Você é muito maior que aquela opinião pequena dada por alguém que nem te conhece

Opinião é uma coisa engraçada, né? Em geral ela vem toda enfeitada, disfarçada de boas intenções. No entanto, todo mundo já sabe que “de boas intenções o inferno está cheio”, não é mesmo?

Eu mesma já perdi as contas de quantas vezes pessoas absolutamente estranhas a mim pegaram um recorte de algo que eu disse, escrevi ou pensei (Sim! Gente palpiteira parece ler pensamentos!), e saem por aí me agredindo ou julgando. Escrevem verdadeiras narrativas a partir de um único ponto.

Mas, veja bem, nem a gente se conhece direito, né? O que dizer dos outros, então? Os outros imaginam uma história, um cenário, e uma trama… colocam a gente como personagem principal e tornam pública a imagem de alguém que está a quilômetros de ser a pessoa que somos de verdade.

O que fazer com essa agressividade gratuita? Que destino dar aos conselhos gratuitos que sequer pedimos? Ignore a agressividade e os conselhos. Essa gente super bem-intencionada – só que não -, merece o seu solene desinteresse, a sua mais completa ausência.

É claro que você erra, é lógico que nem tudo o que você faz ou fala faz sentido. É óbvio que você pisa na bola, dá foras e enfia os seus lindos pezinhos na jaca. Afinal, se você fosse alguma espécie de santo, estaria imóvel e eternizada numa pintura ou estátua, certo?

E, se o palpite, a opinião, ou a crítica lhe causaram algum incômodo ou mesmo, lhe fizeram ter algum tipo de reflexão… agradeça pela contribuição, passe tudo por uma rigorosa peneira e fique só com aquilo que possa colaborar para sua evolução. O resto? Lixo, meu bem.

E nada de engolir efeitos colaterais de críticas destrutivas como a culpa, por exemplo. A culpa é tipo aquela coceira nas costas num ponto que você não alcança… só serve para te atormentar, nada mais!

Você é muito maior do que aquela opinião pequena dada por alguém que nem te conhece. Dê a essa pessoa o seu silêncio. Ninguém vê graça em azucrinar outro alguém que não reage. Diante da sua paz escolhida o palpiteiro vai perder o interesse em você e tratar de arrumar outra pessoa desavisada para infernizar. Que vá em paz. E não volte mais!







"Ana Macarini é Psicopedagoga e Mestre em Disfunções de Leitura e Escrita. Acredita que todas as palavras têm vida e, exatamente por isso, possuem a capacidade mágica de serem ressignificadas a partir dos olhos de quem as lê!"