Passei dos 25 e não fiz o que planejei. Fiz o que pude.

Passei dos 25 e não fiz o que planejei. Fiz o que pude.

Por Jean Peixoto

Não adquiri casa própria. Não comprei um automóvel. Não aprendi a dirigir. Não escrevi um livro. Não concluí a faculdade. Não conheci o exterior. Não encontrei a pessoa certa. Não me casei. Não tive filhos. Não fiquei rico. Não encontrei o emprego dos sonhos. Não me tornei chefe de nada. Não fui morar sozinho. E nada disso é, de fato, um problema, afinal de contas cada um tem o seu tempo.

Quando estava próximo de completar 16 anos entrei em uma paranoia. As pessoas sempre me diziam que os 15 anos eram a melhor fase da vida, que eu deveria aproveitar ao máximo, porque essa época jamais voltaria. Me sentia culpado porque os meus 15 anos, com toda certeza, não foram a melhor fase da minha vida. Era como se estivesse desperdiçando a tão valiosa e exclusiva oportunidade que a vida estava me oferecendo. Uma bobagem. Mais tarde, com 18 anos, outra crise. A maior parte dos meus colegas de aula estava aprendendo a dirigir, alguns ganhando automóveis dos pais, namorando, escolhendo a faculdade que queriam cursar e eu, nada.

O ritmo frenético de estudar no curso técnico pela manhã, trabalhar à tarde e frequentar as aulas à noite era realmente exaustivo, e se estendeu pelos 3 anos do Ensino Médio. Meu aproveitamento foi bem abaixo do esperado, mas tudo bem, eu estava fazendo o que tinha de ser feito. Concluí o Ensino Médio e passei alguns anos sem estudar. Uma decisão errada? Talvez. Ou não. Nem sei bem ao certo se foi uma escolha, afinal de contas, não estudei porque precisava trabalhar e andava muito cansado.

Ingressei na faculdade aos 21, idade em que boa parte das pessoas já está se formando (aqueles colegas lá do Ensino Médio, por exemplo). Próximo de completar 23 anos, uma nova paranoia. Ouvi em um programa de rádio algo sobre os grandes feitos da humanidade que seus autores realizaram até os 23 anos (com o tempo descobri que algumas informações daquela lista eram absolutamente irrelevantes e, outras, completamente incorretas). Me perguntava todos os dias se, caso eu viesse a morrer, qual seria o meu legado? O que eu deixaria de herança para o mundo? Desperdício de tempo e energia mental seria a minha resposta, hoje.

Ano passado completei 25 anos. As pessoas geralmente dizem que aparento ser mais jovem. Finjo crer que é pela aparência — o que é uma possibilidade — mas sei que o motivo mais provável talvez seja a sucessão de lacunas que minhas escolhas e as circunstâncias impostas deixaram no meu caminho, até aqui. Não adquiri casa própria. Não comprei um automóvel. Não aprendi a dirigir. Não escrevi um livro. Não concluí a faculdade. Não conheci o exterior. Não fiz uma tatuagem. Não encontrei a pessoa certa. Não me casei. Não tive filhos. Não fiquei rico. Não encontrei o emprego dos sonhos. Não me tornei chefe de nada. Não fui morar sozinho. E nada disso é, de fato, um problema, afinal de contas cada um tem o seu tempo.

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Esse tempo que vivemos, em que tudo é instantâneo e efêmero, estabelece uma série de diretrizes normativas que nos conduzem a um comportamento de rebanho. Condicionados à essa constante avaliação qualitativa, mediada por likes, terminamos por nos esquecer das coisas que são realmente importantes nas nossas vidas. E quais são elas? Essa é uma pergunta que o inconsciente coletivo não pode responder, pois é estritamente subjetiva. No entanto, o que posso aferir é que estejamos todos priorizando nossas vidas a partir de modelos pré-estabelecidos que já não nos servem.

Nos últimos tempos, dificilmente encontro alguém com 20 e poucos anos que não esteja, senão completamente, ao menos, parcialmente insatisfeito com sua vida e suas escolhas. Afinal de contas, no universo da timeline, todas as outras pessoas estão completamente felizes, viajando, participando de festas e eventos badalados, comendo pratos maravilhosos, conhecendo celebridades, ganhando prêmios, trabalhando nas melhores empresas, namorando as melhores pessoas. No universo da timeline ninguém está triste. Ninguém está sem dinheiro. Ninguém está sozinho. Ninguém está se sentindo mal. Menos você, que no universo da timeline também está se sentindo completamente realizado para o resto do mundo, exceto para você mesmo.

O que nos falta é nos darmos a oportunidade de errar mais. Temos o hábito de nos cobrar demais e isso causa uma espécie de paralisia sensorial. Uma ansiedade despropositada. Sempre que nos permitimos errar, nos sentimos mais leves e menos suscetíveis ao erro. Em consequência, erramos menos. Somos pressionados diariamente a sermos pessoas perfeitas, pessoas que não erram, que não falham, porque falhar é coisa de derrotado, e derrotados não ganham likes.

Dia desses vi uma tirinha cruel, entretanto, absolutamente verdadeira.

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Por mais que pareça um ponto de vista conformista ou desprovido de esperança, infelizmente é a mais pura realidade. Não importa que sejamos bombardeados diariamente com toneladas de mensagens positivistas que nos ditam uma infinidade de ideias desproporcionais que não correspondem ao factual. É claro que existem as exceções, mas assim como não precisamos ser regra, também não precisamos ser exceções — A menos que, ser exceção, seja o seu objetivo, é claro. Nos desprendermos da realidade é importante, sim. Flertar com a utopia é positivo, nos fortalece, nos recompõe, desde que saibamos delimitar a fronteira existente entre o real e o ideal. Não estou aqui para ditar novas regras, apenas acredito que precisamos romper com a zona de conforto, tentar coisas novas sempre que possível, mas também precisamos aceitar que algumas coisas não são possíveis para nós. E que isso não é ruim. Não somos obrigados a ser perfeitos, nem tampouco somos capazes disso. Não precisamos ter tudo o que nos dizem que devemos. Não precisamos seguir padrões definidos por outros. Só precisamos decidir.

Lendo Nietzsche é que pude, enfim, compreender que querer, definitivamente não é poder, querer é apenas ‘querer’. O querer é fruto da vontade de potência, e é ela que nos move. Precisamos conhecer as nossas limitações e transformá-las em força produtiva, seja através do trabalho, das nossas relações ou da arte. Precisamos aprender a rever nossa relação com o tempo. A forma como compreendemos o tempo diz muito sobre a forma como encaramos a vida. Não pretendo me estender nesse tema, mas a concepção Ocidental sobre o tempo é essencialmente linear: passado, presente e futuro. Início, meio e fim. Essa visão linear do tempo nos conduz a um pensamento niilista, pois reduz a vida a um mero caminho vago entre os 2 extremos. Contra essa linha de pensamento é que Nietzsche propõe a alegoria do eterno retorno, como uma alternativa a esse modo de viver o tempo.

No canto chamado “Da visão e enigma”, na terceira parte do Zaratustra, o personagem relata uma passagem em que se depara com um jovem pastor que, ao chão, se retorce de dor, pois uma enorme serpente negra havia se introduzido em sua garganta e o asfixiava lentamente. A serpente negra simboliza o niilismo. Zaratustra tentava, inutilmente, arrancar a serpente da garganta do pastor puxando-a, pois o niilismo, quase já completamente introduzido no homem, incorporado a ele, não pode ser vencido a não ser por aquele que dele padece. Por fim descobre-se que a serpente só poderia ser morta caso o pastor lhe mordesse a cabeça. Sua tormenta só se encerra quando decide fazer o que lhe é recomendado por Zaratustra aos gritos, ou seja, ‘a morde e a cospe’. Essa alegoria ensina que a superação do niilismo depende de uma decisão suprema da vontade, pela qual liberamos nossa existência do niilismo. Em suma, precisamos romper com o niilismo e para isso, só precisamos decidir arrancar a cabeça dessa serpente.

A comparação é um exercício importante, mas como todo e qualquer exercício, quando excedemos nossos limites ela se torna prejudicial. Sempre pensei nos meus ídolos como metas. Às vezes me pego pensando que com 20 anos Rimbaud já tinha escrito toda a sua obra literária e com a minha idade viajava pelo mundo. Penso que Bresson já tinha feito muitas viagens e produzido grandes peças de sua obra. Penso que Da Vinci já coordenava o próprio ateliê. Penso que James Dean já tinha chegado ao topo e já tinha morrido. Muitas vezes isso me motiva, mas na maioria das vezes, me faz cair no niilismo. Todos temos ídolos ou pessoas que admiramos e nos espelhamos. É normal. Mas é preciso relativizar as condições e relações que compõem a vida de cada indivíduo para entendermos que somos diferentes. Cada um tem suas aptidões, limitações, diferentes oportunidades e principalmente, o seu próprio tempo.

Estabelecer parâmetros e metas é fundamental, mas viver uma vida completamente calcada nesses moldes é encarcerante e provavelmente trará uma série de frustrações.Como escrevi anteriormente, é preciso aprender a lidar com as decepções e aceitar que nem sempre vencemos, mas precisamos, também, desacelerar o nosso nível de autocrítica. Só assim poderemos diminuir essa ansiedade que nos aflige diariamente. Essa sensação de dúvida, de que estamos fazendo alguma coisa de errado com o nosso presente, que irá comprometer o nosso futuro. Para pararmos de questionar o tempo todo sobre o que estamos fazendo com nossas vidas. A resposta para essa pergunta deve ser simples e objetiva: Estamos vivendo-a da melhor forma que podemos.

Fonte indicada: Obvious

contioutra.com - Passei dos 25 e não fiz o que planejei. Fiz o que pude.JEAN PEIXOTO

Um sujeito simples com diversos predicados. Estudante de Comunicação Social. Apaixonado por literatura, cinema e música. Fotografa tudo o que consegue. Escreve por vocação e desenha por teimosia. Já tentou ser músico, mas não se acostumou com os tomates. Espera, um dia, conhecer o Beetle Juice.. No Facebook Jean Peixoto.

Estavam tão felizes que não postavam nas redes sociais

Estavam tão felizes que não postavam nas redes sociais

O uso das redes sociais já faz parte da vida das pessoas. São muitos os que têm perfis no Facebook, Twitter, Instagram…

São, sem dúvida alguma, um mecanismo maravilhoso para compartilhar vivências, pensamentos, e, graças ao ambiente atual, também é possível acompanhar notícias e assuntos que nos fazem aprender.

É como se o mundo inteiro estivesse ao alcance das nossas mãos em somente um clique e, são elas, as redes sociais, que mais nos ajudam nessa característica tão básica do ser humano: a comunicação e a interação.

Mas, como tudo na vida, cada objeto, espaço ou mecanismo, desempenhará a função que cada um de nós dará de acordo com as nossas necessidades, personalidade e motivação.

Os psicólogos nos explicam que as redes sociais atuam como mecanismos de defesa para muitas de nossas carências, de nossas necessidades, essas das quais, muitas vezes, não temos consciência e que nós projetamos nesses espaços que vão muito além de uma simples interação social.

Quantas pessoas você conhece em seu círculo social que estão acostumadas a publicar seus estados de ânimo ou suas relações afetivas, no Facebook ou Twitter o tempo todo? Hoje vamos falar sobre os processos psicológicos mascarados nesses costumes.

O perfil saudável das redes sociais

Existe um comentário muito popular que é comumente dito nas redes sociais: “O mundo está cheio de mortos-vivos e a maioria deles se esconde no Facebook”.

O que isso quer dizer? A internet serve como uma ferramenta para muitas pessoas para ficar em evidência e aparentar ter uma vida que, na realidade, não possuem. 

No entanto, podemos dizer que grande parte dessas pessoas que usam as redes sociais faz isso de maneira saudável, pois dispõem de algumas características:

  • As redes sociais não são uma parte essencial e necessária em suas vidas. São um complemento e uma forma de comunicação para compartilhar experiências com pessoas que veem todos os dias, ou com as quais mantêm uma relação frequente e real.
  • O comportamento e a personalidade das pessoas que utilizam as redes sociais de forma saudável não mudam de meio para meio, ou seja, mantêm as mesmas atitudes, independente do meio em que se encontram. Portanto, são pessoas centradas que controlam adequadamente suas emoções e sabem expressá-las nos meios adequados.
  • Um exemplo? Quando se está aborrecido com algum companheiro de trabalho, não é através das redes sociais, enviando uma mensagem privada ou até publicando em seu mural para que todas as pessoas saibam da situação, a melhor maneira de comunicar-se. O correto é ser direto e conversar pessoalmente, sem a necessidade do conhecimento ou envolvimento de outras pessoas.
  • As pessoas saudáveis sabem quando “se desconectar”. Não são reféns dos seus telefones celulares e do que ocorre nas redes sociais. A vida real é muito mais apaixonante.
  • Publicam as boas notícias nas redes sociais somente pelo prazer de compartilhar com as amizades essas emoções positivas. Não possuem o desejo de “engrandecer-se” e não buscam ser prepotentes ou aparecer.
  • Também não sentem a necessidade de que todos os seus contatos (conhecidos ou não) saibam cada dia o que fazem ou deixam de fazer, o que pensam ou sentem. As pessoas que utilizam as redes sociais de modo saudável têm o conceito de “intimidade” muito bem definido.

Comportamentos pouco saudáveis nas redes sociais

A nossa vida e o nosso cotidiano não seriam o que são sem o apoio diário da internet. Ela é mais do que uma ferramenta de trabalho, podendo dizer também que torna nossas vidas mais fáceis, nos instruindo e enriquecendo de informações.

Entretanto, existem pessoas que, sem chegar a ser ofensivas, não utilizam de modo correto as redes sociais.

Convidamos você a conhecer alguns interessantes aspectos.

Em busca dos apoios psicológicos

Há pessoas que publicam estados ou fotografias em suas redes sociais devido à necessidade natural de encontrar um apoio. Esses “likes” são muito mais do que uma opção no Facebook ou um favorito no Twitter:

  • É obter uma gratificação.
  • É que alguém diga “que gosta” de uma fotografia postada, onde a pessoa aparece com um vestido ou um penteado novo. Com isso, aumenta a autoestima e, por sua vez, mostra aos outros “o quanto atrativa essa pessoa é em comparação as demais”.
  • Obter um apoio imediato e rápido. Não ter que esperar sair na rua para que as outras pessoas a vejam e digam algo. Em poucos segundos, obtém-se uma infinidades de apoios psicológicos.

As redes sociais são escudos protetores

  • A internet pode mostrar tal e como eu gostaria de ser. Posso ser mais atrevido, posso estabelecer relacionamentos afetivos nas redes sociais, pois nela me sinto mais seguro do que na vida real.
  • As redes sociais nos permitem, inclusive, criar uma personalidade nova e utilizar até mesmo uma imagem falsa de perfil. Tudo isso são, na verdade, comportamentos tão perigosos para as outras pessoas como destrutivos para nós mesmos.

Pensar que se não estamos nas redes sociais “não existimos”

Certamente já aconteceu isso alguma vez: você se encontra com alguém e pergunta, com tom irônico “Mas, quem é essa (e) em sua vida? Você já não posta mais nada no Facebook!”. Diante disso, geralmente olhamos à pessoa que fez essa pergunta e dizemos com tranquilidade: “Tenho uma vida além das redes sociais”.

Ou seja, há quem credita de que se você não publicar o que faz ou o que está vivenciando é como se, na realidade, nada estivesse acontecendo.

Toda experiência só adquire sentido no momento em que aparece no mural do Facebook e aparecem os likes e comentários. É só assim que você se sente aliviado, reconhecido e tranquilo.

Evitemos estes tipos de cosais. A vida é muito mais charmosa se sairmos para vivê-la, se guardamos as coisas para nós mesmos sem a necessidade de expor tudo a terceiros.

Pratiquemos no íntimo e no pessoal isso de “estavam tão felizes que não publicavam nas redes sociais”.

Fonte indicada: Melhor com Saúde

Arte de capa: Nidhi Chanani.

15 filmes que irão tocar sua alma

15 filmes que irão tocar sua alma

Por Psique em Equilíbrio

Uma das maiores dádivas do cinema é a capacidade de traduzir a beleza e a complexidade dos dramas humanos através de enredos que nos tocam a alma, nos ajudam a refletir e nos inundam os sentidos, trazendo à tona emoções que podem ter ação catalisadora em nossas vidas.

Separamos para vocês alguns filmes que nos tocaram e emocionaram nos últimos anos. É claro que a lista não está completa, pois são muitas tramas que nos evocam os mais diferentes sentimentos. Então fica o espaço para que vocês também possam contribuir e acrescentar nos comentários os filmes que também tocaram profundamente suas almas!

1.Sabor da vida

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Se fosse preciso definir Sabor da Vida com uma única palavra, esta seria delicadeza. É com esta poderosa arma, capaz de derrubar o mais sisudo espectador, que a diretora Naomi Kawase aborda temas tão importantes quanto preconceito e respeito, sem jamais deixar de lado a cultura e a história japonesa.

2. Nenhum a menos

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Quando o professor da escola primária de uma pequena aldeia rural em Shuiquan tem que se afastar do trabalho por um mês, a única pessoa que pode substituí-lo é Wei (WeiMinzhi), uma tímida jovem de 13 anos sem experiência alguma na arte de lecionar. Ela recebe a restrita ordem de que deve manter todos os alunos na escola e não deixar nenhum partir.
Teimosa, ela fará de tudo para cumprir o plano, algo prova ser mais difícil do que parece quando o pequeno Zhang (Zhang Huike) é obrigado a deixar a aldeia e ir para cidade a fim de arrumar um trabalho. Contando com o apoio de seus alunos, a determinada professora vai a pé atras de seu aluno perdido e não vai desistir até trazê-lo de volta.

3. A voz do coração

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Pierre Morhange (Jacques Perrin) é um famoso maestro que retorna à sua cidade-natal ao saber do falecimento de sua mãe. Lá ele encontra um diário mantido por seu antigo professor de música, ClémenteMathieu (Gérard Jugnot), através do qual passa a relembrar sua própria infância. Mais exatamente a década de 40, quando passou a participar de um coro organizado pelo professor, que terminou por revelar seus dotes musicais.

4. Philomena

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Irlanda, 1952. Philomena Lee (Judi Dench) é uma jovem que tem um filho recém-nascido quando é mandada para um convento. Sem poder levar a criança, ela o dá para adoção. A criança é adotada por um casal americano e some no mundo. Após sair do convento, Philomena começa uma busca pelo seu filho, junto com a ajuda de Martin Sixsmith (Steve Coogan), um jornalista de temperamento forte. Ao viajar para os Estados Unidos, eles descobrem informações incríveis sobre a vida do filho de Philomena e criam um intenso laço de afetividade entre os dois.

5. A vida é bela

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Durante a Segunda Guerra Mundial na Itália, o judeu Guido (Roberto Benigni) e seu filho Giosué são levados para um campo de concentração nazista. Afastado da mulher, ele tem que usar sua imaginação para fazer o menino acreditar que estão participando de uma grande brincadeira, com o intuito de protegê-lo do terror e da violência que os cercam.

6. As pontes de Madison

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Após a morte de Francesca Johnson (Meryl Streep), uma proprietária rural do interior do Iowa, seus filhos descobrem, através de cartas que a mãe deixou, do forte envolvimento que ela teve com um fotógrafo (Clint Eastwood) da NationalGeographic, quando a família se ausentou de casa por quatro dias. Estas revelações fazem os filhos questionarem seus próprios casamentos.

7. A cor púrpura

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La couleur pourpre (The Color Purple), un film de Steven Spielberg (Etats-Unis, 1995)

Georgia, 1909. Em uma pequena cidade Celie (Whoopi Goldberg), uma jovem com apenas 14 anos que foi violentada pelo pai, se torna mãe de duas crianças. Além de perder a capacidade de procriar, Celie imediatamente é separada dos filhos e da única pessoa no mundo que a ama, sua irmã, e é doada a “Mister” (Danny Glover), que a trata simultaneamente como escrava e companheira.
Grande parte da brutalidade de Mister provêm por alimentar uma forte paixão por ShugAvery (Margaret Avery), uma sensual cantora de blues. Celie fica muito solitária e compartilha sua tristeza em cartas (a única forma de manter a sanidade em um mundo onde poucos a ouvem), primeiramente com Deus e depois com a irmã Nettie (AkosuaBusia), missionária na África.
Mas quando Shug, aliada à forte Sofia (Oprah Winfrey), esposa de Harpo (Willard E. Pugh), filho de Mister, entram na sua vida, Celie revela seu espírito brilhante, ganhando consciência do seu valor e das possibilidades que o mundo lhe oferece.

8. O contador de histórias

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Anos 70. Aos 6 anos Roberto Carlos Ramos (Marco Ribeiro) foi escolhido por sua mãe (Jú Colombo) para ser interno em uma instituição oficial que, segundo apregoava a propaganda, visava a formação de crianças em médicos, advogados e engenheiros. Entretanto a realidade era bem diferente, o que fez com que Roberto aprendesse as regras de sobrevivência no local.
Pouco depois de completar 7 anos ele é transferido, passando a conviver com crianças até 14 anos. Aos 13 anos, ainda analfabeto, Roberto tem contato com as drogas e já acumula mais de 100 tentativas de fuga.
Considerado irrecuperável por muitos, Roberto recebe a visita da psicóloga francesa MargheritDuvas (Maria de Medeiros). Tratando-o com respeito, ela inicia o processo de recuperação e aprendizagem de Roberto.

9. Apenas uma vez (Once)

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Dublin, Irlanda. Um músico de rua (GlenHansard) sente-se inseguro para apresentar suas próprias canções. Um dia ele encontra uma jovem mãe (MarkétaInglová), que tenta ainda se encontrar na cidade. Logo eles se aproximam e, ao reconhecer o talento um do outro, começam a ajudar-se mutuamente para que seus sonhos se tornem realidade.

10. Uma lição de amor

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Sam Dawson (Sean Penn) é um homem com deficiência mental que cria sua filha Lucy (Dakota Fanning) com uma grande ajuda de seus amigos. Porém, assim que faz 7 anos Lucy começa a ultrapassar intelectualmente seu pai, e esta situação chama a atenção de uma assistente social que quer Lucy internada em um orfanato.
A partir de então Sam enfrenta um caso virtualmente impossível de ser vencido por ele, contando para isso com a ajuda da advogada Rita Harrison (Michelle Pfeiffer), que aceita o caso como um desafio com seus colegas de profissão.

11. Sobrevivendo com os lobos

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A história se passa na capital belga Bruxelas, em 1942, quando a Segunda Guerra Mundial se intensifica e poderio alemão invade todos os territórios.
Nesse cenário conhecemos uma garota de apenas sete anos de idade, Misha, que tem dois objetivos: escapar dos nazistas e encontrar seus pais. É assim que ela se lança numa jornada em que experimenta, sozinha, o desespero da guerra.
Mas eis que a menina é adotada por uma família de lobos. Ainda que isso possa parecer impossível ou inimaginável, surge de fato um grande amor e sentido de proteção entre os animais e a garota. Nem tudo será fácil para Misha, mas graças aos lobos ela aprende a sobreviver para prosseguir com sua busca.

12. Habemus Papam

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Após a morte do Papa, o conclave do Vaticano se reúne para escolher seu sucessor. Após várias votações, enfim há um eleito. Os fiéis, amontoados na Praça de São Pedro, aguardam a primeira aparição do escolhido (Michel Piccoli), mas ele não vem a público por não suportar o peso da responsabilidade. Tentando resolver a crise, os demais cardeais resolvem chamar um psicanalista (Nanni Moretti) para tratar o novo Papa.

13.Minha vida de cachorro

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Comova-se com a história do menino Ingemar que, devido ao agravamento da saúde de sua mãe, é enviado para casa de parentes numa vila no interior da Suécia, nos anos 50. No início, Ingemar tem dificuldades de se adaptar à nova vida e superar as saudades da mãe e do irmão. Com o tempo, acaba por viver experiências que o marcarão pelo resto da vida.

14. Minhas tardes com Margueritte

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Imagine o encontro de duas forças. De um lado, mais de 100 quilos de pura ignorância e do outro menos de 50, carregados de ternura. Entre eles, uma diferença de décadas de idade e em comum, o encanto pelos livros. Esta é a história de um cinquentão pobre com as palavras e uma idosa inversamente rica com elas.

15. Em busca do céu (Stolen Summer)

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Em busca do céu narra a amizade de Pete O’Malley( Adi Stein) e Danny Jacobsen ( Michael Weinberg ). Enquanto a maioria dos alunos da terceira série passam seus verões jogar beisebol e brincando na piscina, Peteembarcar em uma missão divina de fazer o bem em sua comunidade em Chicago e provar seu valor para entrar no céu.

Sinopses: www.adorocinema.com e www.wikipedia.com

Bagagem emocional, por Rafael Magalhães

Bagagem emocional, por Rafael Magalhães

Por Rafael Magalhães

Talvez seja essa a grande vilã dos relacionamentos. A bagagem emocional. O resquício, o trauma, as mazelas, as lembranças. Tudo isso gera insegurança e medo do novo. O medo do “de novo”. O medo de se entregar, de acreditar, de se dedicar e de se decepcionar.

E tudo isso porque alguém, certa vez, teve a infeliz ideia de dizer que é normal errar uma vez, mas prosseguir no erro é indigno. Tolice, eu diria. Não existem erros iguais, apenas situações coincidentes. Ninguém erra duas vezes igual porque não existem nesta vida duas situações idênticas, e mesmo se existissem, a pessoa com quem você está lidando não é a mesma e, sobretudo e o mais importante no caso, é que você não será mais o mesmo.

A cada erro um aprendizado. Cada vez que você acredita que será diferente, realmente há de ser. Talvez novamente não haja o final que você espera, mas haverá um final que você ainda desconhece e que irá te transformar em uma pessoa mais preparada do que é hoje. E isso, por si só, já vale o risco.

A bagagem emocional te aprisiona e te faz ser injusto. Faz com que você jogue as decepções de um relacionamento passado na conta de uma pessoa que não tem nada a ver com isso. Faz você duvidar da sorte. Faz você afastar uma pessoa boa da sua vida com medo de se decepcionar com ela, ou de causar essa decepção.

É essa bagagem que faz surgirem clichês do tipo: “Todo homem não presta” ou “Toda mulher é interesseira”. Superficial e tolo como tantas outras conclusões que se ouvem por aí. Não é todo homem que não presta. Talvez o que não preste sejam os seus critérios de escolha, ou os lugares em que você tem procurado esses homens. Já pensou nisso? E nem toda mulher é interesseira e, sim, você que faz de tudo para atrair as que são, mostrando mais o que você tem do que o que você é.

Comportando-se assim, não restam dúvidas quanto ao tipo das pessoas que irão se aproximar de você. O passado não pode fechar portas para o futuro. Ele apenas te direciona sobre quais novas portas abrir. Pense nas suas decepções passadas. Veja quanto que você se tornou uma pessoa melhor depois delas. Não valeu a pena? De que outra forma você poderia alcançar a maturidade que tem agora? Foi dolorido? Com certeza! Mas ninguém te disse que seria fácil.

É também por conta dessa bagagem emocional que surgem as fórmulas prontas. Não ligue no dia seguinte, tente não demonstrar interesse, cuidado com as palavras fortes, demore um pouco para responder… Fórmulas que deram certo em momentos distintos e com pessoas totalmente diferentes de você.

O mundo seria um lugar melhor se as pessoas procurassem ser mais verdadeiras e ficassem menos na defensiva. Menos fórmula pronta, mais cara limpa. Você gosta? Então diga! Está com saudade? Procure! Quer conversar? Ligue! Sem medo, sem frescura, sem orgulho, sem receio. E você que está recebendo tal tratamento, não seja estúpido e trate essa pessoa com a atenção e a verdade que ela merece. Coragem e transparência são itens raros nos dias de hoje, e não faz sentido você que reclama tanto de não poder confiar nas pessoas, não saber valorizar quando aparece alguém que te trata com verdade.

As pessoas parecem estar perdendo o hábito de lidar com a verdade, por isso ela assusta tanto. Não tenha medo de ser feliz. Mais vale um mês de alegria do que um ano inteiro de solidão. Ninguém sabe quanto tempo vai durar. Um casamento, um namoro, um romance, uma amizade, um amor, a vida. Tudo é passageiro e incerto. Mas o medo de acabar não pode nunca te impedir de tentar.

É comum ouvir por aí alguém dizer: “Terminei meu namoro de três anos. Não deu certo!” Não deu certo? Como não? Em tempos de casamentos que duram meses você me diz que um relacionamento de três anos não deu certo? Deu muito certo, caso contrário não teria durado tanto. Foi verdadeiro? Foi intenso? Deixou boas recordações? Então deu certo sim e valeu a pena. Se houve dor e decepção no caminho, é o preço natural que se paga.

Que venham outros amores, outros amigos, outros lugares e outros momentos. Que a dor de um adeus não seja maior que a alegria de um recomeço. Que o medo de errar não seja maior que a vontade de acertar. A vida vai ser sempre essa roda gigante e, se você não aguentar o frio na barriga na hora da descida, não vai sentir o vento no rosto e a sensação única da subida. E, vai por mim, a vista lá de cima é incrível.

Para mais textos do autor acompanhe seu blog Precisava Escrever.

Procura-se amizade desaparecida

Procura-se amizade desaparecida

E se alguém viu ou ouviu falar, por gentileza não demore a avisar. Amizade que faz falta vale a pena procurar.
Porque amigo a gente procura, rastreia, fareja, caça, laça e enlaça, sem vergonha, sem frescura, sem escusa.

É preciso ao menos saber como anda um amigo. É necessário se inteirar, se fazer necessário se preciso. Se tornar presente, ainda no presente.
É essencial fazer parte da vida de um amigo, e, mostrar a ele qual é a pilastra de sustentação que tem seu nome gravado, dentro da nossa construção.

Para esse assunto não cabe orgulho, não cola desculpa, não vence a preguiça.
Amigo é coisa séria e se ele desaparece, algum motivo há de ter. E se não dá notícias, se é indolente, preguiçoso, relaxado, ocupado, e ainda assim é amigo, vale a pena procurá-lo.

Amigo é fortuna que não se conta em moedas, mas, se desaparece, nos deixa miseráveis.
Amigo é o espelho da própria vida, a régua que mede os avanços, o freio na hora de perigo, a água, o doce de leite, a confissão sincera, o ombro amigo, o beliscão merecido.

Quando um amigo desaparece, o jogo acaba, a bola fura, a luz queima, a bateria acaba.
Falar sozinho enlouquece, falar com o amigo cura.

Se há um esforço louvável, é o de procurar um amigo. Para lhe contar a falta que fez, a saudade que deixou, a novidade que ainda não sabe, pedir um conselho, uma bronca, um abraço ou somente um alô. Para lhe dizer que a vida é curta demais para se esconder, ou não querer ser encontrado.

Para a falta de tempo, mais organização.
Para a preguiça, determinação.
Para a vergonha, coragem!
Para o ciúme de outro amigo, torne-se amigo do outro amigo também. O círculo cresce e todo mundo ganha.

Torna-se amigo em um minuto. Leva-se um vida inteira para continuar amigo.
Se você é meu amigo, por favor, não desapareça. Se precisar ou tiver vontade de desaparecer, ainda assim vou te procurar.
E se eu desaparecer, me resgate, onde for, por favor.

Inseparáveis: idosa e sua gatinha morrem com horas de diferença

Inseparáveis: idosa e sua gatinha morrem com horas de diferença

“Minha avó e sua gatinha eram inseparáveis – na vida e na morte.” Jill Layton, do The Dodo, conta que quatro horas após Gabby, a gata, falecer aos 15 anos, sua avó também se foi.

A gatinha e a senhora moravam juntas em um complexo de apartamentos para idosos, como verdadeiras colegas de quarto. “Elas começam a reduzir o ritmo ao mesmo tempo, mas continuaram sendo idosas amáveis que gostavam da companhia uma da outra”, conta Jill.

Gabby começou a ficar mais reservada e a avó começou a comer cada vez menos e perder peso. As duas estavam chegando na hora de partir.

Durante uma última consulta ao veterinário, chegaram à conclusão de que seria melhor colocar Gabby para dormir. “Minha avó ficou ao lado dela confortando-a quando ela fechou os olhos pela última vez.”

Quando chegou em casa, a avó se deitou no sofá e não acordou mais.

“Talvez fosse apenas sua hora e uma estranha coincidência, talvez ela tenha falecido de um coração partido ou talvez suas almas não pudessem ser separadas”, conta Jill. “Gosto de pensar que o espirito de Gabby estava lá para confortar minha avó, da mesma forma como vovó fizera por ela algumas horas antes.”

E esse amor continua inseparável: as duas estão enterradas juntas.

Informações e foto do The Dodo, via Gatinho Branco

As pessoas deveriam vir com currículo- Marina Barbieri

As pessoas deveriam vir com currículo- Marina Barbieri

Por Marina Barbieri, via Deuruim

Sou da teoria de que as pessoas deveriam entrar em nossas vidas apresentando currículo e carta de recomendação.

E para evitar que possíveis ressentimentos antigos estraguem a avaliação, seria exigido no mínimo três recomendações.

Imagina que maravilhoso se você tivesse sido avisada de que aquele seu ex já era um psicopata insano antes mesmo de se apaixonar pela pessoa que ele fingia ser?
Isso poderia ter te livrado de tanta dor de cabeça.
Ou aquela louca mentirosa que fingia ser centrada e equilibrada. Imagina se você pudesse ter sido avisado de quem ela realmente era antes mesmo de se envolver com ela?
Talvez ela não estivesse te perseguindo até hoje.

As pessoas fingem. As pessoas enganam. Ninguém aparece com cartão de visitas escrito “problemas”. Elas aparecem com um sorriso cativante, com uma conversinha mole, com um charme irresistível, com um olhar hipnotizante. E quando você descobre o que realmente se esconde por trás do belo disfarce, já está dentro dessa água até o pescoço.

O problema é que todo mundo sempre acha que não vai acontecer no seu quintal. Acha que vai saber identificar o problema antes mesmo dele aparecer. E que esse tipo de coisa só acontece nas outras vizinhanças.
A gente se acha foda demais, não é mesmo?
Vivemos repetindo afirmações tolas como “eu conheço ele” ou “ela nunca faria isso”, quando na verdade ninguém conhece ninguém.
Se às vezes não conhecemos nem a nós mesmos, quanta prepotência a nossa de acharmos que conhecemos o outro.

Eu chamaria de “verificação de antecedentes comportamentais amorosos”.
Não é para saber detalhes sem importância dos relacionamentos passados e nem pequenas intrigas ou picuinhas. É para saber a única coisa que realmente importa antes de abrir a porta da vida: essa pessoa é confiável para entrar no meu mundo?

A maioria das pessoas merece uma chance, um voto de confiança. A maioria das pessoas é capaz de nos acrescentar algo. Mesmo que não dure, mesmo que não seja para sempre, mesmo que acabe. Não precisa ser eterno para ter seu valor. Assim são as relações humanas. Elas duram o tempo que precisam durar. E no tempo que duram, deixam sua lição.
Mas existe uma pequena porcentagem de pessoas que não servem nem para lição. Não servem de aprendizado. Não servem de experiência. Não servem de nada. Essas pessoas simplesmente não servem na vida.

Quando se esbarra com uma pessoa dessas, a definição de filha da putisse muda. Defeitos não te incomodam mais tanto. Afinal, são só defeitos e todo mundo tem. Até você.
Mas caráter não.
Alguns tem.
Enquanto outros nem sabem o que é isso.
E a porta da vida, para essas pessoas, deveria permanecer eternamente fechada.
Não deveriam entrar nem para fazer figuração.

A postagem original e outros artigos podem ser vistos no Blog da autora.

contioutra.com - As pessoas deveriam vir com currículo- Marina BarbieriMARINA BARBIERI

As características mais comuns de um sensitivo

As características mais comuns de um sensitivo
Young thoughtful boy of school age with closed eyes

O que é um sensitivo? Ser um sensitivo ou empata, significa ter a capacidade de perceber e ser afetado pelas energias alheias, além de possuir uma capacidade inata de sentir e perceber intuitivamente outras pessoas. A vida de um sensitivo é inconscientemente influenciada pelos desejos, pensamentos e estados de espírito dos outros, é muito mais do que ser altamente sensível e não está limitado apenas às emoções. Pessoas mais sensíveis podem perceber sensibilidades físicas e impulsos, bem como saber as motivações e intenções de outras pessoas.

Aqui estão as 30 características mais comuns de um sensitivo:

1. Saber: o sensitivo sabe coisas, sem lhes ser dito. É um conhecimento que vai além da intuição, mesmo que essa seja a forma como muitos poderiam descrever o saber. Quanto mais sintonizados eles são, mais forte este dom se torna.

2. Estar em locais públicos pode ser avassalador: lugares como shoppings, supermercados ou estádios, onde há uma grande quantidade de pessoas ao redor, pode preencher o sensitivo com emoções turbulentas vindas de outras pessoas.

3. Sentir as emoções e tomá-las como suas: este é grande fardo para sensitivos. Alguns deles vão sentir emoções vindas daqueles que estão perto e outros poderão sentir as emoções de pessoas a uma grande distância, ou até ambas. Os empatas mais sintonizados irão saber se alguém está com maus pensamentos sobre eles, até mesmo a uma grande distância.

4. Assistir violência, crueldade ou tragédias na TV pode se tornar insuportável: Quanto mais sintonizado um sensitivo se torna, pior se torna o ato de ver televisão. Pode acontecer, eventualmente, este ter de parar de assistir determinados programas e filmes.

5. O sensitivo sabe quando alguém não está sendo sincero: se um amigo ou familiar está dizendo mentiras, ele sabe disso (embora muitos empatas tentam não se focarem nesse conhecimento, porque saber quando alguém está mentindo, principalmente um ente querido, pode ser doloroso). Se alguém está dizendo alguma coisa, mas se ele sente ou pensa de outra, o sensitivo simplesmente sabe.

6. Captar os sintomas físicos de outra pessoa: um sensitivo pode desenvolver as doenças de outra pessoa (constipações, infecções, dores no corpo, entre outros problemas), especialmente daqueles que são mais próximos.

7. Distúrbios digestivos e problemas nas costas: o chakra do plexo solar tem base no centro do abdômen e é conhecido como a sede das emoções. Este é o lugar onde o sensitivo sente a emoção, o que pode enfraquecer a área e, eventualmente, levar a qualquer problema, desde úlceras estomacais à má digestão. Os problemas nas costas podem se desenvolver, pois quando uma pessoa não tem conhecimento de que é empata e não está preparada, terá quase sempre a sensação de estar “sem chão”.

8. Sempre olha os oprimidos: qualquer um cujo sofrimento, dor emocional, vítima de injustiça ou intimidado, chama a atenção e a compaixão de um sensitivo.

9. Outros irão querer descarregar os seus problemas, até mesmo estranhos: um sensitivo pode se tornar uma lixeira para questões e problemas de muita gente, e se não tiver cuidado, pode acabar utilizando esses problemas como seus.

10. Fadiga constante: o sensitivo muitas vezes fica sem energia, seja de “vampiros” de energia ou apenas captando em excesso a energia dos outros, que até mesmo o sono não cure. Muitos são diagnosticados com Fadiga Crônica ou até Fibromialgia.

11. Personalidade possivelmente viciada: álcool, drogas, sexo, são apenas alguns vícios que os empatas podem recorrer para bloquear as emoções dos outros. É uma forma de auto-proteção, a fim de se esconder de alguém ou de algo. Pode não se tornar um vício mas, em menor escala, hábitos regulares.

12. Atração para a cura, terapias holísticas e outras coisas metafísicas: embora muitos empatas gostaríam de curar os outros, muitos podem acabar se afastando dessa vocação (mesmo possuíndo uma capacidade natural para isto). Qualquer coisa que tenha uma natureza sobrenatural é de interesse para o sensitivo, que não se surpreende ou fica chocado facilmente. Mesmo com uma revelação que muitos considerariam impensável, por exemplo, os empatas teriam reconhecido que o mundo é redondo, mesmo quando todos os outros acreditavam que era plano.

13. Criatividade: cantar, dançar, atuar, desenhar ou escrever, um sensitivo terá uma forte veia criativa e uma imaginação muito fértil.

14. Amor pela natureza e animais: estar ao ar livre é uma obrigação para o sensitivo e os animais de estimação são uma parte essencial da sua vida. Podem não os ter porque acredita que eles devem ser livres, mas têm grande carinho e proteção por eles.

15. Necessidade de solidão: um sensitivo vai se agitar e ficar bastante louco se não receber algum tempo de silêncio. Isto é ainda mais evidente em crianças empatas.

16. Fica entediado ou distraído facilmente se não for estimulado nas tarefas mais rotineiras: trabalho, escola e vida doméstica devem ser interessantes para um sensitivo ou eles se desligam delas e acabam sonhando, rabiscando ou procrastinando.

17. Consideram impossível fazer coisas que não gostam: como no anterior, parece que eles estão vivendo uma mentira ao cumprir obrigações. Forçar um sensitivo a fazer algo que ele não gosta, através da culpa ou do medo, e até mesmo o rotulando como passivo, servirá apenas para irritá-lo.

18. Luta pela verdade: isso se torna mais predominante quando um sensitivo descobre suas características de nascença. Qualquer coisa que ele sinta que está completamente errada.

19. Sempre à procura de respostas e conhecimento: ter perguntas sem resposta pode ser frustrante para um sensitivo, e eles irão se esforçar para encontrar uma explicação. Se eles têm um conhecimento sobre algo, eles irão procurar a confirmação. O lado ruim disso pode ser a sobrecarga de informações.

20. Gostam de aventura, liberdade e viagens: os sensitivos são espíritos livres.

21. Abomina a desordem: ela traz uma sensação de peso ao sensitivo, bloqueando o seu fluxo de energia.

22. Adora sonhar acordado: um sensitivo pode olhar para o espaço por horas, ficando em um mundo muito próprio e de muita felicidade.

23. Acha a rotina, as regras ou o controle aprisionante: qualquer coisa que tire a liberdade é debilitante para um sensitivo.

24. Propensão para carregar peso sem necessariamente se desgastar: o excesso de peso é uma forma de proteção para impedir a chegada das energias negativas que têm tanto impacto em si.

25. Excelente ouvinte: o empata não vai falar de si, a menos que seja para alguém em quem realmente confia. Ele gosta de conhecer e aprender com os outros e genuinamente cuidar.

26. Intolerância ao narcisismo: embora sensato e generoso e muitas vezes tolerante para com os outros, o sensitivo não gosta de ter pessoas ao seu redor excessivamente egoístas, que se colocam em primeiro lugar e se recusam a considerar os sentimentos dos outros, ou pontos de vista diferentes do seu.

27. A capacidade de sentir os dias da semana: um sensitivo sentirá o “Sentimento de Sexta-feira”, quer ele trabalhe às sextas-feiras ou não. Eles captam sobre como o coletivo está sentindo. Um longo final de semana de feriado por exemplo, pode ser sentido por eles como se o mundo estivesse sorrindo, calma e relaxadamente. Domingo à noite, segundas e terças-feiras de uma intensa semana de trabalho, têm um sentimento muito pesado.

28. Não vai escolher comprar antiguidades, vintage ou coisas em segunda mão: qualquer coisa que tenha sido pré-propriedade, carrega a energia do proprietário anterior. Um sensitivo vai mesmo preferir ter um carro ou uma casa nova (se ele estiver em uma situação financeira que lhe permita isso), sem energia residual.

29. Sente a energia dos alimentos: muitos sensitivos não gostam de comer carne ou aves, pois eles podem sentir as vibrações, especialmente se o animal sofreu.

30. Pode parecer mal-humorado, tímido, indiferente, desconectado: dependendo de como um sensitivo se sente, isso irá influenciar como ele se mostra para o mundo. Ele pode ser propenso a mudanças de humor e se ele capta energia muito negativa, aparecerá calado e insociável, parecendo mesmo miserável. Um sensitivo detesta fingir ser feliz quando está triste, isso só aumenta a sua carga (torna o trabalho, quando é preciso fazer o serviço com um sorriso, muito desafiador) e pode fazê-lo sentir como que se estivesse escondendo debaixo de uma pedra.

Via:  Ser Único, do original  The Spirit Science

Amor Desmistificado- Arthur Schopenhauer

Amor Desmistificado- Arthur Schopenhauer

O sentimento de um homem apaixonado produz por vezes efeitos cómicos ou trágicos, porque em ambos os casos, é dominado pelo espírito da espécie que o domina ao ponto de o arrancar a si próprio; os seus actos não correspondem à sua individualidade. Isto explica, nos níveis superiores do amor, essa natureza tão poética e sublimadora que caracteriza os seus pensamentos, essa elevação transcendente e hiperfísica, que parece fazê-lo afastar da finalidade meramente física do seu amor. É porque o impelem então o génio da espécie e os seus interesses superiores.

Recebeu a missão de iniciar uma série indefinida de gerações dotadas de determinadas características e constituídas por certos elementos que só se podem encontrar num único pai e numa única mãe; só essa união pode dar existência à geração determinada que a objectivação da vontade expressamente exige. O sentimento que o amante tem de agir em circunstâncias de semelhantes transcendência, eleva-o de tal modo sobre as coisas terrestres e mesmo acima de si próprio, e tranforma-lhe os desejos físicos numa aparência de tal modo suprasensível, que o amor é um acontecimento poético, mesmo na existência do homem mais prosaico, o que o faz cair por vezes em ridículo.

Arthur Schopenhauer, in ‘Metafísica do Amor’

Fonte indicada: Citador

Eu sou um problema meu

Eu sou um problema meu

Oração da Gestalt

“Eu sou eu, você é você. Eu faço as minhas coisas e você faz as suas coisas. Eu sou eu, você é você. Não estou neste mundo para viver de acordo com as suas expectativas. E nem você o está para viver de acordo com as minhas. Eu sou eu, você é você. Se por acaso nos encontrarmos, é lindo. Se não, não há o que fazer.”
(Fritz Perls, 1969)

Está é a Oração da Gestalt. A Gestalt Terapia foi criada por Fritz Perls e é uma abordagem psicológica que possui uma visão de homem e de mundo pautadas na doutrina holística, na fenomenologia e no existencialismo. É conhecida também como a terapia do contato e seu enfoque está sempre no aqui e agora.

Sempre encarei a oração da Gestalt como um mantra a ser repetido em situações nas quais acontece a confusão entre o que é meu e o que é do outro, entre o que sou eu e o que é o outro. Sempre procurei lembrar-me destas palavras quando me percebo sofrendo por algo que veio do outro, mas que não é meu.

Os encontros interpessoais durante a nossa trajetória são muitos, alguns intensos e outros rasos. Cada outro que se aproxima do nosso eu deixa marcas e leva as que deixamos. E nessa de leva e deixa cria-se a confusão do que sou eu e do que é o outro e do tamanho da representatividade daquela relação em nossa vida.

Quantas vezes o sofrimento emocional lhe impregnou em decorrência de algo que veio do outro? Palavras, olhares, expectativas decepcionadas. Ah, como são complexas as nossas relações por virem sempre “empanadas” nas expectativas!

Não estamos no mundo para viver de acordo com a expectativa do outro, nem o outro para suprir as nossas, mas elas existem! As expectativas são criadas, a todo o momento, por nós mesmos e pelo outro. São como ervas daninhas, nascem na mesma proporção em que tentamos nos livrar delas. Não há como viver sem expectativas e nem como ser completamente livre das relações com o outro. Em cada encontro, em cada troca, as nossas coisas se misturam, há sempre a troca, a sempre o contato, há sempre dois “eus” que então se modificam. Não há como sair intacto de qualquer relação, mas há que se ser inteiro durante todas elas.

Manter a tênue distância sugerida por Fritz Perls entre o que sou eu e o que é o outro talvez seja tarefa das mais complicadas, mas deve funcionar.

Quando observo relações saudáveis, quando me deparo com gente saudável emocionalmente, elas parecem ter o domínio de até onde podem ir em cada relacionamento. Elas parecem manter um eu estruturado que consegue se aprofundar muito em relações diversas, muitas delas sólidas e duradouras; sem se tornarem simbióticos nem tampouco dependentes do outro. Parecem sofrer menos, dificilmente se ofendem por questões corriqueiras e mesmo sem conhecer as palavras de Perls, são ilustrações perfeitas do que ele propôs.

Parece que o encontro – o lindo encontro – sobre o qual escreve o autor, precisa de duas pessoas vivas como personagens. Há que se ter cuidado para não se tornar um vírus: sem vida própria e vagando pelo mundo à procura de uma célula viva que o alimente, que supra suas necessidades e para a qual ele não oferece nada em troca. Há que se ter uma vida, há que se ter as suas coisas a fazer para que não se cometa o erro de fazer das coisas do outro e da vida do outro, a sua.

O mantra vale também para aqueles que se deixam abater pelos problemas do outro, para os que sofrem a dor alheia, para os que carregam nas costas fardos indevidos, e para estes eu tenho também ou outro mantra, bem mais simples e bem famoso também: “você é problema seu”.

A idealização no amor – Flávio Gikovate

A idealização no amor – Flávio Gikovate

O amor sempre implica alguma dependência e a idealização do amado é uma defesa: é bem menos perigoso depender de alguém visto como perfeito!

O envolvimento amoroso real se inicia com o fim da idealização: o amado descerá do pedestal em que o colocamos e será observado com realismo.

Para mais informações sobre Flávio Gikovate

Site: www.flaviogikovate.com.br
Facebook: www.facebook.com/FGikovate
Twitter: www.twitter.com/flavio_gikovate
Livros: www.gikovatelojavirtual.com.br

Esse blog possui a autorização de Flávio Gikovate para reprodução deste material.

Falta de empatia : a doença do mundo

Falta de empatia : a doença do mundo

A maturidade emocional está intimamente ligada à capacidade de sentir empatia. É a capacidade de se colocar no lugar do outro que faz com que tenhamos a abertura para ouvir as várias respostas para uma mesma pergunta e entender que não há verdade absoluta. Que a sua necessidade não é menos importante que a minha.

Confira a programação da Claro TV e confira os planos disponíveis da operadora. Tenha acesso ao NOW com milhares de filmes, séries e canais de esporte!

Sem empatia há corruptos, traidores, violentos, assassinos, aproveitadores, sem-palavras, charlatões, enrolões, abusadores, perversos, impacientes, intolerantes, presunçosos, folgados, procrastinadores, indiferentes.

Sem empatia, há contratos quebrados, acordos não cumpridos, identidades roubadas, lares destruídos, milhões desviados, trabalhos mal feitos, filas cortadas, favorecimentos ilícitos, chutes nos carros, cortadas no trânsito.

Sem empatia, alguns acreditam ser mais merecedores que outros e, portanto, se dão à comodidade de serem cegos, surdos e mudos para qualquer necessidade que não seja a sua própria. Sem empatia há o “venha a nós, mas ao vosso reino, NADA”.

A falta de empatia é o câncer do mundo, mas sua presença, a cura dele.

Os anos dourados da adolescência e a beleza do amadurecimento

Os anos dourados da adolescência e a beleza do amadurecimento

O tempo passa mesmo depressa. Esses dias, peguei-me pensando que já faz um bom tempo que saí da escola e ganhei o título de adulto. Título difícil de ostentar. Quando a gente é criança, a coisa que mais quer é ser adulto. Até mesmo na adolescência, queremos ser adultos, a fim de nos livrarmos de dar explicações a nossos pais. Queremos ser livres, fazer o que der na telha. Mas, quando essa hora chega, percebemos que ser adulto é muito mais difícil do que se pensa.

Nós temos tantas expectativas quando somos adolescentes. Queremos conhecer lugares, imaginamos nossas vidas profissionais, logicamente, bem sucedidos. Tudo parece simples e palpável. As dificuldades parecem não existir diante do nosso entusiasmo. É, mas o tempo passa e, junto com ele, vem o amadurecimento. Este é doloroso. O mundo colorido da adolescência cai e dá lugar às escuridões que a vida adulta traz. A bem da verdade, tudo já estava lá, apenas não percebemos.

Quando passamos a olhar o mundo sem a lente de fantasias da adolescência, percebemos que, talvez, nem mesmo nos conhecemos direito e que a grande maioria das coisas que nos cercam, pouco a pouco, vão embora. Os amigos da escola tomam rumos diferentes, vão em busca dos seus sonhos e adquirem responsabilidades. A falta de tempo e as novas pessoas que entram nas nossas vidas fazem com que o contato vá diminuindo, até que alguns simplesmente deixem de existir. Quantos amigos inseparáveis, da época da escola, hoje são apenas mais um entre tantos amigos do Facebook?

As festas, as brincadeiras, as horas no MSN, os depoimentos do Orkut, tudo com o tempo foi deixando de existir. Você não acorda na segunda-feira e vai contar como foi o seu fim de semana. Vai trabalhar, produzir, dar lucros. E, no fim do ano, ainda tem que ter paciência para aguentar o “amigo” secreto da firma. Os presentes são melhores, afinal, no mundo dos adultos, ninguém quer passar vergonha na frente dos outros. Mas nada substitui aquele amigo secreto de havaianas, regado a risadas pelos micos alheios, os quais todos se permitem pagar.

A carreira de sucesso, a qual prevíamos, é interrompida, ao percebermos que escolhemos a faculdade errada. E, na maior parte das vezes, não desistimos logo no primeiro ou segundo semestre. Desistimos lá pelo quinto, na metade do curso, o que transforma a vida em um drama digno de Oscar. Percebemos, então, que a vida é muito mais complexa do que imaginávamos e que não temos poder de controle sobre quase nada. Ah! O amor da escola também ficou para trás. Sabe como é, faltava maturidade…

O tempo passa e, junto com ele, ficam as memórias de anos dourados que não voltam mais. Mas a saudade basta, não é preciso saudosismo. Após a adolescência, retornamos para casa e passamos a nos encarar. É somente nesse momento que percebemos que as coisas parecem continuar no mesmo lugar, mas nós mudamos. E isso não é ruim; o amadurecimento, como disse, é um processo doloroso, mas traz a felicidade de sabermos quem somos.

O autoconhecimento traz a tranquilidade de guardar essas memórias felizes em um lugar especial do coração, mas nos permite enxergar que nem tudo era tão bom e, sobretudo, que o que foi bom, foi bom naquele momento. Hoje, outras coisas fazem nossos corações pulsarem e outras águas nos atraem. Tudo tem o seu momento e não é preciso desespero. Talvez, o que falte é um pouco daquele entusiasmo com a vida e acreditar que somos capazes de dar-lhe o tom que quisermos.

Por isso, os anos dourados da adolescência são tão importantes; estes guardam a vitalidade que precisamos ter durante a vida adulta. A coragem para sair de um emprego insuportável, de uma faculdade que não gostamos ou de um relacionamento que apenas afunda. É preciso viver o presente. Deixar a paixão pela vida apenas naqueles anos é suicídio emocional.

A vida é agora e precisa ser vivida. Cada fase por que passamos possui erros, acertos e, desse modo, devemos guardar o que for bom e aprender com os erros que cometemos. A vivacidade da adolescência é mesmo algo fascinante, quase divino, mas existem outras belezas, em muitos casos até melhores. Ser quem se é – o que só é possível com o amadurecimento – é uma das maiores felicidades da vida. Contudo, só crescemos de verdade se guardarmos a capacidade de sonhar, pois ser grande não é apenas se conhecer, mas, acima de tudo, conhecer-se em seus atos. E, para isso, é preciso além de maturidade, coragem e esta só possuímos se tivermos uma pitada da ousadia adolescente.

Sobre aprender a ouvir um sim como resposta

Sobre aprender a ouvir um sim como resposta

Não, definitivamente não estamos acostumados a respostas positivas e espontâneas. Nosso processamento mental já aguarda aquele não de pronto e se antecipa, encadeando argumentos e longas discussões. É um tempo brutalmente coagido a traçar estratégias de defesa e contra ataques, antes mesmo de a frustração ocorrer. Somos esses, os que preferem franzir a testa e retesar os músculos.

Ouvir um sim é estranho nos nossos tempos. Quando isso acontece, a maioria de nós pergunta: – Tem certeza? – Você prestou atenção no que eu falei, ou pedi, ou provoquei?
E então aparece uma alma nada a fim de entrar no jogo duro e diz de pronto, e, por vezes, sorrindo: – Sim, eu posso fazer isso; – Sim, eu estou tentando entender; – Sim, não vejo nenhum problema.

Aí tem problema! Como assim, sim? Não vamos nem pelejar um pouco, defender territórios, atiçar as fraquezas? Esse sim veio tirar toda a graça do atrito, do tempo que seria gasto com discussões por razões, sem razões, pelo prazer de conquistar-se uma razão, mesmo que não faça sentido nem razão.

E tem gente que diz muito sim! A vida vive dizendo sim! O tempo não para de dizer sim! O batimento do nosso coração, enquanto trabalha, está dizendo sim!

Sim para o que pode ser sim, não para o que a gente quer. Não para a criança mimada e egoísta que a gente costuma abrigar dentro da gente, em corpo e comportamento de adulto que sente muito prazer em dizer não, e não sabe mais ouvir um sim sem se espantar e se indignar.

Aprender as ouvir um sim como resposta; Aprender a apreciar o caminho que não ofereceu barreiras; Acreditar no próprio julgamento sem as restrições prévias; Pensar, racionalizar, sentir e desfrutar cada porta que o sim abre, porque, como se diz por aí, o não a gente já tem.

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