Videogames causam violência? Opinião

O assunto já é meio datado e atualmente anda meio “desconstruído” para a felicidade dos gamers. Já vieram psicólogos, especialistas e diversos estudos que indicam que os videogames não só não estimulam a violência como podem auxiliar no desenvolvimento intelectual, coordenação motora, agilidade de raciocínio e trazer diversos outros benefícios.

Mesmo assim, ainda é comum vermos algumas pessoas associando atos de violência na sociedade com os jogos de videogame, buscando procurar um “responsável” pelas falhas de caráter de um indivíduo. No entanto, da onde vem esse pensamento?

Muito provavelmente vem da associação de que “games” são destinados às crianças, sendo o pensamento de muitos, em especial os mais velhos, de que este é o “público-alvo” dos consoles. Quem conhece, sabe que é uma frase ignorante e que pode ser facilmente desconstruída com um simples diálogo:

– “Videogames estimulam a violência porque jogos são feitos para as crianças.” – diz a pessoa menos esclarecida – “Por isso, GTA, Mortal Kombat e outros devem ser proibidos ou coibidos”.

– “Qual o público-alvo do cinema?” – gamer responde

– “Depende do filme!” – pessoa menos esclarecida retruca

– “Muito bem! Logo nos games, o público-alvo depende do…?” – gamer responde.

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Associar a palavra “videogame” a ser destinado às crianças tem o mesmo peso que  acreditar que a Terra é plana para quem entende do assunto, já que os consoles são uma mídia como qualquer outra. Existem diversos jogos para os mais diversos públicos, e todos eles tem uma faixa etária indicativa, seja games de cassino e bingos, jogos que adaptam clássicos da literatura como games da Agatha Christie, games que mergulham em questões existenciais e ainda são poéticos como Valkyrie Profile e o Undertale ou até mesmo jogos pornográficos.

Falando dos jogos mais “mainstreams” como GTA, Resident Evil e Mortal Kombat são indicados para pessoas com 16 anos ou mais, segundo o órgão classificador “PEGI”. Já games como Sonic the Hedgehog e Mario Bros são, em geral, livres para todos os públicos, e estes sim, têm como o público-alvo as crianças.

Nas questões de faixa etária, temos também os jogos de apostas online, que apesar de serem “inofensivos” em suas jogadas, como o SEGA Slots com Sonic e seus amigos, temos os jogos de Bingo, também com slots e poker onde se apostam dinheiro real na máquina ou contra outras pessoas. Estes definitivamente são reservados para maiores de 18 anos, já adultos.

“Nas últimas décadas, a popularidade dos videogames disparou em países como EUA e Japão. Ao mesmo tempo, as taxas de violência infantil caíram”, afirma o psicólogo Christopher J. Ferguson, professor de ciências aplicadas e comportamentais da universidade A&M International, segundo um artigo da revista Super Interessante.

“Precisamos nos concentrar em outros fatores se quisermos acabar com a violência entre jovens, como violência familiar e pobreza. Essas, sim, são ameaças à sociedade”.

O problema da agressividade em jovens está atrelada a muitas outras questões, como a falta de estrutura familiar; violência doméstica; brigas em família; alcoolismo; bullying nas escolas e diversas outras questões que não possuem relação nenhuma com os videogames. Pelo contrário, como dito anteriormente, se os games forem usados de modo adequado, eles podem ser uma excelente ferramenta que geram diversos benefícios a saúde mental e social do indivíduo.

Querendo proteger seu filho, procure um game adequado a sua faixa-etária. Como sempre, a informação é o melhor “remédio” para nossa sociedade.







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