Advogado faz 4 perguntas para cliente que queria se divorciar e salva o casamento

Advogado faz 4 perguntas para cliente que queria se divorciar e salva o casamento

O divórcio é um processo difícil e doloroso mesmo quando o casal tem completa convicção do que quer. Neste momento, o advogado sempre está presente e tem a função de entrar com o processo para formalizar judicial e civilmente a separação. Rafael Gonçalves, de São Sebastião do Paraíso, Minas Gerais, exerce a profissão e, ao se deparar com um caso especial de divórcio, resolveu adotar uma conduta diferente – mesmo correndo o risco de perder a cliente. O profissional relatou o caso através de seu perfil no Facebook.

Depois de atender uma cliente que solicitava o divórcio, Rafael postou uma foto em que aparece um papel timbrado de seu escritório. Na parte superior, uma lista de documentos que a mulher deveria levantar para dar entrada ao processo – um procedimento padrão. O quechama atenção, no entanto, é o conteúdo que vem em seguida, na parte de baixo.

Escritas à mão estão quatro perguntas íntimas sobre relacionamento da cliente. Entre elas, “Eu fiz tudo o que pude para salvar meu casamento?” e “Quantos momentos vocês superaram juntos?”.

De acordo com o advogado, neste caso, ele agiu de forma diferente porque, depois de conversar com a mulher, percebeu que ainda havia muito amor entre o casal. “Ouvi pacientemente a cliente sobre os motivos que a levavam ao divórcio, e como na maioria das ações desse tipo, era perceptível a ligação do casal e o amor que ainda existia entre as partes”, explicou.

Sabendo de seu papel profissional e não podendo dar nenhum tipo de conselho ou opinião, Rafael encontrou como saída fazer com que a cliente refletisse, com calma, sobre sua vida conjugal. “Se após responder e analisar a situação com calma, longe do turbilhão de informações que estava lhe passando pela cabeça naquele instante, ainda assim resolvesse se divorciar, que bastava me trazer a documentação e eu botaria um fim naquela história”, escreveu.

Na publicação, Rafael explica o motivo de cada uma das perguntas:

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RAFAEL GONÇALVES / FACEBOOK

Eu fiz tudo o que pude para salvar meu casamento?

“A maioria não faz absolutamente nada… e isso vai em desencontro com os motivos que te fizeram seguir até aqui. O divórcio deve ser a última opção, em todos os casos. Pense nos filhos, no convívio, nos primeiros meses do relacionamento. Se já passaram por tantos perrengues, por que se deixar abalar por essa situação. (Cada caso é um caso)”, comentou.

O divórcio é a melhor opção hoje?

“Pode até ser! Mas seria a melhor opção daqui a 2 semanas, quando a cabeça estiver fria, os problemas amenizarem e os motivos ficarem mais claros? Não faça nada de cabeça quente. Decisões precipitadas destroem histórias”, aconselhou.

Quem são minhas maiores influências hoje?

“Amigos? Parentes? Amantes? Tomar decisões influenciados por pessoas que não participam da sua rotina é um erro. Se a pessoa não tiver presunção de participar da sua vida pelo resto dela, não deve palpitar sobre isso. Filhos são uma boa influência nesse quesito. Ouça eles”, respondeu.

Quantos momentos vocês superaram juntos e como se conheceram?

“Pode até ser que nunca tenham passado por um momento assim, mas não custa relembrar as crises, brigas, separações do tempo de namoro e noivado. Se naquela época vocês conseguiram superar, por que não agora? Se conheceram por algum motivo e tenham certeza que nada na vida acontece por acaso”, reforçou.

Por fim, antes de dispensar a cliente, Rafael perguntou se ela almejava encontrar alguém que suprisse os espaços que o marido estava deixando em sua vida. Depois de receber uma resposta afirmativa, o advogado então disse que antes de trocar, é preciso tentar consertar. “Quando a grama do vizinho estiver mais verde, não necessitamos ir visitá-la, experimentá-la. Basta regar a nossa grama. Na vida é a mesma coisa”, acrescentou.

Para a surpresa do advogado, a atitude surtiu efeito. “Por incrível que pareça, o casal voltou hoje, devolveu minha anotação, dispensou os meus serviços e agradeceu os conselhos. Perdi a cliente, mas ganhei um casal de amigos”, finalizou.

Fonte indicada: Bolsa de mulher

A vida é troca infinita

A vida é troca infinita

Se for para trocar ideias, compartilhar a tarde, o vinho, o chocolate, as risadas, conte comigo! Se for para oferecer um abraço, um bom e paciente ouvido, um conselho amigo, um guarda-chuva emprestado, tudo bem, conte comigo. Se for para assistir um filme, partilhar a pipoca, as críticas e opiniões, defender as preferências, confessar medos e segredos, ainda assim, conte comigo.

Conte comigo como eu conto contigo, para beber da fonte da vida sem fechar a torneira nem tampouco provocar enchentes. Conto contigo para andar ao lado, lembrar de mim quando fico para trás, dar aquele toque necessário quando acelero demais.

Conte comigo com liberdade, sem reservas nem melindres. Se ouvir uma negativa, entenda que faz parte da vida. Da mesma forma tentarei entender também, porque, muitas vezes esperando ouvir um sim, fui embora para casa carregando um não, ou, um nada. E, acredite, sobrevivi.

Conto contigo para enxergar a vida por outra ótica, comparar com a minha forma de ver, tirar o melhor dos dois mundos e usufruir dessa vantagem de crescer junto.

Só não conte comigo se tiver intenção de absorver, de sugar, de pegar para si o que me pertence, de me descompensar, de exigir o que não foi oferecido. Para todas as opções anteriores, permaneço emocionalmente indisponível.

E espero com todas as forças que, se for eu a pedir qualquer regalia abusiva, que me depare com uma grande placa com letras pintadas em vermelho: Emocionalmente indisponível.

Não se pode nem se deve colocar qualquer emoção a serviço de carências alheias, de sentimentos mimados, desejos que não sabem ser contrariados. Para apelos obtusos, portas fechadas e nenhuma culpa.

A vida é troca infinita. É um ganha-perde saudável, sem exploração nem extorsões. De outra forma não é troca, é barganha. É escravidão, coação, chantagem, sadismo. E estar emocionalmente disponível para quem barganha e negocia a vida alheia, é pular de cabeça em um poço vazio, andar por caminhos escuros e frios, jogar-se no nada, deixar-se levar.

O desafio é enorme, mas com um pouco de bom senso e moderação, vamos aprendendo pouco a pouco a dosar a disponibilidade das emoções. Como no mundo dos negócios, um acordo só é bom se o for para ambas as partes. Se assim não for, que suba a placa vermelha indicando total indisponibilidade.

Expressão não verbal ajuda a diagnosticar a depressão

Expressão não verbal ajuda a diagnosticar a depressão

José Tadeu Arantes | Agência FAPESP 

Segundo projeção da Organização Mundial de Saúde (OMS), a depressão alcançará, na década de 2030, a primeira posição entre as doenças com maior prevalência no mundo. O transtorno já afeta cerca de 7% da população mundial, conforme informou o ex-secretário-geral das Nações Unidas Kofi Annan, na abertura do seminário “The Global Crisis of Depression” (A Crise Global da Depressão), promovido pela revista The Economist no final de 2014. Contrastando com a imagem de euforia tantas vezes associada aos brasileiros, um estudo conduzido em 18 países, divulgado pela OMS em 2011, apontou o Brasil como aquele com maior número de pessoas afetadas pela enfermidade.

A alta incidência da doença no Brasil foi confirmada por levantamento mais recente, a Pesquisa Nacional de Saúde, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pelo Ministério da Saúde (MS) em 2014. Segundo o estudo, cerca de 11 milhões de pessoas têm depressão no país.

Uma pesquisa, realizada no Hospital das Clínicas e no Hospital Universitário, ambos vinculados à Universidade de São Paulo (USP), investigou a expressão não verbal da depressão: “Indicadores de expressividade e processamento emocional na depressão”. O estudo, coordenado por Clarice Gorenstein, professora do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, teve o apoio da FAPESP .

A pesquisa contou com a participação da pós-doutoranda Juliana Teixeira Fiquer, também apoiada pela FAPESP .

“Geralmente, o diagnóstico da depressão e a avaliação dos resultados do tratamento são feitos mediante a aplicação de questionários-padrão. As respostas do entrevistado, juntamente com as observações do entrevistador, possibilitam definir o quadro e, depois, acompanhar a evolução da pessoa. Esse tipo de instrumento tem a vantagem de estabelecer uma linguagem comum, universal. Mas depende essencialmente daquilo que a pessoa fala. E negligencia um outro aspecto, o da comunicação não verbal, que é exatamente aquilo que a pessoa não fala. Nossa pesquisa teve por foco esse outro aspecto”, disse Gorenstein à Agência FAPESP.

Parâmetros corporais

A expressão não verbal, que diz “aquilo que a pessoa não fala”, é definida por um amplo conjunto de parâmetros corporais, como postura de ombros e cabeça; movimentos de cabeça, gerais ou de concordância/discordância; curvatura da boca; sorriso (simétrico ou assimétrico), movimentações de sobrancelhas (testa franzida; levantar de sobrancelhas); contato ocular; corpo inclinado na direção do entrevistador, silêncio, choro, entre outros.

“Esses parâmetros podem ser observados de maneira genérica ou de modo sistemático. Nossa pesquisa buscou exatamente definir uma metodologia de observação sistemática – algo sobre o qual havia muito pouco estudo, principalmente no Brasil”, comentou a pesquisadora.

A pesquisa investigou 100 pessoas já diagnosticadas com depressão (grupo-depressão) e 83 pessoas que sabidamente não tinham depressão (grupo-controle). Cada pessoa, com ou sem depressão, passou por entrevista durante 15 minutos, ao longo dos quais seu comportamento foi filmado. Uma sequência de cinco minutos de cada filmagem foi posteriormente analisada por dois avaliadores “cegos” – isto é, que não sabiam se a pessoa filmada era integrante do grupo-depressão ou do grupo-controle. Os avaliadores deviam considerar, em cinco minutos de filme analisado, a frequência de manifestação dos parâmetros não verbais mencionados. “Para analisar cinco minutos de filme, cada avaliador precisou em média de uma hora de trabalho”, informou Gorenstein.

“Percebemos uma diferença significativa no comportamento dos dois grupos em relação a esses parâmetros. Considerando apenas alguns exemplos, em uma escala de pontuação de 0 a 10, foram obtidos os seguintes resultados: sorrisos, 2,3 para o grupo-controle e 1,0 para o grupo-depressão; contato ocular, 8,4 e 6,8. Já os escores do grupo-depressão foram maiores do que os do grupo-controle em relação às variáveis choro (0,8 e 0) e cabeça curvada para baixo (1,8 e 0,7)”, prosseguiu.

A expressão não verbal pode confirmar ou desmentir a expressão verbal. Daí o interesse em incorporá-la ao processo de diagnóstico e avaliação. “A comunicação não verbal é uma resposta reflexa. E, a menos que haja da parte do entrevistado uma determinação e uma capacidade muito fortes de controlar a linguagem do corpo, esta tenderá a expressar aquilo que não é exposto na fala, que não passa pelo crivo da fala. Principalmente no contexto clínico, a pessoa pode querer mostrar uma melhora, que efetivamente não teve, ou pode tentar esconder uma melhora, com medo de perder o atendimento. A comunicação não verbal ajudará o avaliador a formar um quadro mais realista”, argumentou Gorenstein.

 

Anamneses psiquiátricas

Além da avaliação dos parâmetros não verbais, os pesquisadores aplicaram também os questionários-padrão usualmente utilizados nas anamneses psiquiátricas. Esses questionários, baseados na expressão verbal, elegem alguns tópicos, como tristeza, pessimismo, perda de interesse, culpa, choro etc., e, para cada tópico, oferecem ao entrevistado um leque de opções. Por exemplo, para o tópico “tristeza”, há uma escala que vai de “eu não me sinto triste” até “eu me sinto tão triste que não posso aguentar”. Quando todos os dados foram reunidos em histogramas, a diferença entre o grupo-depressão e o grupo-controle tornou-se muito evidente.

Depois da entrevista inicial, os indivíduos do grupo-depressão receberam tratamento antidepressivo farmacológico, com a administração de cloridrato de sertralina, um inibidor da recaptação da serotonina, entre outros procedimentos terapêuticos. “No grupo-depressão, como regra, o tratamento fez aumentar a expressividade facial, a expressividade do tom de voz, a inclinação do corpo na direção do entrevistador e alguns outros parâmetros sugestivos de interesse social e afetos positivos”, afirmou Gorenstein.

Uma possível aplicação da pesquisa é oferecer aos profissionais envolvidos no atendimento à saúde critérios não verbais para a definição de diagnósticos. No Brasil, 50% das queixas inespecíficas na procura de atendimento na atenção básica são na realidade casos de transtorno depressivo ou de ansiedade. Um clínico atento à expressão não verbal da depressão pode indicar uma investigação mais profunda quando for o caso. Outra aplicação é aferir a eficácia de determinados tratamentos na melhoria do quadro depressivo.

Comportamentos observados: 

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Fonte indicada: Agência Fapesp

Carta para uma amiga de vinte e poucos anos

Carta para uma amiga de vinte e poucos anos

Fui para o trabalho ouvindo, pelo whatsapp, você contando sobre os últimos acontecimentos da sua vida (caraca, em duas semanas dá para acontecer muita coisa!). Não sei se a vida, aqui no Brasil, anda meio em círculos ou se você está numa daquelas épocas da vida em que tudo acontece ao mesmo tempo, mas fiquei até perdida com tanta informação

Vamos por partes. Sobre a briga com seus pais, quase chorei junto com você, haha. É uma merda essa situação, mas acho importante que existam essas conversas “de lavagem de roupa suja”, para a gente perceber que nossos pais são tão humanos quanto a gente. Eles têm as mesmas dúvidas e questões que a gente tem, mesmo sendo mais velhos e mais experientes. E, sim, isso é bem assustador.  A gente passa a vida achando que nossos pais são de ferro, mas, muitas vezes, eles estão mais perdidos que a gente. E, pensa bem, deve ser um desespero ver você formada, morando um tempo fora, mas sem saber exatamente o que você quer fazer da vida, sem um emprego estável.

No fundo, eu acho uma bobagem isso de ter que escolher o que fazer da vida, já que a vida são várias coisas, pessoas e camadas. Mas isso é só preocupação, porque eles são de outra geração e não entendem que, hoje em dia, ter faculdade não garante emprego estável nenhum. Nem pós, nem mestrado, nem doutorado. Na teoria, eles dizem que essas formações aumentam o piso salarial, mas experimenta sair da faculdade e emendar na vida acadêmica, sem passar pelo mercado, para ver se vai ser fácil. Para a maioria, não vai. Para a gente, a única saída é correr muito atrás, botar a mão na massa, mostrar-se, meter a cara, buscar e se conectar com as pessoas que tenham o objetivo parecido com o nosso.

E é muito, muito difícil, a gente entender isso. A gente não vai mudar a cabeça dos nossos pais, nem que a gente explique, mostre mil vídeos motivacionais do Ted e se vire do avesso. As coisas estão muito certas para eles e as coisas aqui fora são totalmente incertas. Eles querem que a gente tenha objetivos palpáveis, mas nada é garantia. Meu sonho era que meu pai falasse que se orgulha de mim pelas coisas que eu escrevo, pela forma que eu penso, mas, para ele, o que eu faço é só uma bobagem passageira. E eu posso ganhar o prêmio Nobel de Literatura, mas ele não vai dar o braço a torcer e vai falar que eu teria sido mais feliz se tivesse feito concurso público.

A verdade é que a gente virou adulto também e, às vezes, eles querem ser cuidados. Essa é a hora em que a gente deve ser mais adulto que eles. Eu vi isso quando comecei a ajudar minha mãe em varias coisas, tipo administrando o dinheiro do aluguel, para não deixá-la sem dinheiro, ou quando ela me liga perguntando como ela pode se aproximar mais do meu irmão mais novo, ou pedindo conselhos da vida. É muito duro cuidar de quem nos educou. É difícil ver que o nosso herói, de repente, virou de carne e osso, mas são eles que vão estar sempre lá para você. Mesmo que vocês fiquem um milhão de anos sem se falar e, mesmo se afastando, quando você estiver no perrengue mesmo, são eles que vão estar lá (e eu também, tá?).

E sobre essa história de você estar se questionando sobre quem é você. Eu também estou perdida nesse lugar. Acho que a internet fez com que a gente se aproximasse do resto do mundo, mas também parece que a gente está, a todo instante, perdendo alguma coisa. Eu sempre respeitei esse seu jeito de lidar com as pessoas, principalmente por você fazer o que queria. Quando a gente faz o que quer, até o arrependimento fica mais brando. Você sempre foi muito você e é assim até hoje. É autenticidade pura e é por isso que você é a pessoa que eu mais admiro no mundo. Falta autenticidade em todo mundo que eu conheço. Eles querem sempre ter a vida do outro, o namorado do outro, os seguidores do instagram do outro. E você nunca se importou com nada disso, porque estava aproveitando o tempo curtindo e descobrindo quem era você. E, relaxa, é normal se sentir egoísta às vezes. Eu também me sinto assim. Mas acho que esse egoísmo não nos torna pessoas ruins. Você não deixa de pensar em ninguém, você é só mais independente que todo mundo e ninguém entende nada.

Agora, tem um ponto aí que eu vou ter que lhe falar: Fica-de-boa-com-seu coração, mulher! Seu ex teve uma super influência na sua vida, mas a gente tem que parar de achar que tem que amar reciprocamente todo mundo que nos oferece amor. Isso não é o suficiente. E vocês tiveram uma história linda que acabou e você mesma quis que acabasse, não tinha mais como insistir naquilo. E eu entendo muito sua paixão platônica pelo cara que ora a ama, ora a ignora. Você sabe, eu sempre tive essas paixonites com caras que eram super a ver comigo e eu os achava o máximo, mas isso passa, então, não precisa achar que é o fim do mundo só porque ele não está apaixonado por você ou porque não respondeu à sua última mensagem. Curte esse sentimento. A gente tem mais é que se apaixonar por todo mundo mesmo, se envolver, sofrer, quebrar a cara, apaixonar-se de novo um milhão de vezes, e assim vai. Eu não sei dizer se o amor verdadeiro realmente uma hora chega para todo mundo. E, se for para lhe dar um conselho, não espere por ele, mas esteja preparada quando ele chegar. Porque ele chega arrebentando com as suas certezas.

Eu estou achando incrível que você esteja ficando com vários caras legais aí na viagem e eu achei muito maravilhosa essa história do deus do sexo, hahaha. Sabia que estava faltando um homem desses na sua vida sexual, porque não é possível alguém gostar mais de queijo do que de sexo! Meu Deus, fiquei muito empolgada!!! VOLTA PARA a CIDADE DELE!!! Até fiquei com saudade da minha vida de solteira, apesar de amar mais minha vida de casaduxa, que também tem o melhor sexo do mundo.

Mas é isso, a maioria dos homens não sabe pegar mulher mesmo não, então, escolhe bem. Eles não entendem que só precisam observar os nossos detalhes e reações e que cada uma gosta de uma coisa diferente, embora toda mulher adore uma putaria, hahaha. Você, que está solteira, por favor, aproveita muito todos esses homens maravilhosos que existem no mundo!!! HAHAHA, eu sou muito brega, eu sei, mas é verdade. Procura os interessantes, que peguem bem, que vai dar tudo certo! É isso, te amo. Vamos marcar a porra de um skype. Flw.

20 hábitos que podem destruir uma relação saudável

20 hábitos que podem destruir uma relação saudável

Escrevo, habitualmente, sobre relações tóxicas, doentias e abusivas. Quando se trata dessas relações, não há qualquer coisa a ser evitada a não ser a própria relação. A ordem é correr para longe e nunca mais olhar para trás.

Por outro lado, é um erro pensar que ter uma relação saudável significa ter uma relação sem problemas. Às vezes, estamos diante de alguém bacana, sem qualquer perturbação mental, com quem a relação é boa e flui bem, mas que tropeça diante de questões que, com amor e empatia pelo outro, é possível resolver facilmente.
Saiba algumas das coisas que você NÃO DEVE FAZER para evitar estragar uma relação saudável.

1. AMEAÇAR TERMINAR SEM TER REALMENTE A INTENÇÃO

Qualquer briga e lá vem a frase “isso aqui já era” ou”então vamos terminar”. Para alguém que ama de verdade, a ameaça do término é algo muito doloroso. Se você é aquele que tem o hábito de dizer isso em qualquer discussão, observe a reação da outra pessoa. Percebeu que machuca? Mas atenção! Se logo depois você age como se nunca tivesse dito isso, uma hora o medo do término deixa de existir e você se vê diante da seguinte resposta: “Quer terminar? Demorou!”, correndo risco de nunca mais ver a pessoa diante dos olhos.

2. EXIGIR ATENÇÃO OU DISCIPLINA DE FORMA EXAGERADA

É claro que desejamos parceiros atenciosos, mas não transforme essa necessidade num martírio para o outro. O excesso de cobrança (você não ligou quando disse que ia ligar, você não respondeu a mensagem na hora, você não fez exatamente como combinamos, etc ) pode acabar por sufocar e fazer com que você passe a ser visto como egoísta, que se comporta como se o dia do outro girasse em torno de si. Tente pensar na importância daquilo que tomou toda a atenção de seu par e sossegue.

3. IMPLICÂNCIA COM OS HOBBIES DO OUTRO

Quando se está numa relação é preciso saber equilibrar o tempo que dedicamos às pessoas que amamos e às atividades que nos dão prazer. Se seu par não sabe equilibrar, talvez você não esteja entre suas prioridades, então pense a respeito e decida se quer mesmo ocupar essa posição. Porém, seu par sabe equilibrar, dedicando tempo de qualidade também à você, sua implicância com os momentos de lazer do outro, pode desestimular a relação ou aniquilar identidade da pessoa amada. Ambas as coisas são mortais.

4. ESPERAR SEMPRE QUE O OUTRO PEÇA DESCULPAS

Numa relação saudável, não importa quem cometeu o deslize. É exatamente no momento em que erramos que precisamos de compreensão. Demonstre-a, não emburrando até que o outro se humilhe para você. Se a mancada não foi sua e não achar que deve pedir desculpas, saiba que, ainda assim, na maioria das vezes, um pouco de bom humor resolve.

5. EVITAR UM ASSUNTO DESAGRADÁVEL

Algumas vezes há questões que incomodam o parceiro sobremaneira, mas que você tenta a todo custo evitar discutir porque “é muito chato”. Talvez você não saiba, mas evitar um assunto que incomoda significa tirar a voz de quem você ama, e nada pode ser mais massacrante. Tem uma questão recorrente da qual quer sempre fugir? Encare-a de uma vez por todas, ouça o que o outro tem a dizer, diga o que pensa e, na medida do possível, encontrem ali um ponto final para a questão.

6. RISPIDEZ QUE NÃO TEM COM ESTRANHOS

Algumas pessoas, por excesso de liberdade, familiaridade ou confiança no amor do outro, passam a ser menos cuidadosas com o tom de voz usado com seu par. Em especial quando estão ocupados ou estressados, acham que não faz mal algum ser ríspido com o outro. Fazem isso porque têm a certeza de que serão compreendidos e perdoados. Essa rispidez pode fazer com que seu par entenda que algo mudou e que você não tem mais a preocupação de ser gentil como antes. Tenha cuidado com isso, pois, diante desse pensamento, seu par pode acabar se deparando com alguém que lhe seja gentil sempre, como você era na conquista e daí…

7. REAGIR DE FORMA EXAGERADA A CONTRATEMPOS

Pessoas que, diante de um atraso, um esquecimento ou qualquer coisa que as aborreça, têm uma explosão de fúria que só termina quando já disseram coisas que machucam o outro, podem destruir uma relação aos berros. Quando seu parceiro fizer algo irritante, conte até 10 e pense se realmente foi tão grave assim. Se foi, tenha uma conversa respeitosa e resolva com carinho. Se não foi, para que tanto drama? Relaxe!

8. MAU HUMOR

Tem gente que fica de mau humor porque acabou de acordar, porque é domingo à noite, porque o time perdeu ou porque tem um sobe e desce de emoções ao longo do dia. Isso faz com que o parceiro pise em ovos, levando-o a exaustão por não saber quando verá surgir no rosto do outro a sombra de que “o tempo vai fechar”. Se você tem problemas de humor, procure ajuda profissional. Seu parceiro não é obrigado a se adequar a mudanças injustificadas de humor o tempo todo.

9. IGNORAR POR COMPLETO HÁBITOS QUE INCOMODAM O PARCEIRO

Você é do tipo que deixa coisas espalhadas, toalha molhada na cama, esquece de dar descarga, e quando criticado está sempre se envolvendo em discussões com seu par? Tente, ao invés de brigar e acusar o outro de ser exagerado, olhar pelo seu ponto de vista e entender o porquê daquilo incomodar tanto. Compreendendo, você aprenderá a evitar essas condutas sem importância para você, mas desgastantes para o outro. Será que seu grande amor não vale um esforcinho?

10. NUNCA AJUDAR COM TAREFAS DA CASA

Num mundo moderno, no qual ambos trabalham, não há nada mais desgastante do que ter de cuidar de casa, roupa, filhos, carro e comida sozinho. Há parceiros que se recusam a ajudar porque nunca tiveram que ajudar na casa dos pais ou simplesmente porque não gostam dessas tarefas. Contudo, é preciso lembrar que o outro pode também não gostar dessas atividades, mas ainda assim realizá-las para o seu bem estar. Então, por que não retribuir?

11. ENTERRAR-SE NA ROTINA

O trabalho, as obrigações, os compromissos, o trânsito, tudo conspira para que vivamos na mais perfeita harmônia com a rotina. Espere. Não há nada de mau na rotina, pelo contrário, quase sempre traz aquela sensação de estabilidade que relações sólidas precisam. Quebrá-la, porém, é um ingrediente obrigatório para não matar a relação de tédio. Vez ou outra, invente uma viagem curta, uma noite fora, uma fuga de carro, um sorvete na esquina, uma lingerie nova, um bilhete no bolso, uma foto dos dois no painel do carro com um recadinho querido. Isso acorda a relação e aquece o coração. Já a falta desse movimento pode levar o outro a encontrar emoção em lugares onde você não esteja…

12. QUERER VIVER NO MESMO PADRÃO DOS OUTROS

Já vi lindas histórias de amor terminarem porque enquanto um está preocupado em construir algo juntos, o outro só quer saber de fazer viagens, frequentar restaurantes e vestir grifes simplesmnete porque os amigos têm esse padrão. Seu par pode até tentar manter isso para lhe agradar, mas, a menos que vocês sejam ricos, não vai demorar muito até que seu par passe a se sentir sozinho na construção do alicerce que garantirá conforto a vocês no futuro, além de esgotado e explorado. Quando chegar a esse ponto, não haverá nada que conserte a relação, pois o outro terá passado a lhe ver como alguém imaturo, vaidoso e irresponsável e, cá pra nós, quem quer viver a vida toda com alguém assim?

13. MESQUINHARIA

Não contramão do item anterior, parceiros mesquinhos também são cansativos e nos fazem sentir verdadeiros pedintes. Conheci uma moça que era obrigada a anotar todos os dias o consumo do relógio da luz e desligar a chave geral quando chegava a uma certa contagem. Um dia se cansou, fez as malas e deixou um bilhetinho grudado no relógio com um pacotinho de velas: “aqui está minha contribuição para que o consumo não fuja de controle, como fugiu nossa relação”. Ele nunca mais controlou o relógio, mas não adiantou: passou o resto dos anos no escuro da solidão. Nunca permitir ao parceiro que se dê um mimo, um jantar fora, uma troca de presentes ainda que simples ou submetê-los a racionamentos absurdos não é construir patrimônio familiar, é “pãodurice” e isso desvasta tanto quanto parceiros gastões.

14. NÃO DEMONSTRAR INTERESSE NOS ASSUNTOS DO OUTRO

Não há nada mais desagradável do que sentir como se estivéssemos falando sozinhos. Há bons parceiros que não são bons ouvintes quando o assunto não é do interesse ou conhecimento deles. Policie-se. Se seu parceiro quer dividir um fato, acontecimento ou ponto de vista com você, dê-lhe um pouco de atenção e participe. Se tem uma piada, não o constranja dizendo que não teve graça. Por 2 motivos: 1. Se fosse um amigo ou seu chefe, você seria todo ouvidos, ainda que o assunto fosse física quântica ou a piada do elefante que caiu na lama. 2. Se você não demonstrar interesse em seus assuntos, mais cedo ou mais tarde seu par encontrará alguém que demonstre…

15. NUNCA EXALTAR AS QUALIDADES OU FEITOS DO PAR DIANTE DOS OUTROS

Casais interessantes quase sempre são compostos por pessoas interessantíssimas. Assim como nos rasgamos em verbos e elogios para contar quanto um amigo é espetacular no que faz, fazer o mesmo com o parceiro pode ser um bálsamo e estímulo para a relação. A falta disso, pode fazer com que o outro não se sinta bom o suficiente para você. Isso pode deixá-lo sensível ao menor elogio recebido fora de casa e daí… Por exemplo, gosto de massagear o ego do meu parceiro contando aos amigos como ele defendeu um penalty indefensável num jogo decisivo de campeonato, pois isso o faz querer ser um goleiro cada dia melhor. Encontre algo incrível que seu parceiro realizou ou uma característica admirável sua e divida com os amigos na sua presença. Seu par se sentirá tão importante, validado e valorizado, que não se sentirá melhor em lugar nenhum do mundo que não seja ao seu lado.

16. NUNCA COMUNICAR SEUS SENTIMENTOS

Madre Teresa de Calcutá disse que a coisa mais importante é comunicar-se. Casais que não se comunicam, se tornam completos estranhos. Pior ainda, são casais que não comunicam seus sentimentos um para o outro, pois, além de tornarem-se estranhos, se tornam inseguros. E gente insegura pode acabar encontrando segurança em quem curta dizer o que sente… Se você é do tipo fechado, fique tranquilo. Não é preciso ficar se declarando como um poeta. Um simples “oi, sinto sua falta” durante o dia já faz milagres.

17. NUNCA ELOGIAR A BELEZA FÍSICA DO OUTRO

Algumas pessoas não têm o hábito de dizer que acha o par bonito, atraente, sedutor, forte, cheiroso, etc. Pensam dessa forma, mas nunca dizem. Pois saiba que deixar claro que acha seu par atraente o faz sentir-se desejado e, acredite, não há nada mais estimulante do que isso. Se sua cara-metade se sente desejada, sua autoestima e segurança aumentam, levando qualidade do sexo também vai às alturas. Ah, e não esqueça: se você não fizer isso, sempre aparecerá alguém que faz e aí…

18. DEIXAR A FAMÍLIA INTERFERIR NO DIA-A-DIA DO CASAL

Se temos familiares saudáveis, com certeza serão pessoas que querem o melhor para nós. Mas há uma linha muito tênue entre isso e o desrespeito à privacidade do casal. Há familiares que querem invadir a casa do outro com o pretexto de limpar, ver se precisam de algo, ajudar, etc. Há aqueles que querem dar palpite no carro que o casal vai escolher, como vão criar os filhos, onde vão morar e por aí vai. Aprenda a estabelecer limites aos seus entes queridos. Não é preciso ser rude, apenas deixe claro que já está grandinho e que certas decisões são, exclusivamente, do casal.

19. PERMITIR QUE FAMILIARES OU AMIGOS OFENDAM SEU PAR

Tem aquela sua irmã que não gosta do seu novo par, sua mãe que acha que ela não presta para você, seu pai que diz que ele tem cara de quem não vale nada, seu amigo que faz piadinhas. Muitas vezes, sem fundamento real, familiares e amigos se sentem na liberdade de falar coisas ofensivas e cortantes a respeito do seu par, sem qualquer cuidado ou questionamento se isso vai magoar você, apenas porque sentem que a posse sobre sua atenção está ameaçada pela presença da pessoa que você escolheu. Esse tipo de conduta deve ser cortada desde o primeiro episódio. Esclareça que essa é a pessoa que você escolheu e que exija respeito por ela. Não a deixe arrumando encrenca com total desconhecidos para poder se defender. Se você não souber se posicionar para preservar seu par diante de sua família e amigos, corre o risco do outro se sentir desrespeitado, exposto e abandonado por você diante deles. Se isso acontecer e seu par for alguém com amor prório, vai bater em retirada pela saída de emergência mais próxima.

20. FALTA DE APOIO MORAL

Não tem coisa pior do que buscar o colo do parceiro diante de uma frustração e não encontrar, ou ter o seu problema minimizado. Às vezes, seu par pode ter tido um péssimo dia, perdeu o celular, uma reunião importante, o emprego, a hora, bateu o carro ou está apenas num dia de melancolia. Em dias assim, não precisa dizer nada ou inventar a roda para resolver o problema do outro. Posso garantir que a única coisa que o outro realmente espera de você é: “Eu sei que seu dia foi ruim, mas eu estou aqui do seu lado e vamos superar ou encontrar juntos uma solução.” Pode ser que, só isso, já resolva 90% do problema.

Imagem de capa: Andrii Kobryn/shutterstock

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Amiga, ele era apenas mais um Don Juan

Amiga, ele era apenas mais um Don Juan

Amiga, se eu pudesse lhe dizer algo, diria que não cabe a você culpa alguma por amar e se entregar com sinceridade. Não cabe a você angustia alguma por confiar. Não cabe a você o peso de entender a mente conturbada de um Don Juan.

Ele disse que te amava, mas agora ele desapareceu e não retorna suas ligações, ele não responde às suas mensagens e não quer mais nada sério, diferente do que dizia há alguns dias. Não, você não errou, ele era apenas um conquistador e você foi mais uma vítima da extensa lista dele.

Don Juan é um personagem literário tido como símbolo da libertinagem. Aconselho, amiga, que você o leia em algum clássico, como Casanova, por exemplo, ou o escute dedilhado em sinfonias como na ópera Don Giovanni de Mozart ou assista ao filme Don Juan DeMarco com Marlon Brando e Johnny Depp. E como a arte imita a vida, você vai perceber que Don Juans existem aos montes e estão por aí andando diariamente entre nós.

A psicanálise os classificou como indivíduos tremendamente sedutores que, quase sempre, exibem uma falsa moralidade para os outros. Eles sentem um imenso prazer e consequente compulsão em conquistar, principalmente se a pessoa em questão lhes parecer difícil ou for comprometida, sendo casada ou freira, por exemplo. Contudo à despeito do tempo despendido na arte da sedução, logo após notarem terem conquistado a mulher desejada, eles partem para outra sem olhar para trás.

Muitas vezes, não é preciso que uma mulher tenha tido um contato íntimo com um Don Juan para ser deixada, basta apenas que ela demonstre em uma mensagem de texto ou em uma conversa que foi conquistada.

Amiga, Don Juans não se colocam no lugar de outras pessoas, eles não sentem remorso pelas tristezas que provocam por onde quer que passem. O amor neles é um sentimento fugaz e passageiro. Don Juans desejam conquistar e só. Segundo pesquisadores americanos, liderados pelos psiquiatras Peter Lee e Michael Smith, os portadores da síndrome de Don Juan possuem um comportamento compulsivo porque possuem carência no cérebro de uma substância chamada feniletilamina, que provoca as sensações de exaltação, alegria e euforia. Então o que você falou, o que você fez ou deixou de fazer pouco importa na razão do relacionamento não ter sido. O seu único azar foi ter cruzado na vida com um homem tão sedutor e dissimulado.

Talvez eu fizesse o mesmo no seu lugar, pois Don Juans parecem príncipes encantados e são quase impossíveis de serem ignorados. Então, não se odeie por isso.

Amiga, eu estou aqui para lhe dizer que é hora de se levantar. De enxugar essas lágrimas e de seguir em frente. Esse homem que te machucou tanto, no fundo é uma pessoa infeliz.

Veja, ele nunca vai conhecer o prazer que existe em estar verdadeiramente junto de alguém. Em compartilhar um mesmo cobertor. Em fazer cafunés assistindo a um filme bobo na tv. Ele nunca vai saber o que é cuidar e ser cuidado. Ele nunca vai entender o que é ir de mãos dadas até a padaria. Ele nunca fará amor com sentimento e carinho. Ele nunca vai ser colo para as lágrimas de alguém. Ele nunca será morada para o amor.

O destino de um Don Juan é quase sempre viver sozinho. Brincando de seduzir. Brincando de dar à sua vida alguma emoção. O nosso destino, o de pessoas normais, que realmente se apaixonam, amam e se entregam é o de seguir em frente, continuar amando e ser muito feliz.

Agora, amiga, dê a volta por cima. Chegou a hora de conhecer o verdadeiro amor!

Acompanhe a autora no Facebook pela sua comunidade Vanelli Doratioto – Alcova Moderna.

Para maiores orientações indico a leitura do artigo A Síndrome de Don Juan

Pequeno guia para lidar com Pessoas Introvertidas

Pequeno guia para lidar com Pessoas Introvertidas

“Em um mundo que celebra comportamentos extrovertidos incessantemente, os introvertidos têm grande chance de ficar com uma má reputação.

Há coisas que os introvertidos gostariam que você soubesse sobre eles e que ajudariam na convivência e nas relações. Por exemplo, introvertidos não são anti-sociais ou deprimidos. Na verdade, muitos os admiram pelo seu jeito independente e que mantém as pessoas calmas, concentradas e seguras. As pessoas amam os introvertidos. Entretanto esse “caminho” só é aparente para os amigos mais íntimos.”

Ler mais: 15 coisas que os introvertidos nunca vão te dizer

contioutra.com - Pequeno guia para lidar com Pessoas Introvertidas

 

Bonecas de carne e osso

Bonecas de carne e osso

Mulheres com jeitinho de meninas podem ser muito atraentes; enxerga-se ali um misto de inocência e audácia que pode mexer com os mais recolhidos instintos. Fêmeas sedutoras, parecem bonecas saídas de uma caixa de cristal: a pele lembra a mais fina seda; o sorriso é um encanto; as curvas do corpo esguio bem torneado e flexível; os cabelos impecáveis, parecem ter sido esculpidos em torno do rosto perfeito.

Essas tão cobiçadas mulheres podem parecer um sonho. No entanto, no decorrer do tempo de convivência; no frigir dos ovos; no chacoalhar dos dias; na irregularidade inevitável de uma vida de verdade, podem se transformar num terrível pesadelo, para si mesmas e para quem convive com elas.

Em um mundo regido pelas aparências, não é de se admirar que a maioria das mulheres acabe por sentir que há algo ou quase tudo errado com elas. A mídia vende a ideia de que todas nós somos perfeitamente capazes de nos espremer numa rotina de 10 ou 12 horas de trabalho (muito bem remunerado, é claro!); dedicar ao menos uma hora diária à prática de atividades físicas; empenhar tempo para encarnar verdadeiras Vênus da sedução amorosa; mais um outro tanto de tempo para nos informarmos e estarmos sempre antenadas; e, caso tenhamos tido a coragem de formar uma família, que sejamos esposas e mães alegres, amorosas, bem-humoradas, organizadas… E, é claro: LINDAS!

O fato, é que aquela vida da mocinha da propaganda não existe para nós, mortais. Não mesmo! De jeito nenhum! O que existe é uma experiência possível que exige de nós um grau considerável de maturidade e equilíbrio para entender que a rotina desumana de trabalho vai nos sair mais cara do que somos capazes de imaginar. Que atividade física é essencial, mas não pode ser uma forma de tortura física e mental (Experimente, por exemplo, dançar como se o mundo fosse acabar, e sem que ninguém assista, lógico!). Que namoro bom, é namoro solto, que traga alegria, energia e intimidade para a vida e não exija de nós a prática de um joguinho chato e ridículo de sedução para “manter a chama acesa” (Ahhh, e gente casada também pode namorar, viu?! Inclusive com o próprio cônjuge). Que conhecimento é um bem de extrema importância, para fazer a gente ser mais iluminada e flexível e não mais soturna e endurecida; e que ser mãe e esposa não é tarefa de especialista, é parte do nosso processo de humanização no mundo; é habilidade que se aprende aos poucos, e, de preferência enquanto respira.

Assim, sejamos um pouco mais compreensivas com aquelas de nós que não acharam outra saída, a não ser encarnar uma espécia de “Barbie Forever”. Sejamos compreensivas a ponto de entender o processo de plastificação da pessoa, diante de uma sociedade que é implacável com quem ousa “ser fora da curva e pensar fora da caixa”. Mas, caso tenhamos a difícil tarefa de ter de conviver com um exemplar da espécie; e caso a tal pessoa seja alguém do nosso ciclo afetivo, cuidemos para não alimentar o monstrinho. Não é uma tarefa muito fácil! Essas mulheres se magoam com muita facilidade; foram privadas de experiências de maturação afetiva porque perderam tempo demais tentando agradar alguém.

Encaremos pois, como uma missão de amor. No caso da “moça” (algumas já não são mais assim tão moças há algum tempo), exagerar na dose do “anestésico facial” para reduzir as linhas de expressão, a ponto de parecer que ela virou pedra, sejamos solidárias e corajosas o suficiente para dar “um toque”. Isso na verdade, é ser amiga de fato. Amigos de fato ajudam a gente a não perder o rumo de forma irremediável, em qualquer circunstância.

E nessas alturas já deve ter gente torcendo o nariz! Porque o texto é preconceituoso; porque isso deve ser algum recalque; porque as mulheres lindas feito bonecas são mesmo vítimas de inveja e blá, blá, blá! Tudo bem! Cada um , ou uma, de nós, faz de sua vida exatamente o que bem entender! Escrevo aqui apenas a minha singela opinião acerca da maravilhosa aventura e desventura que é nascer, crescer e virar uma mulher madura e inteira.

Que a imagem idílica da “mulher boneca” não tire de nós o direito de amar as nossas belas e únicas imperfeições! Que o nosso amor pela vida seja muito mais forte do que a obstinação por um corpo perfeito e um rosto sem marcas! Que sejamos lindas, com nossa pele da cor que é; com nossas sardas e pintas; com nossas curvas a mais ou a menos; com nosso cabelo de cachos, sem cachos, ralinhos ou perdidos na contingência de uma enfermidade mais séria. Que ao olhar no espelho, sejamos capazes de nos reconhecer em nossa espetacular e única forma de ser!

Cada “não” que me machucou foi mais útil do que todo “sim” que me iludiu

Cada “não” que me machucou foi mais útil do que todo “sim” que me iludiu

 

É interessante como, na maior parte das vezes, só iremos nos conscientizar da importância do que nos aconteceu depois que o tempo passar, quando estivermos bem longe daquilo tudo. Parece ser necessário sairmos do meio do redemoinho, para então enxergarmos de fato a sua real dimensão, a força de suas ações e as consequências de suas extensões.

Por essa razão é que devemos tentar não tomar decisões em meio ao calor dos acontecimentos, tampouco tirar conclusões sobre o que está ocorrendo, pois muito provavelmente estaremos nos precipitando à realidade dos fatos. Muitas vezes, o que parece bom acabará se revelando inútil ou danoso, ao passo que aquilo que nos desola e desagrada poderá vir a ser benéfico e útil para nossas vidas.

E isso diz respeito principalmente àqueles momentos em que nada parece sair como queríamos, em que a frustração é a resposta aos nossos anseios, em que nos negam a realização de nossos sonhos. As propostas de emprego que nos recusam, as relações amorosas de que nos expulsam, a compra que não dá certo, a viagem que não se realiza, as provas que nos reprovam, tudo isso devasta e machuca, mas, incrivelmente, também pode – e deve – aumentar nossa motivação e nossa persistência em não desistir.

Não é fácil, mas adotarmos uma postura não derrotista após as negativas da vida nos traz aprendizados e força de caráter. Refletir sobre as causas do que não deu certo, no sentido de mudarmos nossas atitudes e melhorarmos nosso comportamento, para não incorrermos nas mesmas falhas, para nos tornarmos melhores como pessoas e profissionais, acabará nos levando ao encontro de um destino feliz, mais cedo ou mais tarde.

Caso conseguíssemos tudo o que quiséssemos, caso fôssemos amados por todos que escolhêssemos, caso os empregos viessem até nós facilmente, não teríamos que sair do lugar e, sem movimento e luta, ninguém supera nem aprende nada. Ninguém há de querer a complascência alheia isenta de sinceridade, pois queremos passar verdade e confiança e não ser dignos de pena. Quanto mais nos esforçamos para obter o que queremos, mais valor damos às nossas conquistas, porque conquista de fato então houve.

É preciso lutar pelo que queremos e deixar ir o que não teremos, o que não é nosso. Afinal, o amor que nos negam não seria o verdadeiro; o emprego que nos escapa não nos serviria; o bem que não conseguimos adquirir não nos seria útil; o amigo que nos deixa não seria o que traz sinceridade. Deem licença de pensarmos assim, não para nos agarrarmos a ilusões e falácias, mas para nos preenchermos com esperança, com ideais motivadores e que não nos permitam estacionar jamais.

Quando somos verdadeiros e lutamos pelo que queremos, acabamos protagonizando a nossa própria história, junto às pessoas certas, no emprego que nos cabe, rodeados daquilo que conforta na medida exata do que temos a oferecer. Isso então nos bastará e nos tornará felizes e realizados, a cada nova conquista, sem falsidade, sem exageros, sem ausências.

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Imagem de capa: Pexels

Ganha mais da vida quem não perde a fé no sonho

Ganha mais da vida quem não perde a fé no sonho

Lá vai alguém que sonha. Vai pisando seus medos, sofrendo sua ansiedade. Para, respira, sente fome, perde o apetite, foge de sabe-se lá o quê, senta na grama, levanta, dorme, acorda, cantarola, chora. Lá vai alguém que sonha seu caminho leve, procura o sol entre uma sombra e outra e sofre o peso de cada passo, desvia de buracos, armadilhas, arapucas, alçapões. Lá vai alguém que sonha.

Vai em cima da hora, acelera na estrada à tardinha. Anda só na companhia de alguém que sangra, que parte e que há de voltar. Segue adiante. Erra o caminho, perde entradas, ignora saídas. Diminui o passo quando vê um obstáculo, passa devagar, olha ao redor. Acelera quando sente perigo. Foge, segue em frente.

Lá vão seus pequenos sonhos de grandeza. Suas manias e obsessões e seus medos insuportáveis, sua solidão dolorosa. Lá vai seu olhar passeando os caminhos de gente desconhecida, suspeitando amor em cantos esquecidos onde a vassoura não entra. Vai alguém ali, esperando em seu desespero, escorregando entre o barulho vazio de seus dias e o silêncio rumoroso de suas noites.

Entre os que se entrincheiram à esquerda e à direita, ignorando o quanto estamos todos na mesma linha de tiro, no meio e no alvo da bomba, vai alguém em sua perplexidade, sonhando histórias simples de amor e saudade. Lá vai uma pessoa a quem brilhantes pensadores político-filosóficos classificariam como ingênua ou demagoga porque ainda se compadece de quem tem fome, na África ou na esquina.

Vai ali alguém em sua alegria triste, seu riso chorado, seus cabelos em desalinho e seus desvios impecáveis. Lá vai alguém achando que vai mudar o mundo, sim. Devagar, no ritmo lento e teimoso de seus passos, mas vai, ah, vai.

Em sua arte de atravessar a rua na frente dos carros apressados e forçá-los a pisar no freio, vai alguém que sofre e chora sua raiva e seu desencanto porque sonha. E quem sonha leva ao passeio um cachorro livre que não aceita sua coleira, escapa ligeiro por debaixo do portão e lhe morde a cara com força e sem remorso se o ameaçam em sua liberdade.

Caminhando apressado para longe dos malditos idiotas e sua sanha raivosa de tudo nivelar por baixo, vai alguém em seu olhar perdido. Vai acreditando que a vida podia, talvez nunca seja, mas bem podia ser tão simples quanto um pente que lhe falta entre as tesouras e toalhas e cortadores de unha da casa.

Pelas calçadas onde bate o sol, lá vai alguém que sou eu e é você e somos nós e os nossos sonhos. Alguém que fala tanto de amor porque o amor lhe falta e lhe dói. Assim, caminhando pela vida de seu jeito, em seu susto, de sua sorte, lá vai alguém que sonha.
Fim da conversa no bate-papo.

O amor é o remédio mais poderoso que temos.

O amor é o remédio mais poderoso que temos.

Se você vive apontando seu dedo indicador constantemente para seu próprio nariz, cuidado! Algumas pessoas prejudicam outras e pedem perdão, que pode ser aceito ou não; mas há algumas atitudes em que o único prejudicado é você mesmo.

A culpa é influenciada pelas crenças e valores que cada um traz consigo desde a infância e que muitas vezes não corresponde mais aos valores e crenças atuais. Culpa, remorso, arrependimento, são inimigos constantes e nos fazem sentir vergonha, medo e a maior consequência: a autopunição.

Perdoar a si mesmo talvez seja um dos maiores desafios, pois está relacionado com a capacidade, ou melhor, com a dificuldade que cada um tem de se amar e se aceitar. As pessoas não se amam por acreditarem terem feito algo muito terrível, às vezes isso até corresponde à verdade, mas muitas vezes não.

Procure observar se busca demais pela aprovação e reconhecimento  das pessoas em geral, se está sempre à disposição de todos, cedendo em quase tudo, pela necessidade inconsciente de agradar, de ser aceito, mas que muitas vezes confunde-se com a desculpa de querer ajudar e que na verdade oculta a busca pelo amor e atenção.

Uma maneira de cultivar a culpa é estar sempre exigindo perfeição de si mesmo. Para se livrar disso, seja honesto consigo mesmo, pense sobre o que te levou a fazer certas escolhas, agir de determinada forma e, lembre-se que, naquele momento você fez o melhor – ou o “menos pior” – por si. Nós sempre fazemos o que dá para ser feito. Nunca julgue situações passadas com valores do presente.

Para perdoar-se é preciso rever todas suas crenças, valores, que muitos esquecem que com o tempo podem, e devem, se modificar. Analisar o que fez ou deixou de fazer para poder mudar e crescer é válido, como sentir remorso pela dor que pode ter causado a alguém e pedir perdão. Mas se esse remorso começar a dominar sua vida, isto alimentará o seu papel de vítima e a autopiedade. Você deve aprender e crescer com a experiência passada e isso não quer dizer se punir eternamente por algo já feito.

Perdoar a si mesmo exige uma completa honestidade, é um processo de reconhecer a verdade, assumir a responsabilidade pelo que você fez, aprender com a experiência, reconhecer os sentimentos que motivaram determinados comportamentos, abrir seu coração para si mesmo, ouvir seus medos, curar certas feridas e isso você pode conseguir amando a si mesmo.

Você pode e deve se livrar de certos padrões de pensamentos e sentimentos. Mude o que não acredita mais, livre-se de tudo que te faz mal, cure a ferida que mais lhe dói. A verdadeira cura é fazer as pazes consigo mesmo. O amor é o remédio mais poderoso que temos.

Difícil não é dar o que temos, mas doar o que somos

Difícil não é dar o que temos, mas doar o que somos

As maiores decepções que teremos na vida serão com pessoas próximas, principalmente quando nelas depositamos a esperança de receber em troca o que achamos que merecemos. Todo mundo tem a capacidade de surpreender, às vezes positivamente e, muitas vezes, de forma decepcionante. Cabe-nos perceber que, com exceção de quem se nega a compartilhar qualquer coisa que seja, cada um se mostra na medida exata do que possui dentro de si, nada mais do que isso. Seja você, então, quem se doa com dedicação e verdade.

Doe sorrisos. Não imaginamos o quanto nos faz bem sermos atingidos por um sorriso sincero, um semblante com uma leveza acentuada no canto dos lábios. É contagiante, pois raramente não retribuímos com gratidão a quem nos sorri. Estamos estendendo entendimento às pessoas quando sorrimos, como se lhes disséssemos que tudo vai ficar bem, que essa dor que ela sente vai passar, que é preciso continuar. Isso dispensa quaisquer palavras.

Doe abraços. Como nos diz a canção, é ali o melhor lugar do mundo, um lugar em que acomodamos os nossos pesares e suavizamos os pesos de nossa alma. Nem precisa ser demorado, mas intenso e recheado de boas intenções, para que nos revista de energia positiva. Um abraço sincero é combustível de amor, de alegria, de motivação e nos reafirma, com propriedade, que ainda há esperança de que o melhor virá e nos encontrará.

Doe tempo. Mesmo que sejam minutos, um dos melhores presentes que podemos receber do outro é perceber que ele está ali, naquele momento, totalmente voltado para nós, pronto para compartilhar a alegria e a dor que nos preenche. Ter alguém que nos ouve e nos acolhe em sua vida, que responde aos nossos chamados, fará toda a diferença nos momentos em que estejamos alquebrados e devastados emocionalmente.

Doe gentileza. Aonde quer que vá, seja gentil com todos, sem afetações ou exageros, mas seja o seu você mais humano. É necessário que externemos o que de melhor temos dentro de nós, para que nossa luz fique cada vez mais forte, afastando os fantasmas alheios e as escuridões pessoais. Há pessoas que estão sofrendo, passando por problemas imensuráveis, e um gesto de gentileza lhes poderá salvar grande parte de suas desolações. Muitas vezes, um olhar de compaixão é mais benéfico do que moedas jogadas pelo vidro do carro.

Doe conhecimento. Os saberes se multiplicam, quando compartilhados, pois acabam acrescidos pelo que cada pessoa que o recebe possui. Deter conhecimento não torna ninguém melhor do que o outro, não garante que a pessoa continuará sendo chefe ou líder, não significa que o indivíduo é mais capaz do que os demais. Quanto mais dividirmos o que sabemos, mais pessoas poderão ter a chance de alcançar os seus sonhos.

Doe amor. O amor cura, salva, harmoniza, liberta e dissemina-se além dos espaços possíveis, não se contendo em si, tamanha é a sua força. O mundo precisa de mais tolerância, de mais paciência, de mais educação, e tudo isso se constitui de essência amorosa. Não é possível gostar de todo mundo, mas amarmos verdadeiramente quem caminha conosco será um dos maiores favores que poderemos prestar aos nossos queridos e a nós mesmos.

É difícil conseguirmos nos doar com dedicação e persistência, haja vista a carga excessiva de trabalho e de afazeres que preenchem quase que a totalidade de nossas responsabilidades diárias. No entanto, se nos dispusermos a olhar para fora de nós, estaremos contribuindo ao caminhar junto, ao senso de coletividade que deve permear toda e qualquer busca de felicidade nessa vida. Lembremos, afinal, que a vida nos retribui com generosidade por tudo o que fazemos de bom.

Como as pessoas arruinam suas vidas (mesmo sem perceberem que o estão fazendo)

Como as pessoas arruinam suas vidas (mesmo sem perceberem que o estão fazendo)

Compreende que a vida não é uma linha reta. A vida não é um conjunto de etapas marcadas no tempo.

Não há problema se tu não terminares a faculdade, cases, encontres um trabalho que te sustente, tiveres uma família, ganhes dinheiro e vivas confortavelmente quando tiveres esta idade, ou aquela idade.

Não há problema se for o teu caso, desde que compreendas que se não fores casado aos 25, ou Vice Presidente aos 30 – ou feliz, o que realmente importa – o mundo não irá condenar-te. Tens permissão para voltares atrás. Tens permissão para descobrir o que te dá inspiração.

Ainda há tempo, e penso que nos esquecemos disso muitas vezes. Escolhemos um curso logo a seguir de terminarmos o secundário porque o adequado a se fazer é irmos diretamente para a universidade. Escolhemos um emprego logo após a universidade, mesmo que não seja a nossa paixão, porque investimos tempo nele. Vamos para esse emprego todas as manhãs porque sentimos a necessidade de nos sustentarmos abundantemente.

Damos o próximo passo, e o próximo, e o próximo, pensando que estamos preenchendo alguma lista de tarefas para a vida e um dia acordamos depressivos. Acordamos stressados. Sentimo-nos pressionados e não sabemos porquê.

É assim que arruínas a tua vida.

Arruínas a tua vida escolhendo a pessoa errada.

O que será esta necessidade de apressar as nossas relações? Porque estamos tão apaixonados pela ideia de ser de alguém, ao invés de ser alguém em primeiro lugar? Acredita em mim quando digo que um amor alimentado pela conveniência, um amor que floresce pela necessidade de dormir ao lado de alguém, um amor que satisfaz a nossa necessidade de atenção invés da paixão, é um amor que não te vai inspirar às 6 da manhã quando pensares no assunto e o adoptares.

Esforça-te pela descoberta de amor fundamental, o tipo de relação que te motiva a seres um homem ou mulher melhor, o tipo de intimidade que é rara. “Mas eu não quero ficar sozinho!” exclamamos frequentemente. Estar sozinho. Comer sozinho, ir a encontros contigo, dormir sozinho. No meio deste processo vais aprender sobre ti próprio. Vais crescer, vais descobrir o que te inspira, vais curar os teus sonhos, as tuas crenças, a tua clareza deslumbrante e quando conheceres a pessoa que faz as tuas células dançarem, vais ter a certeza disso, porque tens a certeza de ti próprio. Tem paciência. Por favor, eu peço-te que tenhas paciência, que lutes por isso, para fazeres um esforço se já o tiveres encontrado, porque é o sentimento mais bonito que o teu coração vai experimentar.

Arruínas a tua vida por deixares o teu passado governar.

É comum que certas coisas da vida aconteçam contigo. Vai haver desgostos, confusão, dias em que sentes que não és especial ou que vales a pena. Existem momentos que vão permanecer contigo, palavras que vão colar. Não podes deixar que isso te defina – eles foram simples momentos, simples palavras. Se permitires que qualquer evento negativo na tua vida mude a visão que tens de ti, vais olhar para o mundo à tua volta com negativismo.

Vais perder oportunidades porque não conseguiste aquela promoção à cinco anos atrás, convencendo a ti próprio de que foste estúpido. Vais perder afecto porque assumes que o teu antigo amor te abandonou porque não eras suficientemente bom e agora não acreditas no homem ou mulher que te estimulam a acreditar que és. Isto é um ciclo, profecia do auto-preenchimento. Se não permites a ti próprio ultrapassar aquilo que já passou, o que foi dito, o que ficou para trás, vais olhar para o teu futuro com essa lente e nada vai ser capaz de quebrar esse julgamento. Vais continuar a justificar, reviver e alimentar a percepção que deveria ter existido em primeiro lugar.

Arruínas a tua vida quando te comparas com os outros.

A quantidade de seguidores que tens no Instagram não decresce ou aumenta o teu valor. A quantidade de dinheiro na tua conta bancária não irá influenciar a tua compaixão, tua inteligência ou a tua felicidade.

A pessoa que tem duas vezes mais posses do que tu não tem o dobro da benção, ou o dobro do mérito. Somos influenciados por aquilo que os nossos amigos estão a gostar, quem os nossos mais próximos estão a perseguir e no final do dia isto não só arruína as nossas vidas, como também nos arruína a nós. Gera dentro de nós esta necessidade de nos sentirmos importantes e em muitos casos passamos por cima dos outros para o alcançar.

Arruínas a tua vida ao te dessensibilizares.

Todos temos medo de dizer demasiado, de sentir profundamente, de deixar que as pessoas saibam o que elas significam para nós. Preocupação não é sinónimo de loucura.

Expressares-te a alguém o quão especial ela é para ti vai te tornar vulnerável. Não há como negá-lo. No entanto, não é nada para te sentires envergonhado. Existe algo belo, de cortar a respiração, nos momentos de pequena magia que ocorrem quando te despes e és honesto com aqueles que são importantes para ti.

Deixa que aquela garota saiba que ela te inspira. Diz à tua mãe que a amas em frente dos teus amigos. Expressa-te, expressa-te, expressa-te. Abre-te, não te endureças para o mundo e sê arrojado em quem, e como amas. Existe coragem nisso.

Arruínas a tua vida por a tolerares.

No final do dia devias sentir-te excitado por estares vivo. Quando te contentas com algo menor do que o que desejas profundamente, destróis a possibilidade que vive dentro de ti e dessa maneira enganas tanto a ti próprio como ao mundo do teu potencial.

O próximo Michelangelo pode estar sentado atrás de um Macbook a escrever uma fatura para clipes de papel, porque paga as contas, ou porque é confortável ou porque pode tolerá-lo. Não deixes que isto aconteça contigo. Não arruínes a tua vida desta maneira. Vida e trabalho, vida e amor não são independentes uns dos outros. Eles estão ligados intrinsecamente.

Temos que lutar para fazer um trabalho extraordinário, temos que lutar para encontrar um amor extraordinário. Apenas assim iremos entrar numa extraordinária e abençoada vida.

Fonte indicada: Coffee Break

Sabedoria do Papa adaptada para behavioristas, por João Claudio Todorov

Sabedoria do Papa adaptada para behavioristas, por João Claudio Todorov

Por João Claudio Todorov

Na mensagem de natal dirigida a cardeais e bispos o Papa surpreendeu e fez críticas sem precedentes ao comportamento dos membros da Cúria.

Inspirados pela crítica do Papa Francisco à Cúria Romana, aqui vão conselhos dirigidos apenas aos behavioristas amigos da internet (para não dizerem que me meti a Papa do behaviorismo):
1 – A sensação de imortalidade, imunidade ou de ser indispensável costuma acompanhar o sucesso profissional do analista do comportamento, mas é bom lembrar que o resto da Psicologia não pensa assim. O cemitério dos psicólogos está cheio de “ex-ímortais”, “ex-imunes” e de “ex-indispensáveis”.

2 – Cuidado com a excessiva diligência. Pare para pensar antes de seguir regras. Como disse o Papa, “negligenciar o descanso necessário leva ao estresse e à agitação” e isso vale também para os behavioristas.

3 – Cuidado com o endurecimento mental. Isso é combatido acompanhando de vez em quando o que o resto do mundo está fazendo.

4 – Não abuse do planejamento excessivo e da análise funcional. Imaginação e improvisação são as mães da inovação.

5 – A má coordenação mata o futuro. Behaviorismo e análise do comportamento são obras coletivas. Como disse o Papa, o individualismo faz a orquestra produzir ruído, não música. Se cada um começar a dar nomes novos aos velhos bois a vaca vai para o brejo.

6 – O Alzheimer acadêmico torna o behaviorista uma pessoa totalmente dependente de seus pontos de vista, muitas vezes imaginários.

7 – A glória pessoal e a rivalidade são doenças irmãs, e seus sintomas são a ênfase absoluta em publicar e ser citado.

8 – Cuidado com a hipocrisia existencial, a doença dos que se dedicam burocraticamente à crítica da teoria e perdem contato com o comportamento das pessoas vivendo em sociedade. Alguns se dedicam a vida dupla, definindo conceitos de uma forma e usando-os na prática de outra.

9 – Fujam de conversas e fofocas, as quais semeiam discórdia e maledicência.

10 – Badalar o chefe é bom para carreira na política. Não deveria funcionar na ciência e na profissão (mas nunca se sabe…).

11 – Quando todo mundo pensa em si mesmo a procissão não anda. Lembrem-se que o santo é de barro e muitos são necessários para carregar o andor.

12 – Behavioristas são arrogantes por natureza, mas não custa fazer um esforço e sorrir para os clientes.

13 – Os que gostam do trabalho cobram preços razoáveis e não escorcham a clientela. Já os que sentem “um vazio existencial em seu coração” afogam as mágoas com preços inacessíveis.

14 – Evitem os círculos fechados. Esses grupos tendem a se tornar muito fortes e a gerar dissidências que se apresentam depois como uma nova ciência (se disserem que eu estava pensando no Steve Hayes vou dizer que é mentira).

15 – Cuidado com o exibicionismo do poder. Segundo o Papa, é a doença que transforma seu serviço em poder, e seu poder em mercadoria para ganhar mais dinheiro ou ainda mais poder.

Fonte indicada: João Claudio Todorov– blog oficial

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