Uma nova reviravolta na investigação sobre a morte da jovem Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, ocorrida em Cajamar, na região metropolitana de São Paulo, colocou o pai da vítima, Carlos Alberto Souza, como um dos suspeitos do crime. A informação foi confirmada por investigadores à CNN, que afirmam que a decisão foi baseada nos “mesmos critérios” aplicados a outros suspeitos.
De acordo com a polícia, Carlos Alberto apresentou “inúmeras contradições” em seu depoimento e teve um “comportamento estranho” durante as investigações. Um dos pontos que chamou a atenção dos investigadores foi o fato de ele ter pedido um terreno ao prefeito de Cajamar em um dos primeiros contatos entre os dois, logo após a confirmação da morte da filha. Além disso, os investigadores relataram estranhar a “frieza” do pai, que, segundo eles, não demonstrou tristeza ou emoção ao falar sobre o ocorrido.
A defesa de Carlos Alberto, por meio do advogado Fábio Costa, rebateu as acusações, classificando a decisão como “absurda”. O advogado afirmou que o pai da jovem nunca foi formalmente ouvido pela polícia e que sua inclusão como suspeito se deve à omissão de detalhes, como o fato de ele ter ligado várias vezes para a filha no dia do desaparecimento. A defesa prometeu tentar reverter a situação ainda nesta semana.
Primeiro suspeito é preso
Enquanto isso, a Polícia Civil de São Paulo prendeu, na tarde deste sábado (8), o primeiro suspeito diretamente envolvido no caso: Maicol Antônio Sales dos Santos, de 27 anos. Ele é apontado como o dono do Toyota Corolla que perseguiu Vitória minutos antes de ela desaparecer, na madrugada do dia 27 de fevereiro.
A prisão de Maicol foi autorizada pela Justiça após a polícia apresentar um pedido de prisão preventiva. Durante o depoimento, ele afirmou estar em casa com a esposa na noite do crime, mas a versão foi desmentida pela própria esposa, que disse estar na casa da mãe naquela ocasião. Além disso, vizinhos relataram movimentações estranhas no local onde Maicol mora, incluindo a ausência do carro, que costumava ficar estacionado na rua.
A Justiça entendeu que há elementos suficientes para mantê-lo preso temporariamente por pelo menos 30 dias. A expectativa da polícia é que, ainda nesta semana, novas testemunhas sejam ouvidas para esclarecer o real envolvimento de cada um dos investigados.
O caso continua sob investigação, e novas informações devem ser divulgadas nos próximos dias. A morte de Vitória Regina chocou a região e tem mobilizado autoridades e a comunidade local em busca de respostas.