“Mackinac Island, uma cidade sem carros”, por Jéssica Miwa

“Mackinac Island, uma cidade sem carros”, por Jéssica Miwa

No estilo de vida atual, ainda é difícil pra muita gente imaginar a vida sem carro, mas existe uma cidadezinha nos Estados Unidos onde nenhum veículo automotivo é permitido há 115 anos.

Quando os primeiros automóveis surgiram na região, os moradores da pacata cidade do estado de Michigan, Mackinac Island, decidiram que seria uma ótima ideia eliminar o barulho e a fumaça emitida pelos veículos. E transformaram essa ideia em lei, assinada em 6 de janeiro de 1898, que sentenciava: “O trânsito de carruagens sem cavalos está proibido nos limites da Vila de Mackinac”. Com o tempo, claro que foi necessário atualizar a resolução inicial, permitindo que as bicicletas circulassem pela cidade. E elas não só passaram a movimentar a cidade, como se tornaram o principal meio de transporte da população.

Hoje, Mackinac Island é habitada por apenas 500 pessoas, mas em alta temporada chega a abrigar até 15 mil – todas em busca de refúgio e calmaria. Uma das principais atrações turísticas é a rodovia, de quase 14 quilômetros, por onde circulam bike ou carruagem. Não há estacionamentos ou postos de gasolinas e, durante boa parte do trajeto é possível deliciar-se com a vista do litoral.

Mas isso tudo não quer dizer que os habitantes de Mackinac Island não precisam de carro em momento algum. Por motivos de segurança e para atender emergências, há poucos carros na cidade – todos da prefeitura – e não é comum vê-los circulando.

O jornalista Jeff Potter visitou a cidade e escreveu uma reportagem no periódico Bicycle Times*, na qual afirma que o ar dessa linda cidadezinha americana é mais limpo e que as doenças são menos incidentes por causa dos exercícios praticados cotidianamente por seus habitantes. Além disso, “trata-se de uma sociedade igualitária, já que todos têm o mesmo meio de transporte”.

O mais interessante dessa história é que o estado de Michigan – ao qual pertence esta cidade por onde ainda circulam carruagens – tem a indústria automobilística como uma das principais fontes da economia.

Nós também temos uma “Mackinac Island” no Brasil! A cidade de Afuá, no Pará, proibiu o trânsito de carros ou motos, como mostrou a revista National Geographic Brasil em sua edição de maio, publicada  no site do Planeta Sustentável.  Nela, o repórter André Julião contou: “Afuá provavelmente é o único município brasileiro onde carros e motos são proibidos em toda sua extensão. Isso a tornaria a única cidade livre de emissões de gases de carbono, não fosse a energia elétrica gerada da queima de óleo diesel. Não é difícil crer que, à exceção dos bebês, cada um de seus 35 mil habitantes tenha uma bike”.

Bicycle Times*

 

A tranquilidade domina os ares da cidadezinha – que parece uma viagem no tempo
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As carruagens combinam com a tranquilidade de Mackinac Island
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A ‘superlotação’ de bicicletas nem se compara com a de carros, não é mesmo?
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Mackinac Island no inverno
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Em Mackinac Island a rodovia é das bicicletas
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Em parte da rodovia, é possível observar o litoral de Michigan
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Fonte Planeta Sustentável

 

Rejeição e humilhação doem de verdade

Rejeição e humilhação doem de verdade

Só quem passa por situações de rejeição e humilhação sabe a dimensão do estrago afetivo que elas provocam. Não há como quantificar o sofrimento, pois as pessoas reagem de formas diferentes e são influenciadas por suas histórias e características pessoais.


A matéria abaixo, reproduzida do site Semema*, explica como o sofrimento ativa regiões diferentes do cérebro que são relacionadas, inclusive, com a “dor” física.
Vale conferir.
Josie Conti

Nos anos de 1970, uma pesquisa foi realizada com o intuito de descobrir qual era o pior medo que as pessoas tinham. Segundo os dados obtidos (entrevistaram 2500 pessoas), 41% das pessoas entrevistadas tinham medo de falar em público mais que qualquer outra coisa, contra 19% que temiam a morte em primeiro lugar. A enquete só comprova o que todos nós sabemos por experiência ou observação do óbvio, basta notar a dificuldade de algumas se expressarem na frente do público.

Faça um teste consigo mesmo: pense na pior experiência que você passou até hoje. Aposto que ela está agrupada no que especialistas chamam de “social pain” (traduzindo para o português: dor social) – dor por perder um ente querido, dor por ter sido deixado por alguém que você amava, dor por ter sido humilhado na frente de outras pessoas.

O que há de tão peculiar neste tipo de medo, que o coloca bem à frente mesmo que da tanatofobia (medo da morte), é o fato de a sensação de frustração do fracasso que é experimentada nas circunstâncias em que enfrentamos um público é percebida por nosso cérebro com a mesma intensidade que uma dor física, ou seja, dói ser rejeitado. Assim, enquanto você está apavorado perante uma plateia, pense num lutador de boxe sendo nocauteado: é o que o seu cérebro entende!

Uma pesquisa feita nos Estados Unidos demonstrou isso. Pessoas eram convidas a jogar um jogo, Cyberball, dentro de uma máquina de tomografia. Elas eram levadas a acreditar que estavam jogando com outros jogadores pela internet. Depois de um tempo, propositalmente, o jogador passava a ser ignorado, com o intuito de provocar nele (a cobaia) a sensação de rejeição. O computador não jogava mais a bola para o participante, excluindo-o do jogo. Após análises dos dados coletados, eles viram que a região com maior atividade do cérebro era a mesma da dor física, chamada de dACC (sigla inglesa para córtex cingulado anterior dorsal).

Mas calma, assim como há exercícios para aumentarmos a potência de nosso cérebro, há meios de proteção contra essas dores. O estudo também mostrou que os participantes que ativaram o córtex pré-frontal ventrolateral direito durante a rejeição, sentiam menos dor. Assim, quanto mais a região pré-frontal estava ativa, a dACC era menos ativado. A área antídoto é ativada, por exemplo, na contemplação artística, ouvindo música, produzindo arte em geral.

Dessa forma, quando você sofre uma decepção e se sente como se tivessem te apunhalado pelas costas, para o cérebro, foi isso mesmo que aconteceu.


Fonte mais do que indicada: Semema
(conheça mais vídeos, textos e animações deste site. A Revista Semema é uma parceira CONTi outra)

Chega de superficialidade, por Josie Conti

Chega de superficialidade, por Josie Conti

Chega de superficialidade.

Uma das primeiras coisas que aprendemos na escola é que um texto precisa ser dividido em três partes: deve começar com uma introdução, onde explique sobre o que vai falar, na sequência, o tema deve ser desenvolvido com opiniões e explanações sobre o assunto e deve terminar com uma conclusão. Entretanto, o que tenho visto em inúmeros sites e blogs que pretendem trazer material crítico é uma série de argumentos agressivos e superficiais e que, o que é pior, no final, não concluem nada.

As linhas dos textos parecem com as ruas cheias de vândalos mascarados. Percebe-se uma raiva contida que explode e é canalizada em destruição, ora com palavras, ora do patrimônio público.

Penso que a grande causa dessa falta de objetividade é a cultura da superficialidade que traz consigo o excesso de consumo e a falta de tempo. Trabalha-se demais para se ter renda suficiente para comprar e pagar os bens. A aparência dos bens é sinônimo de felicidade, logo, é necessário e cobrado socialmente que as pessoas não só os tenham, mas, aparentem estar felizes.

Artistas, casas de luxo, roupas de grife são retratados pela mídia como símbolos de felicidade. Porém, sabemos que os casamentos são curtos e o número de traições são infinitas. Na verdade, é tudo igual a gente, só que um pouco pior, pois, a vida divulgada em tempo real de maneira pública e, muitas vezes, inconsequente. É tudo parte de um show. Não tenho nada contra o show, o que questiono é o porquê de as pessoas realmente acreditarem que os famosos, por estarem na mídia ou terem (se é que têm mesmo) mais dinheiro, são mais felizes do que elas.

Outra coisa que me chama a atenção é o aumento da busca por filosofias de vida e religiões orientais. Eu não tenho a menor dúvida do valor real do budismo ou da prática do yoga, por exemplo, mas, acho absolutamente ridículo que as pessoas procurem por essas linhas por que estão na moda.

Tenho um colega que é proprietário de uma página com mais de 400 mil fãs no Facebook e que outro dia me disse: “A piada tem que ser autoexplicativa, se for preciso pensar, a postagem é um fracasso.” Acho isso muito triste.

Sou uma profunda admiradora da beleza, da arte e da estética de maneira geral. Como já disse também, respeito às religiões e suas filosofias, mas, o que me deixa indignada é que se nos focarmos apenas em um lado da coisa, perdemo-nos, não concluímos.

Como no excesso de compras, as pessoas também reproduzem o excesso de coisas banais, ideias superficiais, páginas sem conteúdo em que, ou encontramos o humor burro e apelativo, as frases de autoajuda, ou o mar de indiretas. E a verdade? E a polêmica? E o confronto que nos ajuda a construir verdadeiros argumentos e crescer como seres humanos?

Enquanto, por um lado, o número de pseudo “budistas” não para de aumentar, do outro lado resta estourar tudo com o rosto escondido para evitar a prisão.

O que é comum a ambos os lados, entretanto, é o mal-estar, a falta de sentido na vida e no que a sociedade prega como ideal.

Os textos sem final refletem o sentimento sem síntese, sem conclusão. Fotos de viagens são lindas, mas, são só fotos. Precisamos dar algum sentido a nossa passagem pelos lugares, pelas pessoas.

Sinto dizer, mas, não é mais um sapato que vai explicar isso.

Josie Conti

Lição de vida- sobre o poder da comunicação

Lição de vida- sobre o poder da comunicação

Por Luiz Gondin de A. Lins

Estava indo para Praia Vermelha, de ônibus. Pensei em como a vida se torna difícil: inflação, miséria, desemprego. E como aplicar dinheiro? Poupança? CDB? Sei lá…
É chegada a Avenida Nossa Senhora de Copacabana, o ônibus pára. Sobe uma senhora de cor, robusta, cega; sua acompanhante é um pouco mais jovem, branca, magra, muda.
Coisa estranha, nunca imaginei um par assim e fiquei fixado nas duas criaturas.
A cega falava com uma voz metálica, quase incompreensível; a muda falava através dos movimentos dos dedos da mão direita, captados pela mão esquerda da cega. E ambas riam, se entendiam, pareciam felizes.
O que para mim não chegava a ser monólogo, para elas era um diálogo maravilhoso.
E eu ali me quedei catatonicamente deslumbrado por aquela cena inusitada, jamais imaginada por mim.
O ônibus chegou à Avenida Pasteur, aproximou-se do Instituto Benjamin Costant. As duas saltaram de braços dados, numa integração admirável, felizes completas.
Cheguei a me envergonhar dos meus sentidos, por vezes mal usados, em outras não usados.
E me esqueci da miséria, da inflação, da poupança e do CDB.
Tinha acabado de aprender uma bela lição de vida.

Ps: O que eu achei bonito foi a constatação do autor sobre a própria limitação e a humildade para confessá-la…achei belo pois sempre que alguém “acorda” para algo e vê a realidade de maneira mais madura e sensível, nasce uma estrela no céu! Josie Conti

100 ANOS DE EVOLUÇÃO EM UMA DANÇA DE 100 SEGUNDOS

100 ANOS DE EVOLUÇÃO EM UMA DANÇA DE 100 SEGUNDOS

Um clipe de 100 segundos mostrando a evolução que a moda e os estilos de dança sofreram ao longo dos últimos 100 anos.

O vídeo faz parte de uma campanha da revista fashion Westfield, de Londres.

Figurino, música e edição de imagens perfeitos. Vale conferir e compartilhar!

Moonblues- lua triste (belíssima animação!)

Moonblues- lua triste (belíssima animação!)

As animações sem falas e que nos transmitem suas mensagens apenas pela sutileza das imagens são as mais ricas pois possuem uma linguagem de entendimento universal.
A lua nos observa e sabe o que faz.
Vale conferir!

Kung Fu Piano: Cello Ascends – ThePianoGuys

Kung Fu Piano: Cello Ascends – ThePianoGuys

The Piano Guys (Os Rapazes do Piano) é um grupo musical americano composto por Jon Schmidt e Steven Sharp Nelson. Eles ficaram famosos através do YouTube, onde vêm postando vídeos de arranjos e misturas de músicas populares e clássicas, acompanhados de clipes de visual profissional em lugares inusitados. Seu primeiro álbum foi lançado em dezembro de 2011.
Kung Fu Piano: Cello Ascends – ThePianoGuys
Gravado nas muralhas da China!

A amizade de Christophe Thomas e Fadjen, um touro bravo que foi salvo de corridas na Espanha.

A amizade de Christophe Thomas e Fadjen, um touro bravo que foi salvo de corridas na Espanha.

Chistophe, um jovem agricultor francês, comprou um touro que estava separado para uma corrida em Barcelona e passou a cuidar dele com carinho e respeito.
O cineasta Paul Knudsen captou estas imagens da bonita amizade que foi construída.
O vídeo é um deleite para os amantes dos animais e uma grande crítica às touradas e corridas com touros.

Felizmente as touradas*, após intensa atenção da mídia e das organizações defensoras dos animais, já são proibidas em algumas regiões da Espanha e foram proibidas em outros países.

* A Tourada, mais correctamente designada de Corrida de Touros, é um espetáculo tradicional de lide de touros bravos, tanto a pé quanto a cavalo. Os primeiros registos desta cultura remontam ao século XII, sendo que a sua expressão mais forte sempre foi na Península Ibérica (Portugal e Espanha) embora seja tambem muito comum no sul de França e em diversos países da América Latina, como o México, Colômbia, Peru, Venezuela, Equador e Costa Rica, assim como na China, Filipinas e Estados Unidos. Nos últimos anos, as touradas tem despertado um intenso debate entre seus apoiantes e críticos.
Em sentido amplo, a tauromaquia também inclui todo o desenvolvimento prévio do espetáculo, desde a criação do touro, a confecção da vestimenta dos participantes, além do desenho e publicação do cartel taurino e outras manifestações artísticas ou de caráter publicitário, que variam de acordo com os países e regiões onde a tauromaquia integra a cultura nacional.
Este ‘esporte’ é tão violento que sua exibição é proibida na TVE, a emissora estatal espanhola, e só é permitida a partir das 22:30h na emissora estatal Portuguesa RTP.

Como conseguir um irmãozinho. Excelente!!!

Como conseguir um irmãozinho. Excelente!!!

Enquanto joga sozinho no campo um menino pensa sobre o quanto seria bom ter um irmão. O resto? É só questão de estratégia!
Excelente!

Moby – The Perfect Life (Official Video)

Moby – The Perfect Life (Official Video)

Taken from Moby’s forthcoming album “Innocents”.

Available @ iTunes: http://bit.ly/18qYtJx

http://www.embassyofmusic.de
https://twitter.com/EmbassyOfMusic
http://www.embassyofsoundandmedia.com

Van Damme: não subestimem esse comercial! Final excelente!

Van Damme: não subestimem esse comercial! Final excelente!

Assistam Jean-Claude Van Damme realizar seu famoso “slit” do lado de fora de dois caminhões em pleno movimento.
Este teste ao vivo foi criado para demonstrar a precisão e estabilidade do caminhão Volvo.
Filmado na Espanha em um campo fechado-, em uma única tomada, durante o nascer do sol.

Dirigido por Andreas Nilsson
Trilha sonora de Enya: Only Time

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Haoma- prova de amor

Haoma-  prova de amor

Nem sempre correspondemos às expectativas sociais porém, em muito e muitos casos, estamos situados infinitamente além delas. Haoma é uma belíssima animação sobre a rejeição e a superação. É também uma mensagem para que observemos algo além das jóias aparentes. Josie Conti

O que se pode esperar do amor? – Flávio Gikovate

O que se pode esperar do amor? – Flávio Gikovate

As pessoas têm algumas ilusões e muito sonhos em relação ao amor sem saber exatamente o que seja ou como defini-lo.
Todo mundo anseia muito por esse encontro amoroso, como se isso fosse salvar e resolver todos os problemas da vida, o que é uma visão muito equivocada.

 


Esse blog possui a autorização de Flávio Gikovate para reprodução desse material.

Para mais informações sobre Flávio Gikovate
Site: www.flaviogikovate.com.br
Facebook: www.facebook.com/FGikovate
Twitter: www.twitter.com/flavio_gikovate
Livros: www.gikovatelojavirtual.com.br

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Cães escolhem as pessoas mais gentis para pedir comida

Cães escolhem as pessoas mais gentis para pedir comida

Bem antes de se aproximar de alguém, por debaixo da mesa, para pedir comida, os cachorros analisam minuciosamente o comportamento de todos os seres humanos presentes no local e optam pelos que têm “melhor caráter”.

A conclusão é de estudo da Universidade de Milão, que – após analisar 100 cães que vivem em lares da cidade italiana – descobriu que, antes de pedir comida, os cachorros observam os seres humanos e os classificam como “malvados” ou “generosos”. Assim, na hora que identificarem a melhor oportunidade para pedir um lanchinho, os animais vão direto nas pessoas que julgam menos avarentas, aumentando suas chances de faturar a comida.

Ainda segundo a pesquisa, na hora de observar os seres humanos, os cães valorizam mais o tom de voz dos analisados do que os gestos feitos à mesa. Será mesmo que esse julgamento é justo?

A descoberta surpreendeu os cientistas, que afirmam que sabiam que os cachorros eram animais habilidosos, mas jamais imaginaram que eles tiravam conclusões a respeito da personalidade das pessoas, apenas, pela observação.

 

Fonte: Super Interessante

Photo by Anastasiya Lobanovskaya from Pexels

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