Terminal, por Nara Rúbia Ribeiro
TERMINAL
O passarinho estava ali,
sob a mesa há pouco desocupada
por um casal desencontrado.
Ele ciscava o chão
e comia passados.
Fagulhas de pão, fragmentos de sonho,
restolhos de dor,
partículas...
4 poemas para relembrar Paulo Leminski
Ai daqueles...
ai daqueles
que se amaram sem nenhuma briga
aqueles que deixaram
que a mágoa nova
virasse a chaga antiga
ai daqueles que se amaram
sem saber que amar é...
“A Vida na Hora”, mais um lindo exemplo da poesia de...
A vida na hora.
Cena sem ensaio.
Corpo sem medida.
Cabeça sem reflexão.
Não sei o papel que desempenho.
Só sei que é meu, impermutável.
De que se trata a...
Regulamento (Aos praticantes do sonho), por Heduardo Kiesse
Seja mais sonhamor e menos sonhador (a dor não faz falta. Cria ausências)
Três inesquecíveis poemas de Hilda Hilst
Dez chamamentos ao amigo
Se te pareço noturna e imperfeita
Olha-me de novo. Porque esta noite
Olhei-me a mim, como se tu me olhasses.
E era como se...
Não sei quantas almas tenho, Fernando Pessoa
Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem achei.
Então queres ser um escritor? (Poema de Bukowski)
se não sai de ti a explodir
apesar de tudo,
não o faças.
a menos que saia sem perguntar do teu
coração, da tua cabeça, da tua boca
das...
O amor, quando se revela…- Fernando Pessoa
O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.
Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que...
Fernando Pessoa- Tabacaria
Fernando Pessoa nasceu em Lisboa, em junho de 1888, e morreu em novembro de 1935, na mesma cidade, aos 47 anos, em consequência de...
Três magníficos poemas de Guimarães Rosa
Mas olhei-te bem nos olhos, belos como o veludo das lagartas verdes, e porque já houvesse lágrimas nos meus olhos, tive pena de ti, de mim, de todos, e me ri
“As sem-razões do amor”, afinal, por que explicar o que está...
As sem-razões do amor
Eu te amo porque te amo,
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de...
Paulo Autran interpreta Fernando Pessoa: “Grandes são os desertos.”
Para celebrar a verdadeira e única poesia de Fernando Pessoa, reproduzo aqui o poema "Grandes são os desertos", assinado por seu heterônimo Álvaro de...
Fernanda Montenegro recitando Simone Beauvoir – Globo News
"A impressão que eu tenho é a de não ter envelhecido embora eu esteja instalada na velhice. O tempo é irrealizável. Provisoriamente, o tempo parou pra mim. Provisoriamente."