Ter amor é não ter dono nem ser dono de ninguém

Ter amor é não ter dono nem ser dono de ninguém

De uma vez por todas, é urgente esclarecer três coisas: o amor não sobrevive às grades, gente não é animal de estimação e segurar quem quer que seja ao seu lado, a qualquer custo, não é um relacionamento amoroso. É prisão domiciliar.

Tem gente por aí achando que o amor é a mesma coisa que “posse”, aquilo que a gente tem, sim, sobre objetos e propriedades particulares. Nunca, jamais, em momento nenhum, sobre pessoas.

Para esclarecer as coisas, “posse responsável” é o que você tem, ou deveria ter, em relação a um cachorro, um gato, uma cacatua, um papagaio, uma tartaruga. Já “responsabilidade” é o que você tem, ou deveria ter, em relação a tudo na vida, incluindo gestos e atitudes, compromissos pessoais e profissionais, direitos e deveres, pessoas e até, olha eles aí de novo, animais de estimação.

Pais e mães não têm a posse de seus filhos. Têm a responsabilidade de criá-los com decência, amor, respeito, valores e essas coisas tão caras e cada vez mais raras. Maridos, esposas, namorados e namoradas não têm posse nenhuma sobre seus parceiros. Têm com eles algum tipo de responsabilidade que a cada caso se estabelece e se respeita. Tentar, ou permitir, que essa responsabilidade se transforme em posse é nada além de uma perversão, uma ação medonha, uma tara bizarra e uma doença grave.

Levando-se em conta que a escravidão há tanto tempo foi, ou deveria ter sido, oficialmente abolida, é justo afirmar: pessoa nenhuma é dona de outra. Quem desobedece essa regra básica são os criminosos que ainda praticam tráfico de gente e trabalho escravo. Se você não se encaixa nessa descrição, não pode mandar na vida de ninguém que não seja você mesmo ou, no máximo, o seu animal de estimação. E olhe lá!

Posse, infelizmente, é algo que se exerce com ou sem responsabilidade. Há proprietários responsáveis e irresponsáveis de todo jeito por aí. Donos que não cuidam direito de seus cachorros, motoristas que transformam seus veículos em armas letais, donas de casa que desperdiçam água “varrendo” a calçada com o esguicho. Tem de tudo.

O sujeito esquentadinho diante da televisão não consegue mudar o canal e faz o quê? Soca o controle remoto que, afinal, é dele. Em sua percepção estrábica, não lhe ocorre verificar as pilhas. Ele simplesmente dá cacetadas no objeto para ver se volta a funcionar. Em outro canto, alguém esquece de passar no posto de gasolina e seu carro para no meio do caminho. Ele fica possesso e descarrega sua raiva esmurrando o painel do veículo, quando deveria, pela lógica da culpabilidade, descer do carro e bater a própria cabeça contra a sarjeta.

Nessas duas situações o sentimento de posse, real ou imaginária, dá aos indivíduos em questão o direito, real ou imaginário, de agredir os objetos sob sua posse. No caso, posse irresponsável, uma vez que a posse responsável é aquela que preserva e cuida, seja de um carro que não pode andar sem gasolina, seja de um cão que precisa de afeto, cuidados, banho, tosa, visita ao veterinário e bons tratos de forma geral.

Seguindo esse raciocínio, é muito comum imaginar que um namorado equivocado, pensando ter posse sobre a “sua” namorada, se sinta no direito de socá-la quando ela não fizer o que ele quer. Afinal, ela é “dele”. E que um marido “traído” ache normal espancar a mulher tão somente porque ela não o ama mais e pretende seguir em frente sozinha. Incapaz de aceitar a separação de sua “propriedade”, ele é capaz de matá-la. Perversão suprema da sensação de posse. E acontece muito por aí.

Não, eu não estou defendendo as chamadas “relações abertas”. Estou defendendo o amor honesto, trabalhador. Amor que, vão me desculpar os inquilinos da certeza suprema, também pode acabar. E quando o amor é “de verdade” mesmo, aquele que existe para além dos contos de fadas, os amantes se amam tanto que são capazes de se deixar ir cada um para o seu lado, quando já não puderem mais trabalhar por ele.

Posse e amor são sentimentos definitivamente diversos. Pessoas que se amam podem até possuir juntas uma série de coisas: carro, casa, dinheiro, lembranças. Nunca uma a outra. Porque pessoas não são coisas. São pessoas. E pessoas com amor e vergonha na cara não têm dono. Nem se acham donas de ninguém.

8 felicidades que só quem é leitor conhece

8 felicidades que só quem é leitor conhece

Por Márcia Lira, do blog -1 na estante

Engraçado que ser leitor em 2016 seja algo tão diferente do que era ser leitor há uns 100 anos. A leitura era uma das poucas formas de entretenimento: não tinha internet, videogame, não tinha TV, muito menos Netflix, viajar era mais complicado. É claro que sempre foi uma opção e muita gente não gostava de ler, mesmo quando sobrava tempo e faltavam atividades. Mas quem escolhe ser leitor hoje em dia é realmente porque ama os livros.

Na verdade, a gente até luta pra ser leitor, a gente tá na contramão das pessoas. Iria até mais longe. Diria que ler hoje é um ato de militância. A gente que sabe o poder transformador da leitura e nos sentimos na responsabilidade de não deixar esse hábito se perder, de militar por ele. Pelo menos eu me sinto assim. Você também?

E isso inclui falar de livros, postar sobre livros, comentar as leituras, indicar autores aos amigos que nunca mais leram nada até eles se encantarem com algum.

É, meus queridos, estamos juntos nesta empreitada maravilhosa. Então, Parabéns pra você e pra mim.

Abaixo fica a minha homenagem: 8 felicidades que só quem é leitor conhece.

1. Saborear o fato de ter várias opções de livros incríveis pra ler.

2. E não conseguir lidar com a necessidade de escolher um.

3. A experiência estonteante de ler numa viagem. Ou seja, viajar viajando.

4. A ansiedade de abrir o pacote do livro que chegou (mesmo quando você mesmo comprou e já sabe qual é).

5. Encontrar uma frase que diz tanto sobre a sua vida.

6. Aprender algo novo lendo.

7. Seus sentimentos à flor da pele com uma simples leitura.

8. Ser amado por um livro.

Todos gifs via GIPHY

Fonte indicada: -1 na estante

A imagem de capa dou uma homenagem ao filme “O leitor”.

Em Portugal, existe um banco onde a moeda não é o dinheiro e sim o tempo

Em Portugal, existe um banco onde a moeda não é o dinheiro e sim o tempo

Banco do Tempo funciona como um sistema de troca de ações solidárias. A instituição troca o dinheiro pelo tempo para que as pessoas possam fazer serviços umas para as outras.

Cada membro oferece e recebe um serviço. Por exemplo, tratando-se de um médico, ele pode oferecer uma consulta a quem não tem condições de pagar pelo serviço e, depois, receber um serviço em troca de outro membro.

“Através das trocas e dos encontros, o Banco de Tempo enriquece o mundo relacional das pessoas que nele participam, joga um papel importante na recuperação, em novos moldes, da solidariedade entre vizinhos e no combate à solidão; favorece a colaboração entre pessoas de diferentes gerações, proveniências e condições sociais. Contribui também para o desenvolvimento e partilha de talentos e facilita o acesso a serviços que dificilmente poderiam ser obtidos, dado o seu valor de mercado. O Banco de Tempo suscita questionamentos e incentiva mudanças no modo como vivemos em sociedade”, diz o site do banco.

O serviço é pago com um “cheque do tempo”. Quem prestou o serviço deposita o cheque, que é creditado em sua conta, e pode a partir daí obter serviços oferecidos pelos outros membros do banco.

Cada hora de trabalho prestada por um membro equivale a uma hora de serviço qualquer que ele precise no futuro. O bacana é que todas as horas têm o mesmo valor, independente do serviço oferecido. Uma economia solidária e justa.

Atualmente, o Banco do Tempo possui 28 agências espalhadas por várias cidades portuguesas. Entenda mais:

por , via Razões Para Acreditar

Via: QGA

Quem nunca precisou, pelo menos uma vez na vida, lavar a alma?

Quem nunca precisou, pelo menos uma vez na vida, lavar a alma?

Quem nunca precisou, pelo menos uma vez na vida, lavar a alma?

Quem nunca sentiu uma necessidade iminente de dar uma guinada, chutar o pau da barraca, fazer as malas, colocar a casa de cabeça pra baixo?

Quem nunca precisou dar um grande passo, às vezes até maior do que a perna, para iniciar uma fase de mudança que já não podia mais ser evitada?

Quem nunca levantou a poeira, desestabilizou sentimentos velhos que estavam incrustrados nas paredes do coração, fez uma faxina geral, olhou nos olhos de uma dor, de uma história mal vivida, mal resolvida, separou o que vai para a rua, o que vai para o lixo reciclado e o que realmente fica?

Quem nunca resolveu doar para a campanha do agasalho sentimentos que estavam jogados no armário?

Para mim, lavar a alma significa ter a consciência e a coragem de se desapegar de sentimentos que às vezes até são fortes e intensos, mas estão há tempos estagnados, causando mais angustias do que alegrias, trazendo mais problemas do que soluções, criando desconforto, frustração e atolando nosso coração de tal forma que impedem a entrada de novas luzes e energias mais leves e mais prósperas.

Pode ser que para lavar a alma você precise de um ombro amigo, de um pacote de lenços de papel, de uma chuva ou uma cerveja gelada, de uma conversa franca consigo mesma, de uma viagem longa de ônibus, de viver uma outra paixão (não necessariamente com uma pessoa).

Pode ser que você precise de uma caneta e um papel, uma barraca de camping, de uma cachoeira, um feriado prolongado e muitas horas de sono, uma rotina de caminhada, uma nova empreitada, uma repaginada no visual.

Pode ser que você precise aprender novos conceitos, aceitar que a solidão também é boa e bonita, que nunca é tarde para recomeços, pode ser que você se lembre daquele velho sonho de vida e finalmente comece a brincar com ele.

Pode ser que lavar a alma demande paciência, não é de um dia para o outro que nosso corpo se desimpregna daquilo que nosso pensamento considerava tão forte e vital. Pode ser que você tenha crises de abstinências e recaídas e que precise se perdoar muitas vezes, mas também ter vontade de seguir em frente.

Pode ser que para lavar a alma você precise ouvir mais a sua intuição do que as verdades do mundo.

Mas, tenho certeza, que uma bela lavada na alma descortina realidades mais bonitas.

E quando, finalmente, você estiver com a alma limpinha em folha, espero que não tenha medo de se sujar, espero que tenha vontade de se abrir para o que a vida oferece, e entre na dança de novo. Espero que entenda que tudo o que aparece no nosso caminho é bom, serve para o nosso crescimento ou para a nossa satisfação.

E aí, eu só digo o que cantou o mestre Vinícius de Moraes:

‘É meu amigo, só resta uma certeza é preciso acabar com essa tristeza, é preciso inventar de novo o amor.’

 

 

 

 

Asilo oferece moradia de graça para estudantes que passam tempo com os idosos do local

Asilo oferece moradia de graça para estudantes que passam tempo com os idosos do local

Por WILLIAN BINDER

Para que eles consigam moradia de graça, os estudantes precisam passar 30 horas por mês com os residentes do local. As atividades variam de ajudar no preparo de refeições, fazer compras para (ou com) os idosos e ajuda-los a mexer em computadores.

A ideia genial que atende duas necessidades ao mesmo tempo foi liderada pelo CEO Gea Sijpkes. Agora organizações do mundo inteiro, principalmente da Europa, tem adotado um modelo parecido.

A regra é uma só: passar algumas horas com os idosos do asilo

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Fonte: mymodernmet.com

Eles precisam dedicar 30 horas do mês com alguma atividade da organização. Apenas uma horinha por dia…

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Fonte: mymodernmet.com

“É importante não isolar os idosos do mundo exterior”, diz Gea Sijpkes, CEO da Humanitas

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Fonte: mymodernmet.com

“Quando você tem 96 anos de idade e um problema no joelho, bem, o joelho não vai ficar melhor…”

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Fonte: mymodernmet.com

“…então o que podemos fazer é criar um ambiente que faça você esquecer as dores no joelho”.

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Fonte: mymodernmet.com

Você pode conhecer mais sobre o projeto da Humanitas através do Facebook eTwitter. Eles também têm um site: humanitas.nl.

Eu achei a iniciativa fantástica. Aliás, isso me lembrou da proposta de aprender outra língua conversando com idosos de outros países.

Fonte indicada: Awebic

Ter um filho é assumir a responsabilidade por uma vida por toda a vida

Ter um filho é assumir a responsabilidade por uma vida por toda a vida

Não há dúvidas de que somos expostos, ao longo da vida, a inúmeras situações sobre as quais temos pouco ou nenhum controle; ter filhos não é uma delas, de jeito nenhum. A despeito do que preconizam filosofias espiritualistas sobre termos o poder de escolher quem serão nossos pais e familiares, na prática, inauguramos nossa história no mundo por meio da união entre duas pessoas que resolveram ampliar o número da espécie humana sobre a superfície do planeta. Ainda que a nova vida venha por meio de uma inseminação artificial, ou de uma “produção independente” houve a intenção e o envolvimento de dois seres para dar origem a essa vida. E é isso!

Seguindo essa linha de raciocínio – que não pretende anular nenhuma outra – saímos do útero materno para um ambiente absolutamente desconhecido, barulhento e cheio de estímulos tão espetaculares quanto assustadores. Salvos pelo instinto de sobrevivência, sorvemos com avidez o seio materno, por meio do qual temos a belíssima oportunidade de saciar, não apenas a fome e sede orgânicas, mas também – e talvez principalmente – a necessidade de abrigo e conforto afetivos. É no contato direto com a mãe que conseguimos somar à nossa inata curiosidade humana, uma maravilhosa rede de proteção emocional que nos prove para tomar parte dessa arriscada experiência que é viver.

Tudo estaria perfeitamente resolvido, caso aqueles que vieram antes de nós, não vivessem tentando subverter a ordem natural das coisas. Há quem não entenda o quanto é vital para um ser humano recém-nascido ser alimentado ao seio de sua mãe; ter respeitadas suas dificuldades de adaptação ao mundo externo; ter acolhidas suas necessidades físicas, de desenvolvimento intelectual e emocional. Há quem opte por ter filhos a fim de cumprir um estranho ritual criado pela sociedade, de acordo com o qual, gerar uma vida é parte de uma espécie de lista de tarefas da qual temos de dar conta, sob a ameaça de parecermos pouco adequados ou malsucedidos.

A realidade é que em pleno século XXI, com inúmeras maneiras de evitar uma gravidez indesejada, ainda há crianças nascendo “sem querer”. Há vidas humanas sendo trazidas ao mundo sem que tenham sido planejadas, queridas e desejadas. Há inúmeras pessoas dando à luz bebês de carne, osso e tudo o mais, sonhando em levar para casa bonecos ou bonecas bonitinhos e perfeitinhos. Essas pessoas parecem ficar surpresas ao constatar que suas crias dependerão delas por um longo período de tempo. Parecem totalmente despreparados para noites insones, montanhas de fraldas sujas e uma maratona de cuidados que precisam ser incluídos em suas rotinas.

Ora, se é verdade que há experiências inevitáveis e intransferíveis nesta vida, ter filhos não é uma delas. Ter filhos é um compromisso que se firma com alguém que ainda não existe; é assumir a responsabilidade por uma vida para sempre; é entender o real significado da palavra renúncia; é estar disposto a conhecer na carne e na alma o real significado de amor incondicional.

Esse bebezinho encantador embrulhado em roupinhas cheirosas e coloridas, não será um bebezinho para sempre. Ele vai passar por inúmeros desafios, por experiências maravilhosas e descobertas de tirar o fôlego; vai sentir medo; vai ter um milhão de perguntas para fazer; vai achar que já tem todas as respostas; vai se machucar; vai errar muitas e muitas vezes; vai precisar de uma mistura equilibrada de afeto, atenção, interesse genuíno e autoridade; vai precisar de amor afetivo e amor material também; vai adoecer; vai necessitar de uma estrutura familiar que pode vir de uma única pessoa – essa não é a questão – desde que essa única pessoa tenha realmente escolhido a responsabilidade de trazer a esse mundo maluco uma nova vida.

Quem fez a escolha de ter filhos, precisa aprender a enxergar a dimensão da missão espiritual que abraçou! Educar é muito mais do que ensinar boas maneiras! É muito mais do que garantir uma boa formação acadêmica; festas de aniversário; presentes; roupinhas descoladas e quartos que mais parecem uma loja de brinquedos. Educar é estar preparado para o fato de que há crianças que já manifestam comportamentos distorcidos desde muito pequenos; e, se esse for o caso, elas precisarão ainda mais da presença inteira dos pais. E de nada adiantará transferir a responsabilidade, alegando que a culpa é da televisão; que foi influência das “más companhias”; que ele só pode ter aprendido isso na escola, pois em casa ele é um amor… Enfim, filhos dão trabalho, muito trabalho, isso é inquestionável! Mas, foram uma escolha! E uma vez feita essa escolha, é indispensável observar; prover; orientar; ser firme e amoroso! O resultado? É poder orgulhar-se de ter cumprido uma das mais difíceis missões que um ser humano pode abraçar nessa vida: ser responsável por fazer a espécie humana valer a pena!

O Tempo do Amor

O Tempo do Amor

Hoje vou deixar a porta aberta.

Não quero trancas entre nós. Hoje eu vou esperar por você. Vou ignorar a previsão da mulher do tempo, na qual ela afirmou que ele não estaria para o amor e vou simplesmente acreditar em nós.

Vou vestir meu sorriso mais bonito e vou te dar de presente meu abraço mais carinhoso.

Vou dizer pra mim mesma que o relógio não sabe o que diz quando cisma em emperrar os ponteiros atrasando a sua chegada.

E quando você chegar, não faça cerimônia. Peço apenas que tire os sapatos ao adentrar meu coração. Peço apenas que deixe lá fora todas as tristezas e asperezas da vida, que deixe lá fora as memórias do que não deu certo e traga na mala o seu semblante mais bonito, suas vontades mais sinceras e o seu amor mais desejoso.

Quando entrar acende todas as luzes e me faz lembrar que a escuridão da noite guarda a luz de um amanhã possível.  Quando entrar entende que no silêncio dessas horas escuras eu estou enrolando o tempo a esperar por você.

Então vem e deita ao meu lado, me conta todas as suas mais lindas histórias. Vem e me diz de você, de tudo que guardou em segredo do mundo. Vem e se revela em mim, me sorri carinhoso, me acolhe em seus braços e me aquece com a ternura dos beijos seus.

Divide comigo os seus sonhos e me faz sonhar a vida ao lado seu.

Mas não demora amor, não demora que hoje eu quero você aqui. Quero você inteiro, quero nossos corpos juntos e nossas cabeças no mesmo travesseiro.

Quero dizer ao mundo que a mulher do tempo é uma falácia, que ela nada entende do tempo que pulsa nos corações, que ela não sabe do arco-íris que nasce quando a gente se toca e acredita, contrariando tudo que nos dizem, que o tempo está sim para o amor.

Acompanhe a autora no Facebook pela sua comunidade Vanelli Doratioto – Alcova Moderna.

Sua maior prova de amor é deixar ir

Sua maior prova de amor é deixar ir

“Eu nunca te amei, idiota”. Foi o que eu disse para te deixar partir. Se você soubesse, em algum momento, o quanto o amor que eu lhe tinha ainda era latente, teria ficado. E sido infeliz ao meu lado com um largo sorriso no rosto. Seu lugar era o mundo. O pouso, qualquer que fosse, seria o seu fim.

Se o teu sorriso me dá todas as respostas que sempre procurei, mas a tua vida ideal não está ao meu lado, convém que você vá; se os teus olhos pequenos ainda são os que vejo quando fecho os meus, e se o teu sorriso tímido ainda faz com que minha alma saia do corpo e viaje por outras dimensões, mas eu não me julgo capaz de te fazer feliz, então abrir a porta é a coisa mais decente que eu posso fazer.

Desculpe se precisei te magoar. Dizer que o meu amor nunca foi teu, quando sempre foi e ainda é. Desculpe se precisei fechar na sua cara as portas da minha vida para que você visse que ainda há tanta vida lá fora – uma vida que ainda te fará sorrir quando eu estiver em crise.

Eu sempre te disse que não sou boa. E não seria boa pra você. Eu te contei da minha indecisão, da minha instabilidade irritante e do meu desequilíbrio eventual. Eu sempre te disse que eu não sou boa, e você quis ficar – talvez por amor ou (mais provavelmente) pela teimosia irracional de quem precisa pagar pra ver. Eu não quero que você pague pra ver porque, meu bem, o preço é alto.

Se fosse um outro qualquer, eu juro que deixaria. Sem aviso, inclusive. “Cada um se ocupa com suas próprias feridas”, e, no fundo, eu nunca me importei tanto. Mas você – essa pessoa tão linda que é você – não merece os meus desamores coloridos de carinho.

Você sofrerá, como todo mundo na vida, mas não por mim. Talvez pelo meu adeus, mas passa logo. E quando passar, o sol brilhará de novo e você estará livre. E tem prova de amor mais genuína do que a liberdade embalada para presente?

Não cabe na minha vida um amor tão puro quanto o teu. Não agora, no meio de toda essa confusão. Mas há milhares de outras vidas que cabem na tua. Boa sorte, amor. O mundo é teu.

Por Nathalí Macedo

Fonte indicada: Entenda os Homens

10 sinais de Alzheimer que muitos ignoram (e como se proteger)

10 sinais de Alzheimer que muitos ignoram (e como se proteger)

O Mal de Alzheimer se desenvolve lentamente e, por isso, muitas famílias acabam não sabendo se o problema de esquecimento é resultado da doença ou é apenas a velhice.

Deborah Halpern, pertencente a uma entidade de cuidadores em Kensington, Maryland, nos Estados Unidos, faz a seguinte comparação:

“Uma pessoa bastante idosa pode esquecer frequentemente onde deixou as chaves.
Mas alguém que sofre com Alzheimer, quando encontra o que está perdido, não faz ideia do que se trata”.
Quer que a gente esclareça melhor?

Veja os sinais de alerta para a doença:

1. Perda de memória: esquecer ocasionalmente nomes é normal, mas quem tem Alzheimer esquece cada vez mais coisas ao longo do tempo.
2. Dificuldade em realizar tarefas do cotidiano.

3. Problemas com a linguagem: o vocabulário fica cada vez mais curto e difícil de compreender.

4. Sensação de que está perdido e sozinho, mesmo em meio à família.

5. Comportamentos estranhos, como sair de casa com roupas íntimas.

6. Passividade: quem sofre de Alzheimer tende a esquecer as coisas que gostava de fazer e acaba ficando muito tempo sentado em frente à televisão.

7. Problemas de raciocínio para executar simples tarefas, como usar um cartão de crédito ou preencher uma folha de cheque.
8. Perda do senso, como colocar as chaves no congelador.
9. Mudança repentina de humor, indo da calma à fúria sem nenhum motivo.
10. Tristeza cada vez maior.
Quer saber como podemos prevenir esse mal?
A melhor coisa a se fazer é estimular a mente.
Jogos como xadrez e palavras-cruzadas ajudam
contioutra.com - 10 sinais de Alzheimer que muitos ignoram (e como se proteger)
Ah, se você não sabe, há uma estreita relação entre o cérebro e a saúde do coração.

Ou seja, à medida que se aumenta o risco de doença cardiovascular, também se aumenta o risco de Alzheimer.

Portanto, tudo o que diminui o risco de problemas cardíacos, também previne a doença do esquecimento.

Veja o que você deve evitar para ficar mais protegido:

1. Fumo: os fumantes têm o dobro de chances de desenvolver Alzheimer.
2. Colesterol ruim alto, que dificulta a circulação em todo o corpo.
3. Pressão arterial elevada
4. Obesidade
5. Diabetes
6. Gordura de origem animal em excesso
7. Bebida alcoólica em excesso
Há algumas medidas que podemos tomar para reforçar a proteção contra a doença:
– Exercício físico
– Dieta baseada em frutas e legumes
– Consumo adequado de antioxidantes como ômega 3 e vitaminas C e E.
Fonte indicada: A cura pela natureza

O perigo de aceitar como normal aquilo que nos causa sofrimento

O perigo de aceitar como normal aquilo que nos causa sofrimento

O medo do sofrimento

Todos nós temos medo de sofrer acontecimentos “traumáticos” na vida. E muitas vezes, esse medo direciona a nossa vida para bem longe dos conflitos.

E assim, à medida que tentamos evitar situações estressantes, que podem nos causar sofrimento (acidente, doença, divórcio, brigas, perdas, conflitos ou situações de guerra), ocorrem em nosso ambiente outras situações que parecem mais tranquilas.

No entanto, diversos estudos sobre o estresse e seus impactos na vida diária (Sandin e Choroit, 1991), demonstram que são os pequenos estresses do dia a dia que causam um maior número de problemas mentais.

“Não era a profundidade o que me afogava, mas o tempo que passei debaixo d’água”.
– Frida Kahlo –

Quais são os problemas que nos afetam diariamente?

Existem muitas rotinas diárias em nossa vida que podem estar afetando nossa saúde física e emocional.

As rotinas diárias são aceitas pelo compromisso social, pelo hábito, necessidade, medo da mudança ou obrigação. Na maioria das vezes isso acontece inconscientemente.

Citamos aqui alguns fatores que, com o passar do tempo, podem nos afetar. Se você lida com eles, é conveniente fazer uma mudança ou colocar um ponto final.

– Atitudes superprotetoras.

– Ciúmes do parceiro.

– Conflitos no trabalho, no casamento, com familiares ou amigos.

– Problemas de comunicação com os demais.

– Brigas e gritos que não o deixam descansar.

– Isenção de responsabilidades.

– Acúmulo de tarefas.

Não se esqueça de que, dependendo da pessoa, a situação pode ser mais ou menos estressante.

contioutra.com - O perigo de aceitar como normal aquilo que nos causa sofrimento

Reflita: até que ponto isto que aceito como normal está me prejudicando como pessoa?

 

É correto permitir que meu espaço seja desrespeitado continuamente? Qual é o limite e como lidar com tudo o que me desagrada?

As consequências dos pequenos estresses diários

Esses pequenos problemas muitas vezes passam despercebidos até que se manifestam de forma mais evidente.

Sentimos impotência e culpa por percebermos que muitas dessas coisas desagradáveis já nos fizeram bem. Esse sentimento é normal quando tentamos enfrentar e acabar com um problema; muitas coisas mudam e outras permanecem estáveis.

O importante é perceber que o nosso ambiente é favorável a nós, e não hostil.

Isto não tem nada a ver com a sua capacidade de sacrifício, luta e entrega. É uma questão de inteligência emocional.

É difícil remar forte e por muito tempo, por isso tente encontrar um ambiente favorável para você e não um ambiente que complique mais a sua vida.

Do contrário, esse sentimento de impotência frente aos estressores vai se tornar crônico, nos tornaremos mal humorados e não conseguiremos realizar mudanças produtivas em nossa vida.

Nossas rotinas diárias serão prisões para nossos sentidos e desejos, e até a depressão pode aparecer como consequência desses pequenos “problemas diários”.

Portanto, faça uma pausa, tente encontrar momentos de descanso e relaxamento para recuperar as forças e seguir em frente.

Relaxar nos ajuda a renovar, a voltar  com mais energia e com os pensamentos e as ideias mais claras.

Cuide da sua rotina,

cuide do seu dia a dia,

cuide de você.

Texto original em espanhol de Cristina Roda Rivera.

Fonte indicada: A Mente é Maravilhosa

10 filmes existenciais que você precisa assistir

10 filmes existenciais que você precisa assistir

Por Philippe Torres, via Cineplot

O existencialismo é uma escola filosófica que partilha a crença em que o pensamento filosófico está diretamente ligado ao sujeito humano, não apenas pensante, mas sua vivência como indivíduo. Logo, a busca pela essência que da sentido a existência do Ser é estudada na corrente em questão. “A existência precede a essência” – Jean Paul Sartre. A existência é o nada, nossa condição como tal é parte dos nossos encontros com o mundo que formarão nosso consciente. Vejamos alguns filmes que buscarão essa essência, o sentido existencial:

– O Espelho

 
contioutra.com - 10 filmes existenciais que você precisa assistirDireção: Andrei Tarkovsky
Ano: 1975
País: Rússia
Um homem em seus últimos dias de vida relembra o passado. Entre as memórias pessoais da infância e adolescência, da mãe, da Segunda Guerra Mundial e de um doloroso divórcio, estão também momentos que contam a história da Rússia numa mistura de flashbacks, tomadas históricas e poesia original.

– A Vaca

 
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Direção: Dariush Mehrjui
Ano: 1969
País: Irã
 
Baseado em peça de Gholam-Hossein Saedi, que também contribuiu no roteiro. A Vaca é a história de Masht Hassan, orgulhoso proprietário da única vaca existente em uma aldeia pobre. Um dia, quando ele viaja a negócios, a vaca morre inesperadamente. Ao invéz de contar a verdade, os outros aldeões decidem dizer que o animal simplesmente se perdeu. Com tanto de sua identidade e de seu status relacionados à vaca, Hassan fica cada vez mais obcecado com a busca, ao ponto de enlouquecer. Financiado grande parte pelo governo do Xá, as imagens do filme do interior do Irã e da pobreza deixaram tão ultrajados os produtores que eles obrigaram os cineastas a colocar uma observação de que os eventos retratados haviam ocorridos muito antes do atual regime.
 

– Alice nas Cidades

 
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Direção: Wim Wenders
Ano: 1974
País: Alemanha
O jornalista alemão Philip Winter adquire a fobia de bloqueio de escritor ao tentar escrever um artigo sobre os Estados Unidos e, então, decide retornar à Alemanha. Ao registrar o vôo, encontra-se com uma mulher alemã e sua filha Alice, de nove anos, assim começando uma longa e duradoura amizade.
 

– Dupla Vida de Verónique

 
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Direção: Krzysztof Kieslowski
Ano: 1991
País: Polônia
O filme abre com a história de Veronika, uma jovem polonesa com um talento absurdo para a música erudita. Sua voz é incomparável. Após conseguir entrar em uma escola de música, Veronika se apresenta pela primeira vez e morre, com um ataque cardíaco. Veronique é uma jovem francesa com um grande talento musical. Sua vida seguia bem até que ela sente como se estivesse só. Perde o interesse na música e acaba se relacionando um manipulador de fantoches, Alexandre Fabbri, que a conduz para uma espécie de conto da vida real.
A história é bastante simples: duas jovens, de mesma idade, que não se conhecem, que moram em países diferentes e que têm o mesmo gosto musical, mas que possuem uma ligação metafísica inexplicável. A simplicidade da trama é trabalhada pela direção magnífica de Kieslowski, que conta essa fábula através de imagens, sons, cores e gestos fabulosos.
 

– Sétimo Selo

 
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Direção: Ingmar Bergman
Ano: 1957
País: Suécia
Após dez anos, um cavaleiro (Max Von Sydow) retorna das Cruzadas e encontra o país devastado pela peste negra. Sua fé em Deus é sensivelmente abalada e enquanto reflete sobre o significado da vida, a Morte (Bengt Ekerot) surge à sua frente querendo levá-lo, pois chegou sua hora. Objetivando ganhar tempo, convida-a para um jogo de xadrez que decidirá se ele parte com a Morte ou não. Tudo depende da sua vitória no jogo e a Morte concorda com o desafio, já que não perde nunca.

– Blade Runner: O Caçador de Andróides

 
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Direção: Ridley Scott
Ano: 1982
País: E.U.A
 
No início do século XXI, uma grande corporação desenvolve um robô que é mais forte e ágil que o ser humano e se equiparando em inteligência. São conhecidos como replicantes e utilizados como escravos na colonização e exploração de outros planetas. Mas, quando um grupo dos robôs mais evoluídos provoca um motim, em uma colônia fora da Terra, este incidente faz os replicantes serem considerados ilegais na Terra, sob pena de morte. A partir de então, policiais de um esquadrão de elite, conhecidos como Blade Runner, têm ordem de atirar para matar em replicantes encontrados na Terra, mas tal ato não é chamado de execução e sim de remoção. Até que, em novembro de 2019, em Los Angeles, quando cinco replicantes chegam à Terra, um ex-Blade Runner (Harrison Ford) é encarregado de caçá-los.

– Sob a Pele

 
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Direção: Jonathan Glazer
Ano: 2013
País: E.U.A
Uma mulher misteriosa (Scarlett Johansson) seduz homens solitários na calada da noite, na Escócia, e com isso iniciará um processo de auto-descoberta.
 

– Viver

 
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Direção: Akira Kurosawa
Ano: 1952
País: Japão
Burocrata de longa data, que não liga para nada que não o interessa, descobre que está com câncer. Decide, então, construir um playground em seu bairro, tentando descobrir um sentido para sua vida.
 

– Frances Ha

 
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Direção: Noah Baumbach
Ano: 2013
País: E.U.A
Frances (Greta Gerwig) é a ambiciosa aprendiz de uma companhia de dança, que tem que se contentar com muito menos sucesso e reconhecimento do que ela gostaria. Mesmo assim, ela encara a vida de maneira leve e otimista. Esta fábula moderna explora temas como a juventude, a amizade, a luta de classes e o fracasso.

– Uma Galinha no Vento

 
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Direção: Yasujiro Ozu
Ano: 1948
País: Japão
Uma Galinha no Vento conta a estória de Tokiko Amamiya, uma jovem dona-de-casa, que se prostituiu para poder pagar o tratamento médico do filho, que adoeceu. O marido de Tokiko descobre, e a partir daí começam os conflitos entre o casal.
Fonte indicada: Cineplot

Se arrependimento matasse

Se arrependimento matasse

“Não posso desfazer a história e tampouco apagar os erros. A única coisa possível é continuar apontado o lápis para escrever o restante que ainda falta.”

(Ita Portugal)

A verdade é que se arrependimento matasse mesmo eu já estaria morta, junto de toda a humanidade. Acho impossível encontrar quem nunca tenha se arrependido. Hoje trago a vocês uma das mais complexas reflexões da existência humana: o arrependimento.

Uma das formas mais concretas de exemplificar e entender como e porque nos arrependemos é observar fotos antigas. Quando olhamos para uma foto tirada há alguns anos e nos deparamos com as roupas que usávamos ou com o corte dos nossos cabelos, a pergunta mais comum que se faz é: “Como eu pude usar isso”?

Nas situações de arrependimento funciona da mesma forma e as perguntas a nós mesmos são: “Como eu pude agir assim”?

A resposta é uma só: Não importa! Naquele momento aquilo fez sentido – por mais estranho que pareça; e se só agora você percebe que não faria aquilo de novo, é porque você mudou, evoluiu, aprendeu.

A aprendizagem acontece quando tomamos consciência de que houve algo de inadequado na forma como nos comportamos e de que poderíamos ter agido de maneira diferente. Para todo comportamento há uma consequência e o arrependimento nasce quando observamos que as consequências dos nossos atos foram ou se tornaram negativas.

Uma das melhores formas de não sofrer é aceitar. A aceitação neutraliza a força danosa do arrependimento. Tudo na vida pode ser aprendizado, é só querer.  Construímos o livro da nossa história não somente com capítulos bonitos e perfeitos. É muito fácil perceber que poderíamos ter agido de forma diferente depois que tudo deu errado, porém, algumas pessoas sofrem em demasia por se arrependerem e acabam adoecendo e não conseguindo seguir – seria o mesmo que perder noites de sono por ter um dia tido a coragem de usar uma roupa ou um cabelo muito bregas, por ter “pago um mico” numa festa, por não ter aceitado uma proposta de emprego ou mesmo por ter namorado alguém de quem hoje você não chegaria nem perto. Como dizem por aí: “quem nunca?” Lembre-se, naquele momento fez sentido.

Vamos entender algumas regras básicas do jogo da vida que vão nos ajudar a superar os arrependimentos:

Viver é arriscar-se.

Arriscar-se poderá dar certo ou não.

Se der errado você terá que aceitar e seguir mesmo assim.

Ao longo do caminho, você acumulará erros e acertos.

Os acertos vão te dar prazer e os erros vão ser o seu aprendizado.

Quanto mais se aprende, menos se erra.

Não paramos de errar nunca.

Só existe uma receita para lidar com o arrependimento e seguir a vida, e essa receita é: perdoar-se! Mais importante do que a perdão do outro, é o perdão que vem de nós mesmos, porque quem não se perdoa não acredita e nem entende que o outro o perdoou. É muito comum utilizarmo-nos do mecanismo da negação para não enfrentar certas realidades, muitas vezes o medo de olhar e se arrepender impede de seguir. O arrependimento se torna um problema quando não conseguimos ultrapassar a barreira do perdão e chegar ao aprendizado e à aceitação – quando “encalhamos” no caminho. Na grande maioria das vezes, tentamos em vão voltar para consertar o erro, ou nos negamos aceitá-lo. Nada disso adianta, então: andemos!

“Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim…” Adriana Britto

“Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim…” Adriana Britto
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Certezas

Não quero alguém que morra de amor por mim…
Só preciso de alguém que viva por mim, que queira estar junto de mim, me abraçando.
Não exijo que esse alguém me ame como eu o amo,
quero apenas que me ame, não me importando com que intensidade.
Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim…
Nem que eu faça a falta que elas me fazem, o importante pra mim é saber que eu, em algum momento, fui insubstituível…
E que esse momento será inesquecível..
Só quero que meu sentimento seja valorizado.
Quero sempre poder ter um sorriso estampando em meu rosto, mesmo quando a situação não for muito alegre…
E que esse meu sorriso consiga transmitir paz para os que estiverem ao meu redor.
Quero poder fechar meus olhos e imaginar alguém…
e poder ter a absoluta certeza de que esse alguém também pensa em mim quando fecha os olhos,
que faço falta quando não estou por perto.
Queria ter a certeza de que apesar de minhas renúncias e loucuras,
alguém me valoriza pelo que sou, não pelo que tenho…
Que me veja como um ser humano completo, que abusa demais dos bons
sentimentos que a vida lhe proporciona, que dê valor ao que realmente
importa, que é meu sentimento… e não brinque com ele.
E que esse alguém me peça para que eu nunca mude, para que eu nunca
cresça, para que eu seja sempre eu mesmo.
Não quero brigar com o mundo, mas se um dia isso acontecer, quero ter
forças suficientes para mostrar a ele que o amor existe…
Que ele é superior ao ódio e ao rancor, e que não existe vitória sem humildade e paz.
Quero poder acreditar que mesmo se hoje eu fracassar, amanhã será outro dia,
e se eu não desistir dos meus sonhos e propósitos,
talvez obterei êxito e serei plenamente feliz.
Que eu nunca deixe minha esperança ser abalada por palavras pessimistas…
Que a esperança nunca me pareça um “não” que a gente teima em maquiá-lo de verde e entendê-lo como “sim”.
Quero poder ter a liberdade de dizer o que sinto a uma pessoa, de poder
dizer a alguém o quanto ele é especial e importante pra mim,
sem ter de me preocupar com terceiros…
Sem correr o risco de ferir uma ou mais pessoas com esse sentimento.
Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão…
Que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades e às pessoas,
que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim…
e que valeu a pena.

Adriana Britto

Nota: Texto publicado inicialmente de forma anônima, sendo muitas vezes erroneamente atribuído a Mário Quintana. Também surge com o título “Não Quero”.

Grandes mulheres da literatura em 14 filmes especiais

Grandes mulheres da literatura em 14 filmes especiais

Histórias reais quase sempre emocionam e quando elas dizem de escritoras e poetisas, as quais admiramos, parece que o fascínio se torna ainda maior. Em comum nessa lista de 14 filmes biográficos estão grandes mulheres que com poesia e prosa mudaram o mundo.

Cada filme, com sua peculiaridade, é capaz de despertar em nós interesse, fascinação e até mesmo desapontamento, pois como leitores não cansamos de idealizar aquelas que um dia nos sussurraram aos ouvidos as mais belas palavras. Espero que gostem da seleção!

1. As Irmãs Brontë / De André Techiné, França, 1979

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Esse filme é o quarto do diretor Techiné e inesperadamente foi relançado em 2014 em DVD no Brasil. O enredo se passa em Yorkshire, na Inglaterra do século XIX, e fala da vida das três irmãs escritoras Brontë, Charlotte (Marie-France Pisier), Emily (Isabelle Adjani) e Anne (Isabelle Huppert), que apesar de terem morrido jovens e de terem vivido bastante reclusas, se tornaram ícones da literatura mundial. No filme também aparece o irmão pintor das escritoras, que possivelmente serviu de inspiração para elas em muitos momentos.

2. Entre Dois Amores / De Sydney Pollack, EUA, 1985

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Com uma interpretação maravilhosa de Meryl Streep e de Robert Redford e com uma fotografia e enredo primorosos, é um achado na Netflix. Baseado na história real da escritora dinamarquesa Karen Christenze Dinesen (1885-1962), que mais tarde passaria a ter o nome de baronesa Karen von Blixen-Finecke, o filme se passa no começo do século vinte e retrata uma mulher muito à frente de seu tempo que por causa de um casamento por conveniência parte para a África e lá encontra o verdadeiro amor. O livro da escritora intitulado Out Of Africa, deu embasamento para o filme. No Brasil podemos encontrar o livro Sombras na Relva, de Dinesen, no qual ela conta sobre a vida, amores e a fazenda no Quênia.

3. Henry & June – Delírios Eróticos / De Philip Kaufman, Reino Unido, 1990

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Esse filme é tremendamente erótico, sedutor e com ótimas interpretações, com destaque para a atriz Maria de Medeiros que interpreta Anaïs Nin. O enredo é tecido tendo como base os escritos de Anaïs em extensos diários bastante detalhados – podemos encontrar o livro da autora, intituladoHenry & June, disponível no Brasil. Recheado de erotismo, o diretor Philip Kaufman conseguiu traduzir cenas sensuais e sexuais sem deixá-las vulgares, pelo contrário. O filme se passa em Paris, no início da década de 30, época na qual o escritor Henry Miller (Fred Word) forma um triângulo amoroso com sua mulher June (Uma Thurman) e com Anaïs Nin (Maria de Medeiros). Anaïs se envolve tanto com o escritor quanto com a esposa dele, enquanto vive uma relação desinteressada com o marido.

4. O Círculo do Vício / De Alan Rudolph, EUA, 1994

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Esse filme se passa em meados de 1920 e conta a história da escritora e poetisa norte-americana Dorothy Parker (Jennifer Jason Leigh). Com um físico pequeno, Dorothy não levava desaforos para casa. Com suas frases ácidas e ar destemido se tornou uma das figuras mais importantes, espirituosas e comentadas da América entre os anos 20 e 30. No filme a escritora relembra os tempos em que pertencia ao grupo Algonquin Round Table, formado por amigos escritores de Nova York. Entre festas, romances e amizades com os escritores, Dorothy passa por alcoolismo, comportamento autodestrutivo e tentativa de suicídio. Destaque para a atuação elogiada de Jennifer Jason Leigh e para os diversos atores famosos que aparecem em pontas. No Brasil há um único livro da escritora lançado; uma coletânea de contos intitulada Big Loira.

5. Iris / De Richard Eyre, EUA – Reino Unido, 2001

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A história de amor entre a escritora inglesa Iris Murdoch e seu marido, John Bailey, também escritor e professor de literatura inglesa, com quem viveu quase 50 anos, é contada em duas épocas distintas: na juventude, quando eles se conheceram, e na velhice, quando Iris sofre do mal de Alzheimer. O filme é interpretado por Kate Winslet (na fase jovem de Iris) e Judi Dench (nos derradeiros dias da escritora). Baseado em dois livros de Bailey (A Memoir e Elegy for Iris), o filme acompanha a agonia de Iris a partir da descoberta acidental da doença, pouco antes dela concluir o seu último romance em 1995. No Brasil podemos encontrar o livro da escritora intitulado A Soberania do Bem, dentre outros.

6. As Horas / De Stephen Daldry

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Em três períodos diferentes vivem três mulheres ligadas ao livro “Mrs. Dalloway”. Em 1923 vive a escritora Virginia Woolf (Nicole Kidman), autora do livro, que enfrenta uma crise de depressão e idéias de suicídio. Em 1949 vive Laura Brown (Julianne Moore), uma dona de casa grávida que mora em Los Angeles, planeja uma festa de aniversário para o marido e não consegue parar de ler o livro. Nos dias atuais vive Clarissa Vaughn (Meryl Streep), uma editora de livros que vive em Nova York e dá uma festa para Richard (Ed Harris), escritor que fora seu amante no passado e hoje está com Aids e morrendo. O filme é inspirado em um livro de mesmo nome escrito por Michael Cunningham e é muito bem dirigido por Daldry. Amado e odiado, a película divide opiniões, mas é uma ótima oportunidade para se deliciar com a interpretação de Nicole Kidman como Virginia Woolf.

7. Sylvia – Paixão Além das Palavras / De: Christine Jeffs, Reino Unido, 2003

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Esse filme é uma biografia encantadora da poetisa, romancista e contista norte-americana Sylvia Plath. Interpretada com maestria por Gwyneth Paltrow, a personagem mostra uma Sylvia sensível e loucamente apaixonada por Ted Hughes, poeta de quem foi esposa e com quem teve dois filhos. Um passado conturbado, um presente incerto e um futuro nebuloso marcaram a história dessa mulher apaixonada e sensível. Um filme memorável que mostra um belo panorama da vida conjugal de Sylvia e de como o ciúme, a infidelidade e inúmeras incertezas minaram as expectativas dela com relação à vida. Pode ser encontrado na internet em espanhol, contudo com a possibilidade de legendas em português.

8. Miss Potter / De Chris Noonan, EUA – Reino Unido, 2006

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Beatrix Potter foi um verdadeiro fenômeno da literatura no início do século XX. Ela criou uma série de livros e personagens infantis que são amados até os dias atuais. Peter Rabbit é um ótimo exemplo disso. No filme Beatrix é interpretada por Renée Zellweger, antes da plástica facial. Há flashbacks da infância, registros da aristocracia inglesa que definiram a personalidade introspectiva de Beatrix, mas o filme é concentrado no início e no rápido ápice da vida literária da escritora. O foco principal de Noonan não é alimentar conflitos, mas embelezar a arte de Beatrix com muita doçura. Para isso o diretor mesclou a filmagem tradicional com a animação dos desenhos da escritora. Um filme para toda a família que pode ser encontrado facilmente na internet.

9. Amor e Inocência / De Julian Jarrold, EUA – Reino Unido, 2007

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Esse filme lindo e delicado conta a história da escritora Jane Austen. Na sociedade inglesa de 1795, os pais de Austen querem casa-la com um rico sobrinho. Mas Jane (Anne Hathaway) quer se casar por amor. E é nesse momento que ela conhece o irlandês Tom Lefroy (James McAvoy), um estudante de direito em visita ao campo. O elenco de atores ingleses é excelente, o figurino, fotografia e trilha sonora também se destacam. E o final é belíssimo. O filme pode ser encontrado facilmente na internet e Netflix.

10. Miss Austen Regrets / De Jeremy Lovering, Reino Unido, 2008

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Esse filme tem como foco os últimos anos da vida de Jane Austen que morreu em 1817, aos 41 anos, e nos apresenta um período da vida da autora diferente daquele do filme Amor e Inocência. O roteiro, baseado nas correspondências entre Jane, sua irmã Cassandra e sua sobrinha Fanny, fala sobre a decisão de Austen de permanecer solteira, as chances que teve de se casar e de como ajudou sua sobrinha Fanny a encontrar um marido. Também vemos nele um pouco sobre a luta para conseguir publicar seus livros e a oposição sofrida dentro da família. A produção do filme é ótima e a fotografia é maravilhosa o que resulta em cenas belíssimas. No Brasil o filme foi lançado pela BBC em um pack juntamente com o filme Razão e Sensibilidade.

11. Enid / De James Hawes, Reino Unido – Irlanda, 2009

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Ainda criança, na era Eduardiana na Inglaterra, a escritora Enid Blyton começa a contar estórias para seus irmãos. Após a I Guerra Mundial, enquanto estudava para ser professora, ela manda seus escritos para vários editores e um deles, Hugh Pollock, não só os aceita, como se casa com ela. Enquanto milhares de crianças a adoram, ela é uma mãe e esposa extremamente fria e manipuladora. Com a separação do primeiro marido ela se casa com Kenneth Waters. Após a II Guerra Mundial, ela é uma escritora popular, amada pelas crianças, contudo muito diferente do que qualquer uma delas pode sequer imaginar. Em 43 anos de trabalho Enid Blyton escreveu mais de 700 livros, tendo vendido até hoje mais de 600 milhões de cópias. Morreu em 1968 com demência. Helena Bonham Carter é quem interpreta Enid Blyton no filme e está primorosa no papel. O filme Enid pode ser encontrado facilmente na internet e seus livros são vendidos no mundo todo ainda hoje, inclusive no Brasil.

12. Borboletas Negras / De Paula von der Oest, Alemanha, Africa do Sul, Holanda, 2011

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Borboletas Negras, dirigido por Paula von der Oest, conta a história de Ingrid Jonker (interpretada por Carice van Houten), escritora sul-africana que viveu na época do Apartheid. Tornou-se conhecida quando Nelson Mandela leu o poema “A Criança que foi Assassinada pelos Soldados de Nyanga”, no seu primeiro discurso como presidente da África do Sul. Ingrid Jonker nasceu em 19 de setembro de 1933, e residia na cidade do Cabo. A vida da poetisa foi marcada pela difícil relação com o pai, Abraham Jonker, que não reconhecia o talento literário dela e a rejeitava. Casou-se, em 1956, com Pieter Venter, e teve uma filha chamada Simone. Porém, logo se divorciou e passou a se envolver com outros homens. Dentre eles, os escritores Jack Cope e André P. Brink. O primeiro é mostrado, no filme, como o grande amor da vida da poetisa. Jonker começou a escrever poemas aos seis anos de idade e o fazia no idioma Afrikaans. O filme é de uma densidade e intensidade incrível e mostra como uma alma sensível pode ser abalada irremediavelmente pelas agruras da vida. Pode ser encontrado na internet.

13. Flores Raras / De Bruno Barreto, Brasil, 2012

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Eu preciso confessar que esse filme foi uma boa surpresa que me caiu no colo durante uma viagem daquelas nas quais a TV só sintoniza alguns poucos canais. Ambientado no Brasil dos anos 50, o filme conta a história do relacionamento entre a poetisa norte‐americana Elizabeth Bishop e a arquiteta brasileira Lota de Macedo Soares. Extremamente rico e, ao mesmo tempo, bastante conturbado, esse relacionamento rendeu bons frutos: o auge da poesia de Bishop e a construção do Aterro do Flamengo, obra arquitetônica mundialmente conhecida de Lota. O filme é de uma delicadeza sem fim e os créditos vão para a interpretação de Glória Pires como a arquiteta brasileira, com um inglês fluente e atuação bastante convincente.

14. Florbela / De Vicente Alves do Ó, Portugal, 2012

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A famosa poetisa Florbela Espanca (1894 – 1930) vive em Portugal na época do fim da Primeira República. Depois de uma separação traumática, ela aceita se casar para encontrar estabilidade e ter paz para escrever. Mas ela logo fica entediada e, após receber uma carta do irmão, vai correndo encontrá-lo em Lisboa, procurando inspiração e proximidade do círculo literário da capital. Ela vive com intensidade o estilo de vida urbano e embora o marido tente trazê-la de volta, e o irmão seja obrigado a partir, Florbela sente que encontrou seu lugar. Na cidade surge a inspiração para os seus maiores poemas. Tendo um pai que não a reconheceu em vida, um amor exacerbado pelo irmão, três casamentos, dois abortos e três tentativas de suicídio, sua história por si só é perturbadora. Um filme amado e detestado na mesma medida, contudo válido, com uma atuação convincente de Dalila Carmo como Florbela. O filme pode ser facilmente encontrado na internet.

Acompanhe a autora no Facebook pela sua comunidade Vanelli Doratioto – Alcova Moderna.

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