Possivelmente, você deve ter estranhado o título acima.
Mas, o objetivo deste meu texto é mostrar a importância de palavras como:
por gentileza, obrigado, por favor, com licença, me desculpe –
palavras que a maioria dos pais ensinam ou ensinavam a seus filhos
desde pequenos e que são muito pouco usadas atualmente.
Já pisaram no meu pé várias vezes, já levei bolsada na cabeça, dentro de ônibus,
já me magoaram outras tantas…
Me pediram desculpas? Não! (com raras exceções). Mas, minha desilusão
não foi pelas pisadas no pé e bolsadas na cabeça e por terem me magoado.
Mas sim, pelo não pedido de desculpas.
E esse ato de pedir desculpas põe fim a qualquer irritação.
E eu, particularmente, sou movida à gentilezas.
O cavalheirismo de antes, em que nós, mulheres, éramos cordialmente convidadas
a entrar primeiro num local; Até aquelas “cantadas” masculinas, que tinham um “quê”
de graciosidade e que, falsamente fingíamos não ouvir, acabaram.
É de uma beleza divina, quando somos magoados por gestos ou palavras, e logo em
seguida, vem aquele consolador pedido de desculpas.
É muito desolador constatar que essas atitudes estão perdendo o seu valor.
Parece que pedir desculpas, dizer por favor, cumprimentos, viraram palavras de luxo, ou demodê.
Será que o bonito hoje, é ser rude, madboy?
Ainda há, com certeza, quem aprecie a cordialidade, o falar leve, a delicadeza de um gesto,
de um abraço, um aperto de mão, de ouvir um desculpe, um bom dia, mas, temos receio
de sermos vistos como fora de moda, ou até bajuladores.
Um olhar que diz tudo! Podemos até sorrir, demonstrar simpatia, compreensão, compaixão,
pelo nosso modo de olhar!
Quase sempre um amor nasce num primeiro olhar, depois aumenta no primeiro beijo…
O mundo está clamando por mais AMOR, por mais palavras calorosas, por amizades sinceras.
Já sofremos bastante com as durezas inevitáveis da vida e com outras
mazelas que poderiam ser evitadas.
A ternura não se extiguirá se cada um de nós se propuser a fazer a sua parte
– sem receio de parecer ridículo, fora de moda.
Porque o que está fora da moda bonita,
é a deselegância das palavras, dos gestos, das atitudes…
Por onde passarmos, deixemos o nosso brilho,
ou teremos passado por este planeta, em vão!

Ah! Obrigada de coração, se você leu este texto até aqui!
Lu Prado







Natural de Vitória (ES), não se considera uma escritora nem poetisa, no sentido técnico dessas artes. Escreve porque nasceu com esse dom: - o de escrever (à sua maneira) o cotidiano. Aposentada do Serviço Público Estadual - Área da Educação. Segundo ela, "escreve para acalmar seu coração"