7 maiores cuidados que você deve tomar na compra de pescados e ovos de chocolate

7 maiores cuidados que você deve tomar na compra de pescados e ovos de chocolate

No período da Páscoa, estão disponíveis no mercado diferentes tipos de pescados e variadas ofertas de ovos de chocolate que enchem os olhos do consumidor, especialmente das crianças. Mas é preciso estar atento às indicações de peso e quantidade, bem como à qualidade dos brinquedos que, em alguns casos, acompanham esses produtos. Para evitar problemas, o Ipem-SP (Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo) elencou dicas práticas para o consumidor identificar produtos irregulares e não errar na hora das compras.

Ovos de chocolate com brindes: se o ovo de chocolate traz brinquedo como brinde, verificar na embalagem se está estampada a frase “Atenção: contém brinquedo certificado no âmbito do Sistema Brasileiro da Avaliação da Conformidade”. Também é obrigatória a indicação de faixa etária ou, se for o caso, uma frase que informe que não existe restrição de faixa etária. No brinde, o consumidor deve também procurar o selo do Inmetro. Somente essas informações garantem que o brinquedo passou por testes e não vai oferecer riscos à criança.

Indicação de peso: ovos, bombons, demais chocolates, colombas ou qualquer produto embalado deve apresentar, de forma clara, a indicação do peso líquido na sua embalagem. Esta indicação deve referir-se somente ao peso do produto, desconsiderando o valor da embalagem e dos brindes, se houver.

Não compre pelo número: a numeração dos ovos de Páscoa serve apenas como referência. Ou seja, não se pode dizer que um produto com numeração maior pesa mais, pois cada fabricante adota uma escala diferenciada de tamanho. Assim, oriente-se apenas pela indicação do peso líquido do ovo de chocolate.

Fique atento na compra de peixe fresco: sejam eles adquiridos em feiras ou mercados, sempre acompanhe a pesagem do peixe fresco. Esta deve ser feita na presença do consumidor, assim como a embalagem do produto.

Se quer gelo, preste atenção: caso queira que o peixe seja embalado com gelo para que fique protegido e preservado durante o trajeto para sua casa, fique atento se o vendedor não o pesará depois de acrescentar o gelo. Quem compra deve pagar pelo peixe, não pelo gelo!

Use a balança do estabelecimento: ao comprar peixe em conserva, pré-embalado ou congelado, o consumidor pode solicitar a conferência do peso do produto em uma balança do estabelecimento. Lembre-se de que será importante considerar o peso líquido do pescado, além do peso da embalagem.

Não leve mais gelo do que peixe: se levar um pescado com bastante gelo, observe na hora do preparo se o mesmo rende a mesma quantidade que está habituado a consumir.

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O consumidor que desconfiar ou encontrar irregularidades pode recorrer ao serviço da Ouvidoria do Ipem, pelo telefone 0800-013-0522, de segunda a sexta, das 8h às 17h, ou enviar e-mail para: [email protected].

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Fonte: Assessoria de Imprensa do IPEM-SP

Imagem de capa: Arthur Miranda

Hannah Arendt explica como a propaganda se utiliza da mentira para desgastar a moralidade: percepções das origens do totalitarismo

Hannah Arendt explica como a propaganda se utiliza da mentira para desgastar a moralidade: percepções das origens do totalitarismo

Por Josh Jones

Traduzido de Open Culture

Pelo menos quando eu estava na escola, aprendemos o básico de como o Terceiro Reich chegou ao poder no início dos anos 1930. Gangues paramilitares aterrorizando a oposição, a incompetência e o oportunismo dos conservadores alemães, o Fogo do Reichstag . E aprendemos sobre a importância crítica da propaganda, a deliberada desinformação do público a fim de influenciar opiniões em massa e obter apoio popular (ou pelo menos a aparência dele). Enquanto o Ministro da Propaganda Joseph Goebbels expurgou artistas e escritores judeus e de esquerda, ele construiu uma enorme infra-estrutura de mídia que jogava, escreve PBS“Provavelmente o papel mais importante na criação de uma atmosfera na Alemanha que tornou possível aos nazistas cometer atrocidades terríveis contra judeus, homossexuais e outras minorias”.

Como a minoria partidária de Hitler e Goebbels assumiu e quebrou a vontade do povo alemão tão completamente que permitiram e participaram de assassinatos em massa? Os estudiosos do totalitarismo do pós-guerra, como Theodor Adorno e Hannah Arendt, fizeram essa pergunta várias e várias décadas depois. Seus primeiros estudos sobre o assunto analisaram os dois lados da equação. Adorno contribuiu para um volume maciço de psicologia social chamado The Authoritarian Personality , que estudava indivíduos predispostos aos apelos do totalitarismo. Ele inventou o que chamou de F-Scale (“F” para “fascismo”), uma das várias medidas que ele usou para teorizar o Tipo de Personalidade Autoritária .

Arendt, por outro lado, examinou atentamente os regimes de Hitler, Stálin e seus funcionários, a ideologia do racismo científico e o mecanismo da propaganda para fomentar “uma mistura curiosamente variada de credulidade e cinismo com a qual cada membro era submergido e onde se esperava que reagisse às mudanças das declarações mentirosas dos líderes ”. Assim escreveu em 1951 “Origens do Totalitarismo”, elaborando que essa“ mistura de ingenuidade e cinismo … prevalece em todas as categorias de movimentos totalitários ”:

Num mundo incompreensível e em constante mutação, as massas haviam chegado a um ponto em que, ao mesmo tempo, acreditavam em tudo e em nada, achavam que tudo era possível e nada era verdade … Os líderes totalitários de massa basearam sua propaganda na correta suposição psicológica de que, sob tais condições, alguém poderia fazer as pessoas acreditarem nas afirmações mais fantásticas um dia e confiar que, se no dia seguinte fossem dadas provas irrefutáveis ​​de sua falsidade, elas se refugiariam no cinismo; em vez de abandonar os líderes que haviam mentido para elas, elas protestariam que sabiam o tempo todo que a declaração era uma mentira e admirariam os líderes por sua superior inteligência tática.

Por que a mentira constante é muitas vezes descarada? Por um lado, funcionava como um meio de dominar completamente os subordinados, que teriam que deixar de lado toda a sua integridade para repetir falsidades ultrajantes e então seriam obrigados ao líder por vergonha e cumplicidade. “Os grandes analistas da verdade e da linguagem na política ” – escreve o professor de filosofia política da Universidade McGill, Jacob T. Levy – incluindo “George Orwell, Hannah Arendt e Vaclav Havel – podem nos ajudar a reconhecer esse tipo de mentira pelo que é. …. Dizer algo obviamente falso, e fazer seus subordinados repeti-lo com uma expressão séria em sua própria voz, é uma exibição particularmente surpreendente de poder sobre eles. É algo endêmico ao totalitarismo ”.

Arendt e outros reconheceram, escreve Levy, que “ser feito para repetir uma mentira óbvia deixa claro que você é impotente”. Ela também reconheceu a função de uma avalanche de mentiras para tornar uma população impotente para resistir, o fenômeno a que agora nos referimos como ” gaslighting “:

O resultado de uma substituição consistente e total das mentiras pela verdade factual não é que a mentira será agora aceita como verdade e verdades sejam difamadas como mentiras, mas o sentido pelo qual nos orientamos no mundo real – e a categoria da verdade versus falsidade está entre os meios mentais para este fim – está sendo destruído.

O terreno epistemológico assim arrancado deles, a maioria dependeria do que quer que o líder dissesse, independentemente de sua relação com a verdade. “A convicção essencial compartilhada por todas as classes”, concluiu Arendt, “do companheiro viajante ao líder, é que política é um jogo de trapaça e que o ‘primeiro mandamento’ do movimento: ‘O Führer está sempre certo’ é necessário para os propósitos da política mundial, isto é , a trapaça mundial, como as regras da disciplina militar são para os propósitos da guerra ”.

“Nós também”, escreve Jeffrey Isaacs no Washington Post , “vivemos em tempos sombrios” – uma alusão a outra das análises sérias de Arendt – “mesmo que sejam diferentes e talvez menos sombrias”. Arendt escreveu Origens of Totalitarianism de pesquisas e observações reunidas durante a década de 1940, um período histórico muito específico. No entanto, o livro, Isaacs observa, “levanta um conjunto de questões fundamentais sobre como a tirania pode surgir e as formas perigosas de desumanidade às quais ela pode levar”. A análise de Arendt da propaganda e da função das mentiras parece particularmente relevante neste momento. Os tipos de mentiras descaradas de que ela escreveu podem se tornar tão comuns que se tornam banais. Podemos começar a pensar que eles são um espetáculo irrelevante. Isso, ela sugere, seria um erro.

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“Hannah Arendt foi uma filósofa e cientista política nascida na Alemanha no início do século XX. Respeitada e influente, seus principais temas de estudo foram a política e o comportamento humano, ficando conhecida como a pensadora da liberdade.
Judia, Hannah foi perseguida e presa pelo governo nazista. Fugiu para Nova York em 1941, onde viveu como apátrida por 12 anos, tornando-se depois cidadã estadunidense.”

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Via Pensar Contemporâneo

Gatos sabem quando são chamados, mas fingem que não entendem

Gatos sabem quando são chamados, mas fingem que não entendem

Se você convive com gatos, é bastante provável que a indiferença deles já tenha te feito passar alguma raiva. Não importa quão hostil seja o seu tom de voz ao dizer o nome do seu gatinho ao repreendê-lo por alguma má-criação, são raras as vezes em que eles demonstram se sentirem afetados pela bronca. É como se eles simplesmente não compreendessem que o nome proferido é o nome deles.

Um novo estudo, no entanto, sugere que tal indiferença ao próprio nome nada tem a ver com a inteligência do animal – ele só está mesmo solenemente desprezando o humano com quem vive. O estudo foi realizado pela Universidade de Sophia, no Japão, e a metodologia precisou ser especialmente adaptada em razão do temperamento blasé dos bichanos.

Foi utilizado um alto falante com palavras aleatórias e, entre elas, o nome dos animais – e analisadas as reações mais discretas, como uma contração de orelha ou um leve movimento de cabeça. Poucos foram os gatos que reagiram de forma expressiva, movendo a cauda ou mesmo miando.

O experimento levou à conclusão de que, sim, os gatos sim reagem ao seu nome em todos os cenários – tanto utilizando a voz do dono quanto de humanos desconhecidos. Os animais reagiam até mesmo ao nome de outros gatos com quem convivem, comprovando que os bichos compreendem o que dizemos mais do que costumamos pensar. Em síntese: seu gatinho entende sim que é a ele que você está se referindo, apenas te ignora sumariamente.

Com informações de R7, via Revista Pazes

Photo by Fabricio Trujillo from Pexels

Você sabia que deve avisar seu gato sempre que for sair de casa?

Você sabia que deve avisar seu gato sempre que for sair de casa?

Gatos são seres muito independentes, e isso é uma certeza para todos aqueles que tem um felino como animal de estimação. O que pode ser uma novidade para os donos desses animais fascinantes é que, apesar da sua tão ventilada independência, os nossos amigos felinos precisam sim de um aviso quando o seu dono for sair de casa.

Sim, eu sei que muitas vezes ouvimos a velha máxima de que os gatos podem passar mais tempo sozinhos do que seus companheiros caninos, mas a verdade é que quando os donos saem sem dar qualquer satisfação, os gatos se sentem abandonados. Então, para evitar que o seu companheiro de quatro patas sofra todos os dias quando você for sair para trabalhar, ou para estudar, ao mesmo para dar uma passada rápida no supermercado, pode ser bastante útil que você avise a ele que está saindo.

A pergunta que você deve estar se fazendo é: “Mas os gatos entendem o que dizemos a eles?”. E a resposta é sim. A comprovação disso veio através de um estudo sobre gatos domésticos realizado pelos pesquisadores japoneses Atsuko Saito e Kazutaka Shinozuka, que revelou que esses animais compreendem o que seus donos dizem. Já sabíamos que eles eram espertos, mas a esse nível é novidade.

Então, se você ama o seu gatinho e preza pelo bem estar dele, não vai se incomodar em dedicar alguns minutinhos antes de sair a acarinhar o seu amiguinho e dizer a ele: “A mamãe vai passar um tempo fora, mas volta daqui a pouco! Aproveite o tempo pra brincar com os seus brinquedinhos, e não arranhe o sofá enquanto eu estiver fora! – Porque se eles entendem o que dizemos, não custa passar uns avisos, não é mesmo?“.

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Photo by Japheth Mast from Pexels

Com informações de O Segredo

“Quem dedica seu tempo para melhorar a si mesmo não tem tempo para criticar os outros”

“Quem dedica seu tempo para melhorar a si mesmo não tem tempo para criticar os outros”

Não há nada mais exaustivo do que ouvir uma pessoa criticar e mal-estar contra tudo o que se move. Além disso, viver cercado por esse negativismo peculiar nos faz sentir sem esperança, porque as palavras e atitudes de um crítico são como vírus que entram em nossa mente.

Das pessoas que criticam em excesso é melhor fugir, porque nos envenenam e nos afogam de tal maneira que nos fazem desequilibrar. O preço de viver em tranquilidade é incalculável, por isso não devemos permitir que alguém viole nosso espaço físico e psicológico.

Pessoas felizes não atacam os outros

Quanto tempo você gasta por dia ouvindo críticas ruins? Muito? Pouco? Bem, é hora de dar um passo para o lado e fugir de certas situações ou pessoas. Eles estão colocando em perigo seu bem-estar e seu equilíbrio emocional.

Ou seja, se, em vez de apontar os outros, nos preocupássemos em corrigir os erros que nos pertencem, chegaríamos a um nível melhor de bem-estar emocional. Portanto, devemos nos aperfeiçoar na ordem pessoal, para ganharmos em sinceridade e respeito tanto quanto em humildade, generosidade e honestidade.

Não somos perfeitos e não devemos fingir que somos, mas é importante manter uma atitude de constante aperfeiçoamento que nos oferece a possibilidade de viver a vida sem nos submetermos aos estados emocionais dos outros.

O que as outras pessoas pensam de você é a realidade delas, não a sua

Há pessoas que dão suas opiniões sobre nós, sobre nossa vida, sobre nossas decisões ou sobre qualquer questão de nossas rotinas. Eles fazem isso, sem o nosso pedido. Eles tendem a ter opiniões maliciosas ou sem qualquer critério cujo único objetivo é ferir, menosprezar e apreciar a dor dos outros.

Geralmente, são pessoas com baixa auto-estima que não se aceitam, então dificilmente podem aceitar os outros. Essas pessoas colocam rótulos que refletem a realidade de como se sentem, projetando assim suas dificuldades emocionais.

O dano emocional da crítica

Não preste atenção às coisas que os outros fazem ou não fazem, preste atenção ao que você faz ou não faz. – Buda

Comece a curar sua ferida emocional, sabendo que cada um de nós é único e excepcional. Para viver, você não precisa da opinião de ninguém. Na verdade, você é uma pessoa adulta que, em seus plenos poderes, pode tomar decisões por si mesma. Faça suas emoções e seus sentimentos os que valem a pena, perca o medo de sentir e pensar por si mesmo.

Ouvir críticas ruins e fofocas constantemente satura qualquer um, mas se não é você quem está fazendo isso, não se esqueça que a crítica infundada traz consigo grande pobreza emocional no mundo interno daqueles que a realizam. Se a pessoa não se permite ser enriquecida, se vive isolada em seus ressentimentos e não permite nenhum tipo de ajuda, convém ser emocionalmente egoísta. Afaste-se, fique feliz e proteja sua vida interior.

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TEXTO TRADUZIDO DE LA MENTE ES MARAVILLOSA, VIA PSICOLOGIAS DO BRASIL

Crianças leem para cães que sofreram maus tratos e os ajudam a interagir com humanos

Crianças leem para cães que sofreram maus tratos e os ajudam a interagir com humanos

Se você já conviveu, ou se deparou com um cão que sofreu maus tratos, sabe que animais nessa condição precisam de cuidados especiais e podem ter dificuldade em retomar um convívio mais tranquilo com seres humanos. Mas um abrigo no Estado do Missouri (EUA) teve uma ideia incrível para ajudar nesse processo de adaptação.

Na iniciativa do abrigo Shelter Buddies Reading Program, crianças estão ajudando cães que sofreram maus tratos a perderem o medo e a interagirem com os humanos através da leitura de um pequeno livrinho. A ideia do abrigo é livrar esses cães de traumas profundos e encaminhá-los para a adoção.

Antes de conhecerem os animais, as crianças participam de um programa de treinamento de 10 horas e só depois se sentam em frente do canil de algum cão para fazer a leitura.

contioutra.com - Crianças leem para cães que sofreram maus tratos e os ajudam a interagir com humanos

Ao site The Dodo, o  diretor do programa, Job Klepacki, explicou: “Nós queríamos ajudar nossos cachorros tímidos e medrosos sem forçar a interação física com eles, e observar o efeito positivo que isso poderia ter… É incrível a resposta que temos visto nos animais.”

Quem imaginou que uma iniciativa tão simples poderia trazer resultados tão positivos? Torcemos para que a ideia se multiplique.

Com informações de Razões para Acreditar

Os abusos verbais: palavras que machucam e ferem na alma

Os abusos verbais: palavras que machucam e ferem na alma

Ouvimos falar muito da violência física, mas pouco da psicológica, conhecida como abusos verbais, que são aquelas palavras que machucam e ferem na alma. As duas causam graves danos à saúde, e que exigem tratamento das sequelas deixadas.

Entretanto, os abusos verbais se traduzem em ofensas, com o desejo de oprimir e humilhar suas vítimas. Essas palavras podem ser evidentes ou escondidas, geralmente, por alguém em posição de poder.

Em alguns casos as vítimas têm dificuldades de perceber os abusos verbais, porque eles ocorrem no plano inconsciente. Os abusos não acontecem apenas nas classes populares, mas em todas as classes sociais, sobretudo, contra crianças, idosos e mulheres.

A estratégia mais usada é “Gaslighting”, um método de manipulação psicológica no qual os abusadores distorcem as informações das vítimas, que acabam duvidando de sua própria sanidade mental. Mas é possível desvendar essa fórmula, possibilitando que elas percebam que esses indivíduos são perversos e desonestos. Vamos analisar algumas situações.

As notícias de abusos verbais contra as mulheres são frequentes, nas quais os abusadores tentam acabar com a autoestima delas. Isso tem se revelado na vida conjugal, em que certos homens tentam desqualificar e desmerecer suas companheiras.

Os casos de bullying também são corriqueiros, onde crianças e adolescentes são vítimas de zombarias e discriminação, fazendo com que se sintam rejeitadas e deprimidas, e algumas cometem suicídios, por não suportar tanta humilhação.

Do mesmo modo, há várias ocorrências em que os idosos são vítimas de intimidações por parte de familiares ou cuidadores, que usam palavras chulas e obscenas, no sentido de perpetuar os abusos contra as pessoas da terceira idade.

Hoje, os abusos virtuais invadiram a internet e as redes sociais em uma dimensão jamais vista na história da humanidade. Assim, os sujeitos utilizam o espaço digital de maneira anônima, covarde e sem limites, para insultar e hostilizar pessoas, grupos e instituições.

Diante dessa escalada de abusos as vítimas têm sua saúde vital dilacerada, que dói na alma, podendo ocasionar depressão ou neuroses. Porém, elas precisam fortalecer sua energia psicoespiritual para se libertar do repertório de grosserias dos seus abusadores.

É fundamental que as vítimas busquem ajuda com psicoterapeutas e entidades, que estão habilitadas a dar apoio para cessar os ciclos de abusos verbais, bem como as pessoas próximas podem orientá-las a saírem dessas situações. É com diz o livro de Provérbios: “Há palavras que ferem como espada, mas a língua dos sábios traz a cura”.

Enfim, os abusos verbais estão alicerçados no desrespeito falado e pensado, que interage sutil e simbolicamente como forma política, financeira e cultural de desprezo pelos outros, que é a mercantilização da vida humana, como denunciaram os psicanalistas Erich Fromm e Rollo May.

Jackson César Buonocore é sociólogo e psicanalista

Imagem de Prawny por Pixabay

Papa pede a jovens para deixarem vício de celular

Papa pede a jovens para deixarem vício de celular

Se você não é o jovem que passa o dia todo com os olhos grudados na tela do smartphone, certamente é a mãe ou o pai desse jovem. O vício em celular têm sido um problema recorrente desde a recente popularização destes aparelhos. E quem resolveu dar uma “cutucada” nos adolescentes que não desgrudam do celular foi ninguém menos que o Papa Francisco. Durante a visita ao Vaticano de alunos do instituto público Ennio Quirino Visconti, renomada escola secundária clássica de Roma, o pontífice fez um apelo para que eles se “libertem da dependência” de telefones celulares, que reduzem a comunicação “a simples contatos”. Bem antenado o Papa Francisco, não é?

“Libertai-vos da dependência do celular! Por favor!”, clamou Francisco, que explicou “que os telefones celulares são um grande progresso, e são de grande ajuda, e é preciso usá-los, mas quem se transforma em escravo do telefone perde a sua liberdade”. O papa lembrou que “o telefone celular é uma droga” que “pode reduzir a comunicação a simples contatos”.

“A vida é comunicar e não somente simples contatos”, disse Francisco, que também pediu aos estudantes que lutem contra o assédio escolar, que é como “uma guerra”, e confessou que lhe dói saber que em muitos colégios existe este fenômeno.

Em seu discurso, o Papa Francisco ainda citou um ensinamento de Santo Agostinho, doutor da Igreja Católica, em latim: “in interiore homine habitat veritas” – “A verdade vive no interior do homem”.

Nos seus conselhos aos jovens, o pontífice também encontrou espaço para falar sobre a diversidade. Ele disse aos jovens que não tenham medo “das diversidades” e lembrou que “o diálogo entre as diferentes culturas enriquece um país, enriquece a pátria, e nos faz olhar para uma terra de todos e não só para alguns”.

Outro dos conselhos do papa aos meninos e meninas do instituto romano foi que “na vida afetiva são necessárias duas dimensões: o pudor e a fidelidade”. Francisco recomendou “amar com pudor e não descaradamente, e ser fiel”, e acrescentou que “o amor não é um jogo e é a coisa mais bela que Deus nos doou”.

Além disso, o papa aconselhou os estudantes a “nunca deixar de sonhar grande e desejar um mundo melhor para todos”.

Não sei você, mas eu acho que os conselhos do Papa Francisco não se aplicam somente aos jovens. Podem ser praticados por todos.

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Com informações de Terra

Maturidade significa buscar soluções e não o culpado

Maturidade significa buscar soluções e não o culpado

“Não há nenhum problema tão terrível que você não pode adicionar um pouco de culpa e torná-lo ainda pior.”
(Bill Watterson)

Lembra quando você era criança? A infância é um momento maravilhoso, e é por isso que sempre queremos voltar e sempre sentimos nostalgia por essa fase. É o momento em que descobrimos o mundo e, ao mesmo tempo, nos sentimos protegidos pelos adultos.

Na infância e adolescência, são os nossos pais ou responsáveis que têm o dever de nos proteger, satisfazer nossas necessidades e, mais importante, tomar decisões por nós. É por isso que crescer é uma experiência agridoce; perdemos conforto e segurança, mas ganhamos algo extremamente importante: a liberdade.

Com o passar dos anos, gradualmente assumimos as rédeas de nossas vidas. A primeira coisa que fazemos é trabalhar para nos encarregar de nossas necessidades básicas; mas há outros aspectos dos quais devemos assumir a responsabilidade: nossos laços emocionais, por exemplo, ou nossa saúde mental.

É a maneira como administramos essa responsabilidade que marca a diferença entre crescer e amadurecer. O tempo passa inexoravelmente e todos crescemos, mas a maneira pela qual assumimos a responsabilidade por nossas emoções nos permitirá afirmar que, além de crescer, amadurecemos.

Amadurecer é aprender a encontrar a solução e não o culpado

Tomar decisões envolve experimentar emoções relacionadas ao medo de cometer erros e incertezas. Tanto é assim que às vezes ficamos presos e é muito difícil escolher uma estrada em vez de outra.

O que é certo é que todos cometemos erros, isso é parte do processo de aprendizagem. Lembra quando você estava aprendendo a contar na escola? Inicialmente foi complicado e você cometeu muitos erros, mas com a prática isso se torna uma habilidade básica.

Assumir a responsabilidade de estar errado envolve um processo complexo de reflexão e análise dos fatos e, por esse motivo, às vezes é mais fácil procurar motivações externas que justifiquem nossos erros . É precisamente aqui que a culpa entra em jogo. Quando temos um problema, nossa mente está se aquecendo na busca por um culpado.

Às vezes, por exemplo, quando batemos contra qualquer objeto, culpamos por estar no trajeto de nossos pés. Isso nunca aconteceu com você? Caminhe distraidamente pelo corredor e de repente bata em um objeto que não estava lá, machucando seu pé. Sem pensar, você dirá “objeto maldito”, não deveria estar aí.

É natural, a frustração precisa de um culpado.

No entanto, o que acontece com os obstáculos que encontramos em nosso caminho, quando eles são algo muito mais importante do que um objeto esquecido por engano no corredor?

No entanto, o que acontece com os obstáculos que encontramos em nosso caminho, quando eles são algo muito mais importante do que um objeto esquecido por engano no corredor? Pode ser um exame que você se preparou para fazer, mas não fez, ou que não tenha renovado seu contrato de trabalho, que tem problemas para se comunicar com seu parceiro ou que seu pai fica zangado com você quando expressa sua opinião.

Se não refletimos, se nos deixamos levar pelas emoções, a culpa é uma espécie de neon, que de repente se acende em nossa mente.

Quando culpamos alguém ou a nós mesmos pelo que acontece, estamos nos concentrando em nossas emoções e atitudes negativas: somos invadidos pela raiva e pela frustração, sentimos tristeza ou rancor, e não avançamos. Em suma, somos infelizes.

No entanto, se superarmos essas emoções negativas e seguirmos em frente, perceberemos que, em vez de procurar um culpado, há algo muito mais útil: tomar medidas que nos ajudem a mudar a situação. Se procurarmos soluções, enviaremos a nós mesmos uma mensagem de que, se algo der errado, poderemos tentar remediar e trabalhar para resolver a situação.

“Vamos nos preocupar mais em ser pais do nosso futuro do que filhos do nosso passado.” – (Miguel de Unamuno)

É natural se responsabilizar por um resultado que não foi bem o que esperávamos que fosse, detectar onde falhamos e tentar corrigir para obter o resultado planejado na próxima vez. O que não se deve é se martirizar por isso. Se você não passou num exame por não ter se preparado o suficiente, reconhecer onde falhou é o jeito mais fácil de não repetir o fracasso, mas nutrir um sentimento de culpa é dar a si uma punição psicológica que não vai ajudar em nada.

Culpar-se é uma forma de se punir, atribuir a culpa a terceiros é uma forma de se isentar do resultado negativo e, tanto uma quanto a outra é um meio de nutrir sentimentos negativos que, enquanto perdurarem, não permitirão que se conserte o que deu errado.

No entanto, se você mudar sua sintonia e aceitar que erros acontecem, que toda e qualquer ação está sujeita a falhas, suas emoções também mudarão e você não mais vai se culpar e tampouco apontar culpados. Ao invés disso, vai se concentrar em reparar o erro.

As emoções negativas são inevitáveis, mas se procurarmos soluções em vez de culpados, perceberemos que elas são coisas passadas e que devemos continuar avançando para alcançar nossos objetivos.

Traduzido e adaptado de lamenteemeravigliosa, via Pensar Contemporâneo

Se alguém o enganou mais de uma vez, a culpa é toda sua

Se alguém o enganou mais de uma vez, a culpa é toda sua

Qualquer pessoa nesse Universo está sujeita a se iludir, decepcionar-se, se enganar, ser feita de trouxa, etc. Isso se aplica aos doutores e analfabetos. Quando temos um bom coração e, agimos com boa fé, tendemos a esperar isso das outras pessoas também. De certa forma, lemos os outros com as nossas lentes.

Eu penso que se você foi enganado uma pessoa uma única vez, você deve entender que isso acontece com qualquer pessoa, a culpa não foi sua. Porém, se essa mesma pessoa te engana outras vezes, você deve assumir toda a responsabilidade. Há situações em que a pessoa deixa claro as intenções dela, ela mostra todos os sinais de que não é confiável, mas não adianta, o outro insiste em acreditar que com ele será diferente.

Há casos em que a pessoa já traiu, já roubou, já pegou dinheiro emprestado e não pagou, já mentiu e, já agiu de má fé várias vezes. E o outro continua confiando e se queixando a cada decepção, como se fosse a primeira vez. Nesses casos, não há espaço para queixas para quem foi vitimado, afinal, ele permitiu aquele dissabor.

Nem todas as pessoas merecem uma segunda chance, há casos em que elas não merecem nem a primeira. Se alguém se aproxima de você propondo um vínculo amoroso e, você já conhece todo o histórico de relacionamentos dele que, por sinal, envolve traição, agressão, calote, abandono de filhos etc, o que você vai esperar dessa pessoa? Se você decide acreditar que ele(a) será diferente contigo, e a história se repetir, você vai poder culpar o destino ou colocar a culpa no azar? De jeito nenhum, a culpa será sua por ter feito vista grossa a todas as evidências de que ele(a) era uma roubada.

Existem pessoas que só enxergam o que lhes convêm. Há casos em que os hormônios assumem o lugar do discernimento e, as consequências são irreversíveis. Muitas de nossas mazelas acontecem com a nossa permissão, precisamos de muita maturidade para aceitarmos isso. Os sinais estavam lá, mas a nossa teimosia falou mais alto.

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Photo by Deena from Pexels

Pesquisadores de MG criam espuma que absorve agrotóxicos dos alimentos e da água

Pesquisadores de MG criam espuma que absorve agrotóxicos dos alimentos e da água

Vivemos o começo de um despertar para uma consciência ecológica, e, naturalmente, muitas atenções têm se voltado para práticas sustentáveis e para maneiras de tentar frear o impacto ambiental de alguns dos nossos hábitos. O uso do plástico, por exemplo, vem sendo alvo de diversas discussões. Muito já falou sobre o impacto causado ao meio ambiente pelo uso do plástico, mas os ambientalistas começaram a evoluir ultimamente uma discussão sobre as complicações que vão além da poluição. Pesquisas já abordam os malefício do material dentro do nosso corpo.

E uma descoberta relacionada a esse assunto chamou atenção da comunidade científica nos últimos dias. Em uma pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais, a UFMG, cientistas buscavam formas sustentáveis para substituir o plástico e acabaram desenvolvendo uma espuma capaz de reconhecer e absorver herbicidas dos alimentos e da água. Fascinante, não é mesmo?

A espuma desenvolvida pelos cientistas é de poliuretano, um tipo de matéria plástica usada para criar esponjas, espumas isolantes térmicas e acústicas e até solados de calçados. A novidade foi criada a partir de resíduos da indústria petroquímica e componentes naturais, como o óleo de mamona. A combinação facilitou a interação de grupos químicos com os pesticidas e possibilitou a identificação dos agrotóxicos.

A preocupação dos pesquisadores era que, como efeito colateral, a espuma extraísse os nutrientes dos alimentos, mas os testes comprovaram que o produto apenas retira os agrotóxicos sem prejudicar as propriedades nutricionais dos alimentos. “A eficiência é em torno de 90% da espuma com resíduo, e como resíduo puro chega a 95% da remoção do pesticida”, explicou Lena Braga, engenheira química e pós-doutoranda da UFMG, ao site do Jornal O Tempo.

A ideia é desenvolver um filme plástico a partir do material da espuma que, ao embalar o alimento em casa ou nos supermercados, consiga detectar e retirar os pesticidas. No caso da alface, por exemplo, se a folha for colocada na água com a espuma, o pesticida não vai passar para o líquido.

A pesquisa liderada pela engenheira química Marys Lane Almeida foi publicada no Journal of Hazardous Materials, em março deste ano.

Então já podemos comemorar mais um avanço da ciência na direção de hábitos mais saudáveis ao nosso corpo e ao meio ambiente!

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Com informações de Hypeness

Imagem de capa: Pexels

Os 4 planos de desenvolvimento infantil de acordo com María Montessori

Os 4 planos de desenvolvimento infantil de acordo com María Montessori

Para a Pedagoga Montessori, o que é relevante na evolução do ser humano é o desenvolvimento mental. É por isso que seu método distingue quatro planos de desenvolvimento da criança; que influenciam, de uma maneira ou de outra, na aprendizagem desta.

Não podemos perceber a criança como um adulto em miniatura, tanto física como mentalmente. Mais se possível, não poderíamos apontar a criança como uma dilatação específica do adulto, uma vez que a primeira está progredindo de forma constante e manifesta grandes diferenças de uma idade para outra.

Em outras palavras, a criança está em um processo ininterrupto de crescimento e transformação. É precisamente nessa característica essencial que a criança difere do adulto, que já atingiu a maturidade em seu desenvolvimento. Neste ponto, é apropriado salientar que a criança passa por uma série de estágios de desenvolvimento (estágios), é assim que Montessori os define, divididos cada um por alguns intervalos de transição. Dentro desses níveis de desenvolvimento do método Montessori, encontramos:

1. Mente absorvente da criança (de 0 a 6 anos):

Nesse estágio ou plano da infância, a criatividade e a mudança prevalecem. Por sua vez, esse nível de desenvolvimento infantil é dividido em:

Mente Inconsciente (de 0 a 3 anos de idade): Durante este espaço de tempo, a mente está em constante aquisição inconsciente daquelas aprendizagens que proporcionam o ambiente mais próximo da criança. Um exemplo claro é a aquisição de linguagem. Ao longo deste estágio, também, a diferença entre o real e o irreal é compreendida; as coordenações visuomotoras; hábitos de higiene pessoal e independência. Como uma ferramenta exploratória para essa absorção, as crianças fazem uso de todos os seus sentidos.

– Mente consciente (dos 3 aos 6 anos de idade)

Neste período de tempo, a mente do bebê torna-se consciente; e ele faz isso através do movimento. Isso é que a mente se sensibiliza ante cada ação e as repercussões que ela tem no ambiente onde ocorre; Agora a mente está ciente de suas ações. Durante esta fase, habilidades como concentração, vontade ou memória são trabalhadas. Agora a criança tem controle do ambiente e não o ambiente sobre ela como aconteceu na fase anterior. Os sentidos são novamente os protagonistas da aprendizagem; Nesta ocasião, as mãos são definidas como uma ferramenta consciente e não como meros receptores de estímulos.

2. Período da infância (dos 6 aos 12 anos):

Este segundo plano é caracterizado pela estabilidade; Na infância, os sujeitos utilizam as informações previamente aprendidas, bem como as informações recém adquiridas para responder a perguntas como “por que”, “como” e “quando”. Ao mesmo tempo, os interesses mais complexos são despertados e as relações sociais aumentam, assim como as abordagens morais.

3. Adolescência (de 12 a 18 anos):

O terceiro nível de desenvolvimento, Montessori entende por duas fases contíguas:

-Liberdade (de 12 a 15 anos)

Fase de configuração ou criação que Montessori associa a um “novo nascimento”. Ao longo dele, ocorrem mudanças físicas e psicológicas. Dentro deste último são sentimentos de dúvida, insegurança, explosões emocionais, etc. Segundo Montessori, o aspecto acadêmico deve respeitar o desenvolvimento social e cooperar nesse desenvolvimento.

–Adolescência (dos 15 aos 18 anos)

Esta é uma fase de consolidação e crescimento de interesses, onde se manifesta uma certa preocupação pela posição que se tem dentro do mundo adulto. Essa preocupação estará ligada à questão da responsabilidade social.

4. Maturidade (de 18 a 24 anos):

Todos os planos do desenvolvimento ou etapas anteriores concluem na maturidade. É hora de a criança entrar na sociedade adulta, manter uma estabilidade social e emocional e começar um desenvolvimento evolutivo estável.

É assim que a Pedagoga Montessori compreende o desenvolvimento das crianças, em paralelo a isso, gostaria de acrescentar que Maria Montessori propôs outra forma, além da apresentada acima, sobre os planos de desenvolvimento. Essa outra forma eu batizo como a lâmpada por causa da semelhança do desenvolvimento humano com “uma fonte que está escondida nas trevas e emerge na luz” (María Montessori, 1951).

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Extraído de despiertacultura, via Pensar Contemporâneo

Veja o vídeo que mostra a queda do topo da catedral de Notre-Dame, atingida por um incêndio

Veja o vídeo que mostra a queda do topo da catedral de Notre-Dame, atingida por um incêndio

O incêndio que atinge a catedral de Notre-Dame, em Paris (capital da França), fez com que o pináculo (o ponto mais alto da igreja histórica) caísse há alguns minutos.

A imagem causou comoção em todo o mundo.

Estima-se que nada ou muito pouco sobrará da estrutura interna da igreja gótica.

A Notre-Dame é o monumento histórico mais visitado da Europa.

Veja o minuto em que a torre caiu.

Com informações de El Pais e Globo News

Chilenos criam sacos plásticos solúveis em água e que não poluem.

Chilenos criam sacos plásticos solúveis em água e que não poluem.

Chilenos criam sacos plásticos solúveis em água e que não poluem.

Com uma mudança sutil na fórmula do plástico, que permite substituir o petróleo pela pedra calcária, um grupo de empreendedores chilenos conseguiu fabricar sacos plásticos e de tecido reutilizáveis solúveis em água e que não contaminam.

Roberto Astete e Cristian Olivares, os dois artífices deste produto, começam a fazer experimentos para fabricar um detergente biodegradável, mas acabaram encontrando a fórmula química à base de PVA (álcool polivinílico, solúvel em água) e que substitui os derivados do petróleo, responsáveis pela alta durabilidade dos plásticos que se integrou à cadeia alimentar de animais marinhos e responsáveis pela deterioração do meio ambiente.

“Nosso produto deriva de uma pedra calcária que não causa danos ao meio ambiente”, assegurou Astete, diretor-geral da empresa SoluBag, que espera comercializar seus produtos a partir de outubro no Chile, um dos primeiros países da América Latina a proibir o uso de sacos plásticos convencionais em estabelecimentos comerciais.

“É como fazer pão”, acrescenta. “Para fazer pão é preciso farinha e outros ingredientes. Nossa farinha é de álcool de polivinil e outros componentes, aprovados pela FDA (agência americana reguladora de alimentos, medicamentos, cosméticos, aparelhos médicos, produtos biológicos e derivados sanguíneos), que nos permitiu ter uma matéria-prima para fazer diferentes produtos”.

Diante de jornalistas, os dois demonstraram a solubilidade imediata de suas sacolas plásticas em água fria ou de bolsas de tecido reutilizáveis em água quente.

“O que fica na água é carbono”, assegura Astete, o que os exames médicos realizados demonstraram que “não tem nenhum efeito no corpo humano”.

Para demonstrar que a água turva resultante da dissolução é “inócua” e potável, eles bebem alguns copos.

Reciclagem doméstica

“A grande diferença entre o plástico tradicional e o nosso é que aquele vai estar entre 150 e até 500 anos no meio ambiente e o nosso demora apenas cinco minutos. A gente decide quando o destrói”, afirma Astete, antes de acrescentar que “hoje em dia a máquina recicladora pode ser a panela de casa ou a máquina de lavar”.

A fórmula encontrada permite “fazer qualquer material plástico”, razão pela qual já estão trabalhando na produção de materiais como talheres, pratos e embalagens.

Os tecidos solúveis na mesma água quente que serve, por exemplo, para preparar um chá ou um café, podem ser usados para produzir sacolas de compras reutilizáveis e produtos hospitalares como os protetores de macas, batas e gorros do pessoal médico e de pacientes que costumam ter um único uso, explica Olivares.

E quando chove, como as compras chegam em casa? Os fabricantes podem programar a temperatura à qual tanto os sacos plásticos como os de lixo se dissolvem no contato com a água.

Outra vantagem das sacos é que são antiasfixia, uma causa importante de mortalidade infantil, pois se dissolve em contato com a língua ou as lágrimas.

Com a produção maciça, que pode ser feita nas mesmas empresas que fabricam os plásticos convencionais – basta apenas alterar a fórmula -, o preço de seus produtos pode ser similar ao dos atuais, garantem.

Em um mundo onde em 2014 foram fabricadas 311 milhões de toneladas de plástico e se nada mudar, em 2050, serão produzidas 1,124 bilhão de toneladas, Astete e Olivares esperam dar ao cliente o “empoderamento de ajudar a descontaminar o meio ambiente” porque “a grande vantagem é que o usuário decide quando destruí-la”, assegura.

A iniciativa ganhou o prêmio SingularityU Chile Summit 2018 como empreendimento catalizador de mudança, o que rendeu aos inventores um estágio no Vale do Silício a partir de setembro.

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Com informações de Uol

Fonte indicada: A Soma de Todos Afetos

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