Por que casais falam com voz de bebê?
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Se você já presenciou um casal adulto conversando em tons infantis, com vozes suaves e exageradas, pode ter achado a cena um tanto brega ou estranha. Mas saiba que esse comportamento é mais comum do que parece e tem explicações científicas interessantes.

De acordo com o UOL, a “voz de bebê”, famosa pela forma como os pais se comunicam com crianças pequenas, também marca presença em relacionamentos amorosos. E, segundo especialistas, essa prática vai muito além de uma simples brincadeira.

A ciência do afeto

Pesquisas mostram que, com os bebês, essas entonações especiais ajudam no desenvolvimento social e na aprendizagem da linguagem. Já entre os casais, o objetivo é outro: criar e reforçar laços afetivos.

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De acordo com Kory Floyd, pesquisador responsável pela “teoria do afeto”, o uso de tons mais agudos e fala doce é uma forma de demonstrar carinho e conexão emocional. Esses sinais vocais acionam uma resposta de acolhimento e intimidade, reforçando o vínculo entre as partes.

Um código exclusivo

Além do afeto, a voz de bebê tem outro papel importante: ela cria uma “linguagem secreta” entre o casal. Como explica Ramesh Kaipa, professor de Ciências da Comunicação e Distúrbios na Universidade do Estado de Oklahoma, essa forma de comunicação personalizada permite que o par se desconecte do mundo externo e construa um espaço único e particular.

Apelidos carinhosos e nomes engraçados dados aos animais de estimação, por exemplo, também entram nesse campo de interação exclusiva, fortalecendo os laços entre os envolvidos.

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Intimidade além das palavras

A voz de bebê, portanto, não é apenas um hábito curioso, mas uma poderosa ferramenta de conexão. Quando um casal usa essa entonação, eles criam um microcosmo afetivo, uma bolha que os separa da rotina e aproxima seus corações.

Seja chamando o outro de “fofinho” ou imitando a voz que usariam com um pet, essas interações são sobre algo maior: pertencimento, carinho e a vontade de compartilhar uma linguagem que só os dois entendem.

No fim das contas, o que parece bobo ou exagerado é, na verdade, uma demonstração sutil do poder do amor e da exclusividade que ele proporciona.







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