Postura de Tatá Werneck após doação a Marcos Oliveira, o Beiçola, motiva alerta de psicóloga: “Cuidado”

A atriz e apresentadora Tatá Werneck, de 41 anos, doou cestas básicas ao Retiro dos Artistas, instituição que recentemente acolheu o ator Marcos Oliveira, conhecido por interpretar o Beiçola em A Grande Família (2001-2014). O gesto de solidariedade, no entanto, gerou comentários negativos por parte de alguns internautas.

Um dos usuários insinuou que a doação teria sido pequena, considerando o patrimônio da artista: “Tatá ganha milhões e doa R$ 500 de cestas básicas”, escreveu. Tatá não deixou passar e respondeu: “Eu doo para várias instituições todos os meses. Há anos. Nunca divulgo. Só quando aparece um amargo como você.”

A repercussão da resposta rapidamente tomou conta das redes, reacendendo discussões sobre a cultura do cancelamento, julgamentos precipitados e os efeitos emocionais das críticas online.

Para entender melhor o impacto desse tipo de comportamento digital, a CARAS Brasil conversou com a psicóloga e neuropsicóloga Lilian Vendrame, com formação pelo Hospital Albert Einstein e USP. A especialista afirma que o ambiente das redes sociais é marcado por uma velocidade que favorece julgamentos apressados e superficiais.

“A rede social, ela é um movimento muito rápido. Ela é feita de movimento de dopamina muito rápido. Quando eu critico o outro sem olhar a situação, sem conversar com os envolvidos, o que eu estou fazendo? Estou acionando o meu modo de ver a vida com os meus valores, com a forma que eu enxergo e não com os olhos do outro”, explica.

A psicóloga ainda chama atenção para a resposta da própria Tatá Werneck, que sentiu a necessidade de se justificar. Para ela, isso mostra como o medo do cancelamento pode afetar até mesmo figuras públicas consolidadas.

“Ela tenta se justificar. Olha como tem aí o medo de um cancelamento nas redes sociais, uma cultura também de preciso lacrar a pessoa, preciso atacar essa pessoa”, diz.

Vendrame também alerta para a necessidade de refletir antes de reagir. “A gente precisa tomar muito cuidado quando vai fazer uma crítica porque o nosso movimento de impulso rápido, a gente acaba se esquecendo de olhar para a situação como um todo. É muito fácil pontuar apenas uma coisa sem olhar o todo”, afirma.







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