Um dia você vai rir disso tudo!

Certa vez, me peguei apaixonada por um moço. Como não sou de guardar sentimentos, o chamei para conversar. Disse a ele que estava gostando muito dele.

Por sua vez, o rapaz disse que era recíproco, mas que não estava aberto para um possível relacionamento porque tinha outras prioridades.

No dia seguinte, nos encontramos na empresa onde trabalhávamos juntos. Ele começou a me olhar diferente. Mal sabia que estava prestes a sofrer uma verdadeira decepção amorosa. Criei expectativas. Botei em minha cabeça que o conquistaria a ponto de repensar sobre nós.

Os dias foram passando, e como sempre fomos muito próximos, apesar de ter me declarado, ele continuava me ligando para conversamos como sempre fazíamos.

Meses depois, entrei no mesmo assunto. Mostrava a ele que continuava interessada, contudo, percebi que já estava ficando inconveniente. E apesar do sentimento genuíno, desisti.

O amei. Mas com isso, aprendi a me amar mais.

No ápice da reflexão, entendo o motivo dele não ter nos dado uma chance. Tínhamos uma enorme diferença de idade. Estava tão apaixonada, que não pensei na razão. Me deixei levar por algo que no fundo, já sabia que seria inviável.

Vai ver, ele realmente sentiu algo por mim, no entanto, pensou no futuro. Certamente, enfrentaríamos muito preconceito.

As pessoas que disseram que um dia eu riria sobre isso, tinham razão. Rio de algo que me fez chorar. Sorrio ao notar que superei.

Com isso, aprendi lições grandiosas. Uma delas é não me deixar levar só pelo sentimento. Temos que analisar os fatos sem nos esquecermos da razão.

Quando abrimos nosso coração, somos sinceros com nossos sentimentos, entretanto, quando insistimos demais em algo que deveria ser espontâneo, é hora de tirarmos nosso time de campo, e seguirmos em frente.

Imagem de capa: puhhha/shutterstock







Estudante de jornalismo, radialista por amor, escritora nas horas vagas. Adora dar boas risadas, costuma passar os domingos de pijama assistindo filmes e séries. Apesar de não curtir baladas, é incapaz de recusar uma rodinha de violão, e para pra cantar junto. Mesmo desafinada, garante que é simplicidade em pessoa.