mora em cada instante.

Abençoadas sejam as dádivas generosas que nos surpreendem. Elas não sabem o quanto às vezes, tantas vezes, nos salvam de nós mesmos.

***

Nota da Conti outra: Ana Jácomo, depois de um tempo de ausência, está de volta ao Facebook. Se você a adora tanto quanto nós, siga sua página ANA JÁCOMO.

O que o amigo e o sol ensinaram-me sobre simplicidade

O que o amigo e o sol ensinaram-me sobre simplicidade

Eu achava que gostar de sol era coisa de criança. Desenhar aquela bolinha amarela com os raios saindo e iluminando tudo no papel, geralmente uma paisagem ou uma casinha no meio do sertão. Hoje vejo que é engano. O sol é para todos, necessário, caloroso. Você já brincou de olhar para o sol sem piscar? Se sim, é doido que nem eu, ou no mínimo teve uma infância movida a curiosidades. Sentiu nos olhos um apanhadinho dos três mil graus da superfície solar, veja só.

Você já observou o sol nascendo? E pondo-se? Ficou grato pela grandiosidade da estrela? Se sua resposta foi sim para tudo, é provável que seja um admirador dos espetáculos da natureza. O momento em que o sol aparece no horizonte, ao Leste, tem para nós humanos uma simbologia especial de alvorada, de nova aurora, algumas oportunidades, outros recomeços, persistências enfim.

Na mitologia grega, a deusa do amanhecer é Eos, e sua contraparte romana é Aurora. É irmã da deusa Selene, a lua, e de Hélio, o sol. Outras mitologias também têm deuses e deusas do amanhecer. Na Cosmologia, ramo da Astronomia que estuda a origem e a evolução do universo, o sol é furioso. A temperatura de seu núcleo é de dezessete milhões de graus centígrados e estamos há uma distância confortável de 150 milhões de km dele.

Se a terra ficasse mais perto os oceanos ferveriam, se ficasse mais distante seríamos um deserto gelado. Mas nosso sol não é só calor, é luz, e tudo que está próximo dele fica ofuscado pelo seu brilho. Um verdadeiro show. Não é a toa que o sol é considerado desde a antiguidade um deus imortal, nasce todas as manhãs e põe-se todas as noites. Na astrologia, representa realização pessoal. Platão fez dele a imagem do Bem. Seu desaparecimento seria a nossa morte. Somos enquanto ele é.

A lembrança mais bonita de uma criança é de um grande amigo que foi embora e ficou nas suas memórias. Durante alguns anos morou na casa da minha família um grande amigo. A casa dele havia incendiado e esse tempo de acolhimento foi necessário. Joãozinho era seu apelido. Eu adorava esse nome, porque lembrava de “João e Maria”. A vida era dura, contudo pobres costumam ser solidários. É comovente, abrem a casa e inserem pessoas em suas rotinas com uma naturalidade que não se costuma ver entre pessoas com grana. É uma bondade despretensiosa, genuína. Ricos são desconfiados. Melhor não arriscar, devem pensar.

Diariamente Joãozinho madrugava, abria o portão de casa e ficava na entrada, dentro da porta, erguia um cálice de água ao céu e fazia uma espécie de saudação ou oração ao sol. Era um barato, ele dizia que agradecer à natureza pelas dádivas era necessário. Sem o sol a vida humana não seria possível, repetia. Pela expressão de prazer dava pra imaginar que sentia-se bem, parecia com minha mãe quando sentia o cheirinho de um café gostoso. Sorria, respirava fundo, regozijava-se. Quem não o conhecia podia jurar que havia experimentado outras brisas.

Vocês podem imaginar como essa cena era julgada pelos vizinhos, pessoas simples da periferia. Nosso hóspede tinha outras exoticidades, além do amor ao sol, fez de nossa morada uma réplica de zoológico, criávamos passarinhos, coelhos e até tartarugas d’água dele. Sim, nunca esquecerei da cena da pobre tartaruga em nosso quintal, submersa na grande bacia de água. Criava até urubu, não conosco, pois nossa casa era pequena e meus pais não permitiram. Ele procurou guarida na casa de um vizinho, que morava numa casa maior e aceitou criar a ave. Era apaixonado por Biologia.

Essa experiência alimentou meu olhar de criança. Até hoje amo animais e sinto que também devo isso ao meu amigo. Nada é em vão. Ele era apegado ao que vinha da natureza, nada mais, tirava dela o sustento prático e o delírio dos dias. Na minha memória esse tempo rendeu. Na adolescência, soube qual era a profissão dele, uma vez que crianças estão pouco se lixando para isso, querem mais é saber se amigos são companheiros e divertidos. Pena que perdemos a singeleza com o passar dos anos e das experiências, endurecemos. Pois não é que soube mais tarde que aquele homem improvável e estranho era professor universitário? Sim, meus pais com pouquíssimo estudo abrigaram um intelectual em casa. Lecionava na Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Era de uma família rica e tradicional aqui no Estado, porém havia uma certa desunião entre ele e os familiares e talvez por isso tenha escolhido morar conosco quando foi vítima do incêndio.

Eu o adorava. Ele tinha um jeito bonachão, parecia gringo. Lembro claramente dele: bonito, alto, corpanzil, vestimentas brancas, alvo loiro de olhos claros e estava sempre vermelho, que vivia na praia. Lembram da saudação ao sol? Pois então. Era solteiro, apesar das mulheres que corriam atrás, meus pais contam. Nossa junção era improvável, apesar da elevada estatura social e da distância abismal dos nossos universos, nada o impedia de embarcar no nosso modo de viver, brincava muito comigo e com meu irmão. Envolveu-se realmente conosco, ajudava em tarefas da escola, elogiava meu gosto pelos estudos e chamava-me de “doutora”, dizia aos meus pais que eu “iria longe”. Lembro de olhar para aquele gigante e pensar que queria ser como ele quando crescesse.

Era desapegado, hoje sei. Poderia ter ficado em lugar melhor enquanto providenciava nova casa, mas optou viver em um ambiente demasiadamente precário. Será que assim o fez por que queria um lar? Entrar para a dinâmica de uma família e sentir-se parte de um todo maior? Ele vestia roupas simples, comia coisas simples, frequentava lugares simples, era uma pessoa simples, enfim. É inevitável que eu ressignifique esses momentos e tire disso caras lições, como a de que simplicidade vale.

Uma vida simples não é desinteressante ou inibida de emoções. Nossas conjugações mentais são restritas e não enxergamos que há felicidade fora de riquezas exponenciais, belezas estonteantes, corações alquebrados por vulcânicas paixões ou de vidas sociais retumbantes. Lições de simplicidade não são épicas. Simplicidade é uma tímida forma de olhar, uma possibilidade que pode atender ou não. Se o mundo fosse laboratório de pessoas simples, que simplesmente são e se dão umas às outras, haveria de ter mais generosidade e menos exigência, haveria de ser um lugar melhor pois as relações seriam mais puras. O monge zen budista Jorge Mello disse que a simplicidade não é o oposto da complexidade, entretanto irmã. É uma característica do viver. É o antídoto e o oposto da complicação. É mais do que menos consumo ou menos preocupações. Uma vida simples é uma vida leve.

Joãozinho poderia ter sumido da minha mente, tão curta foi sua estadia. Quando saiu lá de casa senti muita falta dele. Com o tempo essa ausência trouxe a saudade das boas lembranças. Poucas coisas são tocantes como pessoas simples e felizes. Ele era simples, encontrava um sentido de vida inexplicável na conexão com a natureza e dava o melhor de si ao próximo. Era excêntrico aos padrões do mundo e não aparentava se importar com isso. Admirava-o, como até os dias atuais admiro pessoas autênticas como ele. Devia saber que a vida humana é uma poeirinha no cosmos, desconfio. Enquanto adulta imagino as dores que suportava por ser único em uma sociedade de padrões.

Como fez diferença ter em minha vida alguém que embora graúdo não era dado a ostentação, que foi capaz de ver minar seus bens e não perder a fina essência, de ver brilhar em mim qualidades que outros não perceberam. Sem um olhar peculiar ele teria conseguido? Desde outrora até recentemente nossa existência teve de se afinar com padrões mais ou menos gerais, frívolos e consumistas. Se vivemos diferente pagaremos por diferir. Hoje amigos perguntam por que não estou nas baladas, por que não quero carro ou casa grande. Meus sonhos hoje têm a singularidade do meu coração. Joãozinho e o sol ensinaram-me sobre simplicidade. Agradecer ao sol não é loucura, é saber dar importância ao que não é visível aos demais. O sol é a estrela real, afinal, se ele apagar sequer poeira cósmica seremos.

“Quanto mais café você toma, mais você vive” – diz pesquisa

“Quanto mais café você toma, mais você vive” – diz pesquisa

Quem é que não gosta de acordar de manhã com cheirinho de um bom café? Quem não quer ser convidado por um café com um amigo, ou para um café no intervalo do trabalho, para colocar a conversa em dia com os colegas?

O café é de tal modo incorporado ao nosso cotidiano que a leve suspeita de que ele um dia possa faltar já tiraria o sono de muita gente.

Um novo estudo sugere uma correlação entre ingerir o café pode influenciar diretamente na longevidade de uma pessoa. Segundo pesquisa realizada na Inglaterra, dirigida pelo Instituto Nacional do Câncer, Instituto Nacional de Saúde e da Escola de Medicina Feinberg, quando mais café você toma, possivelmente mais tempo viverá.

O estudo foi realizado com mais de meio milhão de pessoas e “os resultados mostraram associações inversas entre consumo de café mortalidade, entre participantes que bebiam de 1 a 8 ou mais xícaras por dia”.

Assim, é provável que o café possa estar associado a um período de vida mais longo. Os pesquisadores prosseguirão a estudar a hipótese e, até a conclusão, apreciemos com moderação, mas com imensa alegria, essa iguaria sem par que tanto nos traz contentamento.

VOCÊ É AMANTE DE CAFÉ E NÃO SABIA DESSA CORRELAÇÃO ENTRE CAFÉ E LONGEVIDADE? ACHOU INTERESSANTE? MARQUE UM AMIGO LOGO ABAIXO NOS COMENTÁRIOS E APROVEITA PARA CONVIDÁ-LO PARA UM CAFÉ! QUE TAL?

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Via Revista Pazes

Aos 12 anos, ele fundou uma escola no pátio de sua casa.

Aos 12 anos, ele fundou uma escola no pátio de sua casa.

Nicanor Quinteros, 12 anos, viu alguns de seus colegas e vizinhos na rua e uma ideia lhe ocorreu para evitar que eles desperdiçassem seu tempo vagando. Ele disse a sua avó que queria fazer uma escola para ajudá-los . Em seguida, Ramona Quinteros pensou que poderia fazê-lo no fundo de sua casa, no bairro Las Piedritas 3, em Pocito, na Argentina.

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Eles pegaram nylon, alguns paus e construíram o sonho da criança. Então, quase 4 anos atrás, ele deu vida a “scuela Patria e Unidade” que já tem três salas de aula. Aproximadamente 30 crianças vêm todas as tardes para rever, aprofundar a escola e aprender novos conhecimentos.

A criança utilizava implementos que tinha à mão para moldar a sua escola sonhada, utilizava caixas de mesas de legumes, tinha cadeiras e também grandes jarros, um secador de tambor como um sino que anuncia o recesso. Ele não esqueceu nenhum detalhe, eles até têm um kit de primeiros socorros, uma bandeira argentina, um microfone onde cantam o hino nacional.

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Nicanor tem até um escritório administrativo, onde tem sua mesa de gavetas de legumes, seu computador e um pequeno frasco de lápis para seus alunos.

Sua avó Ramona tenta para ajudar tanto quanto pode e durante o recreio, prepara o chá quente e coisas para comer para todos os alunos, mas às vezes isso não é suficiente e, portanto, Nico, quer para adicionar uma sala de jantar para a sua escola .

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“Como muitas vezes vêm ao meio-dia, o meu sonho agora é ter uma sala de jantar para alimentar as crianças que vêm para a escola ou os vizinhos que precisam de comida”, ele disse à Time San Juan.

O esforço da criança é ótimo, já que pela manhã ele vai para a escola e faz o dever de casa. “Eu tenho que ir aprender para que eu possa ensinar na minha escola”, disse ele .

Tradução feita pela CONTI outra, do original de UPSOCL

Gatos nasceram com as mesmas necessidades especiais, quando se encontram, se tornam inseparáveis.

Gatos nasceram com as mesmas necessidades especiais, quando se encontram, se tornam inseparáveis.

“É um pouco mais trabalhoso adotar gatos com necessidades especiais, mas vale a pena”, disse o proprietário.

Quando se trata de amizade, os animais são o melhor exemplo para mostrar que os preconceitos são coisas do ser humano. Mikala Klen teve um filhote de chita chamado Monty por anos, que nasceu com uma anomalia em sua contagem de cromossomos, então ela não tem o osso de sua ponte nasal. Isso lhe dá uma aparência particular, mas não é algo com o que Mikala se preocupa, afinal o ama incondicionalmente.

Algumas semanas atrás eles a marcaram numa foto de um gatinho como Monty. Ele estava procurando uma casa e, como Mikala podia ver, ele sofreu o mesmo problema que seu gato. Ela sabia que deveria adotá-la, que ela seria a única que poderia lhe dar o amor incondicional que merecia.

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“A partir do momento em que vimos a foto dele, sabíamos que era nossa”, disse ela a LoveMeow.

Molly a gatinha passou muito tempo fora, mas quando ela chegou à casa de Mikala e marido Michael, isso mudou. Ela foi esterilizada e examinada para ter certeza de que tudo estava bem, e pouco a pouco ela se acostumou com sua nova casa.

Ela nos lembra muito Monty, ela é muito carinhosa e tem a personalidade de um gatinho. Ela não tem medo de nada enquanto sua família está por perto para ajudá-la. Ela é muito carinhosa conosco, mas quando se trata de Monty, ela é apaixonada! “

Quando os dois se conheceram, ambos foram aceitos imediatamente. Monty sentiu-se estranho com a presença de um novo gatinho em sua casa, “ela queria estar onde Monty estava, embora ele não estivesse exatamente animado”.

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Molly insistiu em conquistar o coração de Monty. Ela o perseguiu pela casa, observou-o e acompanhou-o. “Desde o primeiro dia, Molly mostra sua barriga como um sinal de afeição. Ela o respeita quando chia forte como se dissesse “não”.

Eventualmente, Monty se rendeu. “Eles se juntaram para dormir em seu aniversário, foi muito bom.”

Desde então, ambos jogam juntos e perseguem-se pela casa. Molly continua a segui-lo onde quer que vá e Monty age como o irmão mais velho.

“Ambos têm necessidades especiais e exigem um certo estilo de vida. Eles não gostam de ficar sozinhos, então é bom que eles tenham um ao outro. Eles também tem um jardim bem protegido onde você pode brincar tranquilamente “.

Tradução feita pela CONTI outra, do original de UPSOCL

Bohemian Rhapsody: a música dá sentido às nossas vidas

Bohemian Rhapsody: a música dá sentido às nossas vidas

Muito se fala sobre Bohemian Rhapsody, diversas são as vistas e muitos apontam para questões da vida de Freddie que estiveram no ar, que não foram abordados ou possuem alteração. A verdade é que o mundo da música e, em especial, a rocha predominante de meados do século XX, esteve profundamente ligada ao excesso, às drogas e à destruição. Nós nutrimos a figura do rockstar cercada de excessos; nós catapultamos essas estrelas ao nível de gênios obscuros e mal compreendidos, que mataram o tempo com orgias, álcool e qualquer tipo de droga.

Parece impossível quebrar a associação entre rock star e excessos, embora sempre haja exceções, alguns como Bruce Springsteen ficaram à margem. Mas, sem dúvida, parece que pensar em rock é pensar em sexo desenfreado, festas loucas e extravagantes. Talvez seja o que algumas pessoas esperavam quando viram o Bohemian Rhapsody. Da mesma forma, seria de esperar uma visão mais profunda da doença de Mercury: o HIV; como esta doença o fez perder um pé e levou-o a um sofrimento que não é visto no filme .

Neste ponto, pode-se perguntar se a fita deve ser interpretada como um filme biográfico de Freddie ou Queen; e a única resposta possível é que é uma cinebiografia do grupo britânico. Sim, é verdade que na maioria das cenas o foco é Freddie, mas também é verdade que ele é a figura mais reconhecível no grupo. Sua voz espetacular, sua conexão com o público, suas extravagâncias e sua morte prematura fizeram dele uma figura que, imediatamente, associamos ao talento e ao gênio. Portanto, não é de estranhar que seja a alma do filme.

Além do Freddie

Se o que quer é ver um filme totalmente fiel e detalhado da vida de Freddie Mercury, então é melhor não ver o Bohemian Rhapsody. Como qualquer adaptação, parte de uma história é construir algo totalmente diferente. Não devemos esquecer que o cinema, por mais fiel que seja à realidade, não deixa de ser uma narrativa, uma criação artística que, por sua vez, é profundamente limitada pelo tempo. Por esta razão, a cronologia é deixada um pouco à imaginação e certas licenças criativas são tomadas. Tudo isso pode se tornar um grande sucesso ou cair na catástrofe.

Deixando de lado as questões cinematográficas, estamos diante de um filme que nasce em um momento totalmente necessário. A música, como toda a arte, está em constante mudança desde o nascimento. Muitos artistas são reavaliados ao longo dos anos, enquanto outros caem no esquecimento. E, no final, o que sobrevive são os clássicos; aquelas obras que, por qualquer motivo, marcaram um antes e um depois .

Nos últimos anos, a música se tornou, mais do que nunca, um objeto de consumo; onde a quantidade é mais importante do que a qualidade. Os jovens conhecem Freddie? No caso de uma figura tão popular, pode-se pensar que a grande maioria conhece; no entanto, a realidade é bem diferente. E se pedirmos a um de seus contemporâneos, ouso aventurar que a resposta será, em sua maioria, negativa.

Bohemian Rhapsody é uma ode à música, onde o autotune não era o protagonista e criatividade do artista era essencial. A imagem diabólica do registro também está presente na fita, a sociedade de consumo estava progredindo muito e ninguém estava interessado no estilo musical ópera, muito menos uma canção cuja duração era superior a 3 minutos. Contra todas as probabilidades, Queen conseguiu cativar o público mais heterogêneo, mostrando que a qualidade não tem que ser antônimo de vendas.

Música como um fio comum

Música é aquela disciplina que, se você entende, você sabe o que está acontecendo, você desfruta de um nível difícil de explicar. A música tem a capacidade de transmitir emoções, sensações e evocar memórias .

Dependendo do nosso estado emocional ou da hora do dia, estaremos mais predispostos a ouvir um certo estilo. Quando assistimos a um concerto, as sensações se multiplicam e, diante de um grupo como o Queen, deve ser uma experiência sensacional. Nos últimos anos, uma padronização está sendo produzida, a inovação não é recompensada, o foco é a venda. Isso, na realidade, não é novidade, mas aumentou com o passar dos anos.

A música não entende fronteiras … Algo que vemos com total clareza em uma cena em que Mercury mostra a Mary um vídeo de um show no Rio. Mercury expressa a incerteza de tocar diante de um público que não entende suas letras e, no entanto, fica surpreso ao descobrir que a platéia canta “Love of my life”. E é que a linguagem da música vai além das palavras, às vezes, não é necessário entender o que uma música diz para poder transmitir.

Bohemian Rhapsody resgata aquela torrente de emoções que desencadeia a música . Ele nos convida a cantar, a dançar, a celebrar a vida, sem pensar demais, esquecendo os problemas. Portanto, a música cria unidade, nos move … E é isso que sentimos quando assistimos ao filme, onde Malek e Live Aid se destacam.

O amor

Bohemian Rhapsody é amor pela música, pela arte; mas também amor pelas diferenças, família e amigos . A unidade do grupo, as discussões, as diferenças e a família estão muito presentes ao longo do filme. Nem deixa de lado a relação única entre Freddie e Mary Austin (ou com gatos), o principal herdeiro da fortuna do músico e uma das pessoas mais importantes de sua vida.

Vindo de uma família de tradições profundamente enraizadas, que contrastava com o estilo de vida britânico da época, Mercúrio adotou uma nova identidade, dissociando-se do que precede. No entanto, assistimos a um momento verdadeiramente emocional quase no final do filme: a reconciliação com o pai e a aceitação das diferenças. A homossexualidade do cantor é tratada com naturalidade, embora observemos uma imprensa predatória que anseia mais saber com quem Freddie divide sua cama do que com assuntos musicais.

Sem muitas palavras, o mundo homossexual é mostrado como obscuro, escondido em bares, na mais escura das cidades … E isso é algo que, infelizmente, não mudou muita coisa. Sendo algo normativo, algo que tem sido perseguido e criticado, foi, de alguma forma excluído.

O filme também oferece a oportunidade de desfrutar de alguns dos shows mais emblemáticos, como o Live Aid, para aqueles que não puderam vê-lo em seu tempo. Ao mesmo tempo, é uma descoberta para as novas gerações, algo que se reflete na quantidade de reproduções que a banda britânica obteve desde a estréia do filme. Com muitas cédulas para ganhar uma indicação ao Oscar 2019, especialmente, graças ao desempenho de Rami Malek como um Freddie excepcional, Bohemian Rhapsody não é um filme para pensar demais, é um filme para celebrar a vida e, finalmente, a música e tudo que isso evoca.

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Tradução feita pela CONTI outra, do original de La Mente es Maravillosa

Criar seus filhos sem limites pode ser perigoso: a grande importância de um “não.

Criar seus filhos sem limites pode ser perigoso: a grande importância de um “não.

Ninguém disse que educar uma criança seria uma tarefa fácil, uma vez que essa tarefa pode ser extremamente difícil e desgastante. Uma das principais razões para isso é a falta de imposição de limites aos pequeninos.

A palavra “limites” em si pode ser entendida como algo negativo, como uma forma de dominação sobre as crianças. A realidade é que com eles estamos orientando nossos filhos no caminho certo e facilitando seu desenvolvimento e crescimento pessoal, nos basta apenas ensiná-los.

Como aplicar os limites?

Ninguém nasce sabendo educar ou criar um filho, e o simples fato de ser pai ou mãe não o torna um educador de excelência; é por isso que apresentamos abaixo algumas dicas simples para impor limites às crianças.

1. Seja objetivo.

Marque as regras mais concretamente. Em vez de dizer “comportar-se”, diga-lhe exatamente o que você quer que ela faça com frases curtas e comandos precisos, como: “Fale em voz baixa na biblioteca” ou ” Pegue minha mão para atravessar a rua”.

2. Dê opções.

Dê a eles a liberdade de decidir como obedecer às suas ordens. Por exemplo, quando for hora de se vestir diga-lhes: “Você quer escolher suas roupas ou quer que eu faça?” . Desta forma, você faz a criança sentir que tem controle, mas ela acaba fazendo exatamente o que quer.

3. Seja firme

Não significa gritar quando ele não obedece, mas sim falar com uma voz firme e um rosto sério. Por outro lado, ser firme também significa que as regras importantes não estão abertas à discussão, se o tempo para dormir for às 20 horas, tente fazer com que seja o mesmo todos os dias.

4. Enfatize o positivo.

Ao dizer “Não”, a criança sabe que não deve fazer o que está fazendo, mas não entende qual é a maneira correta de se comportar. Por exemplo, em vez de dizer “Não grite na biblioteca”, diga “Fale tranquilamente na biblioteca” ou, em vez de “Não corra”, diga “Ande devagar”; desta forma, será mais fácil para ele entender o que você quer.

5. Explique porque.

Quando uma criança entende as razões para seguir uma ordem, ele se sente mais seguro e mais propício a obedecer. Não dê explicações longas e complicadas, mas curtas e simples como: “Não morda os outros, você vai machucá-los”. A famosa desculpa: “Porque eu sou sua mãe!” não é uma boa razão.

6. Desencoraje o comportamento, não o seu filho.

Não se trata de mostrar rejeição em relação a eles; antes de dizer “Você é mal” ou “Você é irritante, diga ” O que você está fazendo está errado”.

7. Controle suas emoções.

Quando estamos muito zangados, somos mais propensos a ser verbal e fisicamente abusivos para as crianças. Conte até dez, acalme-se e enfrente a situação.
Lembre-se, não ceda às birras e caprichos do seu filho, porque no final será ele quem manda. Seja paciente, e você verá que, com amor, regras claras e um exemplo amoroso, conseguirá criar uma criança bem comportada, autoconfiante e auto-suficiente.

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Tradução feita pela CONTI outra, do original de Gutenberg

Nasce uma estrela: uma história de amor que nunca envelhece

Nasce uma estrela: uma história de amor que nunca envelhece

Um artista renomado se apaixona por uma aspirante ao estrelato e acaba por levá-la à fama, enquanto sua vida pessoal e sua carreira entram em franca decadência, devido ao seu vício em álcool e drogas. Na versão mais recente, os amantes chamam-se Jackson e Ally. Este é o mote que embala o enredo de “Nasce uma estrela”, filme que já teve quatro versões, sendo a mais recente, de 2018, estrelada por Bradley Cooper e Lady Gaga.

Interessante notar que todas as versões da história obtiveram êxito, cada uma a seu tempo. As versões se revestem do contexto e da roupagem do momento em que são filmadas e todas conseguem alcançar os corações do público, ontem e hoje. Isso porque se trata de uma história de amor atemporal, cujas características sempre serão contemporâneas. O amor, aliás, nunca sai de moda.

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Vários elementos com que nos identificamos se encontram ali: a paixão à primeira vista, um talento escondido, a conquista do sucesso profissional, a perda de si mesmo, o não conseguir lidar com tudo o que a vida traz, amar e não conseguir ficar junto. A trilha sonora primorosa só vem contribuir com a força desse encontro, que se vai tornando desencontro, distância e sofrimento, enquanto Jackson não se liberta de seus fantasmas, apesar do sentimento arrebatador que lhe toma os sentidos.

O público se identifica com a história e seus desdobramentos de imediato, em grande parte porque relacionamentos amorosos, na vida real, também são assim: difíceis, complicados, embora surpreendentes. As personagens são humanas como nós, sofrem como nós, sonham e amam como nós, sem perfeição intacta. Vícios e paixões humanas, em seu estado bruto, encontram-se ali, desnudados: ambição, inveja, cobiça, egoísmo, fraqueza, competitividade. O que se vê na tela é o que se vê na vida.

Jackson não consegue digerir sua história, não faz as pazes com seu passado, não perdoa, não se perdoa e, dessa forma, perde-se de si, sem volta. Por mais amor que sentisse por Ally, por mais que fosse amado por ela, acabou percebendo que não poderia mais ajudá-la, após ser catapultada ao estrelato. Percebendo-se um entrave, um obstáculo à vida de Ally, então desiste.

Certamente, o que cativa mesmo é a capacidade que o amor tem de mudar vidas para sempre, de transformar as pessoas, tornando-as melhores e mais confiantes de tudo o que possuem e podem fazer. Nem todas as histórias de amor possuem um final feliz, mas todas elas possuem momentos felizes e inesquecíveis, todas elas nos trazem aprendizado, força e novos olhares sobre o mundo.

Tudo passa, mas algumas pessoas, mesmo ausentes, ficam para sempre.

Vingança – Um olhar psicológico e filosófico

Vingança – Um olhar psicológico e filosófico

De todos os sentimentos negativos, a vingança é, sem dúvidas, o mais controverso e rende os debates mais acalorados nos ramos da filosofia, sociologia e psicologia. Isso porque, mesmo tendo um objetivo destrutivo, ele desperta o sentimento empático de muitas pessoas ao redor, enquanto tantas outras repudiam a mesma atitude.

O sentimento de vingança surge quando passamos por alguma espécie de trauma e sentimos que houve um desequilíbrio dentro de alguma relação. Esse desnível resulta em um sofrimento considerado pelo vingativo como injusto, e este quer responsabilizar o outro pelo que sente, com aquele frase “Ah, mas isso não vai ficar assim, não”. Desse modo, começa a elaborar alguma espécie de “acerto de contas” para que haja um ressarcimento emocional dos danos causados.

De acordo com um estudo realizado por pesquisadores suíços, há uma recompensa neural quando a vingança é concretizada. Essa conclusão veio quando cérebros de pessoas que tinham sido prejudicadas durante um jogo de laboratório foram escaneados quando elas decidiram punir a outra pessoa por um minuto como uma vingança.

No entanto, a mesma pesquisa concluiu que, por mais que haja efeitos benéficos de curto prazo, foi descoberto que o sentimento de hostilidade oriundo do desejo de vingança não acaba quando concretizamos o que queremos. Pelo contrário, ela prolonga o dissabor da infração e acaba funcionando como uma bola de neve: quanto mais você se vinga, mais vontade de vingança tem e mais raiva vai sentir. Ou seja, a satisfação pretendida pela vingança tem uma duração muito pífia.

Isso porque o desejo por esse sentimento revive as feridas emocionais do passado, como se você não deixasse o seu corpo cicatrizar um ferimento no seu corpo, já que você “futuca” sempre aquele machucado, o que aumenta cada vez mais a sua dor. No entanto, se ela é tão negativa, por que parece ser boa?

Um outro estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Miami em parceria com a da Pensilvânia, concluíram que a vingança desencoraja um potencial agressor, já que ele pode ser retaliado, além de dar o sentimento de “poder” a aqueles que querem se vingar.

Tanto que a vingança não é exclusiva dos seres humanos. Foi descoberto que leões, elefantes, coiotes e várias espécies de primatas também utilizam a vingança como uma forma compensatória numa tentativa de dominar a situação. Isso indica que há um componente biológico para a retaliação quando nos sentimentos ofendidos, lesados ou injustiçados.

O problema, segundo a psicóloga Ghina Machado é que a vingança “Não têm limite moral e pode realmente perseguir esse desejo de vingança até a última consequência. Um exemplo muito comum são os crimes passionais, em geral cometidos por homens, quando a mulher pede a separação ou encontra um novo parceiro”

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Segundo a filósofa Martha Nussbaum, o sentimento de vingança está diretamente relacionado ao instinto de justiça, mas ambos são coisas diferentes: “O senso primitivo do justo — notadamente constante de diversas culturas antigas a instituições modernas  . . . — começa com a noção de que a vida humana. . . é uma coisa vulnerável, uma coisa que pode ser invadida, ferida, violada de diversas maneiras pelas ações de outros.

Para esta penetração, a única cura que parece apropriada é a contra invasão, igualmente deliberada, igualmente grave. E para equilibrar a balança verdadeiramente, a retribuição deve ser exatamente, estritamente proporcional à violação original. Ela difere da ação original apenas na sequência temporal e no fato de que é a sua resposta em vez da ação original — um fato freqüentemente obscurecido se há uma longa sequência de ações e contra-ações”.

Se a retaliação só piora as coisas, a melhor solução é usar essa poderosa energia de raiva e rancor para outra finalidade, e é uma energia que precisa ser bem conduzida, já que em casos mais graves nenhum evento externo, nem mesmo ganhar na mega sena hoje, fará apagar esse sentimento. Quer ficar com um corpo sarado na academia? Use essa energia pra malhar mais “pesado”; quer enriquecer com o seu trabalho? Desconte o máximo dessa força na sua produtividade. A ideia é que você se auto reconstrua

Também ressignifique a situação, que basicamente é entender o que você pode tirar de positivo daquela circunstância. As pessoas que conseguem administrar seus sentimentos negativos possuem o que chamamos de “Inteligência Emocional”, ou seja, aquela “puxada de tapete”, por exemplo, pode ser uma oportunidade de você ir atrás dos seus verdadeiros sonhos, ou ter outros objetivos em mente.

Perdoar aquela pessoa que te fez mal não é, necessariamente, algo romântico e “bondoso”, como se fosse algo religioso. Você não será bobo se perdoar alguém, mas a renúncia a esse desejo é algo que traz benefícios a aqueles que desejam a vingança. Já diria William Shakespeare: “O desejo de vingança é um veneno que tomamos com a vontade que o outro morra”.

Você é uma pessoa que odeia abraço? A ciência descobriu por que você é assim.

Você é uma pessoa que odeia abraço? A ciência descobriu por que você é assim.

De acordo com especialistas, se você gosta ou não de abraços depende de como seus pais o trataram.

Há pessoas que mal conhecem alguém e já abraçam sem qualquer problema. Enquanto para os outras, a pior coisa que poderia acontecer é ter que abraçar alguém que elas não conhecem. Porque é assim que o mundo é, ele é basicamente dividido entre aqueles que gostam de abraçar e outros que não gostam. E, de acordo com especialistas, a razão pela qual uma pessoa pode ou não gostar reside em quanto amor e abraços eles receberam como filhos de seus pais.

“Nossa tendência a participar do contato físico, seja nos abraçar, dar tapinhas nas costas de alguém ou ser carinhoso com um amigo, é muitas vezes um produto de nossas experiências infantis”. – Suzanne Degges-White,  conselheira na University of Northern Illinois at Time .

De acordo com Dogge-White, quando as famílias não são muito demonstrativas de seu afeto na forma física, é muito provável que, quando a criança crescer e tiver seus próprios filhos, ela os trate da mesma maneira. Mas também podem crescer e atuar de forma totalmente contrária:

“Algumas crianças crescem e sentem ‘fome’ por contato e se tornam “cuddlers “sociais que não podem cumprimentar um amigo sem um abraço ou um toque no ombro”. – Suzanne Degges-White, conselheira e conselheira da University of Northern Illinois.

E as razões vão além de simplesmente ter sido abraçadas ou não, mas também tem a ver com fatores biológicos das crianças. Darcia Narváez, da Universidade de Notre Dame, explica que existem duas características fundamentais presentes em uma criança que recebeu pouco carinho.

Primeiro, é possível que você tenha a região responsável pela transmissão de impulsos emocionais menos desenvolvida, fazendo com que a capacidade de ser carinhoso e sentir compaixão seja diminuída. A segunda característica é a menor liberação de oxitocina, o “hormônio do amor”, responsável por formar laços com outras pessoas.

Mesmo assim, Narváez insiste que é bom encorajar o contato físico quando são crianças, porque “as pessoas que estão mais abertas ao contato físico com os outros tendem a ter níveis mais altos de autoconfiança”.

Então você sabe, abrace todas as crianças que puder!

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Tradução feita pela CONTI outra, do original de UPSOCL

Como não conquistar alguém

Como não conquistar alguém

Manhã de segunda-feira. Os dois no trabalho. Ele tenta, mas não disfarça que gosta dela. Do nada o cara começa a disparar perguntas consecutivas para a moça, que sequer acordou direito ainda. Pergunta quais livros de determinado autor ela leu. Detalhe hediondo: enquanto isso ele checa o assunto no Google para certificar-se de que ela está correta. Em seguida, mais indagações. A mesma pergunta, mas agora sobre outro autor. E continua até chegar em uns dez autores.

Ele é exigente. Sua taxa de amostragem é alta. Em momento algum desconfia que está abusando. Após isso, cansa-se da Literatura e parte para obras filosóficas e períodos históricos. Ela começa a sentir-se mentalmente cansada. Muito conhecimento recrutado em pouco tempo. É como se ela estivesse fazendo uma prova discursiva.

Não consegue cortá-lo depois que as horas de inquérito avançam, mas não esconde o incômodo de ter uma conversa que não gostaria de ter, que não flui. Ficou a pensar se haveria uma punição caso interrompesse a chatice, dissesse “agora não” ou mesmo respondesse um seco “não sei”. Como tem dificuldade em dizer “não” ou cortar pessoas inconvenientes, ela sofre desnecessariamente.

Ele não discorre bem sobre nada, mas tenta bravamente. Solta palavras ao vento e pergunta o que ela acha sobre aquilo. Se não concordar, começa a azucrinar e usar os argumentos que aprendeu no Facebook. Ela que aprendeu sobre argumentação e retórica há tanto tempo na faculdade saca o quanto ele é raso e pueril. É bom não aprofundar nada com ele, pois quer respostas e soluções fáceis para tudo. No dia anterior disse a ela que não era humanista, sem mais nem menos. Agora eu pergunto: para que alguém vai dizer isso, meu pai? Ele quer convencer, todos estão notando, mas como se perde!

Pergunta quais livros de outras áreas ela leu (uma garota inteligente lembraria disso?), bem como quais de sua área de formação ela mais gostou de ler. Como assim quais livros de sua e de outras áreas já leu? Será que ele desconfia da abrangência dessa pergunta? Ou que, modéstia à parte, a moça já leu tantos livros que não saberia sequer por onde começar?

Hora do almoço. Higiene dentária. Retocar a maquiagem. Novo turno à tarde. Os dois voltam ao trabalho. Ele, impiedoso, começa a recitar trechos de poemas decorados para todos da sala ouvirem, além de fazer a interpretação, claro. As palavras são tão profundas quanto um pires. Ela envergonha-se por ele.

O tempo não passa. O expediente está apertado, todos muito atarefados e ele a tagarelar. Não há percepção nenhuma da inoportunidade, impressionante. Essa é a autêntica chatice. O chato não percebe quando é inconveniente, não enxerga os sinais de que o outro não está querendo a conversa e ainda assim insisti em continuar. Não há percepção do outro, só de si. O outro afasta-se, o papo não ecoa, a sintonia nunca chega. Ninguém pergunta nada, mas para o chato está tudo bem.

Todos em volta parecem constrangidos em chamar a atenção dele ao trabalho. Ele descreve-se conservador, enquanto a moça é afinada com modernidades. Ele franze a testa e parece desaprová-la. Começa a digredir sobre as principais áreas humanísticas numas afirmações bem superficiais. Uau! Quanto tempo falta para ir embora?

Ele se inspira e elogia a área da menina, assim como diz que seria um profissional apaixonado caso fosse da área dela. Ah, enfim uma gentileza! Finalmente ele lembrou que precisava ser gentil ou agradá-la em algum momento, depois de tanta amolação. Fim de expediente. Ufa! Ambos seguem para casa. Ela, com uma tímida enxaqueca e fadigada do dia. Ele, não se sabe. Certamente devia estar admirado consigo depois da performance. Tantos conhecimentos verbalizados alhures! Ele pensa ser intelectual.

Meados da noite, passado o cansaço mental, a moça não leu um dos tomos de filosofia política de Hobbes ou o Decameron de Boccaccio. Foi cuidar dos seus gatinhos, assistir ao canal de humor no Youtube e ler o livro de contos que está devorando no momento (Rubem Fonseca é o maior!). A vida é mais simples do que supomos. Saldo do conquistador: nefasto. Acaso uma moça gosta de se agarrar com quem não tem pudor de mostrar-se soberbo competidor dela?

Diálogos intelectuais forçados definitivamente não são a melhor forma de conduzir uma paquera, dar uns beijinhos ou conquistar o coração de alguém. Chegar na moça sem afeto ou gentileza é um tiro no pé. Deixar uma primeira impressão de pessoa sem humildade e levar até as conversas que poderiam ser mais leves num tom professoral acabam por afastar pessoas.

Decerto que nesse jogo de conquista há outras qualidades também importantes – a leveza, a educação, o charme, por exemplo. É uma equação de difícil resolução, pois mulheres têm consciências diferentes, o humor influencia, a beleza do menino também conta … Enfim, a vida é um prêmio, mas viver não é fácil.

Tantas são as pessoas no mundo que as relações precisam de algum critério para iniciar e permanecer. Quando elas acontecem e duram, dão-nos força e felicidade, fazem valer a nossa rápida existência. Além disso, pessoas podem não ser grandes intelectuais, mas terem outras inteligências e sabedoria em suas formas de vida, algo que parece bem mais interessante. Portanto, é bom ficar tranquilo na hora de ganhar um amor. Devagarinho é melhor. Se a coisa prosperar, o outro terá tempo para conhecer as qualidades, o intelecto e haverá mais trocas saudáveis no seu devido tempo. Em tempo: no seu devido tempo significa tempo futuro.

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