As autoridades do Quênia estão investigando uma seita que defendia o “jejum até a morte” como uma prática religiosa. Na última segunda-feira (24), a polícia confirmou que foram encontrados 58 corpos de pessoas suspeitas de integrar o grupo. O número inclui os corpos exumados e os que morreram a caminho do hospital, de acordo com o chefe da polícia Japhet Koome.
A descoberta dos corpos começou em 14 de abril, quando investigadores receberam uma denúncia sobre uma possível vala comum na floresta de Shakahola, perto da cidade costeira de Malini. No local, foram encontrados corpos de quatro membros da seita, além de 11 pessoas que foram resgatadas e hospitalizadas.
Ao longo dos últimos três dias, foram encontrados mais corpos, mas a polícia acredita que ainda há mais vítimas na mata onde a seita se reunia. Vários integrantes ainda estão escondidos na área, mas 29 pessoas já foram resgatadas, segundo Koome.
A seita era liderada por Makenzie Nthenge, que foi detido e indiciado no mês passado depois que duas crianças morreram de fome enquanto estavam sob os cuidados dos pais, que eram seguidores de Nthenge. Ele pagou uma fiança e foi liberado, mas se entregou à polícia em 15 de abril e está detido desde então. Segundo a imprensa local, seis seguidores dele também foram presos.
Os membros da seita acreditavam que o jejum até a morte era uma prática religiosa que lhes permitiria alcançar a salvação. No entanto, essa crença levou à morte de muitos de seus seguidores.
Uma mulher encontrada no último domingo (23) recusou ajuda médica e continuou a jejuar até a morte, segundo relatos. As autoridades pedem ao governo que envie tropas ao local para ajudar a resgatar outros membros da seita que ainda estão jejuando e correm risco de vida.
Com informações de R7
