Quando nasce um bebê nasce também uma mãe

A experiência da maternidade é realmente transformadora!

Se formos pensar, ela começa quando ainda somos meninas brincando de bonecas. Embalamos, trocamos a roupinha e damos comidinha para os nossos “bebês/bonecas”, e assim, começamos a nos projetar na figura de cuidadoras, sentindo imenso prazer e satisfação em mergulhar nesta fantasia.

À medida que crescemos, deixamos de lado as bonecas e aos poucos os demais interesses da vida se sobressaem. Passamos a nos envolver em outras atividades como correr, jogar, estudar, paquerar, passar horas a fio na frente do espelho ou conversando com as amigas. Vivências diárias de envolver-ser, relacionar-se, acolher e ser acolhida, superar obstáculos, aprender e crescer. É a vida nos treinando para a maternidade!

Afinal, uma mãe, para cumprir bem o seu papel, precisa saber curar as feridas dos seus filhos, suprir suas necessidades de afeto e cuidado, ajudá-los e ampará-los nas suas frustrações e incentivar suas conquistas e vitórias. Quem melhor que própria vida para nos ensinar como se faz?

Eis que de repente, surge um Chamado! Consciente ou inconsciente, esperado ou inesperado, na hora certa ou imprevista, a mulher é chamada para se tornar mãe! Uma experiência que transformará sua vida para sempre.

Como todas as fases de grandes mudanças, a maternidade e a gravidez é acompanhada de uma enxurrada de emoções e processos. Mudanças físicas, sociais e psicológicas acontecem simultaneamente.

Cada gravidez é única para cada mulher, assim como a experiência da maternidade!

O corpo se transforma. Sua imagem corporal se altera a cada mês, a cada semana. Muitas se acham lindas grávidas, outras se deprimem por perder o corpo de outrora. Algumas têm a libido aumentada, outras resistem ao simples toque do marido. A gravidez altera a forma como a mulher se relaciona com o próprio corpo e isso pode ter inúmeros impactos na sua vida pessoal, na sua autoestima e nos seus relacionamentos.

Outra grande mudança é a em relação a identidade. Filhas que se transformam em mães. Mudanças que se expressam na forma como a mulher se enxerga e como os outros a veem, nos papéis que passam a desempenhar, nas novas responsabilidades e divisões de tarefas.

Todas essas mudanças podem gerar intensos sentimentos de ansiedade e insegurança. O medo de errar, de não ser uma boa mãe, a busca pela aprovação da família e da sociedade, as dificuldades em conciliar as diferentes áreas da vida, a falta de tempo para si mesma, e tantos outros aspectos que podem despertar diferentes emoções e sentimentos. Assim, a maternidade se configura como um verdadeiro rito de passagem e iniciação. Um momento de transformação profunda, no qual as mudanças corporais marcam também o início de uma nova condição interna, provando a conexão indissociável entre psique e corpo.

Um olhar mais atento para o corpo através de técnicas de relaxamento e integração fisio-psíquica, psicoterapia para elaborar as mudanças emocionais, grupos de mães no qual se pode compartilhar medos, angústias e insights a respeito das diferentes situações vividas e tantas outras técnicas terapêuticas, corroboram significativamente para que a mulher consiga acolher emocionalmente esta nova configuração tanto no corpo, quanto na alma, de modo mais seguro e confiante.

Há de preparar-se para o nascimento… do bebê e da mãe!

Autoras:

contioutra.com - Quando nasce um bebê nasce também uma mãeJuliana Pereira dos Santos – Psicóloga, especialista em Psicologia Clínica Junguiana. Aprimoranda em Psicopatologia e Psicologia Simbólica pelo Instituto Sedes Sapientiae e Coach formada pela Sociedade Brasileira de Coaching. CRP: 06/ 108582

 

contioutra.com - Quando nasce um bebê nasce também uma mãeMarcela Alice Bianco – Psicóloga Clínica e Psicoterapeuta Junguiana formada pela UFSCar. Especialista em Psicoterapia de Abordagem Junguiana associada à Técnicas de Trabalho Corporal pelo Sedes Sapientiae. CRP: 06/77338

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