Um colete à prova de ignorância, por favor!

A História está repleta de pessoas que, como resultado do medo e da sua ignorância, destruíram oportunidades únicas de adquirir conhecimentos, propagar a igualdade e mudar o quadro da sociedade atual.

Uma das atitudes humanas mais difíceis em lidar é a ignorância e o motivo é óbvio: ela cega! Tentar convencer um ignorante de que há outras formas de ver o mundo é como tentar explicar a uma criança que chocolate é ruim. O convívio fica tão difícil que há a impressão que o ser humano vai perdendo, aos poucos, a capacidade do equilíbrio racional. O mesmo equilíbrio que representa a inteligência, a sabedoria, o bom senso e o diálogo, para dar lugar à força e a argumentação em gritos. Oscar Wilde dizia que “as pessoas ensinam para esconder a própria ignorância, tal como sorriem para esconder as próprias lágrimas”.

Um dos momentos de maior aprendizagem na vida é a troca de experiências empíricas ou opiniões. Um momento incrível que não sei como algumas pessoas abrem mão pelo fato de não aceitarem opiniões contrárias às suas . Aristóteles( 384-322, AC) afirmava que “a diferença entre um homem sábio e um homem ignorante é a mesma entre um homem vivo e um cadáver” e, embora séculos tenham passado, ele continua tendo razão.

A sociedade tem sofrido à mercê de pessoas que acreditam serem os donos da verdade. Simón Bolívar dizia “um povo ignorante é o instrumento cego da sua própria destruição.” A ignorância chegou a tal ponto que a cor da pele, o time de futebol, a visão política e a crença religiosa tem custado vidas e, isso meu caro, é inadmissível!

Note que as pessoas mais incríveis não se importam em ter suas opiniões contrariadas, porque sabem que o crescer intelectual e social vem disso. Ninguém aprende com o igual. Aprende-se com o diferente, com o ponto de vista alheio que não está, em nenhum momento, preocupada em carregar a razão e estampá-la em um outdoor.

Sejamos livres e permitamos que os outros sejam! Pessoa sábia é aquela que tem equilíbrio sobre seus pensamentos e respeita o pensamento do próximo como se fosse o seu. É aquele que gravou em seu cérebro os estímulos positivos e úteis de uma boa leitura, do estudo de qualidade, dos sentidos e das experiências vividas e pode, com toda humildade, compartilhar o aprendizado adquirido com o próximo.
Aceitar a ignorância, refletida em um preconceito absurdo, é aceitar viver na mediocridade e perder uma oportunidade de vida plena. Ah….e vale lembrar que igualdade, meu caro, é direito e não favor!







A literatura vista por vários ângulos e apresentada de forma bem diferente.