O que a memória ama fica eterno

O que a memória ama fica eterno

Quando eu era pequena, não entendia o choro solto de minha mãe ao assistir a um filme, ouvir uma música ou ler um livro.

O que eu não sabia é que minha mãe não chorava pelas coisas visíveis. Ela chorava pela eternidade que vivia dentro dela e que eu, na minha meninice, era incapaz de compreender.

O tempo passou e hoje me emociono diante das mesmas coisas, tocada por pequenos milagres do cotidiano.

É que a memória é contrária ao tempo. Nós temos pressa, mas é preciso aprender que a memória obedece ao próprio compasso e traz de volta o que realmente importou, eternizando momentos.

Crianças têm o tempo a seu favor e a memória muito recente. Para elas, um filme é só uma animação; uma música, só uma melodia. Ignoram o quanto a infância é impregnada de eternidade.

Diante do tempo envelhecemos, nossos filhos crescem, muita gente se despede. Porém, para a memória ainda somos jovens, atletas, amantes insaciáveis. Nossos filhos são nossas crianças, os amigos estão perto, nossos pais ainda são nossos heróis.

A frase do título é de Adélia Prado: “O que a memória ama, fica eterno”. Quanto mais vivemos, mais eternidades criamos dentro da gente.
Quando nos damos conta, nossos baús secretos_  porque a memória é dada a segredos _ estão recheados daquilo que amamos, do que deixou saudade, do que doeu além da conta, do que permaneceu além do tempo.

Um dia você liga o rádio do carro e toca uma música qualquer, ninguém nota, mas aquela música já fez parte de você _  foi a trilha sonora de um amor, embalou os sonhos de uma época ou selou uma amizade verdadeira  _ e mesmo que os anos tenham se passado, alguma parte de você se perde no tempo e lembra alguém, um momento ou uma história.

Ao reencontrar amigos da juventude nos esquecemos que somos adultos e voltamos a nos comportar como meninos cheios de inocência, amor e coragem.

Do mesmo modo, perto de nossos pais seremos sempre “as crianças”, não importa se já temos 30, 40 ou 50 anos. Para eles a lembrança da casa cheia, das brigas entre irmãos, das histórias contadas ao cair da noite… serão sempre recentes, pois têm vocação de eternidade.

Por isso é tão difícil despedir-se de um amor ou alguém especial que por algum motivo deixou de fazer parte de nossas vidas.
Dizem que o tempo cura tudo, mas talvez ele só tire a dor do centro das atenções. Ele acalma os sentidos, apara as arestas, coloca um band-aid na ferida. Mas aquilo que amamos tem disposição para emergir das profundezas, romper os cadeados e assombrar de vez em quando.
Somos a soma de nossos afetos, e aquilo que nos tocou pode ser facilmente reativado por novos gatilhos _ uma canção cala nossos sentidos; um cheiro nos paralisa lembrando alguém; um sabor nos remete à infância.

Assim também permanecemos memórias vivas na vida de nossos filhos, cônjuges, ex amores, amigos, irmãos. E mesmo que o tempo nos leve daqui, seremos eternamente lembrados por aqueles que um dia nos amaram.

Imagem de capa: CANDELARIA RIVERA (Nicaragua)

“Perdoem-me os insensíveis. Eu SINTO muito.”

“Perdoem-me os insensíveis. Eu SINTO muito.”

A pequena frase de efeito que foi usada como título do texto foi pensada em um dia qualquer há mais de dois anos; enquanto dirigia de volta de um dos meus empregos, após um dia de trabalho rodeada por questões políticas, frias e desinteressantes. Ela foi colocada na internet e imediatamente se tornou viral mostrando que as pessoas se identificaram com esse momento em que frente a um ambiente hostil, os próprios sentimentos precisam ser valorizados.

Sou uma pessoa que precisa desesperadamente de um tempo diário só para si. É como se, após uma conversa com uma pessoa de fora, um atendimento de trabalho, passar muito tempo na rua resolvendo algo ou até mesmo passeando, toda a minha energia fosse exaurida. Aí, sinto a necessidade de um ajuste, uma dose homeopática de silêncio, uma leitura poética daquelas que são brisa dentro da gente, um filme para ver no aconchego do sofá ao lado do cachorro, alguma coisa dessas delícias que permitem que entremos em contato com aquela parte mais gostosa que se esconde dentro da gente e que sempre precisa ser resgatada.

A não interação com outras pessoas, nesses momentos, é  um recarregar de baterias, uma reorganização de pensamentos e sentimentos que vão sendo acomodados lá nas gavetinhas da memória e do existir. Aqui, dentro de mim, eles precisam ser bem dobrados, acariciados, revistos, perfumados e, só então, gentilmente colocados no lugar onde permanecerão até serem novamente requisitados.

Hoje, para esse jeito de ser de quem precisa de mais tempo consigo mesmo do que com o outro, dá-se o nome de “introspecção”.

Engana-se, porém, quem pensa que uma pessoa com características introspectivas não gosta de gente. Essa pessoa gosta sim, e gosta muito; mas gosta no seu tempo e com uma intensidade afetiva que precisa de uma coisa de cada vez. Algo como: para aquele que eu amo, toda a atenção enquanto estivermos juntos.

O excesso adoece. Lembro-me, por exemplo, de quando era mais nova e ia com os amigos para a balada. Na época, não beber não era uma opção. Naquele tempo via a questão como coisa da idade; porém, depois entendi que era um entorpecimento dos sentidos, uma maneira de amortecer as sensações, um “drogar-se” para poder se divertir naquele ambiente cheio de barulho e estímulos que eu ainda não sabia, mas na verdade não gostava.

Quando finalmente entendi que era nos momentos de solidão que eu mais me sentia bem é que compreendi o sentido do que chamam de “Solitude”, que é uma solidão voluntária e prazerosa. Nos momentos de solitude, os tijolos do dia são acomodados e formam a casa confortável onde é possível morar.

Para um introspectivo a relação temporal é relativa. Um simples toque de telefone pode ser agressivo, pois dói!  A dor descrita, embora pareça fala simbólica e exagerada, é a melhor definição de como se sente alguém que se encontra em repouso e, de repente, recebe um forte estímulo. Realmente dói.

As medidas de tempo e sensibilidade são pessoais. A intensidade de suas reações é variada; e o que é a diversão de um, pode ser uma agressão para o outro.

Para quem tem necessidade, os momentos de solitude, então, são tidos como reencontro e paz num voltar-se para si, produzindo força motriz para o engenho do próprio ser.

É um espaço que precisa ser sentido e respeitado por si e pelos outros. É uma maneira de ser, entretanto, que pode afastar alguns e que pode fazer com que você se afaste de outros.  Mas, uma vez descoberto, também é o local de autoconhecimento que permite o reencontro diário com os locais e as pessoas que realmente importam, com aqueles que sabem que, na roda dos dias, você sempre virá melhor depois de um novo ciclo; com aqueles que sabem que, o sentir em sua vida, nunca será um lugar comum.

Perdoem-me os insensíveis. Eu SINTO muito.  Sejam bem-vindos os bons parceiros de jornada, aqueles que estão dispostos a caminhar junto, e que conhecem e entendem nossos limites.

E, para aqueles que estão realmente conosco nessa vida, todo amor do mundo.

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10 filmes a que todo empreendedor deve assistir

10 filmes a que todo empreendedor deve assistir

Muitas vezes saímos do cinema encantados depois de assistir a um filme. Uma boa história serve de modelo e inspiração para qualquer espectador. Por isso separamos dez filmes a que todos os empreendedores deveriam assistir. Com mensagens diretas e indiretas, atitudes lícitas (e às vezes nem tanto), eles mostram a atuação no mundo dos negócios. Prepare sua pipoca e inspire-se com a lista abaixo, composta por filmes mais recentes e outros tirados do fundo do baú.

– “O lobo de Wall Street” (2013):

O filme é uma cinebiografia sobre o corretor de ações Jordan Belfort (Leonardo DiCaprio), que ficou rico e depois foi preso por acusações de fraude e outros crimes de colarinho branco. Apesar de ser uma comédia que parece ignorar a gravidade dos atos de Belfort, o filme dá algumas lições sobre jogo de cintura e principalmente para investidores.

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– “Jobs” (2013):

O filme foi um fracasso de bilheteria e crítica, mas é inegável o poder que a figura de Steve Jobs (Ashton Kutcher) tem sobre os empreendedores de todo mundo. Por isso o longa ainda traz um bom apanhado de memórias de sua carreira e também algumas lições práticas, como saber lidar com investidores. Confira uma crítica mais completa aqui.

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– “O homem que mudou o jogo” (2011):

Longe de ser um filme sobre esporte, “O homem que mudou o jogo” mostra como o treinador Billy Beane (Brad Pitt) fez o Oakland Athletics se destacar na liga nacional de beisebol. A grande sacada de Beane para fazer isso foi analisar estatísticas da equipe, que tinha a menor folha salarial entre as competidoras.

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– “A rede social” (2010):

“A rede social” conta a história de Mark Zuckerberg (Jesse Eisenberg), o fundador do Facebook, mostrando a criação da rede dentro da universidade Harvard, em 2003. Mostra sua controversa relação com outros fundadores, como o brasileiro Eduardo Saverin (Andrew Garfield), e com empreendedores, como Sean Parker (Justin Timberlake), o primeiro presidente do Facebook.

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– “Quem quer ser um milionário” (2008):

Este filme britânico que mais parece um trabalho de Bollywood mostra o jovem Jamal Malik (Dev Patel) num famoso programa de perguntas e respostas na TV. Jamal busca em sua própria história, marcada por uma infância miserável e violenta, as respostas para as questões perguntadas pelo apresentador. É um exemplo de busca de força interior, algo essencial para empreendedores.

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– “À procura da felicidade” (2006):

Em “À procura da felicidade”, Will Smith interpreta Chris Gardner, um pai de família com problemas financeiros. Tantos que sua mulher sai de casa, deixando o filho Christopher (Jaden Smith), de 5 anos. Chris consegue um estágio não-remunerado numa corretora de valores, mas não consegue dar conta das despesas da casa. Com isso, ele e o menino acabam dormindo em abrigos e estações de trem. É um grande exemplo de que se você tem um sonho, não deve desistir de alcançá-lo.

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– “Piratas da informática” (1999):

Um clássico entre os apaixonados por tecnologia, Piratas da informática também é conhecido como Piratas do Vale do Silício. O filme mostra o começo de duas das principais empresas de tecnologia do mundo, a Apple e a Microsoft. Retrata as brigas de bastidores entre Steve Jobs (Noah Wyle) e Bill Gates (Anthony Michael Hall), a concorrência entre as companhias e sua importância no setor.

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– “Jerry Maguire – A grande virada” (1996):

Depois de uma crise de consciência, o bem-sucedido agente esportivo Jerry Maguire (Tom Cruise) escreve um documento defendendo que os agentes deveriam cuidar da carreira dos atletas de forma mais humana, ainda que isso significasse ganhar menos. Depois disso, acaba sendo demitido da consultoria onde trabalhava e perde seus clientes, à exceção do jogador de futebol americano Rod Tidwell (Cuba Gooding Jr). “Jerry Maguire – a grande virada” é um filme que mostra como é possível vencer depois de um fracasso.

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– “O segredo do meu sucesso (1987)”:

O jovem Brantley Foster (Michael J. Fox) deixa uma cidadezinha no Kansas para tentar o sucesso em Nova York. Ao chegar lá, as coisas não saem como planejadas e ele se vê obrigado a pedir um emprego ao tio, Howard Prescott (Richard Jordan), que controla uma empresa milionária. Como o trabalho é modesto, Brantley, decide levar uma vida dupla, criando um personagem chamado Carlton Whitfield, um executivo de ideias brilhantes, mas que ninguém sabe de onde veio.

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– “O Poderoso Chefão” (1972):

O clássico que dá início à famosa trilogia dispensa muitas recomendações e mostra a trajetória da família Corleone e seus negócios ilícitos. O primeiro “Poderoso Chefão” mostra as vantagens e desvantagens de empreender em família e que o melhor sucessor pode ser quem menos se espera.

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Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios

 

A vida é mais leve quando não tem peso morto

A vida é mais leve quando não tem peso morto

Você não me leve a mal, não. Mas eu cansei de arrastar peso morto por aí. Não quero mais. O passado quando passa tem mais é de ficar lá. No passado. Quem insiste em arrancá-lo do dia de ontem, enfiá-lo à força na manhã seguinte e levá-lo adiante fica preso lá atrás. A vida não espera, não. A gente vai em frente e vive ou para e morre.

Eu prefiro os pesos vivos, sabe? Quero os problemas de cada dia, os deveres da vida, as responsabilidades sãs. Quero mais o que fazer. Mais o que amar. Quero os apegos necessários. Não ligo, não. Não ligo de me apegar ao que é vivo. O trabalho, a família, as causas justas, os bons amigos. O resto, todo o resto merece nada além da mais franca indiferença.

Tudo, tudo o que é vivo me interessa. Até a memória de quem se foi. Porque a lembrança de gente boa que morreu é muito, muito mais viva que qualquer ressentimento boboca. Quem insiste em remoer mesquinharia carrega pela vida um caminhão sem as rodas. Arrasta rente ao chão um balão murcho, carregado de peso inútil. Não decola, não vai adiante. Perde tempo sentado em um buraco que só afunda.

A vida é tão curta! Tempo não se atira pela janela, não se esquece nas tralhas do dia a dia, não se deixa no carro, não se perde no metrô, na multidão, no vão do sofá. Tempo se usa, se gasta, se vive. E quem arrasta peso morto adianta o tempo da própria morte.

Na confusão de tanta gente entrando e saindo de nossa vida, acontece vez ou outra da gente se enganar. Acontece. E se acontecer, que seja. Deixemos passar. Desapeguemos, larguemos mão, soltemos a corda. Peso morto nos paralisa e nos mata devagar. E olha a vida ali, passando!

“Sebo nas canelas”, dizia minha bisavó, que já foi mas continua leve, viva. A vida não espera, não. A gente vive. E vive mais quem não arrasta peso morto por aí. Se é para levar peso, que seja o peso da vida em si mesma. Peso de coisa viva, que nos ampara, nos alimenta e nos leva adiante. A vida que a gente leva, a vida que nos empurra para a frente. A vida que nos fortalece e nos torna leves, bem mais leves com o tempo.

3 dicas comprovadas cientificamente que ajudam a esquecer um amor

3 dicas comprovadas cientificamente que ajudam a esquecer um amor

Por Erika Strassburger

Você levou um fora do grande amor da sua vida e não consegue se conformar? Já se passou algum tempo e, no fundo, você ainda tem esperança de que ele ou ela vai se arrepender do que fez e vai voltar correndo implorando seu perdão?

Saiba que você não está só! Muitas pessoas encontram-se nessa situação porque, assim como você, têm muita dificuldade para lidar com a rejeição.

Pesquisadores americanos avaliaram um grupo de pessoas que sofriam muito por um amor não correspondido. Eles selecionaram 10 homens e 5 mulheres em idade universitária, cujos relacionamentos tinham durado por cerca de dois anos e haviam acabado há dois meses, em média.

Foi-lhes aplicado um questionário que tinha a intenção de medir a intensidade do amor que ainda sentiam pelo(a) ex. Todos obtiveram altas pontuações. Em seguida, eles afirmaram terem gasto 85% do tempo em que estavam acordados pensando naquele(a) que os rejeitou.

Foram feitas, também, ressonâncias magnéticas enquanto os participantes viam fotos dos ex-afetos. Foi constatado que quando viam tais fotos, que eram intercaladas com fotos de familiares (como meio de distração), eram ativadas as mesmas áreas no cérebro envolvidas na dependência de cocaína.

“Os resultados são consistentes com a hipótese de que a rejeição romântica é uma forma específica de dependência.” O resultado do estudo também “ajuda a explicar porque os sentimentos e comportamentos relacionados à rejeição romântica são difíceis de controlar e dá uma visão sobre as taxas interculturais elevadas de perseguição, homicídio, suicídio e depressão clínica associada com a rejeição no amor.” O estudo foi publicado no Journal of Neurophysiology.

Baseado nesse estudo, pode-se dizer que você pode esquecer um amor se seguir as três dicas abaixo:

1 – Fuja do vício

Assim como uma pessoa que quer se livrar do álcool e das drogas precisa ficar longe desses vícios, você precisa ficar longe do ex e de tudo o que lhe fizer lembrar dele. Então:

-Livre-se das fotos.
-Apague o número do celular da sua lista de contatos.
-Exclua-o do Facebook.
-Corte qualquer contato.
-Não caia na tentação de ligar para a prima dele ou um amigo para ter notícias.

2 – Faça coisas que aumentem os índices de ocitocina e dopamina no cérebro

A ocitocina (ou oxitocina), também conhecida como hormônio do amor, é liberada quando estamos juntos da pessoa amada. É uma das substâncias responsáveis pelo apego. Uma pessoa com os níveis de oxitocina lá embaixo, devido ao término da relação, pode fazer coisas que aumentem os níveis desse hormônio, tais como:

Abraçar mais

os amigos, os pais, os irmãos, as crianças. Vai ver que é por isso que abraçar seja tão bom!

Cantar

no chuveiro, enquanto arruma a casa, no karaokê, na Igreja.

Ser transparente

Uma pessoa transparente procurará fazer tudo corretamente, às claras. Visto que o medo inibe a produção de ocitonina, se você for correto nas coisas que faz, pode viver tranquilo, sem medo, pois não tem nada a esconder.

Não se fechar para um novo amor

Os índices desse hormônio voltarão às alturas se você se apaixonar novamente.

O impulso da paixão e do romance é alimentado pela dopamina. Quando o romance acaba caem os níveis desse hormônio. Mas você pode elevá-los novamente da seguinte forma:

-Comendo amêndoas, semente de gergelim, abóbora, frutas variadas, verduras e alimentos ricos em vitamina C e E.
-Evitando alimentos ricos em gorduras saturadas, açúcares, alimentos refinados e cafeína.
-Fazendo exercícios físicos regularmente.
-Praticando meditação.

3 – Confie no tempo

Os estudos mostraram, também, que as atividades na região associada à sensação de apego diminuíram depois de algum tempo. Isso só comprova que o ditado popular “não há dor que o tempo não cure” é verdadeiro.

Faça o que foi sugerido acima, é cientificamente comprovado que dará certo. Sugiro, também, que você aproveite para dedicar-se mais àqueles que ama, a começar por você mesmo. Volte a estudar, aprenda uma nova língua, busque uma promoção, ajude o próximo, visite aqueles familiares e amigos que não vê há um bom tempo. E, acima de tudo, deixe para lá aquele que lhe magoou. Tente apagar essa mágoa, perdoando-o. Num instantinho seu coração será preenchido por alguém que realmente merece o seu amor.

Fonte indicada: Família

Filhos, esses espelhos sensacionais !

Filhos, esses espelhos sensacionais !

Com eles nos descobrimos fortes, corajosos e também frágeis, sensíveis e patéticos. Por eles nos viramos do avesso e somos capazes de construir, reformar, desmontar e reconstruir o mundo que queremos que os acolha.

Através deles nos enxergamos sem as capas, sem as espadas, sem o aparato de defesa que nos protege das fragilidades. Nos vemos num espelho incrível e mágico, que nos mostra o passar do tempo, as marcas que se instalam, mas também revela o crescimento dos nossos maiores amores, o que compensa e faz valer à pena tudo.

Pela paciência que tantas vezes nos deixou na mão, nos surpreendemos envergonhados. Pelas horas de sono que abrimos mão, nos vemos recompensados. Pelas intermináveis e infinitas explicações, nos pegamos sorrindo, saudosos.

Por todas as lutas, para incentivar e apoiar, pelos gestos exagerados, para garantir segurança e conforto, pelas palmas, assovios e gritinhos, para mostrar o quanto nos enchem de orgulho e alegrias, por cada minuto de descobertas e crescimento, nos achamos por fim realizados.

Esse afetos mais puros e delicados, ainda que cresçam e voem para o mundo e para as suas próprias crias, sempre serão nossas melhores e mais intensas lembranças; sempre serão os espelhos mais fieis da nossa vida, do que ela se transformou e como nos transformou depois de sua chegada.

Os ímpetos deram lugar à cautela, a vaidade se viu obrigada a recuar um bocado, as taças tiraram férias para receber as mamadeiras, as noites ficaram intermináveis, os dias, cheios, as tarefas, sem fim.

Tudo se transformou, literalmente. Inclusive nós, cujos espelhos passaram a refletir imagens mescladas, de um amor que só cresce.

E se ainda houver um sonho a realizar, que seja pela risada de um neto!

Quando o acaso nos traz o que mais desejamos

Quando o acaso nos traz o que mais desejamos

A vida é mágica em muitos aspectos e pode, em sua beleza e amplitude, nos surpreender com acontecimentos inesperados. Nesse caso me refiro a um encontro, romântico ou não, com uma outra pessoa, um encontro não premeditado e inesquecível. Algo que muitas vezes parece nascer do acaso, mas que na verdade é uma resposta para os nossos anseios mais profundos. E quando a vida traz para perto de nós um outro que se afina às nossas expectativas, dentro de situações coincidentes, falamos de “sincronicidade”.

Nesse ponto podemos lembrar daquele “estranho” que um dia nos deslumbrou com palavras, gestos e ações que para nós se mostraram de imenso significado. Como se a vida nos falasse através dele. Falo aqui desse encontro que muitos podem entender como um que “não deu em nada”, mas que para nós se traduziu como algo memorável e de uma força sem igual, algo que carregamos como um tesouro, dentro da gente, por toda a vida.

O conceito de “sincronicidade” foi desenvolvido por Carl Gustav Jung para definir acontecimentos que se relacionam não por relação causal, isso quer dizer que não importa se haverá uma sequência racional para eles, mas sim por relação de significado, ou seja, o essencial é o que significam para nós no decorrer de nossa vida.

Para descrever melhor a amplidão desse arrebatamento capaz de nos tirar o ar em um momento não esperado, vou falar de dois filmes encantadores que traduzem bem o conceito: “As Pontes de Madison” e “Antes do Amanhecer”.

Os dois filmes são muito especiais e merecem nossa atenção carinhosa. Resumidamente o filme “As Pontes de Madison” narra um encontro amoroso entre Francesca Johnson, uma dona de casa que mora em uma fazenda no interior de Iowa e Robert Kincaid, um fotógrafo da National Geographic, de Wasghinton, que estava pesquisando pontes fechadas e uma vez em Madison, pediu informações à Francesca.

Já em “Antes do Amanhecer” somos expectadores de um encontro entre dois jovens, Jesse e Caroline, ele americano, e ela, francesa, que se conhecem por acaso em um trem na Europa e que resolvem saltar em Viena, para juntos passarem algumas horas conversando e se conhecendo melhor até o rapaz ter que embarcar de volta para os EUA.

Esses filmes são belíssimos, sutis, delicados, muito bem dirigidos e ambos são inspirados em histórias reais. Histórias que aconteceram por acaso e que marcaram profundamente os envolvidos a ponto de saírem da memória e ganharem as telas. Esses encontros magnéticos, nos dois enredos, ocorreram como se fossem determinados pelo destino. Esses homens e mulheres precisavam de uma experiência emocional transformadora no exato momento em que se encontraram.

O filme “As Pontes de Madison” é uma adaptação do romance de Robert James Waller, romance inspirado em fatos verídicos, e o “Antes do Amanhecer” foi filmado tendo como base o encontro real entre o diretor Richard Linklater e uma jovem chamada Amy Lehrhaupt no ano 1989. Os dois se conheceram em uma loja de brinquedos na Filadélfia, quando ele tinha vinte e nove anos e ela vinte e um, e resolveram passar uma noite juntos, assim como o casal do filme.

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Dias ou até mesmo horas são mais que suficientes para que uma experiência seja transformada em algo significativo e precioso por longos anos. O tempo de um evento não traduz o tempo de sua permanência em nós. A admiração e/ou o amor que nascem de uma casualidade e que crescem espremidos em um tempo contado podem se alongar por toda uma vida e isso só depende do significado desse encontro para nós.

Em “As Pontes de Madison” o envolvimento amoroso entre os personagens deu ânimo e força para que Francesca pudesse se voltar inteiramente ao cuidado dos filhos e marido até sua morte. Contudo não podemos ignorar que sempre houve nela a vontade de se unir ao fotógrafo, vontade expressa pelo pedido, em testamento, de que suas cinzas fossem jogadas juntamente com as de Robert nas fundações da ponte Roseman.

No caso de “Antes do Amanhecer” o diretor relatou ter dito a Amy, a moça que o inspirou durante horas de conversa, que faria um filme sobre o encontro que tiveram. Em entrevista Linklater admitiu que com a estreia do filme tinha esperança de reencontrar Amy, algo que não aconteceu, infelizmente, pelo fato de meses antes do início das filmagens de “Antes do amanhecer” ela ter sofrido um acidente de moto, aos vinte e cinco anos, e morrido.

Eventos carregados de sincronicidade guardam em si um deslumbre e um anseio velado por mais, contudo não precisam desse mais para se expressarem completos em significado.

Em “As Pontes de Madison” Francesca precisava ser ouvida e percebida. Ela queria um homem sensível e Robert precisava ser amado. No caso de “Antes do Amanhecer” os personagens Jesse e Celine precisavam desse encontro recheado de descobertas e significados.

Nesse ponto talvez vocês estejam relembrando um encontro único e mágico que tiveram na vida ou estejam se perguntando quando ele irá acontecer. De acordo com Carl Gustav Jung esse encontro só acontece quando nossa alma está preparada para ele, quando ela está pronta para reconhecê-lo e vivê-lo de forma plena. Esse encontro, que parece casual, nada mais é que um chamado inconsciente de todo nosso ser, da nossa alma, pela experiência desejada. No entanto, ele pode nunca acontecer se nosso interior não estiver apto.

Sabem aquela história sobre cuidar do nosso jardim para então virem as borboletas? Ela é muito significativa. E nesse ponto não nos convêm esquecer que borboletas se encantam por jardins autênticos e só se aproximam quando percebem em nós um anseio profundo por elas.

Acompanhe a autora no Facebook pela sua comunidade Vanelli Doratioto – Alcova Moderna.

Protegido: Feliz aniversário para um grande amigo

Protegido: Feliz aniversário para um grande amigo

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No fundo, no fundo, a gente gosta mesmo de se apaixonar

No fundo, no fundo, a gente gosta mesmo de se apaixonar
Happy girl laughing

No fundo, no fundo, a gente gosta mesmo de se apaixonar, mesmo que tudo dê errado, mesmo que seja um fracasso, a gente gosta de sentir de novo aquele frio na barriga, de perder o sono e fazer o mundo ficar sem sentido por ter olhos famintos por uma pessoa que inesperadamente se tornou única.

No fundo, a gente gosta de espiar os nossos medos, de cutucar nossas dores com vara curta, de entrar nos nossos labirintos emocionais desconhecidos, de viver perigosamente por dentro, de mergulhar no que surge do nada e desestrutura tudo.

No fundo, a gente tem curiosidade pela vida, a gente tem coração pra mais uma surpresa e um cantinho de pele pra mais uma ferida, a gente sabe que a alma pode até se tornar comodista e preguiçosa, mas não se aposenta antes de terminada a vida.

No fundo, tem sempre sangue novo correndo nessas veias gastas e sonhos frescos brincando nesses pensamentos velhos e fios dourados de esperança costurando esses passos entediados. Há vontade de se sentir diferente, de amar mais, de experimentar de novo, de perder a paz. De encontrar em si mesmo novas possibilidades de ser.

No fundo, no fundo, amar é viver.

Ao amor que ainda vai chegar

Ao amor que ainda vai chegar

Entra. Não precisa tirar os sapatos. Colore a casa com o perfume da tua presença, enche de vida a sala com o balançar do teu vestido, com o piscar dos teus olhos. Faz de cada canto um canteiro onde ficarão plantadas as flores dos nossos dias, das nossas horas passadas ao lado um do outro.

Entra e faz do meu medo do escuro motivo pra ficar.

Entra e faz dos meus cabelos e da minha barba ninhos para os teus dedos-passarinhos.

Entra pra fazer morar aqui essa parte de mim que voluntariamente se mudou pra você.

Entra e revira a minha estante, folheia meus livros, bagunça meus discos.

Entra e pinta as paredes da cor dos teus olhos, para que assim eu não sinta tanta saudade quando você não estiver.

Entra e adoça o meu café com teu beijo.

Entra e assina minhas cartas de amor.

Entra e abre as cortinas pra deixar respirar a poeira da tua ausência.

Entra, anoitece o meu dia, acorda a minha noite e arrepia a minha pele com um “bom dia” ao pé do ouvido.

Entra e faz do mundo um lugar melhor, ainda que dor e sofrimento continuem a existir do lado de fora.

Entra e seja o meu calcanhar de Aquiles, minha kriptonita.

Entra e do mesmo jeito seja minha força e motivo de assobio.

Entra e seja aquilo que bem entender, tudo o que quiser ser ou sentir.

Entra e, antes de ser minha, seja inteiramente tua.

 

Entra, e não precisa tirar os sapatos… Só o vestido.

Imperfeição

Imperfeição
Esqueci nosso aniversário de namoro. Sou terrível com datas. Sou terrível com milhões de outras coisas. Mas não é disso que quero falar. Não exatamente. Comentei na internet o ocorrido, já passado, já rido, já perdoado, e fui cercado por uma enxurrada de críticas, em tom carinhoso e amável, claro, mas com seu fundo de verdade – Mas você não é o cara que fala tanto sobre o amor?
 
Esse mesmo. Estou sempre falando sobre o amor, muito mais sobre o que descubro sobre ele do que sobre as coisas que penso saber. Falo muito mais sobre a tentativa do que o êxito, falo muito mais sobre a intenção do que a ação em si. Sim, os poetas, os românticos, nós, também esquecemos datas, mas ninguém comenta que deixamos bilhetes apaixonados todos os dias, que gritamos na rua o quanto amamos, que damos presentes em horas inapropriadas, que dizemos do nosso amor uma segunda vez repetida por puro e delicioso esquecimento.
 
Nunca falei de amores perfeitos, de pessoas impecáveis. A natureza do que escrevo parte sempre da beleza da imperfeição, das miudezas, da delicadeza que há em se assumir errado, pedir perdão. Não posso falar do que é perfeito justamente por desconhecê-lo. Sou errante, inconsequente, sem paciência, falo palavrão, tenho insônia, preguiça, ciumes, inseguranças, saudade de quem não devia.
 
Eu estou quase sempre na contramão, jamais ditando regras, jamais apontando dedos, jamais me colocando no lugar de melhor ou superior. O que sempre digo é que somos parecidos. E quando alguém me lê de volta, me acena com o braço alto, sinto por dentro que também não estou só em minhas tentativas. Sim, esqueço-me de datas, mas jamais do dia em que nos conhecemos. Um dia o amor imenso que sinto há de me redimir e também me fazer maior.

O que você faz quando lhe pedem desculpas?

O que você faz quando lhe pedem desculpas?

“Se eu soubesse antes o que sei agora,
Erraria tudo exatamente igual.” (Humberto Gessinger).

Pedir desculpas é bem mais difícil do que se imagina.

Ainda crianças, somos ensinados a pedir desculpas e a desculpar. Ensinam-nos que errar é humano, em discursos rasos, vindos dos nossos pais, educadores e demais adultos que cercam a nossa infância. A teoria é bacana, mas na prática o que acontece é o contrário.

Lembro-me das vezes nas quais eu pedi desculpas e confesso que quase nunca recebi uma resposta positiva, reforçadora, que de fato me mostrasse que aquele comportamento havia valido a pena e que eu deveria agir sempre daquela forma. O que geralmente se ouve como resposta a um pedido de desculpas são sermões, discursos ofendidos e detalhados sobre a gravidade do ocorrido e talvez no fim um “tudo bem deixa para lá”, acompanhado de um “não faça mais isso” geralmente vindo de um interlocutor que se faz de vítima.

Cada vez mais eu reforço a minha tese de que não sabemos desculpar ninguém: nem a nós mesmos, nem ao outro – mesmo quando ele nos pede desculpas.

Analisando detalhadamente as motivações que nos levam a pedir desculpas, vemos algumas variáveis importantes:

-Pedimos desculpas quando de fato percebemos o nosso erro, ou seja, já aprendemos e isso faz com que o discurso de apontamento do erro acompanhado da vitimização é pouco útil;

-O outro para quem fizemos algo de errado tem grande importância no rol de nossas relações, e esperamos que ele nos perdoe exatamente por isso;

-Para pedir desculpas, temos que superar e sermos maiores do que o orgulho, e ser maior que o orgulho é coisa de gente “grande”.

Os pontos acima são três obstáculos bastante difíceis de serem ultrapassados, porém, ao contrário do que deveria acontecer, não somos bem recebidos ao conseguir e então pedir desculpas, e por mais que a palavra sugira um pedido de que nos livrem da culpa, o que recebemos é exatamente a constatação de que ela é de fato nossa. A necessidade de encontrar culpados é infinita nos seres humanos!

Superar o orgulho e chegar ao outro para mostrar-se arrependido, assumir um erro ou constatar que não sabia algo e aprendeu – precisando errar para isso – é uma ação digna e que deveria ser vista com muita admiração, porém, ao contrário disso, parece que a humanidade, em mais um de seus acidentes de percurso, acha mais bonito ser orgulhoso. O orgulho – erroneamente confundido com amor próprio – é um defeito grave e muito perigoso e não pode ser conceituado como uma qualidade.

Então, quando lhe perguntarem onde está o seu orgulho, o melhor é responder que graças a quem quer que seja você não o tem. É exatamente o orgulho que nos impede de perdoar quem nos pede perdão. E cá entre nós, me permita uma pergunta: Quem é você mesmo para não perdoar alguém ou não perdoar a si mesmo?

Quem não perdoa o outro não perdoa a si mesmo nem tampouco percebe que também erra. Quem imagina ter o direito de, ao receber um pedido de perdão, tecer uma tese detalhada sobre o erro alheio provavelmente ainda nem saiu da pré-escola da vida e nunca teve sequer a coragem para olhar para seus próprios erros, escolhas e acidentes de percurso.

Desconfio de gente que não pede desculpas, que não consegue desculpar o outro com afeto, carinho e que não tem a capacidade de deletar o que o outro fez de errado, dando-se ao direito de sentar-se no trono de vítima. Este tipo de gente é o que mais erra. Gente que se faz constantemente de vítima não aprende quase nada na vida, porque a vítima nunca erra, ela é sempre a vítima não é mesmo?

Gente de verdade erra muito e erra sempre tentando acertar. Gente capaz de amar é gente capaz de perdoar setenta vezes sete como disse um grande mestre – se me permitem – o maior deles quando o assunto é amor. Gente de verdade recebe o pedido de desculpas com os braços abertos, com um sorriso nos lábios enquanto diz “esquece isso” seguido de um abraço.

Gente de verdade pede desculpas sem medo e sem orgulho porque sabe que o mais importante é o amor. Gente de verdade esquece todos os erros do outro e se lembra de cada acerto e de cada momento bom vivido naquela relação. Gente de verdade sabe que errar faz parte da vida de quem vive de fato, de quem se arrisca, porque, cá entre nós, quem tem medo de errar perde quase tudo que vale a pena. Quem tem medo de errar o tem porque não se perdoa e não perdoa ninguém. Quem tem medo de errar não vive – sobrevive e se arrasta sem fazer nada que possa dar certo exatamente pelo risco de errar.

Gente que não perdoa é gente infeliz.

 

A vida sempre nos abre portas, mas teimamos em não entrar

A vida sempre nos abre portas, mas teimamos em não entrar

Perdemos a oportunidade de aprender, de ampliar nossa visão de mundo, de repensar nosso modo de vida, nossas crenças e valores, pois não queremos abrir mão do que já está arraigado dentro de nós. Infelizmente, muitas das certezas que tomamos como certas são frágeis e não se sustentam frente ao movimento célere do mundo. Corremos, pois, o risco de ficarmos parados no tempo e no espaço, presos a mentiras ilusórias e paralisantes.

Perdemos a oportunidade de ensinar, de dividir conhecimento e experiências de vida, de ampliar o leque do raio de nossas ações entre as pessoas que nos rodeiam, pelo simples fato de que tememos que o outro use esse saber melhor do que nós mesmos. Ou seja, quanto menor nos enxergarmos enquanto alguém capaz de utilizar o potencial que possui, menos estaremos dispostos a transmitir o que sabemos, tornando esse conhecimento escondido cada vez mais inútil.

Perdemos a oportunidade de fazer novas amizades, de nos lançarmos aos encontros especiais que a vida nos reserva, receando abrir os nossos corações e ter que ver tudo aquilo sendo usado contra nós. Desconfiamos, então, de tudo e de todos, fechando-nos para o novo, para o desnudar-se frente a alguém, para novas trocas de verdades, porque o outro, para nós, será sempre o inimigo em potencial, um concorrente no emprego, na vida, enfim. E assim perdemos a chance de trocar sorrisos sinceros e carinhos honestos com gente do bem.

Perdemos a oportunidade de amar pela primeira vez, de reencontrar o amor, de amar de novo, de se amar, porque, na verdade, não estamos totalmente certos de nosso real valor, tampouco estamos dispostos a doar o tanto que queremos que nos doem. Egoístas que muitas vezes somos, queremos receber em profusão, ao passo que nos negamos a abrir mão de um mínimo de nós em favor da manutenção de um relacionamento. Difícil, quase impossível, nesse sentido, enxergar as necessidades e os desejos do outro, uma vez que a necessidade primeira é cada uma de nossas necessidades e ponto.

Perdemos a oportunidade de recomeçar, de tentar de novo, de lutar pelo que ainda não se foi de todo, de insistir em manter por perto o que nos é tão essencial, porque adotamos uma postura negativista e derrotista quando muitas vezes ainda há esperança. Isso porque não somos capazes de enxergar nossas reais possibilidades de ir em frente, ou seja, nós mesmos desacreditamos do tanto que ainda temos dentro de nós, contentando-nos com muito menos do que somos e podemos ser e ter.

Sim, existirão momentos em que teremos que ser obrigados a deixar ir embora pessoas e coisas, a fim de que possamos respirar com tranquilidade e desafogar o peso de nossas angústias. Haverá situações que nos obrigarão a nos fecharmos em nós mesmos por um tempo, até nos reencontrarmos. No entanto, quando tudo parecer perdido, caso mantenhamos ao menos um fio de esperança e de serenidade dentro de nós, poderemos perceber mãos generosas estendendo-se em nossa direção, prontas para nos ajudar a buscar novamente a felicidade, como tem de ser.

Ande como alguém feliz para ser feliz, afirma estudo

Ande como alguém feliz para ser feliz, afirma estudo

Uma pesquisa publicadano Journal of Behavior Therapy and Experimental Psychiatry afirma que para se sentir feliz, basta caminhar como uma pessoa alegre. Durante o experimento, uma série de pessoas foi testada para saber se estufar o peito e balançar os braços realmente traz mais felicidade do que passos pesados e olhares cabisbaixos.

No estudo, o grupo teve de caminhar durante 15 minutos em uma esteira enquanto alguns fatores eram analisados. Os participantes foram acompanhados por câmeras com sensores de movimento. Na frente da esteira, uma tela mostrava as ações de um medidor – que pendia à esquerda quando caminhavam “deprimidos” e à direita quando “felizes”.

À medida que os minutos iam passando, a equipe de pesquisadores pedia para que as pessoas tentassem jogar o medidor para a esquerda ou para a direita. Só que antes de começarem o teste físico, os convidados tiveram que ler uma lista de palavras positivas e negativas.

Depois da caminhada, os participantes tiveram que escrever as palavras que lembravam. O resultado mostrou que quem caminhava de maneira mais triste (seguindo a lógica de outro estudo) conseguiu lembrar mais palavras tristes; e aqueles que andaram felizes se lembraram de mais palavras positivas.

Para os pesquisadores, essa lógica está alinhada a de outros trabalhos publicados sobre o tema. Segundo tais pesquisas, andar como um líder pode aumentar as chances de se tornar um; e segurar uma caneta com os lábios pode aumentar a vontade de sorrir. Então não custa nada andar mais “animado” por aí. Vai que contagia.

Fonte indicada: Revista Galileu

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