Quanto mais tentamos nos explicar, mais somos incompreendidos

Não existe quem nunca acabou sendo mal entendido, sentindo-se injustiçado por algo que não disse ou não fez, enquanto sofre tentando esclarecer em vão o que realmente houve. Essa é uma das piores sensações que existem, porque acabamos colhendo coisas que não plantamos, bem como acabamos machucando pessoas que nos são muito caras.

Infelizmente, algumas pessoas sempre distorcerão o que falarmos e/ou fizermos, descontextualizando as situações, a fim de nos colocar em maus lençóis. Seja por maldade, por inveja, seja para nos prejudicar em algum setor de nossas vidas, certos indivíduos ouvirão e interpretarão tão somente da forma que melhor lhes convier, que melhor servir aos seus escusos propósitos.

Então, de repente, acabamos nos vendo enredados em situações absurdas, acusados do que jamais partiu de nós, simplesmente porque algum infeliz espalhou inverdades a nosso respeito. Muitas vezes, a pessoa atua tão bem, que acaba por convencer até quem nos conhece um pouco mais de perto, plantando dúvidas a respeito de nossa integridade, de nossa postura, de nossa competência profissional.

Ainda que seja penoso, em certas ocasiões, quanto mais tentarmos nos explicar, menos seremos acreditados, uma vez que o circo já se armou com maldade tamanha, que contaminou a opinião de muitas pessoas. Será, então, inútil tentarmos provar o contrário insistentemente, no calor das emoções, inclusive porque estaremos alterados e o nervosismo transmite nada menos do que insegurança.

O importante, nessas horas, sempre será tentar manter a calma e aguardar a passagem do tempo. Tudo acaba sendo esclarecido, por mais que se minta, por mais que se fofoque, por mais que se espalhe o ódio. A verdade tem uma força descomunal e consegue se reerguer e tornar tudo claro e justo, por mais que o tempo passe. Se tivermos a consciência tranquila, ninguém conseguirá sujar a verdade que alimenta a nossa essência.

Imagem de capa: VGstockstudio/shutterstock







"Escrever é como compartilhar olhares, tão vital quanto respirar". É colunista da CONTI outra desde outubro de 2015.