Precisar de pouco para ser feliz, não significa que você tenha que se contentar com um amor tão pequeno assim

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O medo da solidão é o grande motivo para que pessoas incríveis aceitem viver em relacionamentos destrutivos. E isso é, no mínimo, preocupante.

Nelson Rodrigues dizia que “pouco amor não é amor” é não é mesmo. Na ânsia em encontrar um grande amor, nos deixamos seduzir pela ficção, pelo amor romântico e pela futilidade. A ponto de nos perdemos dos próprios sonhos.

É tão bonito se encantar pelas flores recebidas, pelo amor idealizado, pela pessoa perfeita. Mas a verdade é uma só: amor romântico e apressado é quase sempre inventado. Na vida real as coisas acontecem bem diferente.

A convivência mostra as personalidades e revela o caráter. Quando as ofensas tornam-se diárias, a indiferença normal e a frieza rotina é hora de cair fora.

Aprenda uma coisa: As pessoas irão te tratar como você permitir. Não dá para reclamar que ele é frio, se você aceita isso. Que ele a traiu novamente, se você aceitou a primeira vez. Que ele não te escuta se você nunca exigiu um diálogo na relação. Entenda: você não pode reclamar do que você permite, então, nunca quebre os seus limites. Eles são seus muros de defesa.

Coloque os pés no chão e pense “isso é, realmente, para mim?” Não está nas mãos do outro decidir se quer ou não ficar com você. Está nas suas se ele merece ou não entrar na sua vida.

Caso você ache que amor é algo intenso que primeiro te faz sofrer e depois te faça feliz, você precisa rever seus conceitos sobre a vida. “Os analfabetos do século 21 não serão aqueles que não sabem ler e escrever, mas aqueles que não sabem aprender, desaprender e reaprender.” Nessa afirmação, Alvin Toffler, deixa claro muitas coisas, inclusive que precisamos reaprender a amar.

Reaprender a amar significa amadurecer diante do sentimento e ver que ele traz mais aprendizagem que dor. Significa ser livre por opção e não porque você assinou um termo de posse da vida do outro. Significa que você não aceita ofensas como algo natural, porque sabe do próprio valor e respeita a própria história.

Há um livro intitulado de “Nós: Compreendendo a Psicologia do Amor Romântico” de Robert Johson que trata bem desse tema. Essa irracionalidade em acreditar em um amor de contos de fadas e buscar isso como objetivo de vida. Para Johnson, o paradoxo do amor romântico é que “ele, enquanto permanece romântico, nunca produz relacionamentos humanos”, porque idealizamos no outro a criação do par perfeito e distorcemos, de fato, quem ela é.

Quer um conselho? Pare com essa história chata de amor de sessão da tarde, de final feliz e de príncipe em cavalo branco. Isso não existe!

Amor de verdade tem mal humor, camisa amassa, cabelo sem escova, maquiagem borrada, problemas. Porque amor de verdade envolve gente de verdade. Amor de verdade só não tem uma coisa: aceitar como natural o que não nos faz bem.







A literatura vista por vários ângulos e apresentada de forma bem diferente.