Vacina contra covid-19 produzida pela Oxford conta com 2 mil voluntários brasileiros para testes.

A vacina já está em processo de testes sendo aplicada em 10 mil voluntários no Reino Unido. Porém, o empecilho foi que os cientistas precisam testá-la em uma região onde a circulação do vírus seja contínua, para que os voluntários sejam expostos ao coronavírus Sars-Cov-2. A curva de crescimento das infecções no Reino Unido já começou a abaixar e esse cenário não é o adequado para testar a eficácia da vacina.

A cientista brasileira Daniela Ferreira relatou em entrevista exclusiva para o G1 o dilema que os responsáveis pela pesquisa em Oxford viam na diminuição da curva de casos no Reino Unido. Sendo assim, o grupo de cientistas decidiu ampliar os testes para uma região que possua altas taxas de circulação do vírus, para que assim ocorra uma comprovação mais eficaz e rápida da vacina

“É uma situação um pouco bizarra, porque você quer que o coronavírus desapareça, não quer que as infecções continuem”, conta a chefe do departamento de ciências clínicas da Escola de Medicina Tropical de Liverpool.

“Um dos fatores limitantes de tudo isso é se a gente vai continuar a ter, nos países em que as vacinas estão sendo testadas, um número de infecção que permite que você teste essa vacina rapidamente”, explicou Daniela Ferreira.

Sendo assim, dois mil brasileiros irão participar dos testes, que serão realizados com apoio do Ministério da Saúde em São Paulo e no Rio de Janeiro. Em São Paulo, o Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) conduzirá o experimento.

Para isso, a Unifesp busca mil voluntários que estejam na linha de frente do combate a covid-19, ou seja, estão mais expostos a uma contaminação pelo novo vírus. Esses voluntários não podem ter contraído a doença anteriormente.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou na noite desta terça-feira (2/6) a realização do estudo clínico no país. De acordo com a Agência os resultados dos testes já feitos em animais e humanos mostraram que o perfil de segurança do medicamento foi aceitável.

A pesquisa feita no Brasil servirá para determinar segurança, eficácia e a imunogenicidade da vacina. Esperamos que os testes tenham bons resultados!

Com informações de G1 e Correio Braziliense







Ana, 20 anos, estudante de Artes Visuais na UNESP de Bauru. Trago aqui matérias que são boas de se ler.